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PROJETO MANEJO SUSTENTÁVEL

INFORME

DA FAUNA ACOMPANHANTE
NA PESCA DE ARRASTO
NA AMÉRICA LATINA E CARIBE
REBYC II – LAC
O PROJETO FAO REBYC II – LAC
O Projeto Manejo Sustentável da Fauna Acompanhante na Pesca
de Arrasto na América Latina e Caribe − REBYC II − LAC, resultado
de uma iniciativa conjunta entre a Secretaria de Aquicultura e Pesca
do MAPA, a FAO − Organização das Nações Unidas para Alimenta-
ção e Agricultura e o GEF − Fundo Mundial para o Meio Ambiente,
com o propósito de promover a gestão sustentável e a redução de
desperdícios na pesca de camarões, representa o maior programa
oficial voltado para pesca desse crustáceo já desenvolvido no Brasil.
O REBYC II − LAC tem como objetivo ampliar o conhecimento so-
bre a captura incidental associada a pescarias de camarão no país,
assim como desenvolver tecnologias para mitigar o impacto dessa
atividade, considerando-se também aspectos socioeconômicos e o
empoderamento das mulheres nesse sistema pesqueiro.

São seis países que participam do Projeto REBYC II − LAC: Brasil;


Colômbia; Costa Rica; México; Suriname; e Trinidade e Tobago,
os quais compartilham recursos pesqueiros e têm nas pescarias de
arrasto de fundo para camarão e peixes uma importante atividade
socioeconômica, além de as pescarias representarem significativa
contribuição para a geração de emprego, renda, segurança alimen-
tar e divisas.

No caso do Brasil, dadas as grandes dimensões do país e a multiplici-


dade de artes de pesca e métodos utilizados, o projeto se concentra
na pesca de arrasto de camarão, de norte a sul, de forma a abranger
todos os principais estados envolvidos: Pará; Maranhão; Piauí; Rio
Grande do Norte; Paraíba; Pernambuco; Alagoas; Sergipe; Bahia;
Espírito Santo; Rio de Janeiro; São Paulo; Paraná; Santa Catarina;
Rio Grande do Sul.
AS 10 PRINCIPAIS CONQUISTAS
DO PROJETO REBYC II – LAC NO BRASIL
 

1. Construção da proposta de Plano Nacional de Gestão da Pesca


de Camarão, por meio da aplicação da Abordagem Ecossistêmica
na Gestão Pesqueira (AEGP), de forma participativa, com amplo
envolvimento dos pescadores e de suas comunidades e incorpo-
ração do conhecimento empírico e tradicional. Essa foi a primeira
vez na história do país que a Abordagem Ecossistêmica na Gestão
Pesqueira foi utilizada na construção de um plano de gestão de uma
atividade pesqueira e a primeira vez, também, que um plano como
esse foi construído de forma participativa, com o engajamento dire-
to dos principais atores envolvidos;

2. Capacitação de grande número de técnicos, gestores públicos


e pesquisadores na aplicação da Abordagem Ecossistêmica na Ges-
tão Pesqueira, abrindo a possibilidade de sua aplicação em outras
atividades e áreas;

3. Construção, adaptação e implantação, também de forma ampla-


mente participativa, de dispositivos redutores de fauna acompa-
nhante, específicos para cada região, incorporando o conhecimen-
to tradicional e incluindo mecanismos de engenharia inéditos no
mundo (ex. olho de peixe com filtro);

4. Descrição e caracterização das principais embarcações e artes


de pesca utilizadas na pesca de arrasto de camarão no Brasil;

5. Caracterização da fauna acompanhante na pesca de arrasto de


camarão no Brasil, incluindo estimativas de suas quantidades, com-
posição, e proporção aproveitada e descartada, com a elaboração de
um catálogo de identificação das principais espécies capturadas;

6. Caracterização da cadeia produtiva da pesca de camarão e de


sua importância socioeconômica, incluindo a contribuição da fauna
acompanhante para a segurança alimentar e nutricional das comuni-
dades pesqueiras;

7. Caracterização do papel da mulher na pesca de arrasto de ca-


marão;
8. Fortalecimento da integração entre o governo, os usuários do
recurso e os pesquisadores no processo de gestão da pesca, com re-
conhecimento da necessidade e da possibilidade de se integrar os
três pilares do desenvolvimento sustentável no ordenamento pes-
queiro brasileiro, compreendendo-se a importância dos diferentes
papéis exercidos pelos vários autores;

9. Identificação das pesquisas pesqueiras, a serem conduzidas de


forma prioritária, para subsidiar o processo de gestão;

10. Valorização e fortalecimento das ações de extensão pesqueira


e de educação ambiental no processo de gestão da pesca.  

ABORDAGEM ECOSSISTÊMICA
NA GESTÃO PESQUEIRA (AEGP)
O ineditismo do projeto se concentra, sobretudo, na aplicação da
Abordagem Ecossistêmica na Gestão Pesqueira (AEGP) para cons-
truir propostas de Planos de Gestão da Pesca de Camarões no Bra-
sil, contemplando as características oceanográficas do país e as pe-
culiaridades das pescarias regional, estadual e local a partir do olhar
e do saber tradicional dos pescadores e das pescadoras de camarão.

De forma a garantir uma construção ampla e participativa na estru-


turação do Plano de Gestão da Pesca de Camarões, envolvendo os
principais atores que atuam na pesca do crustáceo, foram planeja-
das e realizadas oficinas independentes e complementares nas três
esferas de atuação, quais sejam: Oficinas Participativas Locais, que
funcionaram como reuniões locais, realizadas nas principais comu-
nidades pesqueiras com os pescadores/ pescadoras e demais atores
da cadeia produtiva do camarão (ex.: comerciantes, armadores de
pesca etc); Oficinas Participativas Estaduais, realizadas com repre-
sentantes de cada Oficina Local e os demais atores governamentais
estaduais e não governamentais identificados pelos pescadores/
pescadoras; e Oficinas Participativas Regionais, a serem realizadas
nas quatro regiões identificadas pelo projeto Norte/Nordeste/Cen-
tral/ Sudeste e Sul com os representantes das Oficinas Estaduais.

Além disso, também como estratégia de difusão do Projeto, foram


realizadas uma Oficina Nacional, em Brasília, e Oficinas Estaduais,
nos estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, sobre a aplica-
ção da AEGP nas quais foram capacitados aproximadamente 100
multiplicadores da metodologia AEGP para construção participati-
va do Plano de Gestão da Pesca de Camarões no Brasil.

A partir de cada Oficina Participativa ou de Capacitação, o projeto


foi ampliado e fortalecido, possibilitando acesso direto às comuni-
dades pesqueiras locais para aplicar a AEGP na identificação dos
problemas da pesca de camarões, na proposição de soluções e na
identificação dos atores envolvidos na gestão pesqueira para for-
mação efetiva do Plano de Gestão da Pesca de Camarões no Brasil.

De uma forma geral, as Oficinas realizadas apontam, prioritaria-


mente, os seguintes problemas:

Defeso vigente estabelecido 3


no período inadequado
Alto custo para
armar a embarcação,
especialmente para
2 custear o diesel

Deficiências de
governança, refletidas na
dificuldade de emissão
4
dos documentos de
comprovação do pescador Falta de valorização
e da atividade pesqueira, do pescador e da
no atraso no pagamento atividade pesqueira
seguro-desemprego do
pescador profissional
artesanal (seguro-defeso),
na inadequada estratégia e 5
abordagem da fiscalização
pesqueira, quando Insegurança jurídica
existente etc. da atividade

Além desses problemas, foi registrada, ainda, em quase todas as


Oficinas, a pesca não regularizada de muitos pescadores artesa-
nais, que atuam sem registro específico para pesca de camarões, e a
grande presença de lixo nos mares e nos estuários, e ainda o exces-
so de áreas de exclusão de pesca, em especial pela edificação de em-
preendimentos em importantes pesqueiros, o que tem prejudicado
sobremaneira a pesca de camarões no Brasil.
O Projeto REBYC II − LAC atua nas três esferas de governo (federal,
estadual e municipal), configurando-se, atualmente, como o princi-
pal instrumento propulsor de uma mudança significativa nos novos
rumos da gestão pesqueira brasileira, baseada em princípios de
participação social, boa governança e gestão adaptativa.

PRINCIPAIS RESULTADOS
ALCANÇADOS NAS OFICINAS
PARTICIPATIVAS
Os principais problemas identificados nas Oficinas
Participativas foram:

Ecológico/Recurso:
1. Medidas de ordenamento inadequadas e/ou defasadas;
2. Período de defeso inapropriado;
3. Limitação da frota de camarões;
4. Tamanho inadequado de rede;
5. Áreas de exclusão conflitantes com a dinâmica da pescaria;
6. Uso obrigatório do TED;
7. Importantes espécies comerciais proibidas de captura (espécies
ameaçadas de extinção);

8. Captura de juvenis com o arrasto;


Ecológico/Ecossistêmico:
1. Destruição dos manguezais por outras atividades econômicas;
2. Poluição/muito lixo
2.1. Falta de saneamento básico

2.2. Derramamento de petróleo;

2.3. Água de lastro (poluição e espécies invasoras);

Social/Humano:
1. Falta de reconhecimento da pesca;
2. Marginalização do pescador;
3. Alto custo do diesel;
4. Alto custo de manutenção da embarcação;
5. Embarcações obsoletas;
6. Insuficiência ou inexistência de infraestrutura/logística para
beneficiamento e/ou venda do pescado;

7. Dificuldade de acesso ao crédito;


8. Ausência de mão de obra especializada para pesca;
9. Oferta insuficiente de cursos de formação de pescadores;
10. Alto nível de exigência para formação dos pescadores.

Governança:
1. Não emissão da carteira de pescador profissional;
2. Dificuldade de registro/autorização da embarcação;
3. Atraso no pagamento do seguro-defeso;
4. Fiscalização truculenta;
5. Ausência de monitoramento e estatística pesqueira padronizada;
6. Insegurança jurídica;
7. Centralização do ordenamento pesqueiro;
8. Precária participação social nos processos de tomada de decisão;
9. Pesquisas desconexas com a realidade da atividade;
10. Não reconhecimento das doenças laborais da pesca.

Registraram-se as seguintes propostas para solução


desses problemas:

Componente ecológico
1. Melhoria das condições ambientais favorecendo o desenvolvi-
mento sustentável da pesca e a qualidade do pescado, com o esta-
belecimento de medidas que contribuam para a redução do nível de
poluição ambiental, por meio de trabalho de conscientização, edu-
cação ambiental e fiscalização; priorização de planos municipais de
saneamento básico; criação de pontos coletores para o descarte do
lixo; realização de campanhas de limpeza dos manguezais; e revita-
lização das margens dos rios;

2. Redução do impacto negativo provocado por espécies invasoras


no ecossistema, por meio da redução máxima de sua abundância,
com base em estudos sobre o seu impacto ambiental, fiscalização e
monitoramento;

3. Garantia da produtividade da pesca, reduzindo os impactos pro-


vocados pelos grandes empreendimentos, por meio da intensifica-
ção de pesquisas e monitoramento do meio ambiente e da atividade
pesqueira;

4. Adequação dos períodos de paralização de pesca para as dife-


rentes espécies de camarões, por localidade, a partir dos melhores
dados científicos e do conhecimento tradicional, além da realização
de testes/experimentos de uso de BRDs;

Componente social/humano
1. Aumento da rentabilidade das pescarias de camarão marinho,
reduzindo os custos operacionais da frota pesqueira, com a desbu-
rocratização do programa de subvenção ao preço do óleo diesel;
apoio do governo para a renovação da frota pesqueira; aprimora-
mento do acesso a linhas de crédito para pescadores; isenção ou
diminuição de tarifa de importação para itens não existentes no
país; estudo e implantação de preço mínimo de comercialização do
camarão; ativação dos Terminais Pesqueiros Públicos; criação e in-
centivo da nota fiscal do produtor rural com alíquota reduzida;

2. Adoção de medidas que valorizem a atividade pesqueira, o pesca-


do e o pescador, por meio do reconhecimento dos pescadores como
povos e comunidades tradicionais; garantia da formulação das po-
líticas públicas pesqueiras com igual participação dos usuários dos
recursos, dos pesquisadores e dos órgãos governamentais; criação
de curso de formação e capacitação de pescadores, adequando as
exigências de grau de instrução à realidade sociocultural dos pes-
cadores; criação/reativação de escolas de pesca homologadas pela
Marinha; adequação das exigências do SIF (Serviço de Inspeção Fe-
deral) para as indústrias pesqueiras por capacidade de produção;
instituição de um selo de produção do pescado; realização de cam-
panhas públicas de consumo de pescado nacional e de valorização
da pesca e do pescador; adequação e controle das estruturas de
desembarque com inspeção; capacitação em boas práticas de ma-
nipulação do pescado; e aproveitamento integral do pescado com
agregação de valor;

3. Ampliação, melhoria e construção das infraestruturas de des-


carga que atendam às necessidades de logística e manutenção da
qualidade do pescado, por meio da recuperação e da construção de
infraestruturas de apoio à pesca (estaleiros, entrepostos, ranchos,
mercados, fábricas de gelo etc.);

Componente Governança
1. Implantação de um programa de monitoramento efetivo, de for-
ma a tornar a fiscalização da pesca mais eficaz, educativa e preven-
tiva, com aplicação de penalidades mais justas e escalonamento de
multas de acordo com a gravidade do delito, por meio da revisão da
lei de crimes ambientais; capacitação dos agentes de fiscalização; e
implantação de procedimentos de fiscalização, com etapas de edu-
cação ambiental e advertência antes da autuação;

2. Recuperação da produtividade e da sustentabilidade dos esto-


ques e da viabilidade econômica e social do setor, por meio de um
sistema de gestão pesqueira participativo e eficaz, com implanta-
ção de estatística pesqueira; revisão frequente dos períodos de de-
feso; e realização de estudos da capacidade máxima sustentável e
do esforço de pesca máximo sustentável;
3. Aumento do nível de regularidade no exercício da atividade pes-
queira com a modernização e a eficiência do Registro Geral da Pes-
ca (RGP);

4. Melhoria do processo de concessão do seguro-desemprego do


pescador artesanal, com a regularização dos registros de pescado-
res, a partir de um recadastramento; revisão da regulamentação do
seguro-defeso, especificando os contemplados para o recebimento
do seguro, considerando a cadeia produtiva da pesca; e integração
dos sistemas informatizados do RGP e INSS;

5. Melhoria do desempenho do TED evitando queda no rendimen-


to das pescarias, por meio da continuidade dos estudos para avaliar
a possibilidade de torná-lo de utilização voluntária; e, ainda, apri-
moramento do programa de observadores de bordo, sem ônus para
o armador.

