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Adolescentes
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Por que tratar este assunto?
Abuso sexual contra crianças e adolescentes é o segundo tipo de violência mais comum no Brasil;
A violência sexual em crianças de até 9 anos é o segundo tipo de abuso de força característico
desta faixa etária no Brasil, correspondendo a 35% das notificações;
Os dados preliminares mostram que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa
etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações.
Foto: Garo/Phanie/AFP/Arquivo
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Estatísticas Ministério da Saúde
Abuso Sexual - 2011 a 2017
Percentual quanto ao gênero da vítimas
CRIANÇAS ADOLESCENTES
92,4% 7,6%
74,2% 25,8%
Sexo Feminino Sexo Masculino
Sexo Feminino Sexo Masculino
2% 31 % 35 % 33 %
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Parentes: tios(as), avôs, primos, irmãos, sobrinho e cunhado
S/INF.: desconhecidos
CULTURA DO ESTUPRO
Ou seja, é uma cultura em que a violência sexual é considerada normal, na qual as pessoas não
são ensinadas a NÃO ESTUPRAR, mas sim a NÃO SEREM ESTUPRADAS.
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ENTENDENDO A DIFERENÇA ENTRE:
Todo ato ou jogo sexual que tem por Toda relaçã o sexual de uma
finalidade estimular ou usar a criança criança ou adolescente com um
ou adolescente para obter prazer adulto, mediada pelo pagamento
sexual. em dinheiro ou qualquer outro
beneficio.
EXPLORAÇÃO SEXUAL
• Pornografia;
• Trocas sexuais;
• Trabalho sexual infanto-juvenil autônomo ou agenciado;
• Turismo sexual orientado para a exploração sexual;
• Tráfico para fins de exploração sexual de crianças e adolescentes.
PORNOGRAFIA
“Consiste no uso de uma criança em atividades sexuais em troca de remuneração ou outras formas de
consideração”.
(ECPAT, 2002)
Popularmente, é denominada como “prostituição infantil”. Pode se dar de forma autônoma ou agenciada
(quando intermediada por uma ou mais pessoas ou serviços).
“É uma das modalidades mais perversas de exploração sexual. A prática envolve atividades de cooptação
e/ou aliciamento, rapto, intercâmbio, transferência e hospedagem da pessoa recrutada para essa
finalidade. Todavia, o mais recorrente é que o tráfico para fins de exploração sexual de crianças e
adolescentes ocorra de forma “maquiada” por agências de modelo, turismo, trabalho internacional,
namoro-matrimônio e, mais raramente, por agências de adoção internacional. Muitas jovens, seduzidas por
uma rápida mudança de vida ou sucesso fácil, embarcam para outros estados do país ou para outros
países e lá se veem forçadas a entrar no mercado da exploração.”
Também aqui, na maioria das vezes, o abusador é alguém que a criança conhece e em quem confia:
vizinhos ou amigos da família, educadores, responsáveis por atividades de lazer, profissionais da área da
saúde (médicos, psicólogos, enfermeiros, etc) e líderes religiosos (padres, pastores, pais de santo, etc).
“Eventualmente, o autor da agressão pode ser uma pessoa totalmente desconhecida.”
Cartilha Violência sexual contra crianças e adolescentes: compreender para prevenir (CRAMI, 2007)
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ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
É qualquer relação de caráter sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente ou entre um
adolescente e uma criança, quando existe um laço familiar (direto ou não) ou quando existe uma relação
de responsabilidade.
Importante:
Nem toda relação incestuosa é um abuso sexual. Ela pode se dar entre adultos da mesma idade, sem
emprego de força física ou coerção emocional e psicológica.
Contudo, a relação incestuosa com uma criança ou adolescente é considerada abuso sexual, mesmo
quando ocorre sem uso de força física.
“Ocorre em espaços institucionais como ambulatórios médicos, hospitais, escolas, instituições governamentais
e não governamentais encarregadas de prover, proteger, defender, cuidar e aplicar medidas socioeducativas
às crianças e adolescentes”
Guia de Referência: Construindo uma Cultura Escolar de Prevenção à Violência Sexual (2009)
MITO FATO
1. O estranho representa o perigo maior às 1. 90% dos casos registrados foram
crianças e adolescentes. praticados por pessoas. conhecidas e
próximas da criança.
2. O padrasto é quem mais abusa de crianças. 2. O pai biológico aparece como o abusador
mais frequente.
3. O abusador é um psicopata, tarado, 3. Crimes sexuais são praticados em todos
depravado sexual, homem mais velho, os níveis socioeconômicos, religiosos e
alcoólatra, homossexual ou retardado étnicos. Geralmente são pessoas normais
mental. e queridas pelas crianças.
4. Se uma criança ou adolescente consente”, 4. A criança/adolescente nunca é
não é abuso. responsável.
5. Crianças pequenas raramente sofrem abuso 5. As estatísticas apontam a faixa etária de 2
a 7 anos, como a de maior incidência das
. notificações
6. Raramente a criança mente, e, nessas
6. A criança mente e inventa que é abusada
situações, trata-se, em geral de crianças
sexualmente.
maiores, que objetivam alguma vantagem.
7. O abuso sexual é frequente em todo o
7. É impossível prevenir o abuso sexual de
mundo, e sua prevenção deve ser
crianças e adolescentes.
prioridade por parte dos governos, até
mesmo por questões econômicas.
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MODALIDADES DO ABUSO SEXUAL
SEM CONTATO FÍSICO: COM CONTATO FÍSICO:
assédio sexual; carícias;
falas obscenas; tentativas de relações sexuais;
exibicionismo; masturbação;
voyeurismo; sexo oral;
pornografia. penetração vaginal;
penetração anal.
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Além das palavras...
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Este desenho é o retrato de um
pai na visão do Fernando, um
menino que foi abusado desde
muito pequeno.
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Aqui temos um relato comovente.
Ela desenhou a mãe e a avó em
tamanhos bem grandes.
Elena, de 6 anos
Victor, de 7 anos
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CONSEQUÊNCIAS
Podem variar segundo os seguintes aspectos:
• A idade do início do abuso;
• A duração do abuso;
• Grau de violência ou ameaça de violência;
• O grau de proximidade e vínculo entre a criança e a pessoa que cometeu o abuso;
• A presença e ausência de figuras parentais protetoras;
• O grau de sigilo sobre o fato ocorrido;
• A percepção da criança sobre os atos sexuais realizados contra elas;
• A existência de serviços, sua organização em rede, e o grau de eficiência e eficácia desta rede;
• Visão que esses serviços têm sobre o fato corrido afeta a própria percepção da criança sobre o que
aconteceu.
CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS
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LEI Nº 12.650, DE 17 / 05 / 2012.
Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, com a finalidade de modificar as
regras relativas à prescrição dos crimes praticados contra crianças e adolescentes.
Art. 1o O art. 111, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver
sido proposta a ação penal.” (NR)
LEI Nº 13.718, DE 24 / 09 / 2018.
Art. 1o Esta Lei tipifica os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro, torna
pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes
sexuais contra vulnerável, estabelece causas de aumento de pena para esses crimes e define como
causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro corretivo.
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Constrangimento sexual”
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar
ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. (não alterada)
“Importunação sexual ”
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
própria lascívia ou a de terceiro:
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem.
“Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente “
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar,
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem
“Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente
ou de vulnerável”
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor
de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone
“Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia “
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo,
nudez ou pornografia:
Aumento de pena
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.
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CÓDIGO DE MENORES X ECA
CÓDIGO DE MENORES E A DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR
Dividia os "menores" em dois grupos:
• Os menores "normais“
• Os menores "em situação irregular". Considera-se em situação irregular o "menor abandonado",
carente, infrator, com desvio de conduta, viciado, e assim por diante.
• O Código de Menores era somente aplicado aos "menores em situação irregular".
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A criança e o adolescente
têm o direito de ser
educados e cuidados sem
o uso de castigo físico ou
de tratamento cruel ou
degradante, como formas
de correção, disciplina,
educação ou qualquer
outro pretexto, pelos pais,
Art. 5º Nenhuma criança ou
pelos integrantes da
adolescente será objeto de
família ampliada, pelos
qualquer forma de negligência,
responsáveis, pelos
discriminação, exploração,
agentes públicos
violência, crueldade e
executores de medidas
opressão, punido na forma da
socioeducativas ou por
lei qualquer atentado, por ação
qualquer pessoa
ou omissão, aos seus direitos
encarregada de cuidar
fundamentais.
deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los
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Denunciar ?
