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CAPA

Analisadores de Espectro
........................ 22 Ch~o0'&
....... f~61)'cq
Diversos qtllqo'or&S

TV Digital - (parte 11) .4


Telefonia Digital e Multisserviços
Sobre Par-trançado 17
Energia Limpa Para Seu Equipamento 30
Os UItrassons .44
Fases de Sistemas de Alto-falantes 56

Tecnologia industrial
Redes Profibus e Ethernet 9 Hardware
Sensores de Imagens 54

Componentes
Conheça os TVS .49 Robótica / Mecatrônica / Automação
Controle DC PWM AO

Projetista
Reatância Capacitiva .42 Service
Práticas de Service 69

Faça-você-mesmo
Contador Universal Usando PIC 36
Pré-amplificador de Volume Constante 58
Fontes de Alta Corrente 60
Temporizador Múltiplo Modular 63
Simulador de Presença 66

SEÇÕES
Achados na Internet 14
USA em notícias 28
Notícias 34

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SIMIS1 A
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PARTE 2
Conforme já explicamos, o siste- vem ser reproduzidos por um televi-
ma que deverá ser adotado em nosso sor, conforme mostra a figura 1.
país visa basicamente a transmissão Uma característica importante da
Aproxima-se a chegada
terrestre dos sinais, ocupando as ban- TV digital é que num mesmo canal
da TV Digital a nosso país, das de VHF e UHF já existentes, dos podemos ter muitos trens de sinais
com a meta de substituir nos canais de 2 a 13 e de 14 a 83, respec- sendo enviados paralelamente.
tivamente. O modo como os bits são envia-
próximos anos a TV comum.
O ATSC (Advanced Television dos pode variar bastante, sendo utili-
Na edição passada demos Systems Committee), dos Estados zadas diversas técnicas de modulação
uma introdução ao assunto Unidos, estabeleceu através de um (QAM, VSB, etc), cuja eficiência é o
analisando algumas das di- padrão que tipo de informações de- principal ponto de discussão atual-
vem conter os sinais enviados pelas mente para a escolha de qual deve ser
ferenças entre os dois siste- usada.
emissoras de TV digital e qual é o seu
mas de TV, com ênfase para formato. Um estudo deste padrão se- De qualquer forma, uma vez esco-
o formato da tela, definição ria bastante interessante agora, en- lhido o modo de envio do sinal, deve-
quanto o nosso não está definido ain- se ter um formato único para os "pa-
e a possibilidade da trans-
da, para que os leitores tenham uma cotes" de informação.
missão simultânea de diver- idéia melhor de como vai funcionar a Para os leitores que desejam co-
sos programas dentro de um TV digital em nosso país. meçar a familiarizar-se com as manei-
Uma das característica do padrão ras como os sinais são enviados e pro-
mesmo canal. Enquanto não
ATSC é a sua grande flexibilidade per- cessados, surge uma série de termos
se define exatamente qual mitindo que tecnologias diferentes técnicos que precisam ser aplicados
dos sistemas será usado, sejam implantadas, mas com um mes- com um pouco mais de profundidade.
entre os diversos que permi- mo tipo de processamento final do si- A forma como a informação é organi-
nal digital, o que é muito importante zada nos pacotes enviados e os tipos
tem a transmissão digital, para a compatibilidade dos equipa- de modulação são alguns destes te-
podemos continuar a nossa mentos. mas, que focalizamos neste artigo.
abordagem do assunto ana- Diferentemente da TV comum No trem de bits, além dos dados
onde sons e imagens são transmiti- que correspondem às imagens, sons
lisando alguns aspectos dos
dos totalmente na forma analógica, na e dados a serem apresentados na tela,
sistemas já implantados em TV digital todas as informações cor- devem ser enviadas outras informa-
diversos países do mundo, respondentes aos pontos de imagem ções que permitem ao receptor saber
estudando o modo como as e aos valores instantâneos que uma como fazer a decodificação. Assim,
tensão deve ter para ser aplicada num dependendo do que está sendo trans-
imagens e demais sinais são alto-falante reproduzindo um som, são mitido, um trem inicial de bits informa
codificados e transmitidos. enviados na forma digital. ao receptor como deve ser feita a
Assim, os sinais que são enviados decodificação.
pelo canal de TV Digital consistem em O padrão prevê que esses sinais
diversos trens de pacotes de bits, os podem ser extensíveis, ou seja, po-
quais carregam todas as informações dem ser modificados de acordo com
sobre sons, imagens e dados que de- o que se deseja transmitir e admitem

4 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


1101001
Sinal de vídeo
dacâmera
IUl.S ~
----+
11101
~"-. conversor

W J1J1.fLf/~o...fll"ln
A/D
1 011011001 1 /

Som Sistema Média de a) O Transmissor


Separação
interativo interatividade em sub-canais

Sinal de
~
Sinal
Decodificador nn r Decodificador vídeo
..J U LJ ~ Recomposição conversor D I A ~

Recepção
ru- - DJ1J1.fLf
...fll"ln/ ~
~ Som

b) O Receptor
Sistema I Médiade
interativo interatividade

Fig.1 Estrutura
Básicada TV digital.

até a inclusão de informações em ou- Outra informação importante car- Para o espaçamento de frequên-
tros padrões que dependerão das es- regada pelo sinal é a definição das cias são usados números inteiros na
tações. portadoras. faixa de 1 a 16 383, que definem in-
Neste padrão, por exemplo, é pre- Tal definição vai depender do tipo tervalos de 10kHz (bit Opara a unida-
visto que a largura de faixa, frequência de operação, já que as diversas fai- de de frequência) ou 125 kHz (bit 1
e outros parâmetros podem variar, o xas de frequências usadas em satéli- para unidade de frequência). Assim
que significa que o formato da men- te, ar, cabo, etc, possuem larguras di- sendo, a frequência máxima que pode
sagem também pode variar, conforme ferentes, que podem ser aproveitadas ser representada por este código é de
o meio de transmissão (satélite, ter- melhor com uma escolha apropriada 2048,875 MHz e o espaçamento mí-
restre, cabo, etc) e o modo de modu- do sinal. nimo é de 10kHz.
lação.
Isso permitirá que os televisores TV Digital - imagem e som analógicos
possam trabalhar com sistemas dife-
rentes, como ocorre hoje com os tele- Observem que o fato da TV ser denominada Digital deve-se a que as
visores analógicos comuns, que po- informações sobre sons e imagens são enviadas da estação transmissora
dem "saber" quando um sinal recebi- à estação receptora na forma digital (trem de bits). Uma vez que esses
do é PAL-M, NTSC ou SECAM. bits sejam processados, a reprodução final do som e da imagem devem
No caso da TV digital, não são ape- ser analógicas.
nas os sistemas que devem ser espe- Isso ocorre porque nossa visão e
cificados nos códigos, mas muitas nossa audição operam de forma
outras informações. Processador
conversor IAA,.'.v~~
•. A
analógica: não ouvimos nem vemos
Por exemplo, o protocolo prevê bits!
uma primeira especificação do meio Sendo assim, os sinais correspon- Sinal
de transmissão podendo ser indicado dentes ao som, uma vez
por 4 bits, o que nos leva a 16 possibi-
lidades, conforme a seguinte tabela:
decodificados, geram uma forma de wg~-+~
onda que é amplificada por um am-
plificador analógico e jogada num alto-
D/A I[
Bit do Código ~~~
do Meio de falante na forma analógica.
Significado Fig.2 - Ossinaisaplicadosa um
Transmissão Da mesma forma, os sinais de
cinescópio comumquegeram
O Cabo vídeo que são gerados a partir da for- imagensda TV digital,são
1 Satélite ma digital, são analógicos quando analógicos.
2 MMDS aplicados nos eletrodos de controle
3 SMATV do feixe de elétrons de um cinescópio convencional, pois a TV Digital, na
4 Através do ar forma mais comum, usará cinescópios e estes operam com sinais pura-
5-15 Reservado mente analógicos. Observe figura 2.

SABER ELnRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 5


Uma outra informação relevante Estação
transmissora Fig. 3 - A TV analógica e os fantasmas.
definida no protocolo é o formato de
modulação. Este formato é dado pela
seguinte tabela: sinal direto

Formato de QAM128-QAM
Reservado
QAM
QPSK
OQPSK
VSB-16
VSB-8 16
32
64
100
Desconhecido
BPSK256
400
512
576
784
144
196
1024
Significado Quadrature
- Vestigial
-QAM
--- Quadrature
-QAM
QAM
-Vestigial
Binary Phase
7
4
3
1
9
2
14
15
18
19
12
17
5
6bit)a 31
11
8
10
16
13 16
128
400
144
512
784
1024
Sideband
nível 64
32
100
576
196
256
Amplitude
Modulação
Shift
PhaseKeying
O nível 8
16
ShiftModulation
Keying

Modo (bit): 1 recebidos duas vezes, o que corres-


Significado: Estéreo discreto - a ponderia a um sinal refletido. No en-
subportadora 1 carrega o sinal tanto, existe um limite para esta ação,
esquerdo de áudio e a subportadora e justamente esta capacidade das di-
2 carrega o sinal direito versas tecnologias é hoje um dos pon-
tos de discussão na adoção do que
Modo (bit): 2 seria melhor.
Significado: Estéreo Matrix - A Pelo que se constata dos diversos
subportadora 1 carrega o sinal L+R testes de avaliação que tem sido rea-
(vetor soma) e a subportadora 2 lizados a tecnologia VSB é mais sen-
carrega o sinal L-R (vetor diferença) sível aos sinais refletidos (fantasmas)
do que a QAM, mas esse não é o úni-
Modo (bit): 3 co fator que deve influir na escolha de
Significado: Reservado uma ou de outra. Na verdade, já es-
tão surgindo componentes específicos
Temos ainda as informações que que permitem corrigir os erros causa-
indicam o modo de texto com códigos dos pelos sinais refletidos.
que vão desde o ASCII, ISO, Latino Um chip criado para a detecção
(Romano) até formatos em Tailandês, dos sinais refletidos e, portanto, elimi-
Tibetano, Hiragana, e símbolos mate- nação de fantasmas na TV digital é o
máticos. NXT2000, da Motorola, cujo diagrama
de blocos é mostrado na figura 5.
O NXT2000 é um chip ASIC
FANTASMAS multimode que opera com tecnologia

Um dos maiores proble-


mas da TV analógica terres-
SOM tre é a reflexão dos sinais em
obstáculos causando assim a
Para o som também existem códi- recepção simultânea da mes-
gos que dizem como deve ser feita a ma estação a partir de ori-
reprodução. São usados 2 bits para gens diferentes, conforme
"dizer" ao receptor que tipo de som mostra a figura 3.
está sendo enviado, observe a seguin- A defasagem entre os si-
te descrição. nais faz com que apareçam
Modo (bit): O imagens "fantasmas" ou som-
Significado: Mono - neste caso a bras, veja a figura 4.
subportadora 1 carrega o sinal L+R Na TV digital, algorítmos IMAGEM PRINCIPAL

(mono), enquanto que a subporta- no receptor permitem saber


dora 2, se presente, carrega outros se há redundância em certos
sinais de áudio sinais, ou seja, se eles são Fig. 4 - Os fantasmas numa imagem.

6 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


o QUE ÉVSB
Utilizando este modo de transmissão
no VSB nível 16 (cada ciclo de sinal
VSB significa Vestigial Sideband.
Quando um sinal é modulado em am- pode transmitir 16 bits) é possível usar
o canal de 6 MHz para transportar 43
plitude por um sinal analógico, a faixa
Mbits por segundo de informação, o que
ocupada passa a ter duas vezes a
corresponde a 10,72 milhões de símbo-
frequência do sinal modulador, de acor-
los por segundo.
do com a figura A.
Um ponto indicado pelos que defi-
Faixa ou nem o padrão a ser usado como vanta-
banda
inferior gem para o padrão VSB 64 é que ele

f1 Largura
de faixa
tem 1/3 a mais de capacidade do que o
QAM 64.

COFDM

to = sinal modulador Um outro tipo de modulação usado


Fig. A - A modulação em amplitude. em TV digital é a Coded Orthogonal
Frequency Oivision Multiplexing. Em al-
guns casos o C não é usado, ficando a
Dizemos que o sinal possui duas sigla reduzida para OFOM.
bandas laterais, e qualquer delas con- Trata-se de um sistema avançado de
tém toda a informação correspondente modulação digital para áudio (OAB) e TV,
ao sinal modulador. Isso significa que tanto por satélite (OBS) como terrestre
se a portadora e um dos sinais laterais (DTO).
for eliminado, ainda assim podemos A principal vantagem deste sistema
transmitir e recuperar a informação do está na sua capacidade de resolver os
sinal original. problemas de reflexão (multi-path).
Este procedimento, além de econo- No COFOM fluxos de dados múlti-
mizar 50% da faixa ocupada, ainda eco- plos (denominados feixes de canais),
nomiza potência do transmissor, potên- cada qual operando com apenas alguns
cia que estava na portadora e na outra quilobits por segundo, são transmitidos
faixa. A modalidade de transmissão de- numa grande quantidade (até 8000) de
nominada SSB (Single Side Band) faz canais adjacentes muito próximos.
justamente isso. Os bits são agregados novamente
Com os sinais de TV faz-se atual- no receptor e convertidos num fluxo de
mente o mesmo. Parte de uma das ban- dados de banda larga.
das laterais é cortada economizando A principal vantagem é que cópias
assim a faixa ocupada pelo canal, con- de sequências de dados podem ser re-
forme mostra a figura B. A parte da fai- jeitadas quando ocorrerem reflexões,
xa ou banda que permanece é denomi- eliminando assim os dados de sinais
nada Vestigial Side Band ou VSB. provenientes de reflexão.
Assim, no sinal PAL convencional a Outra vantagem é que em regiões
faixa total ocupada seria de 11 MHz, de recepção difícil, poderão ser usadas
mas com o corte o canal passa a ocu- repetidoras na mesma frequência origi-
par apenas 6 MHz. nal sem problemas de interferências.

/portadora de vídeo
; vídeo

!+-O,75MHZ /

Banda
inferior
devídeo Banda superior
(parcialmente devídeo
cortada) (transmitida totalmente)

'1,25MH~ 4MHz O,25MHz

)
y
Canal de 6 MHz

Fig. B - O canal de TV terrestre (UHF e VHF).

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 7


VSM ou OAM (multimode), podendo
decodificar sinais VSB-8 ou OAM 64/
256.
Mas, a principal característica des-
te chip é que ele possui uma arquite-
tura revolucionária para a correção de Decision

T
erros provocados por reflexão, inter- From
ferências e pulsos. O chip equaliza os --+
I/F 10 bl AIO I feedback
equalizer
sinais bit por bit comparando-os, de
modo a recompor o sinal original sem
erros. Outra característica importante To tuner I/F
VSB
framing
Trellis decoder I
é que, prevendo a sua utilização nos
televisores comuns que devem rece-
control
Framesync I
ber sinais terrestres, ele incorpora um ,2C

"bargraph" que permite mostrar na tela


a intensidade do sinal recebido facili- r Control
Fig. 5 - Diagrama de blocos do NXT2000, da Motorola.
tando assim os ajustes da antena. _

QAM - Quadrature Amplitude Modulation

Um dos processos empregados Combinando diversos níveis de


na transmissão eficiente de dados sinal com diversos ângulos de fase
na forma digital é o OAM. Para en- poderemos transmitir uma grande
tender facilmente o que é o OAM quantidade de bits por ciclo de si-
partimos da forma mais simples de nal. No sistema OAM adotado na
se transmitir informação digital, que TV digital, é possível acomodar 64,
é em AM (Amplitude Modulation) 128 e até 256 bits por ciclo de si-
onde se associa a amplitude do si- 11 11 nal, dependendo a quantidade ape-
nal aos valores binários. Conforme nas da precisão que os circuitos do
mostra a figura A, se tivermos duas +6 receptor tenham para reconhecer
amplitudes no sinal podemos asso- pequenas diferenças de amplitude
o
ciar os valores O e 1. Se tivermos 4 e ângulos de fase.
amplitudes podemos transmitir a in- -6
formação em blocos de 2 bits, repre- -12
00 01
sentando 00, 01, 10 e 11.
Uma outra maneira de se trans- Fig. A - QAM - Quadrature Amplitude Modulation.
mitir sinais digitais é pela técnica de-
nominada Phase Shift Keying (PSK), nando as duas técnicas é que chega-
na qual associamos a fase do sinal a mos ao Ouadrature AMplitude
ser trasmitido aos valores digitais. Modulation ou OAM, veja a figura C. 10 00 01
Desse modo, na figura B podemos Podemos, então, ao mesmo tem-
atrasar ou adiantar o sinal, com isso po em que temos variações da ampli- Fig. B - Trabalhando com a
podemos transmitir dois bits por ciclo. tude, incluir defasagens também. Por Amplitude e a Fase.
Evidentemente, nos dois casos, a exemplo, segundo a tabela abaixo, se
quantidade de bits por ciclo possível tivermos duas amplitudes e 4 ângulos Fase --+ 9' 9'
de transmitir está limitada à capacida- de fase diferentes, poderemos trans-
de que o receptor tenha de diferenci-
ar amplitudes dentro de um mesmo
ciclo, e também defasagens. Combi-
mitir grupos de 3 bits por um mesmo
ciclo do sinal com 8 combinações di-
ferentes.
.........
Jlt~ J1tl. ,, ..
i 010
! 011
Valor Binário
000
Amplitude Deslocamento de fase ~~ lfl+-90'1[;+-900
: .__ _ I .
1 Nenhum
001
010
2
1
Nenhum
90 graus ..M~-lJJ~
011
100
101
110
111
2
1
2
1
2
90 graus
180 graus
180 graus
270 graus
270 graus
1l -----
i 110
j+-270°
Jli+2700
--i-----------
1
------ -l
Fig. C - Valores com amplitude
e deslocamento de fase.
1

)
111
.

8 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


A Edição do mês de se-
tembro nº 332 abordou o as-

s
sunto USB. O USB faz parte
de um sistema macro de co-
municação que é o "field-
bus". O conceito de "field-
bus" é bastante amplo, e po-
demos encontrar uma infini-
dade de protocolos nessa li-
nha no mercado. Essas no-
vas tecnologias de comuni-
cação "em chão de fábrica"
foram desenvolvidas nos úl-
ETHER
timos anos porque, atual-
mente, apenas automatizar HISTÓRICO NíVEIS DE INFORMAÇÃO
uma máquina não é suficien-
A necessidade da padronização na Antes de estudarmos o Profibus,
te para atingir-se a excelên- comunicação entre máquinas e siste- vamos fazer uma análise dos níveis
cia em qualidade produtiva. mas (CNC, PLC, PC, etc.) teve início de informação em um ambiente indus-
Para que uma indústria em 1986. Uma "corrente" européia de trial. A figura 1 mostra uma "pirâmi-
padronização começou a difundir pelo de" que representa esses níveis. No-
possa explorar ao máximo tem que a base refere-se ao "chão de
mundo protocolos que permitiam ( e
seus recursos fabrís, possi- permitem) a comunicação entre sis- fábrica", e a comunicação é estabe-
bilitando o gerenciamento temas de diferentes fabricantes. Des- lecida, principalmente, entre disposi-
sa forma, hoje, podemos estabelecer, tivos atuadores (inversores, válvulas,
completo dos seus sistemas,
através de uma rede, a comunicação etc.). Nessa etapa o volume de infor-
faz-se necessária a entre um PLC GE e um CNC mações é pequeno, porém, necessi-
"intercomunicação" entre os Siemens sem maiores problemas, por tamos de uma velocidade alta, pois o
pontos chaves da produção. exemplo. tempo de reação entre a atuação de
Em meados de 1990 a maioria dos um sensor e a resposta do seu dispo-
O conceito do "field-bus" tem
sistemas industriais já se comunica- sitivo correspondente (inversor de fre-
essa filosofia, isto é, a vam com protocolos Standard, e o qüência por exemplo) deve ser o me-
Profibus era um deles. nor possível.
descentralização da inteli-
gência. A informação não
está localizada apenas no Fig. 1 - Níveis de
informações.
"PC Manager", mas sim, em
toda uma rede, e toda máqui-
na (sistema ou sub-sistema)
tem acesso a ela todo o tem-
po (on-Iíne).
Aproveitando que esse Níveis
das
assunto ainda está "fresco"
informações
em nossas mentes, vamos
explorar dois protocolos fa- PLC PLC PLC

I
mosos desse gênero, e que
representam bem a essência
da comunicação industrial: o Chão de
fábrica
Profibus e o Industrial
atuadores
Ethernet. Boa leitura!

Alexandre Capelli

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 9


A camada intermediária da pirâmi-
de é a comunicação entre sistemas.
Em uma indústria esses sistemas, na
sua maioria, são constituídos por
PLC's. Nessa camada o volume de
informação é maior, porém a veloci-
dade não precisa ser tão grande. No
ápice da pirâmide encontramos o sis-
tema de gerenciamento, que coleta
todas as informações dos outros ní-
veis e estabelece as estratégias de
controle. células. Nessa modalidade, o volume O leitor pode estar se perguntan-
Apesar dessa etapa ser constituí- de informações é maior, e é comum do: "Mas qual é a vantagem de utili-
da pelo PC Manager, as informações encontrarmos algumas indústrias que zarmos o Profibus ou (field-bus,
não estão restritas a êle mas, ao con- se utilizam do FMS até o ápice da pi- genericamente falando) no sistema
trário, estão disponíveis por toda a râmide da rede de comunicação. Em- de comunicação industrial ?"
rede. bora, como veremos mais adiante,
Para exemplificar melhor esse pro- essa não seja uma prática ideal, o Como dissemos anteriormente, a
cesso, segue abaixo uma tabela com- FMS é "poderoso" o suficiente para filosofia "field-bus' é a descentraliza-
parativa entre os três níveis. Notem suportar o volume de dados até o PC ção de informação.
que, quanto maior o "pacote" de infor- Manager. Essa técnica gera inúmeras van-
mações, maior é o tempo de acesso, tagens, mas as principais são:
e vice-versa. - Profibus PA (Process Automation):
Finalmente, a versão mais moder- - Tamanho das instalações:
Volume ms
/hora
/Segundos
Transmissão
Dia
minutos
/ turno
Horas
ms
10
minutos
Freqüência ms
de/ Antes do conceito field-bus ser
Tempo na chega através do Profibus PA
100reação
de ms (Process Automation). desenvolvido, o tamanho das instala-
Essa é uma modalidade que apre- ções e distâncias dos cabos era mui-
senta uma característica muito interes- to maior.
sante, que é a transmissão dos dados
utilizando a mesma linha física da ali- - Gabinetes otimizados:
mentação DC. Através dessa técnica, Segundo o mesmo princípio, o
a economia em cabos e horas de mon- field-bus otimizou o tamanho dos ga-
PROTOCOLO PROFIBUS tagem na instalação é bastante signi- binetes, pois o número de linhas físi-
ficativa. Sua performance é semelhan- cas diminuiu.
Um dos protocolos mais utilizados te à do FMS.
na indústria para comunicação em A seguir temos uma tabela com- - Localização de defeitos:
field-bus, é o Profibus ( process field- parativa entre as três modalidades do Como o comprimento dos cabos e
bus ). Esse protocolo foi desenvolvido Profibus, apresentando suas princi- a complexidade dos painéis diminuí-
pela Siemens, e hoje é uma das pla- pais características técnicas. ram, a localização de defeitos tornou-
taformas mais "abertas" do mundo. se uma tarefa bem mais simples.
O Profibus pode apresentar-se em < Além disso, a confiabilidade do sis-
PA<Profibus
IEC
2,0FMS
6060
EN
23
1 a
11,5
31,25k
9,6
EN
23
12M
9,6 ms
1158-2
km
km ms
50170
5kM
km
bps msa DP
bps
50170
bps.
bps
bps a
três modalidades,
Normade
sendo cada uma tema aumentou.
Taxa
Distância:
transmissão:
Tempo
delas indicada para uma situação es-
pecífica. - Custo final:
Todas as vantagens acima cita-
- Profibus DP (Periferia Distribuí- das contribuem para a diminuição ra-
da de 110 s): dical do custo final da obra.
O Profibus DP foi a primeira ver-
são criada. Essa modalidade é

I I
indicada para o "chão de fábrica", onde
o volume de informações é pequeno RS485
(bits), porém a velocidade é grande.
Normalmente, as transferências ocor-
rem em pequenos blocos.

- Profibus FMS (Field Message Sinal~


Specification): diferencial
Obs: o rurdo não
O protocolo FMS foi uma evolução
Figura 3 muda a polaridade, portanto
do DP,porém, destina-se a outra apli-
o sinal permanece íntegro
cação: a comunicação no nível de

10 SABER ELnRÔNICA Nº 334JNOV~MBROJ2000


- Óptico:
Fig. 4 - Sistema
Profibus em anel. Neste artigo não abordaremos os
PLC aspectos funcionais das fibras ópticas.
Como esse assunto é muito extenso
(e muito interessante também!), a re-
vista Saber estará publicando em bre-
PLC ve uma série dedicada ao estudo das
fibras ópticas.
Hoje, o importante é saber apenas
que podemos ter fibras ópticas plásti-
cas ou de vidro.

- Protocolo de comunicação:
PLC O protocolo de comunicação é o
"formato" da informação.
O número de stop-bit's, velocida-
de de transmissão, paridade, e algo-
ritmo lógico são alguns dos itens que
constroem o protocolo.
De um modo "grosseiro", podemos
dizer que o protocolo é um conceito
MEIO FíSICO x PROTOCOLO ended, sua transmissão baseia-se na de software, e o meio físico de
polaridade do sinal. hardware.
Não devemos confundir meio físi- Notem pela figura 3, que a ampli- Portanto, o Profibus por exemplo,
co da transmissão, com protocolo de tude do sinal não é crítica e, depen- é um protocolo de comunicação, e que
comunicação. O meio físico é o dendo da polarização, temos nível "1" exige para o seu correto funcionamen-
"hardware" necessário para que a in- ou "O". to um determinado meio físico.
formação possa ser enviada do trans- Como a definição do nível é pro- No caso do Profibus, seu meio fí-
missor ao receptor. O meio físico pode duzida pela polaridade, mesmo que sico pode ser elétrico ou óptico. No
ser classificado em duas categorias: um ruído apareça na linha, ele não caso de elétrico, obrigatoriamente,
elétrico e óptico. prejudicará a comunicação. deve ser RS 485.
Como exemplos de transmissão No óptico, pode ser de vidro ou
- Elétrico: diferencial temos a RS 422, e a RS plástico.
O meio elétrico apresenta-se atra- 485. Abaixo temos as especificações Alguns protocolos admitem vários
vés de fios condutores, normalmente técnicas das transmissões RS meios elétricos, porém não é o caso
blindados para não permitir a entrada (Recommended Standard). do Profibus.
de ruídos na comunicação. O meio
elétrico pode ser de dois tipos: Single- Tabela 11
ended e Diferencial .
Especificações RS 232 RS 485
O sistema Single-ended é mais
Modo de operação Single- Single- Diferencial
antigo. Na verdade ele foi desenvolvi-
Ended Ended
do em 1962, e está mais sujeito às Número total de drivers 1 1 1
interferências do ambiente ( EMI ) . 1 10
Número Receptores por 1 linha 32
Nesse sistema temos a RS 232, e a
Comprimento máximo do cabo 50 Ft 4000 Ft 4000 Ft
RS 423.
Velocidade máxima 20 kb/s 100 kb/s 10 Mb/s
A figura 2 mostra como um siste-
Tensão máxima de saída +1- 25 V +1- 6 V -7Va+12V
ma desses comporta-se. Notem que
temos um pino com potencial "O" ( zero Nível de saída do sinal +1- 1,5 V
volt ), que serve como referência. To-
com carga 1 mínimo
mando a RS 232 como exemplo, os
Nível de saída do sinal
sinais - 15 V correspondem ao nível
sem carga 1 máximo +1- 6 V
"1", e + 15 V ao zero ( lógica inverti-
Impedância da carga do drive 54 Q
da). A RS 232 possui vários outros si-
Max. I (máximo) +1- 100 IJA
nais de "hand shaking', que mais atra-
Alta impedância 1 Power-On
palham a comunicação do que aju- Max. Oriver Current in +1-100 IJA
dam! A distância máxima nesse tipo
Alta impedância 1 Power-Off
de transmissão não deve ultrapassar
Slew Rate (Max.) N/A
20 m, e é totalmente inadequada ao
Tensão do receptor (Range) -7Va+12V
ambiente industrial.
Sensibilidade +1- 200m V
O sistema diferencial é muito mais
Resistência de entrada >= 12 kQ
confiável. Ao contrário do Single-

8A8m ELETRÔNICA Nº 334/NOVEM8RO/2000 11


entíficas, etc.), porém denominada "Gate-away", gerencia-
Figura 5 a sua versão "industri- mos o processo com a Industrial
PC al" é largamente apli- Ethernet. Embora algumas versões
Manager cada no gerencia- sejam mais lentas, sua capacidade de
mento do processo fa- transferência de grandes blocos de
bril (ápice da pirâmi- informações é bem maior.
de). Como dissemos A velocidade típica da Industrial
anteriormente, o Ethernet é de 10 Mbps, porém pode-
Profibus é um bom mos encontrar a versão "Fast
protocolo para paco- Ethernet", de 100 Mbps. Quanto à rede
Profibus tes de informações até física, existem três possibilidades: par
o nível de células. trançado e blindado, cabo coaxial de
Embora o Profibus 75 n, ou fibra óptica. Lembrando sem-
PLC PLC PLC (FMS ou PA) possa pre que a fibra óptica possui maior
tratar do gerencia- imunidade a ruídos elétricos.
mento, a Ethernet é
mais indicada para
"PORQUE UTILIZAR A FIBRA isso.Voltando à figura 5, notamos que HUBS
ÓPTICA NO LUGAR DE CABOS a arquitetura ideal da rede de comu-
ELÉTRICOS?" nicação industrial mantém o Profibus Para podermos estender a Indus-
até o nível de células. A partir daí, e trial Ethernet por todo o parque
A fibra óptica, devido ao seu com- através de uma placa "conversora" gerencial, necessitamos de um tipo de
primento de onda, possui uma alta
imunidade a ruídos elétricos. Como o
Figura 6
ambiente industrial é extremamente ~
agressivo quanto a interferências, a Troca
fibra óptica é uma boa opção. de
A figura 4 mostra um exemplo de - Manager ~..