PRÓXIMOS PASSOS APÓS IMPACTO


DA PANDEMIA COVID-19
Considerando-se a data de término do Projeto FAO REBYC II – LAC
(dezembro de 2020) e, especialmente, a importância significativa
do trabalho até então construído e que precisava ser finalizado, a
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO/ONU) havia acordado inicialmente com o Governo Federal,
por meio da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SAP/MAPA, a realização
das Oficinas Participativas Regionais – Norte, Nordeste, Central e
Sul – até junho de 2020.
Como planejado, a primeira Oficina realizada, a Regional do Sudes-
te–Sul, ocorreu nos dias 11 e 12 de março de 2020, tendo contado
com a participação ativa dos pescadores indicados nas Oficinas Es-
taduais; de gestores estaduais, regionais e nacionais; de pesquisa-
dores de Universidades Federais, Estaduais e de órgãos de pesquisa
ou extensão pesqueira – incluindo o Coordenador-geral do Projeto,
Carlos Fuentevilla; o Coordenador do projeto no Brasil, Fábio Ha-
zin; o ponto focal do governo brasileiro no projeto, Sandra de Sou-
za (SAP/MAPA); o Secretário de Aquicultura e Pesca do MAPA, Sr.
Jorge Seif Junior; e o representante da FAO no Brasil, Rafael Za-
vala. Os resultados dessa reunião serão disponibilizados aos seus
participantes, em forma de proposta de Plano de Gestão, para uma
avaliação mais aprofundada dos diferentes atores do processo, em
especial dos usuários diretos do recurso: pescadores e pescadoras
(vide cronograma a seguir).

Com o advento da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus


(COVID–19), porém, as últimas três Oficinas Participativas Regio-
nais (Norte, Nordeste e Central), para elaboração de propostas do
Plano de Gestão da Pesca de Camarões no Brasil tiveram que ser
suspensas, por respeito e proteção à vida e à saúde humanas. Pos-
tergadas, inicialmente, para o segundo semestre deste mesmo ano.
A SAP/ MAPA comprometeu-se com o deslocamento e a estadia
dos participantes, enquanto a FAO, por sua vez, assegurou a parti-
cipação e o apoio dos consultores e dos coordenadores do Projeto,
de forma a garantir a adequada aplicação da Abordagem Ecossistê-
mica na Gestão Pesqueira. Na sequência, entretanto, as referidas
oficinas tiveram que ser novamente suspensas, em razão do agra-
vamento e da continuidade da pandemia, ficando, assim, planejadas
para o primeiro semestre de 2021.

Com a realização das oficinas que faltam, busca-se uniformizar o


entendimento e qualificar o processo da gestão pesqueira no país,
mantendo-se o vínculo com o contexto da articulação política e téc-
nica entre todos os atores envolvidos, para obtenção de uma boa
governança, fundamentada na amplificação da participação de to-
dos os atores envolvidos na atividade pesqueira brasileira.

Apresenta-se, a seguir, o cronograma atualizado das atividades pre-


vistas para a realização das reuniões regionais e a conclusão do Pla-
no Nacional de Gestão para a Pesca de Camarões no Brasil:
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES *

Até 18.12.2020 Envio da proposta de Plano de Gestão da Pesca


de Camarões das regiões Sudeste e Sul aos presentes na Oficina
Participativa Regional Sudeste–Sul. Os participantes deverão
apresentar e debater os resultados com suas bases e respectivas
comunidades pesqueiras representadas.

Até 31.01.2020 Recebimento de sugestões de alteração ou con-


siderações à proposta de Plano de Gestão da Pesca de Camarões
das regiões Sudeste e Sul.

Até 15.02.2021 Avaliação das sugestões de alteração ou con-


siderações à proposta de Plano de Gestão da Pesca de Camarões
das regiões Sudeste e Sul.

Até 28.02.2021 Envio dos resultados consolidados das Oficinas


Estaduais, por região – Norte, Nordeste e Central –, aos partici-
pantes das respectivas Oficinas Estaduais.

Até 31.03.2021 Recebimento de sugestões de alteração ou con-


siderações à consolidação dos resultados das Oficinas Estaduais,
por região – Norte, Nordeste e Central.

Até 15.04.2021 Avaliação das sugestões de alteração ou consi-


derações aos resultados consolidados das Oficinas Estaduais, por
região – Norte, Nordeste e Central.

Até 31.05.2021 Realização das Oficinas Participativas Regio-


nais Norte, Nordeste e Central.

Até 30.06.2021 Debates e aprovação das propostas de Planos


de Gestão nos respectivos Comitês Permanentes de Gestão –
fóruns participativos do Governo Federal que têm, entre outras,
a competência de aprovar Planos de Gestão Pesqueira no país – a
serem instituídos por Decreto presidencial.

* As datas poderão ser alteradas com advento de novas informações


sobre a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.
PRINCIPAIS RESULTADOS DOS
EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS COM
DIÁLOGO E PARCERIA DOS PESCADORES
SOBRE OS DISPOSITIVOS PARA A
REDUÇÃO DA FAUNA ACOMPANHANTE
NA FROTA DE ARRASTO (BRD)

PARANÁ
O Projeto REBYC II – LAC Brasil realizado na área piloto SC/PR tem
direcionado as atividades para promover o diálogo de saberes en-
tre pescadores e pesquisadores/ extensionistas. Atividades de pes-
quisa e extensão vêm sendo realizadas pela equipe desde 2012, in-
cluindo experimentos científicos apoiados pelo REBYC desde 2017.

Em 2020, três linhas de atuação têm sido desenvolvidas: experi-


mentos científicos; arrastos demonstrativos; oficinas de diálogo
com pescadores e pescadoras, com foco no litoral do Paraná. Ofi-
cinas de diálogo têm sido realizadas e experimentadas, em diferen-
tes formatos e metodologias, nos mais diferenciados ambientes de
trabalho dos pescadores, como forma de apresentar os dispositivos
para a redução da fauna acompanhante – BRD.

Nessas oficinas, a interação com os pescadores, além da demons-


tração das redes com BRD, tem permitido um diálogo sobre os pró-
prios mecanismos desenvolvidos pelos pescadores para a redução
da fauna acompanhante na frota de arrasto. Como desdobramen-
to das oficinas, arrastos demonstrativos vêm sendo realizados em
diferentes localidades para apresentação dos BRDs, nos quais os
pescadores podem experimentar e observar os BRDs operando nas
suas embarcações. Nessa construção dialógica com os pescadores,
foi preparada uma Grelha NordMore com espaçamento de 17 mm
entre barras, com dimensões de 70 cm x 50 cm, para a condução
de um experimento científico. O experimento foi direcionado para
a frota de captura do camarão sete-barbas que atua no litoral do
Paraná, com algumas adaptações na construção da rede, para ade-
quação ao modo de pesca local. Os testes mostraram redução da
fauna acompanhante em mais de 60%, sem perdas significativas de
camarões, além da melhoria da qualidade do camarão e da redução
do trabalho a bordo, na percepção dos pescadores. Foi o ponto de
partida para novos desdobramentos.

A satisfação de um dos pescadores que testou a rede com o seu de-


sempenho nos experimentos científicos motivou a sua manifestação
nas redes sociais. Um vídeo produzido por ele, comentando o de-
sempenho da rede, teve mais de 30 mil visualizações no Facebook. A
partir desse vídeo, houve uma procura muito grande de pescadores,
solicitando apoio para construir suas próprias grelhas e querendo mais
informações sobre as ações realizadas. Desse interesse, surgiu o canal
youtube.com/saberesmarinhos, hoje com 198 inscritos e seis vídeos
postados sobre o tema fauna acompanhante, além de duas lives reali-
zadas com a participação de pescadores, pesquisadores e extensionis-
tas do REBYC.

Um dos vídeos mais importantes orienta a montagem da rede e a


colocação da grelha:

bit.ly/montagemrede

Outro vídeo mostra os resultados dos experimentos científicos e a


percepção dos pescadores:

bit.ly/pescagrelha

Esse diálogo por meio das redes sociais tem estimulado o uso vo-
luntário dos BRDs, a partir da criação, por exemplo, de uma Grelha
Nordmore com canos de PVC, como demonstrado no vídeo com-
partilhado:

bit.ly/comomontargrelha

Atualmente, cerca de 20 pescadores já construíram, de forma au-


tônoma, a sua grelha, utilizando-a cotidianamente na sua rotina de
pesca. A equipe de extensionistas do projeto tem estado em con-
tato constante com esses pescadores, para monitorar e avaliar as
percepções sobre o funcionamento do equipamento. Além disso,
oficinas virtuais e presenciais em pequenos grupos – por causa da
pandemia – estão sendo realizadas e planejadas para os próximos
meses. O principal objetivo é, portanto, estimular o diálogo, facili-
tando o acesso e a compreensão acerca da importância do uso de
estratégias para a redução da fauna acompanhante.
Acompanhamento do
pescador de Matinhos,
que assistiu aos vídeos
do Canal Saberes
Marinhos e pediu
assessoria para construir
a sua própria rede.

Acompanhamento
do pescador na sua
primeira utilização
da rede com a grelha
feita por ele mesmo,
usando PVC.
ESPÍRITO SANTO, RIO DE JANEIRO,
SÃO PAULO, PARANÁ E SANTA CATARINA
Ao longo dos últimos quatro anos, foi formada uma rede de colabo-
ração entre diversos atores para a criação de adaptações nas redes
de arrasto de camarões do Sudeste e Sul. A partir do diálogo e da
construção coletiva estabelecida por essa colaboração, foram de-
senvolvidos testes com o uso do dispositivo exclusor de tartarugas
(DET, do inglês Turtle Excluder Devide – TED) e com ensacadores
modificados com janelas de malha quadrada nas pescarias de arras-
to industriais e de pequena escala entre o litoral do Espírito Santo e
de Santa Catarina, de acordo com as especificidades de cada pesca-
ria, já tendo sido construídos seis diferentes modelos (cinco malhas
quadradas e dois TEDs).

Ao todo foram realizados 11 testes, entre fevereiro de 2018 e feve-


reiro de 2020, seguindo-se os protocolos do REBYC, internacional-
mente aceitos. Entre eles, cinco utilizaram um ensacador modifica-
do com uma malha quadrada compreendendo a pescaria industrial
de arrasto do camarão-rosa Penaus paulensis e P. brasiliensis e as pes-
carias de pequena e média escala de camarão sete barbas (Xiphope-
naeus kroyeri) nas localidades de Santa Catarina, São Paulo e Rio de
Janeiro. Outros seis testes foram realizados utilizando-se um dis-
positivo exclusor de tartarugas nas pescarias de arrasto de média
escala do Espírito Santo, de São Paulo e do Paraná.

A eficiência dos disposi-


tivos testados foi medida
por meio da redução das
capturas-alvo e da fauna
acompanhante, utilizan-
do-se como parâmetros
um nível máximo de per-
da de camarões de 15%
e um nível mínimo de re-
dução da fauna acompa-
nhante, que não é de in-
teresse da embarcação,
de 25%.
Segundo o protocolo de eficiência, em termos gerais, os resultados
foram positivos para o uso do dispositivo exclusor de tartarugas no
litoral de São Paulo e do Espírito Santo, onde as reduções na captu-
ra de camarões não foram maiores que 15%. Apenas a embarcação
do Paraná teve uma perda maior que 15%, apontando a necessida-
de de adaptação do dispositivo à rede nessa localidade.

Todos os testes com ensacadores de malha quadrada apresentaram


resultados positivos, com reduções da captura de camarões meno-
res que 10%, aumento no tamanho dos camarões capturados pelas
redes modificadas e redução da fauna acompanhante que não é de
interesse dos pescadores.

Esses resultados, juntamente com


o diálogo estabelecido com os
atores envolvidos, representam o
primeiro passo de uma trajetória
longa, apontando para um futuro
promissor na adaptação desses
dispositivos às redes de pesca de
arrasto de camarões. As ativida-
des desenvolvidas de forma cole-
tiva, por meio da troca de saberes,
representam a criação de um elo
de confiança entre os atores e um
importante auxílio para a manu-
tenção da pesca e a busca por um
modelo de atividade mais susten-
tável de forma conjunta, em que o
pescador perceba essa adaptação
como algo que venha ao encontro
de suas necessidades, aumentan-
do sua eficiência e, consequente-
mente, as chances de sua utilização
voluntária. A partir desses resulta-
dos, é possível, a partir de agora, se
trabalhar na divulgação das inova-
ções tecnológicas introduzidas e
testadas, a fim de se ampliar gra-
dativamente a rede de parceiros
e parceiras para a crescente disse-
minação das adaptações para ou-
tras comunidades e frotas.
SIRINHAÉM – PERNAMBUCO
Em Sirinhaém, o projeto foi desenvolvido junto à comunidade de
pescadores de camarão, testando-se, inicialmente dispositivos de
exclusão com malhas quadradas no corpo da rede, com os resulta-
dos, porém, demonstrando um nível muito baixo de redução da fau-
na acompanhante, não apresentando resultados significativos.

Outro dispositivo testado foi o


painel horizontal com malhas qua-
dradas. Ele apresentou bons resul-
tados de exclusão de fauna acom-
panhante, superior a 40% (43,3%),
mas com uma perda significati-
va, também, de camarão branco
(22,3%).

Em seguida, foi testado o sistema de grades de alumínio que possi-


bilitam a saída dos peixes, que escapam por uma abertura em cima
do corpo da rede, enquanto os camarões passam direto pela grade,
dirigindo-se para o saco da rede. Com esse dispositivo, houve uma
boa taxa de exclusão de fauna acompanhante (36,9%), mas ainda foi
registrada uma importante perda de camarão branco (20,8%).

Durante os experimentos consta-


tou-se, também, que a fauna acom-
panhante é de grande importância
para a população carente da região,
como complemento alimentar, espe-
cialmente no caso dos peixes maio-
res. Com isso, foi desenvolvido um
painel vertical com malhas quadra-
das, com a finalidade de reter os pei-
xes grandes e liberar os pequenos.
Esse painel apresentou os melhores
resultados de todos os dispositivos
testados, tanto na exclusão de fauna
acompanhante (35,5%), como no es-
cape de camarão branco (13,1%).
Vídeos subaquáticos realizados durante o experimento, permiti-
ram observar o escape dos camarões e dos peixes, percebendo-se
que os peixes nadam contra o fluxo da água, forçando a sua passa-
gem com a propulsão caudal quando encontram as malhas quadra-
das do dispositivo, enquanto os camarões escapam de duas formas:
nadando diretamente pela abertura da malha, ou escapando com a
contração dorsal. A partir dessa observação foi desenvolvida uma
cortina de elásticos que possibilitaria a saída dos peixes por pro-
pulsão caudal, mas reteria os camarões, que não teriam propulsão
suficiente para escapar. Os resultados têm sido bastante animado-
res com taxas elevadas de exclusão, sem praticamente nenhuma
perda de camarão. O sistema, inédito no mundo, foi denominado de
“Vanildo Filter”. Os testes terminarão até dezembro de 2020, quan-
do finalizam as ações do Projeto REBYC serão finalizadas.

BELÉM – PARÁ
Especificamente no Pará, as atividades desenvolvidas pelo projeto
REBYC se mostraram bastante promissoras especialmente por se
tratar de um sistema industrial de pesca de arrasto de camarões
marinhos cujo investimento é alto. A possibilidade de se otimizar
as capturas de camarões, diminuindo a de espécies do bycatch, mi-
nimiza os gastos com combustível durante os arrastos e esse talvez
tenha sido o melhor de todos os resultados obtidos, agregado à di-
minuição das capturas de espécies ameaçadas ou que se encontram
muito próximas dessa categoria.

Entretanto, o projeto ainda contou com uma resistência por parte


do sindicato das indústrias pesqueiras locais (SINPESCA), especial-
mente pela possibilidade do uso de BRDs muito parecidos com os
TEDs de tartarugas, evidentemente não utilizados durante as fai-
nas de pesca e pela diminuição das capturas de espécies não alvo,
mas que são utilizadas como “complementadoras” da renda das
pescarias (byproduct), principalmente durante a queda das capturas
de camarões, ao longo do segundo semestre do ano. Assim mesmo,
além dos pesquisadores a bordo das embarcações comerciais, que
registraram dados da eficiência e da diversidade das capturas, o pro-
jeto REBYC II, por meio da colaboraçãocom os projetos SHRIMPS
(CNPq/Secretaria de Aquicultura e Pesca – SAP) e Meros do Brasil,
realizou um cruzeiro científico de 30 dias. Nesse período puderam
ser testadas diferentes conformações de malhas quadradas que re-
sultaram em informações substanciais para permitir a continuidade
dos testes de BRDs com recursos oriundos da SAP/MAPA.

A avaliação da eficiência do dispositivo apresentou diferença es-


tatisticamente significativa na captura de camarão, sendo que a
maior redução média de captura em biomassa ocorreu com bycatch
(4,48%) e byproduct (-12,85%). O valor negativo significa que a rede
com malha quadrada capturou 12,85% a mais de espécies que com-
põem a parte que é aproveitada da captura incidental, comparada
com a rede sem o dispositivo.

Foram realizados 33 arrastos experimentais na plataforma conti-


nental do Norte do Brasil, seis na região em frente à foz do rio Ama-
zonas (FAM) e o restante na costa do estado do Amapá (CAP). A
duração total dos arrastos foi de aproximadamente 240 horas de
operação de pesca, sendo que a captura total de peixes e camarões
pelas duas redes (com e sem BRD) foi de 7.482 kg, dos quais 936 kg
foram de camarões, 1.228 kg de espécies que compõem o byproduct
e 5.318 kg de peixes que foram descartados (bycatch).

Na prática, o experimento permitiu concluir que mais de 300 quilos


de pescados (11%) de fauna acompanhante deixaram de ser retidos
nas redes com BRD e, considerando o número de embarcações per-
missionadas para captura de camarão rosa na costa Norte do Brasil
(110; IN 7 de 10/07/2002) e suas características que lhes propor-
cionam autonomia de mais de 40 dias de mar com produção média
de 6 t de espécie-alvo, esse resultado demonstrou expressiva im-
portância ecológica e socioeconômica, sustentando a importância
do uso dessa tecnologia.
EQUIPE E PARCEIROS

Ponto Focal do Governo Brasileiro/ Secretaria de Aquicultura e


Pesca – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(SAP/MAPA)
Sandra Silvestre de Souza
sandra.silvestre@agricultura.gov.br

Coordenador Geral Brasil


Fábio Hissa Vieira Hazin
fhvhazin@gmail.com

Coordenadora AEGP e Aspectos Jurídicos–Pesqueiro


Ana Sílvia Costa Silvino
ana.silvino@gmail.com

Coordenador–Técnico Planos de Gestão


José Augusto Negreiros Aragão
j_aragao@hotmail.com
EQUIPE PARCEIRA
DO PROJETO

Bianca Bentes UFPA − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC


Eduardo Rangel UFPA − Instituto de Estudos Costeiros
Breno Portilho UFPA – Instituto de Estudos Costeiros
Ualerson Peixoto UFPA – Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia
PA
Tommaso Giarrizzo UFPA – Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia
Israel Cintra UFRA − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC
Alex Garcia Coordenador (Cepnor/ICMBio);
Breno Portilho UFPA − Ponto Focal do Projeto – Bragança/PA

Clarissa Lobato IFMA − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC


MA
Mary Jane Chefe da Reserva Extrativista de Cururupu, do ICMBio

PI Cézar Fernandes UFPI − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC

Fúlvio Freire UFRN − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC − RN e PB


Adriana Carvalho UFRN
RN
Ronaldo Angelini UFRN
Alex Barbosa Doutorando da UFRN. Orientador: Fúlvio Freire

PB Luís Wagner Reserva Extrativista de Acaú Goiana/PB do ICMBio

AL Igor da Mata UFAL − Ponto Focal do Projeto – PE, AL e SE

Vanildo Souza UFRPE − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC / BRDs
Flavia Lucena UFRPE
PE
Albérico Camello Extensionista do Projeto FAO REBYC II – LAC
Sérgio Matos Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC

César Coelho Fundação Tamar − Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC/BRDs
Erik Allan Pinheiro Reserva Biológica de Santa Isabel, do ICMBio
SE
Ana Rosa Araújo UFS
Maria Helena Analista Ambiental do IBAMA

Victor Hugo Instituto Federal do Espírito Santo (IFES)


Mariângela de
Oceanógrafa
ES Lorenzo
Nilamon de Oliveira ICMBio
Antônio Carlos Instituto Capixaba de Pesquisa (Incaper)
Divisão de Pesca e Aquicultura do Rio de Janeiro do Ministério da
Maria Paula
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DPA/RJ)
Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (FIPERJ) Ponto Focal do
Luana Prestrelo
Projeto FAO REBYC II – LAC
Raquel Rennó FIPERJ
Genaro Cordeiro FIPERJ
André de Araújo FIPERJ
Beatriz Freitas FIPERJ

RJ Douglas Panetto FIPERJ


Leticia Nogami FIPERJ
Ligia Coletti FIPERJ
Mariana Botelho FIPERJ
Sérgio Luiz FIPERJ
Tiago Oliveira FIPERJ
Tulio Arantes FIPERJ
Victor Alves FIPERJ
Hamilton Hissa FIPERJ

Antônio Olinto Instituto de Pesca de São Paulo Ponto Focal do Projeto – SP


Instituto de Pesca/Ubatuba/SP Ponto Focal do Projeto FAO REBYC
Venâncio Guedes
II – LAC/BRDs
SP Bruno Giffoni Projeto Tamar/Ubatuba/SP
Laura Villwock
Instituto de Pesca/Ubatuba/SP
Miranda
Cintia Miyaji Diretora Executiva da empresa Paiche

Universidade Federal do Paraná (UFPR)


Rodrigo Medeiros Ponto Focal do Projeto FAO REBYC II – LAC Ponto Focal do Projeto
PR FAO REBYC II – LAC
Isabeli Mesquita Extensionista do Projeto FAO REBYC II – LAC

Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) Ponto Focal do Projeto FAO


Roberto Wahrlich
REBYC II – LAC
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade
Dérien Lucie Marinha do Sudeste e Sul do Instituto Chico Mendes de Conservação
Vernetti Duarte da Biodiversidade (Cepsul /ICMBio) Ponto Focal do Projeto FAO
REBYC II – LAC

SC Sergio Winckler Governo do estado de Santa Catarina


Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
Everton Giustina
(EPAGRI/SC)
Micheli Thomas Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC)
Bárbara Heck
Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC)
Schallenberger
Jorge Rodrigues Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC)

Felipe Dumont Universidade Federal do Rio Grande (FURG)


Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul
RS Ana Luiza Spinelli
(Emater/RS)
Magda Pereira Emater/RS
www.fao.org/in-action/rebyc-2/es

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