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survival
O Manual do Guerreiro

GUIA DE SOBREVIVÊNCIA
Conteúdo do Ebook

definição sobrevivência

a regra dos 3

Ações Imediatas na Sobrevivência na terra


• esaon
• prac

Ações Subsequentes na Sobrevivência na terra

As prioridades;

1. Abrigo - tipos
2. Fogo – formas de obtê-lo
3. Água – captação e tratamento
4. Alimento – vegetal / animal
5. Sinalizçao para o resgate – formas mais úteis
6. Deslocamento e navegação - tentar o auto resgate
SURVIVAL
O Manual do Guerreiro

Prefácio

A edição deste Manual de Sobrevivência, tem como objetivo a disseminação de


conhecimentos gerais, técnicas e procedimentos para auxiliar na sobrevivência na terra
de indivíduos isolados ou de grupos, após abandono de uma aeronave em voo ou de uma
aterrisagem ou amerissagem forçada, assim como também perdidos em situação de
matas/selvas agindo como um “sobrevivente”. SURVIVAL – O Manual do Guerreiro,
aborda através da demonstração de técnicas e táticas operacionais adequadas para os
mais diversos tipos de situaçõaes. Sua elaboração foi realizada com ampla participação
de especialistas no tema.
O presente trabalho tem como escopo a atualização das atividades operacionais de
técnicas Sobrevivência Militar , devendo ser adotado como ferramenta de consulta por
praticantes de atividades outdoor, militres, exploradores e afins. Desta forma, contribuindo
com uma oferta vailosa de conhecimeto para uma situação de emergência e
sobrevivência.
Este, é um documento básico sobre Técnicas de Sobreviência, elaborado com
objetivo de ser uma ferramenta de orientação prática, com informações teóricas,
sugestões de aplicação e modelos de conceitos que contemplem os aspectos mais
importantes para a formação de capacidade em sobrevier na Natureza com o mínimo de
recursos.
Alan C. Rolla
BRAVO 01

1. Introdução;

Regiões de Selva, podem ser definidas com Paraíso ou inferno, como descreveu
Renato Ignácio em “Amazônia, Paraíso e Inferno!”, minha experiência diria que a Selva,
além de poderosa, é Majestosa e dominadora.
Sua beleza natural, seu clima típico, com incontáveis espécies animais e vegetais
guarda sob seu manto verde, muitos perigo e mistérios.
Para sobreveiver neste bioma, é necessário que o Homem esteja altamente capacitado
em conhecimentos especializados para tal fim. Envolventdo também, imaginação,
empenho, bom senso, instinto de preservar sua integridade e claro o bom e velho MORAL
elevado.
Sobreviver com apenas recursos naturais torna-se uma tarefa árdua, quase
impossível sem o conhecimento necessário.

Defininindo a palavra Sobrevivência, encontramos;


*Ato ou efeito de sobreviver.
*É aquilo que subsiste após um desaparecimento, uma perda: sobrevivência de costumes
de épocas passadas.
*Superar situação difícil ou perigosa da vida.

A sobrevivência depende unicamente de um fator: sobreviver! Sobreviver é


superar, continuar, sejam quais forem os meios, as situações, os poucos ‘prós’ e os
muitos ‘contra’.
Sobrevivência é a arte de entrar e sair de quaisquer situações e/ou meios hostis,
com um mínimo de recursos, obtendo sucesso no final. Sobrevivência é, em resumo, a
arte de sobreviver com o que se tem, onde se está, acontecendo o que acontecer.

Algumas são as situações que colocam uma pessoa na condição de sobrevivente:


• Uma aventura inconseqüente: pessoas inexperientes sem o devido preparo.
• Acidentes marítimo, fluvial, aéreo: Sendo este o mais indesejado, pelas
possibilidades de feridos no grupo.
• Treinamento (militares e cursos): Fins militares e cursos de aprendizado para
civis e exigencias de algumas profissões.

Em todas estas situações, há algumas necessidades a serem saciadas. Não


importa se você está em terreno hostil por força do destino ou por vontade própria, você
terá as mesmas necessidades básicas.
SURVIVAL - O Manual do Guerreiro, foi escrito buscando uma ordem lógica dos
sucessivos procedimentos que devem ser adotados numa situação crítica e de
emergência, onde o que realmente importa é a manutenção da vida até chegada de
socorro. Eles devem ser lidos com muita atenção, pois as informações, ou melhor, os
ensinamentos neles contidos podem ser vitais para qualquer pessoa que se encontre
numa situação crítica.

Capítulo I
I.1 - Necessidades Fisiológicas Humanas
• A regra dos 3

O primeiro autor a defender a “regra dos três” foi Ron Hood, instrutor de
sobrevivência nos EUA.

A regra dos três é um instrumento que permite relembrar as prioridades numa situação de
sobrevivência, mas também em situação de emergência, ou quando se escolhe o material
e se estabelece um itinerário no planejamento de uma expedição.

Neste tipo de contexto onde o nível do stress é muito elevado, tomar uma decisão é difícil,
e este tipo de regra simples, permite evitar os erros mais grosseiros na arte de sobreviver.

Uma das coisas mais compexas de se fazer, quando nos encontramos em dificuldade na
natureza ou noutro lugar, é de tomar consciência e aceitar psicologicamente a urgência da
situação. Decidir que, “estou realmente em risco” e de agir em consequência. Não
queremos aceitar esta realidade, passamos então a correr riscos por nossos
comportamentos inadadequados. É assim que continuamos a andar durante horas,
quando já estamos perdido à muito tempo. É uma maneira que tem o nosso psíquico de
limitar o stress em detrimento da nossa segurança. Esta ausência de reação, esta
ausência de tomada d’iniciativas ou de decisões é sem dúvida uma das principais
armadilhas às quais somos submetidos, quando confrontados com situações perigosas.

O nosso principal inimigo somos … nós !

A regra dos três permite também preparar nosso equipamento por


prioridades, para uma atividade qualquer, para partir em viagem ou de férias, esta regra
permite de não esquecer nada, e de hierarquizar necessidades.
A REGRA DOS TRÊS
VERSÃO Adaptada CEETS
Centre d'Etudes et d'Enseignement des Techniques de Survie
(Centro de Estudos e d’ensinamentos das Técnicas de Sobrevivência)

3 minutos sem Oxigênio


3 horas sem Regulação Térmica (abrigo)
3 dias sem Água
3 semanas sem Alimentos

• 3 minutos sem oxigênio

Necessidades para que o oxigénio chegue aos nossos centros vitais


Vias aéreas liberadas
Uma respiração normalizada
Batimentos cardíacos equilibrados
sistema circulatório funcionando adequadamente Etc…

• 3 horas sem regulação térmica – Abrigo

Estatisticamente o que nos fere ou nos mata na natureza é:


A Hipotermia ou a Hipertermia
Sobretudo os seus efeitos secundários sobre as nossas capacidades.
No Verão - para evitar o superaquecimento corporal e a desidratação
No Inverno - para evitar a hipotermia e as “geluras” (queimaduras de gelo).
Mas ainda mais nas estações intermédias: tempo estável pela manhã, e queda brusca de
temperatura á noite.
* Importante:
RECC - Radiação, Evaporação, Condução, Convecção

Radiação: Captação de raios infravermelhos do sol, fogo....


Evaporação: Através da termoregulação corporal de temperatura, o suor – gerando
desidratação.
Condução: Deitado sobre um solo frio, perde-se calor corporal muito rapidamente, por
contato ao solo
Convecção: Proteger-se do vento, pois pode aquecer no Verão, ou resfriar brutalmente
em locais frios. o vento acelera também a evaporação, consequentemente a desidratação

• 3 dias sem água


A água permite a realização das mais diversas reações químicas necessárias para
a sobrevivência. Por esse e outros fatores, ela é de extrema importância para o corpo
humano. Em regras gerais, 3 dias sem água, estará desidratado, consequentemente
haverá a falência de multiplos órgãos, levando a morte.

• 3 semanas sem alimento


A alimentação é um processo que garante que nosso organismo consiga os
nutrientes necessários para a nossa sobrevivência.
A média de uma reserva calórica Homem 70kg, para exercer suas fuções basais e
vitais vão até 25 dias, porém reduzem de acordo com seu nível de atividade diária.
Capítulo II

II. 1 - Ações Imediatas na Sobrevivência na terra

Dominar o conhecimento das técnicas e materiais de sobrevivência, por meio de


treinamento e conhecimento adequado, será o decisivo entre soreviver ou não. No
entanto, por mais experiente que sejamos não estamos preparados para ficarmos
pedridos seja lá por qual motivo for, ou mesmo sofrer um acidente aéreo. Ao encontrar-se
isolado, sem meios para contatar uma localidade de apoio e tendo ainda necessidade de
lutar por sua sobrevivência, normalmente o sobrevivente tenderá a movimentar-se em
uma direção qualquer, em busca de salvação. Essa atitude precipitada é totalmente
errada. Por esse motivo, é aconselhável que sejam observadas, rigorosamente, as
seguintes regras em caso de uma emergência sobre a terra:

a) FIQUE PARADO - Não ande à toa. Inicialmente fique parado para tomar as melhores
decisões, desde que isso não lhe represente perigo;
b) FIQUE SENTADO - Procure sentar para descansar e pensar. Tente se recuperar do
choque causado por estar perdido ou pelo acidente
c) ALIMENTE-SE - Procure se alimentar, pois saciando a fome e a sede, qualquer um
terá melhores condições para raciocinar;
d) ORIENTE-SE - Procure saber onde está localizado nesse momento, de qual direção
veio, ou para onde quer ir, utilizando-se do processo que melhor se aplique à situação;
e) DESLOCAMENTO - Somente se desloque do local se tiver certeza absoluta de chegar
a um destino que possa lhe prestar socorro;

Regra Geral : E.S.A.O.N

E: Estacione
S: Sente-se
A: Alimente-se
O: Oriente-se
N: Navegue

Bizu extra

Numa situação de sobrevivência na Natureza, indico a pessoas sem treinamento militar ou conhecimeto sobre
Orientação / Navegação, ou ate mesmo ferido, não podendo realizar grandes deslocamentos, o método
desenvolvido pela eq. Onça Negra, através do Sgt Riva, Fernando.

P.R.A.C
P: Proteção
R: Resgate (sinalização)
A: Água
C: Comida
II. 2- Ações Subsequentes na Sobrevivência na terra

Estabelecendo as prioridades

* Em caso de acidentes ( aéreos, fluviais etc.)

• Verifique o número de sobreviventes e a natureza dos ferimentos de cada um deles


• Assista os feridos com os primeiros socorros, procurando deitá-los ou recostá-los em posição que lhes
dê alívio e conforto;
• Faça, se necessário, com o máximo cuidado, a remoção dos feridos das proximidades da aeronave
sinistrada, especialmente a dos que sofreram ferimentos ou traumas nas costas ou fraturas;
• Providencie, se necessário, para todos e principalmente para os feridos, com a maior rapidez possível,
proteção contra o vento e a chuva;

As prioridades podem mudar de acordo com o ambiente, e tambem devido ao tempo (hora) que
você tem para executá-los.

• Prioridade nº 1 – Abrigo:
Oferece proteção contra chuva, frio e ventos fortes. Em alguns casos pode
protejer do sol intenso. Do ponto de vista psicológico, nos tras a sensação de
segurança.
A improvisação de um abrigo, para se proteger dos elementos naturais, é
absolutamente indispensável. A exposição ao vento, chuva, neve, frio ou calor extremo,
pode levar a pessoa rapidamente à morte. Por exemplo, mesmo no verão brasileiro
uma pessoa pode entrar facilmente num estado de hipotermia, se ficar exposta ao
vento e chuva intensa. Não é necessário que seja sofisticado, qualquer abrigo em uma
saliência rochosa, ou improvisada com galhos e folhas sobrepostas já terá condições
de abrigo. Depois ele poderá ser melhorado, porém em um primeiro momento o
importante é ter algo com que se proteger das intempéries climáticas.

• Prioridade nº 2 – Fogo:
Além da sensação de segurança contra possíveis predadores, o fogo é uma
ferramenta importante para o sobrevivente, podendo utilizar para se aquecer,
futuramente purificar sua água e cozinhar seu alimento.
Tem um importante efeito psicológico. A sensação trazida pelo calor e pelas
labaredas das chamas é bastante fortalecedora numa situação como esta. E, claro,
também servirá como meio de sinalização para as equipes de resgate, se a pessoa
tiver a iniciativa de produzir fumaça, colocando folhas verdes ou algum material
derivado de petróleo, como plástico.

