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UM LABORATORIO DE

ELETRÔNICA NO PC Electronics Workbench


;0 ) Editar Circuito Janela Ajuda

1 3B ms

AM&PCM.CA4

O sciloscópio
ZOOM
TIME BftSE__
lO.IOrre/'
feEl
B/A A/B

E 3 3 ^

° l
Gerador de Palavra
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1 ÍOOOCOOO CLEAR LO AD SAUE


ÍOOOGOOO
STEP BUPST
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FREQUEMCV
0
0

0
0

1ooooooo 14 9 5 £1 1k H z I r l
1ooooooo

codificador
Itiplex

MODEM
CAPA
Basic Stamp no Controle de R o b ô s .................................. 04
O Laboratório da Eletrônica no P C ................ .................. 10

HARDWARE
R esolvendo problem as de m e m ó ria ................................... 24
Instalando um M O D E M ..........................................................46

SABER SERVICE
R eparando J o y s tic k ................................................................................. 50
A p re n d a a u s a r c o s c flc s c ó p ic ............................................................56

-------------------------------------------------------------- COMPONENTES
Identificando tra n sform adores.................................... ........... .............. 3 5
D e co d ifica d o r m u ltip le x .............. _ _ .......................................75

FAÇA VOCÊ MESMO


Gold Detector, detector de m e t e ....................... 61
T im er regulável 0-3 h o ra s ........................................................63
S u pervisor de g u a rd a -n o tu m c .............. .................. 65
E le tro e s tim u la d o r.............. .............. 69

«VARIEDADES
USP - O ndas acústicas superficiais - 3 - p a r te ...................18
M ecatrônica - Os s e rv o s ...........................................................32
G anhadores - Fora de s é r ie ....................................................37
Seleção de Circuitos ú te is ....................................................... 73

SEÇÕES

Noticias e L a n ç a m e n to s ......44
S eção do L e ito r.....................76

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BASIC Stamp
NO CONTROLE
D€ ROBÔS
Luiz Henrique Corrêa Bernardes

Pequenos robôs em kit


não se c o n s titu e m
apenas em brinquedo
ou material de recrea­ O Basic S:a~ c que te~ sido abor­ rar todas as possibilidades da robótica
ção. Mais do que isso, dado srn s a ^ c c s oesta re­ e da mecatrônica.
versões que em pre­ vista. ccmc a sc jçã c -:e geme cara
c .erscs c s : : s : .os automatizados,
gam tecnologias me­
:a_ ce~ c : os s=' acoplado a mode- O SOCCER ROBOT
cânicas e eletrônicas :s ce -coes e-7 Klis como o que apre-
avançadas podem se- se-temes ^este artigo. Trata-se de um pequeno Robô ali­
-ss ", temos duas possibilidades mentado por pilhas produzido pela
usadas como maíe-:al
"•.='5ssantes de montagem para os empresa japonesa OWI Inc e que
didático de gradee va­ sitores que gostam de robótica apli­ pode ser obtido na forma de Kit para
lor nos curses técnicos cada: montagem. Se bem que o fabricante
Na primeira podemos ter a simpies o descreva como um brinquedo des­
de robótica. ~ecatrô-
montagem de um robô caminhante, tinado à crianças maiores que 1C
nica, autom ação in­ o SOCCER ROBOT (referência ao anos (e nesta faixa certamente todos
dustrial e infc-mática. futebol, já que ele pode chutar uma nós nos incluímos), as possibilidades
O modelo que oescre- pequena bola e a partir de duas uni­ de adaptação de recursos eletrônicos
dades pode-se disputar uma partida no seu controle, o levam a uma im­
vem os neste a rtigo, do esporte bretão), e que consiste portante aplicação no campo didáti­
que é um robô cami­ num brinquedo ou objeto de demons­ co, conforme já deixamos patente.
nhante, é um exem.de. tração. A montagem do robô é bastante
Na segunda podemos ter o aco­ simples e as peças possuem um ex­
Os leitores, ao analisa­ plamento do Basic Stamp (*) um mi- celente acabamento, não havende
rem seu princípio ee crocontrolador que pode ser progra­ problemas de encaixes como ocorre
funcionamento e como mado para que o robô faça de modo em alguns conjuntos de montagem de
automático diversos tipos de movi­ procedência duvidosa. O próprio ma­
ele pode ser controla­
mentos ou trajetos. nual de montagem é bem elaboradc
do por um m icropro­ Esta segunda versão é especial­ descrevendo passo a passo todo c
cessador facilm ente mente interessante para os cursos processo de montagem. O autor de­
perceberão suas inú­ técnicos já que podemos unir à ele­ morou pouco mais de duas horas para
trônica à mecânica e com isso explo­ fazer o robô andar.
meras possibilidades
de aplicação prática. (*) Para os leitores que não conhecem ainda o Basic Stamp sugerimos a leitura dos artigos
anteriores nesta mesma revista em que descrevemos este importante microcontrolador.

SABER ELETRÔNICA Na 285/96


Na versão básica o robô é alimen-
cado por pilhas e caminha controlado
:-or um controle remoto por fio. Na fi­
gura 1 temos o aspecto da versão
Dásica do robô montada.
Um ponto interessante que deve
ser observado pelos estudantes de
robótica é a solução dada para o pro­
cesso de caminhar deste pequeno
robô. O sistema usa o conceito de
árvore de manivelas, como nas anti­
gas locomotivas a vapor. Este siste­
ma juntamente com a redução do
motor são mostrados na figura 2.
É interessante analisar o modo
como o robô caminha para que even­
tuais alterações no sistema de con­
trole possam ser imaginadas pelos
leitores que desejam uma aplicação
mais avançada a partir de um micro-
controlador como o Basic Stamp.
A caminhada ocorre com as se­
guintes fases:
a) Quando a perna central es:a :a =s: a -e n te no ar, sem neste artigo. Apenas lembramos aos
levantando, as das extern caces es­ leitores que se trata de kit feito para
tão fazendo contacte cc~ c c^ãc e I * ::: _c :a jeis motores que “crianças” a partir de 10 anos, o que
ao mesmo tempo íaze~c: _----- cv- ^ a - a cs: : e cor duas pilhas de significa que além do detalhamento
mento para trás. - •: “3 -s : 'as ficam na caixa do de todas as fases, nenhuma delas
b) O robô avança ca*= a ~ e " = apresenta maiores dificuldades e nem
com as pernas das extra- caces r a ­ I a o o* s” s_*o e a reversão dos exige qualquer tipo de ferramenta es­
cionando, ao mesmo tempe :_ e a c e ‘ - ~ - : aa a "-s e g u id o por meio de pecial.
na central avança um passe a -=>—.=
c) Quando as pernas cas a e - - .e - remos o diagrama da
dades estão no limite do - : . — e " : : : ' e e •eTõr ca do robô, onde pode- FAZENDO O ROBÔ ANDAR
para trás, a perna do ce~*:: cas:a a ~ -5 :rs e -.a - oe que modo os con-
apóia no chão levantande as : e —as *ea sãc *e tos. Para fazer o robô andar é muito
da extremidade. - =' 2 a montagem do robô existe simples: o controle remoto tem duas
d) A perna central faz ------- : ■ - a 'c a i completo, motivo pelo qual chaves sendo uma para controlar o
mento para trás levando o rzzz r =-= - = : ssrá necessário dar explicações motor esquerdo e a outra para con­
frente e as pernas das exíre~ ca:a< r r s a maneira como isso é feito trolar o motor direito. Acionando as

SABER ELETRÔNICA NQ285/96 5


BASIC Stamp®

duas para frente ao mesmo tempo o a atenção de todos, principalmente O próprio manual além de deta­
robô anda em linha reta para frente. das crianças. lhar a construção possui uma parte
Acionando as duas para trás ao mes­ O Kit é acompanhado de uma bola teórica e até um questionário que
mo tempo, o robô anda em linha reta de ping-pong pintada com os padrões pode ser usado nos cursos técnicos.
para trás. Para fazê-lo virar para a di­ de uma bola de futebol. Esta bola, Basicamente o manual explica:
reita e para frente, basta acionar para conforme sugere o nome do próprio a) Como funcionam os motores
frente a chave que aciona o motor do robô, pode ser usada para que em elétricos de corrente contínua
lado esquerdo. Para fazê-lo voltar para conjunto com outro robô sejam dis­ b) Como se faz o acionamento de
o mesmo lado, basta acionar a mes­ putadas partidas de futebol. motores elétricos
ma chave no sentido oposto. A curva c) Como é feita a transmissão de
para o outro lado é obtida da mesma movimentos com caixas de redução
forma, com o acionamento da outra O QUE O MANUAL ENSINA d) O conceito de torque em rela­
chave. Conforme salientamos na parte ção à velocidade
É interessante observar o movi­ introdutória, a montagem deste robô e) A tração das pernas
mento deste pequeno robô; meio de­ não é apenas uma recreação, mas f) Dá um questionário final com
sengonçado e barulhento ele chama pode ensinar muito. perguntas relacionadas à teoria

O ROBÔ E O
BASIC STAMP

A idéia básica de se agregar o


Basic Stamp ao robô foi dotá-lo de um
“cérebro". Desta forma, pode-se reti­
rar o controle remoto e dotar o peque­
no robô de um sistema que o leve a
realização de movimentos próprios a
partir de um programa.
O importante na adaptação feita
é que não se necessita de qualquer
alteração na parte mecânica.
Na figura 6 temos o aspecto do
robô com o Basic Stamp que passa a
formar uma espécie de cabeça que
dá ao modelo um aspecto de inseto
cibernético.
As antenas são chaves do tipo
microswitch que fazem o papel de
sensores de obstáculos. Durante o
movimento do robô estas chaves po­
dem perceber obstáculos informando
o circuito do Basic Stamp que, segun­
do a programação, determinará a ma­
nobra que deve ser feita para fugir
deste obstáculo.
Com a utilização do Basic Stamp
e anulação do controle remoto as
duas pilhas passam a ser instaladas
krJ no próprio modelo, numa pequena

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BASIC Stomp •u' ~

:a.xa na parte traseira. os pinos de l/O P4 e P5


«= figura 7 temos o cir- estão no nível baixo (OV)
r_ io do Basic Stamp. os transistores não con­
Este circuito comanda os duzem e o motor ficará
-otores a partir de tran- parado. Quando P4estiver
= Stores na configuração no nível alto (+5 V) e P5
em ponte H. no nível baixo (OV) o mo­
A escolha dos transis- tor vai girar num sentido.
:ores indicados no diagra­ Quando os níveis lógi­
ma foi feita em função da cos de P. e PKse inverte-
sua disponibilidade. No rem o motor girará no sen­
entanto, equivalentes que tido oposto. Veja que a
operem com correntes de condição das duas saídas
coletor na faixa de 500 em nível alto é proibida
mA podem ser usados já pois colocaria a alimenta­
que o consumo de cada ção de 3 V em curto.
motor é da ordem de 250
mA na condição de car­
ga máxima. MONTAGEM DO
1
No circuito, o Basic BASIC STAMP
Stamp aciona os motores
pelos pinos l/O (P4 e P5 Como a montagem do
para o motor 1 e P6 e P7 Basic Stamp não faz par­
para o motor 2). Quando te do Kit vale à pena uma

= - 3 E - E-E^RÓNICA N2 285/96 7
BASIC Stamp®
descrição para os leitores interessados. Foi utiiizadc
um CARRIER BOARD para a montagem do circuito
A fixação das chaves microswitch foi feita em uma
tampinha plástica de refrigerante por meio de fio de
arame. A tampinha foi fixada em uma bateria de 9 V
utilizando fita adesiva. Note que esta fixação deve
ser feita observando-se a polaridade da bateria de ta
forma que a face dos componentes do CARRIER
BOARD fique para frente.
A fixação do“cérebro”(CARRIER BOARD, bateria
e chaves, etc) e do suporte das pilhas de 1,5 V no
corpo do robô é feita usando elásticos. A sequência
de montagem é mostrada na figura 8.
Evidentemente existe sempre a possibilidade do
leitor fazer modificações com a elaboração de supor­
tes apropriados. A idéia de se fixar com elásticos parte
da proposta inicial de não alterar a parte mecânica
do robô.

BBS:
BBS ?L .-C ~ T - :
DADOS :

Lista ce

Item •ü-
1

2 1
3 1 Quant. Referência
4 2 6 Q2, Q4, Q6, Q8, Q10,
5 8 Q12 - TIP32
SW1 ,SW2
6 4 CHAVE
MICROSWITCH
7 6 BT1 BATERIA DE +9 V
BT2 2 PILHAS DE 1,5 V
8 4 COM SUPORTE,
“ ampinha de refrigerante
9 4 E asticos para dinheiro
- :a aassiva

SABER ELETRÔNICA NG285/96


BASIC Stemp®

‘Programa ROBO.BAS disponível para Download na BBS Planei House


'Tel. 011 967-5656 General Soft t MA EDACOM
dirs=%l 1110000 ‘define direção dos pinos de I/O R O B I X R C S - 6
read 0,b0 ‘lê posiçãn o aa memória EEPROM
if b0=0 then DORME ‘se 0 vai para a rotina DORME
writc 0,0 ‘escreve 0 na posição 0
'da memora EEPROM
goto INICIO ‘vai para : INICIO

1 ‘Rotina que desliga os motores

DORME: ■Kit didático para


vvrite 0,1 'escre'e I : . v ' na memória EEPROM construção de Ro­
pins=0 ‘desliga >s - -: ,-~s- bôs. Inclui 6 servo-
end 'colara •: E -.5! I I aamr na modo Sleep motores. Interface
e só sa_ .: - -Z-RET com o PC, progra­
ma de controle etc. Aplica-se em Cur­
‘Programa principal sos de Informática Industrial, Eletrôni­
ca, Mecatrônica e Engenharia.
INICIO: L I N H A M O V I T
gosub FRENTE
gosub PARA
goto INICIO

‘Fim do programa principal

‘ Subrolinas.

FRENTE; pins=%l0l00000 — s uss-mKsasg*


for b l = ! to 200
pause IO T___ JZ TE
ifpinO=l then CONT
-; z : : :s* " 3 t í 5
if pinl=0 then RE
js=t : tssíTíOprin-
gosub TRAZ — —
: : : : dos robôs in­
gosub ESQ dustriais. Apresen­
relurn tam-se na forma de
Kit para montagem.
CONTI: if pinl=I then COv~ ■m -_ i -— rsrierio
if pin0=0 then RE '• n â a A UNHA MOVIT TEM PREÇOS QUE
gosub TRAZ th: ih ft í rm . m : VARIAM DE R$ 55,00 A R$ 160,00
gosub DIR
rerum
CONT2:
next
rerum
TRAZ: pin^=-~_ ‘.IA V' - ccer.ta o robô para traz
pause I » l - 1 segundos
retum
ESQ: pins=r* X l V :. .menta o robô para esquerda
pause I r*. r I segundo
retum
DIR: pins= ' I. X vl'. 'Movimenta o robô para direita
pause ÍOOC por 1 segundo
return
VISITE-NOS EM NOSSA
PARA: pins=0 'Para o robô WEB PAGC NA INTERNET-

pause 200C ‘por 2 segundos www.edacom.com


return ■vh
INTERNET E-MUL;

RE: gosub traz ‘Da marcha ré EDAcom Bdacom@ibm.net

gosub traz TECNOLOGIA


EOftEffiÀX:
Rua M a rtim Francisco, 56
S. Caetano do Sul - SP
gosub esq ‘e vira para a esquerda CEP 09541-330 (011)441-4355
return
ESTAMOS CADASTRANDO REVENDEDORES

ABER ELETRÔNICA Ne 285/96 9


O LABORATORIO DE Mí I

ELETRÔNICA NO PC

Foi-se : : b ~ i : e— z_.e cere z':.~*.= ' : multes e e v i - : ;s se ui :-


zava urra : a e se zes:=.s *: 'e s e "“ ais *'c -.as z= z =z =’ co'T-
esboços e zs :s -se :e~ ee~ : :e~ze em que para proeza' _ ^ e
placa ce : _ :'e s s : e*s "ezessário perder muito terr.pc
maouas ze z 'e z e _s e zzm r.m szzas além de se ter uma boa hac -
daze ze*e zesz-zzm a me rc r c sposição para um bom funcionamento.
F>a ~ -se o tempo em que o projetista precisava montar traba-
'zszs z'::ctico s para depois fazer muitos testes e descobrir que as
:z ses 'a orática não corriam da mesma forma que na teoria. Por que
e em cia não precisamos enfrentar todos estes problemas? O PC é
e s: -:ã c e o leitor vai saber porque lendo este artigo.

— -
-----------------------—

que um PC é um osciloscópio, um “inteligentes e cheios ze recursos. No


multímetro, um gerador de funções e caso de um programa Dara projetos
muito mais, inclusive podendo fazer de placas, além de escolherem o
co sas fora da eletrônica! melhor caminho para uma trilha que
nac saiba: Vas, o que torna 0 PC tão atraen- interliga dois terminais de componen­
seguioo. para o prozss m a : - ê r : *e : ='= 0 praticante de eletrônica? tes, eles conhecem 0 componente, ou
nica. estudante e projetistas. z_e = I : " : . e r do de programas podemos seja, possuem bibliotecas com a
tem uma noção da m ám na ss: e om*m o =-= 0 nosso dia a dia na ele- pinagem de centenas ou milhares de
mais simples de entender. componentes comuns.
De fato, com a 3 s : r : zaze ze Assim, quando você diz que de­
programas específicos za~a a ázea ze seja posicionar um 555 numa placa
projetos e manutenção a 0 '=:ea 0 = C j .E FAZEU OS PROGRAMAS de circuito impresso, você não preci­
eletrônica além de muitc ~ a s > - 0 as = A - i E.ETRÔNICA sa se preocupar com as dimensões e
torna-se muito mais acess .e 0 tipo de invólucro pois ele sabe que
Programas que simu:a.~ os: os- 0 555 está num invólucro DIL de 8
cópios, multímetros e outrcs - a u ­ : e oi a a- ; - ca são os pinos. Ele até pode perguntar a você
mentos podem levar para a camaos se não desejaria usar a versão pou­
de qualquer estudante um in s tru -e '- co comum de 14 pinos.
to que até então era inacessíve pe : Vas. os mais interessantes são os
custo além de outros que a maioria 0 'o-o'S” as coe permitem desenhar os
dos usuários comuns nem seque' : ' i - tzs nc ocmcutadcr e depois si-
imaginaria ter. z: i- e muitos e z;-e í : :e- =-ar
O leitor pode argumentar que um - ãz são simples z~ar-z-*=c=j ze :e- - a— - ~= : : zreca de ca-
PC tem um custo maior do que 0 de se " 0 em que cs _s_ =- :z :e e~ e- -b o í ’ r~ cee :s : : - o mentes, e dis-
um osciloscópio comum, com requi­ ze' '- z : sozinhcs Estes i c r a - z i : 2 ^ -mtes ce s nais, fontes de
sitos mínimos, no entanto, lembramos em s-a maioria, são 5 c a - a.- eme = - e - a : ã : s -^.a d a s, analisador

10 SABE? E_ETRÕNICA N9 285/96


com circuitos reais, ou seja, placas de ser facilmente e imediatamente simu­
aquisição de dados que podem reti­ lado sem a necessidade de se ter
rar sinais para análise de circuitos acesso a componentes reais (que são
reais. caros e nem sempre facilmente aces­
Com estas placas o PC transfor­ síveis).
ma-se realmente num osciloscópio ou Isso significa que qualquer estu­
num multímetro podendo ser usado dante pode ter acesso à parte prática
para analisar um equipamento real da eletrônica mais avançada que an­
numa bancada e não somente um cir­ tes restrita aos laboratórios e mesmo
cuito simulado. assim de forma limitada.

PARA AS ESCOLAS
QUEM PODE USAR OS A possibilidade de levar a todos
PROGRAMAS PARA os estudantes qualquer tipo de mon­
ELETRÔNICA tagem e simulação significa um inves­
timento muito menor em termos de
O computador pessoal está pre­ laboratório.
sente em toda parte em nossos dias. Um conjunto de computadores
Muitos estudantes de eletrônica po­ pessoais certamente custa menos
dem não ter equipamentos básicos que um laboratório completo de ins­
como o multímetro mas têm seu com­ trumentos eletrônicos caros como
putador. Na verdade, os estudantes osciloscópios, geradores de funções
colocariam em primeiro lugar a aqui­ e componentes (que acabam por
sição de um PC para depois pensar queimar necessitando de constante
em equipamentos para seu laborató­ renovação e atualização). Além dis­
rio de eletrônica. É só perguntar ou so, os computadores não servem ape­
analisar a relação custo/benefício. nas para os alunos da área de eletrô­
Isso significa que qualquer pessoa nica!
ligada ao ramo da eletrônica que pos­ Outro fator importante que deve
lógico, osciloscópio e voitímetros, ge­ sua um PC pode usar um programa ser levado em conta é a própria quan­
radores de funções além de outros que lhe ajude no seu trabalho ou es­ tidade de informações que pode ser
recursos, estes programas permitem tudo. colocada num com putador e que
que você desenhe o seu próprio cir­ Alguns benefícios devem ser ana­ pode ser usada pelos alunos.
cuito e depois o teste. lisados quando pensamos no que um Finalmente temos a própria moti­
O programa faz com que o PC si­ programa específico para a eletrôni­ vação dos alunos: o uso do computa­
mule o funcionamento do circuito for­ ca pode trazer. dor torna mais agradável e fácil a ta­
necendo, por exemplo, que tipo de PARA O ESTUDANTE refa do estudante de fazer projetos,
sinal obtemos na saída quando a en­ O acesso a um programa de ele­ simulações ou consultas levando-o a
trada é de determinado tipo ou ainda trônica com bons recursos lhe possi­ perceber melhor a realidade e prepa­
quando variamos certos parâmetros bilita ver melhor um relacionamento rando-o para um mercado de traba­
como a tensão de alimentação, valo­ entre a teoria e a prática, pois qual­ lho que vai exigir este tipo de conhe­
res de certos componentes, etc. quer dúvida ou qualquer circuito pode cimento.
Um projetista pode então dese­
nhar um circuito básico no PC e de­
pois testá-lo sob diversas condições
possíveis otimizando valores de com­
ponentes ou mesmo encontrando
Dequenas deficiências que não seri­
am percebidas a não ser com a mon­
tagem do protótipo.
E, indo além, uma vez que o cir­
cuito esteja projetado e testado no
simulador, o usuário pode partir para
a execução da placa de circuito im­
presso.
Alguns programas oferecem recur­
sos adicionais de grande importância
cr ^cipalmente para os laboratórios e
=5 escolas.
Estes programas são compatíveis
: : ~ : e:as de interfaceamento do PC

T £. \'= 235'96 11
PARA O ção e o projeto de placas
PROFISSIONAL de circuito impresso.
DE PROJETO Com o E le ctro n ics
O projeto e a simula­ Workbench é possível si­
ção de circuitos é tarefa mular um laboratório de
quase que constante de eletrônica onde temos na
qualquer laboratório de tela uma área de trabalho
eletrônica. A possibilida­ rodeada de instrumentos
de de se fazer tudo no on-screen. Uma possibi­
computador antes de se lidade muito interessante
chegar ao protótipo final para as escolas é que
é fundamental tanto na problemas de funciona­
econom ia de tem po mento podem ser introdu­
como de investimento o zidos nos circuitos simu­
que é muito importante lados de modo que os es­
em nossos dias. tudantes façam o diag­
Basta ter um compu­ nóstico.
tador disponível e o pro­ O Electronics Work­
grama apropriado para Fig 2 - Nela temos a transmissão simultânea de sinais AM, bench básico versão 4 in­
que qualquer laboratório digitalização e modulação por codificação de pulsos de um sinal. clui os seguintes recur­
possa desenvolver seus sos:
próprios circuitos com muito mais fa­ trô n ico com as c a ra cte rística s * 50 componentes analógicos, di­
cilidade. exigidas pode ser projetado e simu­ gitais e misturados passivos
lado pelo seu laboratório de eletrôni­ * 140 componentes digitais da sé­
PARA O PROFISSIONAL ca com a ajuda de um programa de rie 74xx e 74xxx
DE MANUTENÇÃO computador. Somente depois de se * 350 componentes analógicos ou
A simulação de circuitos pode ser obter a versão final que funcione da digitais reais
de grande valia para o profissional do forma desejada no computador é que * Captura de diagramas por meio
Service de qualquer área. A compa­ a montagem final pode ser realizada. de mouse
ração da forma de onda obtida num * Gerador de forma de onda
equipamento real com a obtida num * Guia do usuário de 150 páginas
circuito simulado pode ajudar a des­ e guia de referência técnica com 150
cobrir defeitos. Mais que isso, os de­ Um laboratório com pleto páginas
feitos comuns de certos equipamen­ onde os instrumentos de pro­ * Suporte técnico grátis por telefo­
tos podem ser simulados nos progra­ va são indestrutíveis, onde ne, fax, BBS, Internet e CompuServe.
mas e gravados de modo que os téc­ * Disponível totalmente em Portu­
não existem maus contatos
nicos possam consultá-los. Uma bi­ guês.
blioteca de circuitos com defeitos si­ e onde tudo funciona da ma­
mulados numa empresa de manuten­ neira como esperamos. Para rodar a versão 4 você te r
ção de determinados equipamentos três opções DOS, Windows ou Macin­
teria um valor incalculável em termos tosh sendo os seguintes os requisi­
de tempo ganho e facilidade de loca­ tos básicos:
lização de falhas. UM PROGRAMA DISPONÍVEL
NO BRASIL - ELECTRONICS a) Windows - MS-DOS 3.0 ou su­
NA UNIVERSIDADE WORKBENCH perior, Windows 3.1 e 4 MB de RAM
Os projetos e simulação de circui­ Co-processador matemático, se dis­
tos eletrônicos são de fundamental Um dos programas mais comple­ ponível.
importância nos laboratórios de pes­ tos para o praticante de eletrônica é
quisas avançadas e no próprio ensi­ o Electronics W orkbench da b) MS-DOS - PS/2 ou compatí.s-
no. E, a possibilidade de fazê-los com Interactive Image Technologies Ltda. com 386 ou maior, disco rígido, 4 f.'E
os computadores não é importante que se propõe tornar um computador de RAM, mouse compatível Micros
apenas nos laboratórios específicos. pessoal num laboratório completo monitor VGA e DOS 3.0 ou m a : -
Em todas as áreas podemos encon­ onde os instrumentos de prova são Suporte de co-processador é reco­
trar laboratórios que desenvolvem indestrutíveis, onde não existem maus mendável.
equipamentos e que poderíam ser contatos e onde tudo funciona da
beneficiados por um programa apro­ maneira como esperamos. c) Macintosh - Apple Macin*:s"
priado. Um Instituto de Oceanografia, De fato, com o E lectronics com microprocessador 68010 o^ r e
por exemplo, pode necessitar de um Workbench seu PC se transforma Ihor, 4 MB de RAM (2 MB dispor V e
equipamento que colha automatica­ num laboratório completo de eletrô­ sistema 6.0.5 ou sistema 7, Mac - *: s-
mente amostras de água sob deter­ nica com a capacidade de projetar cir­ Plus, SE, Classic e Power-Boo- * I I
minadas condições. Um circuito ele­ cuitos eletrônicos, fazer sua simula­ não suportados.

12 SABER ELETRÔNICA V
OS RECURSOS DO GERADOR DE FUNÇÕES SUBCIRCUITOS
ELECTRONICS WORKBENCH
O gerador de funções pode pro­ Para o trabalho com blocos de cir­
Cs 50 componentes misturados duzir sinais quadrados, triangulares cuitos ou com configurações muito
xrsistem em elementos ativos e pas- ou senoídaís na faixa de frequências complexas, pode-se resumir circuitos
i : s como terra, batería, capacitores, que vai de 1 Hz a 999 MHz. O ciclo mais complexos em sub-circuitos que
Stores, indutores, fusíves, fontes ativo, amplitude e DC offset podem serão encerrados em “caixas pretas” .
- I DC, conversores D/A e A/D, tran- ser ajustados. Um amplificador, que tenha sido con­
5 rores, displays, timer 555, portas figurado e testado previamente pode
- \D , OR, Flip-flops, codificadores, ser colocado num bloco contendo
:~codificadores, etc. MULTÍMETRO apenas entrada e saída e este bloco
No grupo de 140 funções lógicas pode ser usado como parte de outros
:a série 74 temos os tipos mais usa- O multímetro é do tipo auto-ajus- circuitos que estejam sendo simula­
zos. No grupo dos 350 componentes tável de modo que o operador não dos.
-a is usados temos transistores de precisar mudar escalas para qualquer Cada bloco deste tipo pode ser
^so geral, amplificadores operacio- tipo de medição. usado simultâneamente em mais de
-ais, SCRs MOSFETs, JFET, diodos As escalas de medida incluem um ponto de um mesmo circuito.
zener, diodos de uso gerai dos tipos grandezas como corrente, tensão,
mais conhecidos. resistência e perdas em dB.
Os componentes podem ser usa­ ANALISADOR LÓGICO
dos em conjunto, podendo ser mistu­
rados tipos analógicos e digitais sem Fig. 4 - 0 multímetro do O usuário do E le ctronics
problemas. Electronics Workbench. Workbench pode contar ainda com
Para os componentes passivos um Analisador Lógico de.8 canais que
basta clicar com o mouse e entrar com fornece tanto uma indicação gráfica
o valor. Para os componentes ativos BODE PLOTTER como hexadecimai. este analisador
basta clicar o tipo correspondente na pode ser gatilhado internamente ou
lista dos 350 disponíveis. Um interessante recurso que na externamente tanto na transição po­
É interessante observar que para prática é difícil de se conseguir sem sitiva como negativa dos sinais. Um
as escolas e laboratórios que dese­ equipamentos caros é o Boce Plctíer. recurso interessante deste analisador
jam uma biblioteca mais compíeta de Trata-se de um recurso ~sacc ca'a se é que ele pode ser ajustado para re­
modelos temos as Model Libraries estudar a resccsta cs mscuêr.ca os tardar a projeção do sinal até que um
com mais de 2 100 componentes dis­ um circuito ~a mxa ds 1 ~Hz (isso determinado padrão de bits seja re­
poníveis. mes~:c. ‘ ~ -enz a lC GHz. O cir- conhecido.
Mas, realmente interessantes sãc t : ac ca c s "ai ao circuito e então
os instrumentos usados na s n u acãc c cta : 0 S--C ou o deslocamento de
e análise dos circuitos. *ass em função oa frequência. A cur­
va obtida pode ser mostrada numa
escala linear ou logarítmíca.
OSCILOSCÓPIO

O osciloscópio, por exe~c c é de


duplo traço com gatilhamenio merco Fig. 6 - O analisador lógico fornece tanto as
ou externo tanto na transição ce sti­ formas de onda como indicações em
va como negativa do sinal. A case cs hexadecimai.
•empo é ajustada para valores na fa -
xa de segundos a nanosegundos. Fig 5 - A curva de resposta de CONVERSOR LÓGICO
um circuito plotada pelo Bode Plotter.
O conversor lógico é uma ferra­
menta de extrema utilidade para o tra­
WORD GENERATOR balho com circuitos digitais.
O que este recurso faz é simplifi­
O gerador de palavras ou Word car a lógica.
Generator consiste num recurso mui­ Com ele, pode-se construir um cir­
to interessante para o trabalho com cuito lógico e a partir dele obter a ta­
circuitos digitais. Este circuito gera bela verdade e a representação
sequências de palavras de 16 bits que Booleana.
podem ser aplicadas continuamente, Outra possibilidade é fazê-lo fun­
em burst de 16 palavras ou individu­ cionar ao contrário, desenvolvendo-se
r ç 3 - Osciloscópio do Electronics Workbench almente na frequência especificada a tabela e a partir dela se obter o cir­
: rojetando dois sinais simultaneamente. num circuito em teste. cuito equivalente.

:.- = = = E-ETRÔNICA N9 285/96 13


SELEÇÃO DE
CIRCUITOS ÚTEIS
TTL x TRIAC

Fig 7 - No conversor lóç :c =_ :s A fma caos deste circuito é interfacear um sistema TTL com um TRIAC
poderosa ferramenta cea x r . ?“ =■* = contrc.ar.do uma carga de potência ligada diretamente na rede de energia.
simplifica; o: ca Observe a "ecessidade de um pólo negativo comum para o circuito de alta

FALHAS DO WüSDO REAL

Podem ss" = —_ azes "a -a s c_e


ocorram nu- z~z^z ‘ cs .a'zzza~
como c u re -: " - “ cs z rzz.:zs acei­
tos, fugas. s::. Es:s 's c - rs : e ceai
para escc as o- cs sie cccs ser usa-
do em lesies e ava iações.

PLACAS DE CIRCUITO
IMPRESSO

Existem diversos programas capa­ Este circuito tem por base lí"* " c —c: :rjrn 4013 operando como
zes de ajudar no projeto de placas de monoestável. O tempo de atuacã: z- e- :e c:s -es Stores e do capacitor C.
circuito impresso, e que são compatí­ O monoestável dispara ccrr a **=-: :ã: co sinal de entrada e a
veis com o Electronics Workbench. O alimentação pode ser fena cc~ = 'c : s oe : e * õ V. O oiodo pode ser de
SPICE 1/0 que pode ser usado com qualquer tipo de uso ge^a
o Electronics Workbench permite a +V r
importação de arquivos netlist para a
simulação.
O------------
--------- JTL
Com o pacote PCB Export é pos­ Disparo
sível transferir esquemas desenvolvi­
dos no Electronics Workbench para
outros programas capazes de desen­
s* -------- i_r
volver layouts de placas de circuito R2>R1
impresso.
Uma vez instalado, o PCB Export
lhe dá a opção de escolher, PCB
Export no menu.
O próprio c 'c ç ra ~ s se encarrega­ D FASSA-BANDA DE 1 kHz
rá então de ~aze' o *e~ace=~e-:o e
as conversões ce =r z_ -:s :_e ces­
Es = — : :=.~-se-:a~za ou passa-faixa tem um fator de qualidade (Q)
sam ser usadas c c ' " c ç -e - es
. s s 5 a s_= -a z _ ã "c ia de operação está centralizada em 1 kHz. Os
o Orcad, Tango e cures
:a :n :-= - te z a- ser alterados para operar em outras frequências com
n= ca: : re es características do amplificador operacional. A fonte de ali-
: e s -e tre a e o circuito é sugerido pela Texas Instruments.
IMPORTANTE 10 nF

Os assinantes da Revista 3a:e


Eletrônica que renovarem a ass -=-
tura, ou, os que a fizerem pela 1ê vez
nos próximos dois meses, receberão
gratuitamente um disquete de 3 1/2
com o programa demonstrativo do
Electronics Workbench. ■

14 SABER E_ETRÔNICA N9 285/96


ONDAS ACÚSTICAS SUPERFICIAIS
3a parte
Dispositivos e
respectivos transdutores

as partes iniciais deste artigo introduzimos as OAS, procuran­


N do responder o que são as OAS, como foram introduzidas,
como funciona um dispositivo de OAS, quais as vantagens da tec­
nologia e algumas aplicações em sistemas eletrônicos modernos.
Nesta parte, em sequência àquela explanação, abordaremos o fun­
cionamento de filtros de OAS, discutindo as bases de projeto dos
mesmos. Sendo o transdutor eletroacústico a alma do dispositivo a
OAS, atenção especial será dedicada ao mesmo, apresentando-se
diferentes tipos de estruturas transdutoras e relacionando-as com
os dispositivos finais às quais se prestam.

P rof.D r. M a u ríc io P ereira d a C u n h a , P h .D .

e -sírade na F:g 1a. A as zi-uas EM. a estrutura pode ser


es:= eza anaiogamente para uma
- es~a íreqüência.
=s-rr te-se assim a implementa-
1.1) Filtros transversa s zãz oe atrasos significativos em re-
z„zidas dimensões. Adicione-se a
A função de um filtre à = ze me­ isso o fato dos dispositivos a OAS
recer tratamento d:fe-e~z ezz z e e permitirem acesso extremamente
diferentes frequências Um c r z zee - facilitado à amostragem do sinal, haja
sa-faixas, por exerre c re-ece =:e- Ei 19 E- E50 Sle- visto que a energia do mesmo se en­
nuação reduzida p&’ = es contra confinada próxima a superfí­
dentro de sua banda ce zeseere- : : e :e 'E =: .emente peque- cie, como se teve a oportunidade de
em relação às fre q ü ê r: as : : s :s ~ i:7 z e : : e ; 5 = e z e .eiocidade de apreciar nas explicações da 1â Par­
banda de passagem. Pa'E z s:m - - :rn:.:Z 2 . : i : :.ee : - zas eletromagné- te deste texto.
nar diferentes freqüências Um dos principais atrativos dos
possui “memória” , que no cas: z:e r E~ e - z e~sntação de filtros filtros transversais é o de possuir
filtros RLC, são os próprios e.e—e- - ZiE " E E7EE cs tempos de atraso
tos armazenadores de energia, s:: - zs e z-9 o tamanho da estru-
Prof. Dr. Maurício Pareira da Cunha, Ph.D.
é, os capacitores e os indutores. : e >=■= ze ser praticamente ra­
e-mail: mcunha@lme.poli.usp.br
Um filtro transversal [1] não pos­ iz e e : aso fossem empregadas li-
Depto. de Engã. Eletrônica - PEE/EPUSP
sui capacitores e indutores. A “me­ -*=.= ze atraso eletromagnéticas.
Escola Politécnica da Universidade de São
mória” do mesmo para discernir acer­ I z ~ 2 introdução das OAS, esse
Paulo
ca de diferentes freqüências se dá ema foi resolvido, pois como a Caixa Postal 61548 CEP: 05424-970
através de uma linha de atraso ,e zczade de propagação das OAS São Paulo - SP - Brasil
amostrada ao longo de seu percur- é ze : *cem de 105 vezes menor que

18 SABER ELETRÔNICA N2 285/96


USP
característica de fase linear, uma Deve-se notar ainda que o con­ notar que os filtros a OAS apresen­
.ez que se empregue a estrutura trole de amplitude dado pela amos­ tam forte atrativo como tecnologia
com resposta impulsiva simétrica tragem ponderada é independente da padrão a ser adotada.
com relação ao centro, como a re- fase, desvinculando-se assim a res­ Embora a linearidade de fase seja
cresentada na Fig. 1 [2, 3], A fase posta de fase da resposta em ampli­ requerida em diversas aplicações de
ca resposta em freqüência H(f) do tude, o que não ocorre em filtros telecomunicações e processamen­
•'Itro da Fig. 1c depende unicamen- RLC. to de sinal onde a distorção dos si­
:e do atraso entre as regiões cen- A linearidade de fase dos filtros nais deva ser evitada (filtros não dis­
"ais dos TIDs interdigitais variando transversais demonstra significativa persivos), existe uma outra série de
assim linearmente com a freqüência vantagem dos filtros a OAS com re­ dispositivos de OAS em aplicações
cor exp(-jkd), o que caracteriza um lação aos filtros RLC convencionais, de grande interesse, onde a fase é
filtro não dispersivo. pois estes usualmente apresentam essencialmente não linear. Pode-se
Um filtro não dispersivo apresen­ disto-çãc de fase dentro da banda mencionar, a título de exemplifica-
ta atraso de grupo constante, o que de n:sresse. Junte-se a isso outras ção, filtros: de freqüência intermedi­
.áfoi discutido na 1§ parte deste tex­ var:age~s ao nível de implementa­ ária para TV; de compressão de pul­
to, quando apresentamos a aplica­ ção o c -c etevada repetitividade, so para radares; de análise espectral
ção de filtros OAS utilizados em re­ dispensa ce s.^stes. tamanho e peso em tempo real; de espectro espalha­
ceptores de sinal via satélite. reo-z : : s acilidade, e pode-se do, dentre outras aplicações [2, 3].

Fig. 1- (a) Representação de filtro e -ra z a linha de atraso


transversal; (b) da respectiva
resposta impulsiva;
e(c) representação de implementa­
ção de filtro transversai usando uma
linha de atraso a OAS.
(a)

h (í) *
Pa Pa Ps

p- k )k 1‘ Pe
(b)
p. A k P7
Á
_ U '

e n tr a d a s a íd a

SABER ELETRÔNICA N9 285/96


U SP

Fig. 2 - Representação da estrutura de


uma linha de atraso a OAS. transdutor absorvedor
interdigital acústico
de saída
substrato
piezeiétrico
transdutor
interdigital
de entrada
absorvedor

1.2) A spectos de p ro je to de f il­ vés da velocidade de propagação da tiva ao projeto de uma classe de fil­
tro s transversais OAS). A resposta em freqüência de tros de OAS.
um dispositivo desse tipo relaciona- Tomando-se a Fig. 2, já vista an­
Como sugerido pela Fig. 1, os se com a resposta espacial pela teriormente nesta série, nota-se que
TID funcionam à base de amostra­ transformada de Fourier. o TID representado possui abertura
gem do sinal no domínio do espaço O objetivo do texto que se segue de acoplamento entre os eletrodos,
(associado ao domínio do tempo atra­ é o de fornecer uma introdução intui­ W, constante. Isso equivale no do-

Domínio do Tempo (espaço) Domínio da Freqüência

H(f) = 2T sin (2 tcf T)


Fig. 3 - (a) Função 2 tcf T
pulso no domínio do ;
k h(t) 2T
tempo (representando
o comportamento do
1 f\
TID da Fig. 2) e
respectiva resposta
-
-T T
---------------- >-
"" \ j
i V/ - -f
no domínio da
freqüência (transfor­
mada de Fourier); (b)
função sinc limitada t
' H ,(f)
no tempo, e
yLrwwvrt
respectiva resposta t
\ CO
no domínio da (b ) ------------p w ,--------- j -
freqüência; (c) função — 1
sinc multiplicada por truncados
uma função janela
{“window function") do
tipo coser,o ou ha(t) . w(t)
Hamming, por H2(f) * W(f)
exemplo, e respectiva
resposta do domínio
da freqüência. (C)

SABER ELETRÔNICA Ne 285/96


USP
[1] H.E. Kallmann, “Transversal
CHI S2J loa MA3 1 <18/ REF -2B.3 SB
Filters,” Proc. ofth e I.R.E., vol. 28, pp.
302-310, Julho 1940.
Fig. 4 - Resposta de filtro [2] C. Campbell, Surface acoustic
comercial de frequência wave devices and th e ir s ig n a l
intermediaria (Fl=70 Processing applications, Academic
MHz) para aplicação em Press Inc., Harcourt Brace Jovanovich,
sistema celulares digitais Publishers, 1989, CA 92101, EUA.
CDMA("Code Division [3] D.P. Morgan, Surface Wave
Muftiple Acess"); Devices for Signal Processing, Elsevier,
Horizontal: 500 KHz/div; Amsterdam, 1985.
vertical: 10 dB/div [64J. [4] Sawtek Inc., “A Guide to SAW
Products and Applications”, Product
Catalog (Catálogo de Produto), edição de
1993, pg. 42, Sawtek Incorporated, Post
Office Box 609501, Orlando, Florida,
32860-9501, EUA. «
[5] C. K. Campbell, “Applications of
surface acoustic and shallow bulk
CENTER 70.000 000 MHz SPAN S.OOO 000 MHz acoustic wave devices,” Proc. of fhe
IEEE, vol. 77, no. 10, October 1989.
mínio do tempo (espaço) a uma ex­ Comparando-se as Figs. 3b e 3c, [6] J.J. Gagnepain, “Rayleigh wave
resonators and oscillators,” em fíayleigh-
citação das OAS do tipo função pul­ nota-se a redução de lóbulos laterais
Wave Theory and Application, vol. 2,
so, cuja transformada de Fourier é e de ondulações mencionadas. E. A. Ash and E. G. S. Paige, Ed., Springer
dada pela função sinc, como repre­ A Fig. 4 [4] é um exemplo de res- series on Wave phenomena, Leopold B.
sentado na Fig. 3a. cosia em freqüência de um filtro Felsen, Ed., Alemanha, Springer-Verlag
Se abertura do TID for função da CAS comercia! de F! para aplicação Berlin Heidelberg, 1985, pp.151-171.
direção de propagação, W(x), como s n s stem as ce lulares d igitais [7] C. C. W. Ruppel, R. Dill, A.
na Fig. 2, e se essa função for do CDV- Coce D ivision M u't;ple c scherauer. G. Fischerauer, W. Gawlik,
tipo sinc, por exemplo, naturaimente J.Machu. F.Muller, L. Reindl.W. Ruile, G.
ela será truncada, dadas as limita­ Scho I. Schropp, and K. Ch. Wagner,
ções finitas do comprimento do TID. “Saw devices for consumer commu-
r cation applications,” IEEE Trans. on
A transform ada de Foume' cesse
Ultrason. Ferroelec. Freq. Contr., vol.
sinc truncado, Fig. 3c atmese-ta e e- 40, no. 5, September 1993, pp. 438-452.
vadas ondulações dentre ca : a _ ca [8] K. Anemogiannis, S. Berek, H.
e elevados lóbulos ate-ais ~e es- -zzzzzzzi zzz 5 mainsautores Zottl,“GHz low-loss SAW filters employing
posta em freqüência — a _ e"'e :e e n n E m a ájnção da di- I standard fabrication process”, 1990 Ultr.
não satisfazendo as esce: ■ : = : ies " :ã : ;e cmzeçaçãc. W(x), existem Symp. Proc., pp. 129-133.
de filtros [2, 3], mesme c_e se a_- :_ ~ := cccs ce - tres. vinculados a [9] C.S. Hartmann, RV.Wright, R.J.
mente o comprimento ac “ I 3 : —: : : s te e s ce TIDs. como será Kansy, and E. M. Garber, "An analysis of
solução, lança-se mão cas ■- e- : c- aco na próxima edição quan- saw interdigital transducers with internai
anelas (“window functions' ce ~e- : : :'CSsegu:remos, com as consi- refiections and the application to the design
of single-phase unidirectional trans-
neira análoga ao utilizado c~ ~~z :e '= c :e s sobre estruturas transdu-
ducers,” em Proc. IEEE Ultrason. Symp.,
fe filtros digitais. Essas funções — •c'=s ce OAS. 1982, pp. 40-45.
dificam o padrão do TID, tc-rna- c: : [10] M. Pereira da Cunha, “SAW
runcamento mais gradua . coas r- BIBLIOGRAFIA propagation and device modelling on
lando uma substancial redução c:s arbitrarily oriented substrates,” PhD
óbulos laterais e das ondulações - : eitor interessado em se apro- Thesis, McGilI University, Montreal,
fentro da banda. m - c a " ' 0 s tópicos considerados nes­ Canada, July 1994.
As funções janela podem se' ce te 7_:cral. bem como obter maiores [11] M. Pereira da Cunha, “Desen­
iiversos tipos, tais como: Hammirg - 'c — ações à respeito da área, su- volvimento de convolutores elásticos em­
:oseno, Kaiser, Taylor, D o lp - - pregando tecnologia de ondas acústicas
çere-se a leitura dos IEEE Ultraso-
superficiais,” Dissertação de Mestrado
yhebyshev, dependo do tipo de res- ~ cs Proceedings, bem como a con-
em Engenharia, Depto. de Engenharia
>osta requerida para o filtro. s- ta aos IEEE Transactions on Ultra- Elétrica. Escola Politécnica da Universi­
Na Fig. 3c encontra-se represen- senies, Ferroelectrics and Frequency dade de São Paulo, São Paulo, Brasil,
ada a função sinc no domínio do tem- Control, que são referências básicas 1989.
io multiplicada por uma função ja- a area, juntamente com os livros tex­ [12] P.V.Wright,“The natural single-
lela, o que implica a convolução no to e artigos ao lado relacionados. Es­ phase unidirectional transducer: a new
lomínio da frequência dos respecti- tamos dando, nesta edição, a biblio­ low-loss SAW transducer," em Proc. IEEE
os pares transformados. grafia completa das partes 3 e 4. ■ Ultrason. Symp., 1985, pp. 58-63.

ABER ELETRÔNICA N9 285/96


,3■ M il

RESOLVENDO
PROBLEMAS
DE MEMÓRIA

Antes de partirmos diretamente


para as explicações que levem às Às vezes, o computador se torna lento, e aparecem mensa­
soluções dos problemas práticos será
gens de erro acusando falta de memória suficiente para ro­
interessante que o leitor tenha uma
noção de como funciona a memória dar certos programas.
do seu PC. Você pode ficar aborrecido numa situação dessas, imagi­
nando tratar-se de problema com a máquina. Antes de pen­
A MEMÓRIA sar em desmontá-la, para localizar eventuais problemas no
circuito, ou pior, acrescentar a memória que aparentemente
Todos os dados de seu PC ficam está faltando, é conveniente verificar exatamente o que está
gravados no disco rígido, ou eventu­
almente em disquetes. acontecendo. Afinal, recentemente, você havia instalado
Quando você vai trabalhar num "megas" de memória.
programa, ele é carregado no que Em muitos casos você ccoe obter resultados surpreenden­
podemos denominar“memória de tra­
tes fazendo muito poucc no interior do PC. Mais importan­
balho” de seu computador. Nesta
memória o computador joga com os te, sem ter que gastar muito com pentes de memória ou
dados de seu programa, fazendo as outros "acréscimos" à máquina. Neste artigo, damos algu­
operações que são exigidas a cada
mas "dicas" importantes para ajudá-lo a "aumentar" a me­
instante e também trabalha com c
DOS que gerencia tudo, incluindo a.- mória do PC, aproveitar melhor a memória que ele já tem
guns aplicativos que precisam esta- ou tirar dela coisas que estão ocupando espaço sem ne­
presentes, como por exemplo o drive cessidade.
que controla o teclado, o drive de
mouse, monitor de vídeo. etc.
Esta memória é genericamente
denominada RAM e “apaga" quando
seu computador é desligado. E o arc
que você deve ter o cuidado cs sa -
var as informações que não d s .s ~
desaparecer, transferindo-as pa*a o
disco rígido ou um disquete antes cs
desligar o computador, pois eles não
perdem os dados quando desligamos
a força.
A RAM representa portanto o
"campo de trabalho” do PC e deve ser
a maior possível para que ele possa
ocs- com os dados de forma livre e

SABER ELETRÔNICA N9 285/96


Cada programa tem um determi­ 640 kB 1024 kB 8MB
nado “tamanho” ocupando assim um
certo espaço da memória juntamen­ Memória Memória
Superior XMS e EMS
te com os dados que ele processa, convencional
enquanto que o DOS e demais utili­
tários ocupam também um determi­
Fig. 2 ■A memória RAM do PC.
nado espaço. Memória do DOS
Os primeiros PCs tinham muito
pouco espaço disponível na memó­ do DOS sobram só 520 kB para você Por exemplo, se você “carregar"
ria de trabalho: 1 Megabyte sendo rodar outros“programas executáveis”. na memória, juntamente com o DOS,
640 kB para o DOS e programas Se você tiver um programa maior pmg-amas que você não usa, eles
executáveis e o restante para outras que isso ele simplesmente não“cabe" ocupam espaço e sobra menos para
aplicações especiais. na memória de seu PC e uma men­ os crogramas que devem realmente
Assim, esta memória convencio­ sagem é enviada: ser r;qaoos.
nal que ainda existe nos PCs atuais Pc' outro lado, se você não ativa
é separada num bloco de 640 kB de­ Not enough freee memory to run um programa como o HIMEM.SYS
nominado “memória inferior ou con­ ABC que c c r r z a a memória XMS você
vencional” e destinada ao DOS e um (Não há memória suficiente para terá a * oaoss em rodar programas
bloco que vai de 640 kB até 1024 kB rodar o programa ABC) que use-— - t s memória.
denominado“UMB ou memória supe­ Veja e~:ão o^s é mportante você
rior” que é reservada, conforme mos­ Mas, e o restante da memória? sabe' c s fo -u ir os seus programas
tra a figura 2. O restante é “área de trabalho”, pelas o .s'sas ca~.es da memória de
Com o tempo,, esta memória foi sendo usada para armazenar dados modo ate- se. ~ e -c'aproveitam en­
ampliada com a adoção de dois tipos do próprio programa que está sendo to e c e s e -c -e "-:
de memórias, a expandida e a es­ rodado. E o i ' es'e -otr.-c que, antes de
tendida. Assim, tirando os 384 kB da me­ mexe- ~-c PC cu de um cliente,
A estendida é que a interessa mória superior que são reservados, é !r te 'e s ia " e saoer como funciona
mais no momento. sobram 7 168 kB de memória para o s:s;e - a :e - e ~ 2 'ias e também o
Mais memória acima dos 1024 kB guardar dados, mas não programas que .c :ê coce Jazer quando ocorre
pode ser conseguida por meio de executáveis. Esta memória extendida aig_ — :-::-e r~ a -= acionado com sua
“pentes” de circuitos integrados e que (XMS) é muito importante, pois exis­ falta.
sáo encaixados em slots especiais de tem programas, principalm ente o E ;jstar»snte isso que veremos
seu PC. Windows e muitos jogos que ocupam aoc^
Assim, se seu PC tiver 8 MB de muito espaço dessa memória.
memória RAM, isso significa que você O acesso a esta memória precisa
tem 640kB na memória convencional ser ativado e é feito por um programa COIitO RESOLVER O PROBLEMA
(inferior do DOS), 384kB na memória denominado HIMEN.SYS que está no
superior (reservados) e 7 168kB na DOS. 5 a . =C anda se negando a exe-
memória extendida também abrevia­ A distribuição do modo como toda c .ta ' o':gram as que exigem muita
da porXMS. esta parte da memória RAM é con­ ~ e ~ : 'a . mesmo alguns que você
(Na verdade, a coisa é um pouco trolada. á feita de diversas manei­ esre-a/a rodar ou que não mostra-
mais complexa, pois temos uma me­ ras. dependendo da configuração de -a.~ o.alquer problema em computa-
mória denom inada expandida em seu PC. o :'s s de amigos que são do mesmo
jogo, mas que no momento não é bom Assim, pode ocorrer perfeita-e-- ' : : que o seu, com mesma quanti-
envolver nas explicações “para não te que você esteja usando estas ~s- 0 2 0 8 de RAM: alguma coisa está er-
complicar”). morias de maneira indevida, o o.e rada.
Se você somar os 640 kB da me­ acarreta problemas para os proç-a- Para tentar resolver este proble­
mória convencional com os 7168kB mas que você deseja rodar. ma precisamos chegar a sua causa e
da memória estendida (XMS) você
tem o total de memória de seu PC que 640 k 1024- 8192 k
é de 8192 kB ou 8 MB, conforme
mostra a figura 3.
No entanto você não pode usar
tudo isso da maneira que desejar. UV5
Em primeiro lugar os programas
Convenciona] XMS
executáveis só podem ser carregados
na memória convencional. Assim, se
640 k3 - 384 kB - 7168 kB = 819 kB = 8MB
você usar 120 kB da memória con­
vencional para carregar os programas Fig. 3 - A memória de um PC de 8 MB.

SABER ELETRÔNICA Ns 285/96


isso exige uma sequência de proce- Livre expandido informações que vimos acima, ape­
dimentos que relacionamos a seguir: (XMS) 6.752k (6.914.048 bytes) nas apresentadas de uma forma di­
ferente.
VERIFICAÇÃO DA MEMÓRIA Tam. maior programa No entanto, adiante do quadro
(DO PC, é claro) executável 635k (649.792 bytes) “memory” você terá as mesmas infor­
Maior bl. memória mações sobre memória convencional,
a) Verificar sua memória pelo superior livre 0 k (0 bytes) e XMS.
CONFIG.SYS: A área da memória alta está disponí­
Será interessante ir inicialmente vel
ao CONFIG.SYS e verificar se o MODOS DE
HIMEM.SYS ou o QEMM386 estão Veja então que duas informações AUMENTAR A MEMÓRIA
ativados. merecem destaque nesta tela e é nela
Deve existir uma linha em seu que 0 leitor deve concentrar sua aten­ A) AUMENTANDO A MEMÓRIA
CONFIG.SYS que ativa o gerenciador ção: CONVENCIONAL
de memória HIMEM.SYS do DOS ou a) A quantidade de memória es­ Existem diversos programas utili­
ainda, para os que possuirem o tendida livre (XMS) que é de 6.688 tários que podem ajudar a obter mais
QEMM o QEMM388.SYS. kB, pois ela indica exatamente a memória convencional e com isso
Se você não tiver esta linha acres­ quantidade de dados com que você permitir que seu PC execute progra­
cente-a da seguinte forma: pode trabalhar num programa. Se seu mas maiores.
computador é de 8 MB e você está O que estes programas fazem é
DEVICE=C:\DOS\HIMMEM.SYS com um valor muito baixo aqui, por simples: quando você carrega o DOS,
exemplo 4.400 kB, você não está uma série de programas que ele usa
Lembramos que você deve usar o usando bem sua memória. Veja mais são colocados na memória convenci­
programa EDIT do DOS para editar a adiante 0 que fazer para aumentar onal. Se bem que a memória superi­
linha que falta no CONFIG.SYS ou este espaço. Se você tentar rodar um or seja reservada para dispositivos
ainda acessar este arquivo por algum jogo que exija mais de 5 MB ele não especiais, alguns drives, se esta me­
utilitário que permita sua modificação rodará, mesmo sendo 0 seu PC de 8 mória superior não estiver sendo usa­
como o próprio QEMM. MB de RAM! da ela representa espaço livre inútil,
Com este procedimento você po­ b) A quantidade livre da memória pois tambóm não pode ser emprega­
derá ter mais memória disponível para convencional, que no caso é de 635 da para dados ou mesmo pelos pró­
seus programas. kB, pois ela determina 0 tamanho do prios utilitários do DOS.
maior programa que você pode exe­ O que se faz então é transferir para
b) Verificar sua memória pelo cutar em seu PC. a memória superior alguns dos arqui­
MEM Se você tem um valor muito baixo vos do DOS oue Drecisem ser carre­
Se no p ro r-ç ; zz CCS . :cê t r a ­ aqui, por exemplo 510 kB apenas, gados. ut za-cc-se para isso um pro-
tar MEM você terá v c — açc-es ce:e- você pode ter problemas em execu­ ç'e_ a e s :e : a c-e verifica onde exis­
Ihadas sobre 0 modo co.mc a te ' alguns programas que e o çe ~ te— e s ie z z s e ^ c u e e le s possam ser
ria de seu PC está sendo utiüzaca 5 - s —ória. : : :;= c :s não estejam sendo
No PC de 8 MB, que estou usan­ _secc5 cc - algum drive de seu siste­
do para digitar este artigo, tenho a ma).
seguinte tela quando digito MEM (de­ Observando a tela de memória
pois de otimizar a memória com um õ "ã 3 Z que demos como exemplo no item
aplicativo de que falaremos mais adi­ anterior 0 leitor pode perceber que
ante): S e i “ í íS i- Te . coê anotar os estamos fazendo isso.
daocs : c : c ; s c-a-.oo você digitar Carregado da maneira normal o
Tipo de memória Total=Usada + Livre MEY se- ~C cara decidir 0 que meu DOS ocuparia mais de 120 kB
de.s Jazer para melhorar seu da memória convencional deixando
Convencional 640 k 5 k 635 k
PC Se .ocê tem uma impressora, apenas uns 520 kB livres, que seria o
S u p e rio r Ok Ok 0k
Reservado 384 k 384 k Ok use a tecia Print Screen para tirar uma maior programa executável em meu
E stendida ccc a em papel) PC.
(XMS) 7.168 k 480 k 6.688 k \ c entanto, se você já notou valo­ No entanto, usando um aplicativo
res anormalmente baixo nestes dois especial pude jogar a maioria dos ar­
Total de itens, isso é sinal que você precisa quivos do DOS para a memória su­
Memória 8.192 k 869 k 7.323 k melhorar o gerenciamento de sua perior, deixando apenas 5 kB na me­
memória. mória inferior, o que elevou para
Tot. umenor
c) Verificar a memória por outros 635 kB o espaço livre na memória
1MB 640 k 130 k 510 k
Total Expandido utilitários como 0 MSD convencional.
Se você digitar MSD (MicroSoft Um bom ganho, levando-se em
(EMS) 7.376k (7.553.024 bytes)
Doctor), você poderá ter as mesmas conta que antes eu tentei rodar no

26 / SABER ELETRÔNICA N° 285/96


PC o “Terminal Velocity” que exigia No entanto, não se trata de tare­ um 486 ou superior pode ganhar um
525kB de memória convencional fa para amadores ou usuários co­ bom espaço na memória convencio­
antes de fazer isso e, evidentemen­ muns, pois existem muitos arquivos nal e também na superior se não
te, não havia conseguido, Depois de do DOS que não podem ser levados carregar este programa.
fazer estes ajustes (e alguns outros para a memória superior. Usando um Para que o leitor tenha uma idéia,
que o leitor verá mais adiante) foi programa como o MEMMAKER você desativando o SMARTDRV é possí­
tudo mais fácil! O programa “entrou”! não precisa se preocupar com isso vel aumentar em até 1,5 MB a quanti­
pois ele se encarrega de decidir quais dade de memória sendo até 31 kB da
podem e quais não podem ser trans­ memória convencional e o restante na
COMO AUMENTAR feridos. Na figura 4 mostramos uma XMS.
A MEMÓRIA CONVENCIONAL distribuição típica de programas an­ É claro que se, seu PC é um 386
tes e depois do uso do MEMMAKER. ou você realmente tem uma cache de
Damos a seguir alguns procedi­ disco, você ainda pode usar um
mentos simples para você obter mais SMARTDRV menor.
espaço na sua memória convencio­ OPTIMíZE Se no MEM você obtém a infor­
nal: mação de que no seu PC a quantida­
Um outro utilitário que aumenta a de de memória estendida (XMS) é
memória convencional, jogando o que muitc menor que a memória espera­
MEMMAKER for possível para a memória superior da desative o SMARTDRV ou redu-
é o OPTIMÍZE disponível no QEMM. za-o. Se você tem apenas 4 MB num
O MEMMAKER (Fazedor de Me­ Este utilitário funciona da mesma PC ae E MB. ocr exemplo, é hora de
mória) é um utilitário do DOS cuja fi­ forma que o MEMMAKER, mas é pensa' e~ fazer :sso para poder ro­
nalidade é “jogar” para a UMB (me­ mais eficiente. Ele testa entre milhões dar mslhcr ssjs programas:
mória superior ou U pper M em ory de combinações possíveis aquela que a Pa-a desativar o SMARTDRV
Biocks) o que for possível da memó­ permite transferir a maior quantidade proceaa ca seguinte forma:
ria convencional. de arquivos da memória convencio­ ' Des c PC e depois do boot
Desta forma, aquela parte “reser­ nal para a memória superior. entre nc CONFIG.SYS por meio de
vada” que normalmente tem espaços No meu PC, por exemplo foi pos­ u - e c tc ' os texto ou ainda por um
livres pode ser aproveitada para ar­ sível transferir tanto desses arquivos ut: tano cue lhe possibilite modificar
mazenar estes arquivos residentes que ficaram apenas 5 kB na memória este s-our/o i QSETUP do QEMM, por
do DOS. (falaremos mais adiante des­ convencional, o que me permite ro­ exs~z c ).
ses programas residentes ou TSR e dar programas de até 635 kB. * Procure a linha que ativa o
como se “livrar de alguns deles” para SMARTDRV, por exemplo:
obter mais memória ainda) B) ELIMINANDO PROGRAMAS
Assim, basta digitar MEMMAKER TSR C DOSVSMARTDRV
no prom ptdo DOS que vai ser carre­ TSR ~a — ~a:e and SiayResident
gado um programa utilitário que vai - Rmoramas : _ £ _=~— e Perma­ ' Coloque REM na frente desta
examinar a disposição de todos os nece- Res ceares sã: c rogramas linra:
arquivos da memória convenciona! utilitários ca” =çac:s "= - e - o h a e
que podem ser transferidos para a que lá permanece- are c.s seja0- REM C:\DOS\SMARTDRV
UMB (memória superior) em blocos solicitados por algum comanoa
que estejam livres. Normalmente, ativarrcs er.es ’ Saia do programa de configu-
Com este utilitário você pode am­ gramas por meio de uma sec.ê-c.a -ação, desligue o PC e dê novo boot.
pliar em muito o espaço da sua me­ de teclas. Exemplos desse z :c :e * Verifique a memória digitando
mória convenciona! e assim pode ro­ program a são daccs :e o <MEM> e veja quanto você ganhou!
dar aqueles jogos e programas mais SMARTDRV, DOSKEY ANS . * Experimente rodar seus progra­
exigentes em termos de memória. SETVER, etc. mas de uso comum para ver se ocor­
Obs: na verdade, usando o co­ Se bem que uma possic cade in­ reu alteração sensível na sua veloci­
mando MEM/C/P você pode visualizar teressante para se abrir escaço na dade. Se isso ocorreu você pode ten­
numa tabela o modo como todos os memória convencional se. a cassar tar reativar o SMARTDRV ou simples­
programas do DOS estão sendo arma­ alguns desses programas para a me­ mente reduzí-lo com o procedimento
zenados na memória convencional. mória superior, muitos deles rea ^ e n ­ seguinte:
Se você tiver uma boa experiên­ te não precisam ser usados de íc —ia b) Reduzindo o SMARTDRV
cia pode decidir qual deles vai pas­ comum. ' Nc prompt do DOS entre por
sar para a memória superior bastan­ Assim , por exemplo, : ~ s :c cs eaitor de texto (EDIT) no
do para isso ir ao CONFIG.SYS e al­ SMARTDRV que é um programa de CONFIG.SYS ou ainda use algum
terar para DEVICEPIIGH as linhas cache de disco normalmente não pre­ outro utilitário para esta finalidade.
que os carregam e que estavam sim- cisa ser usado em PCs acima do * Procure a linha em que está o
olesmente como DEVICE. 386. Isso significa que, se você tem SMARTDRV, como por exemplo:

5-5 E R ELETRÔNICA Nç 285/96


C:\DOS\SMARTDRV
DOS
640 kB 1024 kB 8MB
* Attere esta linha para:

C:\DOS\SMARTDRV 512 A j Reservada XMS

ou Antes do memmaker

C:\DOS\SMARTDRV 256 640 kB 1024 kB


N^ ^
Experimente as duas configura­
ções e veja aquela que aumente mais ® $S
1
XMS

a memória de seu PC sem alterar em


muito o desempenho geral. Depois do Memmaker
* Saia do CONFIG salvando as
alterações e teste seu PC, começan­
( f\j Espaço para programas executáveis (EXE)
do por digitar MEM ou MSD.
Para reativar o SMARTDRV to­ Aumentando a memória com o MEMMAKER.
talmente basta retirar REM da linha
em que ele se encontra. * Carregar o programa desejado Se a contaminação for realmen­
depois que for recebida a informação te grave, com um virus desconheci­
Existem ainda outros TSRs que que o mouse “entrou”. do que seu programa não consegue
podem ser desativados, mas estes já O programa, dependendo do caso, detectar ou eliminar, talvez seja me­
podem comprometer o funcionamen­ pode também exigir que drives não lhor contar com a ajuda de um espe­
to de seu PC.Talvez não seja interes­ residentes no DOS sejam carregados cialista. Um meio de se confirmar se
sante mexer neles a não ser que você como por exemplo uma placa de som. existe algo anormal que possa indi­
realmente não precise deres. car a presença de um virus é anotai
d) PROCURANDO PORVIRUS o tamanho dos seus arquivos. Ano­
c) FAZENDO O BO O TLIMPO Uma forma de “contaminação” por te-os num papel.
Quando o PC faz o boot, confor­ virus altera o tamanho de certos ar­ Se notar alterações muito grandes
me vimos, ele carrega diversos pro­ quivos fazendo-os “crescer” de modo nos arquivos do tipo BAT, EXE o i
gramas utilitários que fazem parte do anormal. COM isso pode ser um sinal de con­
DOS e que em determinadas condi­ O resultado disso é que arquivos taminação.
ções não sãc necessários. que normalmente entravam em seu Observamos entretanto, que al­
É possível c c i- r c ~ á x '~ o da PC. sem maiores problemas, se ne- guns desses programas quando usa­
memória coa.s~c a 5S - =: *:c= '- c s ~ a 'c c a '£ a m ensagem de dos oc-cem ter alterações normais de
mos o C O N F i3 .3 :5 e : :âmar*Cc. O problema é quando as
AUTOEXEC.BAT chegando o e.a = :e'£çces ocorrem nos programas
mente ao prompt do DOS, conforme cue cão foram usados!
já explicamos.
Assim, se você tiver um programa decc:s c_e •zzê i - j ~ novo e) REALM ENTE É PRECI
realmente grande e precisar rodá-lo, jogo cu rc c c - =z_es o.squete que ACRESCENTAR MEMÓRIA
mas receber a informação de que não ganhou as ac com novos jo­ Se, com todos estes procedimen­
há memória suficiente, tente dar o gos, a mensacs- ce erro que indica tos você ainda tem problemas de
boot limpo e depois carregar este pro­ problemas ae ~*smória aparece isso memória, com programas se negan­
grama. Veja, entretanto, que se este pode significa.' uma contaminação. do a rodar ou ainda aparecendo com
programa precisar de um drive e ele Rode um programa detector de insistência a mensagem “not enough
não estiver previsto no seu carrega­ virus que você deve ter no disquete memory to run...” a saída final pode
mento é preciso que isso seja feito de emergência e se encontrar algum, estar na compra de alguns megabytes
antecipadamente. elimine-o. de memória física.
Por exemplo, se o programa usa o Talvez depois disso você precise Estas memórias consistem em
mouse e ele não carregar o mouse reconfigurar seu PC e até restaurar conjuntos de chips (circuitos integra­
quando fazemos o boot limpo, o que alguns arquivos importantes afetados dos) montados numa pequena placa
temos de fazer é o seguinte: de modo irreversível. do tipo SIMM (Single In Line Memory
* Dar o boot limpo. Pode até perder de modo definiti­ Module) que podem ser encaixados
* No prom pt do DOS carregar o vo alguns deles se você não tem o no interior da unidade de sistema.
mouse digitando: costume de fazer cópias de seguran­ Se você se sentir seguro pode ten­
C:>MOUSE (ou o outro nome que ça (backup), mas é o único procedi­ tar fazer o “serviço" sozinho proceden­
=eia exigido) mento para eliminar o problema. do da seguinte forma:

SABER ELETRÔNICA N5 285/96


* Desligue a unidade do sistema cado, observando ainda sua veloci­
e depois de desconectar os cabos dade. A velocidade é dada pela sigla
dos periféricos coloque-a numa mesa depois do nome.
sobre um jornal de modo a poder tra­ Por exemplo, se o pente for do tipo
balhar com segurança e mobilidade. TMS54256-8 o 8 indica que o tempo
* A abra a unidade de sistema e de acesso da memória é 80 ns. Você
localize a placa mãe. deve comprar outra que seja igual ou
* Na placa-mãe você vai localizar mais rápida, ou seja tem como sigla
pequenos módulos que têm o aspec­ 8 ou um número MENOR.
to mostrado na figura 5. Se você não fizer isso, pode ter
* Estes módulos são presos pelas problemas.
extremidades por pequenas aletas de Fig. 5 - Módulos S MM :e nemcria RAM. * Conseguido os novos pentes,
metal. Solte estas aletas e tire um dos encaixe-os no PC e feche a unidade
módulos. ca na loja. Por exemplo, você pode do sistema. Os pentes devem ser en­
Se seu PG tem 4 MB de RAM e passar de 4 para 8 MB trocando 4 caixados em sequência sem interva­
você tem dois destes “pentes” cada pentes de 1 MB de seu PC por dois los entre eles. Não deixe encaixes
um representa 2 MB. Se tem 4 MB e de 4 MB. vazios entre dois pentes.
seu PC usa 4 desses módulos, é por­ O que é proibido é montar um ban­ * Informe pelo SETUP que se.u PC
que cada um tem 1 MB. co com pentes de características di­ tem nova capacidade de memória.
O número de pentes e sua capa­ ferentes: não podemos acrescentar * Rode o MEM ou MSD para veri­
cidade vai determinar o modo como um pente de 4 MB a um PC que use ficar se seu PC “aceitou” as novas
você pode ampliar a memória do seu dois de 2 MB ou 4 de I MB. memórias.
PC. O normal é tentar dobrá-la. O banco tem de ser uniforme: to­ Podem ocorrer problemas de com:;
Assim se seu PC tem 4 MB e usa dos os pentes devem ter a mesma patibilidade entre os diversos chips ou
dois pentes de 2 MB será interessan­ capacidade. mesmo de configuração e seu PC
te comprar dois pentes de 2 MB e * Leve o pente retirado e compre pode não aceitar as novas memóri­
acrescentá-los. Outra possibilidade é um que se adapte às novas caracte­ as. Peça ajuda especializada se isso
tirar os pentes existentes e fazer a tro- rísticas do seu PC, conforme indi­ ocorrer. ■

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5 EE = ELETRÔNICA N? 285/96 29
OS SERVOS
M ECATRO N C -

Nos projetos que envolvem movi­


mentos controlados pela eletrônica e
que são amplamente estudados pela Cs s e re s são elementos fundamentais nos projetos de
mecatrônica, temos basicamente três
- e : . = r : - :a. Sendo os “orgãos efetores” que transformam
ticos ds dispositivos de conversão de
energia elétrica em energia mecâni­ s -= s e emeos em movimentos os servos são encontrados
ca: os sclenoides, os motores de pas­ =- automatismos industriais e em qualquer aplica­
so £ os servomotores.
is : :_e envolva controle eletrônico de movimentos. Neste
I s servomotores, pela sua simpli-
cicaoe £ caixo custo, já que podem = " : : = ~alisam os o funcio nam ento dos servos
usa* meteres comuns de corrente : = :~ c!o 'e s) e até damos algumas informações para ela-
co- :~ -E oj ~esm o alternada, são
: :e crojetos práticos com finalidade didática ou ex-
esce: = _ e- :s indicados para finali-
daces e m =' —entais e didáticas.
Neste amre .amos analisar o prin­
cípio oe =nto dos servos ou
serve- ete'es e ca' algumas aplica­
ções que ecce- se' muito interessan­ s e r - ee : rs rartida para nos- tensão aplicada à sua entrada, con­
tes em : s : o-ro le s industriais, forme mostra a figura 2.
controle -e- : : : o-_ ~ssm o em expe­ - rs e : = : :.= servo é conver­ Esta característica oá a este dis­
rimentação. te' j e ' s s e t :.-: e e ' exemplo uma positivo a poss c raoe de ser usado
:s "s s r ---- : -e ~ :c proporcional numa infinidade re aplicações práti­
re _- a a s s - :r :.s - o a u m c u r s o r . cas.
O QUE E UV SEFTVO Se e e- r r : rs :e' uma alavan­ Numa ac earão de controle, por
ca que s e - : - e—e re 90 graus, por exemplo, casta ter um sensor que in­
O servo ou s r . o - r o - s ^ dis­ exemcíc. r . s - r : s -e-são de entra­ dique na ‘c a re uma tensão qual é
positivo que oo_ . £ " £ _ - = •= e é:n- da varia ce I e ' r - ss tensões in- a posição a r .= deve ser levado um
co num mov— £ - :: :'o o o 'o .;- a ou :e— eaiária. er es r s e ~a entrada do braço merãrt co ou alavanca, para
num desloca- £ ':o oe e e a.arca. encurto poce- s s- e alavanca a que c sev r seja capaz de movimen­
O serve tás»co rc^sta oe mo- r^alquer pos : = : —=— ediária cujo tar esta a a. anca até a posição dese­
tor que. pc: - e o oe u~ s:ste- a oe ângulo seja p r r r r - ; me a estas ten­ jada.
redução you não), aciona um dispos - sões. _ - a ac cação muito comum para
tivo de realimentação e uma alavan­ Esta propom eare entre o este roo de dispositivo é no controle
ca. O dispositivo de realimentação movimento e a :e~ s.1: re entrada (ou ' £ - : : : re brinquedos, por exemplo,
serve para indicar a posição da ala­ outra grandeza : = - r e - leva estes um carco.
vanca de modo que o circuito de con­ dispositivos a s e -e - : assificados J n a alavanca de controle no
trole possa levá-la exatamente à po­ como de contrc.es r-rrrrcionais. ma^smissor tem um potenciômetro
sição desejada. Em outras ca a as existe uma r_e gera um sinal que corresponde à
Na figura 1 temos a representa­ proporção direta em e o ângulo re crsição a qual desejamos levar o
ção simbólica de um servo e que vai giro da alavanca : : servomoter e a e - e ou o acelerador.

32 SABER ELETRÔNICA Ns 285/96


MECATRONICA

No receptor, um circuito decodi- dade da tensão aplicada, pois trata- Um comparador de tensão nada
ficador transforma este sinal numa se de um motor de corrente contínua mais é ac que um a m p lifica d o r
tensão proporcional, que é aplicada comum. operaciona com um ganho muito alto,
ao servo correspondente. De modo a impedir que ele movi­ de modo a haver uma comutação
Desta forma, o braço do servo mente muito rápido os demais ele­ muito rápida oe sua saída em deter­
atua sobre o leme ou o acelerador, mentos do servo, um sistema simples minadas ccr.d ções.
levando-o à posição desejada. de engrenagens (ou mesmo correias) Estas ccndíções podem ser facil­
Na figura 3 mostramos como isso pode ser usado. mente enterc cas a partir do exem­
funciona. O motor, no nosso caso, movimen­ plo dadc a seguir.
ta tanto a alavanca que vai proporci­ Na enrada inversora (-) aplicamos
onar o acionamento externo, ou seja, uma tensão que vai ser a referência
COMO FUNCIONA que vai ser acoplada ao dispositivo do circuito. Esta tensão pode ser apli­
final como também o eixo de um cada por um divisor resistivo ou mes­
Na figura 4 temos a estrutura sim­ potenciômetro. O potenciômetro fun­ mo um potenciômetro, conforme mos­
plificada de um servomotor que vai ciona como sensor de posição para o tra a figura 5.
servir de base para nossa análise do circuito de reaiimentação. A seguir, aplicamos na entrada
princípio de funcionamento. O circuito de reaiimentação tem não inversora (+) uma tensão que vai
O motor gira normalmente num por base um comparador de tensão aumentando vagarosamente de valor
sentido ou noutro conforme a polari­ comum. a partir de zero.

33
MECATRONICA

Observe que a fonte de alimenta­


ção usada neste circuito é simétrica,
ou seja, temos uma tensão positiva
em relação ao ponto de zero voit e
uma tensão negativa a partir de zero
volt.
Lembre-se que o motor gira num
sentido auando aplicamos uma ten­
sas ccstys e c:ra no sentido oposto
c_=* “ o bc : =~ :s uma tensão nega-
: - e co r 5o— e ~ ; s:jb a figura 6.
- a m ra : e~:ãc oa Tensão nula na
: : com.Daraao' de tensão,
c r ~ : e:a é inferior à tensão de refe-
■ê‘ c:a. a saída deste circuito se man­
tém negativa, com o valor máximo
dado pela fonte.
A tensão vai subindo então sua­
vemente, mas mantendo-se inferior à
referência nada acontece com a saí­
j da, que se mantém negativa.
Chega então o instante em que a
tensão de entrada iguala a tensão de
referência.
Neste momento, o comparador
comuta e sua tensão de saída tende
a zero.
No entanto, o ganho do compara­
dor é muito grande, da ordem de
100 000 vezes ou mais, o que quer
a zer que será muito difícil efe se
manter exatamente neste ponto, e
com a subida da tensão de entrada

>4 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


MECATRONICA

para um valor maior que a referência, tando o potenciômetro de realimen- do potenciômetro de controle pode­
a saída também sobe para o máximo tação. mos usar qualquer circuito que gere a
positivo. À medida que o potenciômetro se tensão na faixa de atuação desejada.
Em suma, quando a tensão de movimenta a tensão que ele aplica se O circuito pode ser um conversor
entrada supera o valor de referência, aproxima rapidamente da tensão de dígital/analógico (DAC), por exemplo,
a tensão de saída passa do máximo referência até o momento em que elas para se obter um controle digital a
negativo para o máximo positivo, con­ se igualam. partir de um computador, conforme
forme mostra a figura 7. Quando elas se igualam, o motor mostra a figura 9.
No caso do servo, a tensão de re­ inverte sua rotação e passando gora Podemos usar sensores resistivos
ferência é a tensão aplicada ao con­ a girar no sentido oposto, ele rapida­ como um LDR para movimentar uma
trole, ou seja, a tensão que um poten- mente alcança novamente o ponto de janela para que a intensidade de luz
ciômetro de controle determina quan­ comutação. chegue exatamente a um nível pré-
do ligado como divisor de tensão. Oscilando então em torno da ten­ determinado, ou mesmo um segun­
A tensão de entrada, por outro são de referência, o motor pratica­ do sensor de posição.
lado, é determinada pelo potenciôme- mente pára na posição desejada, con­
tro que está ligado à alavanca, con­ forme mostra a figura 8.
forme mostra a figura 8. Quando en­ Esta oscilação vai depender da PROJETOS SIMPLES
tão colocamos o potenciômetro de inércia do circuito, que pode, ser ajus­ DE SERVOS
controle numa certa posição, ele de­ tada por meios tanto elétricos como
termina a tensão de referência no mecânicos para que não ocorram vi­ Usando uma caixa de redução, é
com parador. brações fortes. Podemos usar capa- possível montar servos bastante sim­
Supondo que o potenciômetro da citores no circuito de realimentação ples. Uma idéia de projeto que pode
alavanca não esteja na mesma posi­ ou mesmo recursos mecânicos para ser alterada à vontade pelo leitor con­
ção, é aplicadada uma tensão diferen­ esta finalidade. Se o potenciômetro forme a aplicação desejada é a mos­
te da referência e portanto a saída do de controle for mudado de posição, trada na figura 10. Um potenciômetro
comparador pode ser positiva ou ne­ muda a tensão de referência. linear comum é acoplado ao eixo da
gativa. Imediatamente o comparador co­ caixa de redução.
Conforme sua polaridade, esta muta no sentido de fazer o motor gi­ A faixa de controle do dispositivo
tensão vai fazer com que o motor gire rar, levando o potenciômetro de reali­ poderá ser tanto a faixa de giro com­
num sentido ou no outro, movimen­ mentação a uma posição que gere a pleta do potenciômetro como pode ser
tensão que alterada em função da tensão de en­
iguala à referên­ trada ou referência.
cia. O circuito de controle é mostrado
Evidente­ na figura 11 para o caso de um motor
mente, em lugar de 6 volts. Os transistores devem ser

SABER ELETRÔNICA N? 285/96 35


MECATRONÍCA

Fig. 10 • Acoplando o potenciômetro de


realimentação a uma caixa de redução.

dotados de radiadores de calor e se


for usada fonte de alimentação exter­
na, esta deve ser simétrica com o cir­
cuito mostrado na figura 12.
Para este circuito, a faixa de ten­
sões de entrada varia de -6 a +6 volte
e comparadores de tensão equivalen­
tes podem ser usados sem proble­
mas. O capacitor C1 de entrada deve
ter seu valor obtido experimentalmen­
te em função do motor e do sistema
mecânico de modo a se minimizar c
efeito das oscilações no ponto de
ajuste.
Para os transistores usados, c
motor pode ter até 1 ampére de cor­
rente e eventualmente podem sei
usados motores de 12 volts com a
mesma corrente máxima, bastante
alterar a fonte de alimentação.
Um segundo projeto, bastante in­
teressante, é mostrado na figura 13 e
faz uso de um motor comum ou uma
caixa de redução com um “parafuso
sem fim".
Neste projeto uma porca corre
com o movimento do parafuso-sem-
fim, movimentando o cursor de um
potenciômetro linear deslizante.
Este potenciômetro atua como
sensor, e seu valor não é crítico já que
ele funciona como divisor.
O circuito de controle para este
sistema é o mesmo do sistema ante­
rior, Evidentemente, a grande vanta­
gem deste sistema está na força que
pode ser obtida com a redução. Lem­
bramos que, quanto menor a veloci­
dade do movimento do cursor, mais
força será obtida.
Deve-se lembrar a lei da conser­
vação da energia, o que quer dizer
que podemos obter maior força com
menor deslocamento, ou menos for­
ça com maior deslocamento, mas
nunca mais força com maior desloca­
mento. ■

36 SABER ELETRÔNICA N? 285/96


IDENTIFICANDO
TRANSFORMADORES
VAR IE D A D ES

Os transformadores usados em
fontes de alimentação são basica­
mente form ados por dois enrola- Um problema que muitos técnicos encontram e que sentem
mentos: um primário de alta tensão
ou enrolamento de entrada e um se­ muitas dificuldades para resolver é o da identificação dos
cundário de tensão mais baixa que terminais de transformadores de alimentação. Estes trans­
serve como enrolamento de saída. formadores, quando novos, nem sempre vêm acompanhado
Tudo seria muito simples para o
do folheto com o modo de ligação de seus terminais confor­
técnico se os transformadores tives­
sem a configuração mais simples, que me a tensão, e para os aproveitados de aparelhos antigos, a
é justamente esta e além disso os coisa se complica: a informação não existe. Como identificar
enrolamentos fossem perfeitamente
e ligar os enrolamentos de um transformador é o problema
identificados, conforme mostra a figu­
ra 1. que vamos ensinar os leitores a resolver neste artigo.
No entanto, além de nem sempre
haver a identificação de qual é o
enrolamento primário e qual o secun­
dário, na prática podemos ter diver­
Fig. 1 - Identificação por meio de etiqueta.
sas situações que complicam a utili­
zação do transformador, como por 1-------— }
exemplo: C-----------3
a) um dos enrolamentos é duplo, 110V 5 j» 6V 3>
ou seja, tem tomadas ou derivação
de modo a se ter a entrada ou saída
2 -----------J t _______ 4 \ T
Primário
■4 >
Secundário
de duas tensões.
b) na entrada ou saída temos uns
dois enrolamentos separados que
podem ser usados desta forma ou li­
gados em série ou paralelo de modo
a modificar as características do com­
ponente.
Na figura 2 temos alguns tipos de b) Secundário com TC
a) primário e secundário
transformadores que podemos en­ (Tomada central) c) Dois secundários
simples
contrar em fontes de alimentação de simples
aparelhos eletrônicos comuns. 220V 220V
Evidentem ente, se não existir L í-
112V____í c ---------- -----------* Ç 110V i
identificação para tudo isso o técnico í
V
pode se complicar e com um agravan­ OV c----------- -----------j OV J
te: se um enrolamento primário ou
d) Primário para
secundário for ligado indevidamente, primários 4 f> Primário de duaa
duas tensões e) Dois tensões e sec. com TC
podemos queimar o transformador.
Fig. 2 - Tipos comuns de transformadores usados em fontes de alimentação.
No entanto, de posse de um multí-

38 SABER ELETRÔNICA N° 285/96


VARIEDADES
^ Fio encapado
ô " c (primário)

€ s>
V
)
J — Fio esmaltado
/ ^ ~~ (secundário)
Fig. 3 - Identificação visual fácil.

metro e uma lâmpada de 40 ou 60


watts, comum para a rede de ener­
gia, o leitor pode ter segurança total É comum encontrarmos o verde
na identificação e ligação dos enrola- para enrolamentos de 5 V e o azul
mentos de um transformador. para 6 V, mas os fabricantes não se­ Na figura 6 mostramos como este
Nos itens seguintes vamos ensi­ guem todos esta norma. Na figura 4 teste de identificação é feito.
nar como conseguir isso. temos um exemplo de identificação Os valores de resistência para os
por cores. secundário, da ordem de poucos
Outra maneira consiste em verifi­ ohms, nada tem a ver com a tensão
TRANSFORMADOR SIMPLES car a posição do enrolamento sobre dos enrolamentos, de modo que, com
o núcleo, inclusive com a observação este teste não podemos tirar conclu­
Como Identificar o da espessura do fio. O enrolamento são alguma a respeito disso.
Prim ário e o Secundário secundário, de fio mais grosso fica por Um teste de funcionamento para
cima do enrolamento primário (de fio um transformador exige um dispositi­
Supondo que o transformador te­ mais fino) e é fácil vermos de onde vo de segurança, no caso, um limita­
nha um prim ário para a rede de saem os fios de conexão, conforme dor de corrente.
110 V ou 220 V (primário simples) e mostra a figura 5. Se ligarmos um secundário de
que seu secundário seja de baixa ten­ Evidentemente esta observação baixa tensão de um transformador por
são (3 a 20 V) com corrente de só é possível se os enrolamentos não engano diretamente na rede de ener­
100 mA a 5 amperes, como fazer a forem totalmente vedados, como em gia teremos um curto-circuito, pois a
identificação? alguns transformadores maiores. baixa resistência deste enrolamento
resulta em uma corrente muito inten­
a) modo visual b) Medição elétrica e teste de fun­ sa que destrói imediatamente o com­
O enrolamento primário é feito cionamento ponente. Assim não podemos expe­
com fio esmaltado mais fino e esse O multímetro é o instrumento indi­ rimentar o transformador simplesmen­
fio não pode ser usado na conexão cado para o primeiro teste. O que fa­ te tentando ligá-lo na rede.
externa por se muito frágil, de modo zemos então é medir a resistência dos O que podemos fazer, entretanto,
que ele é conectado a fios flexíveis enrolamentos. O primário de tensão é usar limitador de corrente que é a
ou terminais externos. mais alta tem uma resistência ohmica lâmpada comum de 40 a 60 W, con­
O enrolamento secundário, por mais elevada que o secundário de forme figura 7.
outro lado terá fio mais grosso quan­ tensão mais baixa. A resistência do Se ligarmos o transformador da
to maior for a corrente. secundário será tanto menor quanto maneira correta o transformador não
Em alguns casos esse fio é sufici­ menor a tensão e maior a corrente. drena corrente apreciável do circuito
entemente grosso para poder ser usa­ e recebe quase toda a tensão da rede.
do na conexão externa. Desta forma, A lâmpada acende fracamente e po­
podemos visualmente “ver” a diferen­ demos até medir uma tensão no se­
ça entre os fios, conforme mostra a cu n d á rio com o m ultím etro que
figura 3. corresponde a um valor um pouco
Alguns fabricantes costumam ado­ menor que o normal. Se isso aconte­
tar um código de cores para os fios: o cer, podemos tirar a lâmpada e ligar
preto é usado para o final de enrola­ diretamente o transformador na rede
mento do primário enquanto que o (desde que tenhamos certeza de que
vermelho e o marrom são usados seu enrolamento é de 110V ou 220 V
para identificar a outra extremidade conforme o caso).
que pode ser de 110 V ou 220 V. Se ligarmos o transformador in­
Por outro lado, os terminais do se­ vertido a alta corrente é limitada pela
cundário de baixa tensão usam fios lâmpada que então acende com bri­
da mesma cor. lho normal. Se tentarmos medir a ten­

SABER ELETRÔNICA N9 285/96 39


VARIEDADES
são no outro enrotamento, dependen­ Na figura 10 mostramos que a ten­ são rms, o que quer dizer que, se a
do do multímetro usado podemos ter são entre as extrem idade s do fonte for de 6 V isso não significa que
um valor muito acima do esperado. enrolamento deve ser o dobro da ten­ vamos medir no seu transformador
são entre qualquer extremidade e o obrigatoriamente essa tensão.
fio central.
SECUNDÁRIO COM Assim, para um transformador de
TOMADA CENTRAL 6+6 V medimos 12 V entre os extre­ PRIMÁRIO DE DUASTENSÕES
mos e 6 V entre qualquer extremo e a
Este tipo de transformador possui tomada central. Um caso importante de transfor­
um enrolamento com uma tomada Observe que o multímetro deve mador que deixa o técnico em dúvida
central, sendo basicamente destina­ ser usado na escala apropriada de é o do transformador com primário de
do a fontes com dois diodos em um tensões alternadas (Volts AC ou CA). duas tensões, tendo este enrolamen­
sistema de retificação de onda com­ Veja também que os valores medidos to três terminais.
pleta.
A identificação dos fios deste
enrolamento é relativamente simples.

a) modo visual
Os dois fios extremos do enrola­
mento secundário, conforme mostra
a figura 8 normalmente são da mes­
ma cor e esta cor é diferente da usa­
da para a tomada central.
As cores variam bastante de fa­
bricante para fabricante e na maioria
dos casos não têm nada a ver com
as tensões fornecidas.
Nos tipos em que o enrolamento
secundário termina com os próprios
fios esmaltados servindo para as co­
nexões externas, a tomada central é
trançada, ou seja, usa dois fios
esmaltados juntos que consistem na
continuação do enrolamento, confor­
me figura 9.

. b) Medição e teste
O multímetro na escala mais bai­
xa de resistências pode ser usado
para identificar os enrolamentos. A
resistência entre os fios extremos é
maior do que entre qualquer extremi­
dade do enrolamento e a tomada cen­
tral. Observamos entretanto que os
enrolamentos secundários de baixa
tensão possuem resistências muito
pequenas, que chegam a poucos
ohms ou mesmo fração de ohm o que
s ig n ific a que nem to d o s os
multímetros conseguem fazer essa
medição com precisão suficiente para
permitir a identificação dos fios.
No entanto, uma vez que o primá­
rio esteja perfeitamente definido, po­
demos ligá-lo na rede de energia (des­
de que saibamos se é de 110 V ou
220 V, conforme o local) e depois me­
dir com o multímetro as tensões no
secundário.

40 SABER ELETRÔNICA N? 285/9É


V A R IE D A D E S

Vermelho /'5N 220V 110V


N° ^ (Mais externo) (Intermediário)
Marrom OV
110V
(Mais interno)
S * t r
Preto °)
Visto por
Fig. 11 - Ligando o primário de um transformador de duas tensões. baixo

Secundário
Fig. 12 - Identificação pela posição dos fios.

O tratamento dado na identifica­


ção se assemelha ao do transforma­
dor com secundário com enrolamento
duplo.
Temos então as seguintes possi­
bilidades de identificação:

a) Visual
O caso mais simples ocorre quan­
do o fabricante segue as cores con­
ve nciona is para id e n tific a r o
enrolamento. Assim, o fio preto é o
com um , co n sistin d o no fin a l do
enrolamento, enquanto que o marrom
corresponde à entrada de 110 V e o
vermelho à entrada de 220 V. Em al­
guns casos, em lugar do marrom po­
demos ter cor diferente, mas os ou­
tros dois mantêm as cores originais.
Na figura 11 mostramos o modo
de se fazer a ligação deste transfor­
mador nas duas redes de energia.
Em alguns casos também é pos­
sível identificar a tomada de 110 V, a
de 220 V e o terra (comum) pela posi­
ção em que entram nas diversas ca­
madas de fio, conforme mostra a fi­
gura 12. O fio mais interno é o co­
mum, o intermediário é o 110 V e o
mais externo no enrolamento primá­
rio o 220 V.

b) Por meio de teste


O primeiro teste possível é com o
multímetro. Usando a escala apropri­
ada de resistência observamos que
entre o comum e o 110 V temos uma
resistência menor que entre o comum
e o 220 V. Observe também que a re­
sistência entre o 110V e 0 220V cos­
tuma ser levemente maior que entre
Obs: Mais 4 combinações podem ser obtidas o comum e o 110 V, pois como o
com as inversões de A com C. enrolamento é mais externo, o com­
primento de fio usado também é mai­
Fig. 14 - Tensões medidas nas diversas possibilidades para teste. or. Isso permite diferenciar o comum

SABER ELETRÔNICA N3 285/96 41


VARIEDADES
primários separados, havendo portan­
to 4 fios de ligação. Estes fios devem
ser combinados de modo que os
enrolamentos fiquem em paralelo
quando o transformador for alimenta­
do 110 V e em série quando o trans­
formador for alimentado pela rede de
220 V. Isso é mostrado na figura 15.
Ocorre entretanto que, se não sou­
bermos qual é a maneira correta de
fazer estas ligações, existe o perigo
de que os enrolamentos, ao serem li­
gados em série ou paralelo fiquem
fora de fase, o que é mostrado na fi­
gura 16.
Numa condição em que os enro­
■ = Início do enrolamento lamentos fiquem com as fases opos­
tas temos um verdadeiro curto-circui­
Fig. 15 - Ligações de um to no momento da ligação pois os
transformador com dois primários. campos produzidos pelos dois enro­ No entanto, podemos também
lamentos em cada instante se opõem. conferir, observando a posição das
do 220 V em caso de dúvida, confor­ Cabe ao técnico que vai usar um camadas em que os fios saem, con­
me mostra a figura 13. transformador deste tipo não só sa­ forme mostra a mesma figura.
Outra possibilidade, consiste em ber como ele deve ser ligado (série O teste com instrumento pode ser
ligar o transformador em série com a ou paralelo) como também identificar mais interessante para confirmar essa
lâmpada de 40 watts, conforme mos­ as fases. Se não existirem informa­ disposição:
tra a figura 14. ções sobre isso, devemos partir para
Faremos então a medida da ten­ os seguintes procedimentos. b) Testes com instrumentos
são entre o terminal livre e os outros O primeiro passo na identificação
dois terminais. a) Identificação visual dos fios consiste em identificar os ter­
Se lermos nas duas medidas a A posição dos fios de ligação em minais de um mesmo enrolamento, ou
mesma tensão da rede, então prova­ alguns tipos segue a disposição do seja, os pares de fios.
velmente o transformador estará liga­ diagrama, ou seja, existe uma corres­ Para isso podem os usar o
do como mostra a figura em (a). pondência entre as posições que fa­ multímetro nas escalas mais baixas
Se lermos uma tensão igual à da cilita a conexão, conforme mostra a de resistências, conforme mostra a
rede e uma que seja o dobro então o figura 17. figura 18.
transformador deve estar ligado como
em (b).
Finalmente, se tivermos a leitura
de uma tensão igual à da rede e uma
que seja a metade, o transformador
terá sido ligado como em (c).
Obs: veja que a presença da lâm­
pada garante segurança pois se o
transform ad o r estiver com e n ro ­
lamento em curto o brilho forte da lâm­
pada informa o técnico e evita proble­ Fig. 17 - Correspondência de posições entre o componente e o diagrama.
mas de “estouros” perigosos quando
ele for ligado.
Fig. 18 - Identificação
dos enrolamentos.
DOIS PRIMÁRIOS
PONTOS RESISTÊNCIA
A B BAIXA
De todos os casos, este sem dú­
C D BAIXA
vida. é o que maior dificuldade apre­
A C ALTA
senta para o técnico, principalmente
A D ALTA
o menos experiente.
B C ALTA
Neste caso, o que temos é um
B D ALTA
transformador com dois enrolamentos

42 SABER ELETRÔNICA N5 285/96


VARIEDADES

correta. Retire a lâmpada e meça as


tensões do secundário se quiser uma
confirmação de funcionamento.
A observação visual permite ter Se ao ligarmos na configuração Na figura 20 mostramos o modo
uma idéia das posições dos fios iden­ desejada, a lâmpada acender com de se fazer as conexões dos transfor­
tificados, ou seja, de sua extremida­ forte brilho, isto indica que os enro- madores de modo a comutar as ten­
de do enrolamento, lamentos estão fora de fase. sões.
Podemos completar o teste com Basta inverter as ligações de um Observe que estas ligações de­
a conexão experimental usando a dos enrolamentos. vem levar em conta as fases do trans­
lâmpada de 40 a 60W em série, con­ Se a lâmpada acender fracamen­ formador para que não ocorram os
forme mostra a figura 19. te, tudo indica que a conexão está problemas que já citamos. ■

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SABER ELETRÔNICA N2 285/96 43


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ANUNCIAM ACORDO DURANTE A COMDEX 96 A escola técnica Federal de Goiás - ETFG e a GENE­
RAL SOFT firmaram uma parceria Tecnológica. Como
A Videocompo, líder nacional no mercado de primeiro resultado dessa parceria a ETFG está ministran­
m onitores para m icros, anunciou durante a do cursos sobre BASIC Stamp, baseado nos kits forne­
Comdex’96 uma parceria para transferência de tec­ cido pela GENERAL SOFT.
nologia, tanto de produtos quanto de produção, com Segundo os professores Cláudio Afonso Fleury e llton
a Daewoo Electronics. Com esta parceria, a empre­ Luis Barbacena, que estiveram na Escola SENAI
sa passa a fabricar no Brasil, com exclusividade, a “Anchieta” para realizar 0 treinamento do BASIC Stamp,
linha de monitores disponibilizados em todo o mun­ esta ferramenta vem preencher uma lacuna existente em
do pela empresa coreana. pequenos sistemas de controle, não contemplados por
A Daewoo Electronics é hoje o 8 .0 maior fabri­ CLP’s e microcontroladores convencionais, devido ao seu
cante de monitores do mundo e um dos três maio­ baixo custo e facilidade de implementação.
res da Coréia. A empresa faz parte da Daewoo Destacaram também a importância do trabalho de
Corp. que, embora seja conhecida no Brasil como divulgação tecnológica que a REVISTA SABER e o SENAI
fabricante de automóveis, tem atuação diversificada, “Anchieta" vem realizando. As primeiras turmas devem
160 mil funcionários em todo 0 mundo e um anunciar no mês de Novembro próximo.
faturamento de US$ 74 bilhões previsto para 1 996.
Já a Videocompo há 14 anos vem concentrando Maiores informações pelo telefone (062) 223-1232
sua atuação em revendas, integradores de siste­ Ramal 140, ou pelo correio eletrônico: ilb@etfgo.br, ou
mas e VARs, que hoje representam 70% de sua ainda pela home page:http://www.efgo.br.
produção, os 30% restantes são dedicados a fabri­
cação de monitores em sistemas de O&M. A empre­
sa cresceu 40% no último ano e tem faturamento
previsto de US$ 40 milhões para 1 996.
De acordo com Carlos Rettmann, diretor da YANCO LANÇA MOUSE
Videocompo, 0 acordo não trata somente da fabri­ COM TECNOLOGIA ÓPTICA
cação dos monitores Daewoo no Brasil. “Mais que
Isso - diz - a Videocompo estará adotando aqui 0 A Yanco Tecnologia, empresa nacional fabrican­
mesmo sistema produtivo utilizado pela empresa na te de acessórios para informática, lançou recente­
Coréia, 0 que representa significativos ganhos de mente 0 mouse Yanco Optic. Esse novo modelo irá
produtividade”. Estes ganhos já representam um substituir 0 mouse YCX39, fabricado pela empresa
investimento de R$ 1,5 milhão ao longo do último há dois anos.
ano e previsões de mais R$ 2,5 milhões nos próxi­ A principal vantagem do Yanco Optic é que ele
mos dois anos. utiliza tecnologia semi-óticas, 0 que proporciona uma
vida útil três vezes maior do que a dos mouses
convencionais de tecnologia mecânica. Seu coefici­
ente de leitura de feeling de movimentação, calcula­
do a partir da capacidade de leitura do encoder e do
ESCOLA TÉCNICA FEDERAL
diâmetro do eixo de contato é um dos maiores do
mercado mundial.
A Escola Técnica Federal de São Paulo está patroci­
Além disso, para eliminar a entrada de sujeira,
nando, entre 7 e 10 de outubro, uma série de palestras
principai problema dos mouses disponíveis no mer­
proferidas por especialistas altamente credenciados nas
cado, foram adicionados dois novos dispositivos:
suas respectivas áreas de atuação:
roletes de material anti-retensor e leitura dos movi­
REDES LOCAIS
mentos através de raios infra-vermelhos, sem ne­
MULTIMÍDIA
nhum contato físico. “A diferença de leitura é tão
TELEFONIA
grande quanto a diferença existente entre uma vitro­
CABEAMENTO ESTRUTURADO
la e um CD Player” , afirma Bob Yang, responsável
NOVAS TECNOLOGIAS EM TV
pela divisão de informática da empresa.
INTERNET
O preço do Yanco Optic é outro grande diferen­
Este ciclo deverá ser repetido, oportunamente, razão
cial. O novo mouse da Yanco deverá chegar às
pela qua! sugerimos aos interessados que solicite maio­
mãos do consum idor por cerca de R$ 15 a
res informações diretamente à Escola Técnica Federal de
R$ 20,00, exatamente 0 mesmo preço do YCX39.
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44 SABER ELETRÔNICA N? 285/96


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ESTADO DA ARTE LANÇA NO PAÍS
O NTT - Núcleo de Treinamento Tecnológico -
O PRIMEIRO PROJETOR MULTIMÍDIA
realizará, no período de 7 a 9 de novembro, no Rio
COM NOVA TECNOLOGIA DLP
de Janeiro, o seu XVIII curso sobre Instrumentação
& Controle.
A Estado da Arte está lançando no mercado
brasileiro o DP 4 100, primeiro modelo de uma O curso se destina a engenheiros ligados à
família de projetores integrados a utilizar a nova área de automação industrial. Maiores informa­
tecnologia Digital Light Processing, que traz vanta­ ções podem ser obtidas pelos telefones
gens em relação aos atuais equipamentos em cris­ (021) 325-9942
tal líquido de matriz ativa (LCD), (021) 431-1470
O novo projetor usa alguns dos mais recentes
avanços da área de óptica fina para gerar imagens
de tom contínuo, eliminando quase completamen­
te o efeito de pixelização (pontos na formação da
MICROTEC DIGITAL LANÇOU NOVO
textura projetada) e produzindo o efeito photo-
SERVIDOR PARA ACESSO CONTÍNUO
realistic - onde fotos, ilustrações e textos ganham
plena uniformidade e realismo de cores. Para tan­
A Microtec Digital lançou na Comdex (que aconte­
to, o DP 4 100 se utiliza de centenas de milhares
ceu em setembro, em São Paulo) um novo modelo de
de pequenos espelhos com distâncias microscópi­
servidor da família Prioris. Trata-se do Prioris ZX 6 200
cas entre si, que abrem e fecham centenas de
MP, servidor que traz características avançadas de
vezes por segundo para gerar imagens.
escalabilidade, tornando-se ideal para aplicações intensi­
Através do acessório Media Express, disponí­ vas e de acesso contínuo em grandes redes, já que está
vel em disquete ou para instalação em disco rígi­
preparado para trabalhar 24 horas por dia. O novo equi­
do, é possível capturar apresentações feitas em
pamento oferece multiprocessamento simétrico, supor­
qualquer software - como FreeLance e Power Point,
tando até quatro processadores Pentium Pro de 200 Mhz.
que incluem gráficos, planilhas e textos - e
O Prioris ZX 6 200 MP possui controladora de disco
transportá-las através de disquete para o DP PCI Wide SCSI e PCI RAID, além de controladora de
4 100, dispensando assim o uso do computador disco Enhanced IDE e controladora de vídeos SVGA.
durante as apresentações. Para garantir a segurança e o rendimento em grandes
O Media Express, é o único capaz de capturar volumes de dados, o servidor incorpora recursos de tole­
os arquivos mantendo a resolução e qualidade das rância a falhas, como RAID e troca de discos “hot swap”
telas originais. (a quente). Este recurso permite que o usuário troque
Permite ainda alterar a ordem de exibição, eli­ discos com a máquina em funcionamento e sem interrup­
minar telas específicas e produzir efeitos especi­ ção dos trabalhos das estações ou do próprio servidor. O
ais, entre outros. equipamento apresenta gerenciamento remoto, fontes re­
Outro acessório opcional é o LightBoard, que dundantes, até 2 GB de memória ECC e grande flexibili­
possibilita ao palestrante fazer anotações, subli­ dade de expansão EISA/PCI.
nhar e grifar diretamente na tela projetada durante A linha Prioris está certificada para os principais
a apresentação, já na ausência do computador. sistemas operacionais do mercado como Novell, Windows
O DP 4 100 possui uma lâmpada - em metal NT, SCO Unix etc e oferecem três anos de garantia
halide de 270 watts - especialmente desenhada internacional e atendimento on-site. O novo modelo traz o
para distribuir a luminosidade (350 ANSI Lumens), software ServerWorks, para gerenciamento e monitoração
que no acaso de imagens monocromáticas pode total dos servidores e da rede, incluindo agentes SNMP.
chegar a 1 200 ANSI Lumens) uniformemente em Para facilitar ainda mais a instalação e configuração des­
todos os pontos da tela projetada, permitindo que tes servidores, a digital oferece também junto com o
as apresentações sejam realizadas com as luzes ServerWorks, o software Quick Launch, que auxilia a
em qualquer ambiente de uma empresa. O contro­ instalação dos sistemas operacionais Windows NT, Novelli
le remoto, que opera tanto o DP 4 100 quanto o e Unix nos servidores Digital Prioris. Como item opcional,
computador, pode exibir suas funções na tela, me­ pode ser agregado o Kit de Gerenciamento Remoto que
moriza ajustes - cor, brilho, contraste, entre outros inclui hardware e software necessário para gerenciamento
- e possui um mouse sem fio incluso. total dos servidores Prioris através de outra localidade
física.

SABER ELETRÔNICA N? 285/96 45


| i E | r a u i n r K Os Modems podem ser instalados com fa-
cilidade em qualquer computador. Os lei­
tores, ta n to os que pretendem se
profissionalizar como os que desejam
aprender a mexer em seu próprio compu­
tador devem saber como instalar um

INSTALANDO modem. Se bem que os manuais sejam


bastante detalhados em alguns casos, o

UM MODEM fato de serem escritos em inglês e às ve­


zes omitirem alguns pontos críticos pode
trazer dificuldades aos menos avisados. Se
é a primeira vez que o leitor instala um
modem, ou se pretende fazer isso pela
primeira vez é interessante ler este artigo.
'& T a y a . v,,- H :h.. i ;.v-_l t t ’«i.7

Conforme explicamos no artigo gado em outro, onde pode ser usado seriais os dados paralelos que de­
da revista anterior, os tipos principais com facilidade. Se você trocar de vem ser transmitidos.
de modems encontrados nos PCs equipamento, poderá simplesmente As velocidades variam, mas os
são os internos e os externos. O prin­ desligar o modem e ligá-lo no novo tipos mais usados atualmente são
cípio de funcionamento dos dois é o equipamento. os de 14 400 bps e 28 800 bps (al­
mesmo, apenas diferindo sua insta­ Já, os modems internos consis­ guns indicam velocidades maiores,
lação e a sua apresentação. tem em placas que são encaixadas mas que no fundo são resultado dos
Os modems externos são monta­ nos slots ISA e que, ao serem pre­ programas de compressão de dados
dos em caixas apropriadas e ligados sos por meio de parafuso expõe na que usam). Quando o modem funci­
ao PC por meio de conectores exter­ parte traseira do PC os conectores ona como fax a velocidade usada é
nos. A linha telefônica e eventualmen­ de ligação da linha telefônica e do de 9 600 bps.
te o telefone que vai ser usado para próprio telefone. (Fig. 02) Normalmente, os modems são
transmissão da voz são ligados em Nos dois casos a função do acompanhados de programas de ins­
plugues, conforme mostra a figura 1. modem já foi explicada na edição an­ talação que preparam seu computa­
A principal vantagem deste tipo de terior: transformar em paralelos os dor para tra b a lh a r com ele, c o ­
modem é que ele pode ser facilmen­ dados que chegam serialmente pela nectando BBS, a Internet e funcio­
te desligado de um equipamento e li­ linha telefônica e transform ar em nando como fax.

46 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


No entanto, estes programas não
fazem tudo, e você precisa informar
seu PC de que um novo dispositivo
está sendo instalado. à linha telefônica

Modem
MEXENDO NO SETUP interno

ao telefone
Os dispositivos que estão ligados
à unidade de sistema ou que a CPU
deve controlar, devem ser reconhe­
cidos pelo seu com putador, pois
caso contrário, eles não funcionarão.
As informações sobre os drives,
sobre a Winchester e memória assim
como qualquer dispositivo que deva Fig. 2 - Um modem interno.
funcionar em seu computador ficam
armazenadas num programa denomi­ o modem interno que o leitor terá pro­ O PC entra então no SETUP
nado SETUP. blemas. apresentando um menu. Escolha o
Neste programa temos a indica­ Se você comprou um modem de modo avançado (advanced).
ção das portas de comunicação serial 14 400 ou 28 800 da U.S. Robotics, A tela deste modo é mostrada na
(COM1 a COM4) que devem ser por exemplo, e depois de instatalá-lo, figura 3.
ativadas para que os dispositivos ex­ ao tentar rodar o programa de teste Conforme podemos ver, a porta
ternos (ou internos) que sejam liga­ receber a mensagem: COM1 está indicada como ativada. Se
dos a elas possam funcionar. a porta COM2 estiver indicada como
Assim, por exemplo, se você usa “No Modem detected” desativada você deve mudar esta con­
um mouse no seu PC é preciso infor­ figuração.
mar ao com putador que ele está Isso é sinal que o seu PC não está Uma vez que o SETUP tenha sido
usando a porta COM1. Isso é feito “achando” o modem pois seu SETUP alterado, o modem já estará sendo
ativando esta porta no SETUP. Se não foi informado de sua presença. reconhecido. Neste ponto é muito im­
isso não for feito, o seu PC deixa de portante ter lido todo o manual de
reconhecer o mouse e ele não funci­ Como Alterar o Setup: configuração de modo a se verificar
ona. Normalmente a porta COM1 é que todos os parâmetros exigidos
■É claro que além de indicar ao usada pelo mouse ficando a porta para seu funcionamento estão ajus­
computador que a porta COM1 está COM2 reservada ao modem. Assim, tados.
ativada, é preciso “carregar” o mouse, quando você instalar seu modem, ro­ Uma velocidade de transmissão
ou seja, rodar um programa drive que dando o programa depois de fazer as mal ajustada por exemplo, pode cau­
coloca em ação este periférico. ligações externas ou instalar a placa, sar problemas de funcionamento.
No Windows, o mouse é carrega­ ele vai lhe informar que está usando
do todas as vezes que o programa é a porta COM2 e a IRQ3.
rodado, o que significa que o usuário A interrupção IRQ3 é a que nor­ PROBLEMAS DE LINHA
não tem muito com que se preocu­ malmente se escolhe quando se usa
par. No entanto, em alguns casos, a porta COM2. Ela vai determinar a Se bem que a faixa passante de
quando rodamos outros programas e ordem de prioridade com que o seu uma linha telefônica seja de 2 700 Hz
não incluímos o mouse quando ele é modem pode acessara CPU. e que os modems tenham sido proje­
carregado, é preciso chamá-lo. Isso Uma vez que seu PC confirmou tados para usar esta faixa, suas ca­
é feito digitando-se simplesmente que a COM2 e a IRQ3 foram utiliza­ racterísticas individuais podem vari­
“MOUSE” no prompt do DOS. das, mas ao rodar o programa de tes­ ar bastante.
Evidentemente, carregar ou não te, clicando no ícone corresponden­ Assim, se o par de fios que sai do
carregar um mouse com determina­ te, ele nega a existência do modem, cabo principal da empresa na rua ti­
dos programas, depende exclusiva­ então você deve sair e ir ao SETUP. ver de percorrer uma grande distân­
mente de cada usuário. Para isso proceda do seguinte cia até sua casa ou ainda, dentro de
Para o Modem, ocorre o mesmo. modo: sua casa até chegar ao local em que
Se não informarmos ao SETUP Desligue seu PC e ao ligá-lo, está o telefone, você pode estar di­
que a porta COM2, por exemplo, está quando ele lhe der a mensagem que ante de uma linha ruidosa.
sendo usada ceio Modem, ele não permite o acesso ao SETUP, faça-o. As linhas deste tipo funcionam
“carrega” e portanto não funciona. Na maioria dos PCs isso é consegui­ como verdadeiras antenas captando
Não adianta rodar todos os pro­ do apertando-se <DEL> logo depois todo o tipo de ruído, algumas até cap­
gramas que acomcar ham a placa ou de ligar o computador. tando sinais de estações de rádio

SABER ELETRÔNICA N= 285 96 47


IB Advanced Setup ■ O SIGNIFICADO DOS LEDs
INDICADORES

Typem atic Rate (Chars/Sec) D is a b le d f Os MODEMs externos podem


System Keyboard P re se nt usar uma série de LEDs indicadores
P rim a ry D is p la y VGA/EGA para mostrar o que ele está fazendo
Above 1 MB Memory T e s t D is a b le d ou o que está acontecendo. Se bem
Memory T e s t T ic k Sound Enabled que, dependendo do tipo e da marca
Extended BIOS RAM Area 0:300 possam haver pequenas diferenças
W ait f o r " f l " i f Any E r r o Enabled X
quanto ao significado das mensagens
desses LEDs elas são basicamente
as seguintes:

LED: AA
Fig. 3 - A tela do SETUP (modo avançado). Denominação: Auto Answer
Descrição: O Modem responde
potentes que estejam próximas. Isso liberdade quanto ao tempo de uso, é quando o telefone toca.
significa que, dependendo do local ter uma linha somente para o modem,
em que você está ou ainda do telefo­ mas é impraticável para a maioria das LED: CD
Denominação: Carrier Detect
ne que você conecta para enviar da­ pessoas, já que estamos num país
Descrição: Este LED acende
dos, a velocidade máxima pode não com déficit de linhas telefônicas. Isso quando o Modem detecta a presen­
ser alcançada. significa que tendo de compartilhar ça de outro Modem.
Em princípio, depois de instalar a linha com outras pessoas progra­
um modem e testá-lo, você ao fazer me seu uso e avise quando estiver LED: DC
uma transmissão constatar que a ve­ conectado para não correr o risco de Denominação: Data Compression
locidade usada não é máxima, pois perder dados quando alguém inad- Descrição: Este LED indica a com­
pressão de dados.
houve um “fali back” você não pode vertidamente tirar o telefone do gan­
dizer se o problema é da sua linha ou cho numa extensão. LED: EC
da linha conectada. Denominação: Error Control
O fa li back é o recurso que o Descrição: O acendimento deste
modem tem para se ajustar à veloci­ PROTEÇÃO DO SISTEMA LED indica que o Modem pode de­
dade de transmissão que o outro PC tectar erros de transmissão.
pode receber. O seu modem tenta ini­ As linhas telefônicas são bastan­
LED: HS
cialmente se conectar com o outro na te sensíveis a problemas de descar­ Denominação: High Speed
velocidade máxima. Se isso não for gas atmosféricas. Estando ligadas ao Descrição: Indica que Modem
possível, ele vai reduzindo a veloci­ seu PC elas podem significar um ris­ opera em alta velocidade com 1 200
dade até conseguir encontrar uma em co adicional para a integridade de seu bps ou mais.
4
que a comunicação é possível. equipamento, principalmente nos dias1*'
Se você notar que o fali back ocor­ de chuva. LED: MR
Denominação: Modem Ready
re em todas as transmissões que você Se bem que nas entradas das pla­
Descrição: O Modem está pronto
faz o problema pode estar em sua li­ cas sempre existam proteções, nun­ para receber ou enviar dados.
nha, que não está conseguindo ope­ ca se sabe quando uma descarga
rar na velocidade máxima. mais forte ou muito próxima será ca­ LED: OH
Neste caso, será interessante dar paz de induzir uma tensão suficien­ Denominação: Off Hook
uma examinada na sua linha telefô­ temente elevada para danificar seu Descrição: Indica que o Modem “ti­
nica. Procure encurtar o acesso de computador. De fato, se esta descar­ rou” o fone do gancho.
seu PC a saída da linha, conectando ga passar pelas proteções da placa
LED: RD ou RX
por meio de fio curto ao local em que de modem ela pode atingir todos os Denominação: Receive Data
se tem acesso à linha. Evite puxar demais circuitos de seu PC, com Descrição: O Modem está trans­
uma extensão muito longa até o PC, danos irreversíveis. ferindo dados para o computador.
pois neste percurso pode haver a per­ Um procedimento bom para os
da de qualidade do sistema. usuários de PC que costumam desli­ LED: SD ou TX
Se não for possível trabalhar com gar da tomada de energia seus com­ Denominação: Transmit Data
Descrição: Os dados estão pas­
uma linha curta tenha cuidado na sua putadores ou ainda que usam toma­
sando do computador para o Modem.
instalação. Evite a sua passagem das com supressores é também des­
próximo a fios da rede elétrica que ligar a linha telefônica em dias de tem­ LED: TR
podem gerar ruídos, ou pior, dentro pestades. Veja que o supressor da to­ Denominação: Terminal Ready
dos mesmos canos que conduzam mada não protege o equipamento de Descrição: O modem está pronto
esses fios. Evidentemente, o melhor uma descarga que entre pela linha te­ para operar.
para se ter facilidade no uso e maior lefônica através do modem. ■

48 SABER ELETRÔNICA N? 285/96


REPARANDO
JOYSTICKS

que amoleceu repentinamente, que


não obedece mais aos controles o l
OS joysticks são usados amplamente em videogames e nos que simplesmente não funciona.
próprio PC para jogos. Este importante dispositivo de entra­
da pode apresentar diversos tipos de problemas, o que sig­
O QUE É O JOYSTICK
nifica que técnico deve conhecer seu princípio de funciona­
mento para poder fazer sua reparação. Neste artigo damos Um joystick comum tem a aparên­
cia mostrada na figura 1 e consiste
uma breve visão do princípio de funcionamento do joystick e
num d is p o sitivo de entrada de
o que podemos fazer para repará-lo. videogames ou do PC.
No PC este dispositivo tem ums
'T le tv ts u t ‘S to /y a função muito importante, pois evits
que o teclado, que é um dispositivc
de entrada mais delicado, seja usadc
Se bem que os joysticks tenham nomizar ao máximo tentando uma em jogos violentos ou muito rápidos
custos bastante acessíveis e até se­ reparação antes de comprar um novo,
o que além de incômodo pode cau­
jam dispositivos de duração limitada dada a limitação de suas mesadas! sar sua rápida deterioração.
(pela maneira algo violenta com que Assim, acreditamos que mais de Muitos jogos usam a barra de es­
são usados) existem casos em que a uma vez o técnico tenha sido procu­ paço para tiros e esta passa a sei
reparação pode ser feita. Na verda­ rado por jovens amantes de games usada repetidamente com muita ve­
de, são os usuários de pouca idade tanto no PC como videogames co­ locidade e força acabando por apre­
os que mais se preocupam em eco­ muns para “dar um jeito” num joystick
sentar defeito. E, o problema maior é
que este defeito não pode ser corrigi­
do facilmente, devendo normalmente
o teclado ser trocado.
Assim, a maioria dos usuários de
PC que utilizam jogos possuem
joysticks que têm o mesmo principie
de funcionamento dos joysticks de
videogame, se bem que tomadas e
circuitos internos sejam levemente
diferentes.
O joystick que tomaremos come
exemplo é o do PC.
Na figura 2 temos a estrutura
simplificada de um joystickde PC que

50 SABER ELETRÔNICA Ns 285/96


SERVICE
0 640 kB 1024 kB 8MB das informações analógicas produzi­
das para a forma digital é completa­
Memória Memória da por circuitos dentro do PC.
XM SeEM S j
convencional Superior

t
V PROBLEMAS DO JOYSTICK
Memória do DOS Fig. 02 - Estrutura simplificada.
A maioria dos problemas que ocor­
usa dois potenciômetros em ângulo, com que a leitura de posição dos dois rem com um joystick é de natureza
botões de tiro ou funções e um circui­ potenciômetros é feita e assim a po­ mecânica.
to integrado que processa as informa­ sição do manche em cada instante. O movimento forte e repetitivo aca­
ções. Como as ca ra cte rística s dos ba por desgastar as partes mecâni­
Os dois potenciômetros são acio­ potenciôm etros podem variar de cas que podem ter problemas.
nados simultaneamente pelo movi­ joystick para joystick, a maioria dos O problema mais comum é o rom­
mento do manche (alavanca de con­ jogos do PC possui opções de ajus­ pimento ou escape das molas de re­
trole). Assim, os seus ângulos de giro tes para este componente. torno, conforme mostrado na figura 5.
consistem numa combinação do mo­ Assim, quando você indica ao PC Quando uma destas molas arre­
vimento no sentido X e Y do manche que um determinado jogo vai usar um benta ou escapa o manche “amole­
fornecendo basicamente as coorde­ joystick ele pede para você ajustá-lo ce”. Evidentemehte, os potenciôme­
nadas de sua posição, conforme mos­ levando-o para posições extremas. tros continuam funcionando, mas o
tra a figura 3. Nesta operação ele determina quais controle dos jogos torna-se difícil e
Por exemplo, quando levamos o são as resistências que o potenciô- desagradável.
manche para frente e para a direita metro apresenta nos máximos e as­ A recolocação dessas molas é
os dois potenciômetros são girados sim a sua faixa de atuação de modo algo simples, se o leitor conseguir
de ângulos diferentes, resultando as­ que o jogo “funcione” corretamente. uma. Uma idéia interessante que já
sim em valores de resistência iguais Temos ainda os botões de tiro que ocorreu conosco, é g u ardar os
que correspondem à sua posição, consistem em simples interruptores joysticks quebrados de modo a apro­
conforme mostra a figura 4. de pressão. Alguns joysticks possu­ veitar partes, principalmente estas
Em outras palavras, para cada em uma chave de tiro automático. molas.
posição do manche dentro de seu pla­ Esta chave simplesmente liga um Assim, quando quebrou a mola de
no de atuação existem duas posições oscilador que pode ser um 74HC14P retorno de nosso segundo joystick,
diferentes dos potenciômetros que (um conjunto de seis inversores) cuja aproveitamos a mola que ainda esta­
correspondem às coordenadas do frequência depende de um resistor e va inteira no primeiro (que tinha sido
ponto em que está o manche. de um capacitor. abandonado) e fizemos a reparação.
Essas coordenadas devem ser A frequência vai determinar a ve­ Quando o problema é a quebra de
enviadas do joystick através de um locidade de repetição dos tiros quan­ partes plásticas a reparação pode ser
cabo e isso é feito de uma maneira do na posição automática (auto). tentada com colas fortes, se bem que,
muito simples. Conforme o leitor pode ver, o cir­ dependendo da função, nem sempre
Os potenciômetros são ligados di­ cuito eletrônico de joystick não tem isso resolva.
retamente à placa de jogos do PC que nada de complicado, pois as funções Se a parte quebrada for submeti­
possui os circuitos que convertem sua complexas que fazem a conversão da a muitos esforços, provavelmente
resistência diretamente nos valores
digitais que o computador precisa
para determinar a ação do jogo, ou
seja, a posição do manche.
Em outras palavras, o clock da pla­
ca de jogos determina a velocidade
RX=max.
RX=max. Rv=max.
Ry=0

RX=0
Ry=0

Fig. 3 - Resistências de X e Y
nas diversas posições extremas.

SABER ELETRÔNICA Ne 285/96 51


SERVICE
Os movimentos constantes e os O teste de acionamento dos bo­
próprios esforços podem acabar em tões pode ser feito de maneira sim­
puxões que rompem o cabo ou mes­ ples com a função de continuidade
mo afetam o conector e conexões no bastando colocar a chave na posição
interior do próprio joystick. manual e m edir a resistência no
A verificação do estado do cabo e conector entre os pinos correspon­
do conector pode ser feita com um dentes, conforme mostra a figura 7.
multímetro na escala mais baixa de
resistência tomando por base o dia­ Para os potenciômetros, pode-se
grama típico mostrado na figura 6 em verificar se a resistência varia de
que damos o circuito. modo suave quando movimentamos
Ma figura 6 mostramos como deve o manche nas posições correspon­
ser feito o teste de continuidade de dentes aos extremos.
um cabo de joystick. Um ponto importante deste teste
Abrimos então o joystick e medi­ é que pode haver dificuldade em man­
mos a resistência entre as extremi­ ter fixa s pontas de prova do
a simples cola não vai resolver. Para dades dos fios que são usados. Ob­ multímetro no conector.
problemas mais complexos, em geral serve que não são todos os pinos os Para os técnicos que fazem este
não compensa fazer a troca de par­ usados na conexão mas apenas 6 (ti­ tipo de reparação com frequência é
tes pois tanto o trabalho como a pró­ picamente). in te re ssa n te te r na o ficin a um
pria dificuldade em se obter a peça
não valem o preço de um joystick novo
que já tem custos inferiores a R$
20,00. É claro que, se o joystick for
do tipo ultra-sofisticado, como alguns
que imitam painéis de naves espaci­
ais ou aviões e custam centenas de
reais, a reparação pode ser tentada.
É importante observar que se o
potenciômetro for trocado, ele deve
ser do tipo linear para que haja uma
correspondência adequada de posi­
ção e valor de resistência para a lei­
tura da placa de jogos.
Para o circuito integrado, a troca é
possível quando se constatar que ele
não oscila. Isso vai afetar apenas a
função “auto”, e é muito fácil verificá-
lo: um simples seguidor de sinais deve
encontrar um tom de áudio na saída
da chave auto.
Evidentemente, a verificação do
capacitor e do resistor deve ser feita
antes do circuito integrado, caso ele
não oscile.
Lembre-se que a alimentação po­
sitiva de 5 V do Cl é feita no pino
14 e o terra é feito no pino 5. Estes
pontos são importantes inclusive para
a verificação do cabo, que veremos a
seguir.

PROBLEMAS DE CABO

Sem dúvida, depois dos proble­


mas mecânicos, os problemas de
cabo são os m ais com uns nos
joysticks.

52 SABER ELETRÔNICA N2 285/96


SERVICE
conector fêmea de joystick\á com fios
soidados para testes, conforme mos­
tra a figura 8.
Uma sugestão para os leitores
habilidosos consiste em se fazer um
circuito de teste autom ático para
joystick usando o multímetro, LEDs
indicadores de modo a facilitar o tra­
balho do técnico. Se algum leitor qui­
ser desenvolver este projeto teremos
o máximo prazer em publicá-lo nesta
revista.

CONECTOR PARA
DOIS JOYSTICKS

Um tipo de trabalho que o técnico


pode ter é o de fazer a adaptação de
dois joysticks para operarem numa
entrada de game de um PC.
Se bem que seja um trabalho mui­
to simples que mesmo o usuário pode
fazer, existem os casos em que os
usuários não gostem ou não saibam
como proceder.
Para fazer a adaptação de dois
joysticks numa entrada o técnico deve
comprar nas casas especializadas em
m aterial para com putado res um
adaptador que consiste num cabo em
“Y” com as ligações mostradas na fi­
gura 9. que vão ser usados (fêmeas) e de­ caixinha plástica bem fechada de
Se o técnico não encontrar este pois um conector DB-15 macho que modo a proteger as diversas cone­
adaptador ou se seu cliente se quei­ se encaixe na entrada do PC. xões e evitar curtos.
xar que não o encontra e pedir para As ligações podem ser feitas com Observe pelo diagrama que os
que você faça algo é simples. fios comuns conforme mostramos na joysticks não são ligados em parale­
Basta comprar dois conectores figura 9. Se o técnico for habilidoso lo, mas passam a ter entradas inde­
DB-15 que se adaptem aos joysticks pode montar os conectores numa pendentes no PC. ■

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SABER ELETRÔNICA Ns 285/96 53


APRENDA A USAR O
OSCILOSCÓPIO
SERVICE

A finalidade básica de um oscilos­


cópio é permitir a visualização das
formas de onda de sinais, obtidas di­ Um problema grave que ocorre com a venda de certos ins­
retamente a partir de circuitos eletrô­
nicos. trumentos eletrônicos é que eles não são acompanhados de
O osciloscópio consegue isso fa­ manuais que possam ser considerados acessíveis. Na ver­
zendo com que um feixe de elétrons dade, além de muitos desses manuais serem falhos na pró­
trace na teia de um tubo de ráios
pria edição original, as traduções são mal feitas contendo
catódicos uma imagem deste sinal,
conforme mostra a figura 1. erros e omissões que dificultam bastante o uso pelo compra­
Para que tenhamos a visualização dor. Este é o caso de osciloscópios que nem sempre podem
da forma de onda, devem entrar em
ser usados a partir do manual, exigindo do comprador uma
jogo dois tipos de sinais.
O primeiro sinal é aquele que de­ boa experiência prévia com o instrumento. Neste artigo va­
sejamos visualizar e que normalmen­ mos dar algumas “dicas” simples para os técnicos que ad­
te é aplicado num circuito que defle- quiriram seu primeiro osciloscópio ou que não tenham expe­
xiona o feixe de elétrons no sentido
vertical, ou seja, ele oscila para “bai­ riência alguma e desejam adquirir um.
xo e para cima” segundo o padrão
deste sinal.
O segundo sinal desloca o feixe
da esquerda para a direita de modo a nominado varredura (da esquerda para enquanto que, se for muito fraco, a
não termos simplesmente uma linha direita), conseguimos visualizar dois imagem pode ficar muito pequena.
vertical, mas uma visualização “no ciclos completos, conforme mostra a Assim, outros controles importan­
tempo" conforme mostra a figura 2. figura 3. É claro que o osciloscópio tes são os que ajustam as amplitu­
É a combinação correta das fre­ não possui apenas ajustes da des dos sinais.
quências dos dois sinais que permite frequência de varredura que deve ser Temos ainda outro controle impor­
obter uma imagem ideal do que de­ escolhida conforme a frequência do tante a ser considerado: se o sinal
sejamos ver. Assim, por exemplo, se sinal que deve ser visualizado. Se visualizado não tiver uma frequência
o sinal que desejamos visualizar tiver qualquer dos dois sinais (varredura e que seja um m últip lo exato da
duas vezes a frequência daquele que visualizado) for muito intenso, a ten­ frequência do sinal usado para a var­
provoca o movimento horizontal, de­ dência é que a imagem “saia da tela” redura, a imagem não sincroniza.
O resultado disso é a produção de
uma imagem instável ou ainda forma­
da por múltiplos traçados, conforme
mostra a figura 4.
Assim, os osciloscópios possuem
um ajuste de chaveamento do sinal
para que a frequência da varredura
se desloque levemente de modo a
sincronizar a imagem e assim ser
obtido um traçado único para o feixe
de elétrons. Muitos osciloscópios
destinados ao trabalho em Service de

56 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


SERVICE
do com uma falsa indicação de pro­
blema.
Os osciloscópios possuem pontas
de prova especiais que evitam a cap­
tação de ruídos capazes de afetar a
forma de onda do sinal que vai ser
observado. Da mesma forma, estas
pontas são de baixa capacitância de
modo a não alterar a forma de onda
do sinal. Uma capacitância parasita,
como de um fio longo, altera a cons­
tante de tempo do circuito e com isso
a forma de onda do sinal que vai ser
observado.
O osciloscópio deve ser ligado
conforme mostra a figura 6.
O cabo de entrada de sinal deve
ser ligado à entrada vertical (V). Isso
significa que os sinais aplicados a
esta entrada vão deflexionar o feixe
de elétrons que produz a entrada,
para cima e para baixo.
O pólo vivo da entrada vai ligado
diretamente ao ponto onde está o si­
nal que desejamos observar. Para
esta finalidade as pontas de prova são
dotadas de pequenos ganchos que
televisores possuem circuitos que de ondas em circuitos diversos como facilitam sua conexão usando uma
sincronizam os sinais diretamente televisores, transmissores, oscilado- área mínima exposta. Isso minimiza
com os circuitos do equipamento ana­ res, amplificadores, etc. a possibilidade de se captar zumbi­
lisado. dos que possam afetar a forma de
Assim, fica muito mais fácil obser­ onda do sinal observado. A garra ja­
var sinais do circuito horizontal de um COMO LIGAR O OSCILOSCÓPIO caré que vai ligada à blindagem do
televisor se o sincronismo da imagem NUM EQUIPAMENTO EM TESTE fio de entrada deve ser ligada à mas­
do osciloscópio for obtido diretamen­ sa ou terra do aparelho em que se
te do oscilador horizontal do televisor Os osciloscópios são como os está observando a forma de onda.
analisado. multímetros: devem ser ligados com Veja que este ponto do cabo está
Da mesma forma, fica muito mais cuidado nos circuitos analisados, pois bem próximo da ponta de modo a se
fácil analisar um circuito de deflexão se as tensões encontradas forem obter o maior efeito de blindagem pos­
vertical de um televisor se o oscilos­ muito altas, podem ocorrer problemas sível e assim minimizar a possibilida­
cópio for sincronizado por seu sinal. de sobrecarga. Da mesma forma, se de de captação de zumbidos.
Existem então controles que per­ o osciloscópio for ligado de forma Uma vez feita a conexão do
mitem levar a imagem ao ponto ideal indevida num circuito ele pode afetar osciloscópio ao aparelho em prova,
conforme a frequência do sinal anali­ a forma do sinal que vai ser observa­ antes de ligar o osciloscópio e o pró-
sado, sua intensidade e também sua
origem.
Sabendo usar estes controles, fica
fácil para o técnico observar formas

SABER ELETRÔNICA N2 285/96 57

V
SERVICE
tela um sinal de 1 GHz. Se o tempo
for de 10 ns, que normalmente é o
menor que encontramos nos oscilos­
cópios comuns, a frequência do sinal
que resultará na visualização de um
ciclo completo será de 100 MHz.
Veja então que o tempo de varre­
dura deve ser tanto menor quanto
maior for a frequência do sinal que
deve ser visualizado.
É claro que, se o técnico tiver dú­
vidas quanto ao valor exato da fre­
quência, pode ir aumentando a varre­
dura até obter uma visualização da

r ,
^ ,ov/d
forma de onda de acordo com o dese­
jado. Na figura 9 mostramos o que
•• ocorre quando passamos de um tem­
v Sensibilidade
representa 10 V j / X 7X l 2 divisões = 20 V po muito grande de varredura para o
\z \ J tempo idea! e depois para um tempo
menor do que o ideal na visualização
da forma de onda de um sinal.
L__ ■ J O ajuste do gatilhamento (trigger)
Fig. 7 - 0 ajuste de sensibilidade determina o número de volts por divisão. pode ser necessário para se obter
uma imagem parada (estável).
prio aparelho em prova devemos ob­ forme mostra a figura 8. O técnico Normalmente, o gatilhamento do
servar o seguinte: deve estar apto então a saber esco­ sincronismo é feito de modo seme­
Se não tivermos idéia da intensi­ lher o melhor tempo de acordo com a lhante ao usado em televisores.
dade do sinai que existe no ponto frequência. A passagem do sinal por um de­
analisado, devemos ajustar o ganho Assim, um milissegundo (1 ms) te rm in a d o nível faz com que o
do osciloscópio para o mínimo, ou significa que o tempo para a varredu­ oscilador interno seja gatilhado, pro­
seja, "mais volts por divisão”. ra completa do sinal é de 1 milésimo duzindo então seu sinal. Isso garan­
O que ocorre, conforme mostra a de segundo e que portanto uma te que a frequência de varredura seja
figura 7, é que a intensidade do sinal frequência de 1 quilohertz (1 kHz) terá um valor múltiplo da frequência do
vai determinar quantas divisões da seu sinal observado num ciclo com­ sinal que deve ser observado e com
tela sua imagem ocupa. pleto. Se o sinal observado tiver fre­ isso seja obtida uma imagem estável.
Por exemplo, se um sinal tiver 20 quência maior, teremos a possibilida­ Um tipo de gatilhamento pode ser
volts de amplitude e o osciloscópio for de de observar mais de um ciclo com feito com a passagem do sinal por
ajustado para apresentar 10 volts por este tempo de varredura. zero (zero Crossing detector), confor­
divisão, o sinal em questão vai ocu­ Por exemplo, um sinal de 5 kHz me mostra a figura 10.
par duas divisões em sua amplitude terá 5 ciclos visualizados quando o Assim, o início de um ciclo de var­
máxima. tempo escolhido para a varredura for redura é determinado pela passagem
Se o osciloscópio tiver sido ajus­ de 1 ms. do sinal pelo ponto de zero volt.
tado para uma sensibilidade de 1 volt Para uma varredura de 1 ps (1 Outro caso importante é aquele
por divisão e o sinal tiver 100 volts de microssegundo) temos um tempo em que o gatilhamento é externo,
amplitude, evidentemente a tela não 1 000 vezes menor, o que nos leva à obtido do próprio circuito que está
tem 100 divisões e a imagem “cai fora” visualização de sinais 1 000 vezes sendo analisado.
da tela. Se não souber qual é a inten­ mais rápidos. Assim, com este tem­
sidade do sinal, comece por um valor po, é possível colocar na tela um ci­
alto e depois vá reduzindo até que a clo completo de um sinal de entrada
imagem caia confortavelmente den­ de 1 MHz.
tro da tela de modo que você possa Um sinal de 5 MHz com um tem­
observá-la. po de varredura de 1 ps terá
O outro ajuste que devemos fazer visualizado 5 ciclos completos.
antes de ligar o aparelho em teste é Para um tempo de varredura de
o da frequência de varredura. 1 ns (1 nano segundo), aumentamos
Normalmente, nos osciloscópios a frequência dos sinais que podem
comuns a varredura (sweep) é ex­ ser vistos outras 1 000 vezes.
pressa, não em termos de frequência Asáim , uma varredura de 1
mas sim em termos de tempos, con­ nanossegundo nos permite colocar na

58 SABER ELETRÔNICA Ns 285/96


SERVICE
Passagem do sinal por zero

Tempo de varredura Tempo de varredura Tempo de varredura


muito curto (1 ms) bom (1 ms) muito longo (100 ms)
Fig. 9 - Encontrando o tempo de varredura ideal para um sinal qualquer.
Fig. 10 - Gatilhamento na passagem por zero.

OUTROS AJUSTES portantes para se ievar esta imagem função é especialmente importante.
ao centro da tela. Nas saídas serial e paralela, não te­
Evidentemente, os osciloscópios Nas medidas de tensão e frequên­ mos sinais de frequências fixas, o que
possuem outros ajustes que devem cia feitas pelo osciloscópio o posicio­ significa que somente com este recur­
ser observados para se ter uma ima­ namento horizontal e vertical são im­ so é possível analisar as transições
gem correta. portantes para se levar à centraliza­ dos sinais.
O ajuste de brilho e foco são sim­ ção da imagem e ao enquadramento
ples de se entender. nas divisões de referência de modo a
Através do controle de brilho ajus­ se obter uma leitura precisa. QUE OSCILOSCÓPIO COMPRAR
tamos a luminosidade do traço na tela Na figura 12 mostramos o que
de modo que sua visualização seja ocorre quando atuamos sobre estes Para trabalhar em aparelhos de
confortável de acordo com a luz am­ controles. TV, computadores e equipamentos de
biente. Para um ambiente mais claro, Os osciloscópios mais completos som, osciloscópios de 40 MHz ou
precisamos de um brilho maior. possuem ainda controles especiais mais são perfeitamente adequados
O foco, por outro lado, ajusta a lar­ que permitem obter um “zoom” de para a maioria das tarefas.
gura do traço obtido para a imagem. uma parte do sinal projetado e até O que ocorre é que mesmo haven­
Um foco desajustado produz uma mesmo de memorizar a forma de do frequências mais altas em muitos
imagem “borrada”. onda de um sinal, o que se torna in­ dos circuitos analisados, normalmen­
Na figura 11 mostramos o que teressante na análise de pulsos de te elas ocorrem em partes em que a
ocorre com um ponto de imagem pro­ curta duração. observação de sua forma de onda não
duzido pelo feixe de elétrons quando O controle de zoom permite au­ é tão importante.
não está sendo deflexionado, com o mentar um pedaço do sinal de modo Assim, apenas no seietor encon­
ajuste de foco no ponto certo e no que pequenas variações possam ser tram os fre q u ê n cia s acim a dos
ponto errado. observadas. 50 MHz, o que significa que, a não
Os ajustes de posicionamento ver­ Isso é interessante quando dese­ ser que desejemos um detalhamento
tical e horizontal da imagem, são im- jamos ver o que acontece no alto de do que ocorre neste circuito, um
um pico de tensão, conforme mostra osciloscópio de resposta maior será
a figura 13. necessário.
O “congelador de imagem” funci­ Também deve ser observado que
ona do mesmo modo que no caso de num osciloscópio de 40 MHz pode­
um aparelho de vídeo-cassete. Pode­ mos observar sinais de frequências
mos usar este controle quando dese­ mais elevadas. Apenas ocorre que
desajustado ajustado jamos anaiísar um pulso de curta du­ este é o limite para uma observação
Fig. 11 - O ajuste de foco. ração, pois eie desaparecería imedi- precisa.
atarnente da tela, não dando tempo Se o leitor é um profissional da
para observação. Na anáüse de for­ eletrônica somente começando a usar
mas de onda de um computador esta é que vai perceber quanto ele é útil.H

SABER ELETRÔNICA N“ 285/96 59


GOLD DETECTOR
UM DETECTOR DE METAIS VERSÁTIL

'3e*t&dcta Jew ievui de S w tfa ,

O detector que vamos descrever é de gran­


de utilidade para procura de objetos. Sua princi­
pal característica é de detectar metais terrosos
e não terrosos. Possui grande sensibilidade, bai­
xo custo e pequenas dimensões.
Você pode ficar rico procurando anéis, cor­
rentes ou jóias de ouro na praia ou pepitas no
garimpo. Quem sabe você não encontra uma
com mais de um quilo?
Seu circuito é baseado em um Cl. LM565 um
Phase Loked Loop o qual possui uma fonte de
corrente constante T2 e T 3, um circuito amplifica­
d o r!^ e T 5e um circuito oscilador ColpittsTr que
oscila em 100 kHz.
L, é a bobina de procura, deve ser enrolada
em um material isolante de 21,5 cm de diâmetro
com 30 espiras de fio 26, ligada ao circuito com
fio blindado, e presa a um suporte para facilitar o
manuseio. Sua indutância é de 500 pH.
O trimpot Rs deve ser ajustado na frequência
de captura ou seja; a frequência nos pinos 4 e 5
deve ser a mesma do oscilador no supridouro de
T1em torno de 100 kHz. Todos os ajustes devem
ser feitos com L, longe de qualquer objeto metá­
lico.
Medir sobre R8em torno de ,55 V no ponto de
captura. A corrente através de Rôdeve ser de 2,5
mA.
O microamperimetro deve ser com zero cen­
tral e ± 100 pA de deflexão total. Aproximando L,
de um metal ferroso a frequência diminui e a
deflexão é para o lado direito, com um metal não
ferroso a deflexão é para esquerda dependendo
da polaridade de Mr O potenciômetro R)2 linear
com chave S,, ajusta o ganho, e deve estar no
painel junto com M.. O trimpot R9 ajusta o pontei­
ro no zero ce n tra l, depois de aju sta d a a
frequência.
Os capacitores devem ser de poliéster
metalizado e os resistores de metal filme com
tolerância de 1%. Os materiais são facilmente en­
contrados nas lojas de materiais eletrônicos.
A alimentação pode ser com oito pilhas pe­
quenas em dois suportes de quatro pilhas cada
ligadas em série para dar 12 V.c.c.

SABER ELETRÔNICA NQ285/96


62 SABER ELETRÔNICA Na 285/96
TIMER REGULÁVEL 0 A 3 Hs
* d u íf ZcCuanda P
‘ cvu U ttt *7%<ri<c/uid&

Este projeto de Timer, tem como ocorrer, o circuito volta para seu es­ rização (ligar após o tempo ou desli­
finalidade principal, qualquer utilida­ tado de repouso. gar após o tempo). Feito isto basta
de que necessite de um acionamento O push-button indicado no esque­ pressionar o botão de start para que
ou desacionamento de um dispositi­ ma tem a função de fazer o pulso ne­ o timer comece a contar o tempo.
vo elétrico após um tempo determi­ gativo no pino 2 através de um
nado, como por exemplo: rádios, TV's, aterramento ligeiro deste. Especificações:
ventiladores, e tc ... O transistor Q 1f é um BD 137 que -Tensão de alimentação da rede:
Consiste um projeto simples, de funciona como driver para aciona­ 110/220 V
extrema facillidade de construção e mento do relê caso este em alguma - Alimentação interna: 12 V.c.c.
aquisição de materiais. situação adversa necessite de uma - Potência máxima de saída: 2500 W
É um projeto prático e de simples corrente superior a 200 mA, que é a - Período de temporização: 0 a 3 h
manuseio, pois consiste apenas de corrente fornecida pela saída do 555.
uma caixa, que é ligada à rede elétri­ Com este drive, o relê tem disponibi­ Lista de componentes
ca e uma saída na qual será ligado o lidade de utilizar de uma corrente de
aparelho eletrônico. até 1 A. O resistor R2, foi colocado - 01 Cl 555
O circuito descrito é um timer a com a finalidade de reduzir a corren­ - 01 resistor 10 k£2
555, onde a temporização é feita por te na base do transistor, é um resistor - 01 potenciômetro 10 MC2
dois componentes externos: e Rt. de 1 k í l - 02 resistores 22 kQ
Seus valores são calculados através O capacitor C3 é recomendado - 01 relê 12 V .c.c./10 A - Metaltex
da equação: pelo fabricante para este tipo de ope­ - 02 capacitores 1000 pF x 16 V
ração. - 01 capacitor 100 nF
T= 1,1 x R, x C(, Para a alimentação do circuito é - 01 capacitor 10 nF
recomendado uma fonte, pois embo­ - 01 transistor BD 137
porém deve ser levado em conside­ ra o consumo do cirucito não seja alto, -01 Cl 7812
ração a especificação do circuito no se considerado a sua utilização de - 01 transformador 12-0-12 500 mA
que se refere a máximos valores de forma contínua durante a tempori­ - 02 diodos 1N4007
Ct e R(, que são na prática respecti­ zação, uma poderá esgotar-se antes - 01 push-button NA
vamente 1000 pF e 10 MQ, que re­ do término do tempo determinado. - 01 jack rede
sultam em uma temporização, má­ Para uso, basta ligar o aparelho - 01 plug rede
xima de 04:27 h. Neste tipo de cir­ na tomada, ajustar o botão de tempo - 01 chave H-H 110/220
cuito de temporização, o início do ci­ no período de temporização deseja­ - 01 chave 2 pólos 2 posições
clo é feito por um pulso negativo no do, selecionar o modo de tem po­ - 01 interruptor liga/desliga
pino 2 (triggei).
Porém para que haja estabilida­
de em nível alto no sinal do gatilho,
é necessário um resistor em série
com a alimentação para uma perma­
nência de tal pino em estado alto, e
consequentemente permitir um rápi­
do aterramento de tal pino. Este rá­
pido aterramento nada mais é que
um pulso negativo.
Quando é dado este pulso nega­
tivo, o capacitor inicia seu período
de carga através da resistência Rt.
Isto faz com que a tensão em Ct cres­
ça de forma exponencial, até atingir
a tensão Threshold (VJ. Quando isto

SABER ELETRÔNICA N9 285/96 63


Descrevo aqui, um projeto que subs­
titui, com vantagens, aqueles reló­
gios onde os vigias, precisavam dar
corda nas industrias.
Esse aparelho monitora guardas no­
SUPERVISOR DE
po
turnos de fábricas, indústrias, esco­
Ias e outros. Cada vez mais a ousa­ GUARDA NOTURNO
is dia dos ladrões nos perturbam, e
j|J ^ não basta apenas alarm es e
s ftlí muitas empresas tem vigias notur-
sp nos, mas também por outro lado, ‘T V a y rt& t 'T T ta n titti
\t l quem nos garante que o guarda,
t | jj em vez de vigiar, esteja tirando uma
soneca? Baixo custo, segurança e
fácil instalação, caracterizam esse
projeto.

SABER ELETRÔNICA N3 284/96 65


CARACTERÍSTICAS
CAIXA PATOLA
Tensão de alimentação: 12 V.
Baixo consumo
Contatos do relé: 10 A.
Indicador de estágios de tempo por 5
LEDs.
Ajuste de duração dos estágios: de
alguns segundos a minutos.
Indicador intermitente de penalidade.

ACELERAR
Esse aparelho "controla" o guar­
da de modo que ele transite pelo lo­
cal a ser vigiado, instalado vários apa­ pede um curto com o pino 10 do U,; LISTA DE MATERIAL
relhos em locais estratégicos:- nos desabilita S2; e aciona o relé Kv atra­
fundos, na frente, numa saia... vés de Q2 e R8. D2 impede uma ten­ Semicondutores:
O vigia terá os LEDs de estágio são reversa de Kr U, -4017B
de tempo, indicando sua condição Antes do contador U, receber 5 U2- 4093B
para a penalidade. Quando o tempo pulsos, ou seja, antes de elevar sua Qv Q2- BC337
do estágio do LED vermelho acabar, saída, pino 1, para nível 1, se encon­ Q3- BC327
tra em nível 0, e S2 ao ser pressiona­ D,, D2, D8- 1N4148
ocorrerá a penalidade, indicada pelo
D3, D4, Ds - LED 5 mm VD
próprio LED vermelho, mas intermi­ da, levará nível 0 aos pinos 8 e 9 de
D6 - LED 5mm AM
tentemente. Para não ocorrer a pena­ U2C, que está na função de uma por­ D7- LED 5mm VM
lidade, o guarda deverá pressionar S2 ta inversora, levando sua saída. Resistores (1/8 W, 5%)
antes que passe o tempo do LED ver­ Pino 10 ao nível 1, saturando Q, R, -1 KQ
melho, zerando os estágios. aterrando C2, surgindo um nível 0 ao R2> R4- Rs. R6> R7> R10- 10 kTí
O relé é acionado, podendo ali­ pino 13 de U2D, "ressetando" o con­ R3- 100 kQ.
mentar uma sirene, ou uma discadora tador. C2, R4, funcionam de modo a R6 - 4,7 kQ
telefônica, para avisar a penalidade, gerar um pulso negativo ao circuito R„ -1,2 kO
que pode ser tanto um cochilo, como de reset, para que o contador não fi­ Capacitores:
um assalto. que em reset se o guarda prender um C, - 220 pF/16 V - eletrolítico
durex em S2. C2, C3, C4-10 pF/16 V - eletrolítico
Cs - 100 pF/16 V - eletrolítico
S, acelera o tempo, para que pos­
C6 -100 nF - cerâmico
FUNCIONAMENTO samos ajustar o aparelho se existirem Diversos:
mais de um instalado. S2 "resseta" o P, - 2,2 Mfí - trimpot para circuito
Na figura 1 temos o diagrama circuito e S3 liga o aparelho. impresso
completo do aparelho, Portanto, os LEDs serão aciona­ S, . S2 - interruptor de pressão NA.
Ao ligar S3, alimentará o aparelho. dos numa sequência, do D3 ao D7, a S3- interruptor com chave
R3, C3 e U2D, tem como função de cada pulso no pino de clock. Se hou­ K, -G1RC2ou A1RC2.
"ressetar", juntamente com R4, Rs e ver a penalidade, ou seja, o guarda, Soquete DIL torneado de 16 pinos
C2, o circuito, através de um pulso po­ por algum motivo deixou de "resetar" para Ur
Soquete DIL torneado de 14 pinos
sitivo, no pino 15 do contador U1e car­ o aparelho, D7 passará a ser aciona­
para U2.
regar C,, através de D, e R,, deixan­ do intermitentemente, as chaves S1e
Soquetes para os LEDs.
do acionado o LED D3. R, tem como S2, serão bloqueadas e o relé será aci­ Borracha passante.
função, limitar a corrente de carga de onado, podendo acionar uma disca­ Placa de circuito impresso, caixa, fios,
C, e D, impede a descarga de C, pelo dora de telefone, para avisar o fato. solda, etc.
pino 11 do U2D.
A base de tempo, é formada por
C,, P,, R2 e U2A, que é ajustada atra­
vés de P1( gerando pulsos que varia
de segundos a minutos, ao pino 14
do U1 (clock), que a cada pulso, posi­
tivo, o LED apaga e acende o seguin­
te, e no instante que o contador rece­
ber 5 pulsos o pino 1 do U,, vai para
nível 1, alimentando o pino 13 que
inibi a entrada de clock; aciona o
oscilador formado por C4, Rg e U2B,
através do pino 5, que polariza inter­
mitentemente Q3 através de R10 pelo
pino 4 do U2B. Acionando D7, Dg im­

SABER ELETRÔNICA N9 285/96 67


MONTAGEM

A placa de circuito
impresso para a mon­
tagem é mostrada na
figura 2.
O sistema deve ser
alojado numa caixa
patoia, com os LEDs e
as chaves visíveis, bem
fixadas na parede. Na
fig u ra 3, te m o s um
exemplo da montagem
do sistema na caixa.
O relé tem sua bo­
bina para 12 V, e os
contatos reversíveis
para 10 A (G1RC2), os
transistores admitem
equivalentes e podem
ser de qualquer prefixo,
os resistores são de —-----------
1/8 W e 5% de tolerân­
cia. Os c a p a c iío re s ---------- -----
eletrolíticos são para
16 V. terior da caixa, sendo ajustado. Ao fe­ aparelhos à fonte, conforme a figura
Recomenda-se usar soquete para char a caixa, não temos como alterar 5.
U1 e U2. S, e S2 são interruptores de sem abrí-la novamente. Se a caixa for instalada num local
pressão, tipo push button, normal­ "ao ar livre", certifique-se de que ela
mente aberto. esteja bem vedada.
S3é um interruptor com chave, tipo INSTALAÇÃO E USO Pode-se usar cola tipo silicone, ou
a chave de contato dos carros, só que veda cano, mas lembrem que a caixa
mais simples e barata. Na figura 4, temos um esquema dará muito trabalho para abri-la de­
Os LEDs podem ser fixados em de um carregador de bateria e fonte, pois.
porta LEDs, que garantem um bom para alimentar o aparelho quando não Quando anoitecer, no final do ex­
visual. É preferível utilizar LEDs de 5 houver força (opcional). pediente, ligue os aparelhos. O D3 fi­
mm, para uma melhor visualização De preferência, instale o aparelho cará ligado, acelere um pouco, um por
dos mesmos, mas fica a critério do ao lado de um interruptor de luz, apro­ um, mas calculando um tempo para
leitor. veitando o conduite para passar os o vigia olhar com calma os pontos,
O trim pot P, deve ser montado na fios, facilitando a instalação. Os fios que deverão ser instalados em locais
placa, sem qualquer "contato" ao ex­ podem ser de telefone, conectando os estratégicos. ■

LISTA DE MATERIAL
DORECARREGADOR

Semicondutores:
D,, D2- 1N4002
D3- 15V/1W - zener
Resistores:
R, - 3,3 W/2W
Capacitores:
C, - 470 pF/25V - eletrolítico
C2-100 pF/16 V - eletrolítico
Diversos:
BT1 - Bateria de 12 V para carro ou
moto
F, - 0,5 A - fusível
T, -12 V /1 A, 110 ou 220 V - transfor­
mador
Porta fusível.
Placa de circuito impresso, caixa, fios,
solda, etc.

68 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


'
A aplicação de eletro-
c h o q u e s de fo rm a
c o n tro la d a em t e ­
rapias, relaxam ento,
yoga e mesmo m as­
sag en s já en co n tra
uma ampla aceitação
pelo público em geral.
De fato, aparelhos ca­
pazes de produzir es­
ELETROESTIMULADOR
tím ulos de baixa in ­
tensidade não só po­
dem ser ad q u irid o s
com fa c ilid a d e mas
utilizados até mesmo
sem acompanhamen­
to m é d ic o . Se bem
que os equipamentos
c o m e rc ia is te n h a m Os estimuladores por eletrocho- em relaxamento, yoga, meditação,
características deter­ que não são circuitos que podem ser massagens e até mesmo na terapia
m inadas por m uitos tratados sem um certo cuidado. De da dor, e que usa poucos componen­
fato, o choque elétrico, aplicado de tes, de fácil obtenção.
estudos feitos por es­ forma descontrolada, é perigoso. Também sugerimos a utilização
p ecialistas, existem Desta forma, os aparelhos de deste aparelho nos laboratórios de
os in teressad o s em eletrochoque ou estimulação elétrica biologia no sentido de se estudar os
devem ter características que limitem efeitos de estímulos em células vivas,
fa ze r suas próprias sua ação no sentido de se evitar um eletrotropismo, condicionamento, etc.
pesquisas ou experi­ perigo maior ao usuário. O aparelho possui duas modalida­
mentações, daí forne­ Uma forma de se garantir segu­ des de operação com três controles.
rança para este tipo de aparelho é a Na primeira modalidade são ge­
cerm os um circuito
alimentação por meio de pilhas ou rados estímulos de frequências na
para esta finalidade. bateria e nunca pela rede de energia. faixa de áudio controladas por um
De fato, o perigo em potencial que potenciômetro.
a rede de energia apresenta está na Na segunda modalidade temos a
não limitação da corrente que pode produção de trens de pulsos, ou seja.
atingir valores suficientemente altos estímulos modulados, com intervalos
para causarem a morte. Com equipa­ a justado s tam bém por um
mentos alimentados por pilhas e ba­ potenciômetro.
terias, as correntes não podem che­ A intensidade dos estímulos é
gar a tanto e um controle mais efetivo ajustada pelo terceiro controle do apa­
sobre o aparelho é mais fácil. relho.
O que propomos neste artigo é a O importante a observar é que os
montagem de um simples eletroes- com ponentes que ajustam as
timulador portátil que pode ser usado frequências podem ser alterados no
sentido de se modificar o comporta­
400 a 600 V mento do aparelho conforme a apli­
Ti Ts 'l <S ^ 4 cação desejada.
J in iu r .
Forma
de onda
[ l VÍ CARACTERÍSTICAS
* Tensão de alimentação: 6 ou 9 V (4
na entrada Forma de pilhas ou bateria)
onda na saída
* Consumo: 50 a 100 mA (tip)
Fig. 1 - O transformador, ao elevar a
tensão também altera a forma de onda. * Intensidade dos estímulos: 0 a 30
Vpp (tip)

SABER ELETRÔNICA N2 285/96 69


Se a chave S2 colocar as entra­ “carrega” o circuito, provocando uma
das das outras duas portas corres­ forte queda de tensão.
pondentes aos pinos 8 e 13 no nível Para monitorar a tensão de saída,
alto, teremos a passagem somente o ideal é usar uma lâmpada neon,
dos pulsos de alta frequência e o cir­ conforme mostra a figura 2.
cuito opera na forma sem modulação. Os pulsos, modulados ou não, são
Os sinais sem modulação são en­ obtidos nos terminais X 1e X2de onde
tão aplicados na base de Q, que os podem ser aplicados ao paciente por
amplifica digitalmente e os aplica ao meio de eletrodos apropriados.
enrolamento de baixa tensão de um Não se recomenda, de modo al­
transformador. gum, que o aparelho seja usado com
Se a chave S2 conectar a saída do fonte de alimentação ou eliminador de
* Faixa de baixas frequências: 0,1 a oscilador de modulação às duas eta­ piihas, por questões de segurança.
10 Hz pas de amplificação digital, teremos
* Faixa de altas frequências: 100 a um sinal modulado aplicado a Qv
5 000 Hz No transformador temos a eleva­ MONTAGEM
ção da tensão do circuito que se man­
tém entre 0 e 6 ou 9 V. Na figura 3 temos o diagrama
COMO FUNCIONA Como a forma de onda do sinal é completo do Eletroestimulador em
retangular, quando aplicamos este sua versão básica.
Para gerar os pulsos temos dois sinal no transformador, não só ele Os componentes são montados
osciladores montados em torno de sofre uma alteração de tensão, como numa placa de circuito impresso, con­
duas portas NAND de um circuito in­ também de forma de onda. O resulta­ forme mostra a figura 4.
tegrado CMOS do tipo 4093B. do é que, mesmo usando um trans­ Sugerimos que o circuito integra­
Os sinais deste osciladores po­ formador pequeno de 220 V de ten­ do seja montado em soquete DIL de
dem ser co n tro la d o s por poten- são primária, dada a forma de onda 14 pinos, para maior segurança e fa­
ciômetros no circuito de realimenta- diferente obtida, a tensão de pico na cilidade de troca em caso de neces­
ção e sua faixa de operação depen­ saída pode superar facilmente os sidade. Os resistores usados são de
de basicamente do capacitor associ­ 300 V, conforme mostra a figura 1. 1/8 W ou maiores e os capacitores C1
ado. Para o circuito de modulação Evidentemente, esta alta tensão e C2 são cerâmicos ou de poliéster.
(baixa frequência) podem ser usados não é perigosa dada a limitação de C3 é um eletrolítico com tensão míni­
valores entre 470 nF e 4,7 pF e para corrente. O circuito não consegue for­ ma de trabalho de 12 V.
o circuito de alta frequência podem necer mais do que fração de miliam- Os potenciômetros tanto podem
ser usados capacitores de 22 nF a pere. Se for exigida uma corrente ser lin como log. Se for feita uma es­
220 nF. Maiores valores implicam na maior, a tensão cai rapidamente. cala de tensões de saída, será inte­
produção de frequências mais baixas. É por este motivo que, se ligarmos ressante que P, seja linear. O tran­
A combinação dos sinais nas eta­ na saída deste circuito um multímetro sistor admite equivalentes e deve ter
pas seguintes do circuito pode ser comum para medir a tensão, teremos um pequeno radiador de calor.
feita ou não dependendo da posição uma falsa indicação, com apenas al­ S, é um interruptor simples e S2
da chave S2. gumas dezenas de volts. O multímetro uma chave comutadora deslisante de

70 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


1 pólo x 2 posições. O transformador
é de força ou alimentação com primá­
rio de 220 V e secundário de 6 a 9 V
com corrente de 200 a 500 mA.
Para alimentação podem ser usa­
das 4 pilhas pequenas ou ainda uma
bate ria de 9 V.
A batería de 9 V fornece estímu­
los mais potentes, mas sua durabili­
dade é menor.
Como o preço desse tipo de bate­
ría é mais elevado do que 4 pilhas
pequenas, o montador deve pensar
bem antes de fazer sua opção. A van­
tagem adicional da bateria de 9 V é
que ela é menor do que 4 pilhas pe­
quenas.
Todo o conjunto pode ser instalado
numa caixa plástica de pequenas di­
mensões, conforme mostra afigura 5.
Os eletrodos dependem das apli­
cações. Para um trabalho de relaxa­
mento ou meditação, o paciente pode
segurar os eletrodos, o que significa
que eles podem ser pequenos bas­
tões de metal, conforme mostra a fi­
gura 6.
Para aplicação em trabalhos de
biologia, como por exemplo estímu­
los de plantas ou verificação de
eletrotropismo num aquário, podem
ser usados eletrodos em forma de
agulhas ou fios descascados, confor­
me mostra a figura 7.

UTILIZAÇÃO

Para relaxamento, meditação ou


outras aplicações que não exijam
acompanhamento médico, o usuário
segura os eletrodos e inicialmente,
antes de ligar S1f ajusta P3 para a
posição mínima.
Depois, escolher a modalidade de
aplicação em S2 (com ou sem modu­
lação) e liga o aparelho. Abrindo va­
garosamente P3 chega um instante
em que se percebe um leve formiga-
mento.
Ajusta-se então P( e P2 para se
obter os estímulos na frequência de­
sejada e P3 para a intensidade ideal.
Na figura 8 temos uma sugestão
de eletrodo para massageamento,
usado em local de dor de modo a in­
terromper o ciclo tensão-espasmo-
dor, excitando os nervos e músculos
do locai. ■

SABER ELETRÔNICA M °- 285/96 71


LISTA DE MATERIAL

Semicondutores:
Cl, - 4093B - circuito integrado
CMOS
Q, - BD136 - transistor PNP de
potência

Resistores: (1/8 W, 5%)


R, , R2- 4,7 kQ
R3- 10 kQ
P1( P2-1 MQ - potenciômetros
P3-10 k fi - potenciômetro

Capacitores:
C, - 470 nF - cerâmico ou poliéster
C2- 22 nF - cerâmico ou poliéster
C3- 470 pF/12 V - eletroíítico

Diversos:
S, - Interruptor simples
S2- Chave de 1 pólo x 2 posições
T, - Transformador com primário
de 220 V e secundário de 6 a 9 V
com corrente de 200 a 500 mA
B, - 6 ou 9 V - 4 pilhas ou bateria
Placa de circuito impresso,
suporte de pilhas ou conector de
bateria, caixa para montagem,
botões para os potenciômetros,
eletrodos, fios, solda, etc.

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72 SABER ELETRÔNICA N9 285/96


SELEÇÃO DE CIRCUITOS UTEIS
AMPLIFICADOR PARA FONE

Podemos usar este amplificador


com fones de baixa impedância com
bom rendimento. Aplicações possí­
veis para este circuito vão desde
seguidores de sinais e rádios expe­
rimentais até um estetoscópio sim­
ples. Os resistores são de 1/8 W e a
alimentação pode ser feita com ape­
nas duas pilhas pequenas.

OSCILADOR 4093B
4093
Este oscilador produz um sinal
retangular na faixa de 100 Hz a 1 kHz
mas com a troca do capacitor, pode­
mos obter outras faixas de frequên­ J U IT U I
cias. O ajuste fino da frequência é
feito no potenciômetro de 100 KfL
Neste circuito, apenas uma das qua­
tro portas do 4093 é usada. A ali­
mentação positiva de 3 V a 15 V é
feita no pino 7 e o terra é no pino 14.

INDICADOR PULSANTE

Este circuito excita um LED, que


piscará em frequência ajustada pelo
trimpot. As outras portas do mesmo
circuito integrado podem ser usadas
em configurações semelhantes. O
resistor R terá 470 Q para alimenta­
ção de 3 V a 6 V, 680 ü. para alimen­
tação de 9 V e 1 kQ para alimenta­
ção de 12 V.

FONTE de 5 V/4 A

Com este regulador podemos ter


correntes de até 4 amperes com 5 V
na saída. O transistor pode ser subs­
tituído por equivalentes Darlingtons
de 10 A e deve ser montado num
bom radiador de calor. O sufixo H
indica que o LM109 tem invólucro
metálico com pinagem mostrada jun­
to ao diagrama.

SABER ELETRÔNICA N9 285/96 73


DECODICADOR MULTIPLEX
ESTÉREO LA3301
COM PONENTES

'llctvtou ‘S wyOr

O circuito integrado LA3301 é en­


contrado em invólucro DiL de 14 pinos
e possui em seu interior as funções fun­ O circuito integrado monolítico linear da Sanyo LA3301 con­
damentais para a decodificação de si­ tém os elementos principais para a elaboração de um
nais de FM multiplex estéreo que são
decodificador estéreo para receptores de FM, sendo por isso
o am plificador de sinal composto,
dobrador, decodificador, controlador de encontrado em grande quantidade de equipamentos comer­
separação e d riv e r para lâm pada ciais. Damos neste artigo, as especificações principais des­
indicadora. te componente de modo a facilitar o trabalho do técnico re-
Máximos Absolutos: parador que deve colecionar este tipo de informação.
(Ta = 25 graus centígrados)
Tensão máxima de alimentação: 20 V
Corrente máxima da lâmpada indicadora:
Características de Operação:
40 mA
(Ta = 25 graus centígrados, RL_=3,3 kQ, entrada= 100 mV,f =
Dissipação máx. de potência: 370 mW
1 kHz)
Faixa de temperaturas de operação: -20 à +80 graus
min tip max unidade
centígrados Corrente quiescente: 7.0 10,5 mA
Resistência de entrada: 20k - Q
Condições recomendadas de operação: Separação de canais: 30 45 - dB
Tensão de alimentação: 4 a 20 V Distorção Harmônica Total: - 0,3 1,0 %
Tensão para acionamento da
Na figura abaixo temos urn circuito de aplicação lâmpada (Vi) 71 100 136 mV
para este componente, como encontrado na maio­ Balanço entre canais: 0,2 2,0 dB
ria dos aparelhos comerciais em que ele é usado. Rejeição de SCA: .55 - dB

SABER ELETRÔNICA N9 285/96 75


SEÇAO DO LEITOR
MAIS LITERATURA SOBRE PCs projetar uma placa de circuito impres­ de grande interesse que poderiamos
so a partir de um diagrama. publicar em nossa revista ou na Edi­
Temos recebido Este é o caso dos leitores de nos­ ção Fora de Série.
diversas cartas de sas edições Fora de Série que só O mesmo leitor sugere também a
:c PC Pi leitores que dese­ apresentam os diagramas (por falta utilização de um videocassete para a
jam a p ro fu n d a r de espaço e porque os próprios auto­ gravação de sinais digitais. Uma fita
seus conhecimen­ res não enviam o desenho das pla­ comum de videocassete podería ser
tos sobre a eletrôni­ cas). usada para um backup realmente de
ca do PC. Para es­ Assim, para os leitores que nos grande capacidade. Outra sugestão
tes leitores estamos preparando no­ escrevem pedindo os desenhos das para nossos leitores.
vos artigos e também livros, alguns placas de circuito impresso dos pro­
dos quais devem estar à disposição jetos das edições fora de série, infe­
dos interessados nos próximos me­ lizmente nossa resposta é que não
ses. podemos atendê-los, por enquanto. PEQUENOS
Gostaríamos de receber informa­ No entanto, com o uso de progra­ ANÚNCIOS
ções dos leitores sobre o tipo especí­ mas elaboradores de placas este tra­
fico de assunto que desejariam ver balho fica muito simples e, mais que
abordados, quer seja na forma de ar­ isso, muitos dos circuitos podem ser * Preciso de esquemas de sintetiza-
tigos como de livros para que possa­ testados pelos próprios programas dores e multíplexadores e também
mos direcionar nosso trabalho no sen­ antes de montados. Programas des­ do CISP8793 além de esquemas
tido de melhor atendê-los. Escrevam- te tipo serão analisados nas próximas CCE, Cougar, Sharp, Gradiente,
nos. edições. etc.
Luciano Cesar da Silva Lima
Rua Maracy, 659
PROJETOS AVANÇADOS COLABORAÇÕES Jd. Sta. Maria - 19950-000
PARA A FORA DE SÉRIE Presidente Prudente - SP
Muitos leitores nos escrevem pe­
dindo projetos com componentes Já estamos selecionando os pro­
mais modernos ou mesmo mais com­ jetos que devem ser publicados na * Vendo ou troco revistas Saber 249
plexos. próxima edição Fora de Série. e 252.
O que ocorre é que o mercado de Se o leitor desenvolveu algum cir­ Cicero Ricardo
componentes eletrônicos está pas­ cuito interessante envie-nos pois Rua Vicente Tavares Bezerra. 200
sando por uma grande transformação além de vê-lo publicado em nossa Pinto Madeira
e as barreiras comerciais que ainda edição especial pode receber um dos 63100-000 - Crato - CE
existem nos impedem de obter mate­ prêmios que serão oportunamente
rial para estes projetos em nosso país. anunciados.
Na verdade, até mesmo componen­ * Monto transmissores de FM com
tes simples estão cada vez mais difí­ potências maiores que 50 W com
ceis de encontrar. Estamos estudan­ CALCULADORA COMO fonte separada e muüpiexador.
do uma forma de poder levar aos lei­ CHAVE CODIFICADA Vendo esquemas de transmisso­
tores tais projetos sem o perigo de vê- res de 10 a 50 W. Troco por
los frustrados pela impossibilidade de O le ito r José válvulas de transmissão.
obter componentes. Vigno Moura Carlos Alberto S. Mourão
Acreditamos que em breve pode­ Sousa deTeresina- Rua Joaquim Flcrençano, 94
remos contar com projetos do tipo que Pl lança a idéia de Parque Paduán
usam PICs e outros circuitos ASICs usar uma calcula­ 12070-730-Taucaté-S P
desde que os componentes sejam dora comum, apro­
colocados à disposição dos interes­ veitando a saída
sados. de seus circuitos * Vendo re\ >s:as Micro-sistemas,
codificados para Instituto Universal Brasileiro,
obter o comporta­ Elektor. Be-a-bá da Eletrônica,
PLACAS DE CIRCUITO mento de uma chave codificadora do Divirta-se com a Eletrônica, Nova
IMPRESSO tipo BCD. Eletrônica aiém de componentes,
Algum leitor pode dar uma idéia ca xas circuitos, etc.
Uma grande dificuldade para a de como fazer isso ou até criar um Tratar com Marcelo
maioria dos leitores montadores é projeto? Acreditamos que seria algo (tel) 011-5583-3934

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