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PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO

SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
Caro(a) Professor(a) do Programa Mais Alfabetização,

Este material foi desenvolvido com o objetivo de subsidiá-lo(a) no processo de alfabetização e letramento
matemático dos estudantes do primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental. Para tanto, são
apresentadas propostas pedagógicas por meio de sequências didáticas para o ensino e a aprendizagem
da Matemática, no contexto da alfabetização e do letramento.

Nos primeiros anos de escolaridade a ação pedagógica precisa focar na alfabetização, assim como
explorar as diferentes práticas de letramento. Deste modo, tem-se o letramento como condição para
a alfabetização, sendo necessário estimular as crianças à “[...] raciocinar, representar, comunicar e
argumentar matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e
a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e
ferramentas matemáticas” (BRASIL, 2017, p. 222).

Neste contexto, é importante considerar os conhecimentos prévios das crianças, reconhecendo que são
capazes de pensar, refletir e construir conceitos matemáticos. Para isso professor (a), é preciso propor
atividades que propiciem o desenvolvimento das crianças como um todo, permitindo que as crianças
também participem durante todo o processo.

As sequências didáticas são procedimentos de organização do trabalho pedagógico, encadeados ou


interligados, para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais eficiente. Assim, são apresentadas
5 (cinco) sequências didáticas sobre o Reconhecimento dos números, expressões algébricas e funções
em suas diferentes representações; e 5 (cinco) sequências didáticas explorando a Mobilização de
conceitos e propriedades numéricas, algébricas ou de funções para estabelecer relações ou realizar
operações; voltadas ao 1° ano do Ensino Fundamental, totalizando 10 sequências didáticas.

Da mesma forma, são dispostas 4 (quatro) sequências didáticas sobre o Reconhecimento dos números,
expressões algébricas e funções em suas diferentes representações; 4 (quatro) sequências didáticas
explorando a Mobilização de conceitos e propriedades numéricas, algébricas ou de funções para
estabelecer relações ou realizar operações; e 2 (duas) sequências didáticas explorando a Utilização
de conceitos e propriedades numéricas, algébricas ou de funções para resolver problemas; todas
destinadas ao 2° ano do Ensino Fundamental, somando 10 sequências didáticas.
O trabalho docente sobre a construção (utilização e mobilização) do conceito de número precisa ser
considerado como uma base importante para a ampliação do campo numérico exigido socialmente.
Sendo assim, as experiências iniciais são muito importantes, neste longo processo, sendo necessário
que a escola ajude na construção do pensamento matemático da criança.

Para isso professor (a), as atividades propostas também procuram o desenvolvimento de habilidades
previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), mas também de competências importantes e
necessárias para a vida em sociedade, como: a valorização e utilização dos conhecimentos sobre
o mundo físico, social, cultural e digital; a investigação de causas, elaboração e teste de hipóteses,
formulação e resolução de problemas e criação de soluções; a partilha de informações, experiências,
ideias, sentimentos para a produção de sentidos que levem ao entendimento mútuo; a formulação,
negociação e defesa de ideias, pontos de vista e decisões comuns; considerando, para isso, o exercício
da empatia, do diálogo, da resolução de conflitos e da cooperação.

Todo o conteúdo está de acordo com os conhecimentos, competências e habilidades estabelecidas pela
(BNCC) para o ensino da Matemática, no primeiro e no segundo ano do Ensino Fundamental.

É importante ressaltar que “A BNCC é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico
e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das
etapas e modalidades da Educação Básica”. (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ ). A BNCC prevê o
estabelecimento de um eixo comum em relação ao currículo da Educação Básica com a finalidade de
corrigir as desigualdades de conteúdos de ensino praticados nas escolas brasileiras.

Professor (a), desenvolva as atividades propostas de acordo com o nível de sua turma, não deixando de
considerar os objetivos da organização de seu trabalho pedagógico.

Assim, desejamos que você faça um bom uso deste material!


