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PESCA ESPORTIVA

APRESENTAÇÃO
1 - Tipos de vara
2 - Tipos de isca
3 - Metodologia da pesca
Introdução
Podendo ser natural como o bambú ou industrializado em
fibras (fibras de vidro, boron, epóxi, carbono, etc).
Com o objetivo de melhorar a sua performance. O importante
é que estas matérias e seus compostos vão dar origem a varas de
ação mais leve ou mais pesada, que poderão ser mais, ou menos
flexíveis.
Resistência

É medida internacionalmente em libras. Estas resistência é


uma forma utilizada para medir e expressar a dureza de uma
determinada ação.

Ação
Indica o ponto em que a vara começa a vergar sob uma dada
força. Desta forma podemos definir se o equipamento é de ação
rápida, moderada ou lenta. Assim sendo caniços com a mesma
resistência podem ter diferentes ações.
Poder ou força

Essa referência determina a capacidade de forçada linha em


que as varas suportam trabalhar os pesos de arremessos.

Capacidade de peso e resistência de linhas


Essa referência determina a capacidade mínima e máxima
da linha com que pode trabalhar. A mínima especifica qual a linha
mais fraca que pode ser utilizada sem o risco de quebrar a vara
Escolha
Os fabricantes usam hoje diferentes matérias-primas para
fazer varas. As ligas de carbono permitem que elas sejam cada vez
mais leves e resistentes.
As mais modernas têm, na composição, tipos de
carbono de alta tecnologia, denominados IM6, IM7, IM8,
HM
Os blanks, são os corpos das varas e a maioria têm
processo de fabricação extremamente técnicos e de
precisão.
Partes da Vara
REEL SEAT – É o local onde se fixa, a carretilha, molinete e BLANK – É o corpo da vara, responsável pelo poder
spincast na vara da vara, ou seja, a quantidade de esforço que a
vara suporta e é ele o responsável pela ação da
REAR GRIP – Conhecido como “cabo”. As vezes curto ou vara de pesca
comprido dependendo da modalidade a ser usada.
BUTT CAP – É a tampa do cabo. Peça muito
importante. Além de ser um item no acabamento
TIP TOP – A Ponteira da vara de pesca. da vara. É o Butt Cap que evita o choque direto do
Blank com o chão, o que poderia causar trincas na
HOOK KEEP – Prendedor de anzol/ iscas artificiais, item vara. É ele também que veda o cabo e o Blank para
que algumas tem outras não. Embora seja de grande ajuda, não acumular sujeiras como umidade, areia, limo,
não altera nada na vara ter ou não maresia, barro, etc.

GUIDES – São os Passadores ou Guias da Mesma.


Cabos

Ultraleves (ultralights): são utilizados em varas da mesma


categoria. Têm como principal características que o
molinete/carretilha se encaixa diretamente na cortiça através de
dois deslizantes (sliding rings). Comprimento entre 8″ e 10″.
Pistola (pistol grip): normalmente podem ser empunhados por
uma só mão, sendo mais utilizados com iscas artificiais. Sua
utilidade é muito relativa e seu peso maior que os outros tipos de
comprimentos maiores. Não permitem bom balanceamento da
vara e ergonomicamente não é funcional. As indústrias de varas o
estão desatualizando gradativamente.
Pesos de Arremesso
As varas possuem limites mínimos e máximos
quanto aos pesos de iscas que suportam ou
arremessam. Com iscas mais leves que as indicadas fica
difícil lançar. No caso de mais pesadas, a vara pode
partir no arremesso.
Os valores referentes a pesos de arremesso, vêm
expressos em onça (Oz). Cada onça equivale a 28,35
gramas.
Você pode entender pelo exemplo em que a
indicação diz lure (isca em inglês) 1/8 onça – 3/8 onça.
Isso significa que essa vara arremessa iscas de um
oitavo de onça a três oitavos de onça, ou seja, 3,54
gramas a 10,63 gramas.
Classificações

As varas foram classificadas quanto aos comprimentos,


pesos de arremesso, poder ou força, capacidade de peso e
resistência das linhas e ações.
Ultra lights (UL) ultraleves: Lights (L) leves:

Comportam linhas de até 6lbs (2,7kg) e Devem ser usadas com linhas de 6lbs
iscas de até 6g (1/32 a 3/16 onças). (2,7kg) até 12lbs (5,4kg) e iscas de 4g a
Excelente para pesca de lambaris, 11g (1/4 a 3/4 onça). Excelente para pesca
pequenas tilápias, trutas, escrivões, de peixes como tilápias, matrinchãs,
manjubas, saicangas e peixes de tabaranas, robaletes, pequeno black bass
pequeno porte. e betaras.
Médium (M) médias: Heavy (H) pesadas:

Para linhas de 10lbs (4,5kg) a 14lbs (6,4kg) Voltadas a linhas de 16lbs (7,2kg) a 30lbs
e iscas de 7g a 21g (1/4 a 7/4 onças). (13,6kg) e iscas de 11g a 28g (3/8 a 1
Excelente para peixes do porte como onça). Excelentes varas para pesca de
robalos, black bass, traíras, sargos, peixes com o porte de jaús, pirararas,
piraputangas, carpas, pequenos tucunarés meros, badejos, grandes garoupas,
e pacus. grandes pintados, dourados do mar,
pirarucus e cações.

Musky:

O nome de um peixe barra pesada dos EUA, que são peixes ultra pesados.
Especiais para linhas acima de 35lbs (15,9kg) e iscas de 40g a 300g. Excelente
para peixes do tipo como atuns, piraibas, grandes jaús e meros.
ISCAS
NATURAIS & ARTIFICIAIS
ISCAS
N AT U R A I S
Popularmente conhecidas como “Isca Viva”

Divididas de acordo com a espécie alvo, sendo:

Pesca continental
Pesca marítima
Problemas:
Introdução de espécies (peixes, camarões,
caranguejos, mexilhões, etc.)
Captura de iscas é atividade insalubre,
perigosa e predatória;

Proposta:
Adquirir iscas provenientes da aquicultura
local
Utilização e Dicas:
ISCAS MOLES
Posicionar/preparar a isca de forma mais
semelhante ao natural possível
Correta estocagem (iscas naturais)
Assim, aumentar a probabilidade de captura
Ferramentas auxiliares:
Iscadores (tornar prático o uso de iscas moles)
Elastrico (fixação iscas moles)
PESCA MARÍTIMA
SUBSISTÊNCIAL
Iscas naturais

COMERCIAL
Maioria utilização iscas naturais

RECREATIVA (Pesca esportiva)


Iscas naturais
Iscas artificiais
Tipos de iscas
CORRUPTO

Iscados preferencialmente vivos, inteiros ou


em forma de “bolsinha”

Espécie alvo: maioria dos vertebrados costeiros


Tipos de iscas
CAMARÃO
Mais usados:
Ferrinho, sete barbas e branco
7 BARBAS
Defeso: é utilizado o camarão cinza

Espécie alvo: maioria dos vertebrados costeiros


BRANCO
Tipos de iscas
SARDINHA

Isca bem apreciada pela maioria das espécies

Espécie alvo: maioria dos vertebrados costeiros


Tipos de iscas
SARNAMBI, CONCHINHAS, MARISCOS

Retira-se a concha e isca o molusco (iscador)

Espécie alvo: maioria dos vertebrados costeiros


Tipos de iscas
LULA
Pequenas ou cortadas em tiras
Vantagem:
Dificilmente se solta do anzol

Espécie alvo: maioria dos vertebrados e/ou


Miraguaia marisqueira

Tipos de iscas
Pampo galhudo
TATUÍ ou TATUÍRA

Inteiros ou sem a carapaça

Espécie alvo: miraguaias, sargos e pampos


Sargo
Tipos de iscas
CARANGUEJOS
Mesmo procedimento para utilização na
pesca continental ou marítima
Na pesca continental, são muito utilizados
para a pesca de Piaparas

Espécie alvo: miraguaias, sargos e pampos


PESCA CONTINENTAL
Tipos de iscas
TUVIRA

Principal isca para espécies nativas (carnívoras)

Espécie alvo: Dourado (Salminus brasiliensis)


Tipos de iscas
PIAU

Espécie alvo: Dourado (salminus brasiliensis)


Tipos de iscas
LAMBARI

Abundante em quase todas águas continentais

Espécie alvo: Tucunaré e Corvina


Tipos de iscas
CURIMBA

Espécie alvo: Dourado (salminus brasiliensis)


Tipos de iscas
MINHOCUÇU

Região central de Minas Gerais até Tocantins

Espécie alvo: Siluriformes (peixes de couro)


ISCAS
A RT I F I C I A I S
MEDIDAS
GRUPOS
Superfície
Plástico/madeira, densidade
Meia água
Plástico/madeira, densidade ou barbelas
Fundo
Qualquer material densidade e/ou barbelas
TIPOS DE ISCAS ARTIFICIAIS
(hard lures)
Metal e Plugs

(softs)
Shads, Grubs,
Worms e Shrimps
(hard lures)
iscas que imitam peixes,
geralmente de ou
(hard lures)
Popper (superfície)
Boca chanfrada oferecendo resistência na superfície
e arrasto, emitindo um som de um peixe comendo
outro peixe
(hard lures)
Helice
Movimento da água na superfície,
fazendo ruídos emitidos pela hélice
(hard lures)
Zara
Trabalho de zigue e zague
(hard lures)
Sticks
O trabalho é realizado fazendo a isca descer e subir
(hard lures)
Articulada
(hard lures)
Metal: colher
Atração pelo reflexo da luz
Ant enrosco
(hard lures)
Metal: spinner
(hard lures)
Metal: spinner bait
(hard lures)
Metal: buzz bait
(softs)
Grubs
Shads

Shrimp

Worms
(softs)
, , e
e
PESCA AMADORA
A atividade sustentável é capaz de gerar desenvolvimento,
principalmente em regiões remotas, a pesca amadora
concilia o turismo com a conservação do meio ambiente.

Ocorre em todas as bacias hidrográficas do país, na região


costeira e em áreas de mangue.

Por isso, a atividade é concebida para causar o mínimo


impacto ambiental.
O Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca
Amadora – PNDPA, é regido através do estímulo às
pesquisas nas áreas de pesca, a sensibilização dos
empresários do setor para a questão ambiental, o
treinamento de guias de pesca.

O PNDPA demonstra que o turismo de pesca bem


orientado é capaz de gerar desenvolvimento sustentável
com benefícios para o turista, as comunidades locais, os
empresários e, principalmente, para os recursos hídricos e
pesqueiros.
PESCA ESPORTIVA NA MODALIDADE
PESQUE E SOLTE
Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros
Continentais – CEPTA

Centro Especializado do Ibama – PNDPA

Destas pesquisas resultaram trabalhos sobre a


sobrevivência dos peixes capturados na modalidade
pesque-e-solte, e o desenvolvimento de técnicas e
procedimentos adequados que vêm minimizar os efeitos
nocivos da captura/soltura dos peixes.
Durante a pesca, os acessórios de captura,
manipulação e soltura dos peixes devem estar
disponíveis, organizados e ao alcance das mãos, de forma
a diminuir o tempo de contenção do peixe fora do
ambiente aquático, melhorando assim a sua recuperação.
Durante a pesca, os acessórios de captura,
manipulação e soltura dos peixes devem estar
disponíveis, organizados e ao alcance das mãos, de forma
a diminuir o tempo de contenção do peixe fora do
ambiente aquático, melhorando assim a sua recuperação.
O procedimento adequado de se segurar um peixe é
aquele que menos o estressa, ou seja, mantê-lo sempre
na posição horizontal, o que evitará quaisquer danos
físicos.
Nadadeira caudal. Maioria dos pescadores segura os
peixes, geralmente colocando-os de cabeça para baixo
Quando se fizer a devolução do peixe na água, não se
deve jogá-lo, mas sim colocá-lo suavemente na posição
horizontal.

Para isso, dentro da água, segure-o pela nadadeira dorsal


ou com a mão na região ventral, mantendo a boca
voltada contra a correnteza.
Mantenha-o nesta posição até que ele saia nadando
normalmente.

O peixe somente deverá ser solto quando


completamente recuperado. Caso esteja sem reflexo ou
com o equilíbrio abalado, poderá tornar-se alvo fácil de
predadores ou, mesmo, deixar-se levar por correntezas.
CORRICO
Corrico é usado para afundar a linha o mais possível. É
um bom método para ser empregado em águas não
muito profundas, a fim de atrair garoupas e peixes de
menor porte.
PESCA COM VÍSCERAS
O método consiste em deitar uma linha com iscas
sobre a água e esparramar porções de vísceras na água,
de modo a atrair um grande número de peixes e criar
uma "pegadeira" (vários peixes atacando as iscas).
LANÇAMENTO DE LINHA POR SOBRE A
CORRENTEZA
Lançamento da linha por sobre a correnteza. Quando
aparecerem os sinais de que há peixes grandes na área,
jogue uma linha por sobre a correnteza; a seguir, deixe-a
retornar para a área e espere o peixe morder a isca. Puxe
a linha e solte-a novamente, se necessário.
PESCA EM BARRANCO
A mais praticada por ser a mais simples, a pesca em
barranco não exige equipamentos especiais e pode ser
feita desde com varas de pesca simples até varas com
molinete.

Atentar-se à vazão do rio, corredeiras e condições do


local são fundamentais. Os arremessos tendem a ser mais
curtos pela própria falta de espaço disponível e as iscas
mais utilizadas são as naturais.
PESCA OCÊANICA
Realizada em alto mar, essa modalidade de pescaria
exige barcos com motores mais eficientes, varas mais
resistentes e equipamentos mais caros. Alguns peixes
podem chegar a 250 kg e essa modalidade deve ser feita
seguindo correntes específicas.
PESCA DE PRAIA
Já a pesca de praia é diferente da pesca oceânica por
ser realizada na areia.
Podem ser escolhidas praias fundas ou mais rasas, além
de aquelas com banco de areia.
Nesses casos, o mais indicado é uma vara mais longa e
linha de pesca mais fina.
A chumbada também deve ser escolhida corretamente
para sofrer menor arraste das ondas.
PESCA DE PRAIA
Modalidades de pescaria mais antiga é a pesca fly,
caracterizada por vara simples, comprida e flexível, com
carretilha e linha mais grossa. As iscas são feitas de
maneira artesanal e de modo que imitem uma mosca ou
outros animais invertebrados. Por serem iscas muito
leves, o trabalho do arremesso fica por conta da linha – e,
por isso, é necessário que a vara seja flexível para obter o
impulso necessário.
PESCA RODADA
Nessa modalidade é necessário ir atrás do peixe,
arrastando a isca em profundidade. A aceleração,
entretanto, deve ser constante e a velocidade mais
reduzida, já que qualquer alteração a mais ou movimento
brusco pode espantar os peixes.

O ideal é que o barco seja deixado pra descer o rio e


seguir a correnteza naturalmente. São utilizadas desde
varas grossas até varas de molinete ou carretilha.
PESCA DE ARREMESSO
Considerada uma das modalidades de pescaria mais
técnicas, a pesca de arremesso requer um conhecimento
do comportamento dos peixes e do local.
O lançamento deve ser o mais preciso possível e a isca
deve ser movimentada de forma a atrair o predador
natural. É o caso de fazer a isca parecer uma pesa ferida,
por exemplo.
PORTARIA Nº- 49, DE 5 DE
NOVEMBRO DE 2007
PESCA DE ARREMESSO
Art. 1° - Estabelecer normas de pesca para o período de
proteção à reprodução natural dos peixes, de 1° de novembro
a 28 de fevereiro, anualmente, na bacia hidrográfica do rio
Paraná.

Art. 2° - Proibir a pesca:


I - nas lagoas marginais;
II - a menos de quinhentos metros (500m) de
confluências e desembocaduras de rios e lagoas, canais
e tubulações de esgoto;
III - até um mil e quinhentos metros (1.500m) a
montante e a jusante das barragens de reservatórios de
usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras;
Art. 3° - Proibir a realização de competições de pesca
tais como torneios, campeonatos e gincanas.
§ 1° - Esta proibição não se aplica a competições de
pesca realizadas em reservatórios, visando a captura
de espécies não nativas (alóctones e exóticas) e
híbridos.

Art. 4° - Permitir a pesca em rios da bacia, na


modalidade desembarcada, utilizando linha de mão,
caniço, vara com molinete ou carretilha, com o uso de
iscas naturais e artificiais:
I - nas áreas não mencionadas no art. 2° - desta
Portaria;
II - a captura e o transporte somente de espécies
não nativas (alóctones e exóticas) e híbridos, sem limite
de cota para o pescador profissional e cota de 10 kg
mais um exemplar para o pescador amador
Art. 5° - Permitir a pesca em reservatórios, nas
modalidades desembarcada e embarcada, com linha de
mão ou vara, linha e anzol, caniço simples, com molinete
ou carretilha com uso de iscas naturais e artificiais:
I - exclusivamente espécies não nativas (alóctones e
exóticas), tais como:
apaiari (Astronotus ocelatus);
bagre-africano (Clarias spp.);
black-bass (Micropterus spp.);
carpa (todas as espécies);
corvina ou pescada-do-Piauí (Plagioscion squamosissimus);
peixerei (Odontesthis spp.);
sardinha-de-água-doce (Triportheus angulatus);
tilápias (Oreochromis spp. e Tilapia spp.);
tucunaré (Cichla spp.);
porquinho (Satanoperca papaterra);
zoiudo (Geophagus surinamensis) e híbridos;
Art. 6° - Proibir a captura e o transporte e o armazenamento
de espécies nativas da bacia, bem como a pesca subaquática.
Parágrafo único. Entende-se por espécie nativa: espécie de
origem e ocorrência natural da bacia hidrográfica em questão.

Art. 7° - Permitir aos pescadores profissionais e amadores o


transporte de pescado por via fluvial somente em locais cuja
pesca embarcada é permitida.

Art. 8° - Permitir ao pescador profissional e amador a pesca


embarcada e desembarcada, no trecho compreendido entre a
Ponte ferroviária Francisco de Sá a jusante da UHE Souza Dias
(Jupiá) e a montante da barragem da UHE Sérgio Motta (Porto
Primavera), apenas para a captura e transporte de espécies
exóticas, alóctones e híbridos.

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