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Projeto de sistemas

- Seleção do processo -

Stevenson, W.J., Operations


Management, McGraw-Hill.
CHAPTER 6
Seleção do processo

A. PLANEAMENTO DO PROCESSO

B. SELEÇÃO DO PROCESSO

Gestão de Operações 2 DEGEIT – Universidade de Aveiro


A. Planeamento do Processo

Na produção de um produto as pessoas que o executam


seguem um conjunto de passos pré-determinados.

 Os passos seguidos designam-se por operações.


 A sequência de operações (e atividades
relacionadas) designa-se por processo.
 O trabalho associado à análise do produto e à
especificação das operações e do equipamento
requerido designa-se por planeamento do
processo.

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A. Planeamento do Processo

Procedimento
1. Obtenção dos dados necessários:
 Desenho técnico do produto e dos seus componentes;
 Especificações físicas, funcionais, de desempenho, de
qualidade e de aspeto visual;
 Lista de materiais / Lista de componentes (BOM – Bill of
materials);

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A. Planeamento do Processo

Exemplo
Lista de materiais

(Apple, J. M., Plant Layout and Material Handling, Wiley, 1977)

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A. Planeamento do Processo

Procedimento
1. Obtenção dos dados necessários (cont.):
 Quantidade total requerida;
 Taxa de produção requerida;
 Data de entrega inicial dos produtos;
 Disponibilidade dos recursos: equipamentos, componentes,
mão-de-obra e matérias-primas.

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A. Planeamento do Processo

Procedimento
2. Análise de cada um dos componentes do produto:
 Características dos componentes;
 Montagens;
 Seleção de materiais;
 Estudo das especificações;
 Análise dimensional;
 Análise de tolerâncias;
 Tipos de processos;
 Processos alternativos;
 Operações auxiliares de apoio (receção, movimentação, inspeção,
armazenamento…).

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A. Planeamento do Processo

Procedimento
3. Construção da folha de especificação de tarefas:
 Uma lista que contém todas as tarefas básicas necessárias
para a obtenção de um componente (não indica quais as
operações de fabrico utilizadas no processamento do
componente).

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A. Planeamento do Processo

Exemplo
Folha de
especificação
de tarefas

(Apple, J. M., Plant Layout


and Material Handling, Wiley, 1977)

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A. Planeamento do Processo

Procedimento
4. Combinação das tarefas básicas em operações de
fabrico:
 Uma vez determinadas essas tarefas básicas de transformação
do componente, o passo seguinte é o seu agrupamento em
operações específicas a serem executadas pelos
equipamentos.
5. Determinação da sequência lógica para as
operações:
 O procedimento do planeamento do processo de fabrico
culmina com a determinação da melhor sequência segundo a
qual as operações de fabrico devem ser executadas.
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A. Planeamento do Processo
Exemplo - Folhas de sequência de operações

(Apple, J. M., Plant Layout and Material Handling, Wiley, 1977)

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A. Planeamento do Processo
Exemplo Date: 9-30-00
Analyst: TLR
Location: Graves Mountain
Process: Apple Sauce
Diagrama de

Distance
Operation
Transport
Description

Storage
Inspect

(feet)
(min)
Time
Delay
Step
processamento of
process
de um 1 Unload apples from truck 20
componente 2 Move to inspection station 100 ft
3 Weigh, inspect, sort 30
4 Move to storage 50 ft
5 Wait until needed 360
6 Move to peeler 20 ft
7 Apples peeled and cored 15
8 Soak in water until needed 20
9 Place in conveyor 5
10 Move to mixing area 20 ft
11 Weigh, inspect, sort 30
© 1998 by Prentice-Hall Inc
Russell/Taylor Oper Mgt 2/e Page 1 0f 3 Total 480 190 ft
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B. Seleção do Processo

Edifícios e
Previsões Planeamento equipamentos
capacidade

Projeto de Implantações
produtos (Layouts)

Seleção do
Alterações processo Projeto do
tecnológicas trabalho

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B. Seleção do Processo

Principais questões:

 Qual a variedade de produtos com que o sistema


terá que lidar?

 Qual o grau de flexibilidade de equipamento


necessário?

 Qual o volume de output esperado?

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B. Seleção do Processo

Tipos de processo

 Processos contínuos

 Processos discretos
 Projeto
 Job-shop
 Lotes
 Repetitivo

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B. Seleção do Processo

Tipos de processo
 Processos contínuos
 Produtos a granel.
 Volumes elevados.
 Produtos altamente estandardizados.
 Equipamentos muito pouco flexíveis.

 Exemplos: refinarias; produção de pasta de papel; Internet;


distribuição de eletricidade.

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B. Seleção do Processo

Tipos de processo
 Processos discretos
 Projeto
 Trabalhos não rotineiros com um conjunto
específico de objetivos a concretizar num
determinado horizonte temporal.

