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Caes adoram brincar, corer; saltar, exercitar-se... Ge «mas, se algo nao vai bem, vocé ja pode receitar o melhor para ele: ASbs QUADRISOL'5 Antiinflamatério, antipirético e analgésico Para artrose, traumatismo, luxacdes, torcées, artrite, hérnia de disco, displasia coxo-femural, edemas e inflamacées em geral «+ A base de Vedoprofen, molécula antinflamatria ndoresterbide de iltima geracao. «Excelente folerncia e margem de seguranca. Fe pee em gel palotive de * Apresentagdo exclusiva em seringa dosadora de | 5m. © Dosagem: Iml/10kg em 1 s6 dose didria. Editorial - 5 Cartas - 8 Noticias - 10 - covenura do A e Congreso. da fectopens = Reinauguracao {os laboratorios de clinica e clrurgia do. HOVET da Unespidaboticabal + Inauguragao do Hospital Ve- terinario. da Universidade Metodista s"inaugurado Hospital Vete- tindrlo da. Universidade de Passo Fundo + kardia - Novo centro cirdrgi- ‘co inaugurado em Sao Paulo S“simpésio lams de Nutriggo * Pet memorial {Premio Schering-Plough Posse do CRMV.MG. Indice - Cardiologia - 29 Endocardiose da valva mitral: métodos de Miral valve endocarsiosis: agnostic methods - Reproducao ~ 36 Complexo-hiperplasia cistica endometrial’ plometra em cadelas-~ revisao dliagnéstico - revisao Cystic endometrial hyperplasiajpyometra complex bitches - review Clinica médica - 46 Metabolismo de drogas e terapéutica no gato: revisao Drug metabolism and therapy inthe cat oview - SECOES Entrevista - 20 Wagner Ushikoshi fala sobre convulsées, causas, prognés- ticos e tratamentos Bem estar - 24 Campanha de conscientiza- 40 da populacao e tragao de animais na USP Cirurgia - 26 Video- endoscopia na medicina veteringria Equipa- mentos - 54 ‘Armas anestésicas Ecologia - 60 Curso na Amazénia Marketing - 64 Facilitando as vendas e garantido 0 pagamento Langamentos - 68 Novidades do setor veterinério Negocios e oportunidades - 69 Ofertas de produtos © equipamentos Servigos e especialidades - 72 Prestadores de servigos para clinicos veterinarios Agenda - 74 Programagao de eventos nacionals e internacional ica Veterindria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 Edigdo n.26, maioljunho de 2000 + pagina 30, Figura 9. ‘A image encontra-se_posi- clonada de forma invertida no seu eixo horizontal ConsuLTe TAMBEM: Guia Veterinério ‘Agenda Veterindria ‘itps/furww.edltoraguara.com.br dexada na base de dados CAB ABSTRACTS (Inglaterra) Clinica Veterinary + ConsULTOREs ClENTIFICOS Ari: eae SCIENTIFIC COUNCIL @ Veterinaria of ee RT CICS serssrarmen ort | eam coy | DL aoe eho, | ae resem eg a a Seems | ee ae Lungeing = nen a faccenia ,, | Rid Gtet | perete tle ere ae aes etcotiten ies Partita | cotinine | teat Cavs | tate fern apasieg cacalcnicrin | DESKTOP PUBLISHING Seer | ee meom(tt) aon 5815 Eaitora Guard Lida, mae ‘trtognds —|teteBoemshomr Fe recor catar en aie | | rorourros & piarraui- A | 2a ee PUBLICIDADE / ADVERTISING ZAGAO DE IMAGENS / | fekiticeiei | UNEMUNG Soopaies mendes Fisis-ano scans | jee Sealers Retirsettecoaptconte — Srextramunms. | Jo | Naas am ian pra | pees fee JORNALISTA / JOURNALIST s ieee Nomindemy | mine Britis Castelo Hanssen capa (COVER, ipramerssicns | Fy fe. treo ae tha Sites | a seme cna sect! | ammeant tes Sinem ver | os eae | ReNaeeay | almmmoOr am CONSULTORIA JURIDICA / IMPRESSAO / PRINT re sie de Roche Soil ee SONSULTING ATTORNEY res setts somo, | ache eatin denne come pe ns, ae Se aan | unui OU) shone Bae — seis | ag oe FR ecinc scomarunae = eee [orees ano susscnierion focmitee | eee estos Fonetx Ot) sn64865 orale SE ee | LN eed ec tec a ee Ge shine us . Le aaa EMUERSP Pe 6 uma revista Wenico-cientitica bimestral, dirigida aos clinics | Nii “sii A Vaseunctis RE rcritica ce poquros aincn, cauinies prisones > HeAdensthoms | TE Ase WA Veterinaria wesc vsoicaia, pusoasa pela Eotoca Guar’ Lida, Fras ‘micasmo@untante seen te srcesimmacroneme sce eu swasm | Staak Fe Bee Ceredaioacronoimac niietsemsreneue en te eae pecans : ee Santee atc csc pretties mec. tare | eee en — ee maou Instrucg6es aos autores Attizgs cienificos inédits,revisdes de literatura, relatos de caso e comunicagdes bieves enviados & Redacao sao avaliados pela Equipe taltorial_ Em face do parecer inicial, 0 material € encaminhado aos consultores cientficos. A equipe dectdira sobre a conveniences da fuicagao de fora intesal ou parcial ercarhanco ao ator sugentoes poses covredes ara sla pela aalagie, oi as Ives au nseja env cops do argo ee sus ingen com ienticaeo, enero eleone «eal pata const. Ge ages Ge torlas os caleyorios devem ser acompanhados de versao em lingua inglesa de: thulo,resumo (entre 600 e 600 caacteres|einitermos 18.46), O material enyiado deve necessariamente possui,alem de uma apresentacao impressa, uma copia em disquele de $3". Imagens {pine tabelas,graficos e ilustractes nfo padem ser provenientes de literatura, mesmo que sea indicada a fonte.Inlagens Totesalicas gven possi icagao de one, quan acids pot teas setdo brigatoiamente acorpanhades de ao 29580 pra PURI a F solielado o envio das imagens originals (fotos, slides preferencialmente, ou llusvacbes).As referencias bibliograticas seigo indicadas, 20 longa do texto apenas por numseres, que cortesponderdo 2 listagem 20 final do amigo, evitando citacoes de autores @ datas. A apre= Sentagao das referencias a0 final do artigo deve Seguit as normas atuais da ABNT. ‘© material deve ser enviado para Revista Clinica Veterinaria/Redacao Caixa Postal 66002 CEP05311-970 Sao Paulo - SP Maiores informagées: fone 0 ** (11) 3641-6845, foneyfax 0 * (11) 3835-4555 ‘U por e-mail: evredacao@editoraguara.com.br 4 nica Veterinéria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 RE SB SE CSE CE SE A/EE'E ; | necessidade dos médicos veterinarios em terem representatividade regional tem levado a criagao de novas associagées de classe. Como exemplo, podemos citar a Associacao dos Clinicos Veterinarios da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro (AVETOESTE-R)) ea AVZL-Associacao dos Veterindrios da Zona Leste de Sao Paulo, capital. Ambas j4 iniciaram ativi- dades de atualizagao. A AVETOESTE realizou, dia 7 de maio, importante evento sobre leishmaniose ea AVZL ja promoveu duas palestras: uma sobre marketing e a outra sobre hemograma e hemoterapia. ‘A ctiacdo da AVZL foi muito importante, permitindo que os médicos veterinarios da regido par- ticipem de cursos de atualizacao, 0 que antes era praticamente impossivel, pois a maioria dos cur- sos so atualmente realizados na USP (zona oeste) em hordrios nos quais 0 transito é muito intenso. ‘A criagao de associagdes regionais proveitosa para a integracdo dos médicos veterindrios locais, mas os dirigentes devem se precaver de uma situagao que pode nao ser boa: a pulveriza- Gao do poder politico. Dez associagées com 200 filiados cada uma, tem menos poder politico que uma com 2000 filiados. Menos ainda se tiverem opinides diferentes sobre determinado tema. Porém, se houver integracao entre elas, podem se unir as forgas para o bem comum. Chamamos a atencdo para o tema associagGes porque tem ocorrido situagGes nas quais o traba- lho de uma entidade de classe teria feito a diferenga, como nas crises envolvendo caes com potencial poder agressivo (pit bull, rottweiler, dogo argentino e outros) e os ataques de ledes em Citcos. Todas as informacées que a imprensa de massa divulgou referiam-se apenas & dramatiza- G6es sanguinolentas, sendo que nenhuma divulgava informacées que visassem tranqiiilizar a populacao e prevenissem futuros acidentes. Ao contrario, geraram panico e criaram mais situa- Goes de risco. Em nenhum momento se deu destaque para a declaracdo de um médico veteri- nario, informando sobre como a popula¢ao deveria proceder para evitar acidentes como os que aconteceram. Entretanto, nds podemos e devemos inverter esta situacao, mas para isto precisamos concentrar nosso poder politico, Informar a populacao garantindo sua satide e seguranca é um trabalho que ainda esta comecando. Como exemplo, podemos citar o trabalho que as indtstrias de racdes vém fazendo, nos Ultimos cinco anos, para conscientizar 0s proprietarios sobre os beneficios de uma alimen- tacao balanceada. Apesar dela, a porcentagem de caes que siio alimentados com racao ainda é pequena, mas o mercado nao para de crescer. ‘Ao mesmo tempo, cresce bastante o ntimero de médicos veterinarios, em fungao das varias fa- culdades que vém sendo criadas. O que se tem feito para aumentar 0 numero de pessoas que levam seus animais ao médico veterindrio? Nos EUA, campanhas para exame cardiaco, para avaliacao da cavidade oral (conhecida pelo nome “Pets need dental care, too"), sio exemplos de atitudes que aquecem 0 mercado e aumentam o ntimero de animais assistidos por médicos veterinarios. No Brasil, somente quem faz campanha sao as indtistrias, para aumentar a venda de seus produtos. Estas campanhas acabam aumentando a procura pelo médico veterinario, pois muitas vezes os proprietarios querem mais informacées e desejam que seus animais sejam avaliados. ‘Assim, a parceria com as empresas é uma estratégia saudavel, principalmente enquanto os médi- cos veterinarios no tomarem a iniciativa de manter campanhas educacionais. Uma campanha que muitas empresas jé lancaram foi a da luva plastica para coletar as fezes na calgada. Excelente opor- tunidade para informar sobre o controle de verminoses em animais e em criangas, os riscos das criancas em brincarem na areia dos parques, o porqué de nao se levar caes a praia, controle do verme do coracao... Mas essa jé é outra campanha... Invente a sua. Participe de todas. Arthur de Vasconcelos Paes Barretto Maria Angela Sanches Fessel - z Ninguem é a=) c=) he eee Bt SO o alimento do seu amigo. Tie Mate Cm tela el-n o alimento perfeito para caes e gatos Src Berra ceca porte, oferecido nos pesto hae & EET ge P SEO a ALY) (1) A a es, ff eae ce ee as Seas x cae i pees ark ete j ‘ (aan ; i 4 C ‘aeeeanacae erotic! lum alimento com eee sacs Snir Seca Preusc a Sees Perc Peace ene eee ocr Con fee Roe eco Peace / Eo Orreconeagy es Omega 3, que oes Cee fo Cee ea ie oe com deliciose sabor Cea Serr Sree Oia ees ema r eee CEL) Cour as er PU ee eReoa ounne econ Ere stir) ee eu atn Atendimento Serna Peers) Coon) Pee Pour Peis eros Perens aoa) rere nents Sean! etary Cis feet alimento crocante, Beer iit Se oer at Ceara poe eet Sie peers Pet esas err con Fearne occa eran as ore eenc TE! eos reser Soro Pas once ene Perguntas, di CARTAS Cartas para esta seco devem ser enviadas para Editora Guaré Ltda., Segao de Cartas, Caixa Postal 66002, CEP 05311-970, Sao Paulo - SI das, esclarecimentos, comu dos, orientagdes etc. serdo respondidas conforme a ordem de chegada. Os editores poderio resumir 0 contedido da carta, conforme a necessidade. Manuais técnicos do Instituto Pasteur Prezados senhores: A noticia publicada a pagina 10 da revista Clinica Veterinaria, Ano V, 1.26, maioijunho, 2000, na se¢ao Noticias, sob 0 titulo Instituto Pasteur langou o 4° rnimero de seu manual técnico, tem trazido uma série de constrangimentos & ‘equipe técnica deste Instituto, pols deixa margem para a interpretacao de que os ‘exemplares dos Manvais encontram-se a venda ou estejam sendo amplamente dis- trbuidos. Tata-se de material técnico destinado a profissionais, com perfil definido; da esfera de unidades dos municipios ou das Secre- farias de Estado da Saide, da Agricultura © ‘Abastecimento, do Meio Ambiente, de Sao Paulo, com tiragem limitada, sobretudo pelo custo que apresenta sua editoragéo. Os profssionais de outras areas de ativi- dade e de outros 6rgdos podem ter acesso, consultando-os na Biblioteca do Instituto Pasteur ou de universidades pauiistas. Polo exposto, solic que veiculem a presente informagéo, restringindo even- tuais dissabores com interessados. Neide Yumie Takaoka Diretora Geral pasteur@pasteur-saude.sp.gov.br a Prezada senhora, een Em atengéo a sua Imo PE sofctagaoesanas publcando, na inte vena Qf, Sua carta de 13 de junho de 2000 Lamentamos pro- fundamente 0 fato das importantes informagées cont des nos manuais técnicos do Instituto Pasteur ndo poderem ser compartihadas por ccolegas clnicos veterindrias de pequenos animais, que tém papel fundamental na qua- lidade da saide pablica da populacdo ‘humana e animal brasileira. Por compreendermas o problema do custo dda produgdo gréfica des manuais e por acre- ditasmos que as informagdes neles contdas ‘possam engrandecer 0 trabalho érduo de ‘muitos colegas por todo @ nosso pais, esta- ‘mos oferecendo ao Instituto Pasteur, sem rnenhum custo, a possibldade de divuigar 0 contetido dessas publcagdes através de nos- sa pagina na Intemet, Através dessa iniciatva, estarfamos evi- tando eventuals dissabores com os interes- sados e engrandeceriames a divulgagdo de informacbes.téonico-centficas aos_profis- sionais médlcos veterindrios brasileios que possuem perfil de profissionais da area da sate publica, Atenciosamente, Os eitores da revista Clinica Veterinaria JORNADA PARAENSE DE CLINICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS 17 A 20 DE OUTUBRO DE 2000 _ HOTEL SAGRES - BELEM/PA Cursos de: © odontologia veterindria * principais doengas infecto contagiosas em caes e gatos * clinica e cirurgia de ossos e articulagées Informacées: (91) 249-0444, 249-8664 Realizacao: ANCLIVEPA-PA. Apoio: CRMV-PA/AP_ Revista Clinica Veterinaria NEUMOFLOGIN: porque respirar é preciso. Antibiético broncodilatador e antiinflamatério, em comprimidos para cdes e gatos. Indicagdes: Enfermidades do trato respiratério, agudas ou orénicas (Traqueites, Traqueobronquites, Bronquites, Broncopneumonias, Pneumonias, Asmas) causadas por distintas etiologias (Infecciosas, Alérgicas, Cardiogénicas, etc.). HAPPYVET - Pharma Ltda, Comércio de Produtos Veterinarios, Outuindoo que hd mbps ine, Fone: (11) 240.9114 - Fax: (11) 530.9017 e-mall happyvet@ agroveterinaria.com.br 8 Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 A oce y mais do que mange, sabe o que é melhor para o seu cliente. Premier Pet ¢ 0 primeiro alimento Super Premium produzido no Brasil, formulado pelo Dr. Thomas Willard, uma das maiores autoridades em nutrigao de caes gatos do mundo. Possui formula fixa desenvolvida para carnivores, utilizando somente proteina animal, de frango e de ovo, garantindo alta digestibilidade maior absorgéo dos nutrientes. Rico em fibras de polpa de beterraba, permite um melhor funcionamento do intestino, com fezes mais firmes e de menor volume. Tem excelente palatabilidade, facilitando a adaptacao do animal Tem o equilforio perfeito dos dcidos gravos @ 3 e 6, presentes no dleo de peixe ena & gordura de frango, 0 que diminui a resposta inflamatoria da pele. Seus minerais sa0q alta densidade energetica,resultando em menor consumo do alimento. Um produto com qualidade Super Premium, sem corantes ou aramatizantes. Garanta a satide de seus clientes. Dé Premier Pet para eles. mS 0800 55 66 6 peje ProCarntvres do TBAMA, Servigo de Atendimento i O alimento definitive Foram 4 dlas de intensa ctualzagao clontice © Integracao. A Pfizer trouxe o-dr. Ettinger e uma grande congres novidade, a selamectina Por troure para ocongressoo dr. estudos sobre dela alimentar para ‘ches idosos @ cardopatas, sobre droflria e abordou ainda. distenséo abdominal Falou sobre a valorizacao @ a importincia do veteindro, além de incentvar a conduta ética do prfisso- ral e um melhor rlacionamento com 0 propitirio do animal ‘Ara. Lina 8. de Montgny, do Centro Internacional de Pesquisas. Piizer Satie Animal em Groton, EUA, apcesentou dados sobre a selamectina, uma nova classe terapéutica para animais de companhia, Deservolvida excusivamente para cdes e gales, la tala, previne © contola infstagbes de pulgas,carapatos, sama e anda combate a drfiiao outros parastas internos 2 externas, O produto, que sera langado no Brasil nos préximos meses, além de prevenir a dioflariose,possu efcdcia contra vermes intestinal de cas e gatos. COclyces Barbar, S. Etinger @ Francisco Rocha Neurologia ‘Duca corgesto biparac aseante pata a omagio da Sodeace Brasla do Nevo “eterna © prosno enor deve sootsrat tm seta, no CONBRAVET, em Aguas de | Una se ‘omagios: CAD (1) 2737004, 79-4854 @ | cove orcas ‘A Bayer esteve presente com toda. a. sua enarme pulga,, ponto de encontro Sud equpe com... de vdtios grupos 10 Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 ‘O enorme piblco presente fez deste Gio 880 do S6culo XX urn evento Rist6rico, Especialista francés ministrou Slphen Elinger, cur spresenod—-—-—palestras sobre dermatologia comvite do laboratrio Vitbac, esteve no ‘congresso _ministrando palesras sobre dermato- lagi, 0 dt. Didier Cart Entre os assuntos ator: dados esto: demadiose carina, leishmaniose & ole externa em cdes & Dialer Carlottie gatos. O dr. Carlot é Luca Mifano (Virbac) membro da Academia Americana de Dermatalo ja Veterinaria, undador da Sociedade Européia de Derma- {ologa Veterinaria e cri especiaizado om dermatolgia ra Franga. Possu cerca de 60 pesquisas pubicadas © nu- merosas conforéncias apresentadas, Odontologia No dia 10d jun, duraro © congress, cia cm Sapo, a eller a0 tn esta, a Seledade Basia de Osonoaga Vetrnia” SOBOY As ras atts sta0 buscar intormagées sobre a cacao do esti, ‘ajas discussbes sereo efetuadas via interne, nos proximos meses. Iornagées: com pro. Gioso 11) 3818-7944 ‘eal 20, maggase@usp.br ou como rt. Moa, mmoaci@ui.br 1° Seminario Internacional sobre Zoonoses para Clinicos Veterinarios de Pancas, no Estado do Espiito Santo, na qual estiveram envohidas duas locaidades. Todos os ‘es infectads foram aliminados om uma delas © na outa els permaneceram lvremente. Durante 0 periode de pesquisa, as taxas de soroposividade humana aumeniaram de 15% a 54% na ocalidade “tatada’e de 14% a 54% na localidade contle. (Diet R tal, Cin Init Dis, 1997, 255) 1240-2, specalstas nacionas 9 intemocionois t partciparam do seminenc an ‘A Merial roux para 0 seninii poisons de rename inenacioal. Os tomas apeseriados © seus respects conforencsas fram: conte bem socio ava om amas doméstas (de Miguel Escbar listmanose carina no Bras epidemic, etametaeprevorcto (Georges Feyel Sollee “ma zonose? (José ies de Campos) bre macvosaspecis eclogins epidemics (ct. Marcolo Perera ede miologia de Amblyomma cajannense (dr. Marcelo Labruna); @ doencas transmitidas por pulgas & Catrepaos (br E9Brtscwer) Na apeseniagao do pleco tema eismaniose um cos apoces mai i orares ressaitado fei una pasqusa Dr Fayeteaizada no perodo de um ano, no Vale produzidas em culive cellar. No Brasil elas ainda no so utiizadas, Presenga argentina no congresso Edgar Sommer (cero). da Kooi, com os responsévels da Labyes na Argentina No controle da raiva, sllentou se a instugdo da OMS, desde 1992, através da Série de informs Técnicos 824, slaborado polo ‘comité de especialistas. da OMS sobre rava, para a utiizagéo em ‘campanhas ant-abicas, de vacnas A Intervet. trouxe para ocongresso od. Johany D. Hoskins, aulor de lies sobre pediatia @ geriatia velterindvia. 0 . Hoskins proteriu 0 Simpdsio inieret de Pediat, além da palestra Vacinao do paciente coso. Janeiro passado a LABYES SA obteve a ceatiicagdo de seus provessos de elaboragao sob ‘a normas internacionals de qualidade ISO 2002, consituindo-se assim no Primeiro Laboratrio de Medicina Vetornria da Argentina a receber este reconhecimento para seu sistema de gestéo de qualidade, ‘As nocmas ISO 9002 garantem a qualidade final ‘através de uma melhora continua dos processos produtvos, LABYES SA é representada no Brasil pela Koala. Com. Imp. e Exp. Lida. (11) 8581-1427 ramal 3 ou edgarsommer@stcom br Novidades da linha farmacéutica divulgadas no congresso Enterex, advo adsringonte de toxnas e verenos. Condroton 500 e 1000 contém sultalo de Ccondrotina associago aos precursores dos F loasaminogicanos.€indicado como auxitar no Enterexc 4 tratamento de atecgbes osteoaticulares. dos ‘pecuenos animals. Plo & Derme 750 o 1500 traz em sua féemula Acids graxosinsaturacos (émega 3 e émega 6) associados a vitamina A, vitamina Ee zinc, com uma grande inovagao, incor. de bor Vetnit: a9) 878-2279 ‘Ant-Holmintico Premium, pra cées no conoe das verminoses causadas por nematédeos e vest6deos. Oprimeit Ani helminé code largo espectroPrxgaro,Panalose Pele Fetes) em Cp sues geatinosas paalaves. Megaderm 6:3 BIG, incicado para melhorar as condgbes da p= lee pelagem. Premium Spray Antipulgas,indicado no controle das puigas e carrapatos em _4 ches com dade superior a4 semanas. Po- detambém ser aptcado om canis, gals, as- soalhos, reas acarpetadas¢ cas de per- manéncia dos animals eo Colonia DOG VP, removedor de odores hipoalergénico Indica dona desodorizacao de ces e locas de pet- ‘manéncia dos mesmo. Mundo Animali(1) §511-9976 Gel Antiplaca: 0 produto previne contra a doenga periadontal @ 6 coadu- vante do tratamento pos terior & limpeza dental. ¢ Seu principio alvo & af lorena ‘Vacina Galaxy C°, da Fort Dodge, a ‘nica contra chomose em frets © lobos-quaré, aprovada pelo Mins ‘ério da Agricultura. Ferrets so muito sensiveis & cinomose © no ever ser vacinados com vacinas polvalentes de uso em ces. <=" Hidrodermyl: logo dermo- hidratant, antisseboréia. © restauradora da elasidade do estrato oSrneo para ces © gates, abase de uréia, ProPet (11) 3679-5225 ou <9 — HoppyVet: (11) 240-9114 ‘5554-6385 happyvet@agroveterinaria.com.br Otbiloxaina € uma fuoroquinlona que pode ser enconrada 90 rmecado com o nome comercial de Orban. Seu especto de argo 6 bam amplo,sendo segura e efzaz para oratarento de iniogSes om ces © ‘pals, associadas a bactéas sensies a orbifoxacina, ‘Agumas das vantagens desta nova droga é ser rapidamenle stsorvia,aleangando maxima conceniacio no plasma em menos det hora. Masm quando admiisada por via ral leana rvs lasmaticas malores do que a enoloxacna quando administada por via. intra ‘muscular. Our vantage 6 asva bara igacao s poeinas plasmaticas (otbiforacina - 14%, enoflxacina’- 72%), aumentando sua Dodsponibidade ‘Coopers: 0800181118, Nutrig&o animal teve grandes novidades durante o congresso el, Ns novidades Fish | Mal Alans rngreas ot Feet novo amor para. gus, Aisponvl om 7 sabores © Friskies Alpo Nutrition Plus, ‘que traz o concelto de pré-bidicos. O veterindrio Faber Vivzo pn nos esdeoe ex once: + pro-bideos: quando ‘emecemos © orgenisme ‘a por erempl laclbacls ov bieobatas, na alnntagan "pric: sin substinias que lomecemos aque agem como substalo para a6 oacteras Benhcts da fora etestnl(acbacos ou ico bactras), eorecendo seu rscinent, Normal meri ete crescent e por compen, ams apreseniou duas ragdes para cies netropatas: a Nutonal Kidney Formula TM Early Stage © a Advanced Stage. Ambas fornecom (quantdades apropriadas de proteinae ingredientes espetials que permitem a Gigestéo adequaca da proteina sem aumento de det no sangue. [fore Cann rare once dea 5 le rengas morfoligicas e fsiolyicas entre caes pe- | ‘quenos, médios ¢ grandes so fundamentas, inclusive os fren periodos de crescimento,resiuuroua ra SIZE, que apresenta nova embalagem: * MIN: ces pequenos (vrd) + MEDIUM: ces médos (vermelho} + MAXI cis grandes (azul), Estes 3 grupos de alimentos (MINI, MEDIUM © MAXI) S80 apresentados nas opobes para flies (junio, ces adultos (adit cdes vlos (mate) ‘AM, trouxe para o evento dois novas madelos e esletoscdpios Litmann MR para veterndios. O modelo Master Classic, ros famanhos de 63 @ ‘em, com um tno @ino- vador auscutador, © 0 Ty" sy. = modelo Pequenos Animais oom um ta mmanho que tila a ausoutagdo em animals com menos de 7kg, todos na cot azu-marinho. ka 0S beer foe ieee ee el ros) Neem a es eeu ue Siar v) noc Baronet Diretoria da ANCLIVEPA-CE Peer ences 12 3M investe na linha de produtos veterindrios Para gatos, fram apresentadas ‘8 Nurional Urinary Formula TM ‘Low pH, para © controle de problemas re- Tacionados a esirwita ea Moderato pH, para contolar problemas reac nado a oxalalo de cao Itambé niga cs | Se nov ance: mevoe ca aa mila Poisto: 6 Palle Prana in pa cles , tas oe queno porte, feito com oveha @ frango; Patsko Basic para cos adultos de atvdade sia regular, {aio com care e frango; Pesca! Filhote, para ga ‘os, eriquecide com cenouracozida, tauna e éme- (923, elaborado com a preocupaggo de controlar 0 2H uridine com ovelha erango;Peiscat Peres Nobres, também para gatos, enriquecio com ve- B= eta, taurina 2 6mega3, ea borado com a preocupagao de contolar 0 pH urinario, fello com sal mio e tuta. Outro proto apresentado foo Velbond TM, um adesivo de pele, ue reduz 0 trauma na pele ® necessidade de anestesia na corerao de paquenas {erdas. Em conto com lacie efudes oarparas, 0 produto muda do estado lquido para o ‘sido em segundos, vedando @ frida através de. polmer _agéo, elminando ‘a necessidade de sulua e cuatvos ‘om muitos casos. = IE By Aparelho de raios X veterinario ‘A Raiconterexpés, no congresso, 0 apaelho de raios X OMEGA 200'T, desomvolvido exclusiva mente para vetenaros ‘A mesa de exames & de tamanho reduzid, prépia para animals. com érea de instlacdo de 4,50 x 3,25m, sem perder a sua funcionalidade, e dispondo de todos as movimentas necesséios para (0s exames velrndros. Possui bucky oom grade antivsora 10,1 - 103 inhas, que melnora a qual dade de imagem. Os equipamontos humanos s80 dotados de grade ant-usora 8,1 - 80 lnhas sisparo do equipamento & feito por cruito eletnica sem emissdo de ruidos que assustam os animals Raicenter: 11) 833-0895 - www,aicertercom br Clinica Veterindria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 ORBAX’ (orbifloxacina) O antibiotico de acao rapida da Coopers ee 7 A ) ae mt; ere ae Lae ORBAX® comprimidos é um novo e potente antibidtico para cées e gatos. O principio ativo de ORBAX” ¢ a orbifloxacina, uma fluorquinolona de tiltima geracéo. ‘Aorbifloxacina apresenta um amplo espectro de acéo, sendo segura e eficaz para o tratamento de infeccoes em ces e gatos, associadas a bactérias sensiveis & orbifloxacina, ee erence tae a cas er glen Gar ene Tu ene ce ry Sere alc Oe ene ee ee eset Ca ec ores Ti ORBAX® administrado por via oral alcanca niveis plasmaticos maiores do que a enrofloxacina quando administrada por via intra muscular. Oe ul oe OT ame Ce) Cooper sistema E-Z break, facltando a sua quebra, Oe Toner Oeuny ect Ee mundo e é importado do Canada [ered Reinauguragao dos laboratérios de clinica e cirurgia do Hospital Veterinario da FCAV/UNESP Campus de Jaboticabal - SP, aps reestruturagao e readaptacao Os laboratérios de clinica e cirurgia do Hospital Veterinario da FCAV/ UNESP-SP Campus de Jaboticabal apés reestruturagao € readaptagao foram reinaugurados no dia 15 de junho de 2000. projeto, financiado pela Fapesp, {oi idealizado € coordenado pelo prof. dt. Aparecido Antonio Camacho, adjunto de Clinica de Caes e Gatos do Departamento de Clinica e Cirurgia Veterinaria ‘As obras, ‘que tiveram inicio em. 1217/99, fo- ram con- cluidas em 15/6/00, oferecendo, hoje, & po- pulagio 12 Representantes de diver- 508 insituicdes de ensino testveram presentes na reinouguracéo Hospital Veterindrio foi inaugurado na Universidade de Passo Fundo-RS hospital ve e terindtio da Universidade de Passo Fundo - RS, foi inaugurado no sine dia 2 de junho. nee O — hospital ae ae conta com ambulatérios , locais para intemacao, bloco cirdrgico équipado com cameras que podem transmitir os procedimentos para acompanhamento dos alunos. Laboratérios de andlise clinicas, reprodugao, doencas parasité- rias, doencas infecto-contagiosas ¢ viro- logia, além dos setores de radiologia € ultra-sonografia, salas de aula, anfiteatro € alojamento ‘para os estudantes € resiclentes, pois 0 hospital vai funcionar 24 horas. Ha tam- bem farmacia, pet shop e setor de hos- pedagem para pequenos ani- mais. Centro cirirgico 14 laboratorios |) equipados | para atendi- mentos. por especialida- de médica veterinaria: cardiologia, nefrologia, gastroente- rologia, oftalmologia, odontologia, on- cologia, emergéncias, ortopedia, clini- ca_médica geral e clinica cindrgica geral; 1 sala de técnica cirdrgica e anestesiologia; 2 centros cirtirgicos; 1 anfiteatro; 1 almoxarifado; 1 sala de recepgao, arquivos € telefonia; 1 sala de preparagdo dos animais para cirur- ‘gia; 2 vestidrios; 4 banheiros; 1 copa; 1 sagudo de espera dos proprietérios; 1 entrada independente para cartos; 1 ccasa_de gases com sistema de dis- tribuigao para todas as salas com oxi- g€nio, ar comprimido. dxido nitroso € vcuo. Os laboratérios foram equipa- dos com mobilia em aco inoxidavel & granito, sendo o piso e 0 revestimento das paredes de primeira linha. Além disso, todas as salas estéo equipadas com condicionadores de ar. Uma Gvore fol plantada fem frente das novat instalagdes Semana da ANCLIVEPA-RS repete sucesso J.Emesto Coronel Fernandez ANCES, Actin Borges ter) ‘2 Cares G, ebernecht f ONENESS € 15a 17 de maio foi realizada a Semana da ANCLIVEPA-RS. Foram aproximadamente 200 participantes que se deslocaram, inclusive do interior do RS, para assistir as palestras minis- tradas pelos profas. Heloisa justen, Nadia Almosny e pelo prof. Carlos Daleck. ‘A ANCLIVEPA-RS faré mais. trés cursos este ano: cardiologia (suporte rnutricional e terapia-como viver com 0 coracio partido) com © prof. Hélio Au- tran, nos dias 18 e 19 de julho; neurologia (convulsdes e paralisias) com © dr. Thomas Weller, nos dias 16 ¢ 17 de agosto; e dermatologia (prurido, doencas fiingicas ¢ dermatoses diver- sas), Com a dra. Regina Ramadinha, nos dias 26 e 27 de setembro. ica Veteringria, inaugura Hospital A Universidade Metodista de Sao Paulo, inaugurou no dia 12 de maio 0 Hospital Veterinario no Campus Pla- nalto, em Sao Bernardo do Campo. Construfdo em uma rea de 7.600m2, 0 hospital & composto de dois pavimentos, um para pequenos animais e outro para animais de gran- de porte. O novo hospital é subdividido em 4 consultérios para pequenos ani- mais e 2 para grandes animais, 4 | centros cirdrgicos, internagoes com | isolamento, laboratérios de andlise Clinicas, bromatologia e alimentos, microbiologia, salas de anatomia, técnicas cirurgicas e de teleconfe- rencias. Oa tendi- mento o- corre de segunda a sexta- feira das Bh as 17h, Vista frontal de Hospital Veterindrio da Metodsta Semana académica na UFRR) teve mais de 1000 participantes ayaa 26 de maio foi rea- lizado a XVIl SEMEV, se- mana do mé- dico vetering- rio, na UFRR), fem Seropédi- ca, RI ‘Mais cle mil pessoas parti- ciparam da vasta_progra- macdo cient UUFRRI fica da SEMEV, que abrangeu te- mas de pe- quenos e grandes ani- mais, ani- mais. silves- tres © z00- ‘Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 Morram, vermes! Anti-helmintico Premium. o unico vermifugo em cApsulas gelatinosas. Precisa dizer mais? Praziquantel * Pamoato de Pirantel * Febantel Uso veterinirio. Consulte sempre o médico veterindo. NOT CIAS] Simpésio Iams de Nutricéo Ore, om, Shige nos EUA, entre os dias 11 a 14 de maio, 0 Simpésio lams de Nutricio, com a participagao de mais de 400 especia- listas em nutri¢ao animal, de 42 paises. Os representantes brasileiros foram © prof. dr. Paulo Sérgio M. Barros (FMVZ/USP), 0 prof. “dr. Aulus. C. Carcioli_ (FCAV/UNESP/Jaboticabal), 0 médico veterindrio Renato Campelo Costa (Clinica Animali/R), 0 prof. Fabiano Mon- tiani-Ferreira, UFPR/MSU ¢ Regina Marti- rnez, da IAMS- Rio Grande do Sul Delegacde brasileira no evento da ocorréncia de diabetes em gatos; a restricao de fosforo na dieta, a fim de reduzir a mortalidade de caes nefropatas, mediante uma dieta rica em proteina; além de dietas estratégicas para diminuir 0 odor das fezes, através de © Simpésio alguns apresentou 49 ingredien- pesquisas ci tes dieté- tificas, citando ticos que a.agao dos dci- estimulam dos graxos mega 3 € 6, co- © cresci: mo importante nutriente pa- mento de ra 0 sistema imunoldgico bactérias controle de inflamagoes na benéficas pele; a obesidade como Buti Ym e inibem luma das principais causas Smpésio reunks mat de 400 especialsias as nocivas. Lei da posse responsavel é aprovada - DF oi aprovado o substitutivo a0 Projeto de Lei n. 121/99 de autoria do Deputado Cunha Bueno (PPB-SP), que trata da responsabilidade e guarda de cies ferozes. O texto agora seguird para a discus- sfo e votagao no Senado Federal. Den- tre outras Coisas, 0 projeto diz em seu artigo 1°: "€ livre a criagao e reprodu- ao de cies de quaisquer racas em to do 0 territ6rio nacional", 0 que se opde Rio de Janeiro dispée de mais um centro de especialidades naugurado em junho, o H. & Diagnéstico € um novo centro de especialidades que oferece servicos de ortopedia, endoscopia, oftamologia, anestesia, radiologia e cardiologia. H, & Diagnéstico: Rua Godofredo Viana, 296 - Jacarepagud - R} Tel: (21) 3685-8329 a todas as leis estaduais € municipais, aprovadas contra a criagao das ragas rottweiler e pit bull A lei prevé também a colocagao de microship em animais considerados perigosos e um cadastro do proprieta rio do animal, que se responsabilizara civil e criminalmente pelos danos cau- sados por seu cio. Fonte: http/ vidi 19.com.br Schering-Plough descartével, destinada aos proprietérios, para recolherem do chao, produto visa conscientizar a populacdo dos problemas causados pelas fezes, além de va- lorizar a acao do veterinrio para manter a satide dos animais e das pessoas. folhetos atendimento: 0800-117788 Cuidados com as laminas das maquinas de tosa méquinas de tosa Oster, para ani- mais de grande e pequeno porte so reconhecidas mundialmente pela sua qualidade e durabilidade. Para um melhor aproveitamento e para que es- tes aparelhos possam ter seu desempe- nnho ideal, é preciso que seja realizado tum trabalho constante de manuten¢ao de suas laminas de corte. Isto pode ser feito com produtos espectficos como 0 Kool Lube (liquido resfriador Oster pa- ra laminas) e 0 Blade Wash (liquido limpador Oster pra laminas) O Kool Lube é um agente quimico lubrificante, que ao mesmo tempo lim- pa. resfria a lamina instantaneamente, reduzindo a fricgao e evitando 0 supe- raquecimento e © desgaste, aumentan- do, conseqiientemente, a vida itil do produto, De fécil utilizagao, basta pulveriza- lo algumas vezes sobre a lamina duran- € a tosa ou 0 corte. Por nao conter CFC 6 inofensivo a camada de oz6nio e po- de ser aplicado mesmo com a maquina em funcionamento. , O Blade Wash 6 um Iie quido limpador a e também lu- brificante que remove facil- mente 0s pélos e outros detri- tos acumulados nas laminas. Oster: 0800-112320 httpzAvww.oster.com.br Lugar de fezes nao é no chao desenvolveu uma luva as fezes dos animais. O Os interessados podem solicitar 0 material composto. pelas luvas, fe cartaz pela central de 16 Clinica Veterindria, Ano V, 0.27, julhofagosto, 2000, Em breve, todo esse carinho e protegao em um so produto na sua clinica. Aguarde. Esté chegando um medicamento inovador para caes e gatos. © para o Pfizer Fone NOTICIAS] Pet Memorial i langado no dia 20 de maio no Sport Clube Hebraica, 0 Pet Me morial, 0 primeiro crematério para animais de estimacao da América Latina: © empreendimento fica localizado na Av. Sadae Takagi, 860 - Sao Bernar- do do Campo, na safda 20 da Rodovia dos Imigrantes. O preco da cremacao é R$630,00 e a comercializacdo seré feita também por venda futura. No valor estao in- cluidos: 0 transporte em furgdes refrigerados (por uma _equipe treinada) num raio de 50km do crematério; cremacio; atestado de cremacao dado por veterinario (que acompanharé todo 0 processo}; urna para 0 depésito das cinzas, persona- lizada para cada raca. ‘A cremacio é individual ¢ a opera {¢80 nao é poluente, de acordo com es- tudos de impacto ambiental. Informagées: (11) 751-5000 (13) 239-2139 e 961-4003, fmaradei@omnicom.com.br AS cgPreeime dia 31_ de. julho estarao abertas as inscri¢6es para 0 II Prémio de Pesquisa Schering-Plough Veterinaria que oferecerd, aos. quatro médicos veterindrios ganhadores, uma viagem com acompanhante para 0 17" PANVET - Congreso Pan-Americano de Ciéncias Veterinarias, que vai ocor rerde 11 a 15 de setembro de 2000, na cidade do Panama. ‘Schering-Plough: 0800-117788 httpy/vww.splough.com.br schering@splough.com.br CRMV-MG nova diretoria do CRMV-MG tomou posse em 9 de junho de 2000. Fazem parte desta equipe para a esto 2000/2003, 0s colegas: Marcilio, M. V. de Oliveira (presidente), David de Castro (vice), Ismael F. P. Coimbra (secretério-geral) e Mareilia M. Melo (tesoureira), além do corpo de conselheiros, 0 inaugurado no dia 26 de maio, em Sao Paulo-SP, © Centro Cirtirgico feterinario Kardia. Funcionando 24 horas por dia, o centro oferece os mais diversos procedimentos cirdrgicos aos animais encaminhados por colegas velerinarios, reencaminhando-os a clinica de origem, apés 0 pertodo pos- operatério. kardia é equipado com dois centros Cirtrgicos, um destinado as cirurgias contaminadas e outro, aquelas com baixa probabilidade de infeccao, oferecendo também servigos de UTI 24 horas. Kardia: (11) 3735-6050 A Sociedade Brasilei ra de Medicina Vete- rindria tem disponivel © calendario nacional de exposicdes e feiras agropecuarias 2000. SBMY: (61) 226-3364 (Orban gs 01 a 06 de outubro de 2000 CO tc MON ice me Oo cout Kilo ra SCPE nas Peay Palestrantes Alceu G. Raiser; Andrea Nolan; |B. A. Silva; José J. 7. Ranzani; José Antonio FP. F Wouk; Antonio J. A. |W. Cattelan; Luiz A. F. Silva; Luiz Buschiazzo; ‘Aguiar; Carlos A. E Carlos R. Daleck; Claudia R. Felizolla; Claudia S. Fonseca: Claudio C. Natalini, Delphim G. Macoris; Denise T. Fantoni; Eduardo H. B. Junior; Fernando Q. Cunha; Firmino M. Filho; Flavio Massone; Heloisa J. M. Souza; Humberto P. Oliveira; Jacqueline Reid; Janis R. M. Gonzalez; Joao G. P. Filho; Jorge S. Pereira; José A. C. Marques; Luiz C. L. C. Silva; Maria LE. Faria; Mirela T. Costa; Nataniel A. White Il; Ney L. Pippi; Nilo S. T. Chaves; Paulo S. M Barros; Peter Bedford; Paul Greenough; Ricardo S. Silva’ Robert Munger; Roberto Foz Ronald Hubscher; Ronald M. Bright; Sheila C. Rahal; Stefano Hagen; Valentim A. ‘Gheller Walter ©. Bemis. Informacdes ¢ inscrigdes: cheav@vet.uig.br 18 (62) 821-1588, fone: (62) 821-1595 htipyAvww.cbcav.vet.uig br/main.htm! Os diversos temas serdo apresentados sob a forma de palestras, mesas-redondas e mini- conferéncias. Durante o IV CBCAV ocorrerao também Forum de Oftalmologia Veterinaria “Cémea e up to date da oftalmologia nos EUAe Reino Unido” - IV Forum de Gastroenterologia Eqiiina “Complicacoes pés-atendimento clinico € irdrgico da sindrome célica” Clinica Veterinaria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 JE SEU AICO kaldsse, COMM Corre pclae IH cteosic iter jaar Males lecverteror tic Kibbles & Softs um alimento muito especial para 0 seu melhor amigo. E uma composigdo de diferentes sabores ¢ texturas, particulas macias e kibbles crocantes Kibbles & Soft segue uma tend uundial em alimentos praticidade e 0 sabor produto Ole ease Kibbles & Softs Para cies ese See ee een ce ere ee nee Te O prof. Wagner S. Ushikoshi nos fala sobre os diferentes tipos de convulsées, suas causas, prognésticos e tratamentos © que 6 convulséo? Wagner - A convulséo pode ser defnida como uma manifestagdo paroxistca de uma desor dem cerebral, ou seja, ela é um sintoma de uma alteragdo cerebral que pode aparecer © cesar subtamente. Esta atividade anormal do cérebro pode se apresentar de maneira varia- ca, desde uma alteragéo do estado de cons- cincia ou do comportamento até uma ativi- dade moiora involuntaria, associada com sinais do sistema nervoso auténomo, Ela pode parecer como um episédho igolado ou crises recorentes. 0 que ¢ epilepsia? ‘Wegner - Ciassicamente, a epilepsia refere-se ‘as convulsbes recidivantes, associadas a doenca inracraniana néo progressiva. Assim, ela pode ser decorrente de um problema heteditario no cérebro(eplepsia verdadeira ou iniopétca) ou uma sequela de uma lesdo cere- bral prévia (epilepsia adquirida). Nesta defnicfo, os pacientes que epresentam con: vuls6es recorrentes devido as doencas pro- aressivas, como as neoplasias cerebrais, OU doengas metabdlicas no devem ser classi cados como epiéticos, embora alguns autores, apenas classiiquem a eplepsia como priméria (verdadeira)e secundia (qualquer causa que leve a convulsbes recorentes) Embora, a principio, parega apenas. uma (questo de nomenclatura, na prtica, deveros, char um paciente epiléico como um animal (que necessita apenas de tratamento anticon- vwisivante 20 passo que, 05 pacientes ditos ‘com convulsées epileptiiormes necessitam alm do controle das convulsdes, um trata mento direcionado a causa de base. Quais so 0s tipos de convulséo? ‘Wagner - A conwiséo pode ser generalzada, focal ou ainda focal com generalizagao secundéria. A convuiséo generaizada, tam- bém conhecida como “grande mat’, gera mente € associada a eplepsia verdadera e corre quando 0 foco convulsivo_primério estimula a regio do cienoétlo(tlamo) e se espalha para todo o cértex cerebral. Ela se caracetiza por perda de consciéncia, movi- menios tnicas ou tOnico-énicos e atvdade do sistema nervoso auténomo como salvacao @ relaxamento de esfincter uetral @ anal. A convulso focal, por sua vez, pode estar ela- cionada a-uma leséo cerebral estutual (i quemia, trauma, neoplasia) e 0 foco convulsivo fica limitado & regio afetada. Sua manfes tagdo clinica vai depender, entéo, da regiao ‘cerebral comprometida e a Sua fungdo corr: spondente. Assim, uma convulsdo focal pode ‘se apresentar como atvidade motor unlate- al ou de alguns grupos musculares (lobo frontal), alteragao de comportamento (1000 temporal), alucinaao ((obo occipal), eto. A convulsdo focal com generalizagdo secundé: fia, corre quando wma convuséo focal con- segue alcangar 2 regio de diencéfalo ((diamo) e dail se espalhar para 0 oérebro. Qual a importancia de se determinar o tipo de convulsao? Wagner - Primeiro porque podemos direcionar melhor a causa da convulséo, isto 6, 0s epi cos verdadeiras geralmente apresentam uma cconvulsdo generalzada, a0 passo que 0s ari ‘mais com convulséo adauirida apresentam forma focal com ou sem generaizacao. Como 2 epilepsia idiopatica pode ter um caréter hereditro, estes animais devem ser alasta- dos da reprodugéo, assim como 0s seus ascendentes e descendents. Segundo, 6 fato ‘que os animais dios epiléicos verdadeiros ‘sfo mais dficeis de contol do que os que apreseniam foco convulsivo adquiido devido a uma doenga cerebral ndo-progressva. Por im, se consequirmos determina ofoco convulsvo, podemos tentar monitorar se hé o apareci: mento de novos focos convulsivos, Na prética, porém, nem sempre é possivel determinar se uma conwulséo & generaizada cu se 6 uma focal que generalza pois, nem sempre 0 propritéio sabe informar como se iia a crise. Para tanto, 6 necessério que ove ferinario conscientize 0 propritrio da impor ‘8nca de obsorvare relatar qualquer ateracéo que anieceda os momentos de cise Quais so as causas de convulséo? Wagner - Na epilepsia idioptca, ainda nd se determinou qual a causa exata da convulséo Estudos sugerem uma alteragao na membrana axonal ou um desiqulbrio entre 08 neuro- transmissores inibtérios @ excitatorios. Por u- tro lado, nas convuls6es adauirdas, qualquer alieragdo que comprometa a atividade neu- ronal do cérebro é passivel de ocasionar uma convulsdo, seja ela endégena ou exégens, inira ou extra-craniana. Assim, doengas con- agénitas (hidrocefalia, desvo porte-sistémico), ‘metabdlicas (uremia, enoefalopatia hepatica), infecciosas (cinomose, toxoplasmose, PIF), distirbios cardio-vasculares (artis), ne0- plasias (gloma, insulinoma), intoxicagdes @ fraumas entre outras, podem causar uma con vwisdo. O que deve fear claro & que a conv: ‘0 € um sintoma inespectico e nem sempre @ decorrente de uma doenga oerebral Como abordar e diferenciar as diversas causas de convulsio? ‘Wagner - A abordagem para o paciente com histérico de convulséo deve comegar pela resenha, isto 6, aidade, a raga, sexo, ¢ realizar uma anamnese completa sobre todos os sis- temas e manejo, assim como, o exame fisico. Embora pareca lgico, 88 vezes, ficamos induzidos a pensar em uma doenga cerebral € acabamos direcionando nassas atengdes @ Figura {- Representaco esquemetica da gfnese de uma convulsdo generaizada, uma focal e uma focal com generalzagio secundéria, Na convulso generalzada, of0o primar ostimula retamenteo dencé- falo ese espana para todo o cérebro;na forma focal, 0 estimuo fica restto as regiées perilricas do foco primero: na convulso foal com secundéria generaizago,o estimulo se espalha peilricamente ao foco aléalcangar 0 ciencétaloe dal esimula todo o obtex cerebral 20 Clinica Veterindria, Ano V, 0.27, julhofagosto, 2000 este sistema. Em goral, animals fihotes podem apresentar episéios convuisivos por verminose intensa, hipoglicemia, doencas congénitas (hidrocetalia),infecgdes (cinomo- se) ou trautras. Arimais jovens, por serem mais curiosos e ativos, sd0 mais precispostos € intoricagdes, traumas e infeogdes enguanto 0s adultos e senis t8m uma incidéncia maior de neoplasias, doengas metabdlicas e cardio vasculares. Algumas ragas apresentam uma predisposicéo para algumas doengas como desvio porto-sistémico em yorkshire, hiner Sanos controle das convulsoes, em geral tém um emcurtos intervals _Jverminose por =infecciosas (cinomose, eplepsiaidopatica neoplasias. pprognéstico bom ao passo que animais refra- de tempo, em geral Yoxocara—_toxoplasmose, PIF, FIV) fos aos tatamertosaniconashantesten-necesstam deat | hiesiia ceria cngéntaiccsas—_coengas dem ater um prognétc reservado.s epié- mento intensive pa- | conga watts tices iiopaens tendem a apresenarumapo- ra 0 contoe Inia) |pegicamia _intndcacto imovcagies —inlecrisas rada itensdadee reqdéncla das convulsbes das css. sasracsstoy —(ogancestoados, com o avangar da idade, além de poderem Determine a real ‘chumbo) criar resisténcia ao tratamento. Em geral, os —_necessidade de tra- traumas ‘traumas traumas: ‘traumas paclenies com eplepsa adda, de doonea tar um aimal eplé- pao dtéceo_anastomase doengas—_oxiagdes cerebral ndo progressiva, tendem a controlar ico, isto é: Um cao porto-sistémica metabolicas melhor que os epiéticos verdadeiros., ‘que convulsiona a (yorkshire) cada 45-60 das de eens meats neplasas Oque vocé considera primordial ao ve receber a medi- congéniias clinico?: cagao_anticonwulsi- ‘Wagner - As epilepsias idiopaticas e adquiridas ante? Sao convulsées focais ou generaliza- Bibliografia sugerida 1no devem apresentar uma progressao do qua dro neuroligico. Se isto ocorrer, 6 sinal que a doenga de base esta progredindo, As convul bes secundérias as doencas metabalicas po: «dem no responder bem ao tratamento antcon volsivante usual, até que se melhore a funcéo destes sistemas. Animais em status epilepticus, < Vetaset =D oridrato de Ouetamina {100 mo/mnt) = AQuetamina mais utlizada pelos principais centios de referencia = Concentragao confavel ' Menores volumes de aplicago * Versatlidade em associagdes com ‘outras drogas Tiletamina 250 mg Zolazepan 250 mg (em 5 ml) Anica associagio ‘anestésicorranguilizante aprovada pelo FDA EUA, Para obter maiores informacses ‘sobre assos lancamentos o solar material ‘éenico, ene em contato com a Fort Dodge: + Mais econdmico Servgo de Atendimento a0 Chente (14 ass rig) Sua trangdllidade recomenda 0800-16 99 88. + Maior coneentragio + Flexbiidade e seguranca ‘Saide Animal BEM-ESTAR ANIMAL Il Campanha de Conscientizagao da Posse Responsdvel e Controle de Natalidade de Caes e Gatos da FMVZ/USP MT 115 animais, entre caes e gatos,"foram submetidos & castracao N os meses de abril e maio, ocor- reu a |] Campanha de Conscien- tizactio da Posse Responsdvel e Con- trole de Natalidade de Caes e Gatos da Faculdade de Medicina Veterinaria © Zootecnia da USP, desenvolvida pe- la Comisséo de Posse Responsdvel, presidida pela profa. dra. Jalia Mate- ra, contando com o apoio do Centro de Controle de Zoonoses de Sao Paulo, do Instituto Pasteur, da ARCA- Brasil de diversas entidades de classe. ‘A campanha, que é realizada jun- to aos clientes do Hospital Veterina- rio, populagio carente e escolas vizi- nhas a FMVZ/USP, conta ainda com um teatro educativo, Campanha de Coleta de Fezes e Campanha "Adote um filhote" Participaram da campanha 9 do- centes, 7 veterinarios contratados, 11 residentes, 16 pés-graduandos, 7 fun- cionrios e 83 alunos de graduacao. ‘A partir dos 152 animais inicial- Jo 1eaG60 das informacbes oferecidas mente cadastrados, foram realizadas, no dia 27 de maio, 115 castrages, sendo que 29 animais no compare- ceram a cirurgia e 8 nao foram libe- rados pelo exame clinico no dia da campanha. O registro dos animais e a coleira foram obtidos através da Campanha “Adote um filhote" na qual a pessoa participante doou 0s R$ 2,00 neces- sérios para o registro e a coleira e em troca recebeu um produto de uma das empresas participantes. Estima-se que mais de 50.000 pes- soas, entre a populagao que frequien- ta o Campus Universitario da USP, os clientes do Hospital Veterinério e po- pulagdes vizinhas devem ter sido atingidas, direta ou indiretamente, pela campanha. Foram realizadas, no perfodo, ati- vidades educativas de posse respon- svel junto a populagao da Comu dade San Remo, escolas vizinhas a USP, bem como proprietarios de a mais levados ao Hospital Veterinéri Para isso foram desenvolvidos trés folderes, um de posse responsavel, um orientando a coleta de fezes em passeios piiblicos e um tirando dtvi- das sobre a campanha de castragao, Também foi desenvolvida uma pe- ca educativa que esta sendo apresen- tada em escolas préximas e na Co- munidade San Remo. Cerca de 800 criangas ja assistiram peca. Os recursos necessérios para a ‘Campanha foram obtidos através do curso "Sistema genito-urinario: abor- dagem clini- co-cirdrgica e seu diag- néstico" reali- zado nos dias 28 a 30 de marco no An- fiteatro da FMVZ/USP, com a parti- cipagao_ de 195 inscritos © através do patrocinio de diversas em- presas. Folderes distbuidos & popuiagao e produc dos com @ participacao da iniciativa privada * No dia 3 de junho, aconteceu a re- tirada de pontos, quando os animais, receberam a 2" vermifugacao e as va- cinas anti-rébica e polivalente (6ctu- pla para caes e triplice para felinos). Compareceram nesta data 95_a mais, ou seja, 82,6% dos animais castrados, sendo 33 cadelas, 29 ga- tas, 14 caes € 19 gatos (91,7%, 80,6%, 77,8%, 76,0% dos animais castrados, respectivamente). 24 Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julhofagosto, 2000 A Schering-Plough Veterinaria e vocé no combate 4 verminose Eficiéncia no combate dos vermes intestinais! Linha Especial Pet & Schering Pongh Veterinaria for Video-endoscopia na medicina veterindria de afecgdes, quanto para tratamento. Dentre os beneficios que traz aos pacientes vale destacar 0 fato de que fazer uma inciséo de 15cm para uma laparotomia explortria um estresse desnecesiri,e algunas vees fatal se considerarmos que podemos realizar a mesma avaliagdo da cavidade abdominal através da video-lapa- roscopia com uma incisfio de no méximo 2cm. A ‘video-endoscopia pode ser uilizada na medicina veterinéria tanto para diagnéstico ‘A popularigo da sua utilzago tem crescido, prineipalmente em funcio da rea- lizago de pesquisas e de cursos teéricos e priticas de video-endoscopia. Em ‘outubro deste ano, do dia 19 a 22, serd realizado, na Faculdade de Medici- na Veterinaria e Zootecnia da USP, mais um curso de video-endoscopia® «em pequenos animais e em eqinos. ‘A familiarizagdo com procedimentos vi- deo-endoseépicos tende « aumentar confor- me as faculdades de medicina veterindria implantarem este tipo de servigo na rotina do atendimento veterinéri, Algumas faculda- des até jé possuem 0 equipamento, mas 0 uti- Tizam somente para pesquisas. O Hospital Veterindrio da Faculdade de Medicina Vete- rindria de Franca, inaugurado recentemente, ji conta com centro cinirgico equipado com sistema de video-endoscopia da Wisap, for- necido pela Unit ‘A seguir slo descritos os procedimentos realizados em pequenos animais com mais frequléncia a) |-esicula bilar com clips de ttanio (eta) retlrada por procedimento video laparoscpico (calecstectomia) 2.Nesicula bila aberta evidenciando os CcAiculos (colettcse) S:imagem utto-sonogrética de vesicula bilior com célcuo (seta) 26 Laparoscopia ‘A laparoscopia pode ser diagnéstica, realizando-se inspegao da cavidade absominal ¢ coleta de fragmentos de tecido para biop sia, ou cingica, como no caso da retirada de vesicula bila, rim, bago, ovério e ero. Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia e colonoscopia Realizadas com freqléncia para a retiada de compos estranhos no trato digestivo ¢ para diagnéstico de diversas afecgdes como gas- trite e neoplasas Rinoseopia Casos de epistane de dificil diagndstico podem ser esclarecidos com a rinoseopia Laringose Diagndstico de paresias e paraisias de laringe. ‘Traqueoscopia Procedimento realizagio em casos de obstrugdo da traquéia por neoplasias ou em situagdes que ocorram ruptura de traqueia, Broncoscopia Diagndstico de aspergilose (processo inflamatério crénico. Vaginoscopia Geralmente realiza-se preenchimento da cavidade vaginal com ar para ser avaliada a integridade da parede. * Qureo de video-endoscopla em pequenos ~animais e-em equinos (188 22 de outro) Fovelegarentig comb ou hecoxgoretscape net (iy sate Yona 1206 cu 16059 ‘Ao lado, cirurgiao realza procedimento laparescépico em cao Abaixo, equipamento de video-endoscopio Abaixo, equipe ‘acompanha no monitor colecistectornia por: Video loparescopia ‘cima, festicuo (menon retrado da cave ade abdominal através de técnica Yideo-laparoscépica. O esficulo maior fo! relirado normaimente através de incisGo na boka escrotal com o objetivo de eviter que © animal copule @ fransmita a seus descendentes o criptorquidismo. O testicu- lo intracavitério tave sua ratada prescita ‘em fungdo dos iscos de neoplasia, (Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 Laparoscopia Laparoscopia Sexagem de aves Figado e ‘ornaments pela vesicula Videoroparoscopia |i ‘blior om, 6 procedimento condigoes freqbente quando normals se realizar troces ‘de aves entre zo0l6gicos Destaque da vescula bilior ‘Acima, tueano ‘anastesiado que ser sexado. ‘Ao lado, mesma Estomago. a awe eno preparada pore poe 4 © procedimento ‘SS Video-laparoscépico. Laparoscopia Gostroscopia Loporescopia Broncoscopia Rimemconeicoes Estomago opresentando Figado com metéstase Coleta de material normals corpo estranho: Bor turnor mamétio para isolar possivel fampinna de garata em cadela ‘agente patogénico Seu animal merece esse aieto. OIREA Quimica e Biotecnologia, com larga experiéncia em produtpSde tratamento animal, apresenta TOP PET, a marca de Higiene, Beleca e Saiide criada para os cdes ¢ gatos mais estimados do Brasil 2 ' fi ‘Shampoos e sabonetes com alto nivel de rendimento, Embalagens priticas, modernas ¢ econdmicas. Esséncias exclusivas com fixador importado de grande durablidade. A composicio perfeita que realmente linpa e perfuma. [c) 2 QUIMICAE BIOTECNOLOGIAINOUSTRIAL LTDA, be cata oan, AN eG ar aT TS Poe ANI SHO 8 28 , i ‘Sree -Poehlpe eet vigpav noon Qos onleeepetincsronts 1 Ano V, n.27, julhoagosto, 2000 27 lll Cenecurso Melhor Artigo Cientifico REVISTA Cele RN a Meee PREMIOS 12 lugar: computador’, equipado com kit muitimidia ¢ Internet 22 lugar: impressora colorida’ (jato de tinta) J Inicio: edigdo 1.25, muon 200 32 lugar: dive extemo” para armazenamento de arquives (2 -100MB) + Ovni ep rs er ico es rn mga pri fei 2 Y Término: edig&0 1.30, jnsiiowrei, 201 ¥ Resultado: edic&o 0.31, maroiati, 2001 Regulamento Conoorrem os artigos de todas as categorias (artigos cetiicas ints, relatos de caso, revisdes de lertura, comunicagées breves), pubicados na revista Clinica Vete- ‘india ero as edigbos den. margaabi de 2000) e 30 (aneiaeverio de 2001), Dada a natureza da avalacdo, no sed fa cistincdo de métito ene as dlrertes ca togotas emohidas Critérios de avalagao: As promiagses sero clrecdas aos primes autores dos és ‘melhores argos, escohids de acord com as caraceisicas abab: Adequagéo do arigo aa cbjavo fundameral da revista, ou sea, a dvugac da infor: rmagéo téice centifica, drecionada ao pofsioal que atua na alnica de pequenos anima; + Texto apresentand esttragao clara, coeso e com metadoogia especiica para 0 ‘melt desenvolvimento do tema abordado; + Recursos do apio ao conteido do tert (esquematizacies, rélcns,dustraées, fotos, osséios ov outos subtaxtos secundérios) que efetivamente coniibvam para campreensto do texto principal + Abrangéncia e relovncia do toma exposto, bm como sua aplcaga & realdade do profssional basi; + Para eft de juigamento, ser corsderado 0 conjunto do material, compreendondo sa verso nical as complamentags espoinoas dfs) autres) o longo da processo alm da verso pubicade, Distribuindo o que ha de Comisséo juigadora: Serécomposta pelo corpo de Consultores Cientics, por Comis- ‘4 it séoforada por inca auénomos a so nomwata polos dreioes da revs, e plo melhor para a sade animal Conselho Editorial da rita Clinica Veterindria Os reautads seo complados ‘pelo Conselho Editorial, ndo cabendo qualquer tipo de recurso ou revisdo. Cardiologia Endocardiose da valva mitral: métodos de diagnéstico - revisso Mitral valve endocardiosis: diagnostic methods - a review Resume: A endocariose da va mal #& danga cardvasculr mals eqdonte a ican sila em ces, prnpalmentenaqueles ideos «de pequeno pri, endo sia elo descontecd, Ava mal aeada eva iu snc vat, 20 sop sistlcoe, em ane cae, antic cardaca congestva rave. sexes raion © ‘ecoDopplercrsogrice parm um dagnostcn sepwo e néoinvsio da endocarose de va mia As avaagbes ‘eriadae ca aga repute, luneae vowrouar esqueda e dmensbes do ato esquerdo so tes no aoanpe amen da donga O exame elrocarsog aco soment énecessii nos casos em qe hi presenga d arias no ‘indo, portant, nlpénsaval ao dagnéso e ac acoreanhamertn desta denca Unilermos: Endocarose da aa maa, coacao 30, Anstract: Mtl vate endocaois isthe most coneran and cnicalysigifeant caovasculardsease in dogs pimariy seen in age, sal eed doe. Va\uarendoeardosis is of urknown ooo. Te abnormal afeced ial ‘adv Is aseodated wih vablarinconpetere, systole murmurs and a cetain gercenage of cogs develop fata “Congestive haat fare Radegrecie and echocadogrepic exams provide a sale and nonimasive Cagosic, Seal fralbatons of factional regurgitation, et vetiadar neton and let aba enlargement ate use in moniting the fiseasa. The ebocardgraptic exam is however oly necossary forthe dagnasis ol arhythmas, beng theeore ranesserial ocharactorze the dsease Keywords: Mira ave endocardosis, heart dog Clinica Veterindria, n.27, p.29-34, 2000 alteragiio de etiologia desconhecida, embo- ra alguns autores tenham sugerido diferen- tes mecanismos, como fatores genéticos © prolapso valvar mitral “™". Histopatologi- camente, a incidéncia da EVM aument com a idade, tendo sido descrita em 5% dos ciies com menos de um ano de idade, porcentagem que aumenta para cerca de 75% em animais com idade superior a 12 anos‘. Ocorre com maior freqiiéncia nos ‘machos, sendo as ragas de pequeno porte © INTRODUCAO As alteragdes valvulares adquitidas so um importante grupo de doencas cardiacas, no cio. A endocardiose da valva mitral (EVM), também conhecida como degene- raglo mixomatosa ou fibrose crénica da valva mitral, € a doenga cardiaca de maior prevaléncia, principalmente nas ragas de pequeno porte!" A degenerago val- vyular acomete mais freqiientemente a val- ‘va mitral, podendo ocorrer ainda a associa- glo desta com a valva trictispide "”™. ‘A insuficigncia valvar mitral pode ser assintomética por muitos anos em decor- réncia a mecanismos compensat6rios, mas ‘0s animais podem desenvolver insuficién- cia cardfaca congestiva esquerda (ICCE) grave, que pode levé-los ao dbito Por ser uma doenga freqiiente em cies, € importante conhecer os métodos de diag- ndstico mais eficientes para detecté-la, Assim, 0 objetivo desta revisio de literatu- ra 6 descrever os métodos de diagndstico dda endocardiose da valva mitral (EVM), ETIOPATOGENIA ‘A endocardiose valvar mitral € uma Figura | - Endocardiose de valva mitral em lum cao da raga cocker spaniel inglés com Rove anes de idade. Presenca de equenos nédulos nos cispides e grau in Glal de expessamento. AE = dttio esquerdo, \VE= ventticulo esquerdo Ruthnéa A. L. Muzzi Prof. ass. — Depo de Medicina Veterndra ~ UFLA. aurea Leonardo A. L. Muzi Prof ss. ~Depto de Medicina Veteriniia - UFLA, Roberto B. de Araijo Pro. aj. Escola de Vetrndtia ~ UFMIG José L. B. Pena Hospital Felicio Rocho - BE. Médico Cantolgh miniaturas,tais como poodle toy © mini tura, schnauzer miniatura, chihuahua, pins- cher, fox terrier, boston terrier, cocker spa- nie! inglés e americano e whippet as ragas mais acometidas pela doenga'*™", A ra- gga cavalier king charles spaniel apresenta luma alta incidéncia desta doenga, ocasio- nando insuficiéneia cardiaca congestiva grave, sobretudo em animais com idade inferior a seis anos" ‘A fungi normal da valva mitral depen- de da inter-relago coordenada dos seus ‘componentes estruturais, que so os dois, folhetos valvulares, 0 anel, as cordoalhas tendineas, os dois misculos papilares e as paredes do dio e do ventriculo esquerdos'”. ‘A degeneragio inicia-se com a deposicao subendotelial de écido mucopolissacari- deo hi espessamento ¢ encurtamento dos folhetos, levando & distorgo e & deforma- co da valva (Figuras | e 2). As valvulas defeituosas falham em coaptar-se durante a sistole, permitindo um fluxo regurgitan- te para 0 firio esquerdo, sendo este volu- ‘me pequeno nas fases iniciais da doenga. A ‘medida que ocorre a progressio ¢ observa do aumento da fragio regurgitante © 0 ftrio esquerdo aumenta, levando a dilata- go ¢ & hipertrofia excéntrica (este € 0 pri- reiro e mais consistente achado da EVM). Figura 2 - Endocardiose de valva miral em um edo da raca pinscher com 13 anos de Idade. A valve mitral apresenia-se espesso- da, contraida © com fistose nodular mat lo. AE = dilo esquerdo, VE = ventiiculo esquerdo Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 29 Cardiologia Como conseqiiéncia, tem-se dilatagio do nel valvar; espessamento, encurtamento ‘ou até mesmo ruptura da cordoalha tendi- nea; fibrose dos musculos papilares; dila- tacio, fibrose ou ruptura do dtrio esquerdo e fibrose ¢ hipertrofia excéntrica do ventr culo esquerdo, Finalmente, o aumento da pressZo no trio esquerdo ¢ refletido na é vore pulmonar, ocorrendo a congestio € 0 edema™*2*6"", Nos quadros mais graves, pode ocorrer ruptura do dtrio esquerdo, re- sultando em actimulo de fluido dentro do saco pericérdico (efusdo pericérdica) e, conseqtientemente, levando a0 tampona- mento cardiaco”. a METODOS DE DIAGNOSTICO. Exame clinico Os sinais clinicos sio decorrentes da dislungio do complexo valvar mitral. Em- bora a insuficiéncia progrida a partir dos cinco anos de idade, os ees usualmente no manifestam qualquer sinal até os oito anos. A tosse € 0 sinal clinico mais classi- co, geralmente presente & noite ou quando ‘animal é submetido a exereicios fisicos. A tosse € causada pelo aumento progressi- vo do firio esquerdo, que eleva e pressio- na 0 brOnquio principal esquerdo. Os epi s6dios de tosse podem ser seguidos de dis- pnéia, taquipnéia, ortopnéia, perda de ape- tite e letargia*"'"2 Outros achados freqiientemente obser- vados nos quadros mais graves com insu- iéncia cardiaca so: fadiga, cianose, tempo de perfusio capilar superior a dois segundos e mucosas pélidas. Sinais de in- suficiéncia cardiaca congestiva direita ocorrem caso a valva trictispide também esteja afetada **. Episédios de sincope Figura 8 - Radiogratia em projeeae ldtero-loteral esquerda de cdo sd de 10 anos de idade com regurgitacde mitral grave. Presenca de esiocamento dorsal da traquéia que sugere compressdo do bron ‘auio principal esquerdo. 30 podem estar presentes e associados ta- uiaritmia grave ou mesmo a periodos agu- dos de tosse, denominados de desmaio tus sigeno. A auscultago pulmonar pode variar de normal a presenga de crepitades difu- sas, dependendo do estégio da doenca””. A presenca de sopro proto-sistdlico ausculta do épice esquerdo constitui-se no achado clinico mais precoce. Com a pro- sresstio da doenga, este sopro torna-se ho- lossistélico, intenso e inradia-se cranial, dorsalmente e para o hemitérax direito Pode-se auscultar ainda ritmo de galope na presenga da endocardiose da vatva mitral e insuficiéncia cardiaca congestiva'#®8""", Exame radiogrifico O exame radiogrifico € de grande valia para 0 diagnéstico e'o prognéstico da en- docardiose valvar mitral“. Através dele poxle-se determinar a presenca de conges- to e edema pulmonares, compressio do bronguio principal esquerdo e alteragdes anatOmicas no trio e no ventriculo es- querdos**" Na fase inicial do edema pulmonar observa-se um padrio intersticial, que progride para padrio alveolar com distri- buigdo perihilar’ (Figura 3) O aumento do trio esquerdo é um acha- do radiogrifico inicial e consistente da in- suficiéncia valvar mitral (Figura 4), sendo importante a realizagao de radiografias se- riadas para o acompanhamento da doenga”. Na radiografia létero-lateral observam-se aumento do dtrio esquerdo com consequen- te elevagao do bronquio principal esquerdo, edema pulmonar, principalmente na regio dorsocaudal, ¢ aumento de volume das veias pulmonares (Figuras 3 & 4). Na proje- fade (setas) G40 dorsoventral observam-se evidente au. ‘mento do ventriculo esquerdo e aumento da auricula esquerda, que se projeta cranial- mente e para a esquerda da silhueta eardia- ca*" E importante ressaltar que a dilatago das cAmaras (especialmente o dtrio esquer- do) € 0 desenvolvimento de congestio e edema pulmonares sio 0s critérios utiliza- dos para avaliar a progressio da insuficién- cia da valva mitral. Entretanto, estes no re velam 0 grau de regurgitagao valvar, nem a disfungao do complexo valvar mitral ®”, Exame eletrocardiogrético 0 exame cletrocardiogrifico (ECG) é inespectfico e, portanto, de pouco valor para o diagn6stico da EVM. um indica- dor insensivel para a dilatago das cima- as cardiacas, apresentando freqiientemen- te, tragado normal", A sua maior im- portincia fundamenta-se no registro se- ilencial, quando alguma arritmia é diagnos- ticada no exame inical’ ‘As anormalidades de ritmo que podem estar presentes na EVM sio: taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular, fibri- lagao e flutter atriais (Figura 5), comple- xos ventriculares prematuros e complexos supraventriculares prematuros (Figura 6), sendo que estes so as arritmias mais co- ‘muns 2 insufieiéncia valvular mitral". Em alguns casos pode-se notar um pro- Jongamento da durago da onda P (superior 0,04 segundos) e do complexo QRS (su- perior a 0,05 segundos para ces de peque- no porte, ¢ a 0,06 segundos para os de grande porte, com ondas R superiores a 2,5mV de amplitude), presentes nos au- ‘mentos do dtrio e ventriculo esquerdos, res- pectivamente*” (Figura 7). 2 Figura 4- Radiogratia em projecdo laterc-lateral esquerca de coo da raga poodle toy de 18 anos de idade com endocarciose de volva mitral. Presenica de Silo esquerco marcadamente cumen Clinica Veterinéria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 Figura 5 - Exome eletrocarciogrétice de um c6o da raca pastor emda de Tonos de Idade com endecardiose de valva mia Presenga de fiptlacao atrial, com auséncia de ondas P e smo foquicdraico e iregular (Somm/s¢ Tom = ImV) Figua 7 - Brame eletrocardiogriico de um edo da raga pinscher {de 10 anos de idade cam endocarsiose de valva mitral, Obser- Yar ondos P com duracéo superior 2.0.06, sugerindo aumento de Gitlo esquerdo, © compieros QRS com duragGo de 0.06, suge- findo aumento de ventriculo esquerdo (SOmm/s @ Tem = ImV) Figura 6 - Exame eletrocardiografico de um cdo da raga cocker spaniel americano de sate anos de dade com endocardiose de volva mitral. Presenca de complexe supraventricular premature (Geta) GOmm/s 6 lem = ImV) 6s indices das fun- Ges sista e dias- {élica . ventricular esquerda € a pre- senga de efusio pe- ricérdica, Por meio deste exame, € pos- sivel distinguir a doenga degenerati- va valvar das le- sdes neoplisicas, € confirmar a ruptura da cordoalha tendi- cespessamento em graus variveis da ctis- pide septal e, em menor grau, da cispide parietal da valva mitral, dilatagao do anel valvar € aumento consideravel do dtrio es- uerdo (Figuras 8, 9 € 10). Nos casos de prolapso valvular grave, pode ocorrer a ruptura da cordoalha tendinea, sendo visi- bilizado o fragmento unido a valvula pro- Tapsada vibrando durante a sistole ventri- cular®"*, A ruptura do trio esquerdo é uma complicacéo incomum, porém de prognéstico desfavoravel na insuficiéncia valvar mitral avancada, resultando em si- Exame ecoDopplercardiogrifico ‘A ccoDopplercardiografia é um exame complementar, ndo-invasivo e muito itil ‘no diagndstico da EVM, Através dos mo- dos bidimensional, Me Doppler, pode-se determinar a presenga da insuficiéncia valvular, o tamanho e a contratilidade dos, ventriculos, a dilatagdo do étrio esquerdo, © espessamento das ctispides valvulares, nea®**, As avaliagdes seriadas da fra- lo regurgitante, fungao ventricular es- querda e dimensdes do strio esquerdo sao teis no acompanhamento da doenca Nas fasesiniciais, nem sempre é possivel distinguir ecocardiograficamente @ endo- cardite infecciosa da endocardiose de val- va miteal, No modo bidimensional observa-se nais de tamponamento cardfaco ou morte sibita, Neste caso, 0 exame revela uma cfusio pericardica hipoecsica, com peque~ nos trombos ecogénicos submersos, junta- mente com o trio esquerdo extremamen- (e dilatado**" No modo M pode-se observar a hiperci- nesia do ventriculo esquerdo causada pela ddiminuigao da pés-carga ventricular devido MOGOEIK, SEEBGORAN, Hemolitarl CONDRO-TON. ALANTOL. DM-GEL. FURANEW. GELO-PAN. races Clinica Veterinaria, letrolitos 7 e Cloro i e Calcio ° Sédio e Potassio e Magnésio e Glicose urna Sane com be ‘Ano V, 1.27, julho/agosto, 2000 at Cardiologia Figura 8 - Ecocardiograma Modo Bidimen- sional em um cdo da raga poodle toy de 13 anor de idade com endocarcloss de valve mitt. Posigae paraesternal longitudi- nal delta, 4 cémaras. A Imagem sugere presenga de dialacdo do éitio esquerdo (AB 0 valva mitral espessade (Setas), VE = Veniriculo exquerdo, VD = ventricu direito, AD = Gtr dreto A ejecdo no dirio esquerdo. Estes achados siio explicados pela regurgitagdo’ mitral, fem que parte do volume ejetado pelo ven- triculo retorna ao étrio esquerdo, reduzindo © volume sistélico final ¢ proporcionando uma ejecdo mas fécil que a normal. A fun- «20 miocérdica tende a ser preservada até ue 0 curso da doenga se prolongue, pas- sando a apresentar falncia miocérdica & sinais de insuficiéncia cardfaca congesti- va", Outro fator importante €a relagao entre 0 difimetro interno do dtrio esquerdo na sistole e o didmetro da raiz da aorta na didstole (AEYAOd), que se constitu em bom indice para diagndstico do aumento atrial esquerdo?™"". Nos modos Doppler Pulsétil (PW) € Continuo (CW) do fluxo mitral observa-se a presenga de onda A maior que onda E, ¢ ainda, a presenga de uma onda de regurgi- taco apés o clic de fechamento valvar lo- calizado abaixo da linha base do gréfico. Esta alterago na onda A é explicada pela dilatagio do dtrio esquerdo que, ao se con- trair,ejeta um volume sangutneo maior no ventriculo esquerdo. A onda de regurgita- do 6a representacio gréfica da velocida- de das hemcias que retomam para o trio esquerdo no momento da sistole ventricu- lar em decorténcia da valva defeituosa* © modo Doppler Continuo (CW) propor ciona quantificagdo direta da regurgitacdo mitral, endo possivel identificar um fluxo de regurgitacdo sistdlico, turbulento e de alta velocidade*™ ‘0 modo Doppler por mapeamento de fluxo em cores trouxe uma nova dimenso para a ecocardiografia. Por meio deste exa- me é possivel um alinhamento apropriado Figura 9 - Ecocardiograma Modo Bicimen- sional em um cao da aca poodle toy de 13 anos de idade com endocardioss de valva mitral. Posicdo paraesteal apical esquerca, 4 cmaras. A imagem sugere BBresenca de valva mifral espessada, com ‘maior Comprometimento da cuspide septal (Geto) @ dio © venticulo esquerdos alata. dos. AE = cirio esquerdo, VE = ventriculo fesquerdo, VD = venticulo diretto, AD = tio Giretto com os fluxos de todas as valvas e até mesmo localizar pequenos jatos de regur- gitagio, facilitando a realizado do exame. Esta modalidade de Doppler utiliza um ‘mapa de cores que ir representar o fluxo através das valvas e nas cmaras, Os fabri- cantes, assim como os ecocardiogratistas, podem escolher o padrio de cores de seus aparelhos. O que tem sido muito utilizado € aquele que codifica a cor vermetha, quando o fluxo vem em diregao ao trans- dutor ea cor azul, quando este se afasta do transdutor, Naqueles quadros de insufici- éncia ou estenose de valvas, a velocidade das hemécias € muito grande pela diferen- «ga de pressfo entre as cémaras (por exem- plo, na endocardiose da mitral hd grande diferenga de pressio entre 0 dtrio e 0 ven- trfculo esquerdos durante a sfstole) © por- tanto 0 fluxo, que é sempre turbulento nes- tes casos, sera representado no Doppler de fluxo colorido por uma coloragao em mo- saico, € nfo apenas por uma cor base. ES- ta coloragdo em mosaico é uma mistura das cores verde ¢ amarela dentro das éreas de fluxo turbulento. Na endocardiose de valva mitral, a re- gurgitagdo pode ser avaliada quantitativa- mente. Dentre as vérias possibilidades de avaliago, pode-se medir o tamanho do ja- to de regurgitagio codificado em cor (ge- ralmente com coloracdo em aaulada, pois 0 fluxo est se afastando do transdutor) dentro do trio. esquerdo. Quando o jato ocupar menos que 20% do ftrio, considera-se regurgitagdo leve de valva mitral. Um jato que ocupar de 20 a Figura 10- Ecocarciograma Modo Bidimen- sional em um cdo da race poodle toy de 13 anos de dade com endocarciose de vvalva mitral, Posicao paraestemal clei, visGo transversal no plano da valve mitral Valva espessado, evidenciando cispide septal mais comprometida: (seta). VM vane mitral 50% da érea atrial seré considerado como regurgitacdo moderada. Quando mais que 50% do jato regurgitante ocupar o atrio, insuficiéncia grave da valva mitral pode estar presente. Existem algumas limita- es para este método de medida. Uma de- las seria, por exemplo, quando o jato re- gurgitante € excéntrico, isto é, realiza seu trajeto tangenciando as paredes do étrio esquerdo (efeito coanda), € mais dificil avaliar quanto do fluxo estaria realmente ocupando a area do strio, Um ponto importante a ser destacado que a ecocardiografia somente deve ser re- uisitada ap6s exame fisico minucioso que permita uma avaliagdo geral do paciente, fomecendo subsidios para a sua escolha, pois este métoxio de diagnéstico consome mais tempo ¢ apresenta custo elevado. O exame ecocardiogrifico deve ser sempre interpretado a luz dos exames fisico e ra- diografico CONSIDERAGOES FINAIS. Por ser a endocardiose valvar mitral a cardiopatia mais freqiiente em cies idosos e de pequeno porte, torna-se de suma im- portincia a utilizacio de métodos de diag- néstico adequados, permitindo uma inter- vengdo ripida, Geralmente a sintomatolo- «gia clinica apresenta-se mais evidente com ‘ avangar da idade e a progressio da doen- ca, sendo fundamental nestes casos, um diggnéstico preciso, com base no|exame ico, nos exames radiogréficos seriados € no exame ecoDopplercardiografico. Os exames radiogrifico e ecoDoppler- cardiografico permitem um diagndstico se- guro © nao-invasivo na endocardiose de 32 Clinica Veteringria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 A K6nig sabe que tratar dessa turma nao é nada facil... Corti-dural20° O corticdide de longa acgao da Konig BEE enn MCa CN: ato) (de 2a 4 semanas) een C Ce array BaP cure ai) mee se eee RU eu EU ole Cardiologia valva mitral. O exame eletrocardiogritico somente & necessirio nos casos em que hi presenca de arritmias, nfo sendo portanto indispensdvel ao diagnéstico e ao acompa- nnhamento da doenga. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. OLATKINS, CE Aejied valvular insficiene. MILLER, MS TILLEY, LP. (Ed). Mandal of cane and fle cardsogy, 224 Philadeiphiae WB Saunders Compan.” 1995 p2v.144 02-ROON, JA. Manual of Veterinary Echocardiggraphy. Balimors: Williams & Wilkins, 1998, p261-286 OS-BRIGHT, LM; MEARS, E Chrotie_ heart disease and is management. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice, 27,8, 13051329, 1997 OLBUCHANAN, 1W. Chrooic valvular disease (adenosis) in dogs. Advanees in Veterinary Science and Comparative Medicine, 21 5-106, 197. OS:DARKE, PG. Valvular incompetence in Cavlior ‘King. Charles spies, Veterinary. Record 120, m5, p 365-6, 1987 O6-DARKE, FG.G; BONAGURA, 1D: KELLY, DE ‘Color atlas of veterinary cardiology. London: Mosby: Molle, 199, 37.5. OT-DAS, KM; TASHIIAN, RA. 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NS; MOSES, BIL Recommendations for andards ia transthoracic two-dimensional ‘echocardiography in the dog and ca. The Echocariography Commie of the Specaty of Cardiology. American College of Veterinary Internal" Niedcine. Fournal of Veterinary Internal Medicine. v7.4, 247-52. 1993, 22-THRUSFIELD, MLV; AITKEN, C.G.G: DARKE, ?PG.G. Observations on breed an! sx in relation to canine heat valve incompetence. Jour af Small Animal Practice, 36,12, 9.700277, 1985, 20TILLEY, LP; MILLER, MS, Congestive heart Tallure. du: BOIRAB, MJ. (Ed) Diseases ‘mechanisms in small animal surgery, 2 Philadelphia: LeaFebiger, 1988, 336382. 26 WHITNEY, J.C. Observations on the effet of age on Ue severity of Heat vale lesions i the do Journal of Small Animal Practice. v.13, 13, pati, 1978 Organizacgao e realizagao 20 e 27 de agosto «+ Curso de cardiologia e eletrocardiografia veterinaria Prof. dr. A. A. Camacho Local: Instituto Bioldgico - 8h as 12h Rua Cons. Rodrigues Alves, 1252 - 3° andar - Vila Mariana - Sao Paulo - SP 10 e 24 de setembro «+ 8 e 22 de outubro 5 e19 de novembro + 3 e 10 de dezembro Informacées e inscrigdes: fone: (11) 203-9155 fax: (11) 203-9860 - a partir de 1/9/00: (11) 6995-9155 junaeventos@globo.com 34 Clinica Veterindria, Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 Vocé, mais do que ninguém, sabe que os cdes esto sujeitos as mais diversas doengas. Por isso, o desafio da imunizagéo é um assunto muito sério, principal mente quando se trata da Parvovirose. Desenvolvida pela Pfizer, Vanguard® HTLP éuma vacina que utiliza Alta Titulagdo e Baixa Passagem no cultivo de células caninas, proporcionando maior protegao no menor tempo possivel. Nao arrisque a satide de seus pacientes. Vanguard” HTLP. A melhor deciséo para proteger filhotes e caes adultos. + ert Revowtor a rcafome emis oper de } seco ara eu unavece eae cas emai reranscores lector omens, oka see nie alors esis ride en toe cms uk re ce (i asec cue erie cove tract www.pfizersaudeanimal.com.be inerodeensencibta cell) Pfizer Fone Satide Animal 0800 11 1919 ‘A Evolugao das Vacinas \Vanguard® HTLP protege contra: Parvoviose, Cinomose, Adenovirus tip 2 (doencas respiratirias,hepatt infeciosa), Paralnflenza, Coronavirosee Leptosprose canna Pfizer e vocé. Uma parceria de qualidade, Reproducao Complexo-hiperplasia cistica endometrial/piometra em cadelas - reviséo Cystic endometrial hyperplasia/pyometra complex in bitches — review sumo: Na pica da circa de paquenos animals, os mis vetrndrio so reqdentomentecontonades com 0 ‘quatro ov com ocagnéstco dlrenca da poner em cadels,e cover deci apéamente sabre a mer forma Se Tatamento quando se trata ua stvagao de rico do via da pace. Esa revsdo fom como objetivo a descrigo Sos tanctos prose als da eloplogena da hprplasacistia endometrial em cals, 2 qual precede o sesarh ‘eno do quaro de pometa. Abo arto aclasiearso como os cnomas, os achados cies, bam como aspec- tos do ologndstzo desta sindrome. Com relago ao Vatamerto,sf0corsiserada ano a abodapecitirgea quanto 2 ‘medeametasa, ben om as vanagorse dsranagens de cada cto. Unitrmos:Cadelas,hiperpasia cisiza endonatal, poeta [Absract: Small aimal dnicians are equerty conionted by cases or dire cgnoss of pyoeta in bch, avin to cei auily abou te best reamert when i ae threateing sation. This reew amed at descrong ‘hepacical and crenconoegts tout ne eepaogon o he cyst erdometiahyperpasa niches, which peceeds the dveopmen of poms, The casa, pions, clinical ndings and aspects ol the syncrome Sagnoss are reviewed. Resardngreamert, beh sural and madcal approaches ar akon io account, 2s wel sth advantages fd dsadvertages ofeach one, Key.words: Bienes, csc erdomtiahypeasia, pyometa Clinica Veterindria, 0.25, 36-44, 2000 INTRODUCAO Dentre as enfermidades que afetam 0 ‘rato reprodutivo da cadela, a piometra apresenta grande importéncia por com- prometer a vida da paciente”. A piome- tra € uma infeceZo supurativa uterina aguda ou crénica, com aciimulo de pus no liimen uterino". O diagnéstico pre- coce e eficiente desta enfermidade € um ponto interessante na pritica da clinica de pequenos animais” de fluido no interior das glandulas endo- metriais e no limen uterino”™. Essa pa tologia geralmente ocorre em animais de rmeiatidade ou mais velhos "no en- tanto animais mais novos podem ser aco- ‘metidos, em decorréncia de tratamentos hhormonais prévios"*" (Figura 1), Em cadelas normais, por aproximada- ‘mente 9a 12 semanas depois da ovulagao, a concentragio de progesterona plasmati- cea aumenta e, fregientemente, atinge TIOPATOGENTA A piometra na cadela € uma patologia mediada por horménios *'. Essa con- digo pode ocorrer em qualquer