Certeza científica e verdade habitual.

Uma abordagem propedêuti ca para uma críti ca da Ciência.

Antonio Herci
Resumo
A partir da década de 1930, com os questionamentos sobre a completude da
matemática (Gödel) e sobre as abordagens sobre a certeza e a prova científicas
(Wittgenstein) acontece uma inversão sobre o estatuto da verdade: ao invés de ser
uma função das suas condições de verdade, aparece como função do sistema e dos
critérios de sua verificação.
Isso abre um campo amplo de debates e prenuncia uma crise nos sistemas teóricos
contemporâneos, pois aparecem como teorias circunscritas a sistemas de justificações
de resultados apriorísticos, fechando o campo da intuição e de aspectos não pensados
pelas próprias teorias e limitando o campo de visão e experimentação.
Esta mesa reflete sobre o impacto desses sistemas teóricos de justificativas e de sua
subordinação a aspectos ideológicos.

Minibio
Antonio Herci é Dramaturgo e Compositor, editor do Blog do Programa Vocacional da
Secretaria de Educação e de Cultura da Prefeitura de São Paulo e membro titular do
Conselho Deliberativo do MAC, Museu de Arte Contemporânea da USP.
Doutorando do Programa de Pós Graduação Interunidades em Estética e História da
arte, estuda as relações entre o concretismo e o neoconcretismo, através da obra de
Willys de Castro.
Aborda a Estética sob o ponto de vista da Filosofia da Linguagem, com enfoque nas
certezas habituais, como as questões de gosto, certeza sobre o belo, através do
enfoque da Análise Ideológica. No campo da Alterciência, estuda a certeza científica
como contemporaneamente atrelada a um discurso ideológica que a mantém refém
de um pensamento mecanicista e perverso, que se utiliza das pessoas e animais como
objetos de estudo, numa abstração da própria vitalidade orgânica.