Porquê?
Porque é lei.
LEI 8069/90 de 13/07/1990 - ECA
Art. 245 Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o exercício dos direitos
constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
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Procedimentos da Rede de Proteção de Jundiaí
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Cabreúva
Conselho Tutelar - Ademir Santos, nº 105 - Jardim Colina.
Telefone: (11) 4529-4408
Plantão: (11) 99649-6726.
E-mail: conselhotutelarcabreuva@outlook.com
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O que compete a quem na :
Igreja
Educação
Saúde
Assistência Social
Conselho Tutelar
Segurança Pública
Sistema Judiciário
IGREJA
Acolher a criança ou adolescente, escutando-o sem interrupções, com um mínimo de
questionamentos;
Informar a criança ou adolescente sobre o dever e os procedimentos da notificação ao pastor, aos
pais ou a autoridade;
Acompanhar a frequência na igreja
Identificação de sinais de violência e/ou de revelação de situações de violência contra crianças e
adolescentes;
NÃO SE ESQUEÇA VOCÊ FOI ESCOLHIDO PARA SER O ADULTO DE CONFIANÇA, NÃO
DESEMPARE ESSA VÍTIMA.
EDUCAÇÃO
Identificação de sinais de violência e/ou de revelação de situações de violência contra crianças e
adolescentes;
Acolher a criança ou adolescente, escutando-o sem interrupções, com um mínimo de
questionamentos;
Informar a criança ou adolescente sobre o dever e os procedimentos da notificação às autoridades;
Informar sobre o fluxo de atendimento dos casos de violência existente no município,
Acompanhar a frequência escolar
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SAÚDE
o Acolhimento;
o Atendimento;
o Notificação,
o Seguimento na Rede.
A notificação compulsória tem por objetivo produzir evidências epidemiológicas subsidiando o
planejamento, o monitoramento, a avaliação e execução de políticas públicas integradas e Inter setoriais.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Encaminhamento da vítima para o serviço especializado do território ou para o profissional de
referência da Proteção Social Especial no local, para que seja realizada a escuta especializada;
O acompanhamento especializado compreende a realização de atendimentos continuados,
segundo as demandas e especificidades de cada situação;
Visa o fortalecimento da função protetiva, enfrentamento da situação de violação / violência e
construção de novas possibilidades de interação familiares e com o contexto social.
CONSELHO TUTELAR
Nos processos de averiguação da violência para a aplicação das medidas de proteção previstas no
artigo 101 ECA, os conselheiros tutelares devem se esforçar para buscar informações com os
membros da família e, apenas quando for necessário, ouvir a criança ou o adolescente;
Os questionamentos devem se limitar ao necessário para a aplicação da medida protetiva,
deixando a oitiva sobre os fatos ocorridos para as autoridades competentes que conduzirão a
investigação e o processo judicial.
SEGURANÇA PÚBLICA
Realiza tanto a escuta especializada, como depoimento especializado.
Escuta especializada – forças policiais ostensivas
Depoimento especial – forças investigativas
O depoimento da criança ou adolescente deve ser concebido como último recurso, somente nos
casos em que a materialidade necessite ser comprovada pelo método testemunhal.
As questões deverão ser objetivas e não individuais, reconhecendo-se sinais de violência não
declarada,
Sempre que possível, deverá ouvir a pessoa a quem a criança ou adolescente fez a revelação, bem
como valer-se de registros anteriores sobre a ocorrência.
SISTEMA DE JUSTIÇA
Observância dos ritos e procedimentos estabelecidos no direito processual brasileiro
Priorização para produção antecipada de provas, garantia de consulta a advogado ou defensor e
audiências ao ritmo e capacidade de atenção a criança..
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO EM REDE
O MAIS IMPORTANTE
A criança ou adolescente nunc deve ser colocado em uma posição de objeto.
É ela quem decide com quem, onde e o que vai falar. E se vai falar....
A criança ou adolescente nunca deverá ser imposta a falar.