,
uma rede Profibus ligada em anel atra-
vés de fibras ópticas.
~

r
CONCEITO TOKEN PASS
PLC PLC PLC

A topologia normal da rede


Profibus, geralmente, é apresentada
conforme a figura 5. Porém não é raro Configuração Token-pass
encontrarmos versões que se aprovei-
tam da facilidade "Token-pass' (Pas-
sagem de bastão).
Notem pela figura 6 que não te-
mos um único PC Manager. Na ver-
dade, para determinada função o PC
Manager pode ser o "A", e para outra
o "8". Essa técnica, além de proporci-
onar uma arquitetura mais aberta,
aumenta a velocidade da comunica-
ção, pois cada PC pode realizar tare-
fas dedicadas a sua programação, não
perdendo tempo com as demais. Essa
Uma LAN
facilidade está disponível apenas para
o Profibus FMS ou PA . iI'"

INDUSTRIAL ETHERNET
HUB chaveador
A Ethernet é a mais famosa rede
de comunicação interna. Ela está pre- HUB (núcleo) repetidor e chaveador.
sente nos mais variados segmentos
tecnológicos (automação bancária, Figura 7
controle de processos, aplicações ci-

12 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


acessório denominado "Hub" (núcleo).
Há dois tipos de Hubs: o repetido r e o
chaveador (Swifching).
O repetidor consegue ligar uma li-
nha de Ethernet em outra única linha.
O chaveador, por outro lado, possibili- KiT pARA dESENvoLviMENTO dE MicROCONTROlAdoRES
ta a multiplicação de uma linha em 8051 (MCS51) E ATMd AVR COM pORTA SERiAL
várias outras. Observe a figura 7. RS--2n E DispLAy LCD.

"Qual a vantagem de utilizar um ou IdEAL pARA dESENvoLviMENTO dE pROTÓTipos COM


outro?" MicROCONTROLAdoRES E PROGRAMAdoRES pARA
MicROCONTROLAdoRESATMEL AT89C2051, 89C51,
Embora o chaveador possibilite
89C52 E 89C55.
uma extensão praticamente infinita da
linha Ethernet, quanto maior o link, Okit é composto de:
tanto menor será a velocidade da co-
.• Placa programadora
municação. Não devemos esquecer
.• Display LCD 2 linhas
que o processo da "multiplicação" de
.• Documentação em 2
Iinks é semelhante à multiplexação e
disquetes (Inglês), com exemplos
demultiplexação de dados.
de programas em assembler
.• Cabo de programação (ISP)
FACILIDADE IT
SABER PUBLICIDADE E
A Industrial Ethernet tem outra ca- PROMOçõES LTDA.
racterística bastante interessante: a Verifique as instruções na solicitação de compra da última página.
conexão com a web. Todo o sistema Maiores informações
de gerenciamento pode ser ligado à Disque e Compre (11) 6942-8055-
web. Rua Jacinto José de Araújo,309 - Tatuapé- São Paulo- SP
Aqui cabe um aviso: embora essa
facilidade possa agilizar o
gerenciamento, ela também pode ser
uma porta de entrada para usuários
não autorizados. A segurança, portan-
to, é um fator a ser considerado quan-
do utilizamos esse recurso.

CONCLUSÃO
SISTEMA PARA GERENCIAMENTO DE BANCO DE DADOS

É bem verdade que o assunto co-


Um software especialmente para publicações de eletrônica
municação industrial é muito vasto.
Mesmo que escrevêssemos 20 ar- Uma ferramenta para os profissionais da área
tigos a respeito, provavelmente não
abordaríamos nem 20% do total do Características:
assunto. Cadastrado uma parte da coleção de sua revista Saber Eletrô-
Entretanto, acreditamos ter forne- nica. (do número 276 jan/96 ao 329 jun/OO)
cido uma breve noção dos aspectos Classificado por assunto, título, seção, componentes, palavras-
físicos e lógicos que envolvem a co- chaves e autor.
municação de dados no ambiente in- Permite acrescentar novos dados das revistas posteriores.
dustrial. Requisitos mínimos:
Como sempre fazemos , segue PC 486 ou superior, Windows 95 ou mais atual, 16 Mbytes
uma pequena lista de alguns sifes in- de RAM e 9 Mbytes disponíveis no Disco rígido
teressantes do ramo, que podem ser
úteis para quem deseja aprofundar-se R$ 59,00
nesse tema:
www.host.ots.utexas.edu SABER PUBLICIDADE E PROMOÇÕES LTDA.
www.rs485.com Verifique as instruções na solicitação de compra da última
página. Maiores informações - Disque e Compre (011) 6942-
www.alliedtelesyn.com 8055. Rua Jacinto José de Araújo, 309 - Tatuapé - São Paulo - SP
Até a próxima! -

8Am~R ~LnRÔNICA NQ334/NOV~MBRO/2000 13


8
Index
Communlcations
Authorlt)'
Austratian

To dealwith lhe problem ofElectromagnetic I,


Compatibility(EMC)regulaloryarrangements
regulalionislominimiseeleclromagnelicinlen
performance ofeleclrical products ar disrupl as
importantwithlherapidgrO\li1hinlheuseofele,
domestic environments and as a resu~ is now m
producls.

From 1 January 1999, ali productsthat fali wilhin t,


lhe arrangements and muslbe appropriatelylabellt
priortothe inlroduClion ofthe arrangements. The Ia,
Labellingmayalsoappearonlhepackaging,bulis

Compatibilidade Eletromagnética é 2000 IEEE EMC Symposium EMC TUTORIAL


um assunto de destaque nos meios
profissionais da Eletrônica. No proje- Em agosto deste ano foi realizado O que é EMC, como projetar pla-
to de qualquer equipamento devem em Washington um simpósio sobre cas de circuito impresso, linhas de
ser seguidas regras severas para evi- EMC, onde vasta documentação so- transmissão, blindagens, planos de
tar a irradiação de interferências, além bre o assunto foi produzida. O leitor terra, etc., para evitar os problemas
de outros fatos que podem ocorrer que desejar ter acesso ao que acon- com EMC é o que encontramos nesta
quando sinais trafegam por linhas fí- teceu nesse simpósio, poderá acessar excelente página mantida por Glenn
sicas criando campos eletromagnéti- seu site em: A. Williansom. O seu endereço é:
cos capazes de causar diversos de- http://www. dcemc2000 .org
feitos nos aparelhos e mesmo interfe- http://www3 .ncs u. ed u/EC E480/
rir nos seres humanos. 480_emc.htm
Nesta edição, em nossa coluna ACA - AUSTRALlAN
"Achados na Internet" procuramos reu- COMMUNICATIONS AUTHORITY Na verdade, o site deste autor tem
nir uma série de sites que estão rela- uma vasta documentação básica so-
cionados com a compatibilidade ele- Mais um site com muitos documen- bre muitos assuntos da Eletrônica,
tromagnética ou EMC. tos sobre EMC que pode ser acessado com verdadeiras "aulas" sobre temas
Se bem que a maioria deles este- no endereço: importantes. Trata-se de site ideal para
ja em inglês, esse tipo de informação quem deseja uma introdução ao as-
é muito importante, inclusive com hUp://www.aca.gov.au/sta ndards/ sunto com explicações bem detalha-
tutoriais para aqueles que desejam emc.htm das sobre seus fundamentos.
conhecer mais sobre o assunto.

EMC INFORMATION CENTER


EMC Information Centre

Este site, da Inglaterra, contém El EMC+Comnliance Journal


Expert opinions on ali EMC~related issues.
uma grande quantidade de informa- • EMC+Comoliance Yearbook 2000
The lates! edrtion - hot off the press!
ções sobre EMC, conforme o próprio • Arcbive Searcb
Find information buried in our archives.
nome sugere. O leitor poderá acessá- El~
10 em: The unique EMC Product Finder.
e EMC New Products
http://www.emc-journal.co.u k New product enquiry sarvic8.
• Journal Advertísers
Index Df advertisers in the current Journal.
• Journal Media Information
Além de informações sobre produ- Circulation figures, advertising rates, copy requirements, mechanical
tos e um anuário, o leitor terá também details, future contento

informações sobre uma grande quan- @NutNood UK Ltd 2000


l'iutwooduk@emc-ioumil/.co.uk

tidade de artigos a respeito deste as- @ Nut'HOOd UK Ltd 2000


sunto.

14 SABER RnRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


DESIGNING TO AVOID EMC
PROBLEMS ~1"Cl~~
-------- l."'l'~Nl;'''. [1"<; -:::t-J,!'

o nome deste site já diz tudo: "Pro-


jetando de modo a evitar problemas
8
Contlct:
Communlcatlons
Authoríty
Australian
emc@aca.oov.au Updated: 11 August 2000
EMC Index Page

IW1W'<l.aca,golf"utslanda«isfemc..htm
de EMC". Nele, o leitor encontrará Index

muitas informações práticas importan-


g EMC Reaulatorv Arranaements . a brief explanation
tes para projetos que possam estar
• Oiscussion Paoer· Prooosed Amendments to lhe ACA's EMC Scheme . CQmmel'lts alose
sujeitos a problemas de EMC. Este site ••••
31 Augu:ri 2000
Index to RaieI/ao! Documentation
é mantido pela revista "Industrial Q Contac! Details
Technology Magazine" e seu endere-
ço é: EMC Regulatory Arrangements
http://www. industrialtechnology. co.u k!
To deal with the probíem 01Eíectromagnetic Interference (EMI) the ACA has introduced the Electromagnetic
emc.html Compatibility (EMC) regulatory arrangements under Râdiocommunic&lioM Act 1992. The purpose 01the
regulation is to minimise electromagnetic interl'erence between electronic products which may diminish the
Na página específica sobre EMC petformance af electrical products or disrupt essential communications, This is becoming increasingly
encontramos uma relação de artigos important with the rapid growth in the use of electronic systems and digital technology in the commercial and
domestic environments and as a result is now mandatory for a large range of commercially available
a respeito deste assunto e alguns /inks products,

importantes. From 1 January 1999, ali products that fali within the scope ofthe regulation are subject to compliance with
the arrangements and must be appropriately labelled, This is regardless of whether they W'Sreon the market
prior to the introduction of the arrangements. The label is to appear an the product on ar near the rating plate.
Labelling may also appear on the packaging, but is not mandatory
SOCIEDADE BRASILEIRA DE
ELETROMAGNETISMO
estudo sobre pares trançados onde energia elétrica gerada a partir de fon-
Neste site, mantido pela Universi- encontramos a discussão de proble- tes alternativas como a solar, vento,
dade Federal de Minas Gerais (em mas de EMC. Vale a pena ser lido por ondas, marés, etc., na forma mais
português!), encontramos uma boa todos os que trabalham com pares apropriada para o armazenamento,
documentação sobre EMC e ainda trançados. O endereço é: transmissão e consumo.
/inks para simpósios e conferências http://penta. ufrgs. br/rc952/Cristi na/ Navegando pela Internet encon-
sobre o assunto. utpatual.html tramos diversos sites que se dedicam
O endereço a ser visitado é: ao estudo ou divulgação de formas
http://www.cpdee.ufmg.br/~sbmag/ alternativas de energia, pesquisas ou
eventos.html FONTES ALTERNATIVAS DE ainda produtos relacionados com sua
ENERGIA produção e consumo. Veja a seguir:

PEQUENO ESTUDO A ameaça de surgimento de uma


SOBRE PAR TRANÇADO nova crise do petróleo com aumentos a) ALTERNATIVE ENERGY
indefinidos do preço do barril, nos faz SOURCES
Mauro Lúcio Baioneta Nogueira e pensar cada vez mais no uso de for-
Cristina Melchiors, da Universidade mas alternativas de energia. A Eletrô- Neste site podemos encontrar in-
Federal do Rio Grande do Sul, apre- nica, com recursos técnicos apropria- formações e /inks, além de páginas
sentam na Internet um interessante dos, pode ajudar muito convertendo ideais para professores e alunos que
precisam de uma base informativa
sólida para suas aulas e pesquisas. O
endereço é:
http://www. bhson Iineorg/library/
alternen.htm
~ Energia Ahernativa Nele, temos ainda, a opção de
"foreign languages" ou linguas estran-
Adaptação do artigo da revista SUPER INTERESSANTE geiras, onde a documentação pode ser
Está sendo elaborado um projeto que visa extrair energia elétrica do movimento das ondas do
traduzida diretamente por softwares
mar. O efeito é conhecido como hidropiezelétrico e utiliza um plástico chamadojluoreto tle apropriados.
poliviniJü1eno.

o gerador hidropiezelétrico funciona basicamente da seguinte maneira: o material plástico possui


a propriedade de gerar eletricidade quando tensionado de alguma forma, assim são produzidos b) ENERGY RESOURCES ON THE
vários módulos onde este é ligado a uma bóia que flutua na superfície e a uma âncora que INTERNET
pennanece rIXa no solo aquático. Ao movimentar-se devido às ondas, a bóia tensiona o plástico
que acaba por gerar energia elétrica. Ao final do processo, um transformador deve se encarregar
de levantar o nível de tensão gerada e entregá-Ia a uma central de distribuição. O projeto ainda é Mais um site com informações e
teórico, mas a empresa americana Ocean Power Tecnologies pretende produzir um protótipo do
sistema e testá-Io no Golfo do México. /inks, que deve ser visitado pelos leito-
res que se interessam pelo assunto:
Fica observado que até hoje ainda não se conseguiu uma geração de energia alternativa eficiente a
ponto de substituir ou se comparar com a geração hidrelétrica de energia.
http://mps2iserve r.net/goetz/Econ/
Resource/energy.htm

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 15


BRITSH WIND ENERGY
ASSOCIATION

o endereço abaixo é da Associa-


ção Britânica para Energia Eólica ofe-
recendo muitas informações sobre tur-
binas e outros equipamentos gerado-
res de eletricidade a partir do vento.
Transmission 1mes PCB LaV'Alt PCB Desl,O;tl Apertures
http://www.britsh ,windene rgy.co. uk ~ Decoupw GroundPlanes Near-fieldIFar-field

DANISH WIND TURBINE Wards to tive By:

MANUFACTURERS ASSOCIATION
The Dichotomy of EMC:
What is Good Practice for the Circuit isn't necessarily Best for E~1C.
o endereço dado a seguir é da --GoodLuck ...
What is Good Practice for EMC isn't necessarily Best for the Circuit.

Associação Dinamarquesa de Fabri-


cantes de Turbinas para geração de Unle" or untilvou Understand ANALOG, You will only solve your EMC Problems by Sheer Luckl
energia a partir do vento. Este site However~

pode ser acessado com a opção em When vou thorough1yUnderstand ANALOG, You will only solve your EMC Problems by Sheer Luck!

espanhol, tornando-se interessante


One's ability to solve EMC Problems is a little lik.e the Programmer's ability to write NBug-Free" code: Less
para os leitores que não dominam o
inglês.
http://www.windpower.dk
nosso país. A própria Revista Saber Veja como funcionam estes pai-
Eletrônica já fez extensa reportagem néis, no site da empresa:
SUPERINTERESSANTE sobre seus produtos, mostrando como
funcionam as células solares. http://www.heliodinamica.com.br
Na página indicada abaixo os lei- Atualmente, esta empresa fabrica
tores podem ler um artigo adaptado painéis solares para a geração de OBSERVAÇÃO:
da revista Superinteressante, onde se energia elétrica, podendo ser usados Os endereços citados nesta seção
fala do aproveitamento da energia das em projetos que envolvam formas al- foram obtidos em pesquisa feita na
ondas convertendo-as em eletricida- ternativas de energia como, por exem- última semana de setembro. Como a
de por meio de um transdutor basea- plo, em locais em que a energia elé- Internet é dinâmica e não nos é pos-
do em propriedades hidro-piezo- trica comum não esteja disponível. sível prever eventuais mudanças dos
elétricas do fluoreto de polivinilideno. Os painéis solares da Helio- sites, poderá ocorrer que algum dos
http://www.dee.ufc.br/novidade/ dinâmica podem ser empregados para endereços fornecidos mude, ou não
hidro.html carregar baterias e alimentar lâmpa- esteja mais disponível, ou ainda tenha
das, geladeiras, televisores, equipa- a página modificada até a saída des-
mentos eletrônicos, etc. ta revista nas bancas. -
HELlODINÂMICA

A Heliodinâmica, empresa de SP,


é pioneira na fabricação de células
solares de silício monocristalino em

EMC Symposium Web Page!


Washington Hilton, Washington, De
Ali Righls Resel11ed@
August 21-25, 2000 Web Site. Denlopment by ~

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16 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


TELEFONIA DIGITAL E
MULTISSERVIÇOS SOBRE
PAR- TRANÇADO
Pedro A. Medoe
Aline Swensson

convencionais, se ele dispuser de um


Um novo mercado vem sendo explorado pelas operadoras da PABX digital com placa E1 para ser
acoplada ao modem da operadora lo-
telefonia fixa no Brasil: o tráfego de voz, dados e imagens de cal.
altíssima resolução através da rede telefônica existente, habilitan-
do assinantes comuns e permitindo que tenham acesso aos
CONCEITOS DE PCM
multisserviços cada vez mais presentes nos dias atuais, e o en-
troncamento digital E1 possibilitando as empresas a terem o DOR A técnica do PCM (Pulse Code
(Discagem Direta a Ramal), a identificação do assinante chamador Modulation) ou Modulação por Códi-
e a comunicação isenta de ruídos, entre outras facilidades. go de Pulsos baseia-se na premissa
de que é possível regenerar um sinal
elétrico qualquer a partir de uma cer-
ta quantidade de amostras regulares
INTRODUÇÃO sistema. Um exemplo recente de ser- que forem retiradas do mesmo. Entre
viço que vem sendo oferecido pelas 1920 e 1940 vários pesquisadores tra-
Com o surgimento dos chips de operadoras da telefonia fixa em nos- balharam nessa teoria, destacando-se
baixíssimo consumo, foi possível a so país é a linha Digital Assimétrica entre eles um engenheiro da Bell
digitalização dos sinais analógicos da de Assinante (Asymmetric Digital System, Harry Nyquist.
voz e transmiti-Ios através de uma li- Subscriber Une), ou ADSL. Fundamentou-se na teoria de que
nha telefônica com fios convencionais, Outro exemplo é o Entroncamento a amostragem dos sinais deveria ser
obtendo-se transmissões da ordem de Digital E1, serviço oferecido às empre- no mínimo o dobro da maior freqüên-
alguns Mbps (Megabits por segundo). sas, onde se disponibilizam até 30 cia do sinal gerado, ou seja, no caso
Essa tecnologia permite que os canais, com largura de 64 kbps cada da voz humana que possui a faixa de
multisserviços cheguem até os peque- um, o que permite ao usuário possuir 0,3 a 3,4 kHz, a amostragem dos si-
nos negócios, residências e profissio- 30 linhas telefônicas por feixe de 2 Mb nais é 2fm (duas vezes a freqüência
nais autônomos, utilizando-se a rede instalado, em apenas 2 pares de fios máxima), portanto, uma amostragem
telefônica já implantada, bastando ins-
talar no assinante um modem e do o 2 15 16 17 31

lado da central pública um multiple- CANAL CANAL


TELEFONICO TELEFONICO
xador de acesso. TELEFONICO
1
CANAL I TELEFONICO
2
CANAL ~
--
I TELEFONICO
15
CANAL 17 31

O que está levando as companhi-


as telefônicas a correrem contra o tem-
125115
po é o fato de que a Internet exige ~
velocidades cada vez maiores, e isso
Fig. 1 - Os 30 canais de voz e 2 de controle.
só é possível com a digitalização do
17
SABER ELETRÔNICA Nº 334fNOVEMBROf2000
de 6,8 kHz será feita para que o sinal
seja recuperado integralmente na re-
cepção.
Essa teoria ficou adormecida até
meados da década de 60, quando
surgiram os primeiros circuitos integra-
dos que possibilita a fabricação comer-
cial de equipamentos digitais para te-
lecomunicações.
Atualmente existem sistemas PCM
canal 30 canal 31
instalados tanto para transmissão via
linha física quanto para transmissão
via cabo coaxial, fibra óptica ou via
rádio, sendo que sua maior aplicação
Fig. 2 - A estrutura do sistema PCM 30.
consiste na interligação de centrais
telefônicas.
Neste último caso, por exemplo, o
PCM combina as técnicas de CONVERSÃO AIO CONVERSÃO DIA
multiplexação por divisão de tempo sinal r----------------------I ,----------------------~ sinal
, ,
analóglco ,
(TOM), que permite aumentar a capa- , I~-------~I : ,

,
:
:
,
analógico

cidade de pares de troncos que, origi- ,


, ,
,
,
nalmente, só permitiam uma conver- :, ,
, I
, I
(original) ,, :
sação telefônica, para 30 conversa- ,
,
, i, (reconstituído)
, : ,
ções telefônicas simultâneas. Isto re- ,
,
,
,
,
,
, , I
presenta uma solução vantajosa para , , I,
, , PCM ,
:, , ,
as companhias telefônicas, já que uma : I,
, , ,
de suas maiores dificuldades consis- :, ,
, ,
,
, ,
te na expansão da rede. ,
,
I,
, , I
L ~ _____________________
l
Fig. 3 A conversão do sinal analógico para digital e sua reconstituição.
ESTRUTURA DO PCM 30 CANAIS
Quadro e Multiquadro - cada con- qüência que se pode reconstituir. Tor-
Na prática, dois sistemas PCM fo- junto de 32 canais formados, figura 1, na-se indispensável a inclusão de um_
ram adotados: um com 32 canais de é denominado de quadro e um con- filtro passa-faixa para amostrar so-
transmissão (Lei A) e outro com 24 junto de 16 quadros formam um mente o que é necessário.
canais (Lei u). No Brasil o sistema multiquadro, numerados de O a 15, fi- Na saída do amostrador uma sé-
adotado foi o de 32 canais, como na gura 2. A cada multiquadro transmiti- rie de pulsos são produzidos, cujas
maioria dos países. A UIT-T, organis- do é enviado um aviso (sincronismo amplitudes correspondem às amplitu-
mo da ONU que gera as normas para de multiquadro), denominado de pa- des dos sinais analógicos no exato
as telecomunicações, determinou que lavra de alinhamento de quadro e momento em que se processa a
os países que aplicassem a Lei u de- de serviço. amostragem, e é equivalente a uma
veriam transportar sinais segundo a seqüência de pulsos modulados em
Lei A, no momento das comunicações amplitude, denominada de PAM (Pul-
internacionais. CONVERSÃO AIO - DIA se Amplitude Modulation), cujo tem-
A estrutura do PCM 30 é formada po de amostragem equivale à sua lar-
por 30 canais utilizados para a trans- A conversão do sinal analógico gura e que depende da freqüência de
missão da voz, de forma simultânea, para digital é realizada por um equi- amostragem.
o que equivale a 30 ligações telefôni- pamento denominado de Coder O princípio de funcionamento é o
cas. (Codificador) e o inverso é feito pelo seguinte: um filtro passa-faixa é inter-
Outros 2 canais fazem controles, Decoder (Oecodificador). A junção calado entre a fonte do sinal analógico
sendo mais importante o canal que faz desses dois equipamentos formam o a ser amostrado e uma chave analó-
o controle do sincronismo, tudo isso Codec (Codificador + Oecodificador). gica que limita a banda de freqüênci-
transmitido e recebido numa freqüên- Na figura 3 podemos observar o dia- as que será amostrada, figura 4.
cia de 8 kHz. Foi adotada essa fre- grama em blocos da conversão NO - Um gerador de clock fornece uma
qüência para facilitar a elaboração dos O/A. seqüência de pulsos definidos que são
filtros. Amostrador - no processo de injetados na entrada de controle da
Como cada canal tem 8 bits, a taxa amostragem dos sinais analógicos, as chave analógica. Assim, a chave
de transmissão/recepção fica em freqüências mais altas também são analógica fecha toda vez que um pul-
2,048 Mbps (8 bits por canal x 32 ca- amostradas, pois de acordo com a te- so de sincronismo inicia o período de
nais x 8.000 vezes por segundo), daí oria de Nyquist, a freqüência de subida, gerando na saída um pulso
o nome de Feixe de 2Mb. amostragem não limita a maior fre- correspondente à amplitude do sinal
18
SABER ELETRÔNICA Nº 334fNOVEMBROfZOOO
~-----------------------, - Tipo de sinalização da linha -
FILTRO CHAVE I
SINAL 20 Khz ANALÓGICA I as duas centrais (pública e privada)
ANALÓGICO I PAM
trocam informações entre si através
dos sinais de ocupação e supervisão
de link. Esses sinais podem ser: R2
Digital, E+M Pulsada e E+M Contínua.
Fig. 4 - O diagrama em JlliIllilllL - Número de dígitos de saída - é
blocos do amostrador.
a quantidade de dígitos que o ramal
CLOCK DDR deverá possuir, normalmente
definidos como 2,3 ou 4 dígitos.
- Número de dígitos de entrada -
é a quantidade total dos dígitos que a
analógico no instante de fechamento que estará sendo coletada (na entra- interface solicita à central pública,
da chave. Completado o pulso de da do circuito) para a amostragem do numa ligação de entrada. Há situações
clock, a chave analógica abre e espe- sinal. Já na recepção, o filtro permite em que a central pública informa tam-
ra o próximo pulso para retirar a amos- a recuperação do sinal analógico ori- bém o prefixo, portanto, a quantidade
tra seguinte. ginal removendo as componentes de dígitos de entrada deverá ser:
Quantizador - os pulsos gerados espectrais que estejam em cima da quantidade de dígitos do prefixo +
na saída do amostrador podem assu- FM (Freqüência Modulada), a partir quantidade de dígitos do ramal.
mir infinitos valores de amplitude, as- dos pulsos PAM presentes na saída - Numeração DOR adotada - é a
sim sendo, na etapa da codificação do decodificador. numeração que os ramais possuirão,
seria necessário gerar infinitos códi- por exemplo, a operadora definiu como
gos, cada um com uma determinada numeração os ramais de 8500 a 8599.
amplitude do pulso PAM, o que não é INTERFACE E1 Essa numeração será de acordo com
possível. Intercala-se um quantizador a capacidade do PABX e de acordo
para aproximar os pulsos a valores Para o intercâmbio entre o PABX com a quantidade de ramais DDR que
pré-determinados, obtendo-se assim digital e o Iínk de 2,048 Mbps da ope- a empresa solicitar.
uma seqüência de código binário para radora de telecomunicações, é neces- - Prefixo da central pública - é o
cada amplitude pré-determinada. sária uma interface com o sistema número que identifica a central públi-
Os conjuntos de valores são de- PCM, que permite a transmissão si- ca à qual pertence o PABX. Numa li-
nominados de Curvas de Quantização multânea das 30 ligações telefônicas, gação de saída, a CPU envia para a
e obedecem a certos padrões para onde múltiplos usuários compartilham central pública qual ramal está fazen-
cada modalidade de aplicação do si- do mesmo meio físico sem que haja do a ligação. Em algumas operadoras,
nal PCM, sendo basicamente de dois quebra nas conversações. Intervalos o prefixo da central pública também
tipos: a quantização linear e a de tempo são associados para cada deve ser enviado.
quantização comprimida. De uma for- amostra digital da voz do usuário e - Ramal DOR piloto - o prefixo da
ma resumida, o quantizador arredon- transmitidos em tempos regulares, uti- central pública + o ramal piloto formam
da para mais ou para menos os níveis lizando-se da técnica TDM (Time o número de acesso à empresa, como
de amplitude dos pulsos PAM, e quan- Oivision Multiplexing) ou Multiplexação se fosse o tronco-chave. Todas as li-
to maior a quantidade de níveis de por Divisão de Tempo. gações dirigidas a esse ramal são
quantização menos ruído ou distorção Antes da ativação de uma interface atendidas normalmente por uma tele-
de quantização possuirá o sinal codi- E1 (Placa E1), algumas informações fonista ou recepcionista. Por exemplo,
ficado. devem ser obtidas junto à operadora uma empresa possui o número 1234-
Codificador - no sistema PCM o local, ou seja, quais são as configura- 5000, o prefixo seria 1234 e o ramal
codificador é a parte principal, onde ções que o técnico deverá programar DDR piloto, 5000.
para cada amostra quantizada do si- no PABX digital da empresa solicitante - Tipo de juntor - cada canal do
nal é estabelecido um código binário, do entroncamento digital: E1 é um juntor, que poderá ser de
figura 5, transformando assim, os si-
nais analógicos em digitais. amplitude 000000000
Oecodificador - o caminho inver- 000000000
000111000
so agora tem que ser realizado, ou 3 011111110
seja, converter os sinais PCM em si- 2 011111110
nais PAM, com natureza idêntica aos 011111110 slnalPCM
1 011111110
gerados pelo amostrador. O 111111111
Filtro Passa-Faixa - O filtro pas- 000000000
-1 O O O O O O O O O tempo
sa-faixa está presente tanto na trans- 000111000
missão quanto na recepção do circui- .2000000000
to, sendo seu papel extremamente -3011111110
011111110
importante para o funcionamento das 011111110
011111110 Fig. 5 - Código PCM de 8 bits.
mesmas, pois limita a faixa de áudio
da voz humana entre 0,3 a 3,4 kHz,

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 19


entrada, saída ou bidirecional. Será de
entrada quando somente receber liga-
ções, de saída quando somente efe-
tuar ligações e bidirecional para efe-
tuar e receber. Os tipos de juntores são
definidos pela empresa contratante do
serviço.
- Seqüência de ocupação dos
canais - em algumas operadoras os
canais são ocupados de forma cres-
cente (sempre a partir do primeiro), já
em outras, de forma decrescente
(sempre do último e decrescendo). A
seqüência que será programada é a
contrária da operadora.
- Número de canais - a quantida-
de de canais programados será a
mesma que a operadora dispuser no
entroncamento, portanto, os canais
não utilizados na placa E1 deverão ser
bloqueados.
- Identidade de A (assinante
chamador) - na troca de sinalizações
entre as centrais, define-se em que
momento será pedida a identificação
do assinante chamador:
- não pede;
- pede a identidade depois do 1Q
dígito; Fig. 6 - A divisão dãlinha telefônica em 3 canais de transmissão.
- pede a identidade depois do 2Q
dígito; utilizado. Enquanto em linhas telefô- Somente com essa tecnologia é
- pede a identidade depois do 3Q nicas convencionais deve-se usar possível trazer para as residências e
dígito. modems analógicos, cujas taxas de pequenos escritórios, a multimídia, o
transmissão chegam a 56 kbps, em vídeo em full-motion, etc., o que re-
linhas digitais usam-se modems digi- presentará para as operadoras de te-
VANTAGENS DO E1 tais variando entre 128 kbps (ISDN) e lefonia fixa e provedores de acesso,
8Mbps (ADSL), recebendo os dois um mercado muito promissor cada vez
Não devemos esquecer das van- pares de fios da rede externa (1 par mais crescente. Literalmente, a ADSL
tagens que o E1 pode oferecer: TX e 1 par RX) e conectando à placa está transformando a rede telefônica
- Maior confiabilidade e imunidade a E1 por intermédio de dois cabos existente, destinada ao transporte de
ruídos; coaxiais de 75 ohms, sendo um cabo sinais de voz, textos e gráficos de bai-
- Redução do espaço físico; TX e outro RX. xa resolução, numa infovia poderosa.
- Baixo custo;
- Maior capacidade;
- Maior flexibilidade; AADSL E O FUNCIONAMENTO
- DDR (Discagem Direta a Ramal); SEU POTENCIAL
- IDA (Identificação do Assinante) Dois modems são colocados nas
A linha digital assimétrica de assi- extremidades da linha telefônica, um
nante é o termo utilizado para os na casa do assinante e outro na cen-
MODEM modems que convertem as linhas te- tral pública. Esses modems estão
lefônicas convencionais num feixe di- permanentemente conectados, divi-
Os modems são responsáveis por gital de alta velocidade. dindo digitalmente a linha telefônica
transformar (modular) as informações O modem é assimétrico porque em 3 canais separados, no primeiro
que um aparelho telefônico envia a transmite os dados da casa do usuá- canal trafegam os sinais de voz onde
outro numa forma que possa ser trans- rio numa velocidade menor do que os o assinante pode utilizar seu apare-
mitida pela linha telefônica e, na via recebe. Este tipo de transmissão atin- lho telefônico para realizar ou receber
inversa, recompor (demodular) as in- ge atualmente a faixa de 6 Mbps para uma chamada, no segundo trafegam
formações recebidas para uma forma o download e 640 kbps para upload, os dados no sentido usuário/rede
que o aparelho telefônico possa inter- o que significa um aumento de 50 (upstream), já o terceiro é destinado
pretar. Eles podem ser de vários tipos vezes na velocidade atual dos ao fluxo rede/usuário (downstream),
e dependem do meio de transmissão modems. figura 6.
20 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000
A divisão da linha telefônica é fei- conectado à Internet com velocidade
ta primeiramente por um chip chama- superior a 1 Gbps. O Iink ATM/lnternet
do POTS Splitter (Plain Old Telephony é feito normalmente através de cabo
Services) ou divisor de linha telefôni- óptico, figura 7.
ca convencional, separando-a em
duas faixas: uma de 4 kHz para o trá-
fego de voz e outra de até 2 MHz, uti- VELOCIDADE
lizada para o transporte dos dados.
A faixa de maior freqüência é no- A velocidade dependerá da distân-
vamente dividida por outro chip cha- cia que o usuário estiver da central
mado Channel Separator, em duas telefônica e da qualidade de sua linha,
partes: uma maior para download e podendo obter taxas médias de 4
outra menor para upload. Mbps para downstream (nunca inferi-
Como o downstream (fluxo de da- ores a 1 Mbps) e de até 640 kbps para E VOCÊ APRENDE
dos sentido rede-usuário) é em nú- upstream, nunca inferiores a 160 kbps. NA MELHOR
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Fig. 7 . As etapas de uma conexão em linha ADSL.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
BAsICAS ( 8 pgtos.)
mero maior, a largura do seu canal é FUTURO PRÓXIMO PRÁTICAS DIGITAIS ( 8 pagtos.)
maior, obtendo-se assim velocidades
muito maiores. Uma divisão no canal
As linhas telefônicas estão es-
de POTS fora do modem, feita por fil-
tros, garante o funcionamento palhadas por toda a parte, calcu-
ininterrupto do circuito de voz, se ocor- la-se que atualmente existam cer-
rerem falhas na ADSL. ca de 800 milhões delas no mun-
Do lado da companhia telefônica do. Hoje conectam telefones, fax,
outro modem é conectado na extre- e computadores em velocidades
midade da linha, onde o chip POTS muito lentas (28,8 kbps para os
Splitter separa os canais de voz e da- modems, 128 kbps para a RDSI
dos.
(Rede Digital de Serviços Integra-
As chamadas telefônicas de voz
dos)).
são chaveadas para a rede telefônica
Num futuro próximo conecta-
pública através do PSTN (Public
rão computadores em velocida-
Switched Telephone Network), e pro-
cessando-se da forma convencional. des de até 9 Mbps, 300 vezes
Os dados são encaminhados ao mais rápido que o modem e 70

~~~~~;
DSLAM (Digital Subscriber Une vezes mais rápido que a RDSI. A
Access Multiplex), que recebe os da- AOS L removerá o último obstácu-
dos provenientes de todos os assinan- lo ao acesso às taxas de alta ve-
tes desse tipo de serviço, unindo-os locidade, permitindo que o cida-
através de uma única linha de dão comum participe cada vez CEP
altíssima velocidade, o ATM mais de um mundo globalizado. Anote Cartão Cosulta n° 1022
(Asyncronous Transfer Mode), que fica

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 21


o analisador de espectro é um instrumento muito utilizado nas tele-
comunicações e na indústria de um modo geral. Como veremos a se-
guir, esse equipamento permite a visualização de anomalias em um
sinal elétrico que não poderiam ser detectadas por outros instrumen-
tos (osciloscópios, analisadores lógicos, etc.).
Como esse assunto é extenso, o artigo foi dividido em duas partes.
A primeira delas abordará os conceitos fundamentais da análise do
espectro e a "anatomia" do analisador.
A segunda parte estudará, com maiores detalhes, alguns conceitos
práticos. Mãos-à-obra !
Alexandre Capelli

ANALISADORES
DE ESPECTRO
o QUE É ESPECTRO, E POR QUE utilizaríamos? Resposta: o analisado r priadas. Analogamente, qualquer sinal
MEDI-LO? de espectro. pode ser decomposto em senóides
Para explicar melhor o processo, separadas.
A maioria dos técnicos e engenhei- vamos observar a figura 1. Observem como a figura 2 de-
ros eletrônicos estão habituados à No exemplo, a forma-de-onda monstra o sinal da figura 1 decom-
análise do sinal elétrico tendo como apresentada no osciloscópio não é posto por suas senóides.
referência o tempo. uma senóide (nem tampouco quadra- O eixo do domínio do tempo mos-
O osciloscópio é o mais clássico da, ou triangular). tra o resultado da superposição da
instrumento dessa natureza. Suponha ainda que é um caso con- senóide fundamental com uma harmô-
Assim, quando queremos analisar creto em que o sinal deveria ser pura- nica.
a forma-de-onda, ou outro evento elé- mente senoidal. Esse é o resultado apresentado
trico que se relacione com o tempo, o O que está havendo com ele? Para pelo osciloscópio. Já observando o do-
osciloscópio é uma poderosa ferra- responder a essa pergunta, vamos mínio da freqüência, podemos "enxer-
menta. recordar algo sobre a "série de gar' a amplitude e freqüência da har-
Mas, se ao invés de desejarmos Fourier'. Ela diz que qualquer forma- mônica responsável pela deformação
saber qual é a forma-de-onda de um de-onda pode ser construída através da senóide fundamental.
sinal, desejássemos saber o porque de um ou mais sinais senoidais com Temos aí a resposta mostrada pela
ela é dessa forma, qual instrumento freqüência, amplitude e fase apro- tela do analisador de espectro. Atra-
vés desse último resultado, podemos
Volts (mV)
entender melhor o que ocorreu com o
sinal.
'Sinal senoidal A degradação de um sinal é um
com harmônica.
fator preocupante na eletrônica, prin-
cipalmente nos sistemas de telecomu-
nicações.
Com a análise do espectro de fre-
qüências, podemos projetar filtros que
eliminem as harmônicas (ou ruídos
Tempo
aleatórios) que estejam interferindo no
(ms) sinal fundamental.

22 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


a) Módulo Mixer-o mixeré um cir-
Amplitude
cuito que combina a freqüência do si-
Oscílosoopio Freq. Analisador de espectro nal analisado com a freqüência do
oscilador local (LO). Esse circuito não
é linear e, em sua saída temos duas
freqüências que correspondem à
soma delas (fio + f sig) e à diferença
(flo-f sig). Assim, como no rádio, a úni-
ca que interessa para o analisador é
à diferença (fig 4). Nesse ponto, o
mixer converteu um sinal de RF em
Dominio
do tempo
uma freqüência intermediária que,
agora, pode ser filtrada, amplificada,
Fig. 2 - Domínio do tempo e da frequência. detectada e aplicada ao TRC (ou
display).
o QUE É UM ANALlSADOR DE ESTRUTURA BÁSICA DE UM
ESPECTRO? ANALlSADOR DE ESPECTRO b) Filtro de FI-o filtro de FI é um
filtro tipo "passa faixa", e que pode ser
o analisador de espectro é um ins- A figura 3 mostra o diagrama de considerado como uma "janela" para
trumento utilizado para medir sinais no blocos simplificado de um analisador a detecção de sinais. Na verdade, a
domínio da freqüência. Existem dois de espectro. Antes de estudarmos o faixa de freqüências do sinal que se
tipos básicos de analisadores : FFT analisador como um todo, vamos fa- deseja analisar (bandwidth) pode ser
(Fast Fourier Transform) e o Super- zer uma breve explanação de cada selecionada no painel do instrumen-
heteródino. módulo: to. Essa característica também é cha-
Como o primeiro deles está volta-
do para aplicações bem restritas, va- Atenuador
mos concentrar-nos apenas no de RF Amp. FI Rltro F I
analisador Super-heteródino, que es-
sencialmente, é muito semelhante a
um rádio receptor.
Temos certeza que a maioria dos
leitores já ouviram falar nos rádios Su-
per-heteródinos.
Apenas para relembrar, essa é
uma técnica em que o sinal recebido
é "misturado" com outro sinal produzi-
do por um oscilador local. Fig. 3 - Diagrama
blocos de Oscílador
.A
O circuito sintonizador envia para analisador de
Gerador
local
as etapas amplificadoras apenas a Espectro. de rampa TRC (ou display)
diferença entre eles que, por ser cons-
tante (independente da freqüência sin-
tonizada), dispensa outros ajustes das
etapas seguintes.
Essa freqüência é chamada Fre-
qüência Intermediária (FI) que, para
os rádios AM é 455 kHz, e para os
rádios FM é 10,7 MHz.
O analisador de espectro segue a
A
mesma filosofia de funcionamento,
sendo que as duas diferenças bási-
cas entre ele e o rádio são: o tubo de
raios catódicos (ou display) no lugar
de alto-falante, e a freqüência do
oscilador local que, no analisador, é
selecionada através de um knob no
painel frontal.
Essa freqüência é mostrada na
escala horizontal do instrumento, e
pode ser parametrizada desde alguns
kHz até MHz por divisão. Isso é cha-
Fig. 4 - Circuito Mixer e FI.
mado "Span / divisão".

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 23


de tensão do circuito detecto r é utili-
Signal Range LO Range Fig. 5-
,....---A--.-.. ,....---A--.-.. Duncionamento do
zada como defletora do eixo x (ampli-
fLQ-fs a
tude) do analisador. gerador de ram-

- I
A. de Espectro.

o 1
fSt
~(GHZ) f~\ /LO fLO+fs pa estabelece o sincronismo entre o
eixo horizontal e a sintonia do La. a
resultado desse processo, por sua vez,
Mixer é enviado ao TRC como um gráfico
de dois componentes: amplitude X fre-
qüência.

CONTROLES BÁSICOS DO
ANALlSADOR DE ESPECTRO

De nada adiantaria estudarmos a


LOl'\,
teoria sobre o analisador de espectro,
sem abordarmos alguns conceitos
tr:
3 t 4 5
I
6
I
t (GHz)
práticos sobre sua utilização. Atual-
mente, temos vários fabricantes des-
3.6 6.5 ses instrumentos no mercado (Agilent
Technologies, Tektronix, Minipa, etc.),
mada de RBW (resolution deflexão do eixo x (domínio da fre- e cada um deles possui vários mode-
bandwidth). qüência) na tela do instrumento; los. Para aproveitar convenientemen-
g) Atenuador de RF- o atenuador te todos os recursos que um
c) Detector- a função do circuito de RF é utilizado para ajustar o nível analisador de espectro oferece, tería-
detector é converter o sinal de fre- do sinal recebido, de modo a evitar a mos que (no mínimo) ler integralmen-
qüência intermediária, em um sinal de distorção ou compressão do sinal an- te o seu manual do usuário. Algumas
vídeo. Esse sinal, então, é utilizado tes do mixer, empresas promovem até palestras e
para a deflexão do eixo y no TRC (tubo h) Amplificador de FI-o amplifica- cursos sobre esses (e outros) instru-
de raios catódicos). a eixo y, da mes- dor de FI é utilizado para ajustar o si- mentos de medição. Podemos encon-
ma forma que no osciloscópio, nal da posição vertical, sem afetar o trar também uma farta quantidade de
corresponde à amplitude do sinal. nível de sinal da entrada do mixer. a informações sobre isso na web.
Muitos analisadores possuem a tela ganho do amplificador de FI é auto- De qualquer forma, independente-
de cristal líquido, sendo que, nesse maticamente modificado, de modo a mente de um modelo ou fabricante
caso, o sinal de vídeo é digitalizado compensar as atenuações de RF. a específico, o analisador de espectro
através de um conversor analógico / sinal resultante no TRC permanece tem três controles básicos : nível de
digital (ADC), antes de ser aplicado na constante. referência, freqüência, e "Span" por
tela. Finalmente, vamos analisar em li- divisão, figura 6.
d) Filtro de vídeo - o filtro de vídeo nhas gerais, o funcionamento do
é um filtro tipo" passa faixa", e está analisador de espectro. Como pode- a) Controle do nível de referên-
localizado logo após o detector. mos observar pela figura 5, primeira- cia - o controle do nível de referência
a analisador de espectro mostra mente o sinal analisado é conectado varia o nível do sinal de modo a pro-
em sua tela o sinal somado ao ruído. na entrada do analisador. a
sinal de duzir uma deflexão completa na tela
Esse ruído pode não ter origem ape- entrada é combinado com o La (Lo- do instrumento. Por exemplo, façamos
nas externa, pois os próprios circuitos cal Oscil/ato!) através do mixer e, en- o ajuste do nível de referência para-
internos do analisado r geram ruído tér- tão, convertido em uma freqüência in- 10 dBm, essa será a amplitude máxi-
mico. termediária (FI). Esses sinais depois ma que o sinal sob análise poderá ter,
Dependendo do nível (amplitude) de filtrados são detectados. A saída de modo a ser visualizado por
de sinal sob análise, esse ruído pode
Funções primárias
dificultar sua leitura. A finalidade do
Softkeys (Frequência
filtro de vídeo é retirar do sinal anali-
amplitude, span)
sado os ruídos que não são pertinen-
tes a ele.
e) Oscilador local-o oscilador lo-
cal é um vca (Voltage Controlled Fig. 6 - Painel
frontal de um
Oscil/ato!), cuja sintonia pode ser se-
analisador de
lecionada através de um knob no pai-
Espectro.
nel frontal do instrumento.
f) Gerador de Rampa - o gerador
Entrada
de rampa tem sua freqüência sincro-
de RF
nizada com o La, e é responsável pela

24 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


completo. Esse controle assemelha-se
ao volts /div, no osciloscópio.
Para determinarmos o nível de um
sinal, multiplicamos o número de divi-
sões que está abaixo da linha de refe-
rência vertical, e subtraímos o resul-
tado pelo nível de referência. Ainda
com base no exemplo acima, suponha
que o sinal sob análise ocupe 2 divi-
sões, e que o fator por divisão esteja
em 10 dB (10 dB / div). A amplitude
desse sinal será = -10 dBm-(2x 10 dB/
div) =-30 dBm.
A figura 7 mostra esse exemplo.
Fig. 7 - Referência
Apesar do nível de referência ser
uma função do atenuador de RF e do
amplificador de freqüência intermedi- po, analogamente, o eixo x no ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
ária, o analisador seleciona automati- analisador de espectro é o domínio da
camente o montante de atenuação da freqüência. Há dois modos de ajuste "Quais são as características que
RF e o ganho da freqüência interme- para a freqüência: a freqüência cen- eu devo observar na escolha de um
diária, para evitar a necessidade do tral, e freqüência de partida (Starting analisador de espectro, para que ele
"manuseio" de dois controles a mais. Frequency). possa atender às minhas necessida-
Cabe lembrar que todos os A freqüência central adota o cen- des de modo satisfatório?"
analisadores possuem um nível má- tro da tela como referência de medi-
ximo de entrada, que jamais deverá da, e o modo freqüência de partida Várias são as características que
ser excedido. adota o canto esquerdo da tela. definem a performance de um
Tipicamente, esse sinal encontra- De uma maneira ou de outra, a analisador de espectro, porém, as
se entre + 20 a + 30 dBm (2,24 a 7,07 maioria dos analisadores de espectro principais são: faixa de freqüência; pre-
volts). Os analisadores de espectro possuem um knob no painel frontal cisão da freqüência e amplitude; re-
também são sensíveis a entradas com para o ajuste da freqüência. Alguns solução; sensibilidade; distorção; e fai-
grande nível DC. modelos que utilizam tecnologia digi- xa dinâmica.
O valor máximo do nível DC per- tal, entretanto, podem apresentar o Vamos comentar um pouco sobre
mitido deve estar indicado próximo ao ajuste automático da freqüência, dis- cada uma delas.
conector de entrada. pensando assim esse controle manu-
"Mas, como posso medir sinais al no painel. a) Faixa de freqüência- a mais
com nível DC, ou em freqüências importante característica técnica do
muito baixas?" c) Controle de Span • o controle analisado r de espectro é a faixa de fre-
Para quem tem esse problema, de Span ou Span /Div regula a largu- qüências em que ele pode operar.
aqui seguem algumas dicas: ra do espectro de freqüência mostra- Um fator importante a ser obser-
- ajuste o analisador para o máximo do na tela, através da largura da ram- vado é que a capacidade de analisar
nível de referência; pa gerada no oscilado r local. Como o sinais apenas nas freqüências funda-
- caso o nível DC seja muito grande, eixo das freqüências (horizontal) tem mentais da sua aplicação não basta.
instale um capacito r externo de geralmente dez divisões, o Span tam- Não podemos esquecer das harmô-
desacoplamento ; bém influencia a freqüência total do nicas e sinais "espúrios" que ocupam
- caso o nível de tensão total seja instrumento. freqüências bem mais altas do que a
muito grande, utilize um atenuador Uma característica interessante do fundamental. Um exemplo prático está
externo (transformador de ferrite, fil- analisador de espectro é o seu funci- nas telecomunicações. Alguns siste-
tros LC, etc.) ; onamento como radio receptor. Alguns mas de telefonia celular operam em
- ajuste a atenuação interna de modo instrumentos possuem uma saída de 900 MHz, implicando em que a fre-
a permitir uma visualização satisfatória áudio. qüência do analisador de espectro
do sinal. Caso o controle de Span / Div seja deve ser no mínimo 10 x 900 MHz =
ajustado para freqüências na faixa de 9 GHz.
Cuidado! AM, ao conectarmos um pequeno alto- Com essa faixa de freqüências,
Exceder o limite máximo de ten- falante nessa saída, poderemos ouvir podemos observar bem os sinais até
são da entrada do analisador pode a transmissão de alguma estação lo- a décima harmônica.
causar danos graves ao instru- cal.
mento. Normalmente esse controle pode b) Precisão - a segunda caracte-
ser ajustado desde alguns kHz até rística que deve ser observada em um
b) Controle de freqüência- assim milhares de MHz, e fazendo uma com- analisador de espectro é a precisão,
como no osciloscópio o eixo x (hori- paração com o osciloscópio, esse con- tanto de amplitude como da freqüên-
zontal) refere-se ao domínio do tem- trole assemelha-se ao Tempo / Div. cia. Quando falamos em precisão de

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 25


freqüência, devemos entender que
-+1 I+- 10kHz RBW
essa especificação pode ser apresen-
tada em dois tipos: precisão absolu-
ta, e precisão relativa.
Quando fazemos uma medida ab-
soluta, utilizamos apenas um único
sinal. Por exemplo: a freqüência e o
nível de amplitude de uma portadora.
i
Quando fazemos uma medida re-
lativa, utilizamos um segundo sinal
como comparação. Nesse caso, na
verdade, estamos medindo uma vari-
ação (delta). Como exemplo dessa
prática, podemos citar: freqüências
moduladas, largura de um canal em
relação a outro, freqüência de offset
em relação à sua portadora, etc.
As medidas relativas são mais pre-
cisas que as absolutas. Existem vári- Fig.9 - Resolução(RBW)
os fatores que influenciam a precisão
do analisador de espectro. A precisão amplitude, algumas harmônicas po- e) Distorção· a distorção em um
dos osciladores internos é a mais sig- dem ser muito pequenas. Caso o analisador de espectro é causada pelo
nificativa, considerando-se que alguns analisador não tenha a capacidade de seu circuito interno de mixer
instrumentos utilizam cristais de alta mostrar claramente sinais pequenos, (analisador super-heteródino). Como
performance para melhorar essa ca- poderemos fazer uma análise incor- esse circuito não é linear, sua
racterística (figura 8). reta do fenômeno. distorção poderá" cobrir" o sinal sob
análise.
c) Resolução - a resolução, ou
Amplitude RBW (resolution bandwidth) é a ca- Mas, qual a distorção máxima que
relativa
absoluta pacidade que o analisador de espec- um analisador pode apresentar?
dB
}AmPlitude
dB tro possui em distinguir dois sinais de
igual amplitude. Por exemplo, se dois Essa é uma questão polêmica, e
sinais estão com 10kHz de separa- não existe uma regra geral. Normal-
ção, um RBW de 10kHz pode separá- mente, quando estamos realizando
los facilmente. Já, com um RBW mais um teste, ele deve ter uma norma téc-
"largo", esses dois sinais podem apa- nica que limita a distorção do instru-
Frequência
• ~
Frequência
recer como um único, vide figura 9. mento de medida. O analisador, por-
tanto, deve apresentar uma distorção
relafula
d) Sensibilidade - a sensibilidade bem mais baixa do que a especificada
Fig.8 - Precisão. é a capacidade de detectar e medir pelo teste.
sinais de baixa amplitude. Quanto
Podemos encontrar duas catego- mais sensível, melhor será a medida f) Faixa dinâmica - a faixa dinâ-
rias de analisadores de espectro no de pequenos sinais. Um analisador de mica (Dynamic Range) é definida
mercado quanto à precisão: espectro ideal não adiciona ruído tér- como a razão máxima entre os dois
Synthesized e Free-running. O primei- mico, representado por KTB (K = níveis de dois sinais simultâneos, que
ro deles utiliza uma arquitetura inter- Constante de Boltzman ; T = tempe- pode ser medida com uma precisão
na com osciladores em PLL, e sua ratura, e B = largura da banda), ao si- aceitável.
precisão é da ordem de algumas cen- nal sob análise. Na prática, entretan- Imaginem dois sinais aplicados na
tenas de hertz. O free-running, instru- to, tal analisador não existe, e sempre entrada do analisador, sendo um de-
mento de menor custo, opera com um pequeno ruído é acrescentado ao les com o nível igual ao máximo per-
osciladores convencionais, e sua pre- sinal. O montante desse ruído é defi- mitido pelo instrumento, e o outro com
cisão típica é da ordem de alguns nido como DANL (Displayed Average um nível significativamente menor, isto
megahertz. Noise Leve~, e é medido em dBm. é, qualquer redução em sua amplitu-
A precisão em amplitude, por sua Valores típicos de sensibilidade encon- de tornaria sua visualização impossí-
vez, também é fundamental em um tram-se na faixa de -90 dBm a -145 vel.
analisador de espectro. Os dois fato- dBm. Enquanto ainda podemos medir
res essenciais que determinam essa A análise dessa característica é esse segundo pequeno sinal, a razão
característica são : fidelidade da tela fundamental na escolha do instrumen- entre os dois sinais (em dB) define a
do instrumento e resposta em fre- to, pois sinais que se encontrem abai- faixa dinâmica (figura 10).
qüência. Muitas vezes, quando o xo do nível de ruído não poderão ser Os fatores que podem tornar esse
analisador opera com sinais de baixa medidos. segundo sinal indetectável são todos

26 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


os discutidos até agora: RBW,
distorção, e ruído do analisador.

CONCLUSÃO

o analisador de espectro é um ins- Faixa


trumento que oferece uma infinidade di âmica
de recursos. Saber utilizá-Io correta-
mente pode facilitar muito a análise de
A.
problemas envolvendo ruídos e har- A
mônicas.
O artigo que o leitor acabou de ler,
apresentou apenas uma breve intro-
dução sobre as medidas espectrais, e Fig. 10 - Faixa dinâmica.
a arquitetura básica do analisador. l..A
segunda parte desse artigo abordará les leitores que necessitem de maio- contato e solicitações de maiores in-
algumas aplicações práticas, procu- res informações sobre analisadores de formações)
rando sempre fornecer "dicas" para os espectro, seguem alguns sites e www.tektronix.com.br
técnicos e engenheiros sobre possí- application-notes que, com certeza,
veis soluções de problemas encontra- podem ajudar muito: Application-notes:
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158 - Princípios essenciais do Vídeo Digital


159 - Codificação de sinais de Vídeo
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27
SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000
; - ~ em
Notícias JEFF ECKERT

primento das exigências do CARB de O processo é algo complexo, mas


vender uma quantidade mínima pode envolve a transmissão de um feixe
levar as empresas a pagar à California estreito de ultrassons, o qual, pela não
uma multa de U$ 5 000 por veículo linearidade do ar, distorce à medida
movido a bateria que não for fabrica- que se propaga. A distorção é mate-
do (sim, é isso mesmo!). No entanto, maticamente previsível de modo que
o resultado disso significará um total elaborando-se um feixe apropriada-
de multas de U$ 40 milhões, o que é mente, pode-se criar os sons audíveis
muito menos do que elas perderiam dentro do feixe ultrassônico.
se fabricassem os veículos na quanti- O feixe tem tipicamente 33 cm de
dade exigida. diâmetro, e pode ser projetado a dis-
TECNOLOGIAS AVANÇADAS tâncias de até 100 metros. A distorção
Transmissão por feixe sonoro harmônica é comparável à de um alto-
o CARB Pede o Impossível (Ou perto da realidade prática falante tradicional e o nível de som é
pelo menos Improvável) Apesar de não estarem ainda co- de aproximadamente 80 a 90 dBA por
O California Air Resources Board mercialmente disponíveis, alguns de- diversos metros. A resposta de
(CARB www.arb.ca.gov) reiterou o senvolvimentos em curso no labora- frequência se estende desde algumas
pedido feito à indústria americana de tório de Media (Media Lab) do centenas de hertz até além do limite
automóveis de vender pelo menos Massachusetts Institute ofTechnology superior da faixa humana de percep-
22 000 veículos com emissão-zero (MIT) deverão aparecer logo em pro- ção. O processo deverá usar circuitos
(ZEV) nesse estado até o ano de 2003. dutos de áudio. Desenvolvida por de baixo custo com transdutores
Atualmente, somente carros totalmen- Joseph Pompe( (http://sound.media. projetados especialmente para esta
te elétricos atendem às especifi- mit.edu/-pompei/), a tecnologia Audio finalidade.
cações, e existem apenas 2 300 de- Spotlight (TM) permite a produção de
les rodando na California e, devido ao feixes de sons extremamente estrei-
alto custo e performance inadequada, tos que se assemelham muito aos fei- COMPUTADORES E REDES
os compradores interessados foram xes de luz. Num tipo de aplicação, você
muito poucos. poderá focalizá-Io num indivíduo de A Sun Microsystems Introduz o
Eles podem andar apenas 70 mi- modo a permitir a escuta privada ao Servidor UltraSPARC 11I
lhas com uma carga de bateria, de- ar livre. Foi anunciado que a Chrysler A Sun Microsystems Inc.
moram 5 horas para serem recarre- demonstrou o princípio num carro-con- (www.sun.com) apresentou o primei-
gados e não admitem recursos rudi- ceito que permite aos passageiros ro servidor UltraSPARC 111 (TM), o Sun
mentares, tais como ar condicionado ouvirem diferentes programas de Fire (TM) 280R destinado à computa-
e aquecimento. Além disso, eles são áudio no mesmo ambiente, ao mes- ção em nível de empreendimento no
muito caros. Por exemplo, o EV1, car- mo tempo, sem a necessidade de fo- mundo das montagens em rack. Ele
ro de dois lugares construído pela nes de ouvido. Em outra aplicação, um representa a primeira unidade da pró-
General Motors custa U$ 33 995. Pior feixe de som poderá ser projetado xima geração da plataforma Sun de
que isso ainda é o fato da empresa numa superfície refletiva e criar uma servidores dot-com.
estimar em U$ 78 000 o que gasta imagem projetada de som de onde ele Construído com base na
para construir cada um. O não com- parece vir. tecnologia UltraSPARC 111 de 750

28 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


cresceu em 19%, os negócios da
Sun Fire Plane. A Sun /' ;,W<" nante (ADSL). O Motorola no setor cresceram apenas
MHz, é a interconexão """-"'li1l Assimétrica de Assi- 1%. Para a primeira metade de 2000
a taxa prevista para a indústria foi de
mesmo tipo. Sua cache
afirma que eie competi-
de 8 MB é 32 vezes mai-
j~:.'!,
. _ tensão de saída e bai-
OPA2607 propo~ciona
xa distorção, necessári-
37%, enquanto a Motorola cresceu
apenas 25%.
or do que a do DL380 da as nas aplicações de pe- Com esta queda, a empresa caiu
ra com os produtos de;,";;:, ) elevada excursao da

\~l,;;l
do terceiro para o sexto lugar entre os
interconexão é dita mais do que no driver Upstream. Ope- maiores fabricantes de semicon-
Compaq, e sua tecnologia
quatro vezes melhor que de a do quena
rando comrelação de espiras
uma fonte simé- dutores. Mr, Shlapak assume o cargo
DL380 e mais de duas vezes mais rá- trica de 12 V, o OPA2607 consome de Hector Ruiz, que saiu para ser pre-
pida que a do Hewlett-Packard A500. apenas 8 mA/canal de corrente sidente da Advanced Micro Devices.
quiescente para uma corrente de pico A Motorola está acusando Hector Ruiz
de saída de 250 mA. Ele possui uma de quebra de contrato, alegando que
CIRCUITOS E COMPONENTES corrente de saída garantida de 180 mA ele recrutou empregados da empresa
e baixa distorção harmônica. As apli- para trabalhar na AMO, isto apesar de
Novo Processo de Fabricação de cações como driverdiferencial exigem receber uma "boa gratificação para
Capacitores uma distorção menor do que 75 dBc não recrutar ou induzir certos mem-
Um processo desenvolvido pela K. no pico de potência upstream na má- bros da gerência sênior da Motorola
Systems Corpo (www.k-systems- xima velocidade AOS L. Usando um para irem para a AMO", Parece que
corp.com) em conjunto com a Força projeto especial de driver, o OPA2607 os senhores Shlapak e Walker esta-
Aérea dos Estados Unidos (U.S. Air pode fornecer uma tensão pico a pico rão bem ocupados nos próximos me-
Force) permite a fabricação de de 38 V com um transformador step- ses.
capacitores de carbono tipo diamante down de 1:0,8 de modo a atender as
(DLC) de alta densidade de energia. especificações de potência CPE das Reviravolta na Transmeta
Afirma-se que pelo processo patente- linhas ADSL. O OPA2607 encontra-se Tão logo a Transmeta Corpo
ado é possível a fabricação de disponível em três formatos de invó- (www.transmeta.com) terminou de fa-
capacitores DLC em filmes de dupla lucro. Para aplicações de potência te- zer alguns contratos aparentemente
face de alumínio, com alta rigidez mos um invólucro SoCool melhorado favoráveis com a IBM e a Toshiba, para
dielétrica e boa condutividade térmi- com um dissipador de calor em direitos de fabricação da linha Crusoe
ca. Além disso, os filmes são flexíveis, pinagens SO-8 e SO-14. Para aplica- de microprocessadores de baixa po-
livres de furos e podem ser enrolados ções de baixa potência em recepto- tência (veja a edição de Agosto de
na forma tubular. O resultado é que res, um invólucro SO-8 standard é dis- 2000 desta coluna), a gerência da em-
os capacitores são 50% menores em ponível. presa decidiu encerrar os acordos.
peso e volume, e têm um aumento de A mudança foi considerada por ser
50% na capacidade de temperatura e muito arriscado para a empresa, já que
uma densidade de armazenamento 4 INDÚSTRIA E PROFISSÃO os contratos requeriam que ela pagas-
vezes maior quando se à IBM U$ 33 milhões à vista e mais
comparados aos A Motorola 600000 ações, e ainda outras 600 000
capacitores fabricados numa encruzilhada ações à Toshiba.
com as tecnologias A Motorola Isso representaria um desafio para
atuais. Aplicações (www.motorola.com) a Transmeta, que já tem dívidas de U$
para esses compo- promoveu dois vete- 120 milhões a longo prazo e ainda não
nente incluem utili- ranos para encabeçar o teve nenhum trimestre lucrativo. Para
dades domésticas, seu setor de Produtos os seis meses que terminaram em 30
fontes de alimenta- Sem icondutores (Austi n, de junho, foram computadas vendas
ção, aeronaves, trens, automóveis, Texas) como um esforço para melho- de apenas U$ 348 000 e uma perda
acessórios médicos, sensores, etc. A rar a periormance da divisão, que pos- de U$ 43,4 milhões.
K.Systems está procurando transferir sui problemas bem conhecidos de or- Pior ainda é que a Transmeta não
esta tecnologia a uma empresa que ganização. Fred Shlapak assume tem capacidade de fabricar por si pró-
esteja interessada na sua como presidente com pria, e depende da
comercialização. Para informações a tarefa de mapear IBM para isso como
adicionais contatar Dr. WU. (rlwu@k- uma nova estratégia sua fonte de chips.
systems-corp.com) . de negócios, e Bill Parece que o futuro
Walker torna-se o ge- da empresa depende
Novo Amplificador Operacional rente geral com a res- de uma oferta de es-
ADSL ponsabilidade das toque planejada, na
A Burr-Brown (www.burr- operações do dia-a- qual ela espera ele-
brown.coml introduziu no mercado um dia. No ano passado, var seu capital de tra-
novo amplificador operacional para enquanto a indústria balho para U$ 200
aplicações em Linha Digital de semicondutores milhões. -

SABER ELETRÔNICA N2 334/NOVEMBRO/2000 29


ENERGIA LIMPA PARA SEU
EQUIPAMENTO
r---------------,
o bom funcionamento de ENERGIA LIMPA análise quando for constatado qual-
equipamentos eletrônicos, quer tipo de anormalidade no funcio-
A forma de onda da tensão alter- namento de um equipamento cuja
principalmente na indústria,
nada fornecida pela rede de energia causa possa estar na energia que ele
depende da qualidade da elétrica, em teoria, deve ser senoidal usa.
energia elétrica que os ali- com uma frequência de 60 Hz, con- O multímetro comum não atende
forme mostra a figura 1. às necessidades do técnico ou enge-
menta. A preocupação com
nheiro que precisa medir a energia de
este fato não está apenas na uma rede que tenha problemas de
instalação correta do equipa- deformações das correntes e tensões,
mento, mas também na transientes ou surtos. Para que o lei-
· tor saiba diferenciar os multímetros
monitoria da própria energia ·· que podem detectar a qualidade da
que pode trazer deformações energia e como saber até onde uma
como, por exemplo, as devi-
:+--1/60s ----.: energia com má qualidade pode afe-
Fig. 1 - Forma de onda da energia da rede. tar seus equipamentos, preparamos
das às alterações de forma
este artigo, de grande importância
de onda, presença de Entretanto, por diversos motivos para todos os que se preocupam com
transientes e surtos e até como, por exemplo, a utilização de dis- a qualidade da energia que chega até
positivos que empregam fontes o seu local de trabalho ou de um cli-
mesmo variações indevidas
chaveadas ou ainda dispositivos de ente, tais como instalações industri-
de tensão. comutação de potência muito rápidos ais, comerciais ou locais em que fun-
De que modo os proble- como os que fazem uso de TRIACs e cionem equipamentos sensíveis.
SCRs, as formas de onda das corren-
mas de energia que afetam tes e tensões encontradas numa ins-
os equipamentos devem ser talação elétrica podem sofrer altera- HARMÔNICAS
encarados e como detectá- ções deixando de ser "limpas" ou "pu-
ras". Conforme explicamos, uma tensão
los é o assunto deste artigo,
Estas alterações podem afetar alternada considerada "pura" ou "lim-
de grande importância para sensivelmente o funcionamento de pa" é aquela que tem uma forma de
todos os que trabalham com equipamentos sensíveis ligados, ali- onda perfeitamente senoidal.
instalações das mais varia- mentados pela mesma rede de ener- Na prática, entretanto, ocorrem
gia, e até dos próprios causadores dos deformações como as ilustradas na
das. Também veremos de
problemas. figura 2.
que maneira podemos medir Nas indústrias, por exemplo, onde
tensões e correntes numa a quantidade de equipamentos ali-
mentados que podem causar defor-
rede "suja" usando um multí-
mações é grande e igualmente gran-
metro de características es- de é a quantidade de equipamentos
peciais para esta finalidade, sensíveis que podem ser afetados por
que é o True RMS. uma energia "não limpa", a preocupa-
ção em se "medir" e controlar a quali-
dade da energia é importante, exigin- Fig. 2 - Deformação da tensão
senoidal da rede de energia.
do uma constante monitoração ou
30 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000
A taxa de distorção harmônica to- Um controle de potência que em-
tal de um sinal ou forma de onda é pregue SCR ou TRIAC é um exemplo
calculada pela seguinte expressão: disso. A comutação rápida desses dis-
positivos, gerando na carga uma ten-
são com forma de onda como a
indicada na figura 5, também é res-
Resultante ponsável pela produção de harmôni-
cas que se estendem até a faixa de
Onde: THD(%) = distorção harmô- VHF de TV.
nica total Um controle de potência desses
V2, V3, V4' •••• Vn = amplitudes da causa interferências em televisores,
segunda, terceira, etc, harmônicas que aparecem na forma de pequenos
VI = amplitude do sinal fundamen- riscos na imagem. O mesmo ocorre
tal com liqüidificadores, barbeadores e
Fundamental equipamentos industriais que usem
Dependendo da forma de onda, as motores com escovas.
harmônicas podem se estender a va-
lores muito altos de frequências cau-
sando, por exemplo, interferências em PROBLEMAS CAUSADOS PELA
equipamentos de comunicações. ENERGIA "SUJA"
Na tabela a seguir temos as har-
mônicas e suas intensidades relativas Mas não são somente interferên-
para um sinal que é obtido na saída cias que causam uma tensão alterna-
de um retificador de onda completa. da com deformações ou distorções, e
Esse sinal consiste numa "onda" cuja que a tornam rica em harmônicas.
311 Harmônica forma é mostrada na figura 4. Se um equipamento for alimenta-
O processo de cálculo dessas in- do por uma tensão não pura que te-
Fig.3 - Deformaçõesdevido
tensidades envolve a Transformada de nha uma taxa de distorção harmônica
à presençade harmônicas.
Fourier que permite determinar o "co- elevada, poderão ocorrer perdas de
o matemático Fourier demonstrou eficiente" ou intensidade relativa de energia.
que um sinal de qualquer forma de cada harmônica partindo-se da função Os transformadores, em especial,
onda, na realidade, pode ser decom- que descreve a forma de onda anali- são componentes sensíveis a este
posto em sinais senoidais de amplitu- sada. problema podendo apresentar até
des diferentes e frequências que par-
tindo de um valor fundamental vão ten-
do valores múltiplos deste, frequências
estas denominadas harmônicas.
Assim, o sinal que tem o dobro da
frequência fundamental é denomina-
do segunda harmônica, o que tem o
triplo é chamado terceira harmônica, .t
e assim por diante.
Demonstra-se também que o inver-
Fig.4 - Sinal na saídade um retificadorde onda completa.
so é válido: um sinal de qualquer for-
ma de onda pode ser formado pela
combinação de sinais senoidais
357r
15n
5' -u
-ude Harmônica
3n
7r
8,5-u
42,3O2
Intensidade
O4
Intensidade
Porcentual
O OOO
3,6
63,6
(%)
2' 4 Relativa
7'
4'6' 4
frequências múltiplasFundamental
e amplitudes di-
ferente. 3'

Dessa forma, uma tensão alterna-


da que apresente uma deformação
como a indicada na figura 3, pode ser
analisada como sendo formada por
uma tensão na frequência fundamen-
tal de maior amplitude (60 Hz) e di-
versas outras tensões de menor am-
plitude com frequências múltiplas de-
nominadas harmônicas. Controle
A distorção de um sinal é medida
pela Taxa de Distorção Harmônica, ou
'V
Fig.5 - Formade onda numcontrolede
abreviadamente THD, que é dada por
potênciacom TRIAC.
uma porcentagem (%).

SA6ER EL.ETRÔNICA Nº :3:34/NOVEM6RO/2000 31


mais de 50% de perdas se forem ali- Quanto aos equipamentos que em frequências mais altas, tais como
mentados com uma tensão muito operam com apenas uma fase, tais as de harmônicas mais elevadas.
distorcida. como computadores pessoais, reato- É preciso ficar atento ao forneci-
As cargas alimentadas por tensão res e outros, os problemas também mento de energia limpa para os equi-
distorcida podem ter ainda um fator de existem. pamentos de uma instalação, princi-
potência muito pobre sobrecarregan- Para estes equipamentos são es- palmente onde existem equipamentos
do o sistema. pecialmente danosas as harmônicas sensíveis sendo alimentados.
Os controles de potência com ímpares como a 3.ª, 5.ª, 7.ª, etc.
TRIACs são exemplos desses dispo- Temos também a ação danosa dos
sitivos que podem ter seu desempe- harmônicas denominadas triplas que FATOR DE CRISTA
nho melhorado com o uso de choques, são a 3.ª, 9.ª e 15.ª.
os quais "suavizam" a forma de onda Estas harmônicas estão em fase, Denominamos fator de crista de
da energia consumida diminuindo as- o que quer dizer que a primeira fase qualquer forma de onda à relação en-
sim a THD. (A) triplica as harmônicas, a (B) triplica tre o valor de pico e o valor RMS (Root
Outro problema a ser considera- novamente e a (C) faz uma multiplica- Mean Square ou Valor Médio
do é que as harmônicas de corrente ção final, de modo que todas as três Quadrático).
podem também distorcer a forma de retomam em fase pelo condutor de Para uma forma de onda perfeita-
onda da tensão, e com isso isso cau- neutro num sistema de 3 fases com 4 mente senoidal, o fator de crista, é de
sar harmônicas de tensão. Distorções condutores. 1,4142 (raiz quadrada de 2) conforme
da tensão podem afetar motores elé- O resultado disso é uma sobrecar- mostra a figura 7.
tricos e bancos de capacitores. ga do condutor de neutro, o que pode Entretanto, é fácil perceber que se
Nos motores elétricos, por exem- significar problemas se ele não esti- tivermos uma forma de onda com pi-
plo, a seqüência negativa de harmô- ver devidamente dimensionado para cos de maior intensidade e curta du-
nicas (5.ª, 11.', 17.ª , etc.) assim cha- suportar esta corrente adicional. ração, veja na figura 8, o fator de cris-
mada porque sua seqüência (ABC ou O mesmo problema pode surgir em ta será maior, já com sinais mais
ACB) é oposta à seqüência fundamen- transformadores com enrolamento em "achatados" o fator de crista será me-
tal, conforme ilustra a figura 6, produz delta onde as harmônicas são refleti- nor.
campos magnéticos rotativos. Estes das para o primário causando
-"·X x RMS
campos "rodam" na direção oposta ao sobreaquecimento semelhante ao que
campo magnético fundamental e po- "Sem maior
acontece quando temos uma corren-
dem causar não somente um te trifásica não balanceada. que 1,4142
sobreaquecimento do motor como até Uma maneira importante de verifi-
oscilações mecânicas no sistema car se existem correntes harmônicas
motor-carga. numa instalação é medindo-a no con-
dutor neutro da instalação trifásica,
Campo fundamental num sistema de 4 fios.
No entanto, uma elevada distorção
harmônica da forma de onda da ten- Fig. 8 - O fator de crista para
uma tensão com picos altos.
são disponível na rede de energia só
trará problemas se o sistema não ti-
ver sido projetado para manuseá-Ia. MEDINDO TENSÕES ALTERNA-
Em geral, THDs de até 8% não re- DAS DISTORCIDAS
presentam problemas para os equipa-
Campos das mentos, mesmos os mais sensíveis. As escalas de correntes e tensões
SB, 11B e 17B Um condutor de neutro, assim alternadas de instrumentos simples
harmônicas como qualquer outro apresenta uma como os multímetros, são calibradas
Fig. 6 - A sequência de energização das
impedância que, no valor fundamen- de forma a dar uma indicação de va-
harmônicas contrapõe-se tal da tensão da rede não é significati- lor RMS em média quando se trata
ao campo fundamental. va, mas essa impedância poderá as- de um sinal senoidal de 60 Hz.
sumir valores relevantes, significando Este valor corresponde a 70,7% do
No caso dos bancos de capaci- produção de calor e perda de energia valor de pico e leva em conta que o
tores, o que acontece é que a reatân- sinal senoidal (corrente ou tensão)
cia de um banco de capacitores dimi-
nui com o aumento da frequência, fa-
zendo com que ele drene energia atra-
- •• -- •• - x RMS
- -- - -.- - • a_. 1
de 70,7%---- nu -----·RMS
vés justamente das harmônicas de
crista
1,4142 }Fator
100%."7\
..
67,3 % ••••••••••••••·····--·PicoMédio

maior frequência. Este aumento de


energia drenada pelos capacitores
pode causar perdas e sobrecargas no
dielétrico, capazes até de levar os Fig. 9 - Valores de pico, médio e
Fig. 7 - Fator de crista para uma senoidal.
capacitores a uma falha. RMS de uma forma de onda senoidal.

32 SABER ELETRÔNICA Ng 334/NOVEMBRO/2000


medido não tem qualquer distorção,
conforme se observa na figura 9.
No entanto, se a tensão ou corren-
te medida tiver uma distorção com -+
deformações que representem a pre- -+ OHMS
sença de harmônicas, os multímetros 5W x10
110 a LDR
comuns não conseguirão responder 110 V x 100
480 Vac
às frequências mais altas, não indican-
do sua presença.
O resultado líquido dessa distorção
é que o instrumento passa a indicar
um valor que não corresponde ao
RMS (Root Mean Square real ou True).
110
Em outras palavras, a partir do
momento em que se mede uma ten- R1 = 4,7 k,Qx20W
são ou corrente alternada em uma ins- R2 = 2,4 k.n x 10 W
talação em que existem deformações
da forma de onda, não podemos ga- Fig. 10 - Multímetro comum medindo Volts "true-RMS" na escala de resistências.
rantir mais uma precisão de leitura, e
isso é mais freqüente do que se pode distorção, sem a necessidade de in- Isso não ocorre com os instrumentos
imaginar. O valor indicado pelo instru- terromper a instalação para a ligação analógicos onde a inércia do sistema
mento não leva em consideração a do instrumento. mecânico impede que eles possam ter
presença de harmônicas nem a pre- uma resposta eficiente às componen-
sença de "cristas". • Os circuitos tes de maior frequência da tensão .
Para medir a tensão ou a corrente
em instalações que alimentem cargas
r-----------, Uma maneira simples de conseguir
instrumentos capazes de medir o va-
lOque diferencia um multíme- I
que possam deformar a corrente, ou
ainda numa rede que tenha tais pro-
----------
L tro comum de um True-RMS? ....•I
lor real (true) de uma corrente RMS é
através de circuitos que façam uso de
blemas, devem ser utilizados instru- Para responder às variações rápi- sensores de efeito Hall.
mentos com características especiais, das da tensão que ocorrem quando Estes sensores podem ser usados
capazes de trabalhar inclusive com existem harmônicas ou picos rápidos para detectar a energia envolvida na
correntes não senoidais. devem ser usados circuitos que levem transferência do sinal, o que não con-
Existem basicamente duas formas em conta a presença desses sinais. sidera picos ou harmônicas em dispo-
de se medir os valores reais ou "true" sitivos que não são introduzidos ele-
RMS de tensões e correntes senoidais tricamente no circuito.
numa instalação elétrica. São elas: Um circuito muito interessante para
a medida de tensão True-RMS como
a) Osciloscópio digital "solução alternativa" empregando um
O osciloscópio digital permite re- multímetro comum na escala de resis-
gistrar a forma de onda do sinal fun- tências, é mostrado na figura 10.
damental e também verificar as Este circuito se baseia no fato de
distorções e a amplitude de cada har- que o brilho "real" da lâmpada depen-
mônica. de da potência total aplicada a ela, o
que leva em conta todas as compo-
b) Multímetro True-RMS ou alicate nentes (de todas as frequências) exis-
amperométrico True-RMS tentes no sinal que a alimenta.
Uma maneira mais simples de se Assim, uma vez que seja feita uma
medir uma tensão RMS consideran- calibração usando uma tensão
do-se sua forma de onda real e não senoidal pura, escolhendo-se então
apenas para as senoidais, é com um os resistores de valores apropriados
multímetro True-RMS. para as diversas faixas de tensões
Esses instrumentos têm na sua envolvidas e um multímetro na escala
folha de especificação a informação de resistências, é possível medir ten-
de que podem realizar tal tipo de me- sões "True-RMS" na escala de resis-
dida, diferentemente dos multímetros tências desde que seja elaborada uma
comuns que, conforme vimos, respon- "tabela de conversão".
dem apenas ao sinal senoidal, quan- A lâmpada pode ser pequena, de
do então dão uma indicação precisa. 5 W, para 120 V, branca e o LDR
Com o alicate amperométrico acoplado de modo a receber sua luz
Multímetro digital diretamente, sem influência da ilumi-
pode-se medir a corrente num cabo True-RMS
verificando se existem harmônicas ou nação externa .•

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


33
\ Notícias]
A NASA TRABALHA EM Hexfets de 12 e 20 V, de canal P, em CONTROLADO R STEP-DOWN DC-
DETECTORES DE DIARRÉIA invólucros TSSOP-8, com baixíssima DC PARA ALTA TENSÃO
Rds.
Uma pesquisa feita pela NASA O IRF7701 tem apenas 11 A Maxim Integrated Products intro-
permite detectar surtos de doenças miliohms de Rds com 4,5 V, sendo in- duziu no mercado os circuitos inte-
como a cólera e a diarréia, baseando- dicado para aplicações de baixa ten- grados MAX1744/MAX1745, dois
se em imagens de satélites. são como telefones celulares, controladores step-down DC-DC. Es-
Pelas imagens que mostram alte- câmeras digitais, notebooks e outros. tes novos dispositivos operam com até
rações no plancton e em plantas flu- 36 V de tensão de entrada e a redu-
tuantes, é possível detectar quando zem para 3,3 V ou 5 V através de se-
aumenta a quantidade de determina- KITS PARA PILOTO AUTOMÁTICO leção por pino (MAX1744), ou ainda
dos microorganismos possibilitando PARA LINHA TOYOTA com ajuste de 1,25 a 18V (MAX1745).
assim a detecção de surtos dessas do- Os MAX1744/1745 usam um tran-
enças. A Dalgas Precision Equipments sistor MOSFET externo de canal P de
Os pesquisadores do Instituto de que representa a Rostra Precision modo a ter maior capacidade de po-
Biotecnologia da Universidade de Controls no Brasil, iniciou o desenvol- tência (superando 50 W).
Maryland publicaram recentemente vimento de kits específicos para a li- Na figura abaixo temos um circui-
um relatório mostrando que os surtos nha Toyota. to de aplicação típico.
de cólera estão associados a mudan- Os kits são formados de Coman-
ças nas condições ambientais, que do de RF para volante com montagem
podem ser detectadas por satélites. Os lateral, que é instalado ao lado do air- O MENOR RESSONADOR DO
pesquisadores mostraram que altera- bag ou buzina, com acionamento fei- MUNDO LANÇADO PELA MURATA
ções da temperatura e do plancton no to por RF e de Comando de alavanca,
Golfo de Bengala, de 1992 a 1995, que é fixado na coluna de direção A Murata Electronics North
foram responsáveis pelo aumento dos abaixo da alavanca do pisca, os quais America apresentou o menor
casos de cólera naquele país. permitem o controle das funções do ressonador do mundo medindo ape-
piloto com a ponta dos dedos. nas 4,5 mm x 2 mm com uma capaci-
O preço sugerido começa em dade de cobrir a faixa de frequências
KITS DE SUPERCONDUTORES R$ 1 420,00. de 4,00 a 7,99 MHz.

A empresa Images Company está


apresentando kits de supercondutores IN
para experimentação e com finalida- 45VTOlJV
des didáticas. O kit é formado por
supercondutores toroidais de materi-
ais como o YBa2Cu307, que se torna
supercondutor a 90 graus Kelvin, ou
ainda como o Bi2Sr2CaCu209 que se
I IN VH EXT

torna supercondutor a 110 graus ON LOFF SHDN


Kelvin. Experiências utilizando nitrogê-
nio líquido podem ser realizadas com 5V L33V 3p
estes kits, cujos preços nos Estados
Unidos variam entre U$ 33 e U$ 255.
AiIIAXLNI

II
Mais informações podem ser obtidas MA);) 144-
no site da empresa em http://
www.imagesco.com VL

REF
CS
OUT
NOVOS HEXFETs DE POTÊNCIA GND OUT 3.3V
DE CANAL P, DA IR OR 5V

A International Rectifier
(www.ir.com) lançou dois novos

34 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


KIT Ice
,tícias Notícias MISTER EPU
Emulador (não-real-time) para
Os novos componentes são indi- para as plataformas TMS320C6000 e microcontrolador OTP-COP8 SA
cados para aplicações automotivas na TMS320C5000, e mais informações Componentes do sistema:
faixa de -40 a +125 graus Celsius. A sobre o eXpressDSP (TM) Real-Time 1 - Placa com soquete de programação
série CSTCR possui os capacitores de Software Technology e eXpressDSP DIP ice MASTER EPU-COP8

carga internos, eliminando assim a visitando o site http://www.ti.com/sc/ 2 - Cabo de comunicação D


3 - Fonte de alimentação
necessidade de capacitores externos. edsp1
4 - Cabo de interface para simulação de
40 pinos DIP
5 - Shunt de 16 pinos DIP
ACORDO ENTRE A NATIONAL SENSO R
6 - Duas EPROMS COP 8SAC7409-40
INSTRUMENTS E A PHILlPS DE UMIDADE
pinos com janela
ELECTRONICS 7 - Manual do Usuário iceMASTER EPU-
A Panametrics está apresentan- COP
A Royal Philips Electronics nomeou do um novo sensor de umidade fabri- 8 - Instalação e demo para compilar
a National Instruments como seu for- cado com um filme de polímero. 9 - Literatura COP8 da National contendo

necedor preferencial para equipamen- O Minocap 2 tem um invólucro TO- Assembler/Linker, Databook, Datashet
18 e detecta a umidade pela proprie- 10- 01 soquete ZIF de 40 pinos
tos de medida e auto mação baseados
em computadores, devendo equipar dade que seu dielétrico tem de mudar PROMOÇÃO para
seus departamentos de projeto e de a constante dielétrica com a umidade.
os primeiros 10 kits:
engenharia em fábricas espalhadas Isso significa que o dispositivo tem
Preço: R$ 290,00 + Desp.
por todo o mundo. O acordo visa re- uma capacitância que varia linearmen-
de envio (Sedex)
duzir custos e aumentar a produtivi- te com a umidade.
dade para ambas as empresas. O dispositivo é preciso na faixa de 6942-8055
umidades de 5% a 95% e suporta tem-
peraturas de até 180 ºC.
CONFERÊNCIA
INTERNACIONAL DE
A excitação é feita com uma ten-
são de 1 V e a faixa de capacitâncias até
COMPONENTES
em75) 1KPF
1pF
crescente.
cartelas
arredondados
valores ·1R plásticas
a a2M2PF.
10M.
a 220KpF.
divisórias .• -R$
de na
•-R$ ordem
65,00
R$38,00
39,00
25,00
aluminio
JMB
Campinas
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Consulte-nos ELETRÔNICA
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100 Resistores
CPCC· Cap 1/8W
Peça já:
• Armario
Capacito • 850
Gaveteiro
Cerâmica
r Poliester peças
• 5
·100·
• 64 85
gavetas
peças
peças 45
50
32 (ou
vis.·
Vis.
% de umidade relativa. Estojos de fácil manuseio organizado
Foi realizada entre 16 e 19 de ou-
tubro em Dallas (Texas) a Conferên-
cia Internacional de Aplicações e A NATIONAL SEMICONDUCTOR
Tecnologia de Processamento de Si- REDUZ PARA 1/3 O TAMANHO
nais (ICSPAT), que foi patrocinada DE SEUS CONTROLADORES
pela Communication System Design CONVENCIONAIS
e EE Timer. DE 8 BITS
A conferência ofereceu 4 dias de
apresentações de trabalhos e idéias A National apresentou numa nova
de engenheiros das grandes empre- versão do microcontolador COP8 em
sas do setor. Os leitores podem ter invólucro de 44 pinos, medindo ape-
uma idéia do que foi abordado no nas 7 mm x 7 mm.
evento entrando no síte: http:// O novo componente tem 1/3 do
www.dspworld.com. tamanho dos dispositivos padrão
TQFP de 44 pinos.
O novo COP8SGR7 possui
PROGRAMAÇÃO DE DSP EPROM de programa de 32 kB on-
SIMPLlFICADA board, sendo indicado para aplicações
que exigem espaço menor, principal-
A Texas Instruments está convidan- mente as ligadas à Internet e contro-
do os interessados em saber como é le, numa grande gama de equipamen-
simples programar DSPs a experimen- tos, tais como: micro-segurança, sis-
tar uma versão do Code Com pose r temas de alarme residenciais para
Studio (TM), versão 1.2, com uma có- carro e escritórios, máquinas de ven-
pia de avaliação por 30 dias criada da, etc. -

gAB~R ~LnRÔNICA Nº 334/NOV~MBRO/2000 35


CONTADOR
UNIVERSAL
USANDO PIC
José Edson dos Santos Marinho

recursos para informar se o sensor


Os contadores com recursos dos mais diversos são fundamen- está obstruído (caso ele seja usado
tais numa infinidade de equipamentos, que vão desde as máqui- desta forma), pode gerar sinais espe-
cíficos tais como de parada de máqui-
nas industriais até a eletrônica de consumo e mesmo automotiva.
na e, além disso, possui recursos para
O uso dos Pies simplifica estes projetos, principalmente quando parada e reinício de contagem por
recursos mais sofisticados tais como a programação de contagem meio de botões. O circuito pode ser
facilmente modificado para se tornar
são necessários. Neste artigo descrevemos a montagem de um
um contador programável.
contador universal que pode ser facilmente adaptado a qualquer Em algumas ocasiões, há a neces-
aplicação que se tenha em mente. sidade de se usar um motor que gire
nos dois sentidos, em um portão au-
tomático, por exemplo. E para isso
Descrevemos aqui um contador visualização em display de cristal lí- usa-se um sistema que possa coman-
que faz tanto a contagem no modo quido (LCD) alfanumérico. Além da dar esse motor. Este artigo traz um
parcial quanto total, com a contagem, o circuito conta ainda com sistema que comanda um motor nos

R
R

2
vcc vcc

R6

Figura 1

RS

36 SAB~R ~LnRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


iVoe

4 .•••• 3
J

Figura 2

dois sentidos de rotação e que pode acoplador no outro, e a corrente no feita a alimentação do motor. Nesse
ser ligado em motores trifásicos ou resistor será menor do que aquela de estágio são usados tiristores, que são
monofásicos. Esse sistema também uma configuração em paralelo os disparados por foto-DIACs .
pode ser comandado diretamente por capacitares C1, C2 e Ca estão fechan-
chaves ou por um microcontrolador, do os LEDs e os foto-acopladores em Para que se isole totalmente a par-
como é apresentado no artigo. estrela para que os mesmos possam te de comando da parte de potência,
funcionar sem carga. O sistema é quando um sinal de nível baixo é apli-
o circuito foi dividido em três par- acionado por um sinal de nível baixo cado na entrada E1.1 , são disparados
tes para melhor entendimento. através de E1 e E2 ,que estão liga- os TRIAC's Ta'T4e Tsfazendo com que
Na figura 1 temos o circuito de en- das em portas do CI2 que são buffers o motor gire em um sentido; e quando
trada que é composto por 3 fusíveis tri-state, e são inibidas quando hou- o sinal é aplicado na entrada E2.1 , os
para proteção, 3 LEDs que indicam ver sinal de fusível queimado ou uma TRIAC's T1' T2 e Ts é que são dispara-
quando e qual fusível está queimado, tentativa de acionar as duas entradas dos, trocando duas fases no motor; os
e o foto-acoplador, que serve para (E1 e E2). O capacitor C2 está aí só circuitos snubber (circuitos formados
mandar um sinal negativo indicando para manter o sinal que sai dos foto- por um capacitor em série com um
que tem fusível queimado e que junto acopladores em nível baixo, porque resistor, por sua vez em paralelo com
com o CI2 inibe os sinais que entram quando queimar um fusível, só acio- um tiristor) atuam de modo a evitar que
através das entradas E1 e E2, sinais na um foto-acoplador que envia um os TRIAC's disparem acidentalmente.
esses que acionam o motor para o sinal em onda quadrada, e o capacitor Em um motor trifásico, o campo
sentido horário e anti-horário. Nela força o nível baixo por mais tempo. As magnético giratório do estator depen-
também se encontra o circuito de co- entradas R , S e T são entradas da de do modo como é delimitada a
mando do sistema. rede trifásica e os pontos EU, E2.1, sequência da rede através da combi-
É importante lembrar que o circui- FUS, A, S, e C serão ligados nos res- nação das fases aplicadas no motor.
to de comando deve ter uma alimen- pectivos pontos do circuito, o que será Ao inverter duas fases do motor, o
tação de +5 V (Vcc). explicado a seguir. Os CI's CI1 e C12, campo do estator gira em outro senti-
constituem a parte de comando do sis- do e, consequentemente, o motor tam-
Os LEDs estão em anti-paralelo tema, e são os responsáveis pelo bém girará no sentido do campo. A
com os foto-acopladores; desse modo, acionamento dos foto-DIACs. função deste circuito é exatamente
quando um fusível queimar, o LED fun- Na figura 2 temos o circuito que alternar duas fases do motor, manten-
ciona em um semiciclo e o foto- contém a parte de potência, onde é do a terceira constante.

SABER ELETRÔNICA NQ 334/NOVEMBRO/2000 37


A ligação em um motor trifásico é A ligação do circuito para um motor onde 81 é responsável para acionar o
simples: as saídas M1, M2 e M3 são monofásico é feita da seguinte forma: motor por toque, ou seja, a cada to-
ligadas ao motor (que deve estar com Fio 1 do motor ligado à entrada R do que em 81 o motor dá um giro à es-
o seu fechamento 'triângulo'ou 'estre- circuito e junto com uma fase; querda de acordo com o tempo em
Ia', dependendo da tensão aplicada Os fios 2 e 3 do motor são jumpeados que 81 é pressionada. A chave 85 tem
sobre ele), e as entradas R, 8 e T do e ligados junto à entrada T do circuito; a mesma função de 81, só que fazen-
circuito devem ser ligadas à rede. Fio 4 do motor ligado à saída M1 do do o motor girar à direita. A chave 82
Em uma auto mação de portão circuito; faz com que o motor gire constante-
residencial, por exemplo, a tensão é Fio 5 do motor ligado à saída M2 do mente à esquerda. A chave 84 tem a
de 220 V bifásica, neste caso neces- circuito; mesma função de 82, só que o motor
sita-se de um motor monofásico. Fio 6 do motor ligado à saída M3 do gira para a direita. A chave 83 tem a
Um motor monofásico, como já se circuito. função de parar o motor, independen-
sabe, é composto de duas bobinas Além dessas ligações, deve-se li- temente se o motor foi acionado pela
principais e uma auxiliar, sendo esta gar a entrada 8 do circuito à outra fase chave 82 ou 84, e todas essas funções
última a responsável pelo sentido de da rede, feito isso o circuito está pron- serão mostradas no display. Quando
rotação do motor, uma vez que o mo- to para o funcionamento. A seguir te- houver uma queima de fusível, por
tor monofásico tem 6 fios e, como o mos a explicação do funcionamento exemplo, será exibida no display a
trifásico, a configuração é a seguinte: do microcontrolador ATMEL 8988252, mensagem: "motor parado, fusível
Fios 1 e 2 constituem uma bobina prin- utilizado neste circuito. queimado".
cipal; Na figura 3 temos a parte Nesta figura também aparecem as
Fios 3 e 4 constituem a outra bobina microcontrolada do circuito, compos- saídas E1 e E2, além da entrada FU8,
principal; ta por um LCD (display alfanumérico estas são ligadas em suas correspon-
Fios 5 e 6 constituem a bobina auxiliar. de cristal líquido) e 5 chaves (81 à 85) dentes na figura 1.

Figura 3
Voe
Voe

AL1
P2.4
TxdlClock)
RxcUData)
ATMEL89S8252
INTO)
I
XTAL1
P3.7(RO)P1.2
P1.3
P1.5
P1.6
P1.4
P1.1
,....
.5
---•••••
~ 22
P1.0
24
26
25
23
28
21
~
B
a.: Vcc
U 97
14
10
12 07
Os
00
01
02
03
PO.O
8 PO.7
P2.1
P2.0
PO.6
EA
PO.4
PO.5
PO.3
P2.5
GNO
PO.2
P2.2
ALE
P2.3
PO.1 13O/-C
P2.7
PSEN
P2.6 Vcc
VO
R/-W
06OC
. 27 11 04

38 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


1I
LISTA DE MATERIAL MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTOS
ill Figuras 1 e 2: HOSPITALARES
R1 a R3 - resisto r 340 kill 1/4 W; 1
R4 a R8 - resisto r 4,7 kill 1/8 W; o OBJETIVO deste curso é preparar técnicos para reparar equipamen-
Rg, R1Sa R18,R28- resisto r 100 ill5 : tos da área hospitalar, que utilizem princípios da Eletrônica e Informática,
W; •
R21a R2S- resistor 470 ill 1/8 W;
~ como
I~ LHOS ELETROCARDIÓGRAFO,
DE RAIO-X, ULTRA-SOM, MARCA-PASSO etc.
ELETROENCEFALÓGRAFO, APARE-
Rl0 a R1S'R19,R20,R2S'R27 -
resistor 330 ill 1/8 W; Programa:
Fl a F3- fusível 3,5 A; Aplicações da eletr.analógica/digital nos equipamentos médicos/hospitalares
C1 a C3 - capacitor poliéster 100 Instrumentação baseados na Bioeletricidade (EEG,ECG,ETc.)
nF/ 250 V;
Instrumentação para estudo do comportamento humano
C4 - capacito r eletrolítico 1O ~F/
Dispositivos de segurança médicos/hospitalares
16 V;
Aparelhagem Eletrônica para hemodiálise
Cs a Cg - capacito r cerâmico 100
Instrumentação de laboratório de análises
~F/ 400 V; Válido até 10/12/2000
Amplificadores e processadores de sinais
T1 a Ts - triac TIC 226D;
CI3 a Cls - foto-acoplador TIL 111; Instrumentação eletrônica cirúrgica
Instalações elétricas hospitalares Maiores informações ligue através
D1 a D3- led vermelho 3mm;
Radiotelemetria e biotelemetria de um fax e siga as instruções. Tel:
Cls a Cl10- foto-DIAC MOC3021;
Cl1 - integrado 7407; Monitores e câmeras especiais (011) 6941-1502 - SaberFax 2030.
CI2 - integrado 74125.
Sensores e transdutores
Medicina nuclear Curso composto por 5 fitas de vídeo
Figura 3: Ultra-sonografia (duração de 90 minutos cada) e 5
Rl a Rs - resistor 4,7 kill 1/8 W; Eletrodos apostilas, de autoria e responsabilida-
Rs - trimpot 10 kQ; Raio-X de do prof. Sergio R. Antunes.
C2, C3 - capacito r cerâmico 33 pF;
CX - cristal 11,059 MHz; PREÇO DE LANÇAMENTO R$ 297,00 (com 5% de desc. à vista + R$ 5,00
81 a 85 chave push-buttom;
- despesas de envio) ou 3 parcelas, 1 + 2 de R$ 99,00 (neste caso o curso
LCD - display alfanumérico (2 também será enviado em 3 etapas + R$ 15,00 de desp. de envio, por encomen-
linhas X 16 colunas); da normal ECT.) - PEDIDOS: Utilize a solicitação de compra da última página,
CI1 - microcontrolador ATMEL ou DISQUE e COMPRE pelo telefone: (011) 6942-8055
8988252.
SABER PUBLICIDADE E PROMOÇÕES LTDA.

Na tentativa de diminuir o pico de


partida do motor, o microcontrolador MÓDULOS HíBRIDOS
manda um trem de pulsos pela saída
E1 ou E2, dependendo do sentido
selecionado, fazendo com que em al-
(Telecontroll i)
guns momentos os tiristores não con-
duzam toda a senóide para o motor. Utilidades:
Isto faz com que o motor receba uma _ controle remoto
quantidade menor de tensão, diminu- sistemas de segurança
alarme de veículos Obs: Maiores detalhes, leiam
indo a corrente de partida.
etc. artigo nas revistas Saber
Após o tempo do trem de pulsos Eletrônica nº 313 e 314
enviado pelo microcontrolador , a saí-
da acionada fica em nível baixo e o CARACTERíSTICAS:
tiristor passa a conduzir toda a senóide * Frequência de 315, 418 ou 433,92 MHz
para o motor. * Ajuste de frequência a LASER
Este circuito pode ser modificado * Montagem em SMD
facilmente, de modo que possa funci- * Placa de cerâmica
onar como um soft-starter (sistema
que varia a tensão no motor em subs- Preço:
tituição ao sistema estrela-triângulo); RR3 (2,5 mA) R$ 45,90 - 2 pçs
basta fazer um sistema que se utilize RR5LC (0,8 a 1,2 mA) R$ 55,80 - 2 pçs
da passagem pelo ponto O (zero) de
cada fase e modifique o ângulo de dis-
Pedidos: Disque e Compre (O XX 11) 6942-8055
paro do TRIAC, através do acionamen-
to do foto-DIAC, além de uma peque- Saber Publicidade e Promoções Ltda.
na modificação no software. -

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 39


Os controles de potência PWM (Pulse
Width Modulation) são altamente indicados

CONTROLE
para aplicações em Robótica, Mecatrônica
e até Modelismo pela possibilidade de se
manter o torque de motores De mesmo em
baixas velocidades. O circuito apresenta-
do tem características que permitem o con-
trole de motores a partir de 6 V (com cor-
rentes de até 5 A) utilizando componentes
comuns em nosso mercado .
._-----------------~
De PWM
Nos controles PWM o que se faz é No nosso caso, o controle PWM é nas precisamos incluir R3de 1 kQ, pois
variar a largura do pulso de uma ten- indicado tanto para motores de cor- este é o valor mínimo de resistência
são retangular aplicada à carga de rente contínua como também para que pode aparecer neste circuito, re-
modo a obter-se um controle sobre a outras aplicações tais como dimmers, presentando menos de 1% do valor
potência média aplicada. controles de temperatura ou ainda no do ciclo ativo obtido.
Este tipo de controle tem a vanta- acionamento de eletroimãs. Os sinais conseguidos na saída do
gem de operar como uma "fonte circuito integrado 555 são aplicados
chaveada" com altíssimo rendimento, diretamente à comporta de um tran-
já que o elemento de controle, por COMO FUNCIONA sistor de efeito de campo de potên-
operar com sinais retangulares, não cia, que é o elemento principal de con-
dissipa grande potência. Para gerar os sinais retangulares trole da corrente do motor.
Utilizando FETs de potência de com ciclo ativo ajustável externamen- Transistores de efeito de campo de
alta capacidade de corrente de con- te (entre perto de zero e 100%) utili- potência comuns, que são amplamen-
trole, podemos ter um excelente ren- zamos um oscilador com base no co- te usados em fontes chaveadas e em
dimento para este tipo, desde que a nhecido circuito integrado 555. muitos eletroeletrônicos, podem con-
tensão de alimentação não seja mui- Na configuração normal, o 555 trolar correntes na faixa de 2 a 100
to baixa. Observamos que para os gera sinais retangulares cujo tempo de ampares.
FETs de potência as características de condução depende de Ra e Rb de Este componente ao conduzir
Rds (resistência entre dreno e fonte acordo com as fórmulas dadas na fi- apresenta uma resistência entre o dre-
em plena condução) só são válidas gura 1 em que temos o circuito típico. no e a fonte que determina quanto de
para tensões de excitação e alimen- Conforme podemos ver, o ciclo ati- calor ele gera no processo.
tação relativamente altas (acima de 9 vo nesta configuração nunca pode ser Os FETs de potência costumam ter
V para os tipos comuns). menor que 50%, pois ele depende da esta Rds muito baixa, mas este valor
Abaixo destes valores, os FETs de soma dos valores de Ra e Rb que es- ainda é significativo quando o circuito
potência comportam-se como os tran- tão em série. De modo a superar este opera com tensões baixas (abaixo de
sistores bipolares equivalentes. problema fazendo o 555 operar com 10 V). Assim, mesmo podendo con-
ciclo ativos numa faixa muito mais trolar correntes muito elevadas nestas
ampla como a exigida para esta apli- aplicações, temos a produção de uma
Vcc
cação, usamos a configuração básica
8 14 ilustrada na figura 2. Vcc
Conforme veremos no diagrama
8
7 6
completo, o potenciômetro oferece
555 percursos diferentes para as corren- 555 ~.
tes de carga e descarga do capacitor
que, justamente, determinam o tem-
2
~
JlJl
°2
-'1 l+-t1
-+I I+-t2
-'1 po em que a saída se mantém no ní-

lu-
-+I I+-t1
I+-t2
vel alto e no nível baixo.
Assim, ajustando o potenciômetro,
dividindo as correntes de carga e des- ~C
t1 = 0,693 . (Ra + Rb) . C
carga pelos diodos 01 e O2 podemos
controlar o ciclo ativo do oscilado r t1 = 0,693 . (R1) . C
t2 = 0,693 . (Rb) . C
numa faixa muito mais alta. t2 = 0,693 . (R2) . C
Fig. 1 - Ciclo ativo do 555 Na prática, esta faixa parte de per-
na configuração normal. Fig. 2 - Mudando a configuração.
to de zero e vai até quase 100%. Ape-

40 SA8ER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


certa quantidade de calor que exige o
uso de dissipadores neste componen- Entrada
te. A finalidade do diodo zener na ali- Vcc
mentação do circuito integrado é evi- + II ~ 555 5 IIRF640
8
tar que os transientes gerados pela n I C4C/1 Q1
10010pFnF I ~
comutação do motor possam
realimentar o circuito, afetando o fun- J. C2

cionamento do oscilador e até mes-


mo colocando em risco a integridade
21
18 V C3.-d
1 pF :

do circuito integrado.
O circuito pode funcionar com ten-
sões de entrada de 6 a 25 V.

C1

MONTAGEM 1000 pF
(*)

Na figura 3 temos o diagrama com- (*) Ver texto


pleto do controle PWM. Fig.3 - Diagrama
completo
docontrolePWM.
A montagem do controle pode ser
feita de forma modular facilitando as- IRF640 são ideais para aplicações em motor e verificar a atuação do contro-
sim seu uso, conforme mostra a placa que motores de correntes até uns 2 le dentro da faixa esperada.
da figura 4. ou 3 ampares são usados. Eventualmente C4 pode ser altera-
Os capacitores eletrolíticos devem do na faixa de 10 a 100 nF de modo a
ter tensões de trabalho pelo menos obter-se um controle mais estável do
uns 50% maiores que as tensões usa- PROVA E USO motor, sem vibrações.
das na alimentação do módulo. Para lâmpadas incandescentes ou
O diodo Z, pode ser de 18 V para Para a prova de funcionamento aquecedores, este capacito r também
tensões de entrada até 15 V, e de 28 tanto pode ser colocado um pequeno poderá ser alterado.
V a 30 V para tensões de entrada mai- motor de corrente contínua, não im- A comprovação da alteração do
ores. Os cabos de alimentação do cir- portando a sua corrente, quanto uma ciclo ativo poderá ser verificada tam-
cuito e para o motor devem ter espes- lâmpada. Basta então ligar na entra- bém com o uso de um osciloscópio
sura de acordo com a corrente a ser da do controle a tensão nominal do ligado no pino 3 do circuito integrado.•
controlada.
O transistor de efeito de campo
pode ser qualquer tipo de potência
com corrente de acordo com o motor
que vai ser controlado. Os tipos da
série IRF como o IRF720, IRF620,

Ir,.......;.'.:.-- v -' '"111


LISTA DE MATERIAL

Semicondutores:
CI, - 555 - circuito integrado,timer
21 18V x 1 W - diodo zener
- r
D2, 1N4004- diodos retificadores
Ds -
de silício
Q1 - FET de potência- ver texto - I
IRF640,etc.
Resistores: (1/8W, 5%)
R1, R2 - 1Q
Rs - 1 kQ
P1 - 100 kQ - potenciômetro
Capacitores:
C1 1000 ~F - eletrolítico
-

C2 100 ~F - eletrolítico
-

Cs - 1 ~F/25V - eletrolítico
J.
C4 - 10 nF - cerâmicoou poliéster
Diversos:
Placa de circuito impresso,radiador
I
de calor,fios, botão para o
potenciômetro,solda, etc. II
Fig.4 - PlacadecircuitoimpressodocontrolePWM.

SAB~~ ~L~T~ÔNICA Nº ~MJNOV~Me~OJQOOO 41


•••
REATAN CIA
CAPACITIVA

para reduzir a tensão numa lâmpada,


Você sabe trabalhar com capacitores em circuitos de corrente por exemplo.
alternada? Os capacitores podem ser considerados resistores em
certas aplicações com diversas vantagens de que os projetistas A FÓRMULA
devem saber tirar proveito. Veja, neste artigo, como calcular a "re-
sistência" que um capacito r apresenta num circuito de corrente al- A reatância capacitiva apresenta-
ternada usando-o como um resistor. da por um capacito r num circuito de
corrente alternada é calculada pela
fórmula:
Quando ligamos um capacitor num se uma outra terminologia definindo a
circuito de corrente alternada, como oposição que o capacitor apresenta à Xc = 1/(2 x 1t x f x C)
mostra a figura 1, ele deverá carregar- circulação da corrente e que determi-
se e descarregar-se na mesma na sua intensidade como reatância Onde:
frequência da fonte de energia. capacitiva. Xc é a reatância capacitiva, em ohms
A reatância capacitiva, se bem que f é a frequência da corrente alternada
i = io cos wt + 'Po medida em ohms, é representada por do circuito, em hertz
Xc e tem diferenças bem acentuadas C é a capacitância do capacitor, em
em relação à resistência pura apresen- farads
c tada por um resistor. A principal dife- 1t é a constante 3,14

rença é que ela depende não apenas


v = Vocoswt
do valor do capacitor, mas também da Exemplo:
frequência da corrente. Calcular a reatância capacitiva
Fig.1- Umcapacitornum
circuitodecorrentealternada. Conforme ilustra a figura 2, a apresentada por um capacitor de 1 J.JF
reatância capacitiva diminui quando a num circuito de 60 Hz.
Isso significa que estará circulan- frequência aumenta.
do constantemente uma corrente mé- Temos: f = 60 Hz
dia pelo capacitor, cujo valor depende Reatância capacitiva C = 1 X 10-6 F
de sua capacitância e também da Xc(n) Xc =?
frequência da fonte de corrente alter-
nada que o alimenta. Aplicando a fórmula:
Podemos dizer que a fonte "vê" o Xc = 1/(2 x 3,14 x 60 x 10'6)
capacito r como uma carga que con- Xc = 106/376,8
some certa energia, já que ele deve Xc = 2653,92 ohms
Frequência
fornecer uma corrente de maneira
(Hz)
constante. Para o gerador é como se
Fig.2 - A reatância
capacitiva DIVISOR CAPACITIVO
o capacitor apresentasse uma certa
diminuicoma frequência.
"resistência" à corrente que determi-
na a sua intensidade. No entanto, mesmo sendo diferen- Um circuito interessante que pode
Como não tem sentido falar em te da resistência, isso não impede que ser de utilidade em muitas aplicações
resistência neste caso, pois é um ter- um capacitor seja usado como resistor práticas é o divisor capacitivo apresen-
mo válido para os resistores, adota- num circuito de corrente alternada, tado na figura 3.

42 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


De onde sai a fórmula para cálcu-
lo de Xc. LITERATURA TÉCNICA
R DESBRAVANDO O PIC
12V
SOmA
Baseado no microcontrolador
PIC16F84
Autor: David José de Souza - 199
Fig.3 - Usandoum capacitor
como redutorde tensão. págs.

Com este circuito podemos usar Um livro dedicado às pessoas que


um capacitor formando um divisor de desejam conhecer e programar o PIC.
tensão que reduz a tensão da rede de Xc Aborda desde os conceitos teóricos do
energia para alimentar uma lâmpada Fig. 4 - Fasesnumcircuito componente, passando pela ferramen-
RC e impedância(Z). ta de trabalho (MPASM).
de 12 V. Vamos dar um exemplo de
Desta forma o MPLab é
cálculo: Com os valores calculados pode- estudado, com um capí-
mos chegar a Xc: tulo dedicado à Simula-
Determinar a capacitância de C no ção e Debugação. Quan-
circuito mostrado na figura 3 onde te- to ao PIC, todos os seus
Xc = ~(6000)2 - (600)2 recursos são tratados, in-
mos uma lâmpada de 12 V x 50 mA
numa rede de 120 V. Xc = .J36000000- 360000 cluindo as interrupções,
os timers , a EEPROM e
Neste circuito: Xc = .J35640000 o modo SLEEP. Outro ponto forte da
obra é a estruturação do texto que foi
V = 12 V
Xc = 5969,92ohm elaborada para utilização em treinamen-
Ve = 120 V to ou por autodidatas, com exemplos
1= 0,02 A Com este valor podemos determi- completos e projetos propostos.
f= 60 Hz nar a capacitância necessária para o R$ 34,00
C=? circuito redutor usando a seguinte fór-
mula:
EWB 5 - Eletronics Workbench
Iniciamos por calcular a resistên-
Análise e Simulação de Circuitos
cia equivalente à lâmpada de 50 mA C = 1/(2 x 1t x f x Xc)
x 12 V usando a lei de Ohm: no Computador
Eng.Rômulo Oliveira Albuquerque
C = 1/(2 x 3,14 x 60 x 5969,92)
R = V/I - 143 págs.
C = 1/(2249465,8) Este é mais do que um livro sobre
R = 12/0,02
um software de simulação de circuitos.
R = 600 ohms C = 0,44454 x 10-6 Nele você encontrará, de forma simples
e direta, todos os co-
A impedância total do circuito tam- C = 444 nF mandos e procedimen-
bém é dada pela Lei de Ohm: tos necessários para
montar e simular, passo
Um capacitor de 470 nF x 250 V
a passo, o seu circuito,
Z = 120/0,02 de poliéster servirá perfeitamente para seja digital ou analógico.
Z = 6000 ohms a aplicação desejada. Além disso, é descrito o
funcionamento dos mais
A reatância que deve apresentar variados instrumentos
Xc depende de R e Z segundo a se- CONCLUSÃO usados em um laborató-
guinte fórmula: rio real, tais como:
Osciloscópio, Gerador de Função, Mul-
O domínio das fórmulas e,
tímetro, Bode Ploter, Analisador Lógico
principalmente, dos cálculos que e Gerador de Palavras Binárias, sendo
envolvem a conversão de unida- fornecidos exemplos didáticos de apli-
Observe que a impedância depen- des é muito importante em qual- cação com eles.
de também da fase da tensão num R$ 27,00
quer projeto. Todo o projetista
capacito r em um circuito que tenha um deve saber trabalhar com os va-
SABER PUBLICIDADE
resistor e que, portanto, não é calcu-
lores dos componentes nos di- E PROMOÇÕES LTDA.
lada simplesmente somando-se a
reatância. versos múltiplos e submúltiplos, Verifique as instruções na solicitação
e mais que isso, deve ter a sen- de compra da última página.
Num circuito com um capacitor e
um resistor temos as fases ilustradas sibilidade para perceber quando Maiores informações
um valor calculado parece ser Disque e Compre (O XX 11) 6942-
na figura 4, daí ser a impedância cal-
grande ou pequeno demais para 8055. -Rua Jacinto José de Araújo,
culada por:
a aplicação, evidenciando que 309 - Tatuapé - São Paulo - SP
algum tipo de erro ocorreu. - REMETEMOS PELO CORREIO PARA
TODO O BRASIL

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 43


OS ULTRASSONS

figura 2. Estas ondas longitudinais se


Que vibrações são essas, que têm a mesma natureza dos sons, propagam pelo ar numa velocidade
mas que não podemos ouvir? Que tipo de emissão é essa que que depende da pressão, da umida-
pode destruir objetos, detectar inimigos ou intrusos e ainda servir de, da temperatura e de alguns outros
fatores adicionais.
como meio de orientação ou medida de distâncias? Como gerar
Para o ar ambiente, em condições
ultrassons e como torná-Ios audíveis? Essas são algumas das ques- normais de temperatura e pressão, ou
tões que procuraremos abordar neste artigo. Respondendo a es- seja, a 20 graus Celsius no nível do
sas perguntas, levaremos nossos leitores a uma dimensão mara- mar, a velocidade de propagação é da
ordem de 333 metros por segundo.
vilhosa, que nossos sentidos não podem alcançar, mas que po- No entanto, para maior facilidade
dem explorar com a ajuda da Eletrônica. de cálculos é comum fazermos a apro-
ximação para 340 metros por segun-
do.
Nossos ouvidos são estruturas sua volta de modo regular, criando Encontrando algum tipo de obstá-
sensíveis que se adaptam perfeita- assim "ondas" onde localizamos mai- culo, essas vibrações podem forçá-Io
mente aos tipos de vibrações que são or ou menor densidade de partículas, a vibrar na mesma frequência, trans-
mais comuns na natureza e no pró- ou seja, ondas de compressão e ferindo-lhe assim energia. Em outras
prio meio no qual vivemos. Assim, mi- descompressão, de acordo com a palavras, essas ondas transportam
lhões de anos de evolução determi-
naram a faixa bem definida de
frequências que podemos oU'rir e que
denominamos "sons".
Barra de
Uma experiência imaginária nos Ili 11 metal
permite entender melhor o que é o
som, e também as vibrações de mes-
ma natureza, que se situam além do
alcance de nossos ouvidos, que são
os infrassons e os ultrassons, sendo
este último o assunto chave deste
nosso artigo.
Se prendermos uma barra de me-
tal numa morsa, poderemos fazer com
que uma de suas extremidades entre
em vibração, conforme mostra a figu-
ra 1. Para nossa experiência não im-
porta exatamente como fazer isso,
mas sim as consequências dessa vi-
bração.
As vibrações dessa barra de me-
tal vão comprimir e distender o ar à Fig.1 - Preparando
a experiência
imaginária.

44 SABER ELETRÔNICA NQ 334/NOVEMBRO/2000


Maior quando chegamos a aproximadamen- ou seja, muitas oitavas acima do nos-
" compressão
te 500 Hz, e depois agudo quando ul- so limite auditivo e que, portanto, não
trapassamos os 2 000 Hz, conforme podem ser ouvidos por ninguém.
'.
....•..•.
"7
.'
ilustra o diagrama da figura 4.
Aumentando mais e mais as vibra-
Mas, o interessante é que no mun-
do animal existem espécies que po-
."
'!: :' /11111
ções, entretanto, verificamos que as dem ter ouvidos capazes de alcançar
pessoas, segundo suas idades, carac- frequências que o ouvido humano não
terísticas pessoais e até mesmo even- consegue, conforme mostra a figura
tuais doenças, vão deixando de ouvir 6.
o som que está sendo emitido. Assim, o que é ultrassom para nós,
O limite exato em que deixamos de (humanos) pode não ser para outras
ouvir as vibrações, varia bastante de espécies animais.
pessoa para pessoa, mas na média Podemos citar como exemplo os
está em torno de 15 000 Hz (15 000 cães que, em alguns casos, podem
vibrações por segundo).Teremos en- ouvir vibrações de até 25 000 Hz, al-
tão percorrido todo o espectro audí- cançando assim frequências que nós
Fig.2 - Gerando
ondasdecompressão
e vel, ou seja, toda a faixa de frequên- não logramos perceber. Quantas ve-
descompressão. cias que corresponde às vibrações zes seu cãozinho levantou as orelhas
que podemos ouvir. sobressaltado percebendo alguma
energia que podem entregar a obje- No entanto, passando dos 15 000 espécie de som quando você não ou-
tos que existam em seu percurso. Hz a barra de metal ainda pode vibrar. viu absolutamente nada?
Se as vibrações ocorrerem numa Estas vibrações já não serão mais Animais como os morcegos e até
"velocidade" relativamente pequena, audíveis, pois estão além de nossa mesmo os golfinhos, podem usar os
algumas por segundo apenas, mes- capacidade de percepção. A barra ultrassons com finalidades muito mais
mo incidindo na membrana sensível estará produzindo então ultrassons. complexas do que a simples comuni-
de nossos ouvidos que é o tímpano, Observe a figura 5. cação.
elas não conseguirão excitá-Io a pon- Não existe limite conhecido para O morcego, por exemplo, possui
to de haver a transmissão de um sinal até onde a barra de metal poderá vi- um sistema de audição tão elaborado
ao nosso cérebro. Isso significa que brar. Existem dispositivos que podem que pode captar e interpretar os écos
elas estão numa frequência abaixo do gerar ultrassons de milhões de hertz, ou reflexões das vibrações que ele
que podemos ouvir. Essas vibrações,
pela sua frequência, são denomina-
das infrassons. Sua posição no espec-
tro é mostrada na figura 3. Infras- I Sons I
Conforme vimos, essas vibrações sons I Graves Mfidlos Agudos I Ultrassons
transportam energia e por isso, pos- f (Hz)
suem um certo poder de destruição. o 15 500 2000 15/18 k
Num terremoto, as vibrações desta
Fig.3 - O espectrosonoro.
faixa de frequência causam grande
destruição quando se propagam pela
terra podendo assim ser sentidas, mas
não ouvidas.
O ponto em que elas começam a GRAVES MÉDIOS AGUDOS
ser ouvidas está em torno de 15 hertz.
É preciso que a nossa barra de metal
imaginária vibre pelo menos 15 vezes
15 500 3000 150001
por segundo para que as ondas de
18000
compressão e descompressão que
cheguem aos nossos ouvidos os esti- Fig.4 - Oespectroaudível.Oslimitesvariam conformea pessoa.
mulem.
A sensação transmitida ao cérebro
será a de um som contínuo muito gra-
ve, um zumbido. ULTRASSONS
Aumentando gradualmente a
frequência das vibrações, ou seja, fa-
zendo com que a barra vibre cada vez
mais rapidamente, vamos modificar a
altura do som (a altura é a caracterís-
tica relativa à frequência que não deve
,
150001
18000 Hz
100000 Hz

-~
"I
O espectro ultrassônico
100000 Hz

ser confundida com o volume ou in- Fig.5 - Oespectroultrassônico


nãotemlimitesuperiordefrequência.
tensidade), tornando o som médio

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 45


15 ultrassons da mesma forma que exis-
15 k/18 k
tem diversos fenômenos naturais que
são acompanhados da emissão des-
50 30000 sas vibrações.
Na verdade, emissões fortes de
ultrassons podem "perturbar" certos
100 40k animais, daí a utilização de aparelhos
que emitem tais vibrações em grande
150 45k intensidade para afastá-Ios de certos
lugares. Existem "espantalhos eletrô-
nicos" que afastam cães de latas de
1k 100 k lixo, ou ratos de depósitos de cereais
ou mesmo despensas, que nada mais
são do que potentes osciladores de
ultrassons ligados diretamente a um
Fig. 6 - Espectro audível de alguns animais (média dependendo da espécie). pequeno alto-falante. Como os huma-
nos não podem ouvir tais víbrações,
mesmo emite em frequências cia. Efeito inverso ocorrerá se o obje- eles não nos causam qualquer tipo de
ultrassônicas. to estiver se afastando. Tudo isso é inconveniente.
Em outras palavras, ele possui um ilustrado na figura 7. Para os leitores que desejarem fa-
verdadeiro sistema de "radar" que, no Você pode perceber esse fenôme- zer experiências com ultrassons, te-
caso, por operar com sons recebe a no observando o que ocorre quando mos na figura 8 o diagrama de um
denominação de "sonar". Ele emite um um carro passa em alta velocidade por potente emissor, que pode ser usado
som de frequência muito alta (que não você com a buzina acionada. Na apro- como espantalho ou ainda em experi-
podemos ouvir) que chega aos 40 000 ximação, o som da buzina parece mais ências diversas que envolvam este
Hz, e se existir algum tipo de obstácu- agudo, e quando ele se afasta, o som tipo de vibração.
lo para sua propagação como, por torna-se mais grave. A transição do Este circuito produz ultrassons na
exemplo, outros animais, insetos ou os som de agudo para grave é bastante faixa de 20 a 30 kHz e o transdutor
galhos de uma árvore, ele recebe o nítida no instante exato em que ele nada mais é do que um tweeterdo tipo
éco e o interpreta, determinando a dis- passa por você. piezoelétrico, que apresenta rendi-
tância do obstáculo, seu tamanho e Ora, no caso do morcego, a vibra- mento bom nesta faixa para a aplica-
posição, evitando-o ou atacando-o. ção da vara altera a frequência do éco ção visada.
À medida que as vibrações aumen- que o animal espera e ísso o confun-
tam de frequência, a distância entre de, de modo que ele não consegue APLICAÇÕES PRÁTICAS
os pontos de maior compressão e interpretá-Io, desorientando-se com-
menor compressão diminui, ou seja, pletamente em vôo. Aparelhos que emitam ou recebam
diminui o comprimento de onda. Isso Na natureza existem muitos ani- ultrassons não são simples curiosida-
significa que essas ondas passam a mais que emitem e/ou recebem des. Na indústria, na medicina, ou
ser sensíveis a obstáculos cada vez ultrassons, de modo que a possibili- mesmo no lar encontramos diversos
menores. É por este motivo que o sis- dade de "escutarmos" ultrassons abre dispositivos que operam com
tema de sonar de um morcego não um campo muito interessante de pes- ultrassons.
funcionaria se ele usasse baixas quisa usando recursos eletrônicos. Na indústria, por exemplo, os
frequências. Existem grilos, pequenos mamífe- ultrassons podem ser usados para
Podemos fazer uma interessante ros e até mesmo peixes que emitem detectar falhas de materiais como, por
experiência com os morcegos (que é
bem conhecida das pessoas que mo-
ram no interior): provocando a vibra- Incidente Objeto
ção de uma vara, eles se desorientam
podendo chocar-se contra ela. O que
Movimento
acontece é que a vara em vibração
provoca um fenômeno denominado
"Efeito Doppler".
Quando uma vibração sonora se
reflete num objeto que se move em
relação à fonte que emite o som, na
Movimento
reflexão ocorre uma alteração da sua
frequência. Se o objeto estiver se mo-
vimentando em direção à fonte, a al- ~Menor comprimento de onda
teração é no sentido de haver uma
diminuição do comprimento de onda Fig. 7 - O efeito Doppler.
e, portanto, um aumento da frequên-

46 SAB~R ~L~TRÔNICA Nº 884/NOVEM8RO/2000


Este fenômeno, denominado "cavita-
+ 6/12 V ção" , possibilita a realização de limpe-
IC4093 5
zas profundas em peças de pequenas
1.100 pF Tweter
dimensões ou muito delicadas. Para
6 isso existem aparelhos especiais que
80
empregam esta tecnologia, como o
8
mostrado na figura 10, e que podem
ser encontrados em oficinas
especializadas.
Na medicina temos equipamentos
que são capazes de formar uma ima-
gem de órgãos de nosso corpo, com
13 a diferença de que os ultrassons não
causam dano algum aos tecidos, o
que não ocorre com os raios X.
Fig. 8 - Um emissor experimental de ultrassons.
Citamos também os estetoscópios
ultrassônicos, que nada mais são do
exemplo, peças metálicas sólidas Outra aplicação interessante é na que aparelhos que convertem vibra-
como blocos de motores, vigas ou tri- limpeza de peças. Se colocarmos jói- ções de frequências mais altas em vi-
lhos ou ainda estruturas especiais. as ou as peças delicadas de um me- brações de mesmo padrão, mas de
Um transdutor aplica os ultrassons canismo num recipiente metálico con- frequência mais baixa.
de altíssima frequência no material. Se tendo um solvente especial e aplicar- Dessa forma, os batimentos cardí-
existirem cavidades internas, falhas ou mos um ultrassom de alta potência, acos do feto, que ocorrem em
rachaduras, ocorrerão reflexões que ocorrerá um fenômeno importante e frequência inaudível para nós, se tor-
mudam o padrão do sinal captado por que pode ser de grande utilidade nes- nam perfeitamente audíveis com um
outro transdutor podendo o "eco" ser te caso. aparelho desse tipo, veja figura 11.
visualizado num osciloscópio ou na As vibrações ultrassônicas fazem
tela de um computador que tenha uma aparecer bolhas microscópicas nas Um conversor desse tipo, de gran-
placa de aquisição de dados, confor- cavidades em que se acumula a su- de sensibilidade, pode servir ao explo-
me mostra a figura 9. jeira, expulsando-a com facilidade. rador da natureza para ouvir insetos e
animais maiores que produzam sinais

1 na faixa que não podemos ouvir nor-


malmente, convertendo-os para uma
frequência mais baixa.
Esse mesmo tipo de aparelho tam-
bém pode ser usado por um técnico
para detectar vibrações anormais
numa máquina, que não esteja funci-
Transmissor
onando corretamente.
Receptor
---.. .,. Podemos também citar sistemas
de alarmes que detectam a passagem
de pessoas pela interrupção de uma
emissão ultrassônica.
Uma aplicação muito importante,
Fig. 9 - Detectando falhas que imita os animais, no caso o mor-
em peças homogêneas com cego, é o Sonar. Operando numa
ultrassons. frequência acima de 40 kHz, o sonar
emite ultrassons por meio de um

Ultrassom

Conversor

Audível
amplificador

Fig. 10 - Limpadores ultrassônicos usados Feto


para trabalhar com componentes SMD, peças
mecânicas pequenas, etc.
Fig. 11 - Um detector de batimentos letal.

SABER ELETRÔNICA N2 334/NOVEMBRO/2000 47


transdutor especial. Esses ultrassons
se propagam pela água e se refletem
tanto no fundo como em objetos e
animais (peixes, por exemplo).
O resultado disso é a produção de
um ou mais écos, conforme ilustra a
figura 12.
Nos aparelhos mais simples, ape-
nas o éco mais forte que corresponde
ao fundo é considerado, e há a indi-
cação da profundidade pelo tempo
que o ultrassom demora para ir e vol-
tar.
Nos aparelhos mais sofisticados é
formada uma imagem que considera
todos os écos, e assim poderá ser
visualizada a presença de um cardu-
Fig. 12 - Funcionamento do éco-batímetro para medir profundidades.
me. Os barcos de pesca mais bem
equipados possuem tais sonares que
são capazes de detectar onde está o
cardume que se visa capturar, como
é mostrado na figura 13.
Uma aplicação final para os
ultrassons é na medida de distâncias,
no que se denomina de "trena eletrô-
nica". De acordo com a figura 14, o
que temos é um emissor ultrassônico
que envia pulsos de curta duração em
direção a uma perede. Um circuito in-
terno "mede" o tempo que o pulso
ultrassônico leva para ir e voltar.
Este tempo é computado e conver-
tido diretamente numa distância, que
é apresentada num display de cristal
líquido.

CONCLUSÃO Fig. 13 - Detecção de cardumes por ultrassons.

As aplicações que vimos


são apenas algumas das
muitas possíveis para os Osci/ador Emissor
ultrassons. (gerador
de trem
Em nossas edições ante-
depu/sos)
riores já descrevemos diver-
sos projetos que envolvem
este tipo de vibração como,
Distância a ser medida
por exemplo, detectores,
alarmes, aparelhos para es-
cutar o inaudível, emissores
com a finalidade de espan-
tar animais, etc.

é
O importante para o leitor
saber o que é o ultrassom
e como ele pode ser usado .•
•. ..
-
. -

---
-

..
Contador
.-
Fig. 14 - O circuito se baseia ma contagem
do tempo que os pulsos demoram para ir e voltar.
---
.-, ,-..-,
-.. ..-.
Display

48 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


CONHEÇA O TVS
(Transient Voltage Suppressor)

de energia de 0,55 a 2,1 joules, num


A utilização de dispositivos sensíveis em equipamentos eletrô- intervalo de tempo típico de 1
nicos exige cuidados especiais na proteção contra transientes e milissegundo, que é a duração maior
prevista para os pulsos de transientes
surtos que podem chegar pela linha de alimentação. Um dispositi- que normalmente aparecem nas apli-
vo de importância vital para a proteção de circuitos contra cações práticas.
transientes é o TVS ou Transient Voltage Suppressor (Supressor As tensões de trabalho ou "de
avalanche" estão na faixa de alguns
de Tensões Transientes). Neste artigo explicamos o que vem a ser
volts até algumas centenas de volts.
este componente, sua utilização e como analisar suas
especificações técnicas. Especificações:
Na utilização de um TVS as
especificações devem ser levadas em
Uma maneira simples de evitar que pamentos alimentados pela rede de conta e, neste caso, são bastante se-
transientes (pulsos de alta tensão e energia de corrente alternada, são melhantes às dos diodos zener.
curta duração) vindos pela rede de denominados TVS ou Transient Temos então as seguintes
energia cheguem aos circuitos alimen- Voltage Suppressors e possuem cur- especificações principais:
tados, é cortá-Ios com a ajuda de al- va característica e símbolos mostra- Breakdown Voltageou Tensão de
gum dispositivo que entre em condu- dos na figura 1. Ruptura (Vbr) - É a tensão em que o
ção sob certa tensão. Os TVS comuns devem ser capa- dispositivo entra na condição de
Embora os diodos zener comuns zes de dissipar a energia que apare- avalanche, ou seja, torna-se condutor.
possam ser usados em alguns casos, ce num pulso de alta tensão ou num Para o TVS comum esta tensão é
eles não são os dispositivos apropria- trem desses pulsos (surto), o que exi- especificada para uma corrente de 1
dos para esta finalidade, tanto pela ge que eles sejam montados em in- mA. Eventualmente pode aparecer
sua velocidade de reposta como pela vólucros especiais. Como os pulsos com valores mínimos e máximos.
quantidade de energia que podem são de curta duração, as energias Working stand-off reverse
manusear. devem ser convertidas em calor em voltage - (Vbr) - Trata-se da tensão
Para cumprir esta função, entretan- um espaço de tempo muito pequeno, inversa de trabalho. Se bem que tam-
to, podem ser utilizados diodos zener e dissipadas rapidamente para que a bém seja especificada por Vbr, ela tem
com características especiais, com a temperatura não se eleve a um nível uma pequena diferença em relação à
capacidade de trabalhar energias que possa causar a destruição do anterior. Trata-se da tensão em que o
muito mais elevadas e com velocida- componente. dispositivo começa a conduzir e uma
de de resposta muito maior. Um TVS comum deve ser capaz de corrente de fuga pode ser medida.
Estes componentes, destinados dissipar potências na faixa de 400 a Esta tensão é normalmente 10% me-
especificamente à proteção de equi- 5000 W, que correspondem a níveis nor que a tensão de ruptura inversa,
indicada no item anterior. Esta corren-

t
I (A) te de fuga pode variar chegando a
valores de até 1 mA, caso em que esta
especificação se iguala à anterior. As

t
correntes de fuga típicas destes dis-
positivos são da ordem de 5
v (V)
microampêres.
Maximum peak pulse surge
Simples Bipolar
current (lppm) - É a corrente máxi-
ma de surto que o dispositivo pode
Fig. 1 - O TVS . Curva característica e símbolos.
suportar sem que ocorram danos. Este

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


49
dem aparecer nas linhas de comuni-
Fig. 2 - Proteção de cações são uma ameaça para a inte-
computadores.
gridade do circuito.
O que acontece nestes casos é
que a alta imunidade dos circuitos usa-
dos na comunicação seriallimita tam-
bém sua capacidade de dissipação de
CPU energia. Isso significa que a sua pro-
teção é parcial e que transientes ele-
vados causam a destruição dos com-
ponentes, já que os diodos usados na
Controle função de proteção não conseguem
fazer sua dissipação. Com a utilização
Terra de TVS, conforme mostra este circui-
to, temos um aumento considerável na
capacidade de absorção de energia.
parâmetro é indicado normalmente em que dispositivos da mesma famí- Tipos de baixa capacitância, que não
para um pulso de determinada forma lia sejam usados contra descargas afetem a transmissão/recepção dos
de onda e de duração da ordem de 1 eletrostáticas que possam lhe causar dados devem ser preferidos nesta apli-
milissegundo. danos. A proteção também funciona cação.
Maximum Clamping Voltage (Vc) nas operação de ligar e desligar o apa-
- É a tensão máxima que aparece so- relho, quando transientes e surtos c) Proteção de memórias
bre o dispositivo quando ele está con- podem ser gerados. Na figura 4 temos o modo de usar
duzindo a corrente máxima de surto. Usando TVS típicos é possível pro- os TVS na proteção de linhas de da-
Maximum Breakdown-voltage teger o circuito contra descargas de dos de memória, evitando que dispo-
Temperature Coefficient - Esta até 10.000 volts, que desenvolvam sitivos MOS sejam afetados por oriun-
especificação é dada em porcentagem correntes de até 60 ampêres em 10 dos da fonte de alimentação.
de Vbr por grau Celsius de tempera- microssegundos. Isso permite que tais circuitos se-
tura. Com ela mede-se a variação das Os supressores nas linhas de ali- jam alimentados por uma mesma fon-
especificações da tensão de ruptura mentação permitem manter o funcio- te que sirva também para alimentar os
em função das variações de tempera- namento do circuito mesmo quando circuitos TIL.
tura. os transientes vêm pela linha de ali-
mentação. d) Proteção para circuitosTotem-Pole
Os circuitos lógicos com saída
APLICAÇÕES b) Proteção de UARTs totem-pole, de acordo com a figura 5,
Na figura 3 temos o modo de em- tendem a gerar picos de transientes
Damos a seguir alguns circuitos de pregar supressores na proteção de que podem ser prejudiciais ao funcio-
aplicação dos TVS na proteção de di- modems onde os transientes que po- namento de um equipamento.
versos tipos de dispositivos.
Linha
a) Proteção de computadores
Na figura 2 damos uma aplicação Ao Aos
típica dos TVS em um circuito sensí- barramento UART periféricos
vel que contém CPUs, memórias e do PC
dispositivos de entrada e saída de si- Linha

nais (portas) por onde podem entrar


transientes perigosos.
Este circuito, em especial, protege Fig. 3 - Proteção de UARTs.
os computadores e outros aplicativos

Memória (MOS) Fig. 5 - Proteção de circuitos


Totem-pole.

Memória
MOS
(LSI)
J
sensíveis1
Linhas

+V
Fig. 4 -Proteção de memórias.

50 SABER ELETRÔNICA N° 334/NOVEMBRO/2000


Conforme mostra a mesma figura, CURSO BÁSICO DE ELETRÔNIC
o uso de supressores de transientes
TVS pode absorver os picos de

]
transientes evitando que eles se pro-
paguem pelo circuito. Os diodos exis-
tentes nos circuitos integrados para +
suprimir estes pulsos têm normalmen-
te correntes limitadas, não fornecen-
do portanto o mesmo nível de prote-
ção que os TVS.
TVS2 TVS4

] Fig.7 - Proteção
contrarupturainversa.

QUEM FÁBRICA TVS

O maior fabricante de TVS do mun-


Cerca de 60.000 exemplares
deste curso já foram vendidos com
o nome de "Curso Prático de Ele-
do é a General Semiconductor (http://
trônica".
www.gensemi.com).
A linha de TVS da General Agora, seu autor professor
Fig.6 - Proteção
defonte. Semiconductor inclui tipos que podem Newton C. Braga, revisou toda a
ser encontrados em encapsulamentos obra e escreveu, mais 40 páginas
e) Fontes de alimentação DO-204AC, P600 e SMD, em uma passando a ter, esta edição, o Títu-
Na figura 6 mostramos a utilização enorme faixa de energias e tensões. lo de "Curso Básico de Eletrônica".
de TVS em proteção de fontes de ali- As tensões podem variar entre 5 V A Eletrônica está presente em toda
mentação, evitando a entrada de e mais de 400 V. Como exemplos de parte, dos rádios aos telefones ce-
transientes antes mesmo da retifica- aplicação podemos citar os tipos lulares, dos televisores aos compu-
ção. Na figura 7 ilustramos como o SMAJ5.0 até SMAJ170CA para ten- tadores, dos equipamentos médicos
TVS pode ser usado para proteger os sões de 5 a 170 V, que podem absor- aos robôs das indústrias.
diodos de uma fonte de alimentação ver pulsos de até 300 W e que são Os que trabalham em áreas que
contra a tensão de ruptura inversa, indicados para aplicações na proteção manejam dispositivos de alta
evitando a queima do componente em de redes LAN, linhas de dados, etc .• tecnologia, como instaladores de
computadores, programadores, en-

]
caso de transientes elevados. O TVS
se torna condutor antes que a ruptura genheiros e analistas de sistemas,
inversa seja alcançada com um especialistas em software, técnicos
transiente, absorvendo sua energia. em comunicações, operadores de
Uma outra forma de empregar o equipamentos médicos e muitos ou-
+ tros são exemplos de profissionais
TVS numa ponte de diodos, onde ape-
nas um é necessário para proteger os que, entendendo como funciona a
4 diodos, é mostrada na figura 8. base desses dispositivos podem lu-
E a proteção na entrada do circui- crar muito com o curso.
to, na própria linha de alimentação, Fig.8 - Proteção
defontecomumTVS.
também pode ser feita com a ligação
do TVS em paralelo com o cabo de
energia, veja a figura 9.

f) Cargas Indutivas
O TVS pode ser empregado ainda
para absorver os pulsos de transientes Fig.9-Proteção
diretanolinhadealimentação.
gerados na comutação de cargas
indutivas, tais como solenóides, mo-
tores e relés.
Na figura 10 temos o modo de fa-
zer a conexão do TVS em paralelo ou
com a carga indutiva, com função se-
melhante à executada por diodos co- PELO
muns, mas com as vantagens que já
foram analisadas. TELEFONE:
Observe que podemos usar tanto (11) 296-5333
os tipos "bipolares" como os tipos sim- ou pelo site
ples, dependendo do transiente que é Fig.10 - Proteçãoem
circuitoscomcargasindutivas. www.sabereletronica.com.br
gerado e que deve ser absorvido.

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 51


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SENSORES DE IMAGENS

documento, a qual deve ser digitaliza-


Os sensores de imagem de contato são usados em diversas da, observe a figura 2.
O número de sensores desta fila
aplicações modernas como, por exemplo, Fax e Scanners de com-
corresponderá justamente ao número
putadores. Estes componentes se baseiam num princípio simples, de pontos de imagem por linha do
mas que exige precisão, que é conseguida através de tecnologia documento que serão digitalizados.
moderna. Diversos fabricantes disponibilizam sensores de imagens, Por um circuito apropriado, os
sensores e os emissores são excita-
entre os quais a ROHM. Neste artigo, damos uma breve descrição dos em sequência, o que permite fa-
de seu princípio de funcionamento e focalizamos os tipos produzi- zer a varredura.
dos por essa empresa. Desse modo, quando o primeiro
par senso r/emissor é ativado, o sinal
