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MBPP
2012
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SUMÁRIO
1. FINALIDADE
2. INTRODUÇÃO
3. EQUIPAMENTOS
3.1 VARA
3.2 MOLINETE
3.3 LINHA
3.4 ANZOL
3.5 CHUMBADA
3.6 ISCA
3.7 ACESSÓRIOS
4. A PRAIA
5. O PEIXE
6. O ATLETA PESCADOR
7. PESCARIA E PRESERVAÇÃO
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1. FINALIDADE
2. INTRODUÇÃO
A pescaria é um esporte e um hobby que, muitas vezes passa de pai para filho,
porém, nem sempre, o pescador iniciante tem o privilégio da companhia de seu genitor
para orientá-lo nas primeiras tentativas de fisgar um belo peixe.
Dedico esse Manual ao meu filho Miguel, companheiro de muitas pescarias, que, no auge dos
seus nove anos, tem a maturidade e o senso de preservação que servem como exemplo para grande
parte dos pescadores adultos.
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3. EQUIPAMENTOS
3.1 VARA
3.1.1 MATERIAL
O corpo da vara, conhecido como “blank” pode ser fabricado com as características
e o formato desejados. Além das tradicionais varas de bambu, normalmente, as varas são
produzidas em fibra de vidro e em fibra de carbono. As varas de fibra de vidro são mais
resistentes a choques e mais baratas, porém tendem a ser mais pesadas. As de fibra de
carbono são as varas utilizadas pela grande maioria dos pescadores de arremesso.
Possuem preços mais elevados, porém a leveza do material, associada à resistência da
fibra de carbono facilita bastante a vida do pescador na hora do arremesso. As varas de
fibra de carbono estão cada vez mais evoluídas, materiais como o “High Modullus Fiber
Carbon”, tornam a vara extremamente leve e resistente, porém encarecem bastante o
equipamento. Vale salientar que as varas de fibra de carbono são resistentes à ação da
pesca, porém não a choques. Pancadas podem trincar o blank da vara inutilizando-a. No
final, o custo-benefício é o que deve orientar o pescador na hora da compra. O pescador
iniciante não deve ficar iludido com a beleza ou com a marca da vara. No mercado,
existem varas excelentes com preços justos e desempenhos equivalentes às varas
requintadas, com preços exorbitantes, que talvez não compensem o dinheiro investido.
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3.1.2 MODELOS
3.1.3 TAMANHOS
Tipos de ação:
- Lenta: a vara é mais flexível, sendo indicada para arremessos mais curtos. Apresenta
uma maior sensibilidade à fisgada do peixe.
- Rápida: a vara é bem rígida, apresentando baixa flexibilidade. É mais indicada para
arremessos longos. Apresenta baixa sensibilidade à fisgada de peixes pequenos. Existem
alguns modelos com ação Extra-rápida.
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TIPOS DE AÇÃO DE VARAS
Fonte: http://equipeprejereba.blogspot.com.br
Outra parte importante dos passadores são os pés ou apoios, que podem ter apoio
duplo (double foot) ou simples/mono apoio (single foot). De um modo geral, o apoio duplo
do passador mantém mais rígido o segmento da vara no qual ele é fixado tornando-a
menos flexível em relação à mesma vara, caso seja montada com passadores com apoio
simples. Ou seja, o tipo de apoio do passador e o posicionamento dos mesmos modifica a
ação de varas com um mesmo blank.
Além dos comuns anéis de porcelana, os passadores podem ser encontrados com
diversos tipos de materiais sendo os mais usuais:
Óxido de Alumínio: Cerâmica especial com alta resistência à abrasão e impacto e com
baixo coeficiente de fricção. Os passadores de óxido de alumínio tem sido os mais
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vendidos no mundo pelo seu desempenho e preço econômico. Existem alguns óxidos de
alumínio de fórmulas exclusivas como o Hardoy e o Alconite.
SIC (Silicon Carbide): uma das cerâmicas mais avançadas, desenvolvida para trabalhar
em altíssimas temperaturas. Os passadores SIC são extremamente duros, resistentes e
leves.
ÓXIDO DE
SIC TITÂNIO
ALUMÍNIO
LINHA MONOFILAMENTO SIM SIM SIM
LINHA MULTIFILAMENTO NÃO SIM SIM
SENSIBILIDADE BOM MUITO BOM EXCELENTE
PESO BOM MUITO BOM EXCELENTE
RESISTÊNCIA BOM ÓTIMO EXCELENTE
CUSTO BAIXO REGULAR ELEVADO
Fonte: http://www.pesquesolte.com.br
O reel seat, como a tradução já sugere, é a peça onde o molinete fica assentado
(preso) à vara. Pode ser rosqueável ou do tipo “jacaré”. O tipo rosqueável é o mais
encontrado, pelo baixo custo. O tipo jacaré apresenta como vantagem a agilidade na
fixação e na retirada do molinete.
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PASSADORES LOW RIDER TIPOS DE REEL SEAT
3.1.6 COMPARATIVO
ALBATROZ Papa Terra Fibra Vidro 4,20m 880g Média 80 a 200g Porcelana R$ 120,00
D.A.M Royal Surf Carbono 4,20m 800g Rápida 80 a 150g SIC R$ 250,00
ALBATROZ Thor Carbono 4,20m 675g Rápida 80 a 250g Óx. de alumínio R$ 300,00
PLAWAY Pioneira Carbono 4,20m 639g Rápida 150g a 250g SIC R$ 700,00
A palavra customização, que até pouco tempo não existia na língua portuguesa, foi
criada para traduzir uma expressão em inglês - custom made - significa sob medida. A
customização de varas de pesca é uma atividade que vem se desenvolvendo e ampliando
clientes em todo o Brasil. Os blanks podem ser remetidos, via Correios, para os “Road
Makers” que combinam os componentes ao gosto do freguês, incluindo a pintura
personalizada. Dizer que a vara customizada pega mais peixe, não é uma verdade, o que
está em jogo é o prazer de ter uma vara feita especialmente para você, com a ação do
blank, o tipo dos passadores, o reel seat e os acabamentos adaptados ao seu estilo. A
personalização é o que faz a diferença da vara customizada, porém como toda
exclusividade, sai bastante caro.
3.2 MOLINETE
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arremessos longos, característicos do surfcasting. A carretilha é mais adequada para
arremessos curtos a médios. É bastante utilizada nas pescarias em rios, açudes, sobre
pedras ou quando a pescaria é embarcada, embora alguns pescadores utilizem,
preferencialmente, a carretilha em todas as modalidades, inclusive na pesca de arremesso
longo.
Manivela: serve para enrolar a linha e para puxar o peixe. Faz movimentos para
frente e para trás, para puxar e para liberar linha, respectivamente. A linha só é liberada
quando o molinete não estiver travado. Na maioria dos molinetes possui a capacidade de
se optar em que lado deve ficar de acordo com a pessoa (destra ou canhota).
Haste: fica na lateral anterior do corpo do molinete e serve como suporte que
ficará preso, quando o molinete for acoplado à vara.
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ESTRUTURA DO MOLINETE
Fonte: Autor
Vamos utilizar uma ficha técnica de um molinete para facilitar o entendimento dos
termos que definem as características básicas de desempenho do molinete.
DESCRIÇÃO SIGNIFICADO
Material com que é feito o eixo central do molinete,
Eixo em aço inox
quanto mais forte e resistente a corrosão, melhor.
Material com que é feita a manivela, precisa ser
resistente, pois a carga de trabalho é intensa . Bilateral
Manivela em alumínio e bilateral permite o posicionamento em ambos os lados do
molinete para adequá-lo aos canhotos ou à preferência
do pescador
Quantidade de esferas para fazer a rotação do sistema,
6 rolamentos quanto mais esferas mais suave o giro do molinete,
porém pode encarecer desnecessariamente o produto.
Tipo e quantidade de carretéis incluídos no molinete,
2 carretéis, sendo 01 long cast em quando em alumínio são mais resistentes que em grafite.
alumínio e outro normal em grafite Os modelos para long cast apresentam estrutura cônica
para facilitar a saída da linha.
Existem molinetes com regulagem de fricção dianteira
e/ou traseira. O primeiro é mais tradicional, e o segundo
Fricção dianteira e traseira
o mais indicado para alterar a regulagem em plena
operação.
Relação que indica a velocidade de recolhimento da
Gear Ratio 4.4:1 linha. No exemplo significa que cada volta da manivela
representa 4,4 voltas no carretel.
Capacidade de linha: Carretel long Cada carretel apresenta uma capacidade, de acordo com
cast: 0,35mm - 130m / carretel a espessura da linha utilizada, sendo as principais
normal 0,35mm 155m registradas na lateral do carretel.
Para arremessos longos os molinetes costumam ser
Peso 650g médios a pesados, porém o peso depende muito do
material utilizado pelo fabricante.
Fonte: Autor
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Para escolher o molinete é preciso saber a vara que vai ser utilizada, pois o
conjunto precisa ser equilibrado. Não adianta termos uma vara grande e comprar um
molinete pequeno ou uma vara curta e comprar um molinete grande. O conjunto deve ser
harmônico de maneira a permitir o equilíbrio do material e, desta forma, permitir ao
pescador um maior conforto e aproveitamento do equipamento. Se a distância de
arremesso desejada é longa, então uma vara longa e um molinete médio/grande; se o
objetivo é pescar perto da arrebentação, então uma vara curta e um molinete pequeno.
3.2.3 COMPARATIVO
3.3 LINHA
Tipos de Linha:
Existe uma tendência natural para o pescador escolher a linha apenas tendo em
consideração o diâmetro, o preço e a resistência à tração. Embora estas características
sejam fundamentais, não são suficientes para a escolha mais eficaz. Para uma correta
escolha de uma linha, é fundamental conhecermos a resistência à abrasão e a memória de
linha (efeito espiral que ocorre após tencionamento). Para verificarmos estas
características da linha podemos fazer alguns testes muito simples:
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LINHAS MONOFILAMENTO
DIÂMETRO REFERÊNCIA DE
RESISTÊNCIA
0,14 mm 3 Libras 1,5 kg
3.4 ANZOL
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superfície da unha do polegar; se o anzol arranhar e deslizar, está cego; se a ponta cravar
na unha, está afiado e disponível para uma boa pesca.
Fonte: http://www.pescadepraia.com
1- Maruseigo
2- Sodê
3- Akita Kitsune
4- Hansurê
Fonte: http://www.pescadepraia.com
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O tamanho dos anzóis obedece a critérios, sendo o mais conhecido da Mustad,
utilizado pelos europeus e americanos, toma como base o padrão médio dos antigos
fabricantes ingleses de anzóis. Na escala Mustad, o zero é o marco que divide os anzóis
em grandes e pequenos. A partir do marco zero, a numeração dos anzóis pequenos vai
subindo de 1, 2, 3 a 20, 22, 24, na razão inversa do tamanho, isto é, quanto maior o
número, menor o anzol. Em outra direção, ao contrário, o tamanho dos anzóis aumenta na
razão direta da numeração, na qual é acrescentado o barra zero: 1/0, 2/0, 3/0. Todo
pescador veterano ou qualquer vendedor de artigos de pesca conhece essa numeração.
ESCALA MUSTAD
Fonte: http://www.pescadepraia.com
3.5 CHUMBADA
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TIPO APLICAÇÃO
BOMBA Para areia: ótima;
Para pedra: boa;
Para correnteza: não;
Atrita no ar: não;
Atrita na água: não.
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TIPO APLICAÇÃO
OLIVA Para areia: boa;
Para pedra: ótima;
Para correnteza: não;
Atrita no ar: não;
Atrita na água: não.
Fonte: http://www.pesca-pt.com
3.6 ISCA
Os tipos de iscas e sua forma de apresentação aos peixes são fatores importantes
para se ter sucesso na pescaria de praia. As diferentes regiões de nosso extenso litoral
têm iscas e particulares próprias da localidade, porém existem as iscas que podemos
considerar universais ou, pelo menos, as mais usadas pela maioria dos pescadores de
praia. De forma geral, a produtividade é sempre maior quando a isca escolhida é viva ou
fresca. Quando isso não é possível, ela pode ser armazenada para uma pescaria futura.
Ao “iscar” no anzol, independentemente do tipo, vale lembrar que a ponta do anzol deve
ser deixada livre, quase sempre aparente, para facilitar a fisgada. Como regra geral, a isca
deve ter tamanho proporcional ao porte do anzol.
As iscas podem ser naturais ou artificiais. Para a pesca de praia as iscas naturais
são as mais recomendadas. As iscas artificiais podem ser utilizadas em arremessos curtos,
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quando o pescador dispõe de estruturas que avançam ao mar como piers, arrecifes ou
barreiras de pedra. Devido à imensa variedade e particularidades de emprego das iscas
artificiais, o MBPP vai explorar apenas as iscas naturais mais empregadas na pesca de
praia. Com a prática, o iniciante pode explorar alternativas de isca, tanto naturais quanto
artificiais. Quando a praia é desconhecida, uma boa dica é pesquisar com os pescadores
locais o costume alimentar dos peixes da região.