• Prioridade nº 3 – Água:
A necessidade de ingestão de água é absolutamente vital. É verdade que,
dependendo do contexto, uma pessoa poderá sobreviver até 3 dias sem água para
beber. Se o clima estiver muito seco e quente, este período de carência pode ser
drasticamente reduzido. Dentro do possível, a pessoa deverá purificar a água (fervura
etc.).
Alguns especialistas defendem a tese que se isto não for possível, mais vale
ingerir água contaminada (e tratar da eventual infecção posteriormente), do que ficar
severamente desidratado, com falência dos rins e possível parada cardíaca (pois sem
água, o sangue vai ficando mais grosso, dificultando sua circulação e exigindo um
esforço cada vez maior do coração para manter o sangue fluindo pelo corpo). Tal
opção deve ser uma escolha individual, tendo total conhecimeto dos seus riscos.

• Prioridade nº 4 – Alimento:
O corpo humano pode suportar muito mais tempo sem comida, do que sem
abrigo, água e fogo para as demais necessidades. A obtenção de alimentos em áreas
remotas não é tarefa fácil. A caça é bastante difícil de ser obtida e a alimentação com
vegetais também exige conhecimentos básicos para a identificação das espécies
comestíveis. Logo repor as calorias gastas aumenta seu índice de energia
consequentemente sua capacidade de raciocínio e tomadas de decisões sensatas.

• Prioridade nº 5 – Sinalização para o resgate:



Várias são as formas de sinalização, entre elas destacamos fogueiras, objetos
refletivos, objetos grandes e coloridos, ou até mesmo se tiver conhecimento a
sinalização Terra – Avião. É muito importante deixar pistas claras para que o resgate o
encontre.

• Prioridade de nº 6 – Deslocamento e navegação para tentar o auto-


resgate:

Pelas estatísticas, sabe-se que em 90% dos casos de pessoas que se perdem
são encontradas próximas do local aonde se perderam e no prazo máximo de 72
horas. Logo a decisão do auto-resgate é uma decisão muito difícil de ser tomada.
Conhecimento em navegção e orientação são necessários para esta etapa, sendo
assim, caso não domine as mesmas, não se aventure, pois pode ser fatal.
Capítulo III

III.1 – Executando as Prioridades

Prioridade n° 1: ABRIGO

* GENERALIDADES

Em qualquer área poderá ser improvisado um abrigo com os materias naturais que
encontrar no local, e em casos de acidentes com partes da aeronave ou com o
equipamento de emergência. O local deve ser seguro.
É claro que a espécie de abrigo que se deve armar depende da proteção de que se
necessita, dependendo da região do país (exemplos: contra a chuva, o calor, os raios do
sol ou os insetos). Também é necessário determinar de antemão se o acampamento é
somente para uma noite ou para muitos dias, assim não disperdiçando energia para a
construção.

* ESCOLHA DO LOCAL

Escolha com cuidado o local para o seu acampamento em região onde possa obter
lenha e água, especialmente esta última.
Não acampe em terreno de inclinação muito pronunciada, ou em áreas onde
houver perigo de desmoronamento, inundações, quedas de rochas, ou em local
demasiadamente exposto aos ventos. Atenção as árvores com galhos secos, cuidado
com a queda dos mesmos.
Escolha para o acampamento um local em ponto elevado, em um pequeno outeiro,
o mais possível afastado de charcos e pântanos. Deste modo, os mosquitos incomodarão
menos, o chão estará mais seco e arejado. Agora com o local escolhido, limpe bem o
local, mantendo-o seguro contra possíveis insetos, aranhas, cobras entre outros.

* TIPOS DE ABRIGO

- Abrigos Provisórios
Este é um típico abrigo para uma noite; exemplos

1) Rabo de jacú
Limpe o local escolhido, e procure juntar boa quantidade de folhas de palmeiras ou
algo semelhante para a cobertura, use a criatividade para adaptar. A seguir, atravesse urn
pedaço de pau, se possfvel aproveitando Arvores em volta como suporte e vá apoiando
as folhas de palmeira uma ao lado da outra bern unidas.
Adaptações para ganhar tempo com abrigos para 1 noite

Abrrigo improvisado com manta ou plástico

Abrigo improvisado com lona velha e recursos naturais

2) Abrigo Tipo “ A ” ou de Detritos


Para esse abrigo, utilizamos estacas, que poderão ser cobertas por folhas
largas, plástico. As folhas podem ser colocadas bem próximas uma da outra e com as
pontas viradas para baixo para quando chover, a água escorra por elas e não entrará no
abrigo.
Alternativa para abrigo tipo Bivaque;

- Abrigos Semi Permanentes


Construídos com o material da região e destinado a dar condições de permanência
por um longo período de tempo. Este gênero de abrigos a qualidade da sua construção é
superior a um abrigo rápido, porém inferior à de um abrigo permanente o qual veremos
mais a frente. É indicado para quando não sabemos quando vamos ser resgatados e
vamos esperar naquele local. Muitas das vezes devido a longa espera do resgate, e com
a esperança a desvanecer estes abrigos são melhorados tornando-se abrigos
permanentes.
- Abrigos Permanentes
Construídos com ou sem o material natural disponível da região e permite que
fiquemos ali por tempo indeterminado. Este género de abrigos a qualidade da sua
construção é robusta. É indicado para quando estamos um longo período em
sobrevivência e não pretendemos mudar de local ou, se nem sequer sabemos se vamos
ser resgatados.
Em alguns casos, devido ao tempo livre o abrigo é melhorado diariamente, dando
deste modo cada vez mais importância aos pequenos pormenores. É muito importante
numa situação de isolamento extremo manter-se ocupado, melhorar o abrigo é uma das
muitas atividades que pode fazer para ocupar o tempo livre e evitar depressões que
muitas vezes levam à morte.
Nos abrigos permanentes podem-se observar algumas das seguintes
características:
•Construção robusta.
•Amarração firme.
•Regularidade nos paus da cama.
•Madeira é passada pelo fogo para eliminar bichos.
•Cobertura bem fixa e impremeável.
•Anexo para armazenar lenha.
•Anexo para guarda comida e água.
•Fogueira com reflector.
•Etc…
Prioridade n° 2: FOGO

O fogo é essencial para a sinalização, obtenção de calor, filtragem de água por


fervura e preparação de alimentos, e o sobrevivente deve conhecer diferentes métodos
para fazer fogueiras. Numa fogueira existem três elementos: Ar, calor e combustível. A
flata de qualquer um dos 3 elementos não resultará êxito. Limpe a área, raspando o solo
da superfície do local que escolheu num diâmetro mínimo de 1m, reduzindo as chances
que o fogo se espalhe. Em situações onde a terra encontra-se molhada, sugere-se a
construção de uma plataforma de madeira. Caso tenha tempo e recursos, construa um
muro “Guarda-fogo” usando cepos ou rochas. Este muro ajudará a direcionar o calor para
onde quiser.

