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POLÍTICA INTERNACIONAL

Política Externa Brasileira JK


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POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA JK

1. Ideias-Força da PEB
As ideias-força são um “conjunto de visões de mundo, crenças, preferências e opiniões
mobilizadoras responsáveis por estabelecer elementos definidores de uma determinada cul-
tura institucional e/ou organizacional”.

ATENÇÃO
Uma das opiniões mobilizadoras marcantes na história da política externa brasileira (PEB) é
o americanismo (pró-EUA), assim como o seu contraponto, o antiamericanismo (anti-EUA).

Outras ideias-força marcantes da PEB são:


a) Desarmamento: “Desarmamento dos países latino-americanos, apoiado na presun-
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ção de que economias de recursos destinados às forças armadas favoreceriam o desenvolvi-
mento regional” (Gonzalo J. Fácio, 1958).
b) Universalismo: “O Brasil deve manter relações com os países soviéticos sem temores
anódinos, porque não é mais um país subdesenvolvido nem uma colônia onde os imperialis-
mos possam disputar vantagens ou privilégios” (Oswaldo Aranha, 1958).
c) Integração: Mercado regional latino-americano “de caráter multilateral e competitivo
(...), no sentido de uma ação concertada rumo à meta final da estruturação, gradual e pro-
gressiva, de uma grande área comercial (...) uma concepção geoeconômica que se levada à
prática política daria à América Latina condições para promover sua prosperidade, com esta-
bilidade até hoje desconhecida” (José Garrido Torres, 1958).
Fonte: CERVO, Amado Luiz. Eixos conceituais da política exterior do Brasil. Rev. bras.
polít. int., Brasília, v. 41, n. spe, p. 66-84, 1998.

2. Café Filho – Hiato


O governo Café Filho foi marcado pelas seguintes características e acontecimentos:
a) Contexto doméstico conturbado;
b) Valorização do papel do capital no desenvolvimento nacional;
10m c) Criação do Parque Indígena do Xingu;
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d) Assinatura dos Acordos de Roboré, que disciplinava a exploração de petróleo entre


Bolívia e Brasil;
e) Alinhamento aos ideais americanistas de: (a) livre iniciativa e empreendedorismo e (b)
iniciativa “Átomos para a paz”;
f) Cooperação na área de energia atômica com os EUA (1955);
g) Instrução 113 da SUMOC, que permitia a importação de maquinários sem cobertura
cambial ou restrição, promovendo assim uma abertura econômica brasileira;
h) Conferência de Bandung de 1955, quando se deu a emergência do Terceiro Mundo
organizado;
i) Golpe Militar na Argentina, com a derrubada de Perón;
j) Suporte brasileiro para que Portugal fosse admitido nas Nações Unidas.
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ATENÇÃO
O governo Café Filho é considerado um hiato, um governo de transição, entre o segundo
governo Dutra e o governo JK.

3. JK
O governo JK foi marcado pelas seguintes características e acontecimentos:
a) Diplomacia contemporânea;
b) Chanceleres Macedo Soares, Negrão de Lima e Horácio Lafer;
c) Contexto da era de ouro do capitalismo, com grande liquidez internacional;
d) Adoção de uma política externa desenvolvimentista associada;
e) Operação Pan-Americana (OPA) de 1958, operação hemisférica que buscava desen-
volver a economia e, por consequência, a segurança da região;
f) Retomada de relações comerciais com a URSS (1959);
20m g) Crise de Suez (1956), na qual a ONU enviou uma força de emergência e o Brasil auxi-
liou com o envio de tropas (Batalhão de Suez);
h) Acordo com os EUA que permitiu a instalação de uma base norte-americana em Fer-
nando de Noronha para rastreamento de foguetes (1957);
i) Revolução Cubana (1959);
j) Apoio brasileiro à descolonização na ONU, todavia o Brasil não se posicionou sobre a
postura de Portugal em relação à África;
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ANOTAÇÕES

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k) Fragilidade da operacionalização da OPA (1958);


l) Rompimento simbólico com o FMI (1959);
m) Relações com os Estados Unidos (estrutural da PEB);
n) Defesa da agroexportação (área estratégica);
o) Tímida diversificação de parcerias.

3.1. Relação com os EUA


A relação com os EUA foi marcada pelos seguintes acontecimentos:
a) Insatisfações com os EUA, que gerou uma PEB mais independente e autônoma;
b) 1959: Revolução Cubana, que gerou no Brasil um americanismo pragmático, com o
intuito de evitar a “ameaça comunista”.

3.2. Relação com a América Latina


A relação com a América Latina foi marcada pelos seguintes acontecimentos:
a) 1961: Aliança para o progresso.
b) Americanismo pragmático.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Thiago Gehre.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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