3.6.1 CAMARÃO
Das iscas naturais é a mais popular, obtendo sucesso na captura de quase todos
os peixes. A eficácia dos resultados depende muito da qualidade do camarão, que deve
ser preferencialmente fresco e sem conservantes químicos (como o metabissulfito de
sódio). Pode ser utilizado com casca ou sem casca, inteiro ou só sem cabeça a depender
das espécies de peixes. É uma isca muito eficiente para todos os tipos de pesca. Se for
grande, deve ser descascado, separa-se a cabeça e parte-se em pequenos pedaços a
cobrir o anzol. Quando pequeno, deve ser iscado inteiro. Para a conservação dos
camarões, cortamos suas cabeças com o auxílio de uma tesoura, lavando-os em seguida e
colocando-os em recipientes como pequenas embalagens plásticas, saquinhos ou potes
de margarina. Assim, estão prontos para ir para o congelador.
3.6.2 CORRUPTO
3.6.3 TATUÍ
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3.6.4 SARNAMBI
3.6.5 SARDINHA
3.6.6 SIRI
Crustáceo muito comum no litoral brasileiro, utilizado como isca para várias
espécies de peixe. Na hora do manuseio deve-se tomar cuidado com as garras capazes de
provocar ferimentos.
Fonte: http://www.guiapescadepraia.com.br
3.7 ACESSÓRIOS
3.7.1 MALETA
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uma maleta de médio a grande porte, pois a tralha que começa básica, rapidamente é
ampliada e necessita de espaço.
MALETA DE PESCA
Fonte: http://www.guiapescadepraia.com.br
3.7.2 DESCANSOS
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DESCANSOS
Fonte: Autor
3.7.4 FACA
A faca do pescador deve ser resistente e estar sempre bem afiada, facilitando uma
etapa, que nem todo pescador tem afinidade: limpar o peixe. Existem peixes de escamas
firmes e barbatanas rígidas que dificultam o procedimento de limpeza. Uma faca que
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facilite o manuseio e auxilie a escamação do pescado é importante para não maltratar a
carne e estragar o troféu da pescaria. Não existe uma faca específica para a pesca de
praia, porém a qualidade do material definirá a durabilidade do equipamento. As facas de
caça com serrilhas ou canivetes multiuso têm bastante adeptos entre os pescadores de
praia.
Fonte: http://www.guiapescadepraia.com.br
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3.8 NÓS E CHICOTES
3.8.1 NÓS
Em qualquer que seja a pescaria, um aspecto técnico do qual o pescador não tem
como fugir é a confecção de um nó, ainda que da forma mais simples. Os nós são
utilizados principalmente para unir extremidades, como atar a linha aos anzóis ou em
emendas, nas quais são atadas duas linhas. Ë certo que cada percador se adapta bem a
um tipo de nó, porém existem algumas regras básicas para confeccionar um nó adequado
à pescaria:
b) Use o nó correto para cada situação: são muitas as opções de nós que
podem ser atados pelo pescador e cada um se adapta (ou tem um melhor desempenho) a
uma situação especifica.
c) Evite atar linhas de diâmetros muito diferentes: atar linhas de diâmetros muito
díspares dificulta bastante a execução do nó e, muitas vezes, compromete o seu resultado
final. Caso seja necessário fazer isso, utilize um nó que se ajuste melhor à essa condição.
e) Utilize a ponta não cortante de um alicate para segurar a linha e ajustar o nó.
f) Embora alguns não gostem dessa prática, muitos pescadores acreditam que
lubrificar o nó com saliva melhora o seu desempenho e facilita o ajuste das laçadas.
g) Depois de atar o nó, apare bem as pontas da linha. Lembre-se que a linha só
corre em nós mal dados. Portanto, se o nó tiver sido atado de forma correta, a linha pode
ser cortada bem rente, sem maiores problemas.
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pescador pode descobrir se o nó enfraqueceu a linha ou não, tendo assim a chance de
refazê-lo.
O iniciante deve testar alguns tipos de nós e veficicar o que mais atende a sua
necessidade. A internet é um bom auxílio para explorar a imensa quantidade de nós e
treinar passo-a-passo a sequência de elaboração do nó, pois disponibiliza a animação ou a
filmagem dos procedimentos.
