Mudança de paradigma – livro 4

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Mudança de paradigma – livro 4

MUDANÇA DE PARADIGMA
o cristianismo pagão

livro 4

Devair S. Eduardo
EATRE - 2020

Escola Aberta de Teologia Reformada

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Mudança de paradigma – livro 4

Antes de ler
No terceiro livro eu tentei mostrar como uma religiosidade criada pelo
homem pode ser perigosa e de alguma forma apontar para a obra da
besta descrita em Apocalipse 13. Dessa forma eu tentei demonstrar que
a mudança de paradigma no contexto religioso não é apenas um
fenômeno ou uma falta de cuidado de diversos líderes religiosos, mas
uma consequência da batalha que o cristianismo verdadeiro trava a
séculos e que aponta para a vinda de Jesus.
Se a mudança no paradigma religioso tem afetado centenas e milhares
de cristãos no mundo todo e se isso realmente está ligado aos eventos
que precedem o fim, estamos bem próximos do próximo passo. O
surgimento da figura religiosa, política e cultural que planeja fazer com
que o mundo todo creia ainda mais nas doutrinas da primeira besta. É
sobre isso que vamos tratar neste livro. É hora de levar a sério o que
tem acontecido dentro das igrejas e compreender como isso pode
piorar com o surgimento da segunda besta.
Para isso vamos ver os seguintes temas:

Cap. 5 – A reafirmação da falsa religiosidade no mundo [4];

A - A segunda besta será muito parecida com o cristianismo [6];
B - A segunda besta dará testemunho da primeira [7];
C - Uma religiosidade que seduz com sinais e prodígios [10];
D - Uma religiosidade que cria idólatras [14].

Você pode enviar este estudo para quem quiser e discutir sobre o
tema abordado. Para assistir ao vídeo que gerou o e-book procure
por:
O cristianismo pagão – introdução;
A nova religião cristã – o cristianismo pagão.

Ambos postados no canal Devair S. Eduardo, no YouTube.

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Mudança de paradigma
O cristianismo pagão

A REAFIRMAÇÃO DA FALSA RELIGIOSIDADE NO MUNDO

O que uma religião precisa ter para atender a vontade do

mundo todo? Primeiro, ela precisa ser como uma religião,
ter dogmas e princípios. Depois ela precisa ter uma
escritura, não precisa ser muito grande como Bíblia, pode
até mesmo usar ela, mas limitar os textos para que se torne
menor e menos significativo. Uma religião que atenda a
todo mundo precisa ter ainda experiências psicológicas que
“liguem” os adeptos ao mundo espiritual ou interior – para
isso existem tantas técnicas usadas em outras religiões
pagãs.
O elemento mais importante numa religião que visa
atender o mundo inteiro é a sua mansidão. Uma religião
mansa conquista muito mais adeptos do que a religião
verdadeira. O cristianismo não é de forma nenhuma mansa
ou morna em relação a várias coisas, mas a religião que vai
atender o mundo precisa ser. Ela tem de aceitar todas as
ideias, todas as doutrinas e todo tipo de pensamento como
se fosse real ou aceitável, por isso ela não pode ser crítica.
Uma igreja morna deixa instantaneamente de ser a igreja

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de Cristo e passa a ser a igreja do mundo, pronta pra

anteder à nova demanda de falsos crentes, pessoas que
nunca foram alcançadas pelo poder do evangelho, mas que
rendem algum dinheiro trocado para líderes mansos.
Contrário ao que muitos pensam, uma igreja morna não é
uma igreja que não grita ou pula. Uma igreja morna é um
lugar onde não há uma fidelidade às escrituras, é onde
qualquer coisa que causa sentimento é aceitável, ainda que
seja abominável a Deus.
Eis a religião que atende perfeitamente à lista escrita por
Paulo em 2Tm 3, com seus mais variados mestres,
conforme Paulo explica no capítulo 4 quando diz:

“virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo

contrário, se rodearão de mestres segundo suas próprias
cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se
recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às
fábulas” (2Tm 4.3,4 NAA).

Foi esta apostasia que Paulo descreveu em 2Ts 2.3 – um

período anterior à chegada da segunda besta em que os
homens abandonariam a fé, voltando-se aos seus próprios
desejos. Hoje, quantas igrejas você consegue contar,
próximo a você, que insistem em pregar o evangelho? No
futuro haverá bem menos.
Mas esse falso evangelho, levantado pelo mundo para
atender às suas demandas pecaminosas precisa de uma

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autoridade superior, alguém que tenha voz e que seja

ouvido e ainda ganhe crédito, tanto pelas pessoas religiosas,
quanto pelo mundo. Não sabemos ao certo quem será, ou
se será um homem ou uma organização, mas, o mais
correto é que esse tempo está bem próximo a nós. Algumas
características da segunda besta vista pelo Apóstolo João,
em Apocalipse, podem nos levar a um próximo passo
eminente, vejamos:

A - A segunda besta será muito parecida com o

cristianismo (Ap 13.11)
“Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres
parecendo cordeiro, mas falava como dragão” (NAA)

A primeira besta é claramente um ou O insulto contra o

cristianismo. Ele não pretendia ser como um cordeiro ou
conversar com a verdade. Na sua cabeça os nomes já eram
de blasfêmia (13.1) e sua intenção era difamar a religião
com o máximo de violência possível. Hoje, temos no
púlpito de diversas igrejas acontecendo o mesmo que foi
descrito no capítulo 13 [estudo anterior] quanto à primeira
besta e no mundo um movimento parecido está em
andamento há muito tempo. Igreja e mundo aos poucos se
encontram, mas isso tudo ainda é muito assustador para
convencer as pessoas. Elas ainda desconfiam demais do que
muitos chamam de religiosidade e por isso a necessidade
de enviar uma segunda besta.

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Essa se parece muito com a religião verdadeira, seja uma

pessoa ou um movimento, mas há algo que nos chama
atenção. Embora seja parecida com um cordeiro, esta besta
tem uma voz. A sua voz é como a de um dragão!

Willian Hendriksem descreve esta besta como “a mente do

diabo […] a segunda simboliza as religiões falsas e as
filosofias deste mundo”. [7] – o que faz todo sentido uma vez
que ao chegar na terra essa besta encontra uma pré
religiosidade formada, esperando para ser levantada e
aplicada a fim de finalmente reunir o mundo e a igreja, o
sagrado e o profano e assim criar uma única religião
(profana) mundial. A segunda besta é a mente do diabo!
Assim, falsos cristãos estarão adorando o Um, deus pagão
do gnosticismo junto com outras pessoas adorando seus
deuses equivalentes.
Precisamos prestar atenção à voz dos pregadores, não à sua
aparência. Muitos mensageiros conseguem enganar com a
aparência, mas quando começam a falar das escrituras
destroem tudo que se pode chamar de sã doutrina, esse é o
exemplo dos novos pregadores. Não é difícil encontrar esse
exemplo hoje em dia e ele já representa perfeitamente o
que a segunda besta vem fazer na terra.

B – A segunda besta dará testemunho da primeira (v. 12)

“Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua
presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem

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a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada”

(NAA).

A versão KJV traduz esse texto da seguinte maneira: “And

he exerciseth all the power of the first beast”, algo como
“ele exerce todo o poder da primeira besta”. O dicionário
Strong explica que a palavra traduzida como “poder” ou
“autoridade” é:

1849. exousia
exousia: poder de agir, autoridade
Palavra Original: ἐξουσία, ας, ἡξουσία, ας, ἡα, ας, ἡ
Transliteração: exousia
Breve definição: poder, autoridade, peso
Definição: (a) poder, autoridade, peso, especialmente:
autoridade moral, influência, (b) em um sentido quase
pessoal, derivado do judaísmo posterior, de um poder
espiritual e, portanto, de um poder terreno.

Ou seja, embora a segunda besta engane quanto a sua

aparência ela vai reforçar o ensino da primeira. Sua
aparência é de um cordeiro, mas sua forma de agir é a
mesma da anterior, palavras de satanás. Não é curioso
perceber que muitos lugares que se parecem igrejas tem
pregado a mesma coisa que o mundo? É isso que João está
vendo, uma segunda besta disfarçada de Cristo ensinando o
que a primeira besta ensinou. Talvez uma forma mais

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avançada e elaborada do mesmo discurso a fim de enganar

ainda mais pessoas.
E isso é bem mais atual do que parece! Hoje mesmo um
seriado na Netflix vem conquistando cada vez mais cristãos.
Chamado de “Messiah” ele apresenta uma espécie de Cristo
libertador, mas suas falas são em grande parte discursos
gnósticos ou humanistas, bem o que muitos estão
procurando dentro das igrejas. O que quero mostrar é que,
com o simples aparecimento de um personagem parecido
com o Messias muitas pessoas estão aos poucos se abrindo
à sua religiosidade planejada, o que acontecerá quando isso
for real? E se isso tudo já estiver representando a realidade
última e ainda não percebemos?
Em um livro escrito em 1958 e editado posteriormente, o
autor W. Cleon Skousen, classifica como uma das 45 leis do
comunismo os seguintes pontos:

“25. Quebrar os padrões culturais de moralidade

através da promoção de pornografia e
obscenidade em livros, revistas, filmes, rádio e
TV. […] 27. Infiltrar as igrejas e substituir a
religião revelada pela religião “social”.
Desacreditar a Bíblia e dar ênfase à necessidade
de maturidade intelectual, a qual prescinde de
uma “muleta religiosa”. [O comunista exposto:
desvendando o comunismo e restaurando a
liberdade – Ed. Vide Editorial – 2018]

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O que muitos achavam ser apenas uma teoria, pode ter sido
o plano perfeito para revolucionar a religiosidade cristã e
torná-la o que é hoje. Como negar que isso realmente foi
usado e que deu muito certo no Brasil?

O fato é que a segunda besta vai apoiar toda a religiosidade

montada no mundo, vai fazer com que ela faça todo sentido
e seja apoiada não apenas pelos falsos crentes, mas toda “a
terra e os seus habitantes”. Vemos isso acontecendo hoje de
fato. O ecumenismo parece uma tentativa frustrada de se
alcançar esse objetivo, o liberalismo parece ter tido maior
sucesso, mesmo representando em algum grau o ideal
ecumenista, mas ainda falta uma voz que dê autoridade a
tudo isso. Quando essa voz começar a ser ouvida saberemos
que o fim está bem próximo. O atual papa também tem sido
uma forte voz, mas ainda negada por muitos católicos
romanos. O que fica aparente é que a cada tentativa esse
objetivo parece ficar mais próximo, será que veremos o
próximo e será que ele será o último?

C – Uma religiosidade que seduz com sinais e prodígios

(v.13)
“Também opera grandes sinais, de maneira que até faz
descer fogo do céu sobre a terra, diante de todas as pessoas”
(NAA)

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Em Mateus 12, a partir do verso 38 alguns escribas e

fariseus questionam a autoridade de Jesus com base em
algum sinal que Ele deveria dar como prova da sua
divindade. É interessante ver que essas pessoas estavam
próximas a Jesus, elas ouviram e viram basicamente tudo
que nós não conseguimos ver e ouvir, mas por alguma
razão eles ainda não acreditavam que Ele era o Messias
prometido no Antigo Testamento. A incredulidade no ser
humano é algo surpreendente, o homem natural não pode
simplesmente obter a fé verdadeira, por isso ele a substitui
pela falsa credulidade. Esse é o tipo de crença que vem com
os sinais, onde a pessoa começa acreditar naquilo que vê,
mas é curioso que essas pessoas não conseguiram crer
mesmo vendo, ouvindo e falando com o nosso salvador.

Jesus mostra ao apóstolo João, que a segunda besta terá um

poder persuasivo impressionante e fará com isso que
muitos creiam nela como se fosse realmente um deus. Mas
como fazer um monte de incrédulos e alguns que se dizem
crentes começar a crer em um falso deus? Criando sinais
visíveis para que mentalmente eles não consigam escapar.
O nosso cérebro é extremamente lógico, então se eu disse a
vocês que tenho superpoderes dados pelos apóstolos e por
Jesus, a primeira reação da maioria é negar tudo e me
condenar. Mas se após isso eu demonstrar um pequeno
sinal ou milagre, algo que seja incrível, mas não impossível,
vocês provavelmente vão começar a questionar se eu tenho

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ou não razão em dizer que tenho superpoderes dados pelos

apóstolos. Alguns poucos vão questionar e afirmar que isso
é feito por demônios, mas até isso acontecer eu já
conquistei boa parte da massa religiosa, mas se após isso eu
usar esses superpoderes para fazer algo bom, como por
exemplo: curar uma criança ou ressuscitar uma pessoa, ou
profetizar algo que aconteça na hora ou quem sabe fazer
cair fogo do céu como fez o profeta Elias, a mente de vocês
será terrivelmente voltada a crer que eu realmente estava
dizendo a verdade. É assim que se conquista incrédulos. E é
isso que a segunda besta vai ter poder de realizar.
A questão que talvez tenha vindo à sua mente é: se o
incrédulo crê nos milagres que contempla, por que não
creram em Jesus? A resposta pode não ser muito
satisfatória, mas é extremamente real. Eles não criam em
Jesus porque o próprio Deus não quis que isso acontecesse,
e de fato isso não aconteceu.

Hoje no Brasil temos um tipo de espiritualidade muito

parecida com a segunda besta neste ponto. Jovens
incrédulos vão para um lugar lotado, ouvem canções
românticas e “cristãs” enquanto alguém os embala na mais
doce onda hipnótica que você poderia experimentar. Para
nós, que estudamos esses movimentos isso não passa de
puro charlatanismo, mas para eles, que não se preocupam
com a verdade isso é o poder de Deus. Então. O que está
acontecendo com esses jovens? E para onde eles estão indo?

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Certamente estão indo a qualquer lugar, menos ao céu.

Tanto é que, quando um desses jovens é atraído pelo poder
do evangelho uma das primeiras reações é abandonar esse
tipo de movimento e procurar uma igreja séria que trate da
palavra de Deus. Agora veja a reação de Jesus ao pedido
incrédulo daqueles escribas e fariseus:

“Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não

se lhe dará sinal, senão o sinal do profeta Jonas” (Mt
12.39 ACF).

Isso é muito significativo, pois o sinal que se refere ao de

Jonas foi o chamado ao arrependimento em Nínive, ou seja,
uma mensagem sem “fogo no céu” nem “milagres”. Nada de
sinais maravilhosos, mas uma mensagem de
arrependimento. Mas, veja bem, alguém estará disponível
para atender bem essa “geração má e adúltera”, estes são os
falsos profetas que atuam sob poder e autoridade dessa
segunda besta. Será mesmo que ela está longe de todos nós?
Um detalhe impressionante é que o Apóstolo Paulo também
escreveu sobre isso. Segundo ele a manifestação de satanás,
a qual ele chama de “mistério da injustiça” ou “o homem do
pecado, o filho da perdição” também usa sinais para
convencer incrédulos, veja:

“esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo

o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o

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engano da injustiça para os que perecem, porque não

receberam o amor da verdade para se salvarem” (2Ts
2.9,10 ACF).

Ora, não é impressionante que hoje muitos ministérios se

apoiem justamente no que Jesus disse que não faria? E que
outras pessoas creiam em profetas por causa dos sinais e
não da exposição das escrituras? Esse tipo de religiosidade,
se não for a própria da segunda besta, está preparando o
caminho para a chagada dela e quando isso acontecer nós
certamente seremos perseguidos.
O último detalhe dessa falsa religiosidade, representada
pela segunda besta é talvez o ponto mais importante, pois,
ele leva o homem ao seu pior estado, o de idolatria.

D – Uma religiosidade que cria idólatras (v.14)

“Seduz aqueles que habitam sobre a terra por causa dos
sinais que lhe foi permitido realizar diante da besta,
dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma
imagem à besta, àquela que foi ferida à espada e
sobreviveu” (NAA)

Antes de continuar é bom pensar em dois detalhes

importantes. Nós estamos diante de uma segunda besta que
se parece muito com o cristianismo, mas sua doutrina é
satânica. Ela se parece com Cristo, mas dá testemunho da
primeira besta, ou seja, de tudo que vai contra a vontade de

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Deus. Essa segunda besta, muito parecida com o

cristianismo também produz seus próprios sinais para
convencer a humanidade de que ela realmente é um deus.
A segunda informação importante é que dentro do contexto
da visão escrita pelo Apóstolo João existem crentes sinceros
e verdadeiros. Não é uma visão onde os crentes foram
arrebatados, não! Eles estão na terra também, sofrendo por
conta dessas duas bestas poderosas. Isso é visto claramente
nos versos 8 e 17 de Ap 13. Portanto, não se engane, nós
estamos muito mais próximos a isso tudo do que parece.

Essa segunda religiosidade, que produz seus próprios sinais

vai criar uma geração inteira de idólatras, isso porque será
praticamente impossível negar que ela realmente tem
poder. Mas um grupo de pessoas negará e esse grupo será
perseguido até o fim. Agora, imagine o quão próximo
desses eventos nós já estamos, há hoje sinais maravilhosos
assim. Não os confunda com os sinais que pregam o
evangelho, estes sinais atuam no coração do incrédulo.
Certa vez um irmão, no Whatsapp, me mandou um link de
um profeta que estava de passagem na África. A princípio
esse profeta não demonstrava nada demais, ele parecia
estar pregando a Bíblia. Até que chegou o momento
esperado. Ele prometeu fazer chover. Esse é um vídeo
antigo, e o que ele mostra é que realmente após “orar”
começou a chover sobre as pessoas ali presente. Alguns
irmãos disseram conseguir entender o truque feito pelo

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falso profeta, eu particularmente não consegui

compreender, mas de fato, estava caindo água do céu. O
resultado desse evento foi ainda mais assustador, as pessoas
começaram a “adorar” o profeta como se ele realmente
fosse um profeta enviado por Deus, não pela pregação
(como no caso de Jonas), mas pelo sinal maravilhoso que
fez.
Tempos depois outro vídeo viralizou na internet. Nele um
homem vendo seu caminhão pegar fogo na estrada começa
a orar pedindo chuva. Depois de alguns instantes choveu!
Agora duas pessoas estavam fazendo o mesmo sinal e
atribuindo eles a Deus. E as pessoas começaram a acreditar
que Deus realmente voltou a fazer cair chuva do céu. Qual o
peso das palavras de Jesus lidas anteriormente em relação a
um evento que você pode ver? Quase nada. Se Jesus disser:
“eu não vou mais fazer esse tipo de sinal, nada mais além
da pregação do evangelho”, mas do outro lado alguém fazer
cair fogo do céu em nome de Jesus, você vai ficar com
quem? Com Jesus ou com o sinal?
O certo é que esse tipo de religiosidade, focada em sinais
externos, criam pessoas idólatras e a idolatria é algo que
une o mundo. Todo o mundo é idólatra, incluindo os ateus.
Por isso é bastante interessante esse tipo de abordagem da
segunda besta, fazer todo mundo idolatrar um único ser e
ignorar ou perseguir quem for contrário a essa ideia.
Novamente a revelação de João vai de encontro ao que
Paulo escreve, veja:

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“E por isso Deus lhes enviará a operação do erro,

para que creiam a mentira; para que sejam julgados
todos os que não creram a verdade, antes tiveram
prazer na iniquidade” (2Ts 2.12 ACF).

Isso significa que um cristão reformado nunca vai ver um

sinal de Deus? Ou que Deus parou de realizar qualquer tipo
de milagre? Lógico que não! Um dos maiores sinais que
temos visto enquanto pregamos o evangelho é a mudança
de vida daqueles que ouvem. Muitas pessoas chegam ao
canal Palavras em Chamas e em pouco tempo agradece por
ter nos conhecido, isso é um milagre feito por Deus. O fato
de não expor esses eventos não quer dizer que eles não
aconteçam. Mas, algumas conversas via rede social
terminam em uma transformação tão grande que eu
mesmo tenho medo de ficar falando. E é esse tipo de
milagre que o Novo Testamento nos incentiva a buscar, veja
como Jesus ensina isso quando fala sobre a vinda do
Espírito Santo:

“Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que há de vir

sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da
terra” (At 1.8 ACF).

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O poder do Espírito Santo nos capacita, não a fazermos

milagres e sinais miraculosos, embora sejam possíveis, não
a curar cegos ou cadeirantes, mas para testemunhar Cristo
ao mundo! E foi justamente isso que a igreja fez no
primeiro século. Posteriormente uma declaração do
Apóstolo Paulo deixaria isso ainda mais claro. Segundo ele
o “evangelho de Cristo” é o “poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê” (Rm 1.16 ACF) – exatamente o
contrário ao que a segunda besta faz em Apocalipse 13!
Enquanto os incrédulos adoram a besta porque ela
demonstra sinais e maravilhas, os filhos de Deus o adoram
porque foram alcançados pelo evangelho de Cristo. Um
busca sinais, o outro foi alcançado por uma mensagem.

Tudo que estudamos até agora foi usando principalmente

as escrituras. Ainda que seja uma boa explicação eu tentei
não ser tão direto como serei na última parte desse estudo.
A partir de agora é hora de dar nomes aos bois e fazer com
que você compreenda de forma ainda mais clara o tipo de
religiosidade pagã que deve evitar dentro do que muitos
chamam “cristianismo”. Se eu ainda não fui claro suficiente,
deste ponto em diante eu vou ser claro demais.

Continua no livro 5

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