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EMBRIOLOGIA

→FASES DA FECUNDAÇÃO

#Introdução

 Zigoto = ovócito fecundado. Unicelular = oótide.


 Quando há mais de uma célula, cada célula é um blastômero.
 Mórula = mais de 12 blastômeros (estágio de compactação).
 Os blastômeros começam a liberar um liquido extracelular formando o blastocisto. A
nidação ocorre com o blastocisto tardio.
 Neurulação = especialização do neuroectoderma que começa a formar o sistema
nervoso (primeiro sistema a ser produzido, porém não é o primeiro a se formar
completamente, o primeiro é o sistema cardiovascular).
 Embrião = 3° até a 9° semana.
 Feto = 9° até a 38° semana.
 Concepto = embrião e seus anexos (se pari o concepto e não só o feto).
 Quando se nasce é neonato ou recém-nascido.

#Percurso do espermatozoide

 Produzido na luz dos túbulos seminíferos → túbulos retos → rede testicular → ducto
eferente → ductos do epidídimo → ductos deferentes + ducto da vesícula seminal =
ducto ejaculatório → uretra prostática → uretra membranosa → uretra esponjosa ou
peniana → óstio interno da uretra masculina → óstio externo da uretra masculina →
óstio externo da uretra feminina → canal vaginal → óstio externo do útero → colo
uterino → óstio interno do útero → cavidade uterina → óstio interno da tuba uterina
→ parte intramural da tuba uterina → istmo da tuba uterina → ampola da tuba
uterina (onde ocorre a fecundação).

#Percurso do ovócito

 Ovário → cavidade peritoneal → óstio externo da tuba uterina → infundíbulo da tuba


uterina → ampola da tuba uterina.

#Capacitação dos espermatozoides

 Ocorre no útero ou na tuba uterina.


 Permite que ocorra a reação acrossômica.

→FECUNDAÇÃO EM SI

 Passagem pela corona radiata: hialuronidase.


 Passagem pela zona pelúcida: acrosina e neuramidase.
 Fusão das membranas plasmáticas e penetração do espermatozoide.
 Reação sazonal: alteração na zona pelúcida (finalização da meiose II), evita a
fecundação de um ovulo por mais de um espermatozoide.
 Formação dos pró-núcleos masculino e feminino.
 Fusão dos pró-núcleos = formação do zigoto.-> fertilização

#Clivagem do zigoto
 Dia 1: formação do zigoto (quando é unicelular é chamado de oótide) e aumento do
número de blastômeros.
 Dia 2 e 3: compactação e formação da mórula (mais de 12 blastômeros).
 Dia 4: formação do blastocisto (trofoblasto + embrioblasto + cavidade blastocística).

OBS.: trofoblasto irá formar a porção embrionária da placenta; embrioblasto irá formar o
embrião propriamente dito.

 Dia 5: degeneração da zona pelúcida (permite que o embrião cresça) → blastocisto


tardio.

OBS.: oótide, mórula e blastocisto inicial possuem o mesmo tamanho devido a presença da
zona pelúcida.

#Implantação

 Dia 6: aderência do blastocisto ao epitélio endometrial e divisão do trofoblasto em


sincíciotrofoblasto e citotrofoblasto.
 Dia 7: formação do hipoblasto (dá origem às estruturas extraembrionárias).
 Dia 8: formação do epiblasto. Epiblasto irá formar os 3 folhetos embrionários, âmnio e
mesoderma extraembrionário. O hipoblasto irá formar o saco vitelino.

OBS.: disco bilaminar = hipoblasto + epiblasto.

#Segunda semana

 Dia 9: o sincíciotrofoblasto adentra mais na zona esponjosa do endométrio e há a


formação do embriotrofo (aprisionamento do sangue materno).
 Dias 10 a 12: fim da implantação (tampão) e formação das redes lacunares do sincício;
formação da cavidade amniótica; formação das células da descídua (barreira
imunológica); produção de HCG pelo sincício (mantém o alto nível de progesterona e
o corpo lúteo vira gravídico); a placa pré-cordal surge no hipoblasto para indicar o
futuro local da boca e onde se localizará a cabeça;

→DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

#Terceira semana

 Dia 15: ausência da menstruação.