obtido na saída vai depender da refle-
xão de luz do papel que estiver por
A digitalização de uma imagem mais simples e até menos custosa. baixo.
para envio por meio de uma linha te- Não é preciso posicionar uma câmera Tomando por base um senso r sim-
lefônica ou ainda pela porta serial para de TV completa sobre o documento ples monocromático (branco e preto),
gravação em disquetes ou no disco para fazer a digitalização de uma ima- o sinal dependerá da tonalidade do
rígido de um computador, é feita se- gem no caso de um fax ou de um ponto de imagem que está no momen-
gundo um princípio semelhante ao "escanner" de mesa ou mesmo de
utilizado na transmissão de imagem mão. Então, como tudo isso funciona?
de televisão.
A imagem é dividida em linhas e
as linhas em pontos, que são então o Princípio de Funcionamento
enviados um a um em sequência, con-
forme sugere a figura 1. A idéia básica envolvida no proces-
Para o caso da TV a leitura da ima- so é simples. Utilizamos uma fila de
gem captada pela câmera é feita com sensores ópticos e emissores que fo-
um sinal que varre a tela onde esta calizam assim apenas uma linha do
imagem é projetada, obtendo-se en-
tão o sinal que deve ser transmitido.
Linhas
No caso de um fax ou ainda de
uma imagem única que deve ser
"escaneada" não precisamos ter a
mesma velocidade de leitura que a de Sinal
uma imagem que será transmitida em devfdeo
tempo real.
Esta possibilidade de se transmitir ~
a imagem e portanto os seus pontos,
mais lentamente, é que torna possí- Fig. 1 - A digitalização
de uma imagem.
nnnnn ..... Jnnnn M
U U U 1. .... Sinal
digitalizado
vel a utilização de uma tecnologia

SABER ELETRÔNICA NQ 334fNOVEMBROf2000


O circuito usa fonte de luz branca
1111 Fig. 3 - Com 4 bits temos 16 com filtros nos sensores de modo a

16
0001
0000
níveis

~ 1110
. II
0010
0011
.;- níveis de tons possíveis. aumentar a velocidade de reposta em
relação aos tipos que usam fontes
RGB de luz.
Este recurso permite que o dispo-
sitivo seja até 6 vezes mais rápido.
A fonte de luz é um emissor de
catodo frio fluorescente (CCFL) que
minimiza as variações de intensidade
to imediatamente abaixo do sensor. da luz focalizada em cada ponto, au-
Para uma definição melhor da ima- mentando assim a fidelidade de repro-
gem, os pontos podem ser digita- dução.
lizados em diversos níveis de tonali- Para uso em Fax e outros disposi-
dade. tivos de leituras de imagem, a ROHM
Se tivermos, por exemplo, 4 bits por tem ainda as cabeças monocromá-
ponto disponíveis, podemos transmi- ticas de leitura com as designações
tir a tonalidade deste ponto com 16 IA2008-MB10A, IA2010-MB10A e
valores diferentes ou uma definição de Fig. 4 - No sistema de fax as linhas lidas à IA3006-MB 1OA com densidades de
16 tonalidades, entre 0000 e 1111, medida que o papel se movimenta. pixels de 210, 203 e 300 dpi, respecti-
conforme sugere a figura 3. vamente.
Obtemos então, para cada linha da scanners de alta velocidade e copia- Estes sensores têm larguras de
imagem digitalizada uma sequência doras pessoais. leitura de 210, 262 e 210 mm operan-
de bits que podem variar de acordo Esta cabeça, que tem a designa- do todos com tensões de 5/24 V. As
com a definição e podem ser envia- ção IG3006-FA 1DOA, opera com uma velocidades de clocksão de 0,5, 0,5 e
dos por uma linha telefônica, ou pela densidade de pixels de 300 dpi. 2,0 MHz respectivamente.
porta serial ou ainda gravados direta- Com uma largura de 216 mm, ela Neles, também os amplificadores
mente em disquetes ou outros meios possui um número total de pixels de para os sensores de imagem no pró-
de armazenamento de dados. 2584 operando com um clock de 1 prio chip e a fonte emissora consis-
Feita a leitura de uma linha da ima- MHz. tem de LEDs montados no mesmo
gem, temos duas possibilidades para A velocidade de leitura em opera- substrato do chip sensor de modo a
ler a seguinte: ção é de 2,6 ms por linha. diminuir o tamanho do dispositivo.
Nos equipamentos de fax é o pa- A faixa dinâmica é de 2,04 V (máx) Diversos outros tipos são disponí-
pel que se move, deslocando-se após e a tensão de alimentação é de 5 V. veis. O leitor poderá acessar informa-
a leitura de cada linha o suficiente para Esta cabeça de leitura possui ainda ções sobre estes componentes no s/te
que uma nova linha de imagem seja amplificadores para os sensores de da ROHM na Internet em:
lida ou "escaneada", como ilustra a fi- imagem incluídos de modo a diminuir
gura 4. a sensibilidade a ruídos externos. http://www.rohm.com.jp.
Nos "escanners" de mesa a ima-
gem é fixa (folha de papel) e quem se
move é o sensor, controlado por um Cabeça
motor de passo que avança uma linha sensora Tampa
11
após cada varredura, conforme indica
a figura 5.
Nos "escanners" de mão o movi-
mento de varredura e de deslocamen-
.. Motor
~}
to que permitem registrar a imagem
são sincronizados pelo mesmo siste-
de passo
~~"ro)
da cabeça
ma usado pelos mouses, obtendo-se LEDs ou Sensores + varredura
assim a digitalização da imagem com luz
certa facilidade.
Fig. 5 - Ao mesmo tempo que a cabeça se move, há a varredura dos sensores.

SENSORES DE IMAGEM

y ~
1+
A ROHM é um dos principais for- ==- 232 m -.1
necedores de cabeças sensoras de
imagem utilizadas em fax e
"escanners" .
Na figura 6 temos um exemplo de
-216mm- V
""*
NOme",de p',e',
2584
(300 dpi)
Fig. 6 - O sensor IG3006 - FA1OOA da ROHM.
cabeça sensora colorida para

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 55


FASE DE SISTEMAS
DE ALTO-FALANTES
~e.~

por um dos alto-falantes, o outro, por


Em instalações de alto-falantes é comum o uso de fios de duas se movimentar em sentido contrário,
cores (preto e vermelho) sem que, no entanto, seja dada importân- provoca descompressão. Em outras
palavras, neste local o sinal se anula.
cia ao fato deles terem essas cores para identificar sua polaridade. Se os dois alto-falantes estiverem
A polaridade dos alto-falantes, mesmo tratando-se de dispositivos muito próximos ou numa mesma cai-
que reproduzem sinais alternados, é importante pelo fato dela de- xa acústica, a ligação que os leva a
funcionar desta forma é altamente pre-
terminar a fase dos sinais. Vamos explicar o que isso significa em
judicial à qualidade da reprodução.
palavras simples, neste artigo. Por outro lado, se a movimentação
dos cones for tal que tenhamos com-
pressão do ar nos mesmos semiciclos.
Os alto-falantes reproduzem os ridade do sinal não é importante, pois o rendimento da reprodução será mui-
sons pela movimentação de um cone os efeitos obtidos quando o ar é movi- to maior, veja exemplo na figura 4.
de papelão ou plástico para frente e mentado num sentido ou noutro é o No primeiro caso, onde os movi-
para trás quando a bobina acoplada a mesmo para nossos ouvidos: em am- mentos dos cones ocorrem em senti-
este cone é percorrida por uma cor- bos os casos, conforme mostra a fi- dos opostos, dizemos que os alto-fa-
rente fornecida pelo amplificador, con- gura 2, é criada uma perturbação so- lantes estão fora de fase, enquanto
forme ilustra a figura 1. O ar na frente nora com a forma de onda do som ori- que no segundo dizemos que os alto-
e por trás do alto-falante é comprimi- ginal que se propaga até os nossos falantes estão em fase.
do e descomprimido, criando uma per- ouvidos. Como garantir que os alto-falantes
turbação (ondas de compressão e Entretanto, se tivermos dois alto- tenham seus cones se movimentan-
descompressão) que se propaga pelo falantes que devam reproduzir o mes- do no mesmo sentido com o mesmo
espaço. mo sinal, é muito importante que isso semiciclo de um sinal de áudio?
O sentido da força a que o cone é ocorra com um movimento coordena- Para que a ligação de dois ou mais
submetido depende, portanto, do sen- do de seus cones. alto-falantes a um mesmo canal de um
tido de circulação da corrente em sua Assim, se os cones tenderem a se amplificador não leve a uma reprodu-
bobina e da polaridade de um imã movimentar em sentidos opostos com ção descontrolada, ou seja, fora de
permanente. o mesmo semiciclo de um sinal, ob-
Se tivermos um único alto-falante serve a figura 3, ocorrerá um fenôme-
reproduzindo um sinal sonoro, a pola- no de "interferência destrutiva".
Nos pontos em que temos maior Interferência
grau de compressão do ar provocada destrutiva

::~f;~·
.... Fora de fase

/K·· Fig.3 - Alto-falantes


forade Fase.

.//." }w·
....
... Os sinais

=::r-i j
----1 :"i
Menor Maior--"'"-----
compressão
se somam

compressão Som Som


reproduzido ouvido
Fig.1- Ondassonoras Fora de fase
Fig.2 - Propagação
desom
produzidasporumalto-falante. defonteúnicaatéosouvidos. Fig.4 - Alto-falantes
emfase.

56 SA6ER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


nhos diferentes em paralelo, mesmo
que suas impedâncias estejam de
acordo com o desejado, veja a figura
9.
O que acontece é que alto-falan-
tes diferentes possuem curvas de res-
postas diferentes, de acordo com o
indicado na figura 10.
(a) Fora de fase (b) Em fase
Pilha Desse modo, para uma dada
Fig. 5 - Descobrindo a fase de um alto-falante. Fig. 6 - Fase em alto-falantes ligados em série. frequência do sinal, por exemplo 1
kHz, os alto-falantes terão uma
fase, os alto-falantes são dotados de tipo de conexão, por exemplo, num impedância e, portanto, rendimento
marcações que permitem sua cone- carro ou numa caixa acústica, que são diferentes. A repartição da energia do
xão em fase. ambientes em que precisamos garan- amplificador, será desigual e um dos
O que se faz, então, é aplicar ao tir que os alto-falantes estejam em fase alto-falantes passará a ter uma repro-
alto-falante um sinal, por exemplo de para que não ocorram problemas de dução em nível menor que o outro. Em
uma simples pilha que leve à circula- distorções ou perdas de rendimento. outras palavras, nestas condições, os
ção de uma corrente num sentido co- O mesmo é válido para os alto-fa- alto-falantes se comportarão de mo-
nhecido pela sua bobina, de acordo lantes ligados em paralelo, observe a dos diferentes na faixa de reprodução
com a figura 5. figura 7. do som.
Se com a aplicação dessa corren- No primeiro caso, os alto-falantes
te o cone se movimentar para a fren- estão em oposição de fase, pois no
te, o pólo positivo da pilha estará no mesmo semiciclo do sinal, os movi-
pólo positivo do alto-falante. mentos dos cones ocorrem em senti-
Veja que a marcação de um (+) dos opostos.
num terminal de um alto-falante não Para a conexão em fase de dois
tem nada a ver com polaridade ou com alto-falantes, temos a conexão mos-
a obrigatoriedade de se fixar um sen- trada em (b) da mesma figura.
tido de circulação para a corrente. Tudo o que vimos é válido para um Em fase Em fase
O (+) indica apenas que, se neste número maior de alto-falantes, veja
Fig. 8 - Fase em combinações
ponto tivermos em determinado ins- exemplo na figura 8. de 3 e 4 alto-falantes.
tante um sinal que seja positivo em Na prática, fica mais fácil observar
relação ao outro terminal, a movimen- a ligação da fase tomando como refe- Evidentemente, as potências dos
tação do cone será para frente. rência as cores dos fios de conexão alto-falantes devem ser levadas em
Mas, o importante para o instalador do amplificador, pois a saída de sinal consideração, pois eles devem rece-
de alto-falantes é observar que num também é polarizada da mesma for- ber sempre um sinal menor do que
conjunto desses elementos, pela mar- ma. Por este motivo é que se utilizam aquela que sejam capazes de repro-
cação da polaridade ou fase, podemos fios pretos e vermelhos nas saídas dos duzir.
garantir que o movimento de todos amplificadores onde serão ligados os Se a potência aplicada for maior
ocorra sempre no mesmo sentido. conjuntos de alto-falantes. que aquela que eles podem manuse-
Assim, se tivermos altõ-falantes em Mas, não basta que os alto-falan- ar, o resultado poderá ser a queima .•
série, por exemplo, 2 deles, conforme tes de um sistema tenham a ligação
indica a figura 6, teremos duas possi- correta da fase.
bilidades para a conexão. Se tivermos diversos alto-falantes
No primeiro caso, os sinais (+) es- ligados a um mesmo canal de um 80.
25W
tão em posições tais que, para cada amplificador, é importante que haja
8"
semiciclo do sinal, eles serão percor- uma correta distribuição da potência
ridos sempre em sentidos diferentes, entre eles, e isso significa que, além
de mesmas características elétricas, Fig. 9 - Distribuição incorreta do sinal.
ou seja, enquanto um tem o cone indo
para frente, o outro o tem para trás. eles devem ter também as mesmas
Dizemos nestas condições que os características mecânicas.
Impedância (O.)
alto-falantes estão fora de fase. Assim, não é conveniente ligar
Por outro lado, se os alto-falantes alto-falantes de potências e tama-
estiverem ligados de acordo com a
mesma figura em (b), para cada
semiciclo do sinal, a movimentação do
cone ocorrerá nos dois alto-falantes no
mesmo sentido.
(a) Fora de fase (b) Em fase
Dizemos que, nessa situação, que
os alto-falantes estão em fase. Veja Fig. 7 - Fase em alto-falantes
60 500 Frequência (Hz)
ligados em paralelo.
então que é importante observar este

SABER ELETRÔNICA NQ 334fNOVEMBROf2000 57


,
PRE AMPLIFICADOR DE
VOLUME CONSTANTE

Observe então que, com maior ten-


Um dos problemas que encontramos em certas aplicações de
são de entrada teremos menor ganho
áudio é o de manter constante o nível dos sinais de áudio capta- ou maior atenuação.
dos por um microfone, ou que devam ser reproduzidos num alto - Num controle de volume "sem ruí-
falante ou gravados numa fita. Afastando-se do microfone, o sinal do" este circuito pode ser usado, sim-
plesmente utilizando-se um poten-
cai rapidamente de volume exigindo uma compensação. Ampliar a ciômetro para controlar o seu ganho.
resposta dinâmica de um circuito é uma solução que levamos ao No nosso caso, o que fazemos é
leitor com este pré - amplificador de volume constante. utilizar um amplificador operacional
(CI,) para tomar o sinal de entrada e
Manter constante a intensidade do amplificador controlado por tensão, transformá-Io numa tensão de contro-
sinal captado por um microfone para cuja aplicação básica do manual é le de acordo com sua intensidade.
não haver perdas de inteligibilidade mostrada na figura 1. O sinal de entrada é então dividi-
quando uma pessoa se afasta do mes- O ganho deste circuito depende da do por dois. Uma parte vai diretamen-
mo, é um problema comum em confe- tensão aplicada ao terminal de con- te ao CI2 onde deve ser amplificado. A
rências, palestras e outras aplicações trole (pino 2), conforme ilustra o gráfi- outra parte é amplificada por CI" sen-
deste tipo. co da figura 2. do depois retificada por D" filtrada por
Uma solução para este tipo de pro- C3 e transformada numa tensão con-
blema é um circuito que tenha seu tínua de controle, que será aplicada
ganho aumentado para sinais mais fra- ao amplificador final (CI2) por meio de
cos, mas que reduza este ganho com Entrada 1 J.lF P,.
sinais mais fortes de modo a não ha- o-J O ganho desta 1ª etapa é determi-
ver saturação. nado por Rs' que eventualmente pode
Neste artigo, descrevemos um cir- ser substituído por um potenciômetro.
cuito para esta finalidade, baseado No entanto, o ajuste final de funciona-
num componente específico da mento também pode ser obtido com
Motorola, que justamente é um am- facilidade por P,.
plificador controlado por tensão. Se o sinal for intenso, após a am-
O leitor poderá intercalar este cir- Fig. 1 - Circuito básico do MC3340. plificação ele resultará numa tensão
cuito entre fontes de sinais de baixa mais elevada de controle no cursor de
intensidade, tais como mesas de som,
microfones ou mesmo receptores e o O

Atenuação (dB) P" a qual será aplicada ao terminal
de controle de CI2 (pino 2), reduzindo
circuito principal que deve amplificar seu ganho.
ou registrar o sinal. -20 Por outro lado, se o sinal for fraco,
-40
após a amplificação por Cll ele resul-
Tensão tará numa tensão de controle baixa
COMO FUNCIONA -60
de para CI2 e, com isso, o ganho deste
controle segundo circuito integrado será mai-
-80
A base deste projeto é o circuito (V) or. A finalidade de P2 é controlar a in-
1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5
integrado MC3340P da Motorola, que tensidade final do sinal a ser aplicada
Fig. 2 - Atenuação x Tensão de controle.
consiste num atenuador eletrônico ou no circuito externo.

56 SABER ELETRÔNICA NQ 334fNOVEMBROf2000


Um ponto importante neste circui- filtragem, dada a possibilidade de se AJUSTES
to é que deve haver uma certa inércia introduzir ruídos.
na atuação do controle. Se ele for rá- Para ajustar o aparelho, ligue na
pido demais, o ganho aumentará e sua entrada uma fonte de sinal com
diminuirá entre os picos de som, cau- MONTAGEM P, e P2 inicialmente fechados, e na
sando uma sensação desagradável. O saída um amplificador.
uso do capacitor de 47 j.JF produz um Na figura 3 temos o diagrama com- Coloque agora P2 na posição mé-
retardo na ação do circuito da ordem pleto do pré - amplificador de volume dia e ajuste o amplicador para ter uma
de 0,1 segundos, o que é suficiente constante. reprodução do sinal. Atue depois so-
para não afetar a forma de onda dos A montagem do aparelho numa bre P, até notar uma distorção do si-
sinais que devem ser reproduzidos. placa de circuito impresso é mostra- nal. Quando isso ocorrer, volte leve-
Observamos que a alimentação da na figura 4. mente o ajuste até obter o ponto an-
deste circuito precisa ser feita com Os componentes não são críticos, terior em que a distorção começou.
uma tensão relativamente alta, 18 V, devendo o leitor observar apenas que Reajuste então P2 para obter o ní-
que podem ser obtidos de duas bate- a caixa deve ser blindada para evitar vel de som desejado na saída.
rias de 9 V em série. a captação de zumbidos e que os ca- O ganho do primeiro amplificador
O baixo consumo faz com que a bos de entrada e de saída devem ser operacional é dado pela relação entre
durabilidade destas baterias seja bas- blindados também. Um LED em série Rs e R3, o que significa que o sinal de
tante grande. com um resistor de 4,7 kQ pode ser entrada deve ter uma amplitude máxi-
Não se recomenda o uso de fonte, acrescentado para indicar o funciona- ma da ordem de 100 mV. Para sinais
a não ser que tenha excelente mento do circuito. com intensidades maiores reduza Rs'

RS
1 Ma C4

!
1,0 pF

-
Ent. C6 _

I 100 pF
C1
100 nF
- +

Fig. 3 - Diagrama completo do aparelho.

LISTA DE MATERIAL

8emicondutores:
Fig.4 - Placa
de circuito Cll - 741 - amplificador operacional,
impresso do circuito integrado
Pré de Volume
CI2 - MC3340P - atenuador eletrônico,
Constante. circuito integrado
D1 - 1 N4148 - diodo de silício
Resistores (1/8W, 5%)
R" R2• 22 kQ
R3' R4 - 10 kQ R5 - 1 MQ
P, - 10 kQ - trimpot
P2 - 100 kQ - trimpot

~ ~ Capacitores:
C1 - 100 nF - poliéster
C2 - 1O ~F/25 V - eletrolítico

C3 - 47 ~F/25 V - eletrolítico
C4, C5 - 1 ~F/25 ~F • eletrolítico
C6 - 100 ~F/25 V - eletrolítico
C7 - 680 pF - cerâmico
Diversos:
81 - Interruptor simples
81 9+9 V - duas baterias de 9V
-

Placa de circuito impresso, jaques de


entrada e de saída, conectores para
bateria, caixa para montagem, fios,
solda, cabo blindado, etc.

SABER ELETRÔNICA Nº 334fNOVEMBROf2000 59


FONTES DE ALTA
CORRENTE

ai tomaremos dois tipos comuns, o


Fontes de alimentação de alta corrente são cada vez mais im- 7812 para 12 V x 1 A (de tensão fixa)
portantes em aplicações que vão desde a eletrônica industrial até e o LM350T de 3 A (para tensões de
1,25 a 30 V) para exemplificar seu uso
a eletrônica de consumo, onde as correntes exigidas por certos em etapas de maior corrente.
equipamentos de alta potência podem chegar a dezenas de am- Os invólucros destes circuitos in-
pêres. Neste artigo discutiremos o projeto destas fontes e damos tegrados são TO-220 ilustrados na fi-
gura 1.
alguns circuitos práticos.
Entretanto, os mesmos princípios
válidos nos projetos com estes circui-
Fontes de alimentação de baixa cuitos aumenta quando a corrente se tos também o são para outros do mes-
tensão (até uns 30 V) com correntes torna maior ainda. mo tipo.
que no máximo atingem um ou dois O segundo é o próprio layout da Os circuitos integrados 7812 e
ampêres são comuns na maioria das placa que exige trilhas largas, compa- LM350T são empregados em configu-
aplicações eletrônicas, e não faltam tíveis com a corrente, ou mesmo o uso rações bastante simples, como mos-
circuitos para este tipo de aparelho. de fiação externa com fios grossos de tra a figura 2.
A própria montagem não oferece acordo com as correntes que devem Para se obter maior corrente des-
maiores dificuldades devido à existên- ser fornecidas. tes circuitos integrados existe a opção
cia de muitos circuitos integrados re- Neste artigo vamos oferecer algu- das etapas de potência com transis-
guladores que podem fornecer direta- mas soluções interessantes para a tores bipolares. Há diversas maneiras
mente estas tensões e correntes sem utilização de circuitos integrados co- de se fazer isso e que são dadas a
a necessidade de muitos componen- muns excitando etapas de alta corren- seguir:
tes externos, e o layout da placa não te de modo a permitir a realização de A primeira é válida para os circui-
é crítico. fontes de até 50 ampêres com tensões tos integrados da série 78XX, como o
No entanto, quando as correntes de até 30 V, aproximadamente. 7812, e faz uso de um transistor PNP
ultrapassam a marca dos 5 ampêres
os problemas começam a aparecer.
O primeiro deles é justamente ETAPAS DE Entrada 7812 (1A)
15 a 28 V
aquele devido à não existência de ALTA CORRENTE
~12V
componentes apropriados que pos-
sam sozinhos fornecer tensões regu- Existem diversos circuitos integra-
Salda
ladas nesta ordem de valor. Exige-se dos reguladores de tensão de três ter-
o uso de circuitos boosters externos 1,25Va25V
minais (fixos ou ajustáveis) que podem
(3 A)
que possam suportar as correntes ele- ser usados como base para projetos a
2200
vadas, e a complexidade destes cir- de fontes de alta corrente. Em especi- 35V

Ajuste 2
Salda3===i
Ent.1
== ~ O 78XX

Fig.1- invólucros
dosreguladores
de 3 terminais78XX e LMX50 Fig.2 - Usandooseis.

60 SABER ELETRÔNICA NQ 334/NOVEMBRO/2000


TIP2955 Entrada

Vento

Sarda
12V
5A

470nF%
Fig, 3 - Usando um transistor Fig. 4 - Circutio com proteção contra curta-circuito.
PNP de alta potência,
Esta configuração é exemplificada pa de controle na linha negativa de
de alta corrente como boas ter . Esta na figura 5. O resistor R3 é que deter- alimentação, observe a figura 6.
configuração é mostrada na figura 3. mina a corrente de saída e a corrente A segunda maneira consiste em se
O valor de R1 é calculado de acor- no regulador de tensão de modo que adotar o circuito ilustrado na figura 7,
do com a corrente máxima do regula- ela fique dentro do limite suportado que também pode ser bem útil para
dor de tensão utilizando-se a seguin- pelo CI. correntes de até 5 A.
te fórmula: Lembramos que, neste caso, tan- Para correntes maiores, em todos
to o circuito integrado como o transis- os casos, existe a possibilidade de se
R1 = 0,9/lreg tor de potência devem ser montados ligar em paralelo diversos transistores
em excelentes radiadores de calor. 2N3055, mas aí temos de considerar
R1 também depende do beta do Outra possibilidade interessante dois problemas a serem resolvidos.
transistor, conforme a fórmula: para os projetistas de fontes de alta O primeiro deles é a necessidade
corrente consiste no uso dos transis- de um circuito de excitação que for-
R1 = (Beta x Vbe)/(Ireg(max) x tores 2N3055. Esses transistores, que neça à base de cada transistor a cor-
(Beta+1) - lo(max)) são os "faz tudo" de alta potência, e rente necessária.
que por isso podem ser encontrados Um único regulador de 1 A, por
A corrente no regulador não deve facilmente a custo reduzido, são a so- exemplo, não pode excitar suficiente-
ser maior que 1 A e seu valor também lução ideal para altas correntes quan- mente bem quatro ou cinco 2N3055,
depende do ganho do transistor 01' do for possível sua utilização. lembrando que cada um deles pode
Dentre os tipos de transistores que No entanto, os 2N3055 são do tipo fornecer uma corrente de 5 A.
podem ser colocados nesta configu- NPN, o que nos leva à necessidade Isso pode ser conseguido facilmen-
ração, destacamos os seguintes: de uma configuração um pouco dife- te com um transistor intermediário (do
rente para sua associação a regula- mesmo tipo).
Transistor Corrente dores de tensão positiva de três ter- O segundo problema é a necessi-
TI P36/A/B/C 25 A minais. dade de se dividir a corrente por igual
TIP34/A/B/C 10 A Uma primeira forma consiste em entre os transistores.
TIP2955 15 A se usar o mesmo circuito "invertido", Esses componentes são encontra-
ou seja, com o regulador negativo de dos numa ampla faixa de ganhos,
Na figura 4 mostramos como agre- tensão 7912, e com isso colocar a eta- mesmo os de mesmo tipo, o que sig-
gar um transistor a este circuito de
modo a fornecer proteção contra cur- MJ4502
to-circuito na saída. 35V
O resistor Rs de proteção é calcu-
lado pela fórmula:
Sarda
Rs = 0,8/ls, onde Is é a corrente de
curto-circuito.
1pF~
~10pF
Este tipo de configuração é válida
Fig. 5 - Configuração para o LM350.
até aproximadamente 5 ampares, já
que devemos considerar que mesmo
que as correntes máximas dos tran- -v
sistores indicados sejam maiores, é Ent. 2N3055
preciso fazê-Ios operar dentro dos li-
mites de sua dissipação.
4,7Q
Para o LM350 também podemos -12 V
ter uma configuração equivalente que 5A
nos permita obter até aproximadamen-
te 5 ampares de corrente com um tran- l:VCC
sistor PNP de alta potência como o
MJ4502. Fig. 6 - Circuito usando regulador negativo de tensão e transistores NPN.

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 61


Vento Sarda
2N3055

100~F :I. ..J.. :E 1 ~F


Fig. 7 - Regulador usando transistor NPN. Fig. 8 - A corrente não se divide por igual.

nifica que quando polarizados a partir 0,22 n


de uma mesma fonte, eles conduzem Vin
de forma diferente. Ligados em para-
lelo, esses transistores tendem a ser
0,22 n
percorridos por correntes diferentes, °2
conforme mostra a figura 8. 2N3055
0,22 n
Num circuito de correntes elevadas Sarda
isso causaria a sobrecarga daquele °3
2N3055
que está sendo percorrido pela maior
corrente e que por isso tenderia à quei-
ma. Para termos uma distribuição por
igual da corrente, o artifício que se faz
é aumentar a tensão de base de cada TIP41
transistor através da ligação de Fig. 9 - Ligando diversos
resistores de emissor em cada um. 2N3055 em paralelo.
Entrada
Estes resistores de pequeno valor
fazem com que os transistores fiquem
mais próximos uns dos outros em ter-
mos de corrente conduzida, havendo
portanto uma distribuição que não os Cada diodo colocado em série com as muito altas. Todavia, a simplicida-
sobrecarrega. o terminal de referência do circuito in- de deste tipo de circuito e a não ne-
Na figura 9 ilustramos como obter tegrado aumenta em 0,7 V a tensão cessidade de outra regulação que não