Inserir as famílias na rede de proteção
Romper com o ciclo da violência / silêncio
Garantir um olhar para a família,
Cuidado aos envolvidos
A criança ou adolescente nunca deverá ser imposta a falar.
Inserir as famílias na rede de proteção
Romper com o ciclo da violência / silêncio
Garantir um olhar para a família,
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Cuidado aos envolvidos
REFLEXÃO
Você foi escolhido pela criança para ser o adulto de confiança.
Proteja, cuida e ajuda, ela confiou em você e viu uma saída para essa situação que sozinha ela não
conseguirá sair e as consequências são as piores, pois elas se veem no fundo do poço e no
escuro.
Faça a sua parte e não seja curioso
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PERDÃO
A CURA DA ALMA
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Cinco verdades sobre o perdão
Texto: Mateus 6:14-15
Introdução:
O perdão é um princípio fundamental para a vida cristã; uma das coisas que mantém muitos em
cativeiro hoje.
A maioria está muito bem com o princípio do perdão, mas nunca realmente executam o seu pleno
significado em sua vida.
A falta de perdão na vida de uma pessoa é uma escravidão destrutiva que causa contenda,
divisão, depressão, opressão, doença, divorcio e até mesmo condenação.
Definição de Perdão:
Conceder indulto gratuito ou remissão de qualquer ofensa ou dívida; desistir de toda reivindicação.
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.
Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação.
Conclusão:
Romanos 12.14-18
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CURA INTERIOR
O Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não
poderemos receber aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça
Muitas vezes, a cura de uma raiva, de um medo, de uma ansiedade, de um sentimento de solidão, tristeza
ou culpa, além de tudo o que constitui o nosso desequilíbrio emocional e psíquico, depende de perdão.
a) Perdoar a mim mesmo.
É a coisa mais difícil! É mais fácil perdoar os outros. Perdoar a nós mesmos pelas nossas faltas, pelos
nossos limites, pelos pecados que cometemos e por tantas outras coisas. Temos de aceitar nossos limites
e fraquezas, nos aceitarmos como somos, mesmo que não nos aprovemos.
Quando digo aceitar, não quer dizer não fazer nada para melhorar, pois isso é uma estagnação que não
podemos permitir. Mas temos que aceitar a realidade das coisas e tentar melhorar, como fez São Paulo:
“Sou aquele que sou, vejo o bem, aprovo-o e me acho a fazer o mal” (cf. Romanos 7,15-23).
Este sou eu. Certamente, esforço-me para ir em frente, mas a realidade é essa. Muitas vezes, o Senhor
nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber
aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça.
Atenção! Estou me referindo a uma coisa muito importante e digo isso, antes de tudo, para nós,
sacerdotes; em seguida, para aqueles que nós devemos curar, porque estão na nossa pastoral:
– Deus nos ama não porque somos santos, e o nosso pecado não diminui o amor que Deus tem por nós;
– Deus não ama mais o santo que o pecador;
– Deus ama o homem tanto quanto um Deus pode amar a sua criatura;
– É o homem que recebe ou recusa esse amor!
Peguemos um exemplo: se estamos em um quarto, e fora existe sol, estando no interior do quarto, nós não
o vemos. Temos luz elétrica, mas toda a estrutura do quarto está bloqueando a entrada do sol para nos
oferecer luz e calor. Não é que o sol se retirou, ele continua lá no seu lugar. Se destruirmos essa estrutura,
automaticamente o sol entrará, iluminará e aquecerá o ambiente.
Quando o filho pródigo sai da casa do pai, o amor deste permanece igual para esse filho; de fato, o pai
está sempre lá para esperar a sua volta.
O perdão por parte do pai já está concedido, mas não pode chegar até o filho, porque este ainda não
disse: “Levantar-me-ei e irei a meu pai (Lucas 15,18). Portanto, o bloqueio é do lado do homem e não do
lado de Deus. Quando falamos “Senhor, perdoe-me!”, estamos demolindo o bloqueio. Deus já nos
perdoou. Pecadores ou santos, somos filhos d’Ele. Portanto, receber o amor depende de nos abrirmos
àquele amor que já está presente em nós, como aquele sol que já está presente fora do ambiente fechado.
b) Perdoar a Deus.
Esta expressão deve ser bem entendida: Ele não tem necessidade de ser perdoado, não foi Deus que fez
alguma coisa que necessitasse de perdão. Mas olhando para nós, de pequeno que somos, vendo Deus
permitindo que sejamos maltratados ou não nos escutando, deixando-nos sozinhos nesse sofrimento, é
gerada em nós uma raiva de Deus. Nesse caso, é bom ir diante do Senhor e dizer a Ele: “Está bem,
Senhor, eu não O entendo! Somente sei que estou ferido, mas quero perdoá-Lo!”. Da nossa parte existe
essa necessidade de perdoar a Deus, como aos outros e a nós mesmos.
CURA DA ALMA
“É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças.”
Salmos 103.3
As feridas da alma são causadas por traumas psicológicos. Normalmente essas feridas são consequência
do modo como a pessoa foi educada pelos pais, estilo de vida, meio social e cultural.
Todos esses ambientes interferem diretamente em nossa persona, ou seja, em nosso eu interior. Qualquer
lesão psicológica em uma dessas áreas pode desencadear feridas profundas na alma.
”Quando se aproximaram de jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava
assentado aos pés de jesus, vestido e em perfeito juízo, e ficaram com medo. Os que o tinham visto
contaram ao povo como o endemoninhado fora curado.”
Lucas 8.35,36
O exemplo do gadareno é um referencial poderoso de cura da alma e libertação. Vivia tão oprimido que a
convivência com ele já era impossível. As feridas da alma o deixaram agressivo. Ele causava pânico nas
pessoas, de tal maneira que destruía correntes e vivia nos sepulcros.
No entanto, o poder da palavra do Senhor Jesus foi suficiente para promover cura e libertação em sua
alma. A cura interior promovida pela poderosa palavra de Deus é conclusiva. As pessoas que o viram após
a cura e a libertação encontraram uma pessoa totalmente diferente:
“Quando se aproximaram de Jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava
assentado aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo…”
Deus é bom!
O desejo de Deus é promover a cura da alma ferida pela manifestação do seu poder, de sua bondade e de
sua misericórdia.
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Cura da Alma Através do Perdão
“Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão
perdoados”.
João 20.23
Diversas pessoas estão precisando de cura interior por não conseguirem liberar perdão. É determinante
que entendamos o conceito de perdão na Bíblia para ver quais os passos que devemos dar em busca da
cura da alma através do perdão.
Não é opcional (João 20. 23)
Só seremos perdoados se perdoarmos (João 20.23; Mateus 18.31 – 35)
Enquanto retiver o perdão sofreremos (Salmos 32.3; Salmos 39.2)
Reter o perdão é prolongar o sofrimento. William Shakespeare já disse: “Guardar ressentimento é como
tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. ”
Então se esse é o seu problema, clame a Deus, ele ouve o clamor do necessitado, Ele é bom e deseja
ouvir sua oração.
Conclusão
As feridas da alma não podem ser ignoradas. Elas causam diversos problemas emocionais e físicos. Ou
seja, é algo que precisa ser tratado com urgência.
A cura da alma deve ser uma prioridade, quando os sintomas surgirem coloque tudo em segundo lugar e
busque diligentemente ao Senhor até que a sua cura venha. O desejo de Deus é nos ver bem e saudáveis.
Deus continue abençoando grandemente cada um.
Prof. Lázaro Ferro
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Realização e Coordenação
Diácono Lázaro Ferro
Formado em Teologia pela Escola Educação Teológica Pr. Eliseu Queiroz de Souza
Graduado em Gestão e Liderança
MBA em Gestão de Pessoas (Liderança) na Faculdade Getúlio Vargas.
Líder de Adolescentes na igreja AD Jundiaí - Sede
Responsável pela área Espiritual
Andréa Ferro
Formada em Teologia na Escola de Ensino Teológico das Assembleias de Deus
Graduada em Pedagogia, Pós-graduada em Neuropsicopedagogia
Especialização no Combate a Violência e ao Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes na
Universidade Metodista.
Líder de Adolescentes na igreja AD Jundiaí – Sede
Designer de visuais bíblicos
Responsável pela área Pedagógica /Lúdica
Realização: Apoio:
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