 Ocorre a gastrulação: início da morfogênese, formação das 3 camadas germinativas
(diferenciação dos tecidos a partir do epiblasto), linha primitiva, notocorda e tubo
neural.
 Linha primitiva: primeiro sinal da gastrulação. Forma-se nela o nó primitivo, sulco
primitivo e a fosseta primitiva. Assim que a linha surge é possível identifica o eixo
céfalo-caudal, superfícies dorsal e ventral e lados direito e esquerdo.
 Mesênquima: formado por células da linha primitiva. Parte do mesênquima forma o
mesoblasto que dará origem ao mesoderma embrionário.
 Linha primitiva → processo notocordal → canal notocordal → atinge a placa pré-cordal
→ membrana bucofaríngea (ectoderma + mesoderma em contato, assim como na
membrana cloacal).
 Inicia-se o desenvolvimento do sistema cardiovascular.
 Formação do mesoderma cardiogênico ao redor da placa pré-cordal.
 Notocorda: eixo primitivo do embrião em torno do qual se forma o esqueleto axial.
Notocorda → placa neural → tubo neural (primórdio do encéfalo).
 Células neuroectodérmicas: formam a crista neural.
 Somitos: surgem a partir do mesoderma paraxial e auxiliam na formação da coluna,
músculo, esqueleto, organização do SNP além de serem usados para determinar a
idade do embrião. Quantos mais somitos, mais “velho” o embrião.
 Divisão do mesoderma em: mesoderma paraxial, intermediário e lateral. O
mesoderma lateral e intermediário se abre, e a partir dessa cavitação formam-se os 3
celomas embrionários (cavidade pericárdica, pleural e peritoneal).
 Neurulação: o ectoderma inicia o desenvolvimento do sistema nervoso.
 O neuroectoderma irá formar o tubo neural (dará origem ao SNC) e as crista neural
(dará origem ao SNP).
 Vasos: primeiro surgem no saco vitelino, alantoide e córion para depois surgir no
embrião.
 Coração: par de tubos cardíacos fundidos = coração tubular.
 Formação do septo transverso (primórdio do diafragma).
 Angiogênese e hematogênese.

OBS.: o fluxo de sangue se inicia na 4ª semana.

 Formação da hipófise, pineal e tireoide.

-Quarta até oitava semana (organogênese)

 Marcadas pelo crescimento, morfogênese e diferenciação.


 Todos os principais órgãos e sistemas começarão a se desenvolver (exceto o sistema
cardiovascular que já está funcionando).

#Quarta semana

 Dias 22 e 23: formação do 1° e 2° arcos faríngeos, batimentos cardíacos e tubo neural.


 Dias 26 e 27: formação do 3° arco faríngeo, fechamento do neuróporo rostral,
surgimento dos brotos dos MMSS e saliência cardíaca. Ruptura da membrana
bucofaríngea.
 Dias 28 a 30: embrião curvado em “C”, fechamento do neuróporo caudal, formação do
4° arco faríngeo, surgimento dos brotos do MMII e cauda longa.
 Formação da face (começa na 4ª termina na 8ª).
 Formação dos olhos e orelhas (4ª semana).
 Formação do sistema respiratório (começa na 4ª semana termina com 8 anos).
 Formação do intestino primitivo.
 Formação dos rins primitivos (começa na 4ª até a 5ª).
 Formação das células germinativas primordiais (espermatogônias e ovogônias).
 Septação do coração (começa na 4ª termina na 8ª).
 Formação do esqueleto (começa na 4ª semana termina com 8 anos).
 Formação da pele (começa na 4ª termina na 21ª).

#Quinta semana

 Aumento da região cefálica voltada para a saliência cardíaca.


 Formação das gônadas, fígado e vias biliares, baço, ductos genitais, septação do bulbo
cardíaco e tronco arterial. Formação do sistema muscular.
#Sexta semana

 O embrião possui respostas reflexas ao toque e movimentos espontâneos.


 O intestino penetra o celoma extraembrionário formando uma herniação.
 Formação da paratireoide, timo, suprarrenais e glândulas salivares. No menino começa
a secreção do hormônio anti-muleriano.
 Surgimento dos raios digitais, cabeça maior que o tronco e saliência cardíaca grande.

#Sétima semana

 Anteriorização dos MMSS e MMII, formação da hérnia umbilical, do pedículo vitelino e


início da genitália externa. Divisão da cