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Combate e Prevenção à Violência e ao Abuso Sexual Contra Crianças e

Adolescentes

Treinamento para Professores e Líderes do


Ministério Infantil

Cuidando desta geração


Violência Sexual

Arquivo: Casa do Menor Itália Onlus

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Por que tratar este assunto?
Abuso sexual contra crianças e adolescentes é o segundo tipo de violência mais comum no Brasil;

A violência sexual em crianças de até 9 anos é o segundo tipo de abuso de força característico
desta faixa etária no Brasil, correspondendo a 35% das notificações;

Os dados preliminares mostram que a violência sexual também ocupa o segundo lugar na faixa
etária de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações.

Abuso Sexual - Dói no corpo e na alma

Foto: Roos Koole/ANP/Arquivo

Foto: Garo/Phanie/AFP/Arquivo

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Estatísticas Ministério da Saúde
Abuso Sexual - 2011 a 2017
Percentual quanto ao gênero da vítimas

CRIANÇAS ADOLESCENTES

92,4% 7,6%
74,2% 25,8%
Sexo Feminino Sexo Masculino
Sexo Feminino Sexo Masculino

Faixa etária da criança / adolescente

< 2 anos 3 a 7 anos 8 a 12 anos 13 a 18 anos

2% 31 % 35 % 33 %

Vinculo do autor do abuso com a vítima

PAI MÃE PADRASTO PARENTES OUTROS S/INF.

29% 4% 16% 23% 26% 2%

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Parentes: tios(as), avôs, primos, irmãos, sobrinho e cunhado

Outros: vizinhos, amigos, professores e funcionários de escola/creche, enteada do pai, amigo da


família, padrasto do pai, madrasta da mãe, irmão do padrasto, namorados(as) e ex-maridos dos
pais (mães) e avós, membro da igreja, babá, genro da babá, companheiro da babá, enteado(a)
do avô, namorado e desconhecidos.

S/INF.: desconhecidos

CULTURA DO ESTUPRO

Ou seja, é uma cultura em que a violência sexual é considerada normal, na qual as pessoas não
são ensinadas a NÃO ESTUPRAR, mas sim a NÃO SEREM ESTUPRADAS.

EXEMPLOS DE CULTURA DO ESTUPRO

• Culpar a vítima ("Ela estava pedindo que acontecesse")

• Minimizar agressão sexual ("Isso é coisa de homem!")

• Fazer comentários públicos sobre a roupa, estado mental e histórico da vítima

• Pressionar homens a serem "pegadores"

• Definir a "masculinidade" como dominante e sexualmente agressiva

• Definir a "feminilidade" como submissa e sexualmente passiva

• Assumir que apenas mulheres promíscuas são estupradas

• ENSINAR MULHERES A EVITAR O ESTUPRO AO INVÉS DE ENSINAR OS HOMENS A


NÃO ESTUPRAR

CAMPANHA UNICEF – ALGODÃO DOCE

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ENTENDENDO A DIFERENÇA ENTRE:

ABUSO SEXUAL EXPLORAÇÃO SEXUAL

Todo ato ou jogo sexual que tem por Toda relaçã o sexual de uma
finalidade estimular ou usar a criança criança ou adolescente com um
ou adolescente para obter prazer adulto, mediada pelo pagamento
sexual. em dinheiro ou qualquer outro
beneficio.

EXPLORAÇÃO SEXUAL
• Pornografia;
• Trocas sexuais;
• Trabalho sexual infanto-juvenil autônomo ou agenciado;
• Turismo sexual orientado para a exploração sexual;
• Tráfico para fins de exploração sexual de crianças e adolescentes.

PORNOGRAFIA

“É a exposição de imagens eróticas de pessoas ou de partes ou de práticas sexuais entre adultos,


adultos e crianças, entre crianças ou entre adultos com animais, em revistas, livros, filmes e,
principalmente, na internet. A pornografia envolvendo crianças e adolescentes é considerada crime, tanto
de quem fotografa crianças nuas ou expõe suas imagens em posições sedutoras com objetivos sexuais,
como de quem mostra a crianças fotos, vídeos ou cenas pornográficas.”

Guia escolar (2004


TRABALHO SEXUAL INFANTO JUVENIL

“Consiste no uso de uma criança em atividades sexuais em troca de remuneração ou outras formas de
consideração”.

(ECPAT, 2002)

Popularmente, é denominada como “prostituição infantil”. Pode se dar de forma autônoma ou agenciada
(quando intermediada por uma ou mais pessoas ou serviços).

TRÁFIGO PARA FINS DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

“É uma das modalidades mais perversas de exploração sexual. A prática envolve atividades de cooptação
e/ou aliciamento, rapto, intercâmbio, transferência e hospedagem da pessoa recrutada para essa
finalidade. Todavia, o mais recorrente é que o tráfico para fins de exploração sexual de crianças e
adolescentes ocorra de forma “maquiada” por agências de modelo, turismo, trabalho internacional,
namoro-matrimônio e, mais raramente, por agências de adoção internacional. Muitas jovens, seduzidas por
uma rápida mudança de vida ou sucesso fácil, embarcam para outros estados do país ou para outros
países e lá se veem forçadas a entrar no mercado da exploração.”

ABUSO SEXUAL EXTRAFAMILIAR

“É o abuso sexual que ocorre fora do âmbito familiar”.

Também aqui, na maioria das vezes, o abusador é alguém que a criança conhece e em quem confia:
vizinhos ou amigos da família, educadores, responsáveis por atividades de lazer, profissionais da área da
saúde (médicos, psicólogos, enfermeiros, etc) e líderes religiosos (padres, pastores, pais de santo, etc).
“Eventualmente, o autor da agressão pode ser uma pessoa totalmente desconhecida.”

Cartilha Violência sexual contra crianças e adolescentes: compreender para prevenir (CRAMI, 2007)
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ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR

É qualquer relação de caráter sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente ou entre um
adolescente e uma criança, quando existe um laço familiar (direto ou não) ou quando existe uma relação
de responsabilidade.

Cohen, 1993; Abrapia, 2002

Importante:

Nem toda relação incestuosa é um abuso sexual. Ela pode se dar entre adultos da mesma idade, sem
emprego de força física ou coerção emocional e psicológica.

Contudo, a relação incestuosa com uma criança ou adolescente é considerada abuso sexual, mesmo
quando ocorre sem uso de força física.

ABUSO SEXUAL EM INSTITUIÇÕES DE ATENÇÃO À CRIANÇA E ADOLESCENTE

“É uma modalidade de abuso similar ao extra e ao intrafamiliar”.

“Ocorre em espaços institucionais como ambulatórios médicos, hospitais, escolas, instituições governamentais
e não governamentais encarregadas de prover, proteger, defender, cuidar e aplicar medidas socioeducativas
às crianças e adolescentes”

Pode ocorrer por profissionais da instituição ou entre as próprias crianças/adolescentes.

Guia de Referência: Construindo uma Cultura Escolar de Prevenção à Violência Sexual (2009)

ABUSO SEXUAL – MITO E FATO

MITO FATO
1. O estranho representa o perigo maior às 1. 90% dos casos registrados foram
crianças e adolescentes. praticados por pessoas. conhecidas e
próximas da criança.
2. O padrasto é quem mais abusa de crianças. 2. O pai biológico aparece como o abusador
mais frequente.
3. O abusador é um psicopata, tarado, 3. Crimes sexuais são praticados em todos
depravado sexual, homem mais velho, os níveis socioeconômicos, religiosos e
alcoólatra, homossexual ou retardado étnicos. Geralmente são pessoas normais
mental. e queridas pelas crianças.
4. Se uma criança ou adolescente consente”, 4. A criança/adolescente nunca é
não é abuso. responsável.
5. Crianças pequenas raramente sofrem abuso 5. As estatísticas apontam a faixa etária de 2
a 7 anos, como a de maior incidência das
. notificações
6. Raramente a criança mente, e, nessas
6. A criança mente e inventa que é abusada
situações, trata-se, em geral de crianças
sexualmente.
maiores, que objetivam alguma vantagem.
7. O abuso sexual é frequente em todo o
7. É impossível prevenir o abuso sexual de
mundo, e sua prevenção deve ser
crianças e adolescentes.
prioridade por parte dos governos, até
mesmo por questões econômicas.
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MODALIDADES DO ABUSO SEXUAL
SEM CONTATO FÍSICO: COM CONTATO FÍSICO:
assédio sexual; carícias;
falas obscenas; tentativas de relações sexuais;
exibicionismo; masturbação;
voyeurismo; sexo oral;
pornografia. penetração vaginal;
penetração anal.

APRENDENDO A IDENTIFICAR OS SINAIS DO ABUSO SEXUAL

SINAIS CORPORAIS OU PROVAS MATERIAIS


 En
 DS
 Do
sentar;
 Ro
 Tr
 Gr

SINAIS CORPORAIS OU PROVAS IMATERIAIS – COMPORTAMENTO SENTIMENTO

 Mudanças comportamentais radicais, súbitas e incompreensíveis, tais como oscilações de humor;


 Mal-estar pela sensação de modificação do corpo e confusão de idade;
 Regressão a comportamentos infantis;
 Medo, ou mesmo pânico de determinada pessoa;
 Autoconceito negativo, baixo nível de autoestima e excessiva preocupação em agradar os outros;
 Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica;
 Culpa ou autoflagelação;
 Agressividade, raiva, principalmente dirigido contra irmãos e o familiar agressor.

SINAIS CORPORAIS OU PROVAS IMATERIAIS – SEXUALIDADE

 Curiosidade sexual excessiva, interesse ou conhecimento súbito sobre questões sexuais;


 Expressão de afeto sexualizada; grau de provocação erótica, inapropriados para criança e
adolescentes;
 Brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e brinquedos;Masturbação compulsiva ou
pública;
 Representações e desenhos de órgãos genitais com detalhes e características além da capacidade
de sua faixa etária;Introdução de objetos no ânus ou na vagina;

SINAIS COMPORTAMENTAIS OU PROVAS IMATERIAIS HÁBITOS, CUIDADOS


CORPORAIS E HIGIÊNICOS

 Abandono ainda que temporário, de comportamento infantil;


 Mudanças de hábito alimentar, perda de apetite ou excesso de alimentação;
 Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos;
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 Aparência descuidada e suja pela relutância em trocar de roupa;
 Resistência em participar de atividades físicas;
 Uso e abuso repentino de substâncias como álcool, drogas lícitas e ilícitas

SINAIS DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR


 Assiduidade e pontualidade exageradas. Chegam sedo e saem tarde, não tem interesse em
retornar para casa após a aula;
 Queda injustificada de frequência escolar;
 Dificuldade de concentração e de aprendizagem, baixo rendimento escolar;
 Ausência ou pouca participação nas atividades escolares;
 Aparecimento de objetos pessoais brinquedos, dinheiro e outros bens que estão acima das
possibilidades financeiras da família;
 Tendência ao isolamento social;
 Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta
 Evitam contato físico;
 Frequentes fugas de casa;

CRIANÇA E ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIA


Segundo pesquisas a violência contra crianças e adolescentes com deficiência tem se manifestado de
forma silenciosa e com pouca visibilidade social.
São mais vulneráveis ao abuso e a violência sexual por seus impedimentos físicos, mentais, intelectuais e
sensoriais.

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Além das palavras...

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Este desenho é o retrato de um
pai na visão do Fernando, um
menino que foi abusado desde
muito pequeno.

Na visão do menino o pai era


como um demônio alcoolizado e
viciado em jogos caça-níqueis.

Ele sofreu abuso sexual.

No desenho, ele destaca os olhos e o


pênis do agressor. Ele escreve também "marica" e "chupa-
rolas". O agressor falava isso enquanto o
estuprava.
David – 8 anos

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Aqui temos um relato comovente.
Ela desenhou a mãe e a avó em
tamanhos bem grandes.

Segundo o psicólogo, este detalhe


mostra que a menina se sente
protegida e segura ao lado das
duas. Enquanto o pai ela desenha
em tamanho bem menor abusando
dela (canto esquerdo da folha).

Elena, de 6 anos 

Neste desenho o menino mostra


como era brigado pelo pai a fazer
sexo oral.

No vídeo abaixo você acompanha


um documentário que mostra todos
esses casos e também um debate
sobre o assunto.

Victor, de 7 anos 

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CONSEQUÊNCIAS
Podem variar segundo os seguintes aspectos:
• A idade do início do abuso;
• A duração do abuso;
• Grau de violência ou ameaça de violência;
• O grau de proximidade e vínculo entre a criança e a pessoa que cometeu o abuso;
• A presença e ausência de figuras parentais protetoras;
• O grau de sigilo sobre o fato ocorrido;
• A percepção da criança sobre os atos sexuais realizados contra elas;
• A existência de serviços, sua organização em rede, e o grau de eficiência e eficácia desta rede;
• Visão que esses serviços têm sobre o fato corrido afeta a própria percepção da criança sobre o que
aconteceu.

CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS

COM A REVELAÇÃO: SEM A REVELAÇÃO:

• Pode desencadear a separação do • Família mantém-se desorganizada;


casal; • Perpetuação do abuso;
• Criança/adolescente ou “agressor” • Possível trocas de vítimas.
afastados do lar;
• Prisão do agressor;
• Estigmatização e isolamento da família.

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LEI Nº 12.650, DE 17 / 05 / 2012.
Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, com a finalidade de modificar as
regras relativas à prescrição dos crimes praticados contra crianças e adolescentes.
Art. 1o O art. 111, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver
sido proposta a ação penal.” (NR)
LEI Nº 13.718, DE 24 / 09 / 2018.
Art. 1o  Esta Lei tipifica os crimes de importunação sexual e de divulgação de cena de estupro, torna
pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes
sexuais contra vulnerável, estabelece causas de aumento de pena para esses crimes e define como
causas de aumento de pena o estupro coletivo e o estupro corretivo.
Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar com as
seguintes alterações: 
“Constrangimento sexual” 
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar
ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. (não alterada)
“Importunação sexual ”
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
própria lascívia ou a de terceiro:
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem.
“Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente “
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar,
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem     
“Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente
ou de vulnerável”
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor
de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone
“Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia “
Art. 218-C.  Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo,
nudez ou pornografia:
Aumento de pena 
§ 1º  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação. 

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CÓDIGO DE MENORES X ECA
CÓDIGO DE MENORES E A DOUTRINA DA SITUAÇÃO IRREGULAR
Dividia os "menores" em dois grupos:
• Os menores "normais“
• Os menores "em situação irregular". Considera-se em situação irregular o "menor abandonado",
carente, infrator, com desvio de conduta, viciado, e assim por diante.
• O Código de Menores era somente aplicado aos "menores em situação irregular".

ECA E A DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRA É A BASE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE
 As crianças e adolescentes são cidadãos completos, possuem os mesmos direitos dos adultos, e
ainda os direitos referentes à sua especial condição de pessoas em desenvolvimento;
 A atenção à criança e ao adolescente deve ser integral, ou seja, compreende os aspectos físico,
mental, cultural, espiritual, etc;
 É dever não só da família, mas da família, do Estado e da Sociedade garantir todos os direitos das
crianças e adolescentes, protegendo-os de qualquer forma de sofrimento e discriminação.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

“O Estatuto dá a criança e ao adolescente um novo


espaço jurídico de objeto, o menor de 18 anos
passa a sujeito, mesmo se ele é ainda um ser em
fase de desenvolvimento, sujeito de direitos
humanos e sociais.”

Detentor de novos direitos (...) encontra na Lei novas formas de


proteção.

A criança e o adolescente
têm o direito de ser
educados e cuidados sem
o uso de castigo físico ou
de tratamento cruel ou
degradante, como formas
de correção, disciplina,
educação ou qualquer
outro pretexto, pelos pais,
Art. 5º Nenhuma criança ou
pelos integrantes da
adolescente será objeto de
família ampliada, pelos
qualquer forma de negligência,
responsáveis, pelos
discriminação, exploração,
agentes públicos
violência, crueldade e
executores de medidas
opressão, punido na forma da
socioeducativas ou por
lei qualquer atentado, por ação
qualquer pessoa
ou omissão, aos seus direitos
encarregada de cuidar
fundamentais.
deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los

Art. 13 Os casos de suspeita


ou confirmação de castigo
físico, de tratamento cruel ou
degradante e de maus-tratos
contra criança ou adolescente
serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho
Tutelar da respectiva
localidade, sem prejuízo de
outras providências legais.

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Denunciar ?
Porquê?

Porque é lei.
LEI 8069/90 de 13/07/1990 - ECA
Art. 245 Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino
fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade de atendimento o exercício dos direitos
constantes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

LEI 13046/14 de 01/12 /2014


Altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e
dá outras providências”, para obrigar entidades a terem, em seus quadros, pessoal capacitado para
reconhecer e reportar maus-tratos de crianças e adolescentes.
Art. 1o A Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:
“Art. 70-B.  As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas a que se refere o art. 71, dentre outras,
devem contar, em seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes.
Parágrafo único.  São igualmente responsáveis pela comunicação de que trata este artigo, as pessoas
encarregadas, por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou ocupação, do cuidado,
assistência ou guarda de crianças e adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado
retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.”
“Art. 94-A.  As entidades, públicas ou privadas, que abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes,
ainda que em caráter temporário, devem ter, em seus quadros, profissionais capacitados a reconhecer e
reportar ao Conselho Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos.”
“Art. 136.  .....................................................................
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento
para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.” (NR)
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REDE DE GARANTIA DE DIREITOS E PROTEÇÃO

LEI 13431/17 - LEI DA ESCUTA PROTEGIDA

Passou a vigorar em 5 de abril de 2018


estabelece o sistema de garantia de direitos da
criança e do adolescente vítima ou testemunha
de violência.

Além disso, alterou a Lei n° 8.069, de 13 de


julho de 1990 (ECA), e é fundamental que
profissionais especializados, como por
exemplo, o assistente social estejam aptos
A proceder com a escuta especializada e
o depoimento especial.

LEI Nº 13.431, DE 4 DE ABRIL DE 2017.

Estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de


violência e altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
 Formas de violência: física, psicológica, sexual e institucional;
 Escuta especializada e depoimento especial;
 Políticas de atendimento
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ESCUTA ESPECIALIZADA X ESCUTA ESPECIAL
o
Art. 7   Escuta especializada é o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança ou
adolescente perante órgão da rede de proteção, limitado o relato estritamente ao necessário para o
cumprimento de sua finalidade. 
Art. 8o  Depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha
de violência perante autoridade policial ou judiciária. 

PARA NOSSA REFLEXÃO


 Criança deixada em segundo plano, pois é priorizada a punição do agressor;
 Papel do assistente social e do psicólogo é de escuta e não de inquiridor;
 Revitimização da criança;
 Cuidados na abordagem da criança, para não induzir a sua fala;
 O tempo do processo judicial é muito longo e, muitas vezes a criança não recorda com detalhes o
episódio violento  RETRATAÇÃO;
 Proposta : Os relatórios dos profissionais sejam considerados, sem a exigência de que a criança
tenha que relatar novamente o ocorrido.

PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ATENDIMENTO PROTETIVO


1. Crianças e adolescentes são sujeitos de direitos;
2. Proteção integral: condição peculiar de desenvolvimento;
3. Interesse superior;
4. Prioridade absoluta
5. Intervenção precoce, mínima e urgente;
6. Participação / direito de ser ouvido;
7. Não discriminação;
8. Dignidade,
9. Acesso a justiça.

20
Procedimentos da Rede de Proteção de Jundiaí

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Cabreúva
Conselho Tutelar - Ademir Santos, nº 105 - Jardim Colina. 
Telefone: (11) 4529-4408 
Plantão: (11) 99649-6726. 
E-mail: conselhotutelarcabreuva@outlook.com

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O que compete a quem na :

Igreja
Educação
Saúde
Assistência Social
Conselho Tutelar
Segurança Pública
Sistema Judiciário

IGREJA
 Acolher a criança ou adolescente, escutando-o sem interrupções, com um mínimo de
questionamentos;
 Informar a criança ou adolescente sobre o dever e os procedimentos da notificação ao pastor, aos
pais ou a autoridade;
 Acompanhar a frequência na igreja
 Identificação de sinais de violência e/ou de revelação de situações de violência contra crianças e
adolescentes;
NÃO SE ESQUEÇA VOCÊ FOI ESCOLHIDO PARA SER O ADULTO DE CONFIANÇA, NÃO
DESEMPARE ESSA VÍTIMA.
EDUCAÇÃO
 Identificação de sinais de violência e/ou de revelação de situações de violência contra crianças e
adolescentes;
 Acolher a criança ou adolescente, escutando-o sem interrupções, com um mínimo de
questionamentos;
 Informar a criança ou adolescente sobre o dever e os procedimentos da notificação às autoridades;
 Informar sobre o fluxo de atendimento dos casos de violência existente no município,
 Acompanhar a frequência escolar

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SAÚDE
o Acolhimento;
o Atendimento;
o Notificação,
o Seguimento na Rede.
A notificação compulsória tem por objetivo produzir evidências epidemiológicas subsidiando o
planejamento, o monitoramento, a avaliação e execução de políticas públicas integradas e Inter setoriais.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
 Encaminhamento da vítima para o serviço especializado do território ou para o profissional de
referência da Proteção Social Especial no local, para que seja realizada a escuta especializada;
 O acompanhamento especializado compreende a realização de atendimentos continuados,
segundo as demandas e especificidades de cada situação;
 Visa o fortalecimento da função protetiva, enfrentamento da situação de violação / violência e
construção de novas possibilidades de interação familiares e com o contexto social.

CONSELHO TUTELAR
 Nos processos de averiguação da violência para a aplicação das medidas de proteção previstas no
artigo 101 ECA, os conselheiros tutelares devem se esforçar para buscar informações com os
membros da família e, apenas quando for necessário, ouvir a criança ou o adolescente;
 Os questionamentos devem se limitar ao necessário para a aplicação da medida protetiva,
deixando a oitiva sobre os fatos ocorridos para as autoridades competentes que conduzirão a
investigação e o processo judicial.
SEGURANÇA PÚBLICA
 Realiza tanto a escuta especializada, como depoimento especializado.
 Escuta especializada – forças policiais ostensivas
 Depoimento especial – forças investigativas
 O depoimento da criança ou adolescente deve ser concebido como último recurso, somente nos
casos em que a materialidade necessite ser comprovada pelo método testemunhal.
 As questões deverão ser objetivas e não individuais, reconhecendo-se sinais de violência não
declarada,
 Sempre que possível, deverá ouvir a pessoa a quem a criança ou adolescente fez a revelação, bem
como valer-se de registros anteriores sobre a ocorrência.
SISTEMA DE JUSTIÇA
 Observância dos ritos e procedimentos estabelecidos no direito processual brasileiro
 Priorização para produção antecipada de provas, garantia de consulta a advogado ou defensor e
audiências ao ritmo e capacidade de atenção a criança..
IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO EM REDE
O MAIS IMPORTANTE
 A criança ou adolescente nunc deve ser colocado em uma posição de objeto.
 É ela quem decide com quem, onde e o que vai falar. E se vai falar....
 A criança ou adolescente nunca deverá ser imposta a falar.
 Inserir as famílias na rede de proteção
 Romper com o ciclo da violência / silêncio
 Garantir um olhar para a família,
 Cuidado aos envolvidos
 A criança ou adolescente nunca deverá ser imposta a falar.
 Inserir as famílias na rede de proteção
 Romper com o ciclo da violência / silêncio
 Garantir um olhar para a família,
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 Cuidado aos envolvidos
REFLEXÃO
 Você foi escolhido pela criança para ser o adulto de confiança.
 Proteja, cuida e ajuda, ela confiou em você e viu uma saída para essa situação que sozinha ela não
conseguirá sair e as consequências são as piores, pois elas se veem no fundo do poço e no
escuro.
 Faça a sua parte e não seja curioso

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PERDÃO
A CURA DA ALMA

Com os olhos de Cristo devemos ver o agressor como um espírito vivo,


não um inimigo, não como um desafio no caminho da vida, não como um
obstáculo para o paraíso.

34
Cinco verdades sobre o perdão

Texto: Mateus 6:14-15 
Introdução:

 O perdão é um princípio fundamental para a vida cristã; uma das coisas que mantém muitos em
cativeiro hoje. 
 A maioria está muito bem com o princípio do perdão, mas nunca realmente executam o seu pleno
significado em sua vida. 
 A falta de perdão na vida de uma pessoa é uma escravidão destrutiva que causa contenda,
divisão, depressão, opressão, doença, divorcio e até mesmo condenação.

Definição de Perdão: 
Conceder indulto gratuito ou remissão de qualquer ofensa ou dívida; desistir de toda reivindicação.
A palavra grega traduzida como "perdoar" significa literalmente cancelar ou remir.
Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação.

1. O perdão é uma ordem não uma sugestão. Mateus 6:14-15

 Isto é fato depois que o Senhor ensinou Seus discípulos a orar. 


 Este é um princípio espiritual 
 Deus não quer falar conosco até que reconciliemos nossas diferenças com o outro. (Mateus 5:24) 
 Prov. 19:11 “O entendimento do homem retém a sua ira; e sua glória é passar sobre a
transgressão” 
 Prov. 24:29 "Não digas: Como ele me fez a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo
a sua obra" 
 Colossenses 3:12-13 “Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos
outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos
perdoou, assim fazei vós também”

2. Não há limite para o perdão. Mateus 18:21-22

 Jesus não disse para perdoar 490 vezes e parar, é ilimitado. 


 Quantas vezes você quer ser perdoado? 
 1 Coríntios 13:5 - O amor não guarda rancor. 
 1 Pedro 4:8 - O amor cobre uma multidão de pecados. 
 Devemos aprender a perdoar como Deus perdoa. 
 Salmo 103:12 “Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas
transgressões”.

3. A falta de perdão nos mantém em cativeiro. Mateus 18:23-35

 Impede o perdão do Pai. 


 Fomos perdoados de uma dívida que nunca poderíamos pagar, qualquer dívida para nós é
minúscula em comparação ao que recebemos. 
 Ele foi entregue aos torturadores. V.34 - A falta de perdão abre a porta para doenças físicas e
mentais e fortalezas demoníacas. 
 Pode limitar ou até mesmo bloquear as bênçãos em nossa vida. 
 Podemos bloquear nosso próprio perdão. Mateus 6:14-15 - Se não perdoamos, não podemos ser
perdoados. 
 Provérbios 28:13 “Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas o que as
confessa e deixa alcançará misericórdia” 
35
 A falta de perdão é um pecado que bloqueia a prosperidade. 
 Nos deixa amargos e os nossos corações endurecidos. 
 Hebreus 12:15 “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz
de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”

4. O perdão é um ato volitivo.

 Não um sentimento, mas uma decisão. 


 É contínuo (passado, presente e futuro). 
 É do espírito - e não a carne, não a alma. 
 Você deve ser capaz de ver o seu agressor como um espírito vivo, não um inimigo, não como um
desafio no caminho da vida, não como um obstáculo no seu caminho para o paraíso.

5. A conciliação é sempre a resposta.

 Não podemos permitir quaisquer áreas de falta de perdão em nossa vida. 


 Devemos manter nossa consciência limpa e manter-nos em comunhão com os demais. 
 Não insistir na falta de perdão 
 Ordena a sua alma para estar sujeita ao seu espírito. 

Conclusão:

 Romanos 12.14-18 

14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. 


15 Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; 
16 Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais
sábios em vós mesmos; 
17 A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens. 
18 Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. 

"Sempre perdoe seus agressores - nada os aborrece mais"

36
CURA INTERIOR

A importância do perdão no processo de cura interior

O Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não
poderemos receber aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça
Muitas vezes, a cura de uma raiva, de um medo, de uma ansiedade, de um sentimento de solidão, tristeza
ou culpa, além de tudo o que constitui o nosso desequilíbrio emocional e psíquico, depende de perdão.
a) Perdoar a mim mesmo.
É a coisa mais difícil! É mais fácil perdoar os outros. Perdoar a nós mesmos pelas nossas faltas, pelos
nossos limites, pelos pecados que cometemos e por tantas outras coisas. Temos de aceitar nossos limites
e fraquezas, nos aceitarmos como somos, mesmo que não nos aprovemos.
Quando digo aceitar, não quer dizer não fazer nada para melhorar, pois isso é uma estagnação que não
podemos permitir. Mas temos que aceitar a realidade das coisas e tentar melhorar, como fez São Paulo:
“Sou aquele que sou, vejo o bem, aprovo-o e me acho a fazer o mal” (cf. Romanos 7,15-23).
Este sou eu. Certamente, esforço-me para ir em frente, mas a realidade é essa. Muitas vezes, o Senhor
nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber
aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça.
Atenção! Estou me referindo a uma coisa muito importante e digo isso, antes de tudo, para nós,
sacerdotes; em seguida, para aqueles que nós devemos curar, porque estão na nossa pastoral:
– Deus nos ama não porque somos santos, e o nosso pecado não diminui o amor que Deus tem por nós;
– Deus não ama mais o santo que o pecador;
– Deus ama o homem tanto quanto um Deus pode amar a sua criatura;
– É o homem que recebe ou recusa esse amor!
Peguemos um exemplo: se estamos em um quarto, e fora existe sol, estando no interior do quarto, nós não
o vemos. Temos luz elétrica, mas toda a estrutura do quarto está bloqueando a entrada do sol para nos
oferecer luz e calor. Não é que o sol se retirou, ele continua lá no seu lugar. Se destruirmos essa estrutura,
automaticamente o sol entrará, iluminará e aquecerá o ambiente.
Quando o filho pródigo sai da casa do pai, o amor deste permanece igual para esse filho; de fato, o pai
está sempre lá para esperar a sua volta.
O perdão por parte do pai já está concedido, mas não pode chegar até o filho, porque este ainda não
disse: “Levantar-me-ei e irei a meu pai (Lucas 15,18). Portanto, o bloqueio é do lado do homem e não do
lado de Deus. Quando falamos “Senhor, perdoe-me!”, estamos demolindo o bloqueio. Deus já nos
perdoou. Pecadores ou santos, somos filhos d’Ele. Portanto, receber o amor depende de nos abrirmos
àquele amor que já está presente em nós, como aquele sol que já está presente fora do ambiente fechado.

b) Perdoar a Deus.
Esta expressão deve ser bem entendida: Ele não tem necessidade de ser perdoado, não foi Deus que fez
alguma coisa que necessitasse de perdão. Mas olhando para nós, de pequeno que somos, vendo Deus
permitindo que sejamos maltratados ou não nos escutando, deixando-nos sozinhos nesse sofrimento, é
gerada em nós uma raiva de Deus. Nesse caso, é bom ir diante do Senhor e dizer a Ele: “Está bem,
Senhor, eu não O entendo! Somente sei que estou ferido, mas quero perdoá-Lo!”. Da nossa parte existe
essa necessidade de perdoar a Deus, como aos outros e a nós mesmos.

CURA DA ALMA

Cura da Alma: 3 Etapas da Cura e Libertação


A cura da alma é um processo que exige a intervenção de Deus. A sua palavra santa e poderosa assume
papel fundamental no processo de cura interior, no processo de cura e libertação.
Isto acontece porque somos feitura de Deus, ou seja, fomos criados por ele. Sua palavra nos torna vivos.
Daí a importância de sua aplicação em nosso dia-a-dia, em nossa vida.
37
Com isso neste estudo bíblico veremos:
 Quais as causas das feridas da alma;
 O processo de cura e libertação;
 Cura da alma através do perdão.