Fonte: http://www.pescamadora.com.br
3.8.2 CHICOTES
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a) 1,50m de linha monofilamento de 60mm;
d) Dois giradores; e
e) Um snap ou presilha.
CHICOTE DE PRAIA
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a) Barra Leve
Peixes visados: pequenos, em média 100 gramas, podendo variar para mais ou
para menos, tais como betaras (papa-terra), pescadinhas, pampos galhudos, cocorocas,
capapebas, carapicus, salemas, etc.
b) Barra Média
Peixes visados: tamanho médio de até 2 kg, variando também para mais ou para
menos, como : ubaranas, pampos, bagres, robalos, parus, pescadas, xareletes, etc.
c) Barra Pesada:
Peixes visados: tamanho superior a 5 kg, porém não exclui peixes menos
pesados. Exemplos: arraias, cações, pampos e robalos adultos, bagres grandes, xaréus,
etc.
Equipamento: Varas fortes e firmes, entre 3,90 e 4,5m, com molinetes grandes
que comportem uma boa capacidade de linha de espessa. Deve-se utilizar linhas com
espessura em torno de 50 mm e anzóis com numeração superiores a 14, considerando a
escala crescente.
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transversal a linha d’água. O próprio movimento da areia molhada se encarrega de afundá-
lo e firmá-lo.
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sempre, o maior anzol e a maior isca no rotor superior. Caso a intenção seja fisgar peixes
pequenos, diminua os espaçamentos entre os rotores, de forma que a diferença de
distância entre o rotor superior e o inferior não seja significante, mantendo as iscas na
mesma região que os peixes pequenos comem.
Há alguns estilos, cada deve adotar o seu e, com muito treino e dedicação,
consegue-se chegar a um "casting" preciso, correto, alinhado. Para os iniciantes vamos
relacionar dois tipos básicos que funcionam bem.
Fonte: http://www.pesca-pt.com
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Fonte: http://www.pesca-pt.com
Não é raro conhecer relatos de pescadores que retiraram da água peixes com
peso muito superior à resistência nominal da linha utilizada; história de pescador?
Negativo. É preciso trabalhar o peixe. A tensão nominal da linha é calculada pelo
fabricante com base em testes realizados com equipamentos que tencionam a linha até a
ruptura. Sabe-se, no entanto, que o peixe não tenciona a linha de forma mecânica e
constante, além de estar imerso em um fluido que diminui bastante a força gravitacional, o
que, consequentemente, reduz o peso do animal. A linha de nylon não é preparada para
aguentar trancos e nem aquecimento por ficção. Faça um teste: tente quebrar uma linha
fina (.20 mm) esticando-a e, em seguida, tente partir a mesma linha em um só movimento
de tranco ou raspando-a em uma borda de madeira. A conclusão será óbvia: é muito mais
difícil romper a linha tentando esticá-la. Esse é o grande segredo para trabalhar o peixe:
saber a medida certa da ficção do molinete, mantendo a linha esticada, porém sem
tencioná-la ao ponto de ruptura e saber a hora exata em que o peixe começou a cansar, a
fim de recolher a linha e puxá-lo para a areia.
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pescador pode ampliar a vida útil de seus equipamentos e acessórios que, convenhamos,
apresentam um custo bastante elevado e merecem a devida conservação.
Para efetuar uma limpeza adequada e garantir vida longa aos seus equipamentos,
o pescador, recomenda-se ao pescador os seguintes procedimentos pós-pesca:
d) Guarde os equipamentos já limpos em local sem umidade, caso isso não seja
possível, coloque no ambiente um pote de removedor de umidade para armários, a venda
na maioria dos supermercados.
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4 A PRAIA
5 O PEIXE
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Existem alguns tipos de peixes que requerem um maior cuidado por parte do
pescador iniciante. Dois deles possuem um veneno termo termolábil que causa uma dor
insuportável: a arraia e o bagre. A arraia possui um ferrão na cauda e o bagre apresenta
três ferrões, sendo um dorsal e dois nas barbatanas laterais. No caso de acidentes, é
importante saber que o veneno termolábil de decompõe com o calor e, por isso, deve-se
colocar o membro perfurado em água morna para diminuir os efeitos. No entanto, se o
acidente for grave ou a pessoa apresentar alergias, é necessário removê-la para um
pronto-socorro mais próximo. O baiacu não injeta veneno por meio de ferrão, porém possui
uma neurotoxina (tetrodoxina) produzida nas vísceras do peixe. Existem os que se
arriscam a limpar e comer o baiacu, principalmente os japoneses, porém existe um elevado
perigo de contaminação da carne do peixe durante a retirada das vísceras. O
envenenamento por baiacu causa cerca de cinquenta mortes/ano no Japão,
correspondendo a letalidade de metade dos casos de envenenamento registrados. O
primeiro sintoma do envenenamento por tetrodoxina é uma dormência/paralisação dos
lábios e da língua, que aparece entre 20 minutos a 3 horas depois da ingestão do baiacu.
