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COLUNAS

VELAS E SEU SIGNIFICADO NA MAÇONARIA


Um ensaio sobre as Velas e seus usos na Ordem.
Por Hercule Spoladore *

Toda vela ao ser acesa, ou será como iluminação, ou como


ornamentação do ambiente ou então fará parte de um ritual onde
a concentração mental e a chama como elementos simbólicos
comporão um processo especial onde acontecerá uma intenção, como
por exemplo, um desejo, uma promessa, uma oferta votiva uma
invocação quer com fins religiosos ou mágicos. Na Maçonaria, nos
ritos em que elas existem,participam de um simbolismo muito
profundo quando da invocação de Deus, no inicio e durante e no final
deuma sessão ritualística.
É importante o uso do poder da mente e o desejo de se obter algo
quando se acende uma vela. Uma das velas usada na Maçonaria é
uma vela grande chamada círio a qual deverá ter em sua composição
mais de 50% de cera de abelha, o que lhe garantirá uma chama pura.
As velas são usadas desde a mais remota antiguidade, inclusive
sendo usadas pelos pagãos e pelos povos primitivos ou como
iluminação ou com fins iniciáticos ou religiosos. Somente a partir do
século V foi que seu uso se generalizou na Europa.
A vela não é, portanto,um símbolo criado pela Maçonaria, sendo
emprestado da Igreja Católica adotado por ela, e que também copiou
dos antigos e deu sua própria versão.
As verdadeiras velas são constituídas por um bastonete de cera de
abelhas, ou então as fabricadas hoje industrialmente não sendo,
portanto, asverdadeiras velas de outrora, onde usam uma composição
de acido esteárico ou de parafina que envolve uma mecha luminosa,
cuja combustão fornece uma chama luminosa. A matéria prima mais
empregada era a fabricação de velas era cera de abelha, sebo, óleo
de baleia, gordura animal. Posteriormente a indústria mais
desenvolvida passou a usar produtos de destilação do petróleo, xisto
betuminoso (parafina) bem como ésteres esteáricos da glicerina
(estearina). Nas funções religiosas da Igreja Católica são usados os
círios que éem realidade, uma vela grande. A maçonaria adotou o
mesmo critério. Durante séculos os círios foram fabricados em cera de
abelha pura. Isto é, sem mistura.
A chama de um círio é para os Maçons, pura, viva e ritualística e há
nela uma profundaespiritualidade. Enquanto que a chama
produzidaagás, ou por velas de estearina ou parafina, que fazem parte
das velas comuns, e ainda por lâmpadas elétricas imitando uma
chama de vela são estranhas artificiais e impuras, mas substituem as
velas de cera, porque tudo mudou no mundo.
Os tempos mudaram a Maçonaria, não em seus princípios que
continuam duradouros, mas mudou e os maçons de hoje também
mudaram,mas a essência deste simbolismo não mudou e através da
imaginação e do seu poder mental os maçons podem sentir que as
ditas velas chamadas impuras possam fazer o mesmo efeito
simbólicodas velas puras, pois tudo é simbolismo. É tudo uma questão
de reprogramação mental Hoje as velas de cera de abelha são
bastante caras e não se tem mais a certeza de que sejam totalmente
de cera de abelha. Então que se imagine e que se que a chama de
uma vela atual tenha o mesmo valor simbólico e espiritual, mas o
maçom terá que senti-lo como tal, eque as sempre lembradas velas de
cera de abelha e a essência dos princípios maçônicos continuarão os
mesmos.
Antes do advento da luz elétrica as velas eram usadas com fins
litúrgicos na Maçonaria simbolicamente, e também como iluminação
dos locais onde os maçons se reuniam. Hoje fabricam lâmpadas
elétricas que simulam artificialmente a chama de uma vela.Atualmente
uma grande maioria de lojas substituíram as velas de cera por
lâmpadas imitando velas.
Uma rica tradição, simbólica e poderosa foi aos poucos sendo
abandonada em favor do modernismo. Felizmente muitas Lojas, para
o bem da tradição ainda conservam os costumes antigos usando velas
de cera de abelha.
Segundo Boucher, a cera de abelhas, quando faz parte de uma vela
acesa apresentam dentro da ritualística maçônica os seguintes
símbolos: Trabalho, Justiça Atividade e Esperança.
Há ainda outro símbolo, muito usado na Maçonaria Americana,
aColmeiaque significa o Trabalho e a Diligência.
No Catolicismo o uso das velas é antigo, apesar dos primeiros cristãos
ridicularizarem os pagãos que empregavam velas em seus ritos,e
passaram a usa-las. As velas foram oficializadas quando no século V
em Jerusalém foi feita a primeira procissão de velas. No século XI a
Igreja adotou o uso das velas sobre os altares, já que até então elas
eram dispostas a frente dos altares para uso litúrgico e atrás dos
mesmos para ornamentação e iluminação.
Para alguns autores sacros o Pai seria a cera, o Filho, o pavio e a
chama seria Espirito Santo. Ainda representaria outro ternário: corpo
alma e espirito.
Se observarmos atualmente os círios na Igreja Católica eles contem
inúmeros símbolos gravados no bastonete da vela de cera que usam.
As velas são usadas em festas judaicas em especial na festa
deHanukhah ou Festa da Dedicação ou ainda das Luzes, que dura
oito dias, e são acesas progressivamente oito velas, uma cada dia,
do chanukiá, que é um candelabro de nove braços, no centro do qual
existe uma pequena vela, que serve para acender as outras 8 velas.
Um dos símbolos importantesdo judaismo é um candelabro de sete
braços chamado menorah.Não será necessário dizer que durante as
cerimônias cada braço será o suporte de uma vela acesa.
Na umbanda e no candomblé como são conhecidos atualmente,
também usam as velas como oferendas ou como pedidos. Os adeptos
destas religiões costumam acender velas de cores de acordo com as
entidades invocadas.

Adeptos do ocultismo, ou também como são conhecidos atualmente


como bruxos ou simplesmente magos utilizam velas para realizar seus
rituais, com fins mágicos. Segundo manuais de ocultismo os magos
visam através destas práticas, liberar seu subconsciente. Trabalham
em silêncio e seus trabalhos exigem muita concentração. Costumam
antes das sessões de magia, queimar incenso para despertar a
mente. A seguir usam um óleo especial para untar a vela visando
desta forma criar um elo entre a vela e o mago através do tato. Ainda
ao passar as mãos na vela acreditam que transmitam a ela as suas
próprias vibrações que passaria a atuar como um magneto psíquico.
Enquanto o mago unta a vela, ele dirige a mente ao que está
desejando. Citam os manuais de magia que todo trabalho perfeito do
mago é realizado em primeiro lugar na sua mente. “O que sem tem na
mente torna-se realidade” afirma uma escola parapsicológica. Como
se pode observar o uso das velas nestas situações é importante até
na Magia.
Segundo autores maçônicos a velas da época das corporações de
oficio e das guildas seriam ofertas votivas. Não nos dão a ideia de que
os maçons operativos promoviam a guarda de votos de gratidão, por
graças recebidas. Mas como a maçonaria operativa era totalmente
católica e a Igreja já existia há mil anos antesdos maçons operativos
se acredita que estes seguiam a mesma tradição católica em relação
ao uso das velas. Seria apenas a continuação de um costume já
antigo no mundo, religioso ou não.
A tradição maçônica está ligada a todas as filosofias antigas às
religiões, inclusive a Católica, e em especial em muitos dos seus
símbolos.
Um fato que chama a atenção é que após a fundação da Grande Loja
de Londres fundada em 24/06/1717, quando a Maçonaria
ilusoriamente se tornou Especulativa ou Moderna, pois desde 1600 já
estavam recebendo “maçons aceitos”, a orientação católica
enfraqueceu a Ordem dela passou a contar com a participação muito
grande de pastores principalmente de anglicanos e luteranos. Foi
nesta fase que a Ordem além da influência evangélica, começou a
receber um novo contingente de alquimistas, cabalistas, rosacrucianos
e ocultistas que enriqueceram os nossos símbolos, em nossos rituais.
Somos obrigados a raciocinar que estes novos tipos de maçons
introduziram algum simbolismo a mais às velas, além dos sentidos
espirituais.

Mas de qualquer forma as velas que desde as épocas mais distantes


representam para certas correntes espiritualistas a Sabedoria,
Iluminação,Conhecimento e Realização espiritual e ainda a alma
imortal.
Sabemos que os maçons pertencentes à Grande Loja e Londres eram
chamados de Modernos e que tiveram por muito tempo influência
grande no mundo maçônico. Eles acendiam velas, provavelmente
círios (vela grande) em seus candelabros e as chamavam de as Três
Grandes Luzes que representavam as posições do Sol em seu trajeto
diário e noturno nas vinte e quatro horas. Diziam também que elas
significavam o Sol, a Lua e o Venerável da Loja.
Este conceito temos até hoje em nossas instruções em Loja.
Entretanto a grande rival da Grande Loja de Londres, ou seja, a
Grande Loja dos Antigos e Franco Maçons, fundada em
1753,consagradaaos Antigos obedeciam às Antigas Obrigações
(Old Charges)que até então respeitavam os “maçons livresem loja
livre” isto, é lojas sem potência.
Somente em 1813 é que se uniram a Grande Loja de Londres e a
Grande Loja dos Antigos e Franco Maçons e fundaram a Grande Loja
Unida da Inglaterra como é conhecida hoje. Os Antigos admitiam as
três velas como Pequenas Luzes que representavam o Venerável e
os dois Vigilantes E as Grandes Luzes que seriam o Livro da Lei o
Esquadro e o Compasso.
Os círios ou velas são também chamados de Estrelas. Por isso usa-
se em Maçonaria a expressão “Tornar as estrelas visíveis”quando o
Venerável ordena em alguns ritos que se acendam as velas.Quando
uma Loja recebe visitantes ou Dignitários ilustres e que serão
recebidos de acordo com o protocolo de recebimento com tantas
estrelas conforme sua importância na Ordem. Todavia segundo um
antigo costume as estrelas(velas)não serão usadas para iluminar os
visitantes, mas sim para representar Luzque eles representam.

O número e a disposição das velas em Loja variam, conforme o


costume, grau, rito e até à potência à qual pertencem.
Desde o inicio da Maçonaria Especulativa ou Moderna foram usadas
três velas grandes (círios) colocando-as em cima de grandes
candelabros. Está claro que deveriam existir outros tipos de velas ou
candeeiros com finalidade de iluminação, ou fonte de luz já que não já
nesta época não se tinha descoberto o uso da energia elétrica. Em
algumas Lojas eram colocados no chão em forma de triângulo. No fim
do século XIX as velas foram colocadas ao lado do Venerável e dos
Vigilantes (tocheiros como são chamados no Trabalho de Emulação).

Atualmente dependendo do Rito usa-se uma vela em cima do Altar


das Luzes e além das três citadas, usa-se três círios ao lado do Altar
dos Juramentos, ou painel das Lojasou como no caso do Rito de
Schröder que não tem Altar dos Juramentos, mas estende-se o seu
maior símbolo, o Tapete entre três círios.
O modernismo fez com que quase em todas as Lojas, a velas fossem
substituídas por lâmpadas de luz elétrica imitando os bastonetes das
velas.
Portanto, não há mais parâmetros de comparação ou um estudo mais
sério a respeito. E com o modernismo veio normalmente a alteração
das interpretações,e eisto é um fato, mas ao lado este detalhe, os
inventores, “achistas” irmãos que gostam de aparecer, fazendo suas
fantasias virarem procedimentos, trataram de alterar ainda mais a
Ordem. E estas mudanças feitas pelo próprio maçom, acabam
tornando-se verdades para principalmente os que foram iniciados na
Ordem após elas terem disso realizadas.
Posteriormente com a criação de novos Ritos foram criados
procedimentos ritualísticos, diga-se de passagem, alguns deles muito
lindos como é o caso do Rito Adorinhamita e o Rito de Schröder
(Alemão).
Já o Rito Francês ou Modernoaboliu-se definitivamente o uso das
velas, do Altar dos Juramentos e da Bíblia.
O REAA usa as velas com finalidade litúrgicas. Além das velas sobre
os altares do Triângulo Dirigente, é comum observar velas acesas em
cima dos altares do Orador e Secretário e das Luzes Místicas que
triangulam o Altar dos Juramentos onde deve estar a Bíblia aberta.
Estas três velas representariam simbolicamente os três aspectos da
Divindade: Onisciência, Onipresença e Onividência.

No Trabalho de Emulação usam-se os chamados tocheiros que são


um tipo de coluna pequena sobre a qual um círio permanece aceso
durante a sessão. São três tocheiros, um à direita do Venerável e um
ao lado de cada um dos Vigilantes.
As cerimônias de acendimento das velas deveriam obedecer alguns
princípios que seguem as antigas tradições Sempre o Fogo Sagrado
deverá vir do Oriente, pois toda Sabedoria, e toda Luz vem do Oriente.
As velas não podem ser acesas com isqueiros, gasolina fósforos
enxofrados, ou qualquer outro meio que produza fumaça ou cheiro
fétido. A vela do Altardo Venerável deverá ser acesa através de outra
velaintermediaria, para que a chama recebida possa ser pura.
Igualmente ao apaga-la não poderá ser com o hálito queé considerado
impuro, ou com dois dedos se tocando, abafando a chama como é
comum ocorrer. Esta tradição a Maçonaria foi buscar na Antiga Pérsia
segundo Boucher que afirma que o culto ao Fogo dos persas era tão
sagrado que jamais empregavam o hálito ou sopro para apagar a
chama, bem como jamais usavam agua para apagar o fogo. Isto
quando estavam executando uma cerimonia sagrada ou ritualística.
Provavelmente usavam o sopro e a agua para apagarem o fogo fora
dos seus templos ou lugares sagrados.
Devemos usar um velador, adaptado com um abafador. Um velador é
um suporte fino de uns 30 cm de comprimento feito de madeira ou
metal na extremidade do qual existe um disco para a vela ou
candeeiro. Perto da extremidade adapta-se um abafador pequeno de
metal para apagar a vela. Todavia nem sempre o velador deverá ter
um abafador ou apagador de velas, acoplado. Um abafador ou
apagador de velas poderá ser uma peça de madeira ou de ferro, tendo
presa a uma das suas extremidades uma espécie de campânula que
se usará para abafar ou apagar a chama da vela, mas nunca com
sopro ou outro meio.
Alguns autores sugerem que o Venerável e Vigilantes utilizem o
próprio malhete para apagar a vela de seus altares. Não nos parece
esta prática, uma maneira adequada para se apagar uma vela dentro
de uma sessão ritualística que tem um simbolismo tão profundo. E
ainda tem que se considerar que o malhete não foi feito para dar
pancadas em velas para apaga-las. Isto é um absurdo.
Três dos Ritos existentes no Brasil têm uma ritualística própria e
especial muito interessante com relação às velas, que merecem ser
mencionadas. São muito lindas, e repleta de espiritualidade, que vale
a pena serem descritas como está no Ritual porem de maneira
sintética só descrevendo suas etapas mais importantes, onde
mostram o trajeto das velas durante esta cerimônia de abertura e
fechamento da Loja.
No Rito Adonhiramita esta passagem ritualística chama-se Cerimônia
do Fogo. Antes do inicio da sessão o Arquiteto,Mestre de Cerimônia e
1º Experto acendem o Fogo Eterno ( Reavivamento da Chama
Sagrada) que é uma grande vela um círio portanto, que fica situado no
Oriente entre o Altar dos Juramentos e o Altar do Venerável. Após
iniciada a sessão é realizada a Cerimônia da Incensacão que é uma
parte da ritualística. A seguir, o Venerável ordena ao Mestre de
Cerimônia que realize a Cerimônia do Fogo. O Mestre de Cerimônias
com um velador ou acendedor apanha a Chama Sagrada junto ao
Fogo Eterno,que está entre o Altar dos Juramentos e o Altar da
Sabedoria ou do ou do Venerável e o conduzirá ao Altar do
mesmo. Este, ao receber o velador, ergue-ocom as duas mãos à
altura de sua face e diz: “Que a Luz da Sabedoria ilumine nossos
trabalhos” Em seguida acende sua vela e diz ”Sua Sabedoria é
infinita” o Mestre de Cerimônia leva a chama ao Altar do Primeiro
Vigilante Este igualmente ergue o velador à altura da face e diz” Que a
Luz de sua Força nos assista em nossa Obra”. Acende sua vela e diz:
“Sua Força é infinita” Repete-se o mesmo procedimento com o 2°
Vigilante e este dirá: ”Que a Luz de sua Beleza manifeste-se em
nossa Obra”. Acende sua vela e diz: “Sua Beleza é infinita”.
O Mestre de Cerimônia apaga a Chama do velador com o abafador ou
apagador e comunica ao Venerável que terminou a cerimônia. Este no
final da sessão após vários procedimentos ritualísticos determina ao
Mestre de Cerimônia que proceda o adormecimento do Fogo.
