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Quando chegamos Charlie já estava na porta nos esperando, enquanto eu e mamãe saiamos
do carro o ele vinha na direção de mamãe e a abraçou, essa não é uma típica reação dele,
alguma coisa estava acontecendo. Meu avô me abraçou e isso fez minhas bochechas
ficarem vermelhas. Ele me guiou até a casa, mamãe já estava lá dentro é claro.
Minutos depois de nossa chegada, ele estava deitado em um dos sofás e eu em outro, e
minha mãe deitada no chão, eu tinha certeza que ela não se importava. Ela foi até a cozinha
e voltou com dois potes cheios de pipoca, enquanto eu e meu avô gritávamos com os
jogadores como se nossas vidas dependessem de um touchdown. O jogo terminou antes do
que eu imaginava, então olhei para Charlie e vi em seus olhos a tristeza, eu não queria ir
embora e deixá-lo só. Eu e meu avô tínhamos uma ligação maior que o normal, é como se
eu fosse o filho homem que ele não teve, às vezes nós íamos pescar, e ele tentava, em vão,
me ensinar como consertar carros e isso nos ligou muito e também tinha podia vê-lo muita
freqüência.
- Nós temos que ir pai, Nessie tem tarefas a fazer. - falou mamãe.
- Alice, está fazendo um novo vestido - eu disse tentando animá-lo, quando eu falava de
minha tia Alice parecia que os olhos dele brilhavam.
- Eu sei querida, que vocês são ocupadas, mas não demorem tanto para me visitar
novamente - ele disse me olhando.
- Tudo bem vovô vamos voltar.
Saímos da casa e entramos no carro, e no caminho pra casa minha mãe parecia preocupada
e enfim ele disse o que estava preocupando.
- Nessie! Você não devia dar esperança a Charlie. - ela disse cada palavra calmamente,
talvez com medo de me ofender. Sabe que é perigoso para ele.
- Sinto falta dele também, quase não o vejo , não é justo com ele ... E nem comigo- minha
voz tremeu no final da frase deixando toda a dor que eu sentia em deixá-lo só transparecer.
Minha mãe me abraçou com apenas um dos braços e beijou a minha testa.
-Também sinto falta dele.- disse ela com um suspiro de pesar.
Ela ainda estava estacionado o carro e Tio Emmet vinha em nossa direção , foi só o carro
parar que ele abriu a porta e me puxou pela cintura para fora do carro e me abraçou.
-Dessa vez eu vou ganhar - disse ao meu ouvido. - Só não vai chorar - e soltou uma
gargalhada.
- Quem chorou foi você e olha que eu tinha só sete anos de idade.- eu disse ao pé do ouvido
dele.
-Eu acho que vocês dois tem idade mental de três nos - disse sarcasticamente minha mãe.
- Ei Bella ! Você e Edward já pararam de discutir dívida nacional? - disse Tio Emmet,
enquanto eu morria de rir.
O tabuleiro de xadrez já estava em cima da mesa de jantar. Eu sentei de um lado da mesa e
Tio Emmet a minha frente, é claro que como um bom cavaleiro ele deixou que eu
começasse o jogo.Em menos de meia hora tio Emmet tinha somente cinco peças e em mais
um minuto eu declarava xeque mate.
- Eu ganhei, eu ganhei. - comecei a gritar, antes que Tio Emmet me fizesse cócegas que só
terminariam se eu gritasse que ele tinha ganhado.
Tio Emmet abriu o sorriso mais divertido do mundo e se preparou para pular por cima da
mesa. Eu entrei em pânico e na tentativa de escapar dele, eu cai da cadeira e bati o cotovelo
na mesa de vidro que se espatifou em mil pedaços , pedaços que caíram em cima de mim .
No segundo seguinte eu vi Tio Emmet do meu lado me puxando para seus braços e me
levando em direção à cozinha. Ele me colocou em cima da mesa, enquanto vô Carlisle
entrava na cozinha e era seguido pelos meus pais.
- O que você fez? - perguntou minha mãe para Tio Emmet.
- Nada, não foi culpa dele. - respondeu meu pai, enquanto colocava sua mão sobre o ombro
de minha mãe.
Eu sentia meu braço inteiro doer e meu avô passa um algodão com algum tipo de remédio
em minha testa logo cima da mina sobrancelha. Vi quando minha mãe tampou a boca –
ainda era difícil para ela sentir cheiro de sangue humano - com as mãos então meu tio
Emmet a puxou pelo braço levando a para fora da casa.
- Pronto querida, mas da próxima vez tome mais cuidado. - disse vô Carlisle enquanto
andava em direção a pia e depois colocava fogo nos algodões cheios de sangue.
Meu pai veio em minha direção e me pegou em seu colo, como se eu tivesse dois anos de
idade, isso me irritou.
-Eu cortei a testa e não perdi as pernas eu ainda posso andar, sabia?! - disse com a voz
falhando de irritação. Então ele sorriu pra mim.
- Você bateu a cabeça, vai ficar tonta e cair novamente. - disse enquanto caminhávamos pra
fora de casa e íamos a direção à floresta onde ficava nossa casa. Em pouco tempo minha
mãe estava correndo ao lado do meu pai. Nós chegamos rápido na casa, meu pai me levou
direto para o meu quarto e me colocou deitada na cama enquanto a minha mãe aparecia
com uma bolsa de gelo e dois comprimidos para dor. Foi quando a porta da sala foi aberta,
eu diria arrancada pelo barulho que foi feito. Jacob entrou no meu quarto com o rosto
transtornado.
- Está tudo bem meu amor. - eu disse calmamente - Foi só um corte - ele olhou para o
curativo na minha testa e para os arranhões em minhas bochechas.
Meus pais saíram e nos deixaram. Então ele se sentou ao meu lado passou o braço pela
minha cintura fazendo com que nossos corpos se tocassem isso foi o bastante para uma
corrente elétrica passasse pelo meu corpo e fizesse meu braço doer mais.
Jacob passou a mão pela minha testa para tirar alguns fios de cabelo que estavam me
atrapalhando a visão. Eu encostei minha cabeça em seu peito e fiquei ouvindo o ritmo de
seu coração até dormir.
A CAMA E O COMBATE
No dia seguinte a toda aquela confusão, causada pela minha falta de equilíbrio, eu já estava
melhor, pelo menos a dor na minha cabeça tinha passado, mas o meu braço ainda doía
quando eu fazia movimentos bruscos.
Eu e Jacob estávamos sentados no sofá, bom como de costume nós estávamos afastados, eu
não queria causar mais confusão. Eu sentia a necessidade de ter Jack por perto, então tomei
coragem para pedir ao meu pai o que com certeza ele já havia escutado nos meus
pensamentos.
' Pai! Jacob pode passar a noite aqui?' - perguntei mentalmente - ' Prefiro quando ele está
aqui, não fico tão ansiosa ' - expliquei mentalmente.
- Acho melhor não, o pai de Jacob pode precisar dele - respondeu papai me lançando um
olhar de censura, ao mesmo tempo em que eu implorava mentalmente - Está bem, ele fica,
mas dorme na sala!
Papai e mamãe não dormiam, mas eu como meia vampira e Jacob como garoto lobo
tínhamos essa necessidade. Eu me certifiquei que tudo estivesse perfeitamente confortável
para Jack na sala; meu pai estava inquieto na cozinha enquanto via o quão cuidadosa era
com ele. Depois de ajeitar o travesseiro fiz Jacob deitar, eu o cobri e passei a mão em seus
lindos cabelos pretos, escorregando minhas mãos para seu rosto.
- Eu te amo – ele disse enquanto me olhava com seus olhos negros
- Eu também – respondi tocando-lhe levemente nos lábios
- Renesme, por favor - meu pai falou impaciente da cozinha. Ele raramente falava meu
nome inteiro, isso significava que tinha que ir dormi. Jacob fez minha careta preferida, isso
me fez sentir melhor.
- Acho que você precisa ir dormi - ele disse brincalhão
- É eu também - falei sorrindo – Boa noite meu Jacob
Ele beijou minha testa e eu senti uma corrente elétrica pelo meu corpo, isso já estava
virando rotina. Eu me levantei dei boa noite para meus pais e fui para meu quarto tentar
dormi.
‘Eu estava no escuro e não podia sentir meu corpo, de repente grandes pares de olhos
vermelhos vivos me encaram e neles havia fúria eu senti medo e tentei correr. Inútil.
Minhas pernas não se moviam. Era meu fim os olhos se aproximaram mais e logo eu podia
ver a dona deles. Uma mulher linda, com pele marmórea e reluzente seus cabelos ruivos e
compridos contrastavam com seus olhos, ela estava em posição felina e deu o bote...Eu
gritei’
Quase cai da cama com o susto, em segundos meu pai estava ao meu lado, ele me pegou
pela cintura e levantou em seu colo e logo nós estávamos correndo e minha mãe estava ao
nosso lado.
- Pai – perguntei confusa. Acho que foi só um sonho, isso é realmente necessário?
- Nessie querida, você precisa me escutar, o que você acha que foi um sonho foi uma ilusão
criada e colocada em sua mente.
- Como? Quem? – eu estava assustada
- Victória. – mamãe respondeu num som quase inaudível.
- Ela é uma nômade. E ela é diferente de nossa família, sua dieta é à base de sangue
humano. Ela estava apenas viajando, mas ela sentiu seu cheiro e ficou curiosa e quando
percebeu o que você era, desejou mas do que tudo ter seu sangue e por isso criou aquela
ilusão para te amedrontar. Agora ela está atrás de nós.
- O que ela tem esse dom, mas – uma dor bateu como um chute no meu estomago - Jacob!
Eu gritei.
- Ele esta bem querida já está na casa de meus pais, nossa única preocupação é você e...
Antes que meu pai terminasse de falar ele parou abruptamente e me colocou no chão atrás
dele, ele ficou em posição de ataque e soltou um rugido, minha mãe estava ao meu lado e
quando eu olhei para frente três vampiros estavam lá e um deles eu podia reconhecer ela
era...Victoria me lembrei.
Os três me encaravam com olhos famintos e logo atacaram. Meu pai me empurrou para trás
E atacou os dois homens, minha mãe tentou deter Victoria mas ela lhe lançou um olhar que
a paralisou na hora, mamãe parecia perdida em outra dimensão. A vampira ruiva passou
facilmente por minha mãe e logo estava eu meu lado, eu pude ver o olhar de fúria do meu
pai ao perceber que não conseguiria chegar a tempo. Eu tentei me afastar. Tarde de mais.
Ela já havia grudado suas mãos em meu pescoço e me atirado numa árvore, que se partiu
com o impacto. Eu a vi chegando perto, mas um vulto foi mais rápido, algo grande e peludo
pegou Victoria pelo os braços a girou com violência para um monte de pedras. Ela bateu
com violência logo o grande lobo castanho avermelhado estava em cima dela e ele
arrancou-lhe seus membros um por um até não sobrar mais nada. Meu pai já havia dado
conta dos outros dois e agora corri em direção a minha mãe que se levantava com
dificuldade. O lobo voltou-se para mim com dor enfiou-se na mata e logo voltou na minha
forma de vida mais amada: Jacob. Ele correu na minha direção apenas com seu shorte
rasgado e me abraçou. E ainda não tinha percebido mas minha testa estava sangrando. Mas
a dor passava por saber que ele estava ali comigo.
- Ah meu amor, me desculpe. Eu devia ter voltado mais rápido. Já pensou se eu chego
muito tarde. Não, não posso nem imaginar. – ele falou culpando-se. Eu não conseguir falar
- Jacob, muito obrigado. Eu lhe devo minha vida. – Meu pai falou num tom de gratidão, ele
estava segurando minha mãe que agora já se sentia melhor.
- Eu sentir o cheiro daquelas sanguessugas muito perto, e percebi que não daria tempo de
avisar sua família por isso eu retornei.
- Ainda bem, muito obrigado Jack – minha mãe respondeu. Eu ainda não tinha falado.
Então três olhares se voltaram pra mim, eu ainda estava abraçada com Jacob e o sangue
escorria pela minha testa. Meu pai acariciou minhas bochechas com rosto culpado
- Nessie me desculpe eu não fui capaz de protegê-la.
- Eu estou bem papai - eu finalmente consegui falar, mas palavras saíram muito confusas.
- Vamos levá-la para Carlisle. – Jacob disse
Jacob me colocou em seus braços e me apertou em seu peito nu e quente. Eu senti os olhos
pesados, mas não queria dormi.
- Durma meu amor eu vou cuidar de você agora.
Eu não conseguir resistir àquela voz e com muito esforço eu encostei meus lábios em sua
clavícula. E adormeci, pois sabia que estava segura nos braços do meu grande, protetor e
eterno amor!
Merielen Carvalho
Meu
namorado é
um
Lobisomem
Para minhas amigas que assim como eu,
são dependentes desse vício chamado
Crepúsculo. Cõ.Õkie, Tamìí-tan,
Babalu.uh e Liddy.