O tratamento do paciente consiste em suporte ventilatório e monitoramento das condições
vitais. Lavagem gástrica precoce e manutenção da pressão sangüínea são indicadas. Não
há antitoxina específica.
Seria muita pretensão listar as quase duas mil espécies de peixe encontradas nas
praias brasileiras, porém serão apresentados três exemplares que ocorrem em todo litoral
brasileiro e que são verdadeiros troféus da pescaria de praia. Combinam boa briga à
qualidade e sabor da carne. Na internet, existem vários catálogos de peixes de água
salgada, para consulta por parte do pescador iniciante (ver bibliografia).
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5.8 XARÉU (Caranx hippos)
HÁBITOS Sobe os rios para desovar. Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, e
ficam próximos ao fundo.
Fontes: http://www.vivaterra.org.br e http://www.fishbase.org
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6 O ATLETA PESCADOR
7 PESCARIA E PRESERVAÇÃO
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de pagamento da licença estadual. No entanto, as normas estaduais devem ser
respeitadas quando forem mais restritivas do que a norma federal. O limite de cota de
captura e transporte federal de pescado por pescador é de 10 kg mais um exemplar para
águas continentais e 15 kg mais um exemplar para águas marinhas e estuarinas.
O pescador, mais que qualquer outro esportista, tem por obrigação defender a
natureza e promover a conscientização ambiental: “sem o peixe não existe pescaria”. É
unânime a opinião, principalmente dos mais antigos pescadores, que a quantidade e a
variedade de peixes têm diminuído significativamente. Os relatos de boas brigas, com
grandes exemplares, têm cada vez mais se tornado histórias do passado. O
desenvolvimento urbano traz conforto e benefícios ao homem, porém, à custa de um preço
muito elevado a ser pago pela natureza. A exploração imobiliária, a poluição, a depredação
das matas e principalmente a pesca predatória sem limites, com redes e espinhéis
depredam o litoral de norte a sul do Brasil. Já é bastante difícil fiscalizar e combater esses
inúmeros agentes da depredação ambiental, portanto não é concebível que nós,
pescadores, ajudemos a destruir o nosso bem maior, local de bons momentos de
divertimento, recreação e lazer.
O pescador consciente deve deixar a praia, no mínimo, mais limpa que encontrou
na chegada e contribuir com ações simples, porém grandiosas para a natureza:
3) Seja comedido, leve para casa, apenas a quantidade de peixe para o seu
consumo próprio;
4) Seja racional, não se vingue nos peixes, ferindo e matando os espécimes que
não tem valor e roubaram sua isca;
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6) Seja proativo, não transfira para o governo ou para o pescador vizinho sua
parcela de responsabilidade na fiscalização, denuncie, chame a atenção, oriente,
não se omita; e
7) Seja altruísta, recolha sempre o seu lixo, porém olhe também para o lado.
Colabore, faça um pouco mais que a sua parte.
“Se cada um pensar não na pesca de hoje, mas na de amanhã, a dos nossos
filhos, com certeza contribuiremos para a preservação da água e dos peixes”
(http://www.aripescaria.com.br)
PUBLICAÇÕES:
SITES:
http://www.clupere.com
http://www.bassonline.com.br
http://www.pesquesolte.com.br
http://www.mundodapesca.com.br
http://www.pesca-pt.com
http://www.pescamadora.com.br
http://www.guiapescadepraia
http://www.pescadepraia.com
http://www.custombymarco.com.br
37
http://www.nippobrasil.com.br
http://www.pescadepraiabrasil.com.br
http://www.vivaterra.org.br
http://www.aripescaria.com.br
http://www.fishbase.org
http://www.mpa.gov.br
http://www.cbpds.com.br
http://equipeprejereba.blogspot.com.br
8.2 COLABORADORES
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