 Exemplos: construção de edifícios; consultoria;


instalação de uma Intranet.

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B. Seleção do Processo

Tipos de processo
 Processos discretos
 Job-shop
 Produtos personalizados.
 Grande variedade de produtos.
 Volumes reduzidos.
 Flexibilidade de equipamentos.

 Exemplos: urgências médicas; reparação de


eletrodomésticos; produção de ferramentas.
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B. Seleção do Processo

Tipos de processo
 Processos discretos
 Lotes
 Produtos semi-estandardizados.
 Variedade moderada de produtos.
 Volumes moderados.
 Flexibilidade de equipamentos limitada.

 Exemplos: padarias; indústria alimentar; viagens de


avião; aulas de uma instituição de ensino.
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B. Seleção do Processo

Tipos de processo
 Processos discretos
 Repetitivo
 Produtos estandardizados.
 Variedade reduzida de produtos.
 Volumes elevados.
 Flexibilidade reduzida de equipamentos.

 Exemplos: linhas de montagem de automóveis; lavagem


automática de automóveis.
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B. Seleção do Processo
Tipos de processo
Dimensão Job-shop Lotes Repetitivo Contínuo
Variedade de Muito
Moderada Baixa Muito baixa
tarefas elevada

Flexibilidade Muito Muito baixa


Moderada Baixa
do processo elevada

Muito
Custo unitário Moderado Baixo Muito baixo
elevado

Volume de Muito
Muito baixo Baixo Elevado
output elevado

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B. Seleção do Processo

Automação
Equipamento que possui dispositivos de deteção e controlo
que possibilitam o seu funcionamento automático.
Vantagens:
 Menor variabilidade nas operações
 Repetição exaustiva das mesmas tarefas
 Condições de trabalho adversas

Desvantagens:
 Custos elevados
 Flexibilidade limitada
 Efeitos adversos na moral e produtividade dos recursos humanos

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B. Seleção do Processo

Automação
Tipos de automação:

1. Fixa

2. Programável

3. Flexível

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B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação fixa
Utilização de equipamentos especializados e de custo bastante elevado,
que executam uma sequência fixa de operações.
Na automação fixa as linhas são configuradas para fabricar um tipo de
produto ou componente.
Os custos variáveis são baixos, mas, em contrapartida, o investimento
inicial é elevado - estes sistema são atrativos para elevadas taxas de
produção.
As operações são executadas de acordo com uma sequência fixa, na
qual cada operação é simples mas a integração de um elevado número
de operações é complexa.
Este tipo de sistemas é inflexível e as alterações para acomodar
modificações no produto são difíceis e dispendiosas.
Gestão de Operações 24 DEGEIT – Universidade de Aveiro
B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação programável
Utilização de equipamentos genéricos e de custo elevado,
controlados por um computador que fornece a sequência de
operações e detalhes específicos acerca de cada operação.

Os processos executados pelos sistemas de automação


programável podem ser adaptados a diferentes configurações do
produto pela reprogramação das máquinas e do sistema. Os
sistemas podem comportar uma variedade considerável de
produtos, em pequenos lotes.

Exemplos: máquinas CNC; robots.


Gestão de Operações 25 DEGEIT – Universidade de Aveiro
B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação programável
Máquinas de controlo numérico

As máquinas de controle numérico podem ser programadas para


repetir uma sequência de instruções. Assim, pequenos lotes de
diferentes componentes podem ser produzidos na mesma
máquina, bastando para tal alterar o programa de controle da
máquina.

Cada máquina de controle numérico pode ter associado um


processador (CNC), ou um único computador pode controlar
várias máquinas de controle numérico (DNC).
Gestão de Operações 26 DEGEIT – Universidade de Aveiro
B. Seleção do Processo
Tipos de automação - Automação programável
Máquinas
de controlo
numérico

Gestão de Operações 27 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação programável
Robots
Os robots são máquinas programáveis que desempenham tarefas
repetitivas nas áreas de:
 pintura,
 soldadura,
 manuseamento de materiais,
 inspeção,
 montagem.
Um robot é constituído por um braço mecânico, uma fonte de
alimentação e um controlador.

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B. Seleção do Processo
Tipos de automação - Automação programável
Robots

Gestão de Operações 29 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação flexível
Utiliza equipamentos de elevada flexibilidade e os
tempos de setup são significativamente reduzidos.

Exemplos: FMS’s, CIM

Gestão de Operações 30 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação flexível
FMS’s
Os sistemas de produção flexível combinam as características dos
sistemas de automação fixa e programável.
Os FMS’s são equipamentos de capital intensivo, cujos custos de
operação (em particular os associados à mão-de-obra) são muito
baixos.

Gestão de Operações 31 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Computer
Tipos de control
room
Tools
automação Conveyor
Automação
flexível
Pallet
FMS’s

Machine

Load Unload
Finished
© 1998 by Prentice-Hall Inc Parts Terminal goods
Russell/Taylor Oper Mgt 2/e

Gestão de Operações 32 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tipos de automação
Automação flexível
CIM

Os sistemas integrados de produção assistida por computador


(CIM) permitem a integração global das fases de projeto,
engenharia, planeamento de processo, produção, controle de
existências e planeamento e calendarização da produção.

Gestão de Operações 33 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tipos de automação - Automação flexível
CIM IGES,
CAD CAE GT DFM
PDES

TQM Product
Bar codes, design CAD/CAM
EDI
MRP CAPP
Systems Process
JIT/ mgmt CIM planning Cellular
kanban manuf
DSS/ES/
AI MAP,
LAN, TOP, Manuf STEP
satellites

© 1998 by Prentice-
Hall Inc - Russell/ NC/CNC/ AGV, Automated Cells
FMS Robotics
Taylor Oper Mgt 2/e DNC ASRS inspection & centers
Gestão de Operações 34 DEGEIT – Universidade de Aveiro
B. Seleção do Processo
Tecnologia de informação
Sistemas de Gestão de Informação Lógica difusa (Fuzzy Logic)
(Management Information Systems - Comunicações Avançadas (Advance
MIS) Communications)
Sistemas de Apoio à Decisão (Decision Troca eletrónica de dados (Electronic
Support Systems - DSS) Data Interchange - EDI)
Sistemas Inteligentes (Expert Systems - Internet, Intranet, Extranet
ES)
Comunicações “sem fios” (Wireless
Inteligência Artificial (Artificial Communications)
Intelligence - AI)
Teleconferência (Teleconferencing)
Redes neuronais (Neural Networks)
Códigos de barras (Bar Coding)
Algoritmos genéticos (Genetic
Algorithms) Realidade virtual (Virtual Reality)

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B. Seleção do Processo
Tecnologia de fabrico
 Modificação das  Maquinação de  Processos para junção
propriedades físicas do componentes de componentes ou
material  Torneamento materiais
 Reações químicas  Fresagem  Soldadura
 Tratamentos térmicos  Furação  Rebitagem
 Refinação  Serragem  Prensagem
 Eletroerosão  Colagem
 Modificação da forma do
material  Acabamentos de superfície
 Prensagem  Polimento
 Estampagem  Eletrodeposição
 Fundição  Pintura
 Extrusão  Grenalhagem

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B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento de materiais
Durante a conversão das matérias primas em produtos acabados, os
materiais devem ser movimentados entre os postos de trabalho.
Se existem tempos de espera nos processos de fabrico, os materiais
devem ser armazenados.
Os materiais podem ter que ser embalados ou colocados em contentores
antes de serem armazenados ou movimentados.
Movimentação, embalagem e armazenamento são designados por
processos de manuseamento de materiais.
Estes processos, sendo necessários para os fluxos de materiais entre os
processos de fabrico, não acrescentam valor aos produtos, pelo que
devem ser eliminados ou, pelo menos, reduzidos ao mínimo
indispensável.
Gestão de Operações 37 DEGEIT – Universidade de Aveiro
B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento de materiais
Movimentação de materiais
Entre os princípios que se devem acautelar no projeto do
sistema de transporte de materiais, destacam-se:
 Os movimentos devem ser o mais  Os materiais devem ser pré-posicionados
curtos e diretos possível. para a operação seguinte.
 Sempre que possível deve-se  Deve-se estudar a hipótese de
procurar combinar e eliminar as movimentar trabalhadores em vez de
operações de movimentação e materiais.
manuseamento.  Quando praticável devem-se movimentar
 Os materiais a serem os materiais empregando meios
movimentados devem ser mecânicos, em vez de mão-de-obra.
colocados o mais próximo possível  Sempre que possível utilizar o espaço
do ponto em que serão utilizados. aéreo.

Gestão de Operações 38 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento de materiais
Movimentação de materiais

Gestão de Operações 39 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento de materiais
Embalagem

Os materiais são colocado em paletes ou em


contentores para a sua movimentação ou
armazenamento, bem como para o seu envio para os
clientes.

A escolha das tecnologias de embalagem dependem


dos materiais a embalar e do sistema de transporte de
materiais utilizado.

Gestão de Operações 40 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento de materiais
Armazenamento

Os materiais armazenados durante o processo de fabrico


designam-se por existências em curso de fabrico.

Os produtos armazenados após o processo de fabrico estar


completo designam-se por existências de produtos finais.

Em ambos os casos estas existências têm um custo, o qual


deve ser reduzido quer pela diminuição dos materiais
armazenados, quer pela redução do tempo em que estes
materiais permanecem armazenados.

Gestão de Operações 41 DEGEIT – Universidade de Aveiro


B. Seleção do Processo
Tecnologia de manuseamento
de materiais
Armazenamento – ASRS’s

Gestão de Operações 42 DEGEIT – Universidade de Aveiro

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