estigio do ciclo estral, mas acontece mais fre- 4lientemente no diestro"”". Aparente- ‘mente, nfo existe predisposigao racial para a patologia em cadelas’”", ‘A hiperplasia cistica endometrial (HCE) precede 0 desenvolvimento da piometra em cadelas, sendo causada por luma resposta exagerada e anormal do en- dométrio & estimulacio progesterdnica crénica e repetitiva’’"*, com acdmulo Neu Gace Pests Figura 1 - Quadro de hiperplasia cistica ‘endometrial ern cadela SRO de 14 anos de idade 36 Clinica Veterinéri Christina Ramires Ferreira Resides do Dep. de Reprod Animale Radiologia Veterindria da FMVZ- UNESP/Botucaty tis@laercom be Maria Denise Lopes Prof, de. do Dep. de Reproduce Animale Radiologia Veterindra dt PMVZ-UNBSP/Bosucans 40ngiml (no anestro é <0,5ng/ml e chega 1 2,0ngiml no estro)". Durante esta fase, 1 progesterona promove proliferagao en- dometrial, secrecao glandular, e suprime a atividade miometrial, permitindo assim 6 actimulo de secregées uterinas glandu- lares"*, Tais secregdes promovem um excelente ambiente para a proliferacao bacteriana, que é ainda favorecida pela inibigdo da resposta leucocitaria & in- fecgao no iitero pré-estimulado pela pro- gesterona”® ‘A administragio ex6gena de proges- terona ou de estrégenos também aumen- ta incidéncia da piometra”*, O estr6- ‘geno exdgeno aumenta 0 efeito estimu- Iador da progesterona no titero; por essa azo, 0 uso de estrdgenos na preven- go da prenhez é extremamente contra- indicado”* ‘A-expressto de receptores de estrogé- rio (RE) no ster de 27 cadelas com complexo HCE foi comparada a expres- slio destes no ttero de 23 cadelas nor- ‘mais, no mesmo estigio do ciclo estral”. ‘O maior indice de RE foi encontrado em glandulas normais de cadelas tratadas com progestdgenos'. Os resultados incl- cearam que controle para a menor ex- pressilo dos RE nas glandulas endome- triais, que ocorre sob a influéncia de ‘concentrages de progesterona, é defec~ tivo em cadelas com HCE’. Nao foi constatada nenhuma corre- lagi entre a piometra e a quantidade de receplores uterinos para androgénios em um estudo no qual estes receptores fo- ram detectados no iitero de 28 cadelas pela técnica da Reagao em Cadeia da Polimerase (PCR). Em um estudo envolvendo 953 cade- las com piometra e 10.660 cadelas nuli- paras, investigou-se a relacdo dessa alte- ago com a idade, 0 nimero de crias, a ‘Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 terapia hormonal e a raga”, Cadelas nu- liparas apresentaram riscos moderada- mente aumentados no desenvolvimento ‘da piometra em relago a animais prim paros e multfparos"” A administragio de estrégeno aumentou o risco do apareci- mento de piometra em cadelas com mais de 4 anos de idade ”. Nao foi detectado tum maior riseo com tratamento com progestiigenos no desenvolvimento do ‘quadro de piometra em cadelas, sendo pouco provivel que se este risco existir, ‘© mesmo seja elevado"” Varios trabalhos, no entanto, relacio- nam a administracio de progestigenos & maior incidéncia de piometra, principal- mente em cadelas jovens” Houve relato de piometra associada ao tumor ovariano das oélulas da granu- losa® (Figura 2) © & aplasia segmentar de um como uterino®. Figura 2 - Quadro de piometia assoctada {90 lumor ovariano das ceiulas de granu: lesa CLASSIFICACAO Existem duas sindromes distintas da piometra’. A primeira é a sindrome da piometra da cadela idosa, que ocorre em animais com mais de 7 ou 8 anos de ida- de, propensos 2 hiperplasia cfstica endo- rmetrial € subsequente piometra’. Essa sindrome € 0 resultado de exposi sucessivas & progesterona durante as f ses de diestro do ciclo normal. E, por- tanto, relacionada 3 idade’ Asindrome da piometra da cadela jo- vem esté relacionada A administragio exégena de estrgenos para prevenir a gestacdo’. utra classificagio comumente em- pregada é a de que a piometra pode ser dio tipo aberta, quando a cérvix esté {quase completamente aberta e hé pre- senca de secrego vaginal, que pode cessar espontaneamente *. Em estudos com casuistica de piometra em cadelas, constatou-se uma maior porcentagem de casos de piometra aberta (97% ', 749%" © 80%") do que de casos de pio- ‘metra fechada. Na forma fechada, devido & ndio-aber- tura da cérvix, no ha presenca de corti ‘mento vaginal, havendo portanto act ‘mulo de material no titero e distensao do abdomen ‘A maioria das cadelas com piometra apresentou estro até dois meses antes do inicio dos sinais linicos'**. Pode haver hist6rico de tratamento com estrégeno para prevenir a concepgdo depois de uma cobertura indesejada, ow de trata- ‘mento prévio com progesterona para su- primir 0 estro". Os animais podem apre~ sentar-se relativamente saudaveis, depen- se aGulze ‘sop|9ay opde atusiog i celle rent ete) sou ogSeijauad ap sapod s01ew *sozeB 3 saed eied epiajoauasap ajuawyelsedsa opSejnuo} wos oodweys oulawilid © doy w090}2") xel-b Pest y(e Mie eed Clinica médica Metabolismo de drogas e terapéutica no gato: revisdo Drug metabolism and therapy in the cat: review esumo: Sabe ca, de ha mut, ue os gatos apeseriam respostas derenes daqulas waniestadas pelos cles & admirer do vrias chogs. AS doses de maos medcamios sao obides para o gan a pair daquasulzadas eda o que ccasiena rapes adversas ra espace ana, Essasmanlestacies doven-se, oincpaimene ds clrereas {le metboisme ene a espace. O palo aposena uma dfs lava na avidade de lgumas eninasplewni ‘ranserase, quo catalan as reagdes de conugacdo mais mpoaros nos mans, Alem iso, o gato & mut sus ‘opel metahemaglobnemia e lamagae Ge corpiccuce de Henz gods a acisraca de algunas copa. O obo tho deste argo €revisar as caractrsicas do metabolmo eos prnipass mectamenios capazes de rovocar ino ‘apie na esp ein Unitermos: Metabolism, crogas, gato ‘Abstract tis known tat als respond een oa vary of dugs. May medline dosages commenced fo: dogs are exalted to cls. and bs usualy causes aovrse reactions in eles. These manfestaons are manly due Io pie dfrencs n metabo. Te ct has alate dligency in the act o some glyco ranstrase, which catalyze the mest Inpotant conjugation reactions in mammal, Besides is, his spades Is very susceptible to Inefenogebinenia ané Heinz body formation atthe acmnsraton of some drugs. Te purpose of this paper i 0 ‘eve be elutes of retabolsm ard te main gs thal can cause etxcaon nes. Keywords: Metabolism gs, cal Clinica Veterinaria, n.27, p.46-53, 2000 Introducao Ha muitos anos os veterinérios tém co- nhecimento de que os gatos respondem demaneira diferente & dos caes a uma va- riedade de drogas*, Existem muitos rela- tos na literatura de intoxicagdes ¢ readies, adversas apds 0 uso de diversos medica- ‘mentos nessa espécie "9%", Devido a similaridade entre as espé- cies, as doses de medicamentos usadas em gatos so muitas vezes obtidas a par- tir daquelas recomendadas para cies. Embora essas extrapolagdes sejam fre- qlientemente bem-sucedidas, deve-se terem mente as variagdes da farmacoci- nética e do metabolismo de drogas entre as espécies, que sto responséveis pelas reagdes adversas. " Para compreendermos as caracteristi- cas da espécie felina, € interessante re- vermos brevemente as vérias etapas'do metabolismo das drogas, Metabolismo ou biotransform das drogas ‘A funcio do metabolismo das drogas étransformar um composto lipossolivel ‘em uma forma mais hidrossoltivel e mais polar, a fim de facilitar a sua excrecio, pelo organismo. As drogas relativamente hidrossoliveis nfo necessitam ser meta- bolizadas e sdo excretadas, praticamente inalteradas, na urina. A absorgao e a dis- tribuigdo dessas drogas sfo similares em. todas as espécies domésticas, fazendo com que as doses administradas sejam iguais (c.g. aminoglicosfdios). J4 as dro- gas lipossoliveis nfo so prontamente eliminadas, podendo atingir concentra- ges tOxicas se nio forem metaboliza- das”, ‘0 metabolismo das drogas compreen- de duas fases, cada uma catalisada por ‘enzimas especificas (Figura 1). As enzi- mas da fase I catalisam reagdes de oxi- dagio, redugo ou hidrdlise ¢ esto loca- lizadas primariamente no figado, embo- ra também exista alguma atividade nos rins, mucosa intestinal, pulmdes e plas ma Sanguineo’. A maioria das enzimas dda fase I faz parte do sistema citocromo P-450, localizado no reticulo endoplas- itico liso do hepatécito, ¢ sio cla ‘eadlas como enzimas microssom: Os metabdlitos destas reagdes geral- mente sio menos ativos do que o com- posto original, mas os de algumas dro- ‘gas podem ser mais t6xicos (e.g. aceta- minofen), mais ativos (e.g. primidona) ‘ou possuir a mesma atividade, Pode Isabela Ciniello Araujo Medica Veternstis societal Luiz Gonzaga Pompermayer Prof ai - Dept. de Veerndria — UFV Aloisio da Silva Pinto Prof ass. - Dept, de Veternira~ URV ocorrer também a conversio de drogas. inativas a formas farmacologicamente ativas (e.g. ciclofosfamida, azatioprina, prednisona) ‘As reaces da fase I geralmente intro- duzem, na molécula da droga, grupos como OH, COOH ¢ NH, que tomam os. metabolitos susceptiveis as reagdes da fase Il Se a droga ja contém um destes. grupos quimicos, pode sofrer conjuga- co diretamente, sem passar pela fase I A fase II envolve a conjugagao da droga ou dos metabslitos da fase I com grandes moléculas, tomando-os menos ativos, menos t6xicos e mais hidrossolt- veis, para serem prontamente elimina- dos pela urina ou pela bile (Figura 1). As principais moléculas utilizadas nas tea- ‘GBes de conjugagao sao: écido glicuréni- ¢o, sulfato, glutation, glicina, cistefna, glutamina, taurina, grupos metil ¢ acetl. Nos mamiferos, a reacio mais importan- te € a conjugacdo desses metabslitos com 0 Acido glicurdnico, catalisada por ‘uma familia de enzimas microssomais, a uridina-difosfato-glicuronil transferase. Além do figado, estas enzimas também so encontradas nos rins, no intestino, no cérebro e na pele.’ A natureza dos ‘grupos funcionais determina o destino metabélico do composto’. Drogas que contém grupos -OH, -COOH, -NHo, -HN e -SH sio particularmente suscep- tiveis & glicuronidagio ‘Varias.substincias endégenas tam- bém sio conjugadas com o iicido glicu- ronico, entre elas os horménios estradiol 17, a progesterona, a testosterona, 0 cortisol ea tiroxina™, A enzima P-glicuronidase, presente na mucosa do jejuno e nas bactérias in- testinais, pode hidrolisar os conjugados, glicurénicos recém formados, tornan- do-os novamente ativos”*'. Se 0 com- posto for lipossoliivel, sera reabsorvido pelo trato gastrintestinal, o que caracte- tiza a circulagio éntero-hepitica © 46 Clinica Veterinaria, Ano V, 1.27, julhofagosto, 2000 EXEMPLO REACAO a Fasel ‘OXIDATIVAS N-desalquilacao O-desalquilacao Hidroxilagao alitatica Codeina Neoxidagio S-oxidacao Sulfoxidacio Desaminacao DE HIDROUISE Fenotiazinas sisi Formagao de acido mercaptirico prolonga o tempo de permanéncia da droga no organismo"™. ‘A conjuigacao com 0 sulfato & catali- sada pelas enzimas sulfotransferases, presentes principalmente no citosol do hepatécito. Os conjugados de sulfato io, em geral, altamente polares e rapi- damente excretados na urina, A capaci dade de conjugagio com o sulfato é sa turada apds doses elevadas de drogas, 0 que nao ocorre na conjugacio glicuroni- dica. A saturagdo deve-se & depleco do co-fator obrigatério enddgeno, o 3°-fos- Foadenosina 5°-fosfossulfato?” As reagoes de acetilacio so catal das por uma familia de N-acetiltransfe- rases, localizadas no citosol das células de alguns érgios, como figado, intesti- no, rins e pulm@es. Os metabslitos ace- tilados geralmente séo menos hidrosso- huveis do que a droga original e eristali zam-se mais facilmente nos ttibulos re- nais. No homem, a maior parte do meta- bolismo das sulfonamidas ocorre atra- vvés da N-acetilago” (Figura 1), ‘A conjugacio com o glutation tam- ‘bém constitui um mecanismo importan- te de desintoxicagio do organismo””. A reacio € catalisada por enzimas gluta- tion S-transferases, presentes em prati- Clinica Veterinai __cloranfenicol, fenol Acetaminofen, esterdides, morfina, fenol, cloranfenicol | Sulfonamidas, isoniazida, clonazepam " Hidrocarbonetos aramaticos Figura 1 - Exemplos das principais reagbes metabdlicas das fases |e 1 Diazepam, codeina, eritromicina, morfina, teofilina Ibuprofen, pentobarbital, ciclosporina, midazolam Hidroxilagdo aromatica Fenitoina, fenobarbital, propranolol, fenilbutazona, etinil estradiol, anfetamina Clorieniramina, quinidina, acetaminofen Cimetidina, clorpromazina Diazepam, anfetamina © Procaina, acido acetilsaliclico, lidocaina, So . procainamida, neostigmina, atropina Hoes DE REDUGAO Nitro-reducao Cloranfenico! Ceto-reducao Acetofenona Fase Il DE CONIUGACAO ; Glicuronidacao Acetaminofen, morfina, diszepam, Acido salicilico, camente todos os tecidos. Os conjuga- dos de glutation so clivados a deriva- dos de cisteina e acetilados, dando ori gem a conjugados N-acetilcisteina. Es tes silo conhecidos como fecidos mereap- tiricos e so excretados na urina’. Com- postos aromiiticos halogenados simples, como © bromobenzeno, sto biotransfor- mados por esta via (Figura 1). A sulfo- bromoftaleina, usada em teste de fungao hepitica, 6 excretada na bile como con- jugado glutatiGnico". lago a conjugacdo com os jos glicina, taurina e glutami- jes menos comuns para dro- gas, mas importantes. para compostos endégenos CARACTERISTICAS DA ESPECIE FELINA Deficiéncia na conjugacio com 0 Acido glicurdnico As reagdes da fase I ocorem em to- das as espécies, embora os padres me tab6licos sejam bastante variéveis. Ou eja, uma determinada droga pode sofrer diferentes tipos de reagbes, dependendo da espécie animal & qual & adminitrada, Assim, as reacGes metabsticas da fase I ocorrem de forma imprevisivel e em ‘grius variaveis nas diferentes espécies domésticas’. Sabe-se, por exemplo, que as reagdes de hidroxilacio e desalquila- «io ocorrem de forma muito mais lenta em gatos do que em outras espécies*. Quanto as reagdes da fase II, algumas so deficientes ou ausentes em determi- nadas espécies, de tal forma que os pa- drées_metabdlicos podem ser previ veis. Estas variagdes nas reagées da fase II sio responsdveis pelas diferencas na tribuigdo de drogas entre as espécies gato apresenta uma deficiéncia re- lativa na conjugagao com o écido glicu- rénico, devido as concentragdes extre- mamente baixas de algumas enzimas slicuronil transferases. Portanto, muitas drogas que sio metabolizadas por esta via apresentam uma meia-vida prolon- gada em gatos. Doses muito elevadas podem levar a niveis t6xicos, causando respostas farmacol6gicas exacerbadas ‘ou intoxicagées " Entretanto, nem todas as drogas que so conjugadas com 0 dcido glicurénico slo. txi felina. Isto corre porque o gato é deficiente em ape- nas algumas familias de glicuronil trans- ferases. Conjugados de substincias end6- genas, como bilirrubina, tiroxina € hor ménios estersides so formados normal- mente, enguanto a sintese de glicuroni= dios a partir de diversas drogas ocorre em. proporgées muito menores nos felinos do que em outras espécies. Compostos con- tendo fencis (hexaclorofeno), écidos aro- miticos (‘icido salicilico) ou aminas aro- miticas (acetaminofen) so os principais, exemplos de drogas que t&m eliminacio prolongada em gatos. Como a deficiéncia depende da afinidade da enzima pela mo- Igcula da droga, ha a possibilidade de que 4 conjugacao glicuronfdica entre com- postos fendlicos seja também. varidvel. Além disso, as drogas podem ser metabo- lizadas por uma via altemativa, como a sulfatagdo, A conjugagao com sulfato pa- rece ser bem desenvolvida em gatos" Segundo alguns autores, a maior parte dos conjugados formados pelo gato so sulfatos”"*, Entretanto, esta via sofre sa- turagao facilmente, o que contribui para a retengdo de drogas no organismo". Os efeitos da deficiéncia de glicuro- niidagdo no gato dependem da natureza da droga e da presenga ou nao de vias al- temativas de biotransformagao, Se a conjugacdo com o écido glicurSnico & a principal reagao para a inativagao da , Ano V, 1.27, julholagosto, 2000 47 Clinica médica droga € as vias altemativas no esto disponiveis ou nao sio eficientes, a dro- ga acumula-se no organismo™. Oxidacao da hemoglobina (Os gatos possuem 2 tipos de hemoglo- binas no sangue, chamadas HbA e HbB. As hemoglobinas felinas contém pelo menos oito grupos sulfidril oxidaveis, ‘enquanto as demais espécies apresentam tum maximo ce quatro, Os grupos sulfi- aril so reativos e, portanto, susce 2 interaco com drogas ou metabslitos". Na presenga de um agente oxidante, a he- moglobina felina teria mais grupos sul dril para serem mantidos em um estado reduzido. Isto poderia ser responsével pe- la maior susceptibilidade dos gatos 2 i jiitia oxidativa aos eritrécitos'"”. glutation (GSH) é um tripeptidio sintetizado nos eritrécitos, que protege a hemogiobina ¢ outros componentes do eritrécito, da injiria oxidativa. O gluta- tion é oxidado por perdxidos endégenos. outras drogas, formando ligagdes entre 6 grupos sulfidril de duas moléculas de GSH, ou entre uma molécula de GSH & tum grupo sulfidril de protefnas do trécito. A regeneragio do GSH, feita pe- Ja enzima glutation redutase, € impor- tante para assegurar a sua presenea no estado reduzido”. Os agentes oxidantes, ligam-se preferencialmente ao glutation, portanto $6 causam danos ao organismo quando grandes quantidades. presente levam a deplegao do glutation’”. O ferro na hemoglobina esté presente normalmente no estado reduzido ou fer- roso. Forma-se a metahemoglobina quando compostos endégenos drogas, oxidam o ferro ao estado fiétrico. A me- tahemoglobina é incapaz. de transportar oxigénio. Em animais normais, hd apro- ximadamente | a 2% de metahemoglo- bina no sangue © o sistema enzimitico metahemoglobina redutase, presente no eritrécito, faz a redugdo da metahemo- globina a hemoglobina”. A metahemo- globinemia desenvolve-se quando os, veis de metahemoglobina excedem as quantidades endégenas normais. As vias metabéticas para redugao da metahemo- globina a hemoglobina devem estar pre- sentes e funcionais para prevenir a sua acumulagdo. A auséncia dos componen- tes enzimaticos necessérios, ou um es- tresse oxidativo intenso, podem fesultar em manifestagdes clinicas de metahe- moglobinemia®. A hemoglobina B do 48 {gato é menos estavel do que a hemoglo- bina A”, sugerindo que a variabilidade individual no desenvolvimento de meta- hemoglobinemia possa estar relacionada a diferencas na proporgao de hemoglo- binas A.e B em cada animal". Drogas co- ‘mo acetaminofen, benzocaina, azul de ‘metileno, fenazopiridina e propiltiouracil podem provocar metahemoglobinemia Muitas drogas que causam metahe- ‘moglobinemia também podem provocar desnaturagao oxidativa da hemoglobina, resultando em corptisculos de Heinz. A hemoglobina felina é susceptivel a esse tipo de injiria, e gatos normais tém alta prevaléncia de corpiisculos de Heinz nos, eritrécitos. Enquanto a formagao de me- tahemoglobina ¢ um processo reversivel, a formacao de corptisculos de Heinz ¢ir- reversivel e pode levar 3 hemélise Os sinais clinicos mais comuns de ‘metahemoglobinemia so cianose, dis- ppnéia, edema facial, depressio, hipoter- mia e vomitos”. DROGAS CAPAZES DE PROVO- CAR REAGOES ADVERSAS EM GATOS Acetaminofen ‘A administragao do analgésico aceta- minofen em gatos pode causar intoxica- ‘glo aguda e morte. Na intoxicacao por esta droga ocorre hemélise intravascular ‘e metahemoglobinemia, reduzindo a ca- pacidade do eritrécito de transportar oxigénio’. Os sinais clinicos classicos jo cianose, edema de face e membros e hiperventilagao decorrente de hipoxe- mia e acido- se léctica. Outros si-_ — nis inespe- ficos in- cluem ano- rexia, letar- gia, vomi- tos, ptialis- mo € estu- por ®, Se- gundo al- guns auto- res, inicial- mente (até duas_ horas) os gatos apresentam membranas ‘mucosas pi- lidas, € 86 0 [Acido glicurénico sistema P430 | Conjugagio| “com sulfato, depois observa-se cianose*, Um compri- mido de 500mg pode induzir & metahe- ‘moglobinemia rapicdamente”. As alteragbes.laboratoriais incluem hiperbilirrubinemia, anemia regenerati va, presenca de corpiisculos de Heinz nos eritrécitos, hemoglobiniria, bilirra- bindria e proteintria® Na maioria das espécies animais, a ‘metabolizagio do acetaminofen envolve reacées de glicuronidacio ¢ sulfatacao, € uma pequena quantidade é biotrans- formada pelas enzimas da fase 1 (cito- cromo P-450) a metabélitos t6xicos. Es- tes sio removidos pela conjugagio com 6 glutation antes que possam causar le- sbes no organismo. No gato, devido & deficiéncia na glicuronidacao e & répida saturago da via de sulfatagio, 0 aceta- minofen é desviado para as enzimas da fase T, 0 que resulta na formagio de maior quantidade de metabélitos t6xicos para serem inativados através da conju- ‘gacio com o glutation. O glutation sofre deplegao rapidamente e os metabélitos, t6xicos acumulam-se, causando injéria oxidativa & hemoglobina ¢ lesdo hepato- celular!" (Figura 2) tratamento ¢ feito com N-acetilcis- tefna, que forece grupos sulfidril para serem oxidados no lugar da hemoglobi- na e das proteinas estruturais dos hepat- citos *. No organismo, a N-acetilcisteina € rapidamente hidrolisada a cistefna, que & necesséiria para a sintese de glutation”. essa forma, a N-acetilesteina repde 0s estoques de glutation e compete peto in- temmedidtio t6xico”, pois este liga-se Figuic 2 - Ruxograme do metabolsme do acetaminofen Morte celulas i A Macromoléculas ccelulares wf Metabélitos Metahemoglobina Clinica Veterinaria, Ano V, 1.27, julholagosto, 2000 preferencialmente ao glutation, quando disponivel, ao invés de ligar-se as ma- cromoléculas celulares". Além disso, a N-acetileistefna constitu uma fonte ex6- gena de sulfato para a conjugagao com 0 acetaminofen *, Em pesquisas realiza- das com ratos intoxicados pela droga, a Neacetilcisteina aumentou as concen- tages séricas de sulfato, favorecendo a conjugaedo por esta via” 0 ficido ascérbico pode ser usado co- mo complemento da terapia, por conver- tera metahemoglobina em hemoglobina reduzida e inibir a ligagdo covalente dos metabdlitos reativos, reduzindo-os no- vamente a acetaminofen livre. A redu- ‘cio na quantidade de metabslito t6xico permite que quantidades suficientes de ‘glutation sejam regeneradas para facili- tar a conjugacdo de acetaminofen ”. A ‘cimetidina, um inibidor das enzimas mi- ccrossomais, pode diminuir a produgao de intermediérios t6xicos ". Em ratos tratados com doses t6xicas de acetami- nofen, a cimetidina e a N-acetilcisteina apresentaram efeito hepatoprotctor aditivo, com 100% de sobrevivéncia e elevagao das concentragdes de glutation hepatico para valores préximos ao nor- mal. A combinagao das duas foi mais eficaz do que a administracdo de cada uma das drogas isoladamente Recomenda-se 0 tratamento com N-acetilcisteina na dose de 280mg/kg, por via oral, seguida por 140mg/kg. apés 4, 12 ¢ 20 horas”, ou na dose de 140mg/kg, por via oral ou endovenosa, seguida por 7omg/kg a cada 6 horas, du- rante 36 horas”. A N-acetilcisteina € re- lativamente atéxica e 0 tratamento deve ser iniciado imediatamente quando se suspeita de intoxicago, em conjunto com medidas de suporte, como fluidote- rapia efou transfusdo sangt nistragao de oxigénio”. co € administrado na dose de 30mg/kg, por via oral ou parenteral, nos mesmos intervalos que a N-acetileistefna’”. A acio da N-acetilcisteina pode no ser répida o suficiente em casos severos, portanto transfusdes sanguineas podem. ser feitas para melhorar o transporte de ‘oxigénio pelo sangue, propiciando tempo para que 0s outros tratamentos possam. reverter a metahemoglobinemia”. Acido acetilsatieftico Os salicilatos sio_metabolizados mais lentamente pelos gatos devido & deficiéneia na atividade da glicuronil transferase hepatica”. O écido acetilsa- licflico € um composto estavel no gato, com uma meia-vida de 44,6 horas, en- quanto nos caes a sua meia-vida € de 8,6 horas. Os ‘metabolitos sio o salicil glicuroni- dio, um metab identificado € 0 fcido salicitico inalterado *. Os sinais clinicos iniciais da intoxica- edo por aspirina sio anorexia, depressio € vomito, Febre alta, acidose metabéli- ca, anemia, mielossupressao, convul- ses € morte podem ocorrer com doses. mais altas*. A administragao de até 25mg/kg/dia durante 15 dias nao causou evidéncia clinica de intoxicagao®. Os efeitos analgésico e antipinético podem ser mantidos com doses de 10,5mg/kg a cada 48 horas: Existem diversas fontes de salicilato que também merecem atengao especial Clinica Veterindria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 49 Cl Preparagies de subsalicilato de bismuto so usadas para o tratamento de gastro- enterite aguda, devido aos efeitos anti- prostaglandina do subsalicilato e prote- tor géstrico do bismuto. Devem ser usa- das com cautela em gatos, pois 0 dcido salicflico presente no composto pode ser absorvido e atingir concentragdes t6xi- ‘cas apés administragdes repetidas'. ‘Assulfassalazina apresenta efeito anti- inflamatério no célon, podendo ser usa- dda no tratamento de colite crénica. A ‘molécula da droga € formada pela unigo de sulfapiridina e dcido 5-aminossalic lico, que slo liberados no célon peta ago dos microorganismos locais. Devi do a possibilidade de intoxicacdo por Acido salicflico, a sulfassalazina deve ser usada com cuidado em gatos! tratamento da intoxicaco por sal cilato € sintomético e de suporte, Se a in- gestdo foi recente, deve-se proceder co- ‘mo em outros casos de intoxicagao (in- dugio de vomito, lavagem géstrica e/ou administragio de carvao ativado) '". A fluidoterapia deve ser insttuida imediata- ‘mente, para corrigira desidratagao ¢ a ac dose metabglica e induzir a diurese”™. A administragio de bicarbonato de sédio aumenta os niveis de salicilato ionizado no sangue, diminuindo sta entrada no sistema nervoso central ¢ acelerando sua excrecio uringria, Fenilbutazona O uso de fenilbutazona em gatos esti associado a uma alta incidéncia de into xicagio”. A administracio de 44mg/ke a cada 12 horas, em 5 gatos saudaveis, resultou na morte de 4 animais, ap6s pe- riodo de 12 a 19 dias de tratamento. Os sinais elinicos observados foram: perda progressiva do apetite, perda de peso, desidratagio e depressio severa. A ne- ‘cropsia, foram observadas alteragdes de- generativas nos rins de todos os gatos” Existe controvérsia quanto a0 uso de fenilbutazona no gato. Alguns autores recomendam a dose de 6 a 12mg/ke"* mas, segundo outros, a fenilbutazona no deve ser usada na espéce felina’. Cloranfenicot Quando administrado em gatos nas mesmas doses recomendadas para cies © cloranfenicol induz & anorexia, & de- pressio, a anemia e & mielossupressao. Na maioria dos casos, estes efeitos sto reversiveis apés a interrupedo de admi- 50 Clinica Veteri ca medica nistragdo da droga” A intoxicagdo por cloranfenicol causa hipoplasia de medula, auséncia de matu- racdo das células eritréides, inibigao da atividade mit6tica e vacuolizagao de lin- fécitos e de precursores iniciais das sé- ries miel6ide e eritrSide. No sangue pe- riférico observa-se diminuigéo do ni- mero de neutréfilos, linfécitos, reticul6- citos pontithados e plaquetas. Embora a gravidade da intoxicagto por cloranfenicol em gatos seja aparen- temente dose-dependente, a administra- do continua também parece contribuir para o desenvolvimento de efeitos adver- sos, As alteragdes t6xicas na medula 6ssea no so observadas se a droga administrada em doses baixas e de for- ‘ma intermitente*, O desenvolvimento de discrasias sanguineas & menos provavel se a duragao do tratamento nio ultrapas- sar 7a 10 dias". Os gatos sio deficientes tanto na fase T como na fase I do metabolismo de absorcao do cloranfenicol ", portanto a dose para esses animais deve ser a mini- ma necesséria para produzir um efeito antibidtico satisfat6rio, no devendo ul- trapassar S0mg/gato/7 dias". Prepa- rages t6picas, como as oftélmicas ¢ otol6gicas, também oferecem risco, pois quantidades significativas de cloranfeni- ol podem ser absorvidas”: Devido aos efeitos adversos da droga no gato, ocloranfenicol deve ser reserva- do apenas para infeccSes intracelulares ou do sistema nervoso central graves. Opidides Os analgésicos opiéides sio pouco usados em gatos em razo do falso con- ceito de que produzem excitacdo moto- ra, alucinagdes © convulsbes nessa es- pécie. Entretanto, estudos feitos com 0 uso de morfina demonstraram que a es- timulagdo € conseqiiéncia da superdo- sagem, € que doses mais baixas do que as recomendadas para cies podem set usadas com seguranca em gatos"="", A administragao de morfina por via subcu- tanea na dose de Img/kg produz midri- ase, salivagao ¢ ansiedade, enquanto a dose de 0,lmg/kg produz analgesia sem excitago” ‘A dose de 0,22mg/kg de oximorfona produz sedagao em ces, enquanto em zatos este efeito € observado com doses, de apenas 0,06mg/kg”. principal metabstito da morfina em gatos € um conjugado de sulfato, sendo ‘anormorfina e 0 conjugado glicuronidio da morfina, metabélitos menos impor- tantes"". A sensibilidade relativa do gato & morfina pode estar associada aos re- ceptores dopaminérgicos. Alguns auto- res demonstraram que a morfina induz. a liberagdo de dopamina no sistema ner ‘voso central, havendo 0 estimulo de re- ceptores dopaminérgicos para produzit a resposta excitat6ria, Estes receptores podem ser bloqueados pelos trangiili zantes fenotiazinicos?"*. butorfanol é um analgésico opiside sintético com propriedades agonista-an- tagonistas, e poténcia 5 a 8 vezes maior que a da morfina. Pode'ser usado como analgésico na prevencdo € no tratamen- to da dor pés-operat6ria, em combina- do com trangiilizantes (neuroleptoa- nalgesia) ou como parte de misturas pré- anestésicas, aciministrado conjuntamen- te, por exemplo, & atropina e & acepro- mazina, Uma das vantagens do uso de opidides € a possibilidade de reversio dos seus efeitos, pelo uso de antagonis- tas, como a naloxona, que deslocam ou- {ros opidides dos receptores. A dose de butorfanol recomendada para gatos é de 0,1 a 0,4mg/kg, IM, SC ou IV. Benzocaina 0 uso do anestésico local benzocaina ‘em gatos estd associado & metahemoglo- binemia apés administragdo topica na pe- Je para controle de prurido, ou na laringe para facilitar a intubacdo traqueal*”. Em um experiment, a aplicagao de tum spray contendo benzocafna na laringe produziu metahemoglobinemia em 100% dos gatos testados. Entretanto, os resulta- dos mostraram variacio na susceptibili- dade individual, pois os animais foram expostos a concentragies similares. da droga, e os valores de metahemoglobina no sangue variaram de 0,26 a 3,25g/al.* 0 uso t6pico de creme contendo benzocaina em outro gato causou vO- mitos, dispnéia e prostracio, que seit ciaram 15 a 20 minutos apés a aplica~ go. Ao exame fisico, 0 animal apre- sentava_mucosas ciandticas, aumento nas freqiiéncias cardfaca e respirat6ria, € 0 sangue coletado tinha coloracio ‘marrom escura.” tratamento para a intoxicacio por benzocaina inclui a administragio de oxigénio, de N-acetileisteina e a transfu- sto sanguinea”. ia, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 SEU GATO NAO PODE FALAR SOBRE SUA IDADE. SEU PELO FALA POR ELE. HAIR & SKIN 33 — : Porque a beleza de seu pélo também depende de sua alimentacao. Royal Canin desenvolveu um novo alimento, completo e equilibrado, que embeleza, fortifica e cuida do pélo de seu gato adulto, qualquer que seja sua raca ou idade. Os veterinarios e nutricionistas da Royal Canin desenvolveram um principio ativo exclusivo "DERMSYSTEM'" , que age sobre a pele e pelagem do gato, dando-Ihe beleza, volume, maciez e elasticidade, além de intensificar sua coloragéo natural. 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Segundo alguns autores, a conjugacio ‘com o fosfato constitui um mecanismo tinico desenvolvido pelos gatos para a climinagao dos fensis' O hexaclorofeno é um composto fe- nélico incluido em varios sabonetes ger- micidas, e constitui-se em uma das fontes mais comuns de exposicdo de gatos aos fendis. O produto é rapidamente absor- vido pela pele. Os sinais clinicos de i incluem vémitos, depressio, ataxia e hiper-reflexia, que progride pa- ra hiporreflexia ¢ paralisia flécida. O tratamento consiste na remogao da dro- ga (banhos, lavagem géstrica e cataiti os) € tratamento de supore. propofol ¢ um agente anestésico de- rivado do fenol que pode induzir a inja- ria oxidativa nos eritrécitos felinos quan- do administrado durante virios dias con- secutivos. Quando gatos saudaveis foram anestesiados diariamente com propofol (Ginduzidos com 6mg/kg, TV © mantidos com infustio de 0,20 a 0,30mg/kg/min, IV por 30 min) durante 5 a7 dias, a por- centagem de corptisculos de Heinz. au- ‘mentou de forma significativa apés o ter ceiro dia, ¢ os periodos para recuperaca0 aumentaram apés 0 segundo dia de anes- tesia. Além disso, cinco de seis gatos apresentaram letargia, anorexia ¢ diar- réia no quinto, sexto ot sétimo dias, & dois gatos desenvolveram edema facial no terceiro e quinto dias. Houve resolu- Ho dos sinais clinicos 24 a 48 horas apés a tiltima infusdo de propofol.” Anti-sépticos urinarios Anti-sépticos urinérios contendo azul de metileno e fenazopiridina nao devem ser usados em gatos " ‘A fenazopiridina ¢ 0 analgésico mais comumente adicionado a produtos para © tratamento de infecgdes urinérias. A administragdo oral da droga na dose de 100mg a cada & horas por 4 dias (65mg/kg/dia), a um gato com distiria e hemattiria, produziu hemdlise com icte- ricia, anemia, presenga de corptisculos de Heinz nas hemécias e morte do animal 48 horas apés a administragao da diltima dose. Doses mais baixas (10 e 20mg/kg/dia), administradas durante perfodos maiores, nao resultaram em si- nais de intoxicacdo ou anemia, mas 0 rndimero e 0 tamanho dos corpiisculos de Heinz e os niveis de metahemoglobina no sangue estavam aumentados; A administracio de azul de metileno ‘em gatos produz. anemia hemolitica, ca- racterizada pela formagao de corpascu- los de Heinz em eritrécitos, diarréia, de- pressio e anorexia”. Outras drogas capazes de provocar reagdes adversas em gatos + Azatioprina ‘A azatioprina pode causar leucope- nia, especialmente-neutropenia, quando usada em gatos na mesma dose reco- ‘mendada para cles. Estas alteragbes so reversiveis apds a interrupedo da adminis- ‘ragdo da droga", Um trabalho de 1990 recomendava a dose de 2,2mg/kg/dia para gatos, porém em um experimento em que cinco gatos foram tratados com esta dose em dias alternados durante no- vve semanas, todos apresentaram neutro- penia acentuada (<600 células/l) e um animal desenvolveu. pancitopenia *. A dose recomendada para gatos é de 1 Img/kg a cada 48 horas", devendo-se monitorar as contagens sanguineas se- manalmente durante as primeiras 4 a 6 semanas de tratamento, e depois em in- tervalos de 3 a 4 semanas" Benzoato de benzila 14 foi muito usado para 0 tratamento de parasitoses cutineas em pequenos an ‘ais, sendo empregado até hoje no trata- mento de escabiose e pediculose em hu- ‘manos E contra-indicado para gatos, pois provoca dor abdominal, vomito ¢ diar- ria, hiperexcitabilidade e convulsdes"™ Em caso de intoxicacio, deve-se remover © produto da pele do animal e iniciar tra- tamento sintomatico® Enemas a base de fosfato ("fleet enemas") ‘Sao contra-indicados em gatos. Os sais de fosfato podem ser absorvidos pe~ Ja mucosa retal, induzindo hiperfosfate~ mia, hipocalcemia e hiperatremia sev: ras. Os sinais clinicos desenvolvem-se rapidamente e incluem depressiio, estu- por, ataxia, taquicardia, hipotermia, v6- mitos e diarréia com sangue ". 0 tra- tamento consiste na administragZo de cAlcio e de fluidos com pouco sédio®. Cisplatind © uso de cisplatina em gatos est as- sociado a toxicidade pulmonar dose-de- pendente '*”. Em um experimento com ‘quatro gatos, a administracdo de 60mg/n de cisplatina, juntamente com indugao de diurese salina, resultou em dispnéia morte 48 a 96 horas apds a administra go. A necropsia foram observados hi- Grotérax, edema pulmonar e edema me- diastinal. Outros dois gatos que recebe- ram 40mg/m? de cisplatina desenvolve- ram alteragdes pulmonares similares, porém menos severas, do que aquelas observadas nos quatro animais que rece- bberam a dose maior. A dose de 20mg/m: foi administrada em um gato, ¢ nao provocou intoxicagao~ - Dipirona A conjugagao com 0 fcido glicuréni- co € a principal via do metabolismo da ‘maioria dos antiinflamatsrios nao este- r6ides, estando as drogas desta classe re- lacionadas a virios efeitos adversos em gatos. A dipirona tem eliminagao pro- Tongada nesta espécie, mas pode ser usa- dda com seguranca, desde que sejam uti lizados doses e intervalos adequados Digoxina ‘A farmacocinética da digoxina em gatos € semelhante aquelas de caes e de humanos, sendo sua meia-vida de 33,3, hhoras apds a administragdo de uma tii ca dose intravenosa. No entanto, apos a administragao oral crénica, a meia-vida da droga € maior, o que sugere que a eli- minagao pode sofrer saturagao no gato. A circulagdo éntero-hepatica. também pode contribuir para o aumento da meia- vida da digoxina ®. Assim como no ho- mem € no cdo, ocorre grande variagio ‘da meia-vida entre individuos, havendo anecessidade de se adequar a dose para cada paciente™™. 3s sinais clinicos de intoxicagao por igoxina so anorexia, vomito, diarréia ¢ depressio, ¢ os animais apresentam alte~ ragées eletrocardiogratficas, como prolon- gamento do intervalo PR, elevagio do segmento ST ¢ aumento da onda T * Embora vérios autores afirmem que os sinais clinicos surgem antes das altera- Wes no ECG", hi relato de protonga- ‘mento do intervalo PQem gatos com con- centragdes plasméticas de digoxina dentro 52 Clinica Veteringria, Ano V, n.27, julhoagosto, 2000 dos limites terapéuticos, antes de apre- sentarem sinais clinicos de intoxicagao". As concentragdes séricas de digoxina devem ser mensuradas 10 dias apds 0 inicio do tratamento, ou 10 dias. apés qualquer alterago na dose CONSIDERACOES FINAIS ‘A escassez de conhecimentos acerca dos fatores responsiveis pelas reagdes adversas dos gatos a algumas drogas criou contra-indicagées quanto a0 uso de determinados medicamentos na espé- cie. Um exemplo disso é a antiga idéia de que os opisides nao deveriam ser usados em gatos porque causavam exci tagdo motora. Hoje sabe-se que as dro- {gas desta classe so seguras se utilizadas, em doses mais baixas. Da mesma forma, ‘muitas drogas anteriormente contra-i dicadas também podem ser utilizadas com seguranga, sendo para isso essen- cial que o elinico esteja atualizado a res peito das doses estabelecidas para gatos. Sempre que possivel, deve-se evitar 0 uso de drogas capazes de provocar into- xicagdes, substituindo-as por outras me- nos t6xicas. ‘Apesar de 0 uso racional dessas dro- ‘gas minimizar o risco de reacGes adver- sas, 0 clinico deve estar sempre atento preparado para intervir em qualquer situagao. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS OLALLEN, DG; PRINGLE, JR. Handbook of Veterinary Drugs, Philadelphia, J1B-Lipineatt Company 1993, 9230. (O-AL-MUSTAPA, Zils ALALL, AK: QAW. FS. ‘ABDUL-CADER, Z Cimetidine enanoes the fepaopioteeive action of Nevetylyseine i tie teed with tonic dows of parca ‘Toicology, v2, 93, 2258, 1997 (OANDRESS. JL: DAY. TK: DAY, D. The effects of tomscutive day propofol aesthoia ot feline ed ‘Blood cell Veterinary Surgery. ¥24. 03 207-82 1995. (OLARONSON, ALL! RIVIERE. 1. Toxicology and ‘phamecology. die PRATT, PW. Feline Medicine, te Califor, American Veterinary Publications ne. 1983, p23, OS-ATKINS, CE: TYLER. R; GREENLEE, P. 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Filizola 30/08 — Homeopatia Iridologia - Dra. Karin Herzig 31/08 = Oftalmologia - Br Emilio Sciammarella; Comportamento Animal © ‘Adestramento - Alexandre Rossi ‘01/09 ~ Neurologia - Dr. Jodo Pedro de A. ‘Neto; Cirurgia de Coluna = Dr. Cassio RA Ferrigno, 02/09 — Cirurgia Oftalmica — Dr. Emilio Sciammarella; Cirursia de Coluna — Dr Gissio Ferrigno Instrumentos para anestesia 4 distancia sdo fundamentais para a seguranca na satde publica seguranga em recintos piiblicos A= circos, exposigdes de an mais, rodeios, zooldgicos etc., & tum item que muitas vezes € desconsidera- do, O decreto 40.400, que vigora no Estado de Si0 Paulo, define que os locais citados so considerados estabelecimentos.vete- Fingrios e que devem ter um médico vete- Tinério responsével. Desta maneira, caso ccorra algum acidente no local, 0 médico veterinério & responsabilizado. Esta responsabitidade poderia ser discu- tivel, por exemplo, em estabelecimentos municipais, onde a seguranga que 0 médico veterinério pode oferecer esté limitada & verba de manutengio do estabalecimento. Uma reforma no recinto de um animal para oferecer mais seguranga a0 piblico © a0 animal, pode ficar sendo adiada em fungo da falta de verba municipal-ou até 0 mo- mento em que ocorra algum acidente, ape- sar do fato das despesas em decorténcia do acidente poderem ser bem superiores a0 va- lor que nao se deseja gastarinicialmente na reforma do recinto Como o médico veterinério é considera- do responsfivel, recomendamos que 0s co- legas, sempre que constatarem alguma irre- gularidade no exercicio de suas fungdes, comuniquem por escrito aos administra- dores do estabelecimento ou a0 érgto con petente (CRMY), para que uma providéncia seja tomada. Caso algum acidente ocorra depois dos administradores terem sido co- ‘municados por escrito, a esponsabilidade jé nao € mais somente do médico veterindto, acidente com ledo em Recife no foi 0 Primeiro e nao seré o timo enquanto no forem aplicadas medidas de seguranca, Por isso, insistimos em ressaltar a importticia «dos méicas veterinatios nos diversos tipos de estabelecimentos veterindrios, principal- mente para zelar pela seguranca e sade das pessoas e, de preferéncia, estando equipa- ddos com instrumental para anestesia & dis- tincia, quais sejam, zarabatana, pistola ou rifle trangtilizante, que podem fazer a diferenga em casos de acidentes. Nao 6 raro veterinGries tarem que capturar anges ou autres predadores que se aprox mam de Greas hobitadas © atacam animals de tebonhos e transferHios para érecs de reserva ou 260s, evitando que sejam cagads por fazendelros (Gee sica, haverd exigéncias para sua utilizagfo. As armas que utili- zam o sitema Cap Chur® disparam através de cargas de pélvora ¢ além de dardos tranquilizantes, podem utilizar munigdo de armas de fogo, Neste caso, a posse € 0 transito des- tas armas serdo regidos pela lei 1.9437, de 20 de fevereiro de 1997 (publicada no Diério Oficial da Unido em 21/02/1997), que institui 0 Sistema Nacional de Armas - SINARM, e que é regulamentada pelo decreto n.2222, de 8 de maio de 1997, publicado no Disrio Ofi- cial da Unido em 9 de maio de 1997. O art. 4° da lei n.9437 deter- mina que: “O Certificado de Regis- tro de Arma de Fogo, com validade em todo 6 tertitério nacional, auto- riza 0 seu proprietério a manter a arma de fogo exclusivamente no in- terior de sua residéncia ou depen- déncia desta casa, ou, ainda no seu ‘Agradeciment local de trabalho, desde que seja ele o titular ou 0 tesponsével legal do estabelecimento ow empresa.” Portanto, conforme este artigo, € indispensével 0 registro da arma. Entretanto, se um animal fugir da 4rea do estabalecimento, para ten- tar capturd-lo com a arma, ja necessério 0 porte de arma, que pode ser federal, expedido pela Policia Federal, ou estadual, expe- dido pela Policia Civil Esta legislacao esta prestes a ser mudada e j4 se fala em suspenso temporaria do registro de armas, enguanto nao ocorre a aprovacao de nova legislagao que ird restringir 0 comércio de armas ¢ muniges. Por outro lado, as armas anesté- sicas que utilizam ar comprimido ou CO;, aceitam como munigao apenas dardos anestésicos ¢ nao sto consideradas armas de Fogo, nao se enquadrando na legisla¢ao citada acima, Ao di. Amaldo Hossepian junior, promotor do Forum de Pinheiro, Sao Paulo, SP, pelos esclarecimentos prestados 54 Clinica Veterindria, Ano V, n.27, julholagosto, 2000 Voce TEM UM PAPEL MUITO IMPORTANTE | NESTA AMIZADE. Pela sua lealdade e afeto, os cdes so @ considerados os amigos perfeitos. & A Mas a osteoartrite pode estragar Festa amzaie. tata venga articular degenerativa causa if WF ose dore soreness ces, prejudicando suas atividades e restringindo 0 convivio com a familia, Rimadyl”, desenvolvido pela § Pfizer, é um antiinflamatério néo esterdide, eficaz e seguro no tratamento da osteoartrite. Nao deixe que a osteoartrite acabe com esta amizade. Rimadyl®. 0 alivio certo para seus pacientes. Julia Marla Matera, MLV. Prof. Dr Tar de Dpto. De Ciruria, FMVZIUSP RIMADYL' Controle seguro @ etleaz da dor eausada pela osteoartita www. pfizersaudeanimal.com.br Pfizer Fone Satide Animal 0800 11 1919 Pfizer € vocé. Uma parceria de qualidade. Rifles ¢ pistols tronqoiizantes da Pneu Dart bitp://wwwspneudart.com 56 Modelos e funcionamento de pistolas é rifles tranqiilizantes Jodo Lulz Rossi Junior kadeshi@osite,com.br Claudio Alves de Moura ‘caumoura@uol.com.br ‘mosto em anesteaolog0 dale veteanatio 6 pro da UNERAN meando do Depo. de Crurgla da MVZUSP Imédico vetenaro da Associogde Mata Citar Aarne ets cionam basicamente de duas maneiras: com uma cépsula de ar comprimido ‘que impuisiona o dardo ou através do cisparo de polora. ‘Algumas armas dear comprimido possuem um manémetro que possibiita regular a pressdo e desta for mma adequar a distancia do alo e tamanho do dardo. No sistema Cap Chur os dardos 40 propeldos por Se E = pélvora e utliza-se arma de Tile com manomelfo para controle do Gos fou conventional tale http://www.cistinlect.org tucheira 36. Neste sistema, h& duas caigas de calibre 22, uma impele o dardo da arma e a outa faz com que a ‘droga saia do dardo injote no alvo. Estas cargas de pllvoravariam em fungao da distancia do alvo. Existem ccargas ara pequenas, mé- las e longas cistancias, que devem ser usadas coreta- mente sob pena de lovar 0 Ptolos fanqulleantes = hip://wuw dsinject.org animalavo a séras lesbes ‘musculares ou até ao dbito devido ao impacto. neh Amma egal sé equipadas com manémetos + arias ranghlizaes qu funcionam com (Anne ices ‘ar comprimido s&o de dificil aquisigdo em fun- sctapens is aoe co do trabalhaso processo de importagéo, ee + custo relativamente alto. clativa preciso de tra (ependeré do weinament aad, + maior distancia do avo. + maior veloidade do proj Desvantagens + risco para o animal no ‘caso das cargas de potora no serem compatves com eee ee cee ‘a distancia etamanho do aE. ma ‘alo (stoma Cap Chur), + uso de dardos e cargas de ‘polvora espectticas para Zarabatanas pneumaticas - ‘cada modelo de arma, http: Auwaw.dstinject.org + interferéncia da temperatura ambiente na pressao das caépsulas de CO. (cima quent ahead eR ‘aumenta no dala press das cdpauas das eee eer eed ‘Ano V, n.27, julho/agosto, 2000 Clinica Veterinéri Match Match Match Match Match Match Match site: wv. +, Se: : : : aw ss = = Match’SUPER PREMIUM. Uma nova linha de alimentos para caes e gatos. Peel REMIUN par SERVICO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR: 0800-550076 Importagdo de arma anestésica Marcio Barretto - Consultor de Comércio Exterior - marciobarrettc ‘comprimido néo so encontradas no Bra- sil, sendo necessério importilas. Este procecimento é contolado pelo Ministério. do Exército © a seguir ciscorremos sobre as etapas {que envolvem esse processo. A armas anestésicas que utiizam CO, @ ar Certiicado Internacional de Importagéo 0 Certcado Internacional de Importagéo 6 ‘primeiro documento oficial para se iniciar 0 pro- ‘e850 de imporiagao de uma pistola ou rifle tran- ilizantes para animais. Esse cerificado consiste na declaracio dos dados do bem importado, dvlgando as caracte- ristcas, a origem @ 0 destino do produto, infor- ‘mando 0s dados do importador e do exportador, 0 meio de transporte, o local de embarque @ de de- sembarque da mercadora Posteriormente, tal documento para ser apo vado, sara analsado pelo Ministerio do Exécio, em Brasilia, que & o orgdo responsével no Brasil a autorizar a importagéo deste tpo de equipa- mento. Em um segundo momento, 0 Miistério do Exerito devera aprovar também o Licenciamen- to de Impartaao feito no Siscomex (Sistema de Comércia Exterior do Brasil). Apos a aprovacdo do Licanciamento, sera possivel,finalmente, a Tiberagao do emibarque da mercadoria no exte- rior, estando a mesma livre das obrigagbes le- als ‘A inaldade desse documento & autorizar a beragéo da importagéo, permitindo 0 inicio do processo de aquisgfo da bem de acardo com as normas legais brasileira ‘Sera essencial a apresentagdo de um manual (4 folheto explcatvo do produto importado, que possibltard a constalagao das caraceristcas do roduto para as autordades do Ministéria do Exétcito, que faré o estudo da solitaedo para a aprovacao do certfcado. Preenchendo o Licenciamento de Importacao © Licenciamento de importacdo & 0 documen: to que permite a fscalizacdo da erirada dos pro

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