MATERIAL PARA FOGUEIRA

• Isca para fogo : material seco, leve e fibroso que entra em combustão com uma simples faísca
• Gravetos : de preferência pequenos e secos, serão adicionados a isca em chamas
• Combustível: Qualquer material que, uma vez aceso, queima lentamente de maneira estável.

Processos mais utilizados para Acender o Fogo


(Na ausência de Isqueiro ou Fósforos)

A) Lentes
A chama poder ser obtida fazendo-se incidir na isca as raios solares, atraves de
uma lente convexa de uns 5 cm ou mais de diâmetro pode ser usada, com sol brilhante.
Ex: Lente de um Binóculo, câmera fotográfica, lente de óculos etc...
Mantenha a lente parada incidindo um ponto de luz “pequeno” com a maior temperatura
possível em cima da Isca, vá ajustando devagar, mantenha o mais fixo possível.
Também é possível conseguir, com um pouco de paciência, um feixe de luz suficiente
para iniciar a isca de fogo com Garrafas transparentes ou preservativos.
B) Pederneira
Método mais fácil e eficaz de fazer fogo, sem o auxílio de fósforos. Golpeando,
riscando de forma curta e firme a Pederneira com uma faca ou pedaçoo de aço,
resultarao fafscas que, atingindo a isca, produzirão fogo. (Se não dispuser de uma
pederneira, procure um fragmento de rocha bem dura, com o qual possa produzir
faíscas.)

C) Pilhas ou bateria
Um pedaço de bombril ou de outro material semelhante ( papel alumínio bem fino,
embalagem aluminizada de chiclete etc.) de fraca resistência, ligado aos pólos de duas
pilhas de lanterna ou a uma bateria, incendiarão-se facilmente. Você também pode
provocar faíscas com os dois pedaços de fio ligados aos pólos, positivo e negativo da
bateria. Leve as pontas destes fios junto a isca e as enconte e afaste rapidamente, o
resultado será urn curto-circuito, com faíscas suficientes para ignição da isca.

D) Fogo Químico
Utiliza-se dois ingredientes que podem estar contidos nos Kits de Primeiros
socorros, caso tenha acesso a este ítem. Permanganato de Potássio, geralmente em
comprimidos (só triturar uma pequena porção de 2, 3 comp) e Glicerina (média de 2 gts).
Despeje de forma uniforme o permanganato em cima da isca de fogo. O fogo aparece
quando se pingam algumas gotas de glicerina sobre o permanganato de potássio
triturado. A reação química, de oxidação da glicerina, é extremamente exotérmica, ou
seja, libera muito calor.
E) Atrito
Muitos são os métodos de produzir fogo pelo atrito (arco e broca – Bow Drill, feito
rodar por uma volta de corda do arco; ranhura ou estria; tira de couro, broca manual –
Hand Drill, etc.). Se o método escolhido for o sulcador (pauzinho), corra-o para cima e
para baixo no sulco (ranhura), acelerando o ritmo até obter fogo na isca; mas todos esses
métodos, requerem prática. Se conhecer bem um desses métodos, não deixe de usá-lo.

* Fogo com uma correia

Você poderá ainda obter fogo usando uma correia de fibra seca, forte, esfregando-
a com um movimento contínuo que deverá ser aumentando em ritmo progressivo. O atrito
produzirá o calor suficiente para a isca pegar fogo.
* Fogo com Bambu – Bamboo Fire Saw

Procedimento

Passo 1: Rache o pedaço de bambu ao meio.


Passo 2: Em uma das metades, faça uma fenda pequena utilizando um objeto cortante
Passo 3: Do lado interno do bambu em que foi feita a fenda, coloque as iscas e as
pressione com um graveto duro ou com um pedaço de outro bambu. As iscas devem ser
pressionadas na altura em que foi feita a fenda.
Passo 4: Encaixe a fenda (pela parte externa) na lateral da outra metade do bambu
rachado ao meio (formando uma cruz com as duas). Em seguida, atrite o bambu com
movimentos rápidos e repetidos. Faça isso até que desponte uma fumaça branda das
iscas.
Passo 5: Repita este movimento até aparecer fumaça, em seguida, sopre a brasa que se
formou sob as iscas para que o fogo aconteça. E então, adicione outros materiais
inflamáveis à chama formada e sua fogueira estará pronta.

F) Pólvora e Munição
0 processo da pederneira, ou faísca de pedra poderá ser melhorado colocando
pólvora de cartucho na base da isca. Aproximando-se da isca e atritando a pederneira ou
gerando uma faísca com duas pedras (ou com pedra em atrito com aço), a pólvora
incendiarar-se.
Prioridade n° 3: ÁGUA

GENERALIDADES

A água será, em todas as ocasiões, uma das suas necessidades mais importantes.
Comece procurando logo por água. Pode-se viver até semanas sem alimento, mas sem
água, vive-se muito pouco, especialmente nas regiões quentes onde se perde grandes
quantidades d’água pela transpiração. Mesmo em tempo frio, o corpo necessita,
normalmente, de dois litros de água por dia, para manter sua eficiência. A absorção de
água em quantidade insuficiente resultará numa desidratação, e consequentemente, na
perda dessa eficiência. E se não obtiver água, de início, terá de compensar essa falta,
mais tarde.
*** Toda a água deverá ser purificada antes de ser bebida. ***
O processo de tratamento de água, podem necessitar de 2 etapas, Filtragem ( no caso
de águas com materiasi suspensos, sujeiras etc..) e Purificação.

A purificação poderá ser feita:


a) pela fervura, durante pelo menos, um minuto, sendo ideal 2 minutos de fervura; Utilize, latas,
vasilhames metálicos ou improvise com garrafas plásticas, suspensas a brasa de maneira que não
queime e Bambus (gomos) verdes.
b) pela adição do purificador quimico (Clori-in ou hipoclorito de sódio de 2,0% a 2,5%, é conhecido
popularmente como água sanitária)
c) pela adição de 2-5 gotas de tintura de iodo , em um litro d’água e esperando durante 30 minutos,
antes de beber.

A água da chuva, quando captada diretamente em vasilhas limpas, pode em geral


ser bebida sem qualquer purificação, desde que apresente sua aparência normal.

Urina e água do mar não são adequadas para consumo. Nestas, a quantidade de sal é
demasiadamente elevada, agravando a situação do sobrevivente.

Porém existem alguns casos na literatura de indivíduos que se safaram da


desidratação por utilizar a urina. O uso para tal fim é de escolha individual de cada um.
Em regra, você só pode bebê-la no máximo 3 vezes consecutivas, após isso as toxinas
tornam-se concentradas e podem lhe causar danos.

* ONDE ENCONTRAR ÁGUA

A) Aguas paradas e semi-paradas:


Lagos, Igapés, pântanos e charcos, devendo seu uso ser feito após purificação

Outro recurso, de fácil prática, é colhê-la de urn buraco cavado a uma distancia de +/- 5
metros da fonte de agua, o qual, após algum tempo, pela porosidade do solo, encher-se-á
de água filtrada.

B) Agua da chuva e orvalho:


Poderão ser colhidas diretamente em recipientes ou em buracos revestidos com
material impermeável. Quando houver troncos pelos quais ela escorra, para colhê-la
bastará interromper o fluxo com urn pano, cipó ou folhagem, canalizando-a para qualquer
vasilhame. Na falta de outro material as próprias roupas poderão ser expostas a chuva e,
uma vez encharcadas e torcidas, a água delas resultante, deverá ser purificada pela
fervura.
C) Partes baixas do terreno:
Será comum na selva cruzar-se com ravinas temporariamente secas, mas que
poderão transformar-se, devido a chuvas, em leitos de igarapés ou igapós. Nestas
ravinas, a água poderá ser procurada em fossos cavados próximos aos tufos de
vegetação viçosa.

D) Vegetais:
Vários são os que poderão fomecer água ou indicar a sua presença. Os principais
são:
I - Cipó d'água (cipó de fogo):
Parasita de uns 10 centfmetros de diâmetro, cor marrom-arraxeada e casca lenhosa,
estando pendurado entre a galharia e o solo, em grandes árvores. Bastará cortá-lo,
primeiro em cima ou onde mais alto se possa alcançar, e depois em baixo, de modo a ter,
no mínimo, 1 metro de cipó.
II - Bambus:
As vezes poderá ser encontrada água no interior dos gomos do bambu, principalmente do
velho e amarelo. Pelo barulho, ao ser sacudido, sabe-se da presença ou não de água e,
para sua utilização, bastará fazer urn furo junto a base dos nós. Urn gomo cortado pode
servir de recipiente para água.
III - Coco:
Produto de algumas palmeiras onde no seu interior encontra-se água. Os meio verdes
serao os melhores e que maior quantidade de água apresentarão.
*** Pode-se obter água de certos cactos do tipo bojudo, como o “cabeça-de-frade” que pinga água
quando cortado e dos “xique-xique”. As flores do “cabeça-de-frade” são comestíveis e possuem
um excelente paladar. ***
IV - Buriti:
Palmácea que vinga somente onde há água.
Caso não haja igarapé próximo ao buritizal, basta cavar junto ao mesmo que, com pouca
profundidade, obter-se-á água.

V - Embauba:
Junto das suas raízes ou dentro de seus gomos, conforme a época do ano, poderá
ser encontrada pequena quantidade de água.

VI - Caraguatás ou Gravatás:
Parentes do abacaxi, que podem ser achados no solo ou nos ramos de árvores e
cujas folhas, resistentes e bern chegadas umas nas outras, sobrepondo-se como
escamas, costumam conter apreciável quantidade de água da chuva.

E) Alambique / Destilador Solar:


Montado em alguns minutos, pode extrair ate 1 litro e meio de agua pura em 24
horas. 0 elemento principal do aparelho e uma folha de plastico de fina espessura, com
cerca de dois metros quadrados, podendo ser menor. Para montagem do destilador, siga
as seguintes instruções da figura abaixo;
Montagem de filtro de água

Importante: A utilização do filtro serve para etapa de “filtragem” da água


coletada. Em caso de água muito turva, com partículas em suspensão indica-se
um processo de filtragem para remoção das mesmas. Mesmo utilizando-se o
carvão (que já elimina alumas bactérias, onde o ideal seria o Carvão ativado
tendo maior eficácia na eliminação de alguns protozoários) é de extrema
necessidade as Técnicas de Purificação tais como Fervura, ou tratamento
químico da água com citado na Prioridade 3, generalidades.

Improvise:
* Na ausência de um objeto para construção do Filtro, utilize Bambus, Tecidos (pode ser
uma camisa, meia etc).
* Na falta dos itens para mntagem do filtro, substitua-os ex; algodão por palha seca e
limpa, folhagem etc...
* O Filtro pode ser construído também apenas de areia.
F) Condensação de Plantas e Sacolas
Processo lento, porém muito eficiente para obtenção de pequenas quantidade de
água. O conveniente deste processo, é não necessitar de filtragem nem purificação, a
água obtida, já esta própria para o consumo.
Coloque um saco de plástico limpo sobre um ramo de uma árvore ou arbusto.
Feche a abertura do saco sobre o próprio ramo, e coloque um peso no fundo do saco
para deixar o ramo inclinado, fazendo com que a água se concentre no fundo. É indicado
mudar de ramo todos os dias e recolher a água no fim de cada utilização.
Prioridade n° 4: ALIMENTO

GENERALIDADES

A alimentação de Sobrevivência, resume-se em basicamente 2 grupos caso não


tenha mais seus recursos prórios de alimentação, como rações ou algum estoque de
comida consigo.
Sendo assim irei abordar alimentos vegetais e alimentos de origem animal (inclua-
se neste grupo os insetos).
Alerto aos que, por ventura, venham a se utilizar dos ensinamentos deste manual,
que não bastará o simples conhecimento didático dos vegetais e das técnicas de
construução de armadilhas.
Para um real conhecimento principalmente dos vegetais, é necessário que a
pessoa, durante as suas viagens ao campo, pesquise junto aos moradores da região,
auxiliares botanicos e afins, procurando checar "In loco" os mesmos .