O Mestre de Cerimônias vai até o 2° Vigilante e entrega-lhe o abafador
ou apagador. Este adormece a Chama dizendo “Que a Luz de sua
Beleza continue a flamejar em nossos corações”. Devolve o apagador
para o Mestre de Cerimônias vai ao Altar do Primeiro Vigilante
entrega-lhe o apagador : “Que a Luz de sua Força permaneça em
nossos corações” e adormece a sua chama. É devolvido ao Mestre de
Cerimônia o apagador que vai até o Venerável e este ao apagar ou
adormecer a sua Chama dirá: “Que a Luz da Sabedoria prossiga
habitando nossos corações”. O Mestre de Cerimônia volta ao seu
lugar a e avisa que procedeu a Cerimônia de Adormecimento do Fogo.
O Venerável termina a sessão, todos saem, permanecem no Templo
apenas o Irmão Cobridor Interno, Mestre de Harmonia e Arquiteto,
sendo este o ultimo a sair do templo após adormecer a Chama
Sagrada o que fará em companhia do Mestre de Cerimonia e 1°
Experto que se colocam numa posição a formar um triangulo. O
Arquiteto fechará o templo
No Rito de Schröder ou Rito Alemão no centro do Templo há um
Tapete o qual contem todos os símbolos do Rito e que é desenrolado
no inicio dos trabalhos de uma sessão, sendo enrolado no final com
uma ritualística especial. Ao lado do tapete junto às bordas estão três
Colunas Dórica Jônica e Coríntia de 90 cm a 120 cm em cima das
quais estão três círios, um em cada coluna.
Já antes do inicio da sessão deverá estar acesa uma vela fixa,
chamada de Luz do Mestre, no Altar do Venerável o qual entregará ao
Primeiro Diácono uma pequena vela que foi acesa na Vela do Mestre.
O Primeiro Diácono vai até o Altar do Segundo Vigilante e acende sua
vela e a seguir vai até o Altar do Primeiro Vigilante e acende também
sua vela. A seguir o Primeiro Diácono segue pelo Norte e vai até o
Altar do Primeiro Vigilante e vai até a Coluna Jônica que está ao lado
Tapete e aguarda o Venerável que chega em seguida e lhe entrega
sua pequena Vela. O Venerável acende com esta pequena vela o círio
da Coluna Jônica e diz “Sabedoria dirija nossa Obra”. O Primeiro
Vigilante acende o círio da Coluna Doria e dirá: “Força, execute-a” e o
Segundo Vigilante acende em seguida o círio da coluna Coríntia e diz:
“Beleza, adorne-a”. No final da Sessão, O Venerável e os Vigilantes se
colocarão junto às suas colunas representativas já citadas,que estão
localizadas nos três cantosao lado Tapete. Os círios vão sendo
apagados e as Luzesda Loja dirão: Primeiro Vigilante- “A Luz se
apaga, mas que, em nós atue o fogo da Força”. 2° Vigilante –“A Luz
de apaga, mas que fique, em torno de nós o brilho da Beleza”.
Venerável: –“A Luz se apaga, mas que, sobre nós continue a brilhar a
Luz da Sabedoria”
O Rito Brasileiro não nega que tenha emprestado as cerimônias mais
lindas dos demais ritos praticados no Brasil e colocadas no seu ritual.
Tem também a cerimônia do acendimento das Luzes Místicas que é
uma adaptação das cerimônias usadas nos Ritos Adonhiramita e de
Schröder, mais simples, porem também muito bonita.
O Criador dos mundos emite continuadamente Sabedoria Força e
Beleza. Para nós Maçons,compete apenas abrirmos o canal espiritual
para recebermos esta Energia. Uma vela dentro da nossa ritualística,
quando acesa funciona como um emissor repetidor das vibrações
mentais nela enfocadas e concentradas. Enquanto estiver ardendo a
chama estará serepetindo o propósito pelo qual a velafoi acesa. Ela é,
pois o símbolo do Fogo Sagrado emitido pelo GADU. Mas não
esqueçamos que através tão somente do poder mental que todos nós
possuímos, verdadeira dádiva de Deus, poderemos desde que nossa
mente devidamente sintonizada em ondas alfa ou téta, e programada
para esse fim,conseguir o mesmo efeito que uma vela acesa dentro de
um Templo maçônico. Tudo dependerá do grau de concentração no
Criador. Mas de qualquer forma as velas sagradas usadas nas nossas
ritualísticas, tem um valor muito grande para que nossa mente fique
focada totalmente no GADUe a Maçonaria soube de maneira tão
profunda e linda, usar o poder mágico das Velas.

*Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” – Londrina – PR


Site SAMAUMA – 31/julho/2016

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