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A ROTA

Pode ser cedo ou tarde. Não importa. Já senti. Fico às vezes riscando a
parede do meu quarto. Tenho erros, não sou perfeito. Apenas quero
que alguém me entenda nos momentos difíceis da vida. Não sei se é
sonho ou real. Mas preciso saber e ter a esperança em meio ao
horizonte do mais belo e vasto campo. E que me pegue na minha mão
e ajude-me a ver onde errei. Fecho os olhos nesta escuridão. Que me
basta são pedras no meu caminho, às vezes tropeço nelas. Levanto-me
e consigo enxergar o amor verdadeiro que plantei e reguei. Ah!
Lembro-me da primeira vez que te entreguei. Vou ficar aqui tentando
remover as pedras. Não canso, não desisto. Mas foi um sentimento
real. Com meus próprios olhos tento te ver todos os dias. Eu busco
acertar.
O vento ele me traz lembranças distantes. A sempre um passado,
presente e um futuro. Enervantemente buscarei forças. Pois sei que
haverá uma escolha, um caminho. E apenas folhas no chão, elas irão
me indicar onde você estar. Parado estou olhando para o alto vejo uma
pequena estrela com um brilho forte, me ofuscando nos meus olhos.
Na qual traz uma realidade do verdadeiro mundo. E por mais que não
veja, por que não possa acreditar, sou muito melhor contigo. Nos meus
lados, minha bússola encontra-se parada apontando para o norte. Pode
ser em qualquer lugar, aonde irei me jogar. Esse Caminho longo e cheio
de desafios. Noite frias e dias quentes. Por tudo que conquistei, por
tudo que sonhei. O céu está chuvoso revelando e limpando toda a dor,
todo sofrimento que ainda existe neste lugar chamado: planeta Terra.
Vivo a procurar no meu céu, nos pequenos grãos de areia, sei que não
vou estar no tempo.
A chuva pode terminar, o inverno pode estar frio, mas o que guarda em
mim, nem a tempestade, nem a dor, nem a angustia. Custe o que custar
não pode mentir. Só uma chance para acreditar nas horas e integridade
que mata as virtudes e os ideais. Nem que você vá embora, eu
continuarei. Vou seguir essa direção e no meu pulsar das minhas veias.
Não quero perde as minhas memórias. Não é um labirinto. Quero estar
nesta rota.
Olho para um álbum de fotografias e sinto que estou aprendendo. Será
que é um momento? E se eu estiver perdido? Onde está meu
pensamento? O que me resta é você, me colocando em uma rota certa.
Levanto a minha cabeça perto de uma janela. Passa dias, horas e
minutos. Aqui dentro está do mesmo jeito que você deixou a te
esperar. Lá fora a vida passa depressa. Por favor, vem me abraçar. É um
doce encontro. Vem sentar no meu lado e contar histórias
inesquecíveis e fascinantes. E quando escuto o barulho da porta e sinto
o vento bater em meu corpo, no mesmo instante fecho a janela e vou
ao encontro. Quando me deparo é apenas um novo adeus. Cadê você?
Onde estás? E volto aguardando aquele momento quando estava ao
seu lado.

Escrito em 2012 por Leandro Patrício

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