OS ALIMENTOS SILVESTRES
Deve-se aprender a superar a aversão a determinados alimentos. Os alimentos
silvestres são bons alimentos, contendo alto teor de vitaminas e elevada proporção de minerais.
As plantas de folhas polpudas são boas para salada; e as frutas maduras aliviam a sede e
ajudam a economizar a ração d’água além de constituírem bom alimento. Não tenha receio de
comer frutas, até ficar satisfeito.
Com poucas exceções, todos os animais são comestíveis quando recém abatidos.
Não coma sapos. Caso saiba diferenciá-lo da rã, poderá comer rã. O sapo tem a pele em
crostas; é mais claro, tem duas mossas entre a cabeça e as patas dianteiras.
A rã tem a perna mais escura e mais esguia; pernas mais gordas. Refúgio costumeiro na água.
Nunca ponha em risco a sua vida, pela ingestão de alimentos marinhos deteriorados.
O peixe estragado apresenta as guelras viscosas, olhos afundados e a carne ou a pele,
excessivamente mole (como que se desmanchando), ou exalando cheiro desagradável.

* Alimentos Vegetais

• Observações sobre a ingestão de Alimentos Vegetais:

Não coma um alimento estranho sem primeiro prová-lo. Cozinhe, primeiramente,


uma amostra. Em seguida, ponha um pouco da amostra na boca, mastigue-a e conserve
a porção na boca, durante uns 5 minutos. Se, passados esses 5 minutos, o paladar não
estranhar o gosto da porção, pode-se comer do alimento em questão sem preocupações.

Mas se o gosto da porção tornar-se de qualquer forma desagradável ou se


estranhar o paladar, então não coma do alimento em questão. Um gosto que “queima”,
abrasador, um gosto amargo e que causa náuseas ou enjoo, pode ser um aviso de perigo.
De um modo geral, não há perigo em ingerir substâncias que são procuradas como
alimento pelos pássaros e pelos mamíferos, também os alimentos procurados pelos
roedores (ratos, camundongos, coelhos, cutias, caxinguelês, pacas, etc.), pelos macacos,
e por vários outros animais onívoros (que comem tudo) não constituirão perigo para o
homem.
Existem, entretanto, algumas exceções. CUIDADO: quando em dúvida sobre se
uma planta é comestível ou não, cozinhe a mesma.
Muitas raízes e brotos subterrâneos podem ser consumidos crus, como o rabanete
e a cenoura. Se você achar um vegetal conhecido, tudo bem comê-lo in natura. Mas, no
caso de dúvida se uma raiz ou broto é comestível, é melhor cozinhá-lo. O inhame bravo,
por exemplo, é venenoso cru, mas cozido não.

REGRA – C.A.L

A sigla CAL quer dizer “Cabeludo, Amargo e Leitoso”. Sendo assim, guarde;
Cabeludo
Amargo sabor
Leitosa seiva
Se o fruto em questão tiver essas três características somadas, nem pense em comê-lo. Porém, a
existência de apenas uma ou duas dessas características não impede o consumo — o kiwi, por exemplo, tem a
casca “cabeluda” e o mamão pode soltar uma espécie de leite.

A seguinte lista contém os indicadores de plantas que devem ser evitadas:

• Espinhos
• Folhas brilhantes, reluzentes
• Cogumelos (alguns são comestíveis, mas a maioria não são)
• Flores em forma de guarda-chuva
• Bagas brancas ou amarelas
• Seiva ou óleos leitosos ou amarelados
• Cheiro de amêndoas ou sabão
• Folhas em grupos de três
PEÇONHA

A técnica de “PECONHA" (cordas ou cipós). Sao cintas que o indivfduo, que sobe
em árvores, passa à volta da mesma e do próprio corpo, para facilitar a subida e
preservar-se de uma queda. E muito usado pelos seringueiros, apanhadores de coco e
habitantes do interior da Amazônia.
Para subir em uma árvore ou ·coqueiro, feche o laço em volta do tronco, deixando
espaço suficiente para os pés, e firme-se nele com ambos os pés. 0 apoio que o tronco
oferece à volta oposta para suportará o seu peso.
Eleve os braços e segure o tronco com ambas as maos. Erga-se entao,
endireitando o corpo, com apoio sobre o laço a fim de chegar a nova posição. Repita o
processo para subir até a copa de uma árvore ou palmeira, tornando mais flicil apanhar
alimentos ou colocar um pano colorido amarrado para sinalizr o local.

Opções simples de coleta: Brotos de bambú, fetos vegetais, samambaias


* Alimentos Caça – Origem Animal

A carne de caça ou pesca tem um valor energético muito maior que os vegetais
pela quantidade de proteínas (principal reconstrutor muscular) e gorduras que possui.
Entretanto sua obtenção é mais dificil de ser conseguida na selva.
Na ausência de armamento para caça, é preciso habilidade e paciência para este
fim. 0 melhor método é chamado de "ESPERA".
Os locais mais indicados para uma espera serao uma trilha, um bebedouro ou urn
comedouro.
Já na pesca, quando possível, as possibilidades de êxito são grandes. Técnicas de
“covos”, Balaios com elementos naturais são eficazes. Além de coleta de “crustáceos”,
seja água doce ou não.

Caça – Armadilhas simples

* Mundéus
Tipo de armadilha muito usado para pegar tatus. Estes baseiam-se no peso do
próprio tronco que, quando cai por desarme do gatilho, atingirá o animal. Serão
construídos sobre as trilhas ou próximos às tocas, e não precisarão de isca.

* Arapuca
Consiste numa armadilha de gravetos com formato piramidal destinada a pegar
aves vivas, pequenos mamíferos ou outros animais de caça. Talvez o tipo mais comum de
armadilha usada para pegar pássaros, como; jacu, jacamim, mutum, etc.
* Laços
A armadilha mais elementar consiste num laço colocado transversalmente a uma
toca ou trilho e ancorado a um ramo ou pedra que sejam pesados. Quando o animal entra
no laço aberto, o nó corrediço fecha o laço em torno do pescoço e do tórax do animal e a
súbita investida do animal para se libertar acaba por apertá-lo ainda mais.
Grande será a variedade de laços, nos quais se colocarão, ou não, iscas, de acordo com
a caça pretendida.

Laço de mola
Este laço é especialmente útil nos trilhos de caça. Ata-se o laço a um tronco, árvore
ou estaca que tenha forma de forquilha e coloca-se junto de um arbusto ou pernada de
árvore.
PESCA – Sem material apropriado

Várias são as técnicas de pesca empregadas em situação de sobrevivência.


Duas maneiras efetivas sem material apropriado serão descritas abaixo;

• Covo de fibras naturais ou bambú


Os Covos, são armadilhas de pesca, confeccionadas em formato de cilindro com
uma das extremidades fechada e achatada. Possui uma abertura por um elemento
cônico por onde entra o pescado, e outra abertura menor na outra extremidade, por
onde é feito a despesca ao se remover uma pequena tampa. Utilizado para captura
de peixes e camarões. As presas são atrídas através da isca colocada em seu
interior.

• Funil de barreira
Geralmente peixes nadam em cardume, e se alimentam em águas rasas, onde
muitas vezes podem ser direcionados em armadilhas. Por exemplo, Funil com
barreira. Fazer as paredes da armadilha de funil com pedras empilhadas ou
gravetos fixados solidamente no rio ou leito do lago.

m cerco feito por amarrar uma camisa ou outro pano entre dois pólos stout
Prioridade n° 5: SINALIZAÇÃO PARA O RESGATE

A Sinalização para o resgate, é muito importante durante uma situação de


sobrevivência, pois através dela, você pode ser percebido / resgatado (ou não). No caso
de acidente de aeronave, após avaliado o local e constatado que não existe perigo de
explosões ou similar, aconselha-se permanecer junto a mesma. Geralmente, a queda da
aeronave abre um clareira, facilitando assim ser visto / encontrado. A clareira, pode
facilitar a sinalização Terra / Ar, que seráabordada mais a frente.
De maneira breve, básica e bem resumida, a sinalização divide-se em dois tempos:
diurno e noturno.

Sinalização Diurna:
• Com fumaça (faça uma fogueira com galhos verdes, pois assim, a fumaça será
mais abundante e branca, o que facilitará na hora de ser visto).
• Com reflexo da luz solar (use um espelho ou outra superfície que reflita bem a luz
do Sol).
• Escrevendo com pedras e galhos a palavra “SOS”.
• Sacudindo uma bandeira (ou tecido) de cor chamativa.
• Utilizando um apito.
Sinalização Noturna:
•Luz da lanterna/lampião.
•Utilizando um apito.
•Chama (A chama, quer das fogueiras, quer a obtida pela queima de outros materiasi, será recurso para
sinalizar durante a noite. Apesar de, normalmente, as buscas se efetuarem a luz do dia, poderá acontecer que
qualquer aeronave passe pelo local e observe o sinal).

Você também poderá utilizar frequências de rádio ou caso tenha em mãos, um


telefone via satélite. As formas mencionadas de sinalizar um resgate são as mais comuns.

*** Exemplos de sinalização ***

Espelho de Sinalização

Espelho de sinalização (ou heliógrafico) usado para refletir a luz solar ou um feixe
de holofote para as equipes de resgate para identificar a sua posição. Embora
aparentemente simples, é um erro subestimar a funcionalidade e eficácia deste dispositivo
para atrair a atenção.
Instruções de uso
1. Segure o espelho em uma mão apontando para a luz do sol ou fonte de luz
2. Balance o espelho de modo a refletir em direção da aeronave
3. repita a operação de forma constante e pausada.
Fogo, luzes, pirotécnicos e fumaça

De dia, faça uso da fumaça. À noite, faça uma fogueira em um local aberto.
Para fazer fumaça branca, ponha ao fogo folhas verdes, musgo ou pequenas quantidades
de água.
Caso possua, os artifícios pirotécnicos,tais como os foguetes (flares) e as bombas
de fumaça (fumígenos), devem ser conservados secos; caso estejam úmidos deixe-os ao
sol durante o dia. Faça uso dos mesmos somente quando avistar ou ouvir o ruído de
aeronaves.
Faça sinais com uma lanterna elétrica de mão ou com o lampejador para sinais
do aparelho de rádio, de emergência.

Sinalização de solo

Qualquer material que se destaque ao seu ambiente. Paraquedas, roupas de cores


chamativas etc. Amarradas em forma de bandeira na copa das árvores, geram um boa
visibilidade.

Código de sinais terra-ar a serem usados pelos sobreviventes:

Código de sinais terra-ar a úteis:


Exemplos de Código de sinais terra-ar com materias diversos:
Código Morse
Inventado por Samuel Morse, o dito código acabou padronizando o número três como o
“número universal do socorro”. Assim, caso você estiver perdido e precisar sinalizar socorro,
faça três fogueiras, nem mais, nem menos. Você também pode focalizar a sua lanterna ou
espelho refletor da luz solar usando o seguinte padrão (o que estiver entre aspas): “..._ _ _...”.
Em código morse, a letra “s” é sinalizada com três sinais curtos (“...”) e a letra “o” é sinalizada
com três sinais longos (“_ _ _”). Assim, “SOS” fica “… _ _ _ ...” bastando prática para usar o
código morse na sinalização.
Prioridade n° 6: Deslocamento e navegação para tentar o auto- resgate

GENERALIDADES

Segundo as estatísticas, a maioria das pessoas perdidas tem êxito no resgate em


até 72 horas. Referindo-se ao auto-resgate, este seria o meio de sair da situação de
sobrevivência sozinho, sem auxílio ou intervenção de terceiros.
Antes de iniciar a jornada que o deverá levar à salvação, estude todos os fatores
relacionados anteriormente, abrigo, fogo, água etc... Você deve dispor de alguns recursos
básicos para a manutenção da vida. Planeje cuidadosamente a jornada que pretende
enfrentar e faça todos os preparativos para a mesma do modo mais completo possível.
Navegação é o termo que se emprega para designar qualquer movimento terrestre
ou fluvial, diurno ou noturno, através da selva.
Caso não disponhade bússola, a navegação terá de ser feita como for possível. A
seguir será exemplificado técnicas para este fim.
Se por ventura, se deparar com uma trilha aberta por ser humano, geralmente ela
conduzirá a um lugar de salvação. Se a trilha for de animal - difícil de identificar por quem
desconhece a selva, mas possível - provavelmente ela conduzirá a um local de água
(bebedouro). Se este bebedouro for um igarapé, poder-se-á segui-lo na direção da
corrente, fato que deverá conduzir a um curso de água maior, e daí, por sua vez, a um
local que permita a sinalização terra-ar explicado anteriormente, ou onde haja habitante
ribeirinho. Caso o curso de água desemboque em lagoa ou lago, do mesmo modo haverá
melhores condições para a sinalização.
Procure seguir sempre o caminho mais fácil e mais seguro, mesmo que sejao mais
longo, atenção aos obstáculos naturais e jamais ponha sua vida em risco.

Auto-resgate só deve ser feito em último caso, não aconselha-se a fazer uso desse
recurso, pois os riscos são muito grandes.

• Orientação sem Bússola Diurna


É importante salientar que todos os métodos produzem resultados aproximados,servindo para que
você não ande em círculos.
1. Orientação pelo Sol

De pé, erga o braço direito na direção do nascente do sol (LESTE). Na sua Frente
está o NORTE, atrás o SUL e a sua esquerda o poente (OESTE).
2. Orientação pelo Relógio
Este método varia de acordo com sua localização no mundo. Abaixo da linha do
Equador, Hemisfério Sul, você deverá apontar o mostrador das 12 horas para o sol. A
bissetriz do ângulo formado entre o mostrador das 12 horas e o ponteiro das horas é,
aproximadamente, aonde fica o norte. Note que você deverá realizar a bissetriz com o
menor ângulo formado entre o ponteiro das horas e o mostrador das 12 horas.
Este método pode ser útil em pequenos deslocamentos de até uma hora, em
deslocamentos maiores, você poderá andar em círculos. Para trajetos muito grandes,
procure o método da vara ou refaça o método do relógio aproximadamente a cada uma
hora. No caso de usar um relógio digital, o problema poderá ser resolvido desenhando um
relógio no chão.

3. Orientação pelo Método da vara


Crave uma vara no chão. Quanto maior a vara, mais rápido poderá definir as
direções a seguir. Marque o ponto inicial aonde fica a sombra da ponta da vara. Espere
alguns minutos e marque o segundo ponto. Em qualquer lugar do mundo e a qualquer
hora do dia, a primeira marca fica sempre a oeste e a segunda marca fica sempre para
leste. Após traçar uma linha reta entre os pontos leste-oeste, basta traçar uma linha
perperdicular à linha anterior, que indicará, aproximadamente, a direção norte-sul.
4 . Orientação por Observação Fenômenos Naturais
A observação de vários fenômenos naturais também permite o conhecimento, a
grosso modo, da direção N-S. Assim, os caules das árvores, a superfície das pedras, os
mourões das cercas são mais úmidos na parte voltada para o sul. Entretanto, pela
dificuldade de penetração da luz solar, não será comum na selva a observação desses
fenômenos.

Orientação por Bússola

Será o único processo que se mostrará eficaz mesmo à noite. Utilizando a bússola de dia ou de noite, saber-se-á
sempre onde fica o Norte. Se em seu limbo houver luminosidade, inclusive a navegação noturna será possível, porém o
deslocamento será penoso e geralmente, pouco compensador. A técnica de emprego é a conhecida, ou seja tomando-se um
ponto como referência. Entretanto, quando houver mais de uma pessoa, uma delas substituirá o ponto de referência, será o
“Homem ponto”, enquanto aquela que ficar manejando o instrumento será o Homem bússola.

RECOMENDAÇÕES:

Somente abandone o local onde possivelmente se perdeu, ou a aeronave ( no caso


de acidente), ou onde já estruturou seu abrigo permanente, quando tiver certeza de que
conhece a sua posição geográfica e que poderá alcançar outro ponto de abrigo,
alimentação e socorro em geral com os recursos de que dispõe.
Deixe junto da aeronave, ou do local que lhe serviu de acampamento uma nota
indicando o caminho que pretende seguir, e procure nao se afastar deste plano durante a
caminhada.

O indivlduo ou grupo de indivlduos, ao ver-se isolado na


selva e tendo necessidade de sobreviver, tende naturalmente
a movimentar-se em qualquer direção, buscando socorro,
ajuda ou resgate. Será normal este tipo de atitude, mas
totalmente errada, pois muitos já perderam a vida por terem se
deixado dominar pela ânsia de salvar-se, andando a esmo e
entrando, fatalmente, em pânico.

Observação: SURVVAL – O Manual do Guerreiro, trata-se de uma obra


elucidativa e de consulta sobre um resumo das técnicas Militares de
sobrevivência. Para aplicação destas, é necessário treinamento e
aperfeiçoamento. A utilização das mesmas, é de total responsabilidade do
operador.

Em Breve, SURVIVAL em vídeo Aulas....

Instagram: @bravo.expedicoes
E-mail: bravo.expedicoes@gmail.com
www.youtube.com/bravoexpedicoes
Oração do Guerreiro da Selva
Exército Brasileiro

Senhor!

Tu que ordenaste ao Guerreiro de Selva

Sobrepujai todos os vossos oponentes

Dai-nos hoje da floresta

A sobriedade para persistir

A paciência para emboscar

A perseverança para sobreviver

A astúcia para dissimular

A fé para resistir e vencer

E dai-nos também, Senhor

A esperança e a certeza do retorno

Mas se defendendo esta brasileira Amazônia

Tivermos que perecer, ó Deus

Que façamos com dignidade

E mereçamos a vitória!

Selva!
Concedei-nos Senhor que eu seja fisicamente mais preparado e mentalmente
mais fortes do que sempre fui, que prossiga e não pare diante das adversidades.
Se for derrubado, eu voltarei, todas as vezes. Que Eu tenha dignidade e
persevere.
BRAVOS exigem disciplina. Inovamos, perseveramos aprendemos e evoluimos.
A vida dos meus companheiros de equipe, e o sucesso da nossa missão,
dependem de mim, assim como a minha vida depende deles.
Nosso treinamento nunca esta acabado. Treinamos para o combate da vida ,
lutamos para vencer.
Eu estou pronto para dedicar-me ao máximo e para seguir em frente a fim de
alcançar meu objetivo e as metas estabelecidas.
Cumprimos procedimentos, guiados por princípios que siguo para defender.
Homens corajosos que batalham para construir nosso legado.
E nossa temida reputação que devo defender, somos BRAVOS
Mesmo nas piores condições o nosso legado é a base das Minhas Forças, que em
silêncio, guia as minhas ações.

EU Não FALHAREI....
Para Frente e para o alto!
MONTANHA - B 01

Obras consultadas de referência

FORÇA AÉREA BRASILEIRA, Manual de Sobrevivencia


EXERCITO BRASILEIRO, Manual do Centro de lnstrução de Guerra na Selva
EXÉRCITO BRASILEIRO, CIOpEsp
EXÉRCITO BRASILEIRO, Coletânea de Instruções militares
EXERCITO BRASILEIRO, Caderneta Operacional CIGS
IBGE, manual de sobrevivência na Selva
U.S AIR FORCE, Manual de Sobrevivência
SILVA R.G., Amazônia Parafso e Inferno
LOMBA, Marcus /André, Operações de Buscas, Resgate e Salvamento
SOBREVIVÊNCIA E FUGA - a Luta Pela Vida Em Situações de Extremo Perigo
S.A.S, Handbook

Petrópolis, RJ
2020

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