uma fonte de 20 ampares de 12 V, uti- de saída. seja a tensão de saída em alguns ca-
lizando um regulador 7812 e transis- Este recurso é em especial interes- sos, tornam-nas ideais para aplica-
tores 2N3055 na configuração sante quando a fonte visa substituir ções menos críticas.
indicada. baterias de carro que, como se sabe, Para aplicações em que o rendi-
Todos os transistores 2N3055 de- têm uma tensão de saída da ordem mento da fonte é importante exigindo-
vem ser montados em excelentes ra- de 13,2 V ou mais. se a menor perda de energia possível
diadores de calor. Com três diodos em série compen- na forma de calor, onde o espaço para
Um problema que ocorre com este samos a queda de 0,7 V e ainda acres- colocação de dissipadores de calor é
tipo de configuração é que a tensão centamos algo em torno de 1,4 V para limitado e ainda exista o problema da
de saída não é exatamente de 12 V, obter na saída uma tensão um pouco dissipação do calor gerado, há outras
mas sim um pouco menos. O que maior do que os 12 V, mais próxima soluções mais apropriadas.
acontece é que existe uma queda de da exigida pelos equipamentos ali- Para esses casos, as fontes
tensão entre a base e emissor dos mentados por baterias de carro. chaveadas ou comutadas (SMPS -
transistores da ordem de 0,7 V, a ser Switched-Mode Power Supplies) são
considerada. Assim, quando o regu- as mais indicadas. -
lador de tensão aplica 12 V na base CONCLUSÃO
do transistor, no seu emissor aparece 13,4 V/13,2 V
apenas 11,3 V de tensão. As fontes que analisamos são do
Uma solução interessante para re- tipo linear onde transistores e circui-
solver este problema consiste em se tos integrados se comportam como
aumentar a tensão do regulador, utili- resistores variáveis para a corrente
zando-se para isso uma referência de controlada. Este tipo de configuração
tensão que compense a queda nos tem a desvantagem de dissipar gran-
transistores. de quantidade de calor nos elemen-
Isso pode ser feito com a configu- tos de controle, o que não é muito
Fig. 10 - Aumentando a tensão de saída.
ração mostrada na figura 10. desejável em aplicações de potênci-

62 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


TEMPORIZADOR
;
MULTIPLO MODULAR

qualidade, pois eventuais fugas po-


Temporizadores podem ser projetados para funcionar de infini- dem afetar o funcionamento do circui-
tas maneiras: simples, duplos, triplos, múltiplos, ligando ou desli- to. Na prática, não recomendamos que
gando cargas com as mais diversas combinações. A idéia básica capacitores de mais de 2 200 ~F se-
jam usados e, mesmo assim, especi-
explorada neste artigo é de um módulo que pode ser reproduzido al cuidado deve ser tomado com sua
tantas vezes quantas sejam as temporizações necessárias, e em escolha.
configurações que permitam acionamentos paralelos. Isso possi- O resistor (R) está limitado a algo
em torno de 2,2 MQ, pelo mesmo mo-
bilita que o leitor crie seu temporizador para uma aplicação espe- tivo. Se a fuga do capacito r tiver esta
cífica com facilidade, baseado em blocos básicos. mesma ordem de valor, a tensão do
circuito não atingirá o ponto de comu-
tação e o circuito não temporizará.
Os temporizadores podem admitir vem ser acionados. Cada bloco con- Com estes valores limites pode-
as mais diversas configurações ligan- some em média 5 mA, enquanto o relé mos obter uma temporização máxima
do ou desligando uma ou mais car- do tipo indicado exige uma corrente da ordem de 1 hora por bloco.
gas no final de um intervalo, ou ainda de 50 mA. Pois bem, podemos ligar estes blo-
acionando novos blocos de A partir da análise do princípio de cos em cascata, conforme mostra a
temporização em sistemas múltiplos. funcionamento, com os exemplos de figura 2, de modo que no final da tem-
Fazer um projeto único de aplicação que vamos dar, ficará fácil porização do primeiro, o segundo en-
temporizador pode ser interessante para o leitor criar seu próprio tempori- tra em funcionamento começando sua
em muitos casos, mas atende a um zador com múltiplas cargas e tempos. temporização. Da mesma forma, no
grupo específico de usuários. Uma final da temporização do segundo blo-
idéia que exploramos neste artigo, co, entra em funcionamento o terceiro
conforme falamos na introdução, con- COMO FUNCIONA e assim por diante, cada qual com
siste em criar um bloco básico que, ajuste independente de tempo.
pela quantidade e modo de ligação, O bloco básico do temporizador é
poderá permitir ao projetista montar +
o conhecido circuito integrado 555 na
qualquer tipo de temporizador. configuração monoestável mostrada
Cada bloco admite uma tempori- na figura 1.
zação máxima da ordem de 1 hora, e Quando o pino 2 de disparo é ater-
4
sua associação pode ser feita em rado por um instante (transição do ní-
quantidades ilimitadas. vel alto para o nível baixo), a saída do
Os blocos de acionamento possu- circuito integrado (pino 3) vai ao nível
em relés que podem acionar cargas,
cuja potência máxima depende ape-
alto por um tempo que depende de R
e C no circuito. 2
555 3
fi
-+1 ~

t=1.1xRxC
nas de seus contatos.

I
O valor aproximado da
A alimentação do circuito é feita temporização é dado pela fórmula:
Disparo
-C
com uma tensão de 12 V e o consu- t=1,1xRxC
mo total dependerá apenas da quan- O capacitor está limitado a um
tidade de blocos e de relés que de- Fig. 1 - O 555 na configuração monoestável.
valor máximo que depende de sua

SABER ELETRÔNICA NQ 334/NOVEMBRO/2000 63


---ÇL. c
c--r::.r-- 1. 555
ct----E}----lct----G--
Fig. 2 - Ligação dos blocos em série.

Podemos ainda ligar blocos em


paralelo, de acordo com a figura 3.
Neste caso, no final da tempo ri-
C 555 h-Ict----G--
zação do primeiro, os dois segundos
blocos entram em funcionamento,
cada qual com uma temporização in- Fig. 3 - Ligação dos blocos em paralelo.
dependente.
O acionamento final será feito por rização. A disposição dos componen- O relé é do tipo universal (Série G
um bloco que contém um relé. tes numa placa de circuito impresso é da Metaltex, por exemplo), com cor-
Alternativas para este bloco con- mostrada na figura 6. rente de bobina de até 50 mA. Se ou-
sistem no uso de acionadores de cor- O capacitor C deverá ser dimen- tros tipos de relé forem usados, modi-
rente contínua, tais como transistores sionado de acordo com a temporiza- ficações no desenho da placa devem
bipolares de potência ou ainda Power- ção desejada podendo variar entre 1 ser feitas. Este tipo de relé pode con-
FETs conforme ilustra a figura 4. e 2200 IJF tipicamente. O trimpot ser- trolar cargas de até 10 ampêres.
Com o transistor TIP31 é possível ve para fazer um ajuste fino da tem-
controlar cargas de até uns 2 ampê- porização.
res aproximadamente, e com Power- Para interligação dos diversos PROVA E USO
FETs as cargas podem ser maiores módulos podem ser usados terminais
dependendo do transistor usado. Tam- de encaixe, o que facilita bastante o Para provar cada módulo basta
bém podem ser usados Darlingtons de projeto. Na realidade, existe também alimentá-Io com 12 V e ligar na saída
potência e SCRs. No entanto, no caso a possibilidade de se modificar o de- um voltímetro (multímetro na escala
do SCR deverá ser considerado o iso- senho da placa do módulo de modo de tensões que permita ler 12 V). Ater-
lamento da rede de energia. que ela possa ser encaixada em s/ats rando por um instante a entrada E, a
e assim termos um timer múltiplo onde saída deve apresentar uma tensão de
a programação seja feita externamen- 12 V durante um intervalo de tempo
MONTAGEM te num barramento único. que dependerá do valor de C e do
A fonte de alimentação para o cir- ajuste do trimpot.
Na figura 5 damos o diagrama cuito, admitindo até 10 blocos de relés, Na figura 10 temos um exemplo de
completo de um módulo de tempo- é mostrada na figura 7. composição de um sistema
A quantidade de blocos de tempo- temporizador múltiplo com 4 relés e 6
+ 6a 15 V +12a15V
rização, entretanto, pode ser m.uito blocos de tempo.
maior. O transformador tem enrola- O diagrama de tempos deste cir-
Carga
Carga
mento de acordo com a rede local de cuito é mostrado na figura 11.
até2A
energia e o circuito integrado deve ser
dotado de um radiador de calor.
O módulo de acionamento do relé
tem seu circuito mostrado na figura 8.
Na figura 9 temos a disposição dos
componentes deste módulo numa pla-
Fig. 4 - Etapas acionadores de potência. ca de circuito impresso.

+ 12V
_ 01
1N4148

7 Cs
s 100 pF
6 C/,
555
s
2

OV OV
lQ ~ - ..Qj

Fig. 5 - Diagrama completo do módulo. Fig. 6 - Placa de circuito impresso do módulo.

64 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


Os relés serão aciona- 12V
+ 12 V I dos obedecendo a tabela
abaixo.
O uso dos contatos NA
C e NF dos relés permite ain-
T1 1002 F I da ligar ou desligar as car-
D2 C1
12+12V ~ gas quando os relés esti-
1N4002 1000 ~F E
1A OV I verem energizados.
Uma possibilidade in-
Fig. 7 - Fonte de alimentação para o conjunto de módulos . teressante a ser conside-
.L,.0 , OOV
rada neste circuito é a re-
Fig. 8 - Módulo de acionamento de um relé.
alimentação: quando o último relé for
acionado, o primeiro bloco de tempo-

'....
LISTA DE MATERIAL '" 01
[O~ [Qobtendo-se
rização será redisparado,
assim um funcionamento cíclico do ~ . ~
~-2J
a) Módulo de tempo sistema.
Semicondutores: Esta configuração pode ser vanta-
CI1 - 555 - circuito integrado josa para um sistema simulador de
01 - 1N4148 ou equivalente - diodo de presença. -
uso geral
Resistores: (1/8 W, 5%)
TABELA 1
R1 - 47 kQ
R2' R3 - 10 kQ Bloco de Tempo- MóduloRelé 231
Relé 4
Correspondente
P1 - 1 MQ ou 2,2 MQ (ver texto)
rizaçãoMódulo Te
Td
TI
Acionado
Capacitores:
C1 - 470 nF - cerâmico ou poliéster
C2 - 100 nF - cerâmico ou poliéster
C - eletrolítico de 1 a 2200 mF
conforme temporização desejada
C3 - 100 IJF x 16 V - eletrolítico
Diversos: Módulo relé
Módulo SEMódulo 3 2
Placa de circuito impresso, terminais TE E TF
4relé
TD
E
OV l-12V
de ligação múltiplo com 10 módulos (6 de tempo e 4 de acionamento).
xemplo de temporizador E

b) Módulo de Relé
{ Semicondutores: .~
Q1 - BC548 ou equivalente - transistor
NPN de uso geral
D 1 - 1 N4148 ou equivalente - diodo de
uso geral
Resistores: (1/8 W, 5%)
R1 - 1 kQ
Diversos:
K1 - relé de 12 V x 50 mA (Metaltex
série G ou equivalente)
Placa de circuito impresso, fios, solda,
Entrada
c) Fonte de alimentação IL....- _
Semicondutores: I+-Ia--..
CI-1 - 7812 - circuito integrado
regulador de tensão
TA ..J iL...- _
~tb~
°1,°2-1N4002 ou equivalente- T8
diodos retificadores de silício
Capacitores:
____ I ~-tc--~
,
•••
i _ Fig. 11 - Diagrama
de tempos para
C1 - 1 000 IJF x 25 V - eletrolítico Te uma aplicação
C2 - 100 IJF x 16 V - eletrolítico típica (circuito da
Diversos: figura 10).
T1 - Transformador com primário de TO
acordo com a rede local e secundário
de 12 + 12 V x 1 A
Diversos: TE

Cabo de força, fusível de 1 A com


suporte, caixa para montagem, fios,
solda, etc. TF

SABER ELETRÔNICA N2 334/NOVEMBRO/2000 65


SIMULADOR
DE PRESENÇA

como um divisor de frequência por 10.


o circuito apresentado pode ser modificado para ligar ou desli- A cada 10 pulsos de entrada do 555,
a saída tomada deste 4017 irá ao ní-
gar eletrodomésticos e lâmpadas de modo a simular a presença
vel alto uma vez, conforme mostra o
de uma pessoa numa casa. Outras aplicações incluem diagrama de tempos da figura 1.
automatismos diversos e até mesmo a animação de cidades em Isso significa que temos a divisão
miniatura (maquetes) ou ferromodelismo. O circuito emprega com- dos ciclos do 555 por 10, o que nos
dá algo entre 1 pulso a cada 20 minu-
ponentes de baixo custo CMOS como alternativa econômica para tos e 1 pulso a cada 100 minutos ou
os leitores que têm dificuldades na obtenção de componentes ou mais.
que não desejam uma versão sofisticada. O sinal deste circuito integrado
excita um segundo 4017, que tem as
suas saídas passando ao nível alto
Simuladores de presença podem cadora 1 de 10 e que controla cargas sequencialmente nos tempos determi-
ser projetados com recursos sofistica- de diversos tipos como, por exemplo, nados pelo bloco anterior, de acordo
dos utilizando-se microprocessadores as lâmpadas de uma residência. com o próprio diagrama de tempos da
ou mesmo memórias em circuitos di- Programando o circuito de modo a figura 1.
gitais convencionais. No entanto, tais ligar com uma fotocélula por exemplo, Nas saídas do 4017 final podemos
configurações nem sempre são aces- ou com sua saída de casa, ele execu- ligar blocos com relés que controla-
síveis aos leitores que não possuem tará as operações de acionamento das rão as cargas externas, ficando liga-
recursos para sua programação ou cargas em ciclos, os quais podem che- das pelo tempo correspondente a um
que não dominam completamente gar a mais de 24 horas. ciclo de acionamento ou 1/10 do tem-
essa tecnologia. As cargas controladas dependem po total do circuito.
O circuito que apresentamos ca- exclusivamente da capacidade de cor- Em nossa aplicação exempli-
racteriza-se por apresentar uma solu- rente dos relés. ficamos 4 saídas utilizadas, sendo que
ção simples para o acionamento duas delas são acionadas sequen-
sequencial de aparelhos ligados à cialmente, e a quarta depois de um
rede de energia e, por isso, pode ser COMO FUNCIONA intervalo que corresponde a um ciclo
modificado ou adaptado de diversas de funcionamento do bloco anterior,
maneiras. A base de tempo do circuito é um conforme ilustra o diagrama de tem-
Ele nada mais é do que um CI555 ligado na configuração astável. pos da figura 2.
sequencial muito lento que aciona O tempo de cada ciclo deste oscilador A alimentação do circuito é feita
relés ligados a uma saída decodifi- é ajustado em P1 e depende de C1• com uma tensão de 12 V que vem de
No circuito damos valores para que fonte estabilizada.
I+-- 10 pulsos ----.j estes tempos fiquem entre alguns mi-
Saída nutos e aproximadamente 10 minutos,
.IU1I1.n. .....IUU"L do 555
mas o capacito r C1 poderá ser altera- MONTAGEM
do dependendo da aplicação visada
-, ...J riL-
..... .....J deSaída
CI - 2
pelo leitor.
Os sinais do 555 são levados à
Na figura 3 temos o diagrama com-
pleto do simulador de presença na
Fig.1 - Diagramas de tempos. entrada de um C14017, que funciona versão básica sugerida.

66 SABER ELETRÔNICA N2 334/NOVEMBRO/2000


Saída LISTA DE MATERIAIS
de
CI-2
Semicondutores:
CI-1 - 555 - circuito integrado, timer

CI-2' CI-3 - 4017 - circuito integrado


CM08
CI-4 - 7812 - circuito integrado
Saída regulador de tensão
de 01 a 03 - BC548 ou equivalente -
CI-S transistores NPN de uso geral
D1 a Ds - 1N4002 ou equivalente -
diodos de silício

Fig.2 . Acionamento sequencial de C12•


L Resistores: (1/8W, 5%)
R1- 10 kO

R2-15kO
R3 a Rs - 4,7 kO
A disposição dos componentes energia e secundário de 12 + 12 V com P1 1 MO - trimpot ou
-
numa placa de circuito impresso é 1 A de corrente.
potenciômetro
mostrada na figura 4. Os diodos admitem equivalentes
Os componentes são todos co- de maior tensão. Capacitores:
muns. Os relés admitem diversos equi- C1 - 470 IJFx 16 V - eletrolítico
valentes, pois qualquer tipo de 12 V x C2 - 100 IJFx 16 V - eletrolítico
50 mA serve. Entretanto, como as suas AJUSTES E USO C3 - 1 000 IJFx 25 V - eletrolítico
bases podem ter disposições de ter-
minais distintas, se forem usados ti- Ligue uma ou mais lâmpadas Diversos:
pos diferentes dos indicados, deverão incandescentes comuns de 5 a 40 T1 - Transformador com primário de

ser feitas alterações na placa de cir- watts na saída do circuito. Pode ser acordo com a rede local e secundá-
cuito impresso. também um eletrodoméstico como um rio 12 + 12 V x 1 A
Para a conexão das cargas exter- ventilador, por exemplo. 81 - Interruptor simples
nas são usadas tomadas comuns. Um Coloque P1 na temporização míni- Kl a K3 - Relés de 12 V x 50 mA
fusível de proteção na entrada do cir- ma, ou substitua para testes o (Metaltex série G ou equivalente)
cuito é importante para garantir o equi- F1 - 5 A - fusível
capacitor Cl por um de 10 IJF.
pamento e as próprias cargas alimen- 81 - Interruptor simples
Ligando o aparelho, as cargas de-
Xl a X3 - Tomadas de embutir
tadas. O circuito integrado regulador vem ser acionadas em sequência nos
de tensão 7812 deve ser dotado de Placa de circuito impresso, cabo de
tempos esperados para os ciclos de
um radiador de calor. força, caixa para montagem,
funcionamento.
O transformador tem enrolamento suporte de fusível, fios, solda, etc.
Com um voltímetro (multímetro em
primário de acordo com a rede de escala de tensões contínuas) pode-se

01 a 05 = 1N4002
CI4
7812
F1 'V
5A

16 116
8 14

S 141 4017
CI2 fi2l
L..!iI Cls
4017

C1

470IJF I CX = opcional
As
4,7kn

Fig.3 - Diagrama completo do simulador.

SABER ELETRÔNICA NQ 334/NOVEMBRO/2000 67


FigA - Placa de circuito impresso do simulador.

verificar a presença de sinais na saí- Fig.5 - Usando o


da do 555 (pino 3), e depois na saída simulador
do CI-2.
Comprovado o funcionamento, é
só fazer a ligação das cargas que de-
vem ser acionadas. Simulador
Na figura 5 mostramos como ligar
três lâmpadas em cômodos diferen-
tes de uma casa, de modo a dar a
impressão para alguém que esteja fora
que existe alguma pessoa nesta casa.

68 SABER ELETRÔNICA Nº 334JNOVEMBROJ2000


,
PRATICAS
DE SERVICE
Esta seção é dedicada aos profissionais que atuam na área de repara-
ção. Acreditamos, desta forma, estar contribuindo com algo fundamental
para nossos leitores: a troca de informações e experiências vividas nas
Assistências Técnicas. Esperamos que estas páginas se tornem uma
"linha direta" para intercâmbio entre técnicos. Os defeitos aqui relatados
são enviados à nossa redação pelos leitores, sendo estes devidamente
remunerados. Participe, envie você também sua colaboração!

APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°


Toca-discos/Receiver YTR-380 Yang
DEFEITO: AUTOR: JOSÉ LUIZ DE MELLO
LED estéreo não acende Rio de Janeiro - RJ

RELATO:
CI com defeito
Ao analisar o aparelho encontrei
o fusível de entrada AC queimado 1 16
e, além disso, os transistores de sa-
2 15
ída TIP41 C estavam em curto. Feita
a troca, o AM e o FM não funciona- 14
vam. Verificando a fonte encontrei o ~ 13
zener 12V x 400 mW em curto. Com ~
a troca destes componentes a ten- AJUSTE ~ 12
DE GANHO
11
são de saída ficou normal, porém o
LED do FM estéreo não acendia. 7 10
Substituí o CI decodificador por um 8 9
CA 1310, mas não adiantou, Anali- R723
sando o aparelho, fiz a troca do IC AJUSTE
MUTTING
CA3089 do canal de FI de FM e com I
C 728 I Bobina de
isso o aparelho voltou a funcionar
normalmente. +-I I:I quadratura
4,5 MHz

SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000 69


APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°
Amplificador M120 Gradiente
DEFEITO: AUTOR: ADRIANO R. OLIVEIRA
Inoperante Paulistas - MG

RELATO:

Numa primeira inspeção en- Capacitor


contrei o fusível F803 de 1,5 A aber-
1-----
I 0106
----~
0107 I em curto
to. Iniciei então as pesquisas pela I I
I I
fonte de alimentação, onde des- I II
cobri a ponte retificadora
SKB80C3200/2200 Semikron em
curto. Substituí a ponte e troquei
õ fusível, mas ao ligar o aparelho
o fusível novo abriu.
Continuei as pesquisas até en-
contrar C134 de 5000 m1JF/35 V
com vazamento e em curto total.

l
Com a substituição também do
capacitor de filtro, o problema foi
sanado.
~--------"
Obs: a ponte foi substituída por Caoa _
2,7nF .J.
4 retificadores Semikron SK3/04. 1 kV

1,5A
F-a03
FusíVEL 110
1 nF
kV
ABERTO

7
4

APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°


Telef. Eletrônico de Assinante PH -117B Elo Phone
DEFEITO: AUTOR: MARCia HEIJI UETA
Sem transmissão Carapicuiba - SP
RELATO:
Comecei testando o microfone
de eletreto e os capacitores C3S e
C36 encontrando-os todos bons. De-
pois medi o transistor as (C94S) que
estava em curto. Com a troca deste
transistor a transmissão voltou, po-
rém muito baixa e distorcida. Anali-
sando o circuito, resolvi substituir o
transistor 016 (C94S) mesmo tendo as
resistências normais. Com a troca
deste transistor o aparelho voltou a
funcionar normalmente.

70 SA8!:R !:L!:TRÔNICA Nº 334/NOV!:M8RO/2000


APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°
TV em cores Mod. 20CN4065 Philips
DEFEITO: AUTOR: IVAIL CARLOS ABRAMOSKI
Linhas de retraço na parte superior da tela Sete Quedas - MS

RELATO: +25A

Ao ligar o televisor, na parte su-


perior da tela apareciam linhas de
retraço a uns 6 cm aproximadamen-
te. Depois de uns 20 minutos ligado,
as linhas desapareciam por comple-
to. Suspeitei dos capacitores
eletrolíticos que, em geral, são a cau-
sa deste tipo de defeito. Comecei a J
- -1- _
J
testá-Ios um por um até encontrar J

C400de 100 IJF x 25 V com proble- J

mas. Efetuei a troca deste componen- ! 1C400


J
TDA3433AO
te e o problema desapareceu. J
J
J

Pino61C400

R410
4,7kQ
R413
3,3kQ
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APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°


Telefone sem fio KX-T4200-1 Panasonic
DEFEITO: AUTOR: MARCIO HEIJI UETA
Mudo e mantendo a linha ocupada Carapicuiba - SP
RELATO:

O aparelho mantinha a linha ocu-


pada, o que significava que algo es- Componentes
tava em curto na entrada de linha.
Numa primeira análise encontrei a ~ abertos Tel
ponte retificadora (01) em curto. Ape- Une
sar da substituição desta ponte, o apa-
relho continuava com o mesmo pro- ~
blema. Prosseguindo, encontrei tam-
bém o resistor Rs aberto. Para meu
espanto, o transistor Q1 estava perfei-
to. Não obstante a troca do resistor, o
defeito persistiu. Passei então a tes- RS
tar o transformador T4' que vem logo
depois do resistor Rs' encontrando um
dos enrolamentos aberto. Após a tro-
ca do transformador, o aparelho vol-
tou a funcionar normalmente.

SABm anRÔNICA Nº 334JNOV~MBROJ2000 71


APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°
TV em cores 14" Modelo C-1425A Sharp

DEFEITO: Ausência das cores na tela (somente um forte tom verde). AUTOR: GILNEI CASTRO MULLER
Saída de áudio normal. Santa Maria - RS

RELATO:

Após verificar a situação da fonte 12 kQ


primária e constatar que estava tudo
O,9V
em ordem, ligamos o aparelho na rede
de energia. O circuito de saída de som
funcionou corretamente, porém a ima-
gem se apresentava com um
sombreamento verde e também um
excesso dessa cor em toda a área da
tela. Com a ajuda do esquema elétri-
co verificamos que o sombreamento Saídas R e
inoperantes
era causado pelo capacitor C'as9 de 10
IJF x 250 V que estava sem
capacitância (aberto). Na saída RGB
encontramos as tensões alteradas nos 1,6V
transistores de saída RGB, no entan- CS59
to o defeito era causado por deficiên-
cia interna do CI_ao1 que em seus pi- • Com defeito 10pFT.
nos 26 e 27 apresentava as tensões ANormal 250V~ ++8
muito abaixo do seu valor normal. Aberto Vídeo
Com a substituição do CI_ao1 e do
capacitor C.as9 o televisor teve seu fun-
cionamento normalizado.

APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO n°


TV em cores 20GL1045-Chassi GR1-VA Philips
DEFEITO: AUTOR: JOSÉ C. P. GUIMARÃES
Fonte inoperante São Bernardo do Campo - SP
RELATO:
I 70V
Ao medir as tensões de +70 NVB 36V
<.:.>

encontrei O V, indicando assim que


existia um problema, ou na fonte ou
no setor horizontal. Isolando o setor
:l1:1
II ~ _I
I •...... I
horizontal descartei esta possibilida-
de, pois a tensão da fonte continuou
C":lJ
L2?---~2
em O V, indicando que o problema es-
tava na fonte de alimentação. Testei
vários componentes da mesma até
encontrar o diodo zener D34S em cur-
to. Feita a substituição deste compo- 220
nente a fonte funcionou normalmen-
te, e com ela o televisor.

ÓO,3V
0,7V

72 SABER ELETRÔNICA Nº 334/NOVEMBRO/2000


APARELHO/MODELO: MARCA: REPARAÇÃO nO

Receiver UR390 Unimack

DEFEITO: AUTOR: JOSÉ LUIZ DE MELLO


Ao desligar, o aparelho apresentava ruídos em um canal. Rio de Janeiro - RJ

RELATO:

O aparelho tinha funcionamento


Ra
normal em todas as funções (AM- 390 Q +8
FM-Tape Auxiliar), porém ao desligá-
10, apresentava ruídos em um dos
canais. Examinando o circuito, se- Ca
parando o pré-amplificador da eta- 47IJF
pa de potência, cheguei a conclu-
são de que o defeito estava locali- ~
Áudio
zado entre os transistores TRo1 e salda
TRo2'No coletor do transistor TRo1o
sinal era normal, mas, ao desligar o
aparelho o ruído estava presente na
base de TR.02'Retirei o capacito r C3 Ca
de 47 IJF x 25 V e fiz o seu teste 47IJF
com o multímetro, constatando que 25V
ele estava com problemas. Feita a
troca do capacitor, o aparelho vol-
tou a funcionar normalmente,

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- CHIPS E MICROPROCESSADORES
- ELETROMAGNETISMO
- OSCILOSCÓPIOS E OSCILOGRAMAS
- HOME THEATER
- LUZ,COR E CROMINÂNCIA
- LASER E DISCO ÓPTICO
Fitas de curta duração com imagens M07 - TECNOLOGIA OOLBY
M08 -INFORMÁTICA BÁSICA
Didáticas e Objetivas M09 - FREQUÊNCIA, FASE E PERíODO
M10 - PLL, PSC E PWM
M11 - POR QUE O MICRO DÁ PAU
M13 - COMO FUNCIONA A TV
M14 - COMO FUNCIONA O VIDEOCASSETE
APOSTJLAS M15 - COMO FUNCIONA O FAX
M16 - COMO FUNCIONA O CELULAR
*05 - SECRETÁRIA EL. TEL. SEM FIO 26,00 M17 - COMO FUNCIONA O VIDEOGAME
*06 - 99 DEFEITOS DE SECR./TEL S/FIO 31 ,00 M18 - COMO FUNCIONA A MULTIMíDIA (CD-ROM/DVD)
*08 - TV PB/CORES: curso básico 31,00 M19 - COMO FUNCIONA O COMPACTO/SC PLAYER
*09 - APERFEiÇOAMENTO EM TV EM CORES 31,00 M20 - COMO FUNCIONA A INJEÇÃO ELETRÔNICA
*10 - 99 DEFEITOS DE TVPB/CORES 26,00 M21 - COMO FUNCIONA A FONTE CHAVEADA
11 - COMO LER ESQUEMAS DE TV 31,00 M22 - COMO FUNCIONAM OS PERIFÉRICOS DE MICRO
*12 - VIDEOCASSETE - curso básico 38,00 M23 - COMO FUNCIONA O TEL. SEM FIO (900MHZ)
16 - 99 DEFEITOS DE VíDEOCASSETE 26,00 M24 - SISTEMAS DE COR NTSC E PAL-M
*20 - REPARAÇÃO TVNCR C/OSCILOSCÓPIO 31,00 M25 - EQUIPAMENTOS MÉDICO HOSPITALARES
*21 - REPARAÇÃO DE VIDEOGAMES 31,00 M26 - SERVO E SYSCON DE VIDEOCASSETE
*23 - COMPONENTES: resistor/capacitor. 26,00 M28 - CONSERTOS E UPGRADE DE MICROS
*24 - COMPONENTES: indutor, trafo cristais 26,00 M29 - CONSERTOS DE PERIFÉRICOS DE MICROS
*25 - COMPONENTES: diodos, tiristores 26,00 M30 - COMO FUNCIONA O DVD
*26 - COMPONENTES: transistores, Cls 31 ,00 M36 - MECATRÔNICA E ROBÓTICA
*27 - ANÁLISE DE CIRCUITOS (básico) 26,00 M37 - ATUALIZE-SE COM A TECNOLOGIA MODERNA
*28 - TRABALHOS PRÁTICOS DE SMD 26,00 M51 - COMO FUNCIONA A COMPUTAÇÃO GRÁFICA
*30 - FONTE DE ALIMENTAÇÃO CHAVEADA 26,00 M52 - COMO FUNCIONA A REALIDADE VIRTUAL
*31 - MANUSEIO DO OSCILOSCÓPIO 26,00 M53 - COMO FUNCIONA A INSTRUMENTAÇÃO BIOMÉDICA
*33 - REPARAÇÃO RÁDIO/ÁUDIO (EI.Básica) ~ 31,00 M54 - COMO FUNCIONA A ENERGIA SOLAR
34 - PROJETOS AMPLIFICADORES ÁUDIO 31,00 M55 - COMO FUNCIONA O CELULAR DIGITAL (BANDA B)
*38 - REPARAÇÃO APARELHOS SOM 3 EM 1 26,00 M56 - COMO FUNCIONAM OS TRANSISTORES/SEMICONDUTORES
*39 - ELETRÔNICA DIGITAL - curso básico 31,00 M57 - COMO FUNCIONAM OS MOTORES E TRANSFORMADORES
40 - MICROPROCESSADORES - curso básico 31,00 M58 - COMO FUNCIONA A LÓGICA DIGITAL (TTUCMOS)
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