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Introdução à
Análise de
Circuitos Elétricos
1. INTRODUÇÃO
. Leis de Kirchhoff;
. Análise de malhas;
. Análise nodal;
. Teoremas de Thevenin e Norton;
. Princípio da superposição.
LEMBRETE
I(t) I(t)
Representação de um bípolo
Considere um bípolo que é atravessado por uma corrente i(t). Durante o intervalo
de tempo dt o bípolo é atravessado pela carga elétrica
A passagem desta carga transfere para o bípolo uma energia dw, relacionada à
carga por:
1 volt = 1 Joule/Coulomb .
Se num dado instante a indicação do aparelho for positiva, podemos afirmar que o
terminal “+” está a um potencial mais elevado que o terminal “-”.
Um voltímetro ideal não altera o comportamento dos circuitos em que for ligado.
Por outro lado, os voltímetros reais sempre modificam o circuito em que forem
ligados. Cabe ao usuário certificar-se que essa modificação é desprezível.
Podemos definir um circuito elétrico como sendo o caminho fechado por onde
circula a corrente elétrica conforme figura abaixo:
Com o objetivo de criar efeitos desejados, tais como calor, luz, som, os circuitos
elétricos podem assumir as mais diversas formas.
O mais simples circuito elétrico que se pode montar será constituído
necessariamente de três (3) componentes:
Abaixo temos o exemplo de um circuito elétrico simples formado pelos três (3)
componentes citados anteriormente.
Quando conectamos uma carga, (lâmpada), a uma fonte geradora, (pilha), por
meio de condutores temos um circuito elétrico. Abaixo temos este circuito, assim
como a representação do comportamento dos elétrons em excesso no pólo
negativo da pilha movimentando-se através do condutor e do filamento da
lâmpada, em direção ao pólo positivo da pilha.
Existe ainda nos circuitos elétricos outro componente adicional muito importante
denominado Interruptor ou chave. Os interruptores ou chaves são incluídos nos
circuitos elétricos com a função de comandar/chavear o seu funcionamento.
As figuras a seguir demonstram um circuito elétrico com este componente
adicional e seu respectivo esquema.
São aqueles que transformam uma energia qualquer em energia elétrica, sendo
considerados desta forma elementos ativos no circuito. Sua representação em
um circuito elétrico pode ser visualizada na figura abaixo.
Bípolo Gerador.
A seguir temos alguns exemplos de elementos classificados como geradores.
Bípolo Receptor.
- Tensão de fornecimento
- Resistência interna
Desta forma uma pilha pode ser representada como uma fonte de tensão em série
com as resistências dos elementos, a soma destas resistências é denominada de
resistência interna.
Quando conectamos uma carga aos terminais das pilhas ocorrerá à circulação de
corrente elétrica no circuito e por consequência na resistência interna, provocando
nesta resistência uma queda de tensão expressa por VRi = Ri x I.
Logo a tensão presente nos terminais de uma pilha é igual à força eletromotriz
gerada menos a queda de tensão em sua resistência interna.
V = E – VRi
É comum ouvir dizer que acabou a força da pilha quando, por exemplo, não
conseguimos mais escutar música no rádio, porém na verdade a força
eletromotriz gerada pela pilha não diminui, o que está ocorrendo é um aumento
Portanto é bom saber que a diminuição da tensão de uma pilha com carga ao
longo do tempo deve-se ao aumento de sua resistência interna.
A figura ao lado
mostra a associação
de quatro (4) pilhas
em série
ET = E1 + E 2 + E3 + E4
Para haver a soma das forças eletromotrizes é necessário que o pólo positivo de
uma pilha esteja ligado ao pólo negativo da pilha imediatamente seguinte.
Portanto desta forma poderemos obter vários níveis de tensão, 3, 4,5, 6, 9V,
permitindo alimentar circuitos como por exemplo rádios portáteis, lanternas,
brinquedos eletrônicos.
ET = E1 = E 2 = E3
A resistência interna total neste tipo de associação será sempre menor que a
menor das resistências internas. Pois teremos:
o pólo positivo de um gerador deve ser ligado ao pólo positivo do outro gerador.
o pólo negativo de um gerador deve ser ligado ao pólo negativo do outro gerador
a força eletromotriz da associação é igual a força eletromotriz de um dos
geradores.
a resistência interna total é menor que a menor das resistências internas
individuais.
a capacidade de fornecer corrente é igual a soma das capacidades individuais.
Este trabalho, energia dissipada sob forma de calor no interior do gerador não é
transferida para o exterior, caracterizando-se como PERDAS.
Evidentemente alguns circuitos não são formados apenas por resistores. Alguns
circuitos podem ter no trecho citado acima entre A e B, além de resistores, um
gerador, um receptor, respectivamente com suas (F.E.M, E, r) e (F.C.E.M, E”, r”),
logo a expressão UA – UB = R x i , não pode ser aplicada .
UA – UB = ( UA – UM ) + ( UM - UN ) + ( UN – UB ) donde tem – se :
UA – UB = (R x i ) + ( r x i - E ) + ( E” + r” x i ) donde tem – se :
Receptor
Gerador
Resistor
UN - UM = E – r x i
UM - UN = r x i – E
UA – UB = ( R + r + r” ) x i + E” - E
A d.d.p entre dois pontos é dada pela soma dos produtos de todas as
resistências no trecho pela intensidade de corrente , mais a soma das
F.C.E.M dos receptores e menos a soma das F.E.M dos geradores no
trecho.
R = 7Ω + 2 Ω + 1Ω = 10 Ω.
A F.E.M = 40V e F.C.E.M = 10V
a ) I = 8 A => UA – UB = 10 x 8 + 10 – 40 = 50 V
b ) I = 1 A => UA – UB = 10 x 1 + 10 – 40 = - 20 V
c ) I = 3 A => UA – UB = 10 x 3 + 10 – 40 = 0 V
No caso B, ao contrário resulta numa d.d.p negativa, isto indica que no trecho AB,
está cedendo energia para o resto do circuito: uma carga positiva entrando em A
sai por B a um potencial 20 vezes maior, e a energia resultante é cedida ao resto
do circuito.
No caso C, o trecho AB não troca energia com o resto do circuito, pois a d.d.p = 0
e uma carga sai por B ao mesmo potencial que entrou em A.
Cada ramo do circuito entre os pontos A e B, está associado a uma d.d.p e a uma
corrente i . De um modo geral o problema consiste em determinar as correntes
nos ramos conhecendo as resistências dos resistores, as F.E.M dos geradores e
as F.C.E.M dos receptores .
Para enunciarmos as leis para estes circuitos é necessário introduzir duas ideias
geométricas acerca dos respectivos esquemas. São idéias de Nó e Malha.
EXERCÏCIOS DE FIXAÇÃO
Nas malhas MNRS e NPQR dizer quais as correntes concordes, discorde (com o
sentido das malhas). Dizer também a corrente que se dirige para o nó N e as que
dele se afastam.
Existem duas leis dos circuitos elétricos definidas por Kirchhoff, que simplificam
muito a resolução dos circuitos:
i1 + i3 = i2 + i4 + i5
As correntes em cada ramo do circuito são determinadas então, pela soma das
correntes de malha que passam por este ramo.
Seja o seguinte circuito com as correntes dos ramos e correntes das malhas:
I1 = Im1
I2 = -Im1 + Im2
I3 = -Im2
I4 = Im1 – Im3
I5 = Im2 – Im3
I6 = Im3
Para a determinação das correntes das malhas, aplica-se a Lei das Tensões de
Kirchhoff para cada malha interna, cuja única corrente considerada é a corrente
da malha.
Resolução:
R11 = 60 + 50 + 30 = 140 Ω
R12 = 30 Ω
R13 = - 50 Ω
R21 = 30 Ω
R22 = 30 + 40 + 50 = 120 Ω
R23 = 0
R31 = - 50 Ω
R32 = 0
R33 = 50 + 60 = 110 Ω
V1 = 120 – 100 = 20 V
V2 = 120 – 80 = 40 V
V3 = -90 – 80 = -170 V
I1 = -Im1 = 0,613 A
I3 = Im2 = 0,487 A
I6 = -Im3 = 1,824 A
V1 = 60 x I1 = 60 x 0,613 = 36,8 V
V2 = 30 x I2 = 30 x 0,126 = 3,8 V
V3 = 40 x I3 = 40 x 0,487 = 19,5 V
V4 = 50 x I3 = 50 x 0,487 = 24,4 V
V5 = 50 x I4 = 50 x 1,211 = 60,6 V
V6 = 60 x I6 = 60 x 1,824 = 109,4 V
Assim obtêm-se, neste exemplo, três tensões de nós: V1, V2 e V3 que tem o nó 0
como referência..
Para a determinação das tensões nos nós, aplica-se a Lei das Correntes de
Kirchhoff para cada um dos 3 nós 1, 2 e 3.
Resolução:
V1 e V2 são as incógnitas.
a)
b)
c)
OBSERVAÇÕES:
Circuito 1
I1=__V1__ =1A
(75+25)
V2 = 75 x 1 = 75 V e V3 = 25 x 1 = 25 V
Uma sugestão é utilizar a Lei das Tensões de Kirchhoff para verificar estes
valores: V1=V2+V3.
Utilizando a Lei das Correntes de Kirchhoff para verificar estes valores: I1=I2+I3.
V4 = 34 x I3 = 34 x 0,5 = 17 V e V5 = 16 x I3 = 16 x 0,5 = 8 V
Utilizando a Lei das Tensões de Kirchhoff para verificar estes valores: V3=V4+V5.
Utilizando a Lei das Correntes de Kirchhoff para verificar estes valores: I3=I4+I5.
Teorema de Thevenin - Num circuito formado apenas por bípolos lineares, todos
os resistores e geradores que envolvem um determinado bipolo, podem ser
substituídos por um gerador de tensão denominado gerador equivalente de
Thevenin, composto por ETh e RTh onde:
Teorema de Norton - num circuito formado apenas por bípolos lineares, todos os
resistores e geradores que envolvem um determinado bipolo, podem ser
substituídos por
um gerador de corrente denominado gerador equivalente de Norton,
composto por IN e RN, onde: