Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EMATER–MG
2007
ELABORAÇÃO:
Coordenadores Técnicos
1- APRESENTAÇÃO
2- LINHAS DE CRÉDITO DESTINADAS À PISCICULTURA
3- ASSOCIATIVISMO UNINDO PARA PRODUZIR RESULTADOS
3- A POLÍTICA NACIONAL DE ATER (PNATER)
4- PRODUÇÃO DE PEIXES NO SISTEMA TANQUE-REDE
APRESENTAÇÃO
1. PRONAF
Beneficiários
Custeio
Limite Financiável:
Grupo C
Financia mínimo de R$ 500,00 e máximo de R$ 4.000,00 por mutuário, por safra; juros de 4% ao ano;
prazo de 1 ano.
Grupo D
Financia até R$ 8.000,00 por mutuário, por safra; juros de 4% ao ano; prazo de1 ano.
Grupo E
Financia até R$ 28.000,00 por mutuário, por safra; juros de 4% ao ano; prazo de 1 ano.
Investimento
Limite Financiável:
Grupo B
Financia R$1.500,00 por mutuário, independente do número de operações, não podendo exceder a
R$4.000,00 o somatório das operações, com direito ao bônus de adimplência de 25% sobre cada
parcela; juros de 1% ao ano; prazo de 2 anos.
Grupo C
Financia mínimo de R$1.500,00 e máximo de R$6.000,00 por operação; juros de 3% ao ano; prazo de
até 8 anos, incluídos até 5 anos de carência.
Grupo D
Financia até R$ 18.000,00 por beneficiário; juros de 3% ao ano; prazo de até 8 anos, incluídos até 5 anos
de carência.
Grupo E
Financia até R$36.000,00 por beneficiário; juros de 7,5% ao ano; prazo de até 8 anos, incluídos até 5
anos de carência.
2. RECURSOS CONTROLADOS
Custeio Pecuário
Finalidade:
Financiamento, mediante abertura de crédito fixo, das despesas normais da exploração, durante o
ciclo produtivo de animais, tais como:
Atividade aqüícola, entendida, para efeito desta norma, como atividade desenvolvida por pessoa física
ou jurídica, relacionada ao cultivo ou à criação comercial de organismos (peixes, crustáceos, moluscos,
anfíbios e algas) que têm na água seu normal ou mais freqüente hábitat, sendo financiáveis as
despesas normais de:
OBS.: Relativamente à atividade acima, exige-se, conforme Art.2º da Instrução Normativa nº.3, de
12.05.2004, da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República, que o produtor
seja inscrito no Registro Geral de Pesca – RGP. O registro pode ser requerido nos Escritórios Estaduais
da SEAP/PR, na Unidade da Federação em que o interessado esteja domiciliado. A Instrução Normativa
mencionada, bem como os endereços dos escritórios regionais estão disponíveis no site
www.presidencia.gov.br/seap.
Beneficiários: pessoa física ou jurídica que se dedique à exploração da pesca (cultivo ou captura), com
fins comerciais.
3. Recursos não-controlados
Teto: Não existe teto.
Encargos Financeiros: 8,75% ao ano, quando utilizados recursos controlados do Crédito Rural, ou TR
mais juros, quando utilizados recursos não-controlados do Crédito Rural.
Limite Financiável: até 100% do orçamento apresentado, limitado a 70% da receita bruta prevista para
o empreendimento a ser financiado.
3.1 PRODEAGRO
Investimento
1. Linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES.
4. teto de financiamento: até R$200 mil por beneficiário, para empreendimento individual, e até
R$600 mil, para empreendimento coletivo, respeitado o limite individual por participante, no período
de 1º.07.2006 a 30.06.2007, independentemente de outros créditos concedidos ao amparo de recursos
controlados do crédito rural.
Trabalhar sozinho para solucionar os problemas particulares ou os da comunidade talvez seja o caminho
mais longo e difícil para obter o sucesso esperado.
Ao contrário, as pessoas, organizadas em associações, têm muito mais chance de resolver alguns
desses problemas.
Mas, para que a união ocorra e dê resultados, deve haver condições adequadas e muita vontade e
paciência.
FIGURA 1
Em geral as pessoas se unem para:
- resolver problemas em comum;
- aumentar a renda e reduzir os custos de trabalho e produção;
- facilitar e favorecer o acesso ao mercado;
- aumentar o poder de negociação;
- ampliar e consolidar parcerias;
- valorizar e divulgar a cultura local;
- ampliar o relacionamento entre as pessoas;
- obter melhorias, como: estradas, escolas, postos de saúde;
- dentre outros motivos.
FIGURA 2
Associação é um grupo organizado de pessoas, podendo ser legalmente constituído ou não, que
decide trabalhar em conjunto, visando alcançar objetivos comuns.
A consolidação das associações é dada pelo seu Estatuto Social, que precisa ser conhecido e
compreendido por todos.
No Estatuto Social está escrita a forma como a associação funcionará, quais são seus objetivos, qual a
sua área de atuação, como será a administração da entidade, quem são as pessoas que dela podem
fazer parte, seus deveres e direitos, dentre outros assuntos que valem a pena conhecer.
Direitos do associado:
- Votar e ser votado nas eleições.
- Participar das assembléias gerais, votando nos assuntos tratados.
- Apresentar à diretoria propostas de interesse da entidade.
- Propor à diretoria entrada de novos associados.
- Solicitar informações sobre a associação.
- Desligar-se quando lhe convier.
FIGURA 3
Deveres do associado:
- Participar das assembléias, votando nos assuntos tratados.
- Quitar suas dívidas com a entidade.
- Desempenhar com eficiência as obrigações do cargo que exercer.
- Zelar pelo nome e patrimônio da associação.
- Promover a associação e o associativismo.
- Conhecer o estatuto e os regimentos.
Os associados, para fazerem parte dos Conselhos de Administração e Fiscal, deverão ser eleitos em
Assembléias Gerais.
Cada conselho tem composições e funções descritas no Estatuto Social e no Regimento Interno.
Na verdade, as atitudes dos associados no dia-a-dia de convívio com a associação e o respeito às regras
serão fundamentais para o sucesso da entidade. Assim os associados devem estar dispostos a:
-Trocar idéias entre si.
- Ouvir, discutir e compreender.
- Acatar a decisão da maioria.
- Participar das discussões.
- Assumir tarefas e responsabilidades.
- Planejar atividades.
Sendo a associação uma “Pessoa Jurídica”, ou seja, registrada no CNPJ – Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas – ela deverá cumprir alguns requisitos para funcionar. Dentre esses requisitos estão as
declarações, conforme veremos a seguir.
Palavras finais:
FIGURA 4
Anexo
1a - A ata deve ter um cabeçalho que a identifique e a situe no tempo (data) e no espaço (local).
2a – As datas devem ser colocadas por extenso, por exemplo: “Aos quinze dias do mês de fevereiro do
ano de dois mil e sete...”;
3a - No cabeçalho, devem-se reforçar o porquê da reunião e o que se espera dela.
4a - As atas devem ser escritas em um único parágrafo, sem espaços intermediários.
5a - As atas não devem conter rasuras. Caso ocorram erros, colocar na frente da incorreção o termo
“digo” e na seqüência colocar o correto.
6a - A ata deve conter a descrição de assuntos e fatos sugeridos, seja pelo presidente da reunião, seja
por qualquer pessoa participante.
7a - Quando a ata estiver pronta, ela deverá ser lida e submetida à aprovação das pessoas presentes à
reunião ou assembléia. Caso a ata não se encontre de acordo, pode-se utilizar da expressão “em tempo,
onde se lê tal termo, leia-se este outro” e descrever o termo incorreto e o que venha substituí-lo.
Para aquelas situações em que a ata vier a ser submetida à votação na reunião seguinte, havendo
necessidade de corrigi-la, a sugestão é que se faça constar a alteração na ata da reunião que está
acontecendo.
O registro da ata em cartório deverá ocorrer:
- quando se tratar de alterações entre os representantes da entidade;
- se projeto a ser desenvolvido requerer;
- caso seja vontade da Assembléia Geral.
8a - Deverá existir um livro próprio onde as atas são escritas, admitindo-se o uso de folhas impressas,
posteriormente coladas nas páginas do livro. Ao colar a folha, não ocultar a numeração do livro. A
diretoria deverá rubricar, “lacrando” a ata colada no livro. Podem-se também encadernar as atas.
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL
Esta política foi construída de forma participativa, envolvendo governo, sociedade civil, representantes de
agricultores familiares e suas organizações e os movimentos sociais que reivindicavam uma orientação
para reformular a prática extensionista e os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural do País.
Ela orienta os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER pública, definindo a sua
missão, seus princípios, suas bases tecnológicas e metodológicas e seus beneficiários, bem como a
agroecologia como eixo norteador do desenvolvimento sustentável.
É importante considerar as características relativas a gênero, raça, etnia e geração e suas condições
social, econômica e cultural.
BASES METODOLÓGICAS
BASES TECNOLÓGICAS
AÇÕES PRIORITÁRIAS
Minas Gerais apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento da atividade piscícola, potencial que
lhe é concedido pelos mais de 5.000 km2 de espelhos d’água, provenientes de várias bacias hidrográficas
(rio São Francisco, rio Grande, rio Doce, rio Jequitinhonha) e de águas represadas.
O potencial hídrico e as condições climáticas favoráveis ao cultivo de peixes tropicais existem
praticamente em todo o Estado, entretanto algumas regiões do Sul de Minas permitem o cultivo de
peixes de clima frio (truta). O mercado consumidor é amplo, tanto em pequenas e grandes cidades do
Estado, como nos estados vizinhos, principalmente nas suas capitais (Rio de Janeiro, São Paulo,
Brasília, Goiânia, Vitória e Salvador).
A oferta de pescado proveniente dos rios tem diminuído substancialmente, em razão da construção de
hidrelétricas, condição prejudicial à piracema e à formação das lagoas marginais, o que limita a
perpetuação de algumas espécies.
A falta de tratamento adequado do esgoto das cidades também tem contribuído para poluir os rios,
trazendo sérios problemas para a sobrevivência dos peixes. Grandes indústrias, que nem sempre tratam
adequadamente os efluentes, despejam poluentes nos rios, causando a mortalidade dos peixes.
Com todos esses fatores negativos, tem havido considerável diminuição da produção e da captura de
peixes dos nossos rios. Conseqüentemente, para suprir a demanda do mercado, há necessidade de
importar peixes, principalmente da bacia Amazônica e de outros países, como: Argentina, Chile, Uruguai
e membros da Comunidade Européia.
Na década de 70, a piscicultura estava praticamente restrita ao cultivo de tilápias e carpas, com a
finalidade de produção para consumo próprio ou lazer. Em alguns casos, era utilizada a fertilização da
água com adubos (químicos e orgânicos) e subprodutos agrícolas que se destinavam à suplementação
alimentar dos peixes. Naquele período, não houve registro de problemas causados ao meio ambiente.
Nos anos 80, em virtude da produção em grande escala de alevinos, houve crescimento dessa atividade.
A tecnologia preconizada persistia na fertilização (química e orgânica) da coluna d'água e no uso do
milho como o principal suplemento alimentar. No entanto alguns piscicultores inovadores buscavam a
ração balanceada específica aos peixes, na expectativa de se obterem melhores resultados zootécnicos,
principalmente dos reprodutores.
Na década de 90, houve crescimento significativo da piscicultura, sendo o grande propulsor o sistema de
comercialização chamado pesque-pague, que teve início nos estados do sul e consolidou-se,
principalmente, no Estado de São Paulo, onde, no início da década, havia grande número de criadores.
A demanda de peixes vivos para os pesque-pague de São Paulo desencadeou uma forte pressão por
esses produtos em Minas Gerais, em razão da proximidade e do potencial de produção existente.
A rentabilidade da atividade despertou grande interesse dos produtores rurais, e o produto era destinado
a uma indústria de lazer, com remuneração praticada acima do preço de mercado.
A tecnologia preconizada então sofre mudanças, isto é, a diminuição do uso de adubos químicos e
orgânicos para fertilização da água e a diminuição do uso do milho como suplemento alimentar,
principalmente pelos médios e grandes piscicultores, que passaram a utilizar ração balanceada por fase
de vida do peixe e equipamentos que permitiam o aumento da densidade dos peixes. Difunde-se,
também, a técnica da criação de peixes em tanques-redes nas grandes represas, voltando ao cultivo de
tilápia, que passa a ser produzida pelo sistema de reversão sexual, e outras espécies são testadas.
Neste sistema, os peixes são criados exclusivamente com alimento balanceado, específico a cada fase
de vida deles.
O crescimento da atividade ocorreu não-somente para atender à demanda do mercado de outros
estados, mas também a dos empreendimentos pesque-pague, que começam a se ampliar em Minas
Gerais. Esse incremento da piscicultura é constatado pelas informações da EMATER–MG, no período
1986 a 1997, em que se evidenciam o grande número de produtores que ingressam na atividade e a
expansão da área inundada (Quadro 4). Essas informações representam, na sua grande maioria, os
pequenos produtores assistidos pelos técnicos da extensão rural oficial, não sendo considerados alguns
médios e os grandes produtores de peixes não assistidos pela Emater–MG.
O desenvolvimento da atividade piscícola em Minas Gerais passa, portanto, pela capacitação desse
público e por um melhor ordenamento da cadeia produtiva da piscicultura, levando em consideração os
aspectos sociais, culturais, econômicos, tecnológicos e ambientais, visando uma produção sustentável.
A tecnologia de produção de peixes em tanques-redes tem sido difundida principalmente entre produtores
que têm propriedades rurais no entorno de grandes reservatórios de água, como o de Itaipu–PR, Furnas–
MG, Paulo Afonso–BA e outros. A disponibilidade desse recurso hídrico tem facilitado a divulgação e
adoção desse sistema de produção pelos produtores rurais. Normalmente a tecnologia preconizada tem
sido a de utilização de tanques-redes de pequenos volumes (4 m 3) com alta densidade de povoamento
(150 a 300 peixes/m3).
Na maioria das propriedades rurais existe barramento do curso d’água para diversos usos:
dessedentação de animais, irrigação, criação de peixes em sistema extensivo, etc. Essas áreas
inundadas podem ser utilizadas na criação de peixes confinados em tanques-redes de pequeno volume.
A produção de peixes em tanques-redes de grande volume é mais tradicional que em tanques-redes de
pequeno volume. No entanto vários trabalhos têm evidenciado que a produtividade de criação de peixes
em tanques-redes de grande volume é limitada, principalmente pela capacidade de renovação de água
no seu interior. Em tanques-redes de pequeno volume, com altas densidades de estocagem, ocorre uma
maior taxa de renovação de água naturalmente ou induzida pela movimentação dos peixes, possibilitando
a obtenção de produtividades maiores (100 a 250kg/m 3), comparadas com as produtividades obtidas em
tanques maiores ( 20 a 50 kg/m3).
Nível de eutrofização
Os corpos de água devem apresentar o menor nível possível de
eutrofização. Uma maneira simples para se avaliar o grau de eutrofização é
pela leitura da transparência da água usando o disco de Secchi. É
fundamental que, neste caso, a transparência anotada não seja
influenciada por partículas em suspensão (argila e silte).
Um critério básico para avaliação é apresentado abaixo:
_______________________________________________________________
Transparência da água Nível de enriquecimento Produtividade esperada
Temperatura da água
A variação da temperatura da água ao longo do ano deve ser conhecida.
De um modo geral, as espécies tropicais não toleram baixas temperaturas
da água. A faixa de temperatura e o desempenho esperado estão
registrados, abaixo, para os peixes tropicais:
Tanque-redes:
Dimensões:
Largura : 2,0 m
Comprimento: 2,0 m
Profundidade: 1,2 m
Volume útil* : 4,0 m3 ( 2,0 m x 2,0 m x 1,20 m)
Da profundidade total 0,2 m fica para fora do nível da água.
Tanque-rede de recria utiliza a tela de polietileno de 9 mm e para engorda 15 a
20 mm.
Exemplo:
Temperatura da água a 50 cm = 28oC
Peso médio da tilápia = 150 g
Número de peixes = 1.000
Biomassa = 150 kg (150 g x 1.000 peixes)
Arraçoamento = 4,8 kg/dia (150 kg x 3,20%)
Número de tratos = 3 (1,6 kg/trato)
Recomenda-se, no momento de alimentar os peixes, colocar, inicialmente,
uma pequena quantidade de ração e avaliar a resposta dos peixes. Caso a
resposta seja positiva, ou seja, toda a ração consumida, coloca-se uma
quantidade maior de ração de acordo com os cálculos para aquele trato.
Fase 1:
Densidade = 650 alevinos/m3
Volume útil = 1,0 m3
Tanque-rede
Número de tanque-rede = 1 Tanque-rede
Engorda
Peso inicial = 5 g recria
Peso final = 50 g
Período = 45 dias
Mortalidade = 5 a 8%
Fase 1 Tanque-rede
Tanque-rede Engorda
Engorda
Fase 2
Densidade = 200 alevinos/m3
Volume útil = 1,0 m3
Número de tanques-redes = 3
Peso inicial = 50 g
Peso final = 400 a 450 g
Período = 100 dias
Mortalidade = 3%
Produção por tanque-rede = 80 a 90 kg/m3
Custeio
Custos de mão-de-obra:
12.- Mercado:
20 mm
120 cm
15 mm
200 cm
200 cm
19 mm
200 cm
200 cm
Flutuadores
20 cm
200 cm