Sumário

1. RECONHECER NÚMEROS, EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E FUNÇÕES EM SUAS


DIFERENTES REPRESENTAÇÕES (ATIVIDADE 1)...............................................................05

1.1. PRIMEIRA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OBSERVANDO OS NÚMEROS EM DIFERENTES CONTEXTOS......05

1.2. SEGUNDA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – QUEM SOU EU?..............................................................................08

1.3. TERCEIRA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – MINHA FAMÍLIA ...............................................................................11

1.4. QUARTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OS NÚMEROS NAS BRINCADEIRAS – PARTE 1...................... 14

1.5. QUINTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OS NÚMEROS NAS BRINCADEIRAS – PARTE 2...................... 18

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................20
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS – 1° ANO

1. RECONHECER NÚMEROS, EXPRESSÕES ALGÉBRICAS


E FUNÇÕES EM SUAS DIFERENTES REPRESENTAÇÕES
(ATIVIDADE 1)

1.1. PRIMEIRA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OBSERVANDO OS NÚMEROS EM


DIFERENTES CONTEXTOS

HABILIDADES RELACIONADAS À BNCC

(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes


situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem,
mas sim código de identificação.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

Reconhecimento de números no contexto diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou


indicação de código para a organização de informações

Os números são utilizados em diferentes situações da nossa vida, podendo assumir muitos significados
como os de: contagem, medição, ordenação ou codificação.

Fontes: https://clipartxtras.com/categories/view/20d0b33b201ba3cf177a78a2ab90095dd485a701/
counting-clipart.html https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Measuring-tape.jpg
http://www.wizard.com.br/blog/aprender-ingles/os-numeros-ordinais-em-ingles/ http://
blackfernando.blogspot.com/2013/04/celebrem-vontade-mas-nao-reparem-no.html

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Professor (a) possibilite que os estudantes reflitam sobre o uso e a importância dos números nos mais
variados contextos da vida cotidiana, bem como, compreender a sua função social. Inicie a aula com
uma roda de conversa1 com os estudantes. Estabeleça um diálogo a respeito da necessidade de

conhecer e utilizar os números. A aula deverá ser desenvolvida a partir dos conhecimentos prévios
da turma, depois, promova a ampliação das informações acerca do uso dos números nas atividades e
práticas diárias.

Faça os seguintes questionamentos:

Para que servem os números?

Que números fazem parte da nossa vida?

Onde é possível verificar a existência dos números?

Permita que os estudantes argumentem sobre a importância dos números, exemplificando objetos e/ou
situações que podem ser encontrados. Em seguida, construa, juntamente com as crianças, um painel
contendo objetos e/ou situações que os números aparecem. Para isso, separe uma folha de papel parda,
revistas, jornais, tesouras sem ponta, cola e fita crepe.

Explore o painel construído, pedindo que os estudantes tentem identificar os números que estão
representados. Como as crianças têm contato com os números, desde muito cedo, é comum que já
possuam hipóteses a respeito da representação de quantidades. Contudo, isso não significa que já
consigam compreender o significado dos números e nem sua função social.

1
A roda de conversa propicia um espaço privilegiado para o diálogo e a troca de conhecimentos. Este tipo de prática pode
contribuir com o desenvolvimento da comunicação, da argumentação, da empatia e da cooperação. Este é um momento em que
você professor (a) deve procurar oportunizar a participação de todos os estudantes, valorizando a fala de cada um.

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PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

O número está ligado a ideia de quantidade, seja em uma contagem, ordenação ou medição. O
numeral é a representação do número por meio da escrita, fala ou indicação. O algarismo é um
símbolo numérico usado para formar os numerais escritos.

Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo: QUAL É A DIFERENÇA ENTRE ALGARISMO E
NÚMERO? | Matemática Rio. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bVflARAxynE

Os números nem sempre são utilizados para fins de contagens, eles também podem ser usados para
indicar uma medição (altura de uma pessoa, a temperatura); e, ainda, a ideia de ordem (primeiro,
segundo, dentre outros). Os algarismos podem ser usados para representar códigos como os existentes
em boletos bancários, em placas de carro, dentre outros.

Fonte: https://jornaldocarro.estadao.com.br/servicos/veja-como-as-placas-de-identificacao-de- veiculos-evoluiram-no-brasil/

PAINEL DE NÚMEROS E LETRAS

Professor (a) é muito comum que crianças em processo de alfabetização confundam letras com números,
principalmente, quando se explora o número como código. Há ainda crianças que não conseguem
perceber algumas diferenças, especialmente, em letras e números como o “A” e o “4”; o “E” e o “3”; a
letra “S” e o “5”; dentre outros.

Estas dificuldades são superadas à medida que as crianças vão se apropriando e utilizando os diferentes
signos. Para esta apropriação, apresente diferentes tipos de materiais de leituras, como revistas e
jornais, encartes de publicidade ou outro material em que é possível observar nomes, preços, envelopes
endereçados, calendários, catálogos telefônicos, rótulos de embalagens, entre outros materiais.

Proponha a construção de um painel de números e letras. Neste painel os estudantes deverão procurar
em diferentes materiais, números e letras que deverão ser coladas separadamente. Escolha e identifique,
no painel, o lado que deverá ter letras e o lado que só poderá ter números.

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Para iniciar a atividade, separe os estudantes em pequenos grupos, pois assim você poderá observar
e avaliar quais estudantes conseguem distinguir os símbolos das letras e os símbolos dos números. Ao
final, peça que os estudantes de cada grupo apresentem seus paineis. Observe a linguagem empregada
na explicação. Aproveite para também verificar se os estudantes já conhecem números maiores que 10.
Desta forma, você poderá identificar quais estudantes precisarão de acompanhamento nas próximas
atividades e quais deles podem auxiliar os colegas com dificuldades.

Não deixe de fixar os paineis construídos pelos estudantes na sala de aula, pois assim, eles poderão
comparar signos sempre que precisarem esclarecer uma dúvida.

Professor (a) a divulgação da produção dos alunos é importante para valorizar o trabalho realizado por
eles. Destacamos que ao produzir paineis ou outro material, os estudantes desenvolvem competências
gerais relacionadas com o conhecimento, com a criticidade e a criatividade, com a comunicação em
diferentes linguagens e com a colaboração.

1.2. SEGUNDA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – QUEM SOU EU?

HABILIDADES RELACIONADAS À BNCC

(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes


situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem,
mas sim código de identificação.

(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o


pareamento e outros agrupamentos.

(EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos),
por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para indicar “tem mais”, “tem menos”
ou “tem a mesma quantidade”.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

Reconhecimento de números no contexto diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou


indicação de código para a organização de informações

Quantificação de elementos de uma coleção: estimativas, contagem um a um, pareamento ou outros


agrupamentos e comparação

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Professor (a), continuaremos enfatizando, junto aos estudantes, a presença e a importância da Matemática
na vida e no cotidiano de cada um deles. Proponha que os estudantes preencham as seguintes
informações pessoais.

1. Qual é o seu primeiro nome?

2. Qual a primeira letra do seu nome?

3. Qual a última letra do seu nome?

4. Quantas letras têm seu primeiro nome?

5. Quantos anos você tem?

6. Qual a data de seu aniversário?

7. Qual o número de sapato que você calça?

8. Desenhe sua mão direita e esquerda

9. Quantos dedos você têm em cada uma das mãos?

10. E nas duas mãos juntas, quantos dedos você tem?

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Professor (a) acompanhe os estudantes no preenchimento individual das informações, caso seja
necessário, auxilie ajudando-os a encontrar as informações solicitadas. Permita que eles façam o registro
das informações da forma que achar conveniente.

PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS


Um das formas de registros que as crianças em processo de alfabetização podem utilizar é o desenho.
Nele é possível representar seu pensamento matemático, auxiliando, inclusive, na resolução de
problemas.
Fonte: http://www.infoteca.inf.br/endipe/smarty/templates/arquivos_template/upload_ar quivos/acervo/docs/2932d.pdf

Depois dos estudantes responderem as informações solicitadas, faça uma roda para que possam
compartilhar suas informações pessoais. Como forma de aproveitar e explorar melhor cada uma das
situações faça questionamentos para explorar cada uma das perguntas solicitadas, de modo que seja
possível esclarecer conceitos e construir conhecimentos.

Em relação ao questionamento sobre o primeiro nome das crianças, explore a compreensão de número
ordinal, ou seja, números que indicam uma ordem; assim como a noção de quantidade e de comparação
de quantidades. Você pode trazer os seguintes questionamentos:

- As pessoas têm mais de um nome?

- Como podemos identificar o primeiro nome e a primeira letra?

- Como saber qual é a última letra?

- Todos têm a mesma quantidade de letras no primeiro nome?

- Qual (is) criança (s) tem a menor quantidade de letras no primeiro nome? E a maior?

- Todas as crianças da sala têm a mesma idade? Quais as diferenças de idades?

- Todas as crianças calçam o mesmo número de sapato? Para que servem este número?

Professor (a) permita que as crianças apresentem suas respostas, explicando como foram inferidas. Se
for necessário, ajude-as na (re) formulação. Em Língua Portuguesa o processo de contagem das letras
de uma palavra é uma importante ferramenta para o processo de alfabetização. Aproveite para

verificar qual/quais dos estudantes tem o nome com a maior e/ou a menor quantidade de letras e quantas
letras tem a mais ou a menos que a quantidade de letras dos colegas.

PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

Os numerais ordinais indicam um número de ordem ou posição numa série (primeiro, segundo,
terceiro, quarto,...), representados majoritariamente de forma abreviada (1.º, 2.º, 3.º, 4.º,...).

Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo: Quintal da Cultura - Números Ordinais. Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=kPCgnDCgix4

Note que a questão 10 explora a ideia de juntar. Para resolvê-la o estudante poderá contar cada dedinho,
resolvendo por contagem ou outra estratégia que achar conveniente. Aproveite esta situação para

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compartilhar estratégias de resolução das crianças. Você pode ainda apresentar a dezena a partir desta
situação.

Professor (a), ao final da atividade você pode propor a construção coletiva de um gráfico de barras ou
pictograma (ver imagem a seguir). Você pode usar informações como os números de sapato das crianças
do 1° ano.

Fonte: http://escolamunicipalprofessorpaulofreire.blogspot.com/2011/11/graficos-na-educacao- infantil.html

1.3. TERCEIRA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – MINHA FAMÍLIA

HABILIDADES RELACIONADAS À BNCC

(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes


situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem
ordem, mas sim código de identificação.
(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o
pareamento e outros agrupamentos.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

Reconhecimento de números no contexto diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou


indicação de código para a organização de informações

Quantificação de elementos de uma coleção: estimativas, contagem um a um, pareamento ou outros


agrupamentos e comparação

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Professor (a) escreva em um cartaz o trecho da música FAMÍLIA. Para isso, utilize letra de imprensa
maiúscula ou caixa alta, e leia em voz alta e pausadamente para os estudantes. Durante a leitura certifique-
se que os estudantes estão acompanhando, mesmo que ainda não consigam ler convencionalmente.

FAMÍLIA
FAMÍLIA, FAMÍLIA
PAPAI, MAMÃE, TITIA
FAMÍLIA, FAMÍLIA
ALMOÇA JUNTO TODO DIA
NUNCA PERDE ESSA MANIA
Composição: Arnaldo Antunes / Toni Bellotto (TITÃS, 1986)

Fonte: https://www.hypeness.com.br/2015/03/novas-configuracoes-de-familias-provam-que-o-afeto-
vai-muito-alem-do-tradicional-mae-pai-filhos/

Professor (a), após a leitura do trecho da música proponha uma roda de conversa com os estudantes
para discutir sobre a importância da família e as diferentes constituições familiares. Em seguida, solicite
que cada criança desenhe os membros de sua família procurando identificar, quando possível, o papel
de cada um. Por exemplo: papai, mamãe, irmão, irmã, titia, vovô, vovó, dentre outros. Permita que este
registro seja feito por meio da escrita espontânea2.

Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/teste-do-desenho-da-familia/

Certifique-se que todos os estudantes tenham feito o desenho de sua família e o registro do papel de
cada membro. Na sequência, peça-os que respondam as seguintes perguntas:

Quantas pessoas têm na sua família?

Quem e quantas são as pessoas que moram com você?

Quantos irmãos você tem?

2
Produção gráfica feita por crianças que se encontram em processo de compreensão do princípio alfabético.

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Você acha sua família grande ou pequena? Explique.

Professor (a) para o caso de haver em sua turma crianças que ainda não tenham desenvolvido a noção
de quantidade ou que não saibam registrar o numeral correspondente a quantidade de membros da
família, você poder utilizar cartões numéricos, conforme modelo a seguir.

Acreditamos que a produção de registros escritos pela criança, as reflexões feitas a partir desses
registros e a socialização que acontece em sala de aula, promovam uma tomada de consciência tanto
das potencialidades, como da evolução do pensamento. Além disso, representa uma síntese provisória
dos conhecimentos matemáticos desenvolvidos em sala de aula.

Esses registros devem ainda servir de reflexão a respeito de sua prática, permitindo-lhe conhecer os
diferentes caminhos que seus alunos usam para expressar seu raciocínio. Por isso professor (a) busque
cada vez mais subsídios para sua prática e incentive as crianças a comunicarem, a compartilharem suas
experiências e concepções, registrando-as.

Professor (a) socialize as atividades realizadas pelas crianças. Verifique o tipo de registro utilizado pelas
crianças ao indicar a quantidade. Caso as crianças utilizem apenas desenhos, pergunte sobre outras
formas possíveis de se representar quantidades. Caso seja necessário, apresente os cartões numéricos
para que possam se apropriar dos numerais utilizados na representação de quantidades.

Converse sobre o porquê de elas acharem suas famílias pequenas ou grandes. Note que esta
compreensão está relacionada a parâmetros subjetivos, pois uma criança pode achar sua família,
que possui 5 membros, grande, já que conhece famílias com apenas 3 membros. Esta comparação é
importante e necessária para que as crianças venham a entender a noção de igualdade e desigualdade,
de maior e de menor.

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PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

Por trás da comparação de quantidades tem-se a correspondência um-a-um que permite: comparar
duas coleções, sem recorrer à contagem abstrata; controlar quantidades sem contar ou nomeá-las.
Este é um princípio importante, pois, pode-se obter resultado mesmo se a linguagem, memória ou o
pensamento abstrato não foram totalmente desenvolvidos.

Para compreender mais sobre esse assunto, assista ao vídeo: História dos números, disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ExYFO1gdCA4

1.4. QUARTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OS NÚMEROS NAS BRINCADEIRAS – PARTE 1

HABILIDADES RELACIONADAS À BNCC

(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes


situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem,
mas sim código de identificação.

(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o


pareamento e outros agrupamentos.

(EF01MA10) Descrever, após o reconhecimento e a explicitação de um padrão (ou regularidade), os


elementos ausentes em sequências recursivas de números naturais, objetos ou figuras.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

Contagem de rotina; Contagem ascendente e descendente; Reconhecimento de números no contexto


diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou indicação de código para a organização de
informações; Sequências recursivas: observação de regras usadas utilizadas em seriações numéricas

Professor (a) inicie sua aula com uma roda de conversa. Pergunte aos estudantes se já brincaram de
esconde-esconde. Permita que eles descrevam a experiência e explicitem as regras da brincadeira.

VERBETE

ESCONDE-ESCONDE: É uma brincadeira infantil, também conhecida como pique - esconde, na qual
uma pessoa fica com os olhos fechados, contando até certo número, combinado previamente com os
participantes, enquanto que os demais participantes se escondem

Para maiores informações, assista ao vídeo Brincar de esconde-esconde Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=Zxa7Czv1grU

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Fonte: http://www.servicebaby.com.br/10-brincadeiras-antigas-que-ajudam-no- desenvolvimento-da-crianca/

Escolhemos a brincadeira de esconde-esconde por explorar a recitação dos números em uma sequência
determinada e fixa, mas, se preferir, você pode escolher outra brincadeira comum em sua região, que
tenha a contagem oral.

PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS


A compreensão do número é desenvolvida pelas crianças a partir de situações cotidianas. Para isso,
é importante propor atividades que a criança possa: criar relações; quantificar objetos e interagir com
colegas e professores (KAMII, 1990). Sendo assim, as situações escolares podem explorar a vida
diária, por meio da distribuição de materiais, divisão de objetos, coleta de apetrechos, manutenção
de quadro de registros, arrumação da sala de aula e votação, por exemplo; e jogos em grupo como
jogos com alvo, jogos de esconder, corridas e brincadeiras de pegar, jogos de adivinhação, jogos
de tabuleiro e jogos de baralho.

Depois de conversarem sobre a brincadeira, enfatize o momento da contagem oral.

Faça os seguintes questionamentos:

- Para que a contagem é usada na brincadeira do esconde-esconde?

- Até que números você(s) sabe(m) contar?

Na brincadeira, a contagem serve para dar uma noção de passagem de tempo, de modo que todos
possam se esconder. Professor (a) a discussão e a interação entre os pares e a reflexão sobre a sequência
numérica oral irá permitir que os estudantes avancem em relação aos saberes já construídos. Além disso,
é uma ótima oportunidade para conhecer melhor a sua turma e assim propor e/ou adaptar as próximas
sequências didáticas.

Peça que as crianças façam a contagem até o número que disseram saber. Observe se a sequência está
correta, se nenhum número foi omitido. Explorar a contagem oral, ou seja, a verbalização da sequência
numérica ajuda a criança a desenvolver a competência numérica, pois pode conduzir a compreensão
dos princípios que se encontram na sua base (base dez).

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PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

As crianças aprendem, desde cedo, a recitar a sequência numérica por meio de brincadeiras.
Embora recitar não seja suficiente para a compreensão de número, é importante, juntamente com
outras atividades, para se apropriarem da contagem, da quantificação e, posteriormente, do cálculo.

Leia mais sobre este assunto no artigo Construtivismo e Educação Matemática, disponível em: https://
revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/2135

Para além de recitar a sequência numérica é importante que os estudantes também consigam identificar
o numeral correspondente, assim como, posteriormente, a ideia de quantidade de cada número.

Na sequência, proponha brincar de amarelinha com os estudantes. Esta brincadeira pode ser realizada
em sua sala de aula ou no pátio da escola, a depender do espaço disponível. Construa a amarelinha
com as crianças,

aproveitando para comparar tamanhos, espaços, semelhanças e diferenças, além da representação de


cada numeral.

Faça os seguintes questionamentos:

Como decidimos quem joga primeiro?

Qual é o maior número? E o menor?

Quantos números têm a amarelinha? Para que servem?

Quem sabe onde está o número cinco?

Que número é maior que 5 e menor que 7?

VERBETE

AMARELINHA: Brincadeira infantil que, aos saltos com uma só perna, as crianças atravessam as casas
riscadas no chão, pulando a casa que está marcada com uma pedra ou com outro objeto.
Fonte: https://www.dicio.com.br/amarelinha/

Professor (a), como essa brincadeira é uma atividade de performance individual, dentro de uma dinâmica
coletiva, faça suas observações quanto ao desempenho e o entendimento de regras dos jogadores
individualmente, não sendo necessário que a dinâmica do grupo todo seja interrompida para que alguma
orientação individual seja feita.

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Fonte: https://br.guiainfantil.com/materias/educacao/jogosamarelinha-brincadeiras-para- criancas/

Verifique a desenvoltura e/ou as dificuldades dos estudantes em ditar o número ou em obedecer a


sequência numérica ascendente. No caso de sua turma já ter domínio da leitura e escrita da sequência
numérica de 1 a 10, é possível inovar e dificultar a brincadeira. Para isso, você pode propor circuitos com
formatos diferentes, explorar a contagem descendente, ou ainda trabalhar com sequências numéricas
recursivas, solicitando que os estudantes determinem na construção da amarelinha, o sucessor ou
antecessor de determinada sequência.

PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

Em um sequência recursiva (ou recorrente) quando um determinado termo pode ser calculado em
função de termos antecessores, como, por exemplo, na sequência numérica 0, 2, 4, 6, 8..., na qual
cada elemento a partir do segundo é obtido da soma do seu antecessor com 2. Descrever uma
sequência recursiva faz parte da habilidade (EF01MA10), prevista na Base Nacional Comum Curricular
(BNCC).

Acesse a BNCC para maiores informações: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc

Professor (a) a contagem ascendente e descendente está relacionado, respectivamente, com a contagem
crescente e decrescente dos números. Note que, durante a brincadeira da amarelinha, os estudantes
precisarão saber a ordem crescente dos números, ao sai do início para o céu, e a ordem decrescente,
ao sair do céu para o início.

Verifique se as crianças compreenderam a representação e a ordem dos numerais. Para isso, você pode
propor, ao final da brincadeira, que as crianças façam um desenho representando a amarelinha e a
brincadeira desenvolvida.

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1.5. QUINTA SEQUÊNCIA DIDÁTICA – OS NÚMEROS NAS BRINCADEIRAS – PARTE 2

HABILIDADES RELACIONADAS À BNCC

(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em diferentes


situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam contagem nem ordem,
mas sim código de identificação.

(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o


pareamento e outros agrupamentos.

(EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de 20 elementos),
por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para indicar “tem mais”, “tem menos”
ou “tem a mesma quantidade”.

(EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar o resultado
por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como jogos, brincadeiras, materiais
da sala de aula, entre outros.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

Contagem de rotina; Contagem ascendente e descendente; Reconhecimento de números no contexto


diário: indicação de quantidades, indicação de ordem ou indicação de código para a organização de
informações; Leitura, escrita e comparação de números naturais (até 100);

O jogo de boliche pode ajudar no


desenvolvimento do conhecimento
dos algarismos, de quantificação, da
noção de comparação de conjuntos
(maior, menor e igual), além de
envolver noções de distância,
espaço, força, entre outras.

Fonte: http://criancasenumeros.blogspot.com/2012/08/aprende-se-matematica-brincando.html

PARA AMPLIAR OS CONHECIMENTOS

O jogo com regras pode ajudar as crianças a desenvolverem competências importantes como:
aprender a cooperar, além de aprender a ganhar e a perder. Estas são algumas das competências
que a BNCC aponta como necessárias para a formação dos estudantes.

Conheça um pouco mais sobre este assunto em: https://novaescola.org.br/conteudo/1257/brincando-


com-regras

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Professor (a) proponha o jogo de boliche com as crianças. Para isso, providencie com antecedência
os pinos (podem ser feitos de garrafa pet) e uma bola. Sugerimos a utilização de 10 pinos, para que,
posteriormente, você possa trabalhar a noção de dezena com os estudantes. Em seguida, siga os
seguintes passos:

1. Peça que os estudantes formem uma fila em ordem crescente3, essa ordem

2. indicará a sequência dos jogadores (para isso, você pode solicitar que eles comparem seus
tamanhos);

3. Marque o local da linha de arremesso e explique que a bola deverá ser arremessada com os pés
em cima da linha;

4. Solicite que a criança conte a quantidade de pinos derrubados e faça o registro em um quadro
que esteja vivível para toda a turma;

5. Proponha a realização de 2 ou 3 rodadas (para definir a quantidade de rodadas, verifique o


tempo que você tem disponível, assim como, a competência numérica de sua turma).

Professor (a) o mais importante neste jogo é o momento do registro da quantidade de pinos derrubados.
Para isso, os estudantes poderão indicar a quantidade com numerais, ou ainda, outra forma de
representação que lhe pareça mais adequada (palitinhos, bolinhas).

Fonte: https://www.soescola.com/2017/07/jogo-boliche-matematico.html

No final do jogo, peça que as crianças observem o quadro de registros, buscando identificar:

- Quem conseguiu derrubar mais pinos? Quantos pinos esse colega derrubou?

- Quem derrubou menos pinos? Quantos pinos esse colega derrubou?

- O que a gente pode fazer para descobrir quantos pinos foram derrubados na nossa brincadeira?

Professor (a) permita que os estudantes socializem estratégias que usaram para descobrir as repostas
a essas perguntas. A depender do nível de sua turma, outras perguntas podem ser exploradas, assim
como outros conceitos (dezena, composição de quantidades, entre outros).

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Sugerimos que seja em ordem crescente de tamanho. As crianças podem fazer esta comparação e formar a fila.

PROGRAMA MAIS ALFABETIZAÇÃO   19


REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Base Curricular Comum. Brasília:
MEC, 2017.

BRIZUELA, B. M. Desenvolvimento matemático na criança: explorando notações. Porto Alegre. Artmed, 2006.

COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Matemática. São Paulo: Ática, 2000.

LORENZATO, S. Para aprender Matemática. 2. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2008. Coleção
Formação de Professores.

MAGINA, S. et al. Repensando Adição e Subtração: Contribuições da teoria dos Campos Conceituais.
São Paulo: Proem, 2001.

KAMII. C. A criança e o número: implicações da teoria de Piaget. Campinas: Papirus, 1990.

PIAGET, J. e INHELDER, B. Gênese das Estruturas Lógicas Elementares. Rio de Janeiro: Ed. Zahar,
1983. 3 ed. 356p.

SANTANA, E. R.; S. CORREIA, D. Ensinando adição e subtração: experiências de professores de 2º ano.


Itabuna, BA: Via Litterarum, 2011.

SMOLE, K. C. S. Textos em Matemática: Por que não? In: SMOLE, K C. S e DINIZ, M. I. Ler, escrever e
resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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