Cura da Alma – Feridas da Alma

“É ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças.”
Salmos 103.3

As feridas da alma são causadas por traumas psicológicos. Normalmente essas feridas são consequência
do modo como a pessoa foi educada pelos pais, estilo de vida, meio social e cultural.
Todos esses ambientes interferem diretamente em nossa persona, ou seja, em nosso eu interior. Qualquer
lesão psicológica em uma dessas áreas pode desencadear feridas profundas na alma.

Alguns exemplos de doenças causada por feridas da alma:


 Transtorno Obsessivo Compulsivo
 Transtorno Bipolar
 Transtorno de ansiedade social
 Anorexia
 Depressão clínica
 Esquizofrenia
 Transtorno Dismórfico Corporal (TDC)
 Transtorno da Personalidade Borderline
 Estresse pós-traumático
 Depressão pós-parto
Fonte: Lagartense
O processo de cura da alma ferida começa com um relacionamento profundo com Deus, por parte da
pessoa que precisa de cura interior e por parte das pessoas que desejam ajuda-la.
Já vimos no estudo sobre cura divina que o Senhor é poderoso para curar qualquer doença, seja ela física
ou na alma. Portanto, sejamos confiantes no amor e cuidado do nosso Deus, ele quer sarar a alma doente.

Cura da Alma – Cura e Libertação

”Quando se aproximaram de jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava
assentado aos pés de jesus, vestido e em perfeito juízo, e ficaram com medo. Os que o tinham visto
contaram ao povo como o endemoninhado fora curado.”
Lucas 8.35,36

O exemplo do gadareno é um referencial poderoso de cura da alma e libertação. Vivia tão oprimido que a
convivência com ele já era impossível. As feridas da alma o deixaram agressivo. Ele causava pânico nas
pessoas, de tal maneira que destruía correntes e vivia nos sepulcros.
No entanto, o poder da palavra do Senhor Jesus foi suficiente para promover cura e libertação em sua
alma. A cura interior promovida pela poderosa palavra de Deus é conclusiva. As pessoas que o viram após
a cura e a libertação encontraram uma pessoa totalmente diferente:
“Quando se aproximaram de Jesus, viram que o homem de quem haviam saído os demônios estava
assentado aos pés de Jesus, vestido e em perfeito juízo…”
Deus é bom!
O desejo de Deus é promover a cura da alma ferida pela manifestação do seu poder, de sua bondade e de
sua misericórdia.

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Cura da Alma Através do Perdão

“Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão
perdoados”.
João 20.23

Diversas pessoas estão precisando de cura interior por não conseguirem liberar perdão. É determinante
que entendamos o conceito de perdão na Bíblia para ver quais os passos que devemos dar em busca da
cura da alma através do perdão.
 Não é opcional (João 20. 23)
 Só seremos perdoados se perdoarmos (João 20.23; Mateus 18.31 – 35)
 Enquanto retiver o perdão sofreremos (Salmos 32.3; Salmos 39.2)
Reter o perdão é prolongar o sofrimento. William Shakespeare já disse: “Guardar ressentimento é como
tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra. ”
Então se esse é o seu problema, clame a Deus, ele ouve o clamor do necessitado, Ele é bom e deseja
ouvir sua oração.

Conclusão
As feridas da alma não podem ser ignoradas. Elas causam diversos problemas emocionais e físicos. Ou
seja, é algo que precisa ser tratado com urgência.
A cura da alma deve ser uma prioridade, quando os sintomas surgirem coloque tudo em segundo lugar e
busque diligentemente ao Senhor até que a sua cura venha. O desejo de Deus é nos ver bem e saudáveis.
Deus continue abençoando grandemente cada um.
Prof. Lázaro Ferro

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Realização e Coordenação
Diácono Lázaro Ferro
Formado em Teologia pela Escola Educação Teológica Pr. Eliseu Queiroz de Souza
Graduado em Gestão e Liderança
MBA em Gestão de Pessoas (Liderança) na Faculdade Getúlio Vargas.
Líder de Adolescentes na igreja AD Jundiaí - Sede
Responsável pela área Espiritual

Andréa Ferro
Formada em Teologia na Escola de Ensino Teológico das Assembleias de Deus
Graduada em Pedagogia, Pós-graduada em Neuropsicopedagogia
Especialização no Combate a Violência e ao Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes na
Universidade Metodista.
Líder de Adolescentes na igreja AD Jundiaí – Sede
Designer de visuais bíblicos
Responsável pela área Pedagógica /Lúdica

Membros da Assembleia de Deus em Jundiaí


Ministério Belém
Pastor Esequias Soares

Realização: Apoio:

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