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ÍNDICE Páginas
Índice ..................................................................................................... 1
Apresentação ......................................................................................... 3
Dedicatória ............................................................................................. 4
Prefácio .................................................................................................. 5
Palavras do autor ................................................................................... 6
Colcha de Retalhos da Literatura .......................................................... 7
O cangaço não foi mercenarismo .......................................................... 8
Leituras antigas, visões novas ............................................................... 9
Um mal, uma enfermidade crônica ........................................................ 10
Diferenças entre Capanga, Jagunço e Cangaceiro ............................... 19
Lampião na Bahia; Visita Chapada Diamantina .................................... 19
Cangaço: banditismo de honra .............................................................. 24
A origem da palavra Sertão ................................................................... 35
A organização política e social do sertão .............................................. 38
A Solidariedade do Sertanejo ................................................................ 39
Os Conflitos Familiares .......................................................................... 41
Governo Flexível à Política dos Coronéis .............................................. 41
O fim da República Velha ...................................................................... 42
As revoltas camponesas ........................................................................ 43
A revolta individual ................................................................................. 45
Os Movimentos Messiânicos ................................................................. 46
O massacre de Caldeirão de Santa Cruz do Deserto ........................... 49
O banditismo de honra .......................................................................... 53
O Nascimento do Cangaço .................................................................... 54
Lampião Usado por cangaceiros e coronéis ......................................... 61
Lampião gostava de ler? ....................................................................... 66
A liderança de Lampião ......................................................................... 67
O fraco contra o forte ............................................................................. 68
A religiosidade de Lampião ................................................................... 70
Lampião se torna o "Rei do Cangaço" ................................................... 73
O arquétipo do homem livre .................................................................. 74
Forças Volantes ..................................................................................... 75
Banditismo de honra de Lampião .......................................................... 76
Um novo estilo de vida para o Cangaço ................................................ 77
A preocupação com sua imagem .......................................................... 78
Lampião Capitão e a Coluna Prestes .................................................... 78
A convocação de Lampião .................................................................... 82
A caminho de Juazeiro .......................................................................... 84
O Sonho de um Sonhador ..................................................................... 87
Lampião soube utilizar métodos de comunicação ................................. 88
ÍNDICE Páginas
A Imprensa .................................................................................. 92
O caso Richard Jewell ........................................................................... 97
O Caso Wallace ..................................................................................... 99
Dúvidas sobre o caso Wallace .............................................................. 99
Livros às vezes não são confiáveis ....................................................... 100
Lampião – Sangue em Belmonte (Em 3 versões) ................................. 115
Foi bom ou mal Lampião ter existido? ................................................... 123
Houvesse "Justiça" não haveria Lampião ............................................. 125
Zé Saturnino, o inimigo № 1 (1915-1917) ............................................. 127
LAMPIÃO, Justiça abandonada por falta de justiça .............................. 144
Palavras finais do autor ......................................................................... 151
Outros links interessantes ..................................................................... 153
Autópsia da cabeça de Lampião e artigos jornalísticos ......................... 154
Historiadores contestam a versão oficial.................. 157
Autópsia não foi definitiva ...................................................................... 160
Lampião, Lages, Lombroso: uma autópsia do Rei do cangaço ............. 162
Menções Honrosas ................................................................................ 175
Bibliografia ............................................................................................. 176
APRESENTAÇÃO*
Suor e sangue no tempo do cangaço - Geraldo Duarte*
1974. Fortaleza. Raul Meneleu conclui Curso Secundário. Dinâmico e
empreendedor recebe e aceita convite visando gerenciar, em São
Sebastião do Passé, Bahia, a Fazenda Esperança, de seu tio Antônio,
agropecuarista. Mala na mão, Carteira de Trabalho no bolso e o adeus
emocionado dos familiares.
Novo viver. Novos costumes. Lendas. Crenças. Mitos. Histórias fatuais e as
de ouvir dizer. Verdades. Mentiras. Cenário ainda desenhado no mesclar
de suor e sangue do período do cangaço (1919 – 1938).
A curiosice, transformada em pesquisas de campo, documentais,
testemunhais, fotográficas, cinematográficas, de gravuras, audiofônicas e
técnicas mais, analógicas e digitais, o acompanham desde então.
Aposentado de grande empresa nacional fez-se escritor, produtor e editor
de livros e-book, fotógrafo, cineasta, blogueiro, acadêmico literário e,
hoje, considerado autoridade em estudos populares e científicos relativos
ao cangaceirismo da época de Lampião.
“Não mostro que Lampião foi bandido ou herói. Os fatos e as ações estão
à disposição para cada um ter opinião própria.” – replica enfático.
Suas obras, em e-book e gratuitas: “Cangaceirismo e Folclore”,
“Quadrante 45: Uma Viagem no Tempo”, “Crônicas do Cangaço” e
“Lampião na Capela”.
Tem o blogue “Caiçara dos Rios dos Ventos”, com 500 artigos publicados
e, cerca de 200, tratam do tema. Também seu canal “TV Maria Bonita”, no
You Tube, assomando quase 2 milhões de visualizações.
Raul está lançando “Lampião: Nordeste - Coronéis, Capangas e Jagunços”,
produção literária, técnica e inédita no gênero, pois com cliques
encaminhará o ledor a linhas do tempo, documentações, jornais, mapas,
fotos, filmes, vídeos, entrevistas, comentários, citações de autores vários,
observações comparativas e críticas, bem como demais formas
tecnológicas facilitadoras e propositivas de compreensões simultâneas.
*Geraldo Duarte é advogado, administrador e dicionarista.
Diário do Nordeste de Fortaleza-CE. Caderno OPINIÃO pg 23 data 03/03/2020
Dedicatória
O Jagunço.
Raul Meneleu
Prefácio
Palavras do autor
Recentemente
em minhas leituras, que
confesso estavam preguiçosas, pelos
“descaminhos” das redes sociais e que a
tempo enxerguei seu descompasso com a
criatividade literária. WhatsApp, Facebook,
Instagram tornaram-se incentivo à minha
veia “laissez faire” aprendida nas visitas
prolongadas e estadias nas terras de Víctor
Hugo; trivialidades e blá blá blás, convescotes eletrônicos, com
raras exceções de cunho cultural, o que não condeno, pois cá pra
nós é muito gratificante, mas nos deixam preguiçosos em leitura
de livros.
Pois bem meus amigos... a questão foi esclarecida muito bem por
Rui Facó:
“...predominam simples efeitos de causas profundas: ausência de justiça,
analfabetismo, precariedade de comunicações e transportes, baixos salários.
Quando tudo isto já resultava da tremenda desigualdade social, do débil
desenvolvimento do capitalismo, do lentíssimo incremento das forças produtivas, da
concentração da propriedade da terra, que dava poder econômico ilimitado a uma
insignificante minoria de latifundiários.”
Pois bem... Lampião sabia o que queria. Tem pessoas que acham
que ele queria ficar rico. Nada disso! Lampião era um guerreiro
valente em busca de alcançar o vento. Ali era a terra dos coronéis
que mandavam na Bahia. Não eram os coronéis das caatingas. Ali
residiam os jagunços "mandiocas" do coronel Horácio de Matos, de
Lençóis e os "mosquitos" do coronel Fabrício de Oliveira, estava
nas terras de antigas lutas de conquista onde giravam as famosas
"gatas bravas", guerrilheiras masculinizadas, cabelos cortados à
escovinha, chapéu de couro, armadas de punhal e pistola, sobre as
quais Lampião, talvez com o tempo, quando da entrada no cangaço
das mulheres, lembrasse que eram inferiores às cangaceiras, de
vez que aquelas, “as gatas bravas”, perderam as características e
os sentimentos de feminilidade. Já as cangaceiras, entre elas a
famosa e bonita Maria do Capitão, tão linda, feminina e faceira,
eram superiores pelo carinho e amor a seus homens!
existentes nos recôncavos das serras. Em Lençóis, esteve com seu grande amigo,
o coronel Horácio, o maioral dos garimpos e o mais poderoso chefão de jagunços
da Bahia, que, em desde os primeiros dias de setembro de 1928, lhe vinha dando
proteção. É evidente que isto por política do famanaz coronel Horácio a modo de
dividir a atenção das autoridades quanto às lutas de conquista das lavras
diamantíferas. Por seu lado, beneficiava-se Lampião deste jogo, de parte a parte
consciente”.
E continua dizendo que foram "os mais ricos que deram os sargentos-
mores, os capitães-mores das ribeiras, títulos honoríficos mas de ação moral segura
para a disciplina da região. Os fazendeiros tiveram necessidade de tropa pessoal,
fiel e paga, para a defesa de propriedades visadas pelos adversários políticos."
E continua:
"A justiça, cara, lenta e rara, era vantajosamente substituída pelo Trabuco, numa
sentença definitiva e que passava em julgado sem intimação do procurador-geral.
Abria ensancha a uma série de lutas ferozes, de geração a geração, abatendo-se
homem como quem caça nambus. Das emboscadas, tiroteios, duelos de corpo a
corpo, assaltos imprevistos nas fazendas que se defendiam como castelos, batalhas
furiosas de todo um bando contra um inimigo solitário e orgulhoso em seu destemor
agressivo, nasciam os registos poéticos, as gestas da coragem bárbara, sanguinária
e anônima."
O canto das aventuras dos heróis, onde a poética que tudo pode,
transformou o cangaceiro nordestino, por sua valentia em tais. Em
todos os povos existe isso. Na Inglaterra com Robin Hood, em
e a brisa ao furacão,
respondem todos em coro:
— Esse é o Rifle de Ouro,
Governador do Sertão! ...
Como nos diz Câmara Cascudo: "A gesta é uma poesia de ação. De luta e
de movimento. Não há a sensação da paisagem da natureza e do cenário. Verso
descrevendo esses elementos denuncia inteligência semiletrada e nunca a
produção se destina aos lábios dos cantadores. Os cangaceiros são as figuras
anormais que reúnem predicados simpáticos ao sertão. A coragem, a tenacidade, a
inteligência, a força, a resistência eram elementos para a exaltação." (Luis da
Camara Cascudo - "Vaqueiros e Cantadores" pg 164)
Por sua vez, certos autores dirão nesse território fechado está
preservado um mundo desaparecido, que nele sobrevivem
costumes e uma linguagem que remontam ao século XVI.
1 - A caatinga,
2 - Os cerrados
3 - Os cerrados fechados.
A Solidariedade do Sertanejo
Os Conflitos Familiares
As revoltas camponesas
A revolta individual
Os Movimentos Messiânicos
Os Profetas do Sertão
Em torno de chefes carismáticos reuniram-se fiéis e formaram
comunidades que viveram em autarquia, isoladas da comunidade do
sertão. Jean Orecchioni enumera no Brasil dezoito movimentos
desse tipo desde 1817, a maioria dos quais se desenvolveu no
sertão do Nordeste. Temos o movimento de Canudos, com o qual
se chocou a República recém-instalada, dominada pela figura
carismática de Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como
Antônio Conselheiro, Santo Antônio dos Mares, Santo Antônio
Aparecido ou Bom Jesus Conselheiro.
O banditismo de honra
O Nascimento do Cangaço
Lampião não foi somente usado pelos coronéis, mas também foi
usado e ludibriado por outros cangaceiros. Vejamos em dois casos:
época que ainda estão vivos, desta inditosa família, coisa que nenhum historiador
ou pesquisador fizera até então.”
Fazenda Jenipapo
https://www.youtube.com/watch?v=lpP8mvfjAqw&t=69s
Segundo caso
“Na penúltima semana de maio de 1927 Lampião chega com a horda ao sítio
Ipueiras. Já conhecia Isaías da época em que se hospedou na Serra do Mato em
Missão Velha. Voltava da Paraíba de jornada fracassada e logo fora apresentado a
Massilon, por intermédio de José Cardoso, que lhe contou sobre a proeza de Apodi,
salientando a “eficiência” de Massilon e a alta quantia arrecadada. Entraram
Massilon e um magote de outros cinco na horda do rei do cangaço, nessa ocasião,
e tendo em vista essa necessidade, já que estava desfalcado, o bando, não hesitou
muito em acatar o pedido, apesar da desconfiança.”
A liderança de Lampião
O que quero demostrar aqui, é que ele poderia até não ser um
militante político que partiu para a luta armada, mas que era um
guerrilheiro estrategista de primeira, ninguém pode duvidar.
A religiosidade de Lampião
Um sacerdote era para ele sagrado. “Se nas suas marchas pelas estradas
encontra um padre, desce da montaria, ajoelha-se no caminho, beija-lhe o que lhe
é estendida, e oferece ao sacerdote a sua ajuda e dos seus homens” escreveu o
jornalista.
Diz-nos Vitor, "um terror místico deles se apodera, reforçando o respeito que
nutrem por seu chefe".
Distanciando-se progres-
sivamente das virtudes e valores
do banditismo de honra, Lampião
passou a roubar tanto ricos
quanto pobres.
defensor da honra do grupo ao qual estava filiado, defendendo de corpo e alma uma
forma de justiça com o mais puro respeito pela tradição de sua região que o compeliu
a lavar o sangue com sangue.”
Forças Volantes
Convocação de Lampião
Foi chamado João Ferreira, que admitiu que seu irmão estava
pelas zonas do Pajeú ou do Navio. Lembrou-se, então, o padre de
escrever uma carta ao Coronel Né Pereira, da Carnaúba, em Vila
Bela, E, diante da recusa de João Ferreira em servir de portador,
foi incumbido o tenente Francisco das Chagas Azevedo,
comandante da 3ª. Companhia do Batalhão Patriótico. Então, esse
é outro argumento sobre a validade da patente. Um oficial,
tenente de patente, comandante de Companhia, foi usado e aceitou
de bom grado, levar o convite para Lampião.
A caminho de Juazeiro
“Ao parar a tropa quase que real, defronte da casa do Tenente Barroso. Desceram
dos cavalos e formando um semicírculo e segurando suas montarias, onde após os
cumprimentos, cordiais e de estilo, o “Tenente Barroso passou em revista a tropa
lampiônica. Um a um, foram, minuciosa e demoradamente, apresentados por
Lampião, os seus guerrilheiros e explicada a origem de seus nomes de guerra: —
Antônio Ferreira (seu irmão), Sabino (lugar-tenente), Seu Chico, Maçarico, Aragão,
Jurema, Nevoeiro, Pinica-Pau, Tenente, Mormaço, Cobra Verde, Andorinha, Moita-
Brava, Açucena, Cuscuz, Luís Pedro, Moreno, Três Pancadas, Três Cocos,
Chumbinho, Pensamento, Juriti, Meia Noite, Criança, Cancão, Coqueiro, Sabiá, Chá
Preto, Barra Nova, Bentevi, Lasca Bomba, Azulão, Gato Bravo, Beija Flor, Bom
Devera, Pai Velho, Maquinista (literato e secretário), Cravo Roxo, Jararaca,
Candeeiro e seu irmão Vareda, Serra do Mar, Lua Branca e seu irmão Vinte e Dois,
Colchete, Delicadeza, Fogueira, Arvoredo e Cajueiro.”
— "Olê Mulé Rendêra , ô, mulé rendá, Chorô pru mim num fica
Saluçô vai no borná"
“Inda que a vibração dos acordes desta canção guerreira contagiasse os militares,
contagiou mais ainda todo o povo. De súbito, entusiasmados, todos imitavam os
alegres visitantes...
As horas foram inesquecíveis para aquele povo, de alegria e festa, as que Lampião
veio trazer àquele pedaço de sertão perdido no Cariri! Durante as despedidas,
entregou Lampião ao Tenente Veríssimo um bonito revólver niquelado "Chimite"
("Smith and Wess"), para ser oferecido, como presente, a seu amigo ausente -
Capitão Honorato dos Santos Carneiro, da polícia do Ceará.
O Sonho de um Sonhador
entrava no seu sonho. Queria criar seu gadinho e ter sua roça
de algodão e macaxeira. Talvez até mesmo em seus sonhos
proféticos, tenha visto no futuro, sua Maria Bonita, esperando
por ele, para criarem em paz os seus filhos.
Nele tem os jornais onde com cliques em cima das fotos, podem
ser lidos.
Elise – Na leitura dos jornais do litoral do Nordeste, assim como os do sul do País,
fica evidente que a fotografia teve um papel considerável na demonstração de poder
de cada um dos campos. Algumas fotografias representam as autoridades
governamentais e policiais dos diferentes estados do Nordeste em reuniões
estratégicas, conferências de imprensa ou jantares oficiais organizados nas
diferentes capitais do Nordeste. A repressão do cangaço já não é mais unicamente
um problema das volantes em ação no sertão. Essas imagens registradas na
imprensa reforçam a ideia de uma participação ativa das personalidades políticas
das grandes cidades do litoral na elaboração de planos de combate contra o
cangaço. Visam contrabalançar a infinidade de artigos criticando o pouco
envolvimento dos políticos das grandes cidades do litoral frente ao drama que sofria
o sertão. Paralelamente às imagens de reuniões oficiais, aparecem nos jornais, a
partir de 1935, fotografias que mostram oficiais ou soldados das forças volantes em
campanha contra o cangaço no sertão. Os oficiais e soldados das volantes –
particularmente os da força de Nazaré, inimigos irredutíveis de Lampião – são quase
sempre retratados em uniforme de campanha. Seu traje, embora não seja ricamente
enfeitado, assemelha-se, em diversos aspectos, ao dos cangaceiros, permitindo
identificar a região de onde provêm os personagens e os códigos de identificação
das roupas dos combatentes. Esse tipo de fotografia foi privilegiado na imprensa da
época até a morte de Lampião, por reposicionar a relação de forças entre Lampião
e seus adversários em um contexto regional claramente determinado.
OP – Nessa disputa, o que representa a famosa foto das cabeças decapitadas em
Angicos?
Elise – Foi nessa ocasião que a encenação e a iconografia macabra do cangaço
teve seu auge. Em uma espécie de resposta à alegação de poder e invulnerabilidade
do célebre cangaceiro, decapitaram-no e exibiram sua cabeça e a de seus
companheiros como troféus, a fim de mostrar aos olhos do mundo que esse corpo
fechado, impermeável às balas e às facas, podia ser fragmentado. Essa fotografia,
exibindo numa encenação elaborada, cadáveres profanados e mutilados, coloca o
público diante de uma violência que desperta a sensação de ausência de limites.
Tudo parece ser permitido, em uma espécie de derrapagem descontrolada. A
imagem aqui é destituída de seu poder de sacralização do sujeito, e não passa de
um objeto difamador, que sugere exclusão, uma despossessão post-mortem.
OP – Quais as interpretações que podemos fazer a partir dessa “encenação
elaborada” a qual você se referiu?
Elise – A fotografia das 11 cabeças cortadas revela uma composição bastante
elaborada. As cabeças dos 11 cangaceiros mortos em Angicos pela volante de João
Bezerra foram dispostas sobre um lençol branco, estendido sobre os degraus da
RAUL MENELEU MASCARENHAS 91
92 L A M P I Ã O: N O R D E S T E, C O R O N É I S, C A P A N G A S E J A G U N Ç O S
cabrito. Nas caminhadas era lento, cauto, destro. Ósseas articulações, cartilagens,
glenas encouradas, tanto se assemelhava a um novilho arisco e curtido como a uma
serpente faminta, enrodilhada na pedra. Quem o visse gelava. Mais ainda, depois
da morte do irmão Antônio, quando abandonou os cabelos ao crescimento e as
unhas se lhe tornaram garras recurvas, aduncando-se, como bicos numerosos, de
aves esfaimadas.
As mãos impressionavam, dirá, mais tarde, um cronista, que ouvia dos raros que
testemunharam a sua presença, passando-lhe rente à sombra, esguia e triste. Como
ele, eram, também elas escuras, espessas, profundas, da escuridão da pedra dos
fundos das cacimbas enlodadas. [..]
Era isto sim, da cor da dureza do bronze. Semeara-o a mão de Deus nesses campos
de abandono e tristeza. Tristeza incomensurável, vazia. Semente da noite, a
germinar, no fundo da terra, e rebentando ante um sol imenso e luminoso quando o
dia se fez. Garrancho que se levanta em forma de tíbia, fêmur, macérrimo osso, nos
cerrados amplíssimos.
Era um osso, bem o sabemos”
Para os mais simplistas sei que é difícil não aceitar fatos como
verdades e realidade. São os que acreditam nos reflexos imediatos
de uma suposta verdade a partir de episódios noticiados, além de
imagens veiculadas, as tais imagens que valem enganosamente por
mil palavras. Como se os fatos refletissem de forma clara e
inequívoca o real em todos os seus contornos, a exemplo dos nossos
espelhos em casa.
O Caso Wallace
Lampião fez o que foi possivel para salvar o amigo. Ele próprio
encarregou-se do tratamento, lavando diariamente os ferimentos
com diversos tipos de infusão. Se for relatar erros nos livros de
Leonardo Mota, encontraremos muitos, pois suas reportagens
Vamos aos meus argumentos, que os repito aqui, mas que estão em
meu ebook “Lampião na Jaramataia e Borda da Mata - A Foto
Comprometedora” que os amigos poderão encontrar nos Arquivos
do Grupo de Facebook “Ebook Cangaço e Nordeste”
(https://www.facebook.com/groups/443128926284815/)
Não tenho nenhuma base pra dizer que data. O que sei, é que em
seu discurso, na posse, ele fala de uma doença e que o povo de
Foi quando falou ao repórter que a fotografia tinha sido feita por
ele.
- "Esta fotografia foi feita por mim. Achava-me, em 1929, numa fazenda sergipana,
em tratamento de saúde, quando Lampião chegou à casa-grande. Estava cansado
e vinha sendo perseguido pela polícia pernambucana. À tarde pedí para Lampião
posar para minha Kodak. O pedido foi atendido sem objeção de espécie alguma.
Lampião estava mal-humorado e apresentava roupas bastantes sujas."
Foi e 1 de março de 1929 por volta das 17h que ele entra na cidade
de Carira, na época distrito de Frei Paulo.
Foi uma visita pacífica. Segundo Alcino, Lampião não sabia que
naquele dia estava se apossando de Sergipe.
Vamos então analisar a foto que Lampião está com Volta Seca.
Mais um detalhe que podemos ter idéia do tempo em que a foto foi
feita por Eronides, onde Volta Seca aparece nela, é o comentário
do escritor Archimedes Marques, feito em conversa comigo,
quando disse:
"... acontece que Volta Seca foi preso um dia depois do fogo da Maranduba, 09 de
janeiro de 1932 ou seja, como ele poderia estar numa foto tirada por Eronides depois
que ele já era capitão, depois de 1933?" (CIC)
Então com esse comentário, podemos supor que a foto não se deu
depois que Eronides foi promovido a Capitão.
Eram
do Tenente, pois não
existe perneiras especiais
para patentes, como podemos
ver nessa imagem do Exército
Brasileiro, onde a Guarda de
Honra e a Banda de Música
por ocasião da Aula Inaugural
Guarda de Honra e Banda de Música
do Curso de Formação de
Sargentos/2014 usaram réplica do uniforme histórico usado pela
Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a 2ª Guerra
Mundial.
Ele jamais iria afirmar que essa foto ele tirara no espaço tempo
da revolução. Se o fizesse iria ficar muito exposto.
Escreve que Corisco fazia parte do bando. Corisco não fazia parte
do bando da foto questionada, pois esses foram os cangaceiros
Lampião, Moderno, Zé Baiano, Arvoredo, Ezequiel, Calais,
Revoltoso, Mourão e o menino Volta Seca.
Os outros, vendo que Lampião estava com uma perna presa sob o
cavalo, rodearam pelo mato a fim de matá-lo. Percebendo a
manobra, Juriti mandou que Moitinha ficasse atirando para lhe dar
cobertura e foi correndo socorrer Lampião. Moitinha, atirando de
ponto, feriu gravemente dois soldados, pondo os três para correr.
Juriti chegou sem perigo aonde Lampião se encontrava, pegou o
burro pelo pescoço e virou-o para o outro lado.
Como Lampião não podia correr, pois a perna estava ferida, Juriti
saiu arrastando-o... O lugar é conhecido como Grota do Caldeirão.
"... Apenas quatro meses depois do grande assalto à Água Branca o olho de lince de Virgulino
mirou a riqueza de Luís Gonzaga Lopes Gomes Ferraz, residente em São José do Belmonte.
Esse senhor gozava do apreço e admiração das pessoas da terra por sua capacidade de
trabalho e probidade. Igual à imensa maioria dos sertanejos, teve um difícil começo na vida;
foi almocreve e iniciou suas atividades comerciais junto a seu pai, Cândido, e ao seu irmão,
João, ainda na vila de São Francisco.
Quando ali não foi mais possível permanecer, os comerciantes partiram e entre eles estavam
Gonzaga e Francisco Pita, mais conhecido por Chico Pita. Este, transformar-se-ia em industrial
no agreste pernambucano, mas Gonzaga não foi tão longe, ficando ali mesmo no sertão, em
São José do Belmonte, onde seria atingido pela violência na segunda quinzena de outubro de
1922.
Ampliando suas atividades comerciais, Gonzaga conseguiu reunir bens consideráveis depois
de longos anos de extenuante trabalho, movido pelo desejo de assegurar o futuro de sua
família. Além de comerciante, era também fazendeiro, industrial, proprietário de uma usina de
beneficiamento de algodão e de armazéns. Efetuava transações com couro de caprinos e com
algodão, prestava assistência aos agricultores da região através de pequenos financiamentos
e não se recusava a auxiliar parentes e amigos. Foi ele que ofereceu uma boa quantia como
ajuda financeira para a construção da igrejinha de Nazaré.
Gonzaga há muito tempo vinha atendendo às exigências dos cangaceiros, fornecendo-lhes
dinheiro, tecidos e objetos, para ser deixado em paz, até que sobreveio o incidente que o levou
a cair no desagrado dos bandoleiros. Estava ausente de casa quando chegou um mensageiro
com uma relação de pedidos a serem atendidos; sua esposa, indignada, negou-se a atender
às exageradas solicitações, com um comentário final que o irritou: "Que fossem trabalhar como
meu marido sempre o fizera.
Antes mesmo desse episódio, ainda em maio daquele fatídico ano de 1922, parte
do grupo de Sebastião Pereira, incluído Lampião, interceptou na estrada um
comboio de tecidos para Gonzaga, proveniente de Arcoverde; a mercadoria foi
arrebatada e fartamente distribuída entre os componentes do bando e moradores
das proximidades a fim de silencia-los enquanto outra parte foi queimada. O
comerciante sofreu com isso enormes prejuízos; depois disso, temendo outros
* A segunda versão:
Lampião procurou Ioiô Maroto e disse ao que vinha. Maroto ponderou que não queria
vingança, entregava tudo a Deus. Lampião insistiu: — Eu prumiti a Sinhô Perera que
risurvia esse negoço, e vou risorvê. Vá tirá essa barba e corta esse cabelo, seu
Maroto! Quero qui o sinhô vá cumigo, pra vê a coisa! Vão se arrependê do dia qui
pensaro qui o sinhô nun era home!
O coronel Luís Gonzaga, também conhecido como Major Gonzaga, além de
fazendeiro era também comerciante, dono do maior armazém da cidade, vizinho da
sua residência, na praça da igreja. Lampião entrou em Belmonte com uns 70
cangaceiros na madrugada de 20 de outubro de 1922. Levava em sua companhia o
jovem Tiburtino Inácio de Sousa, vulgo Gavião, filho de Zé Inácio do Barro, amigo
de todas as horas de Sinhô Pereira. Chovia muito. Gonzaga e os vizinhos acordaram
com uns estrondos, que a princípio pensaram ser trovões — eram os cangaceiros
derrubando o portão do muro e em seguida a porta da cozinha a golpes de machado.
Um vizinho foi correndo avisar ao sargento José Alencar de Carvalho Pires,
conhecido como Sinhozinho Alencar, tido como sujeito valente, dotado de uma
pontaria invejável. Embora na cidade só houvesse 7 soldados, alguns moradores se
juntaram à polícia e logo começaram a atirar dos telhados e janelas das casas
próximas. Os primeiros a entrar na casa foram Livino e Cajueiro. Na sala de jantar,
toparam com dona Martina, mulher de Luís Gonzaga. — Cadê o Majó Gonzaga? —
perguntou Livino. — Tá aí... — respondeu a mulher, assustada. Os cangaceiros
espalharam-se pela casa, vasculhando cada cômodo — casarão enorme, com um
corredor central, quartos de um lado e do outro.
Livino entrou no quarto do casal, olhou atrás da porta, debaixo da cama, escancarou
os armários. Nada do homem. Ao ouvir um ruído no sótão, Livino subiu a escada,
forçou a porta e meteu a cabeça para espiar lá dentro. Mas o sótão era muito escuro.
Gonzaga, de pijama, com uma pistola Browning na mão, recuou para o fundo do
compartimento. Por azar, uma tábua do assoalho arrebentou e ele estatelou-se no
chão, na sala da frente. Com uma perna quebrada, ele entrou num quarto e tentou
saltar a janela, mas foi agarrado e arrastado de volta à sala.
Ioiô Maroto aproximou-se manejando o rifle cruzeta. Gonzaga arregalou os olhos,
levantou os braços, as mãos espalmadas e trementes, suplicando clemência. Ioiô
deu-lhe três tiros — dois no coração e um no meio da testa. Lampião abaixou-se,
tirou a aliança do coronel e enfiou nela o próprio dedo médio. Contemplou a valiosa
joia e calculou: — Esta vale pelo meno um conto de réis... Jogou em cima do corpo
roupas e lençóis, e tocou fogo. Dona Martina despejou um balde de água sobre o
corpo, debelando as chamas, de modo que o morto ficou apenas chamuscado.
"Lampião... Uns dois meses depois, matou, de novo, por vingança, desta vez em
Pernambuco. Foi um dos crimes mais famosos do princípio de carreira, pois a vítima
foi um chefe político muito conhecido, Coronel Luís Gonzaga de Souza Ferraz. (A
narração da morte de Gonzaga se baseia principalmente numa entrevista com João
Primo de Carvalho, Belmonte, 30 de julho de 1975. O Diário de Pernambuco deu
uma pequena nota, no dia 21 de outubro de 1922. Ver também Wilson: Vila Bella P
338-340. )
Gonzaga, que morava na cidade Belmonte, em Pernambuco, perto da fronteira com
Ceará, não era inimigo pessoal de Lampião, mas este ajudou a matá-lo, por causa
do amigo, Ioiô Maroto.
Maroto era parente de Sebastião Pereira, que um dos companheiros de Lampião no
cangaço, enquanto que Gonzaga pertencia à família dos Carvalho, inimigos
tradicionais de Pereira. Durante anos, Gonzaga viveu armando intrigas contra os
Pereira, também morou em São Francisco, a cidade natal de Sebastião Pereira. Mas
o que realmente provocou o assassinato, foram os maus tratos que Maroto sofreu
nas mãos de uma força da polícia do Ceará, que tinha vindo para Pernambuco, para
caça aos bandidos. Em Belmonte, o comandante fez amizade com Gonzaga. No
caminho de volta ao Ceará, os soldados passaram por São Cristóvão, a fazenda de
Maroto e o maltrataram, bem como à sua família. Além de saquear a casa e
dependências, eles insultaram Maroto e fizeram propostas obscenas às mulheres
da família. Maroto pôs a responsabilidade da afronta a Gonzaga."
Quando essas rixas foram parar na Justiça o outro lado foi mais
contemplado por questões de parentescos com as autoridades e
como eram mais bem situados financeiramente, foram
contemplados com as decisões. Conto mais abaixo em comentários
de dois livros.
Os atores
A primeira briga
A política no meio
— "Grélha é a mãe!"
d) 1917.
Fundação de Nazaré
n imagem voltou e em seu lugar foi comprada a de Nossa Senhora da Saúde, que
lá está.
* Antônio chegou todo melado de sangue na fazenda Serra Vermelha. Seu "tio"
Ferreira Catendo, inteirado do ocorrido, mandou imediatamente chamar Antônio
Matilde, na Mutuca. Este desinfetou a ferida com álcool e ácido fênico; com uma
navalha flambada cortou a ferida em cruz: queimou um sacatrapo (rosca da vareta
de espingarda) e com ele retirou a bala. Para sarar: fez uma papa 'de azeite doce
com a baba (selva) do cipó de cobra ou tripa de galinha; melou essa mistura em uns
fiapos do linho; xiringou (seringou) água fenicada no orifício; introduziu no furo os
fiapos melados até o fim, deixando-os aí; diariamente a mesma operação; limpa a
ferida vai ela sarando de dentro para fora até fechar sem necessidade de pontos.
E a sorte caprichosa
Depois que você ler o artigo do link acima, veja se não concorda
comigo, pois finalizando, digo aos leitores deste apanhado de
palavras em dois livros, sendo que os floreios entre ela são minhas.
Lampião e seus irmãos, juntamente com seus familiares, foram
vítimas sim. Se tivesse havido justiça não teria havido Lampião.
Claro que Lampião não foi bom para o sertão nordestino. Tornou-
se desalmado pelas perseguições sofridas e teria sido talvez um
cidadão íntegro, um padre, um oficial do exército, um bispo,
prefeito ou até mesmo governador. Um poeta, um artista, sei lá!
Voce não tem medo de andar assim com tão pouca gente?
Perguntou-lhe Gérson.
- Quando viu que não havia mais jeito de cura, matou outro Sabiá,
o cabra que tinha sido baleado no combate de Mata Grande, e que
vinha sendo conduzido numa rede, por léguas e mais léguas, por
vários dias na direção do Navio.
O Santo Lampião
Era um home bem querido
Ele era protegido
Do Padre Cirço Romão
Lampião é inteligente
Que o povo bem já se vê
o Santo adivinhou
Até o dia de morrê."
Trate de casar sua filha com outro. E não toque em Zé Júlilo, que
não deve nada à honra dela.
WILLIAM FRANÇA
DO ENVIADO ESPECIAL
"Não dá mais"
"Ele disse que queria ir para Minas, mas que ninguém era
obrigado a ir junto", disse Candeeiro.
"Cabra mentiroso"
"Pela história, sabia que eram eles. Mas foi o soldado Santo quem
confirmou", afirmou Panta. "Ele disse para eu não esbagaçar a
cabeça daquele homem, porque ele era Lampião".
WILLIAM FRANÇA
DO ENVIADO ESPECIAL
Há vários fatos curiosos envolvendo a história da suposta morte
de Lampião. Um deles é que sua cabeça ficou 30 anos, seis meses
e nove dias insepulta, aguardando pronunciamento da Justiça.
Só foi enterrada em fevereiro de 1969, no cemitério Quinta dos
Lázaros, em Salvador, depois que a Presidência da República
(governo Costa e Silva) o indultou.
Durante todo esse tempo, foi exibida para estudantes e
curiosos. E só foi submetida a um exame necrológico quatro dias
depois do degolamento em Angico.
O autor da única autópsia feita na cabeça, José Lages Filho, do
IML de Maceió, registrou que o estado em que a recebeu - em
decomposição, quatro dias após ser decepada, e com um tiro que
atravessou o crânio- impediu que ele fizesse "um estudo
acurado".
Por isso, ele só sugeriu no laudo que ela pertencesse a Lampião.
Lages Filho escreveu: "Em resumo, embora presentes alguns
estigmas físicos na cabeça de Lampião (...), faltam deformações
e outros sinais aos quais tanta importância emprestava
caracterização do criminoso nato". A Fundação Joaquim Nabuco
tem cópia do laudo.
Mas o fato mais estranho, que assustou até familiares de
Lampião, foi o irmão do cangaceiro, Ezequiel, ter reaparecido
vivo em 1984 na cidade de Juazeiro (CE).
A história registrava que ele, que também era cangaceiro, havia
sido morto em 1926, numa emboscada.
Ezequiel usava o nome de Francisco e só revelou sua identidade
ao buscar em Serra Talhada (PE) documentos para aposentar-se.
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
Versão impressa ISSN 0004-282X Versão on-
line ISSN 1678-4227
HISTORICAL NOTE
1
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de
Medicina, Departamento de Neurologia, Rio de Janeiro RJ,
Brasil
2
Sinapse Neurologia e Reabilitação, Rio de Janeiro RJ,
Brasil
3
Promotor do Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro RJ, Brasil
ABSTRATO
RESUMO
Na capitá do Estado
Sua cabeça se vê
Para o governo conhecê
Sua terrive feição
E dizê: este é o dragão
Forte, cru e valente.
Contudo mandei minha gente
E apagado o Lampião ”.
Manuel Neném
MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
Menções Honrosas
Raul Meneleu recebe o Diploma “Amigo do Cariri Cangaço” de João de Sousa Lima
Maio 2016
Dentro da solenidade de abertura do Cariri Cangaço Piranhas 2016; fui eleito para o Conselho
Consultivo Alcino Alves Costa, por votação direta pelos membros do colegiado formado por
personalidades do universo do estudo e pesquisa da temática cangaço e correlatas. Na ocasião
recebi diploma de Conselheiro das mãos de Juliana Pereira em 28 de Julho de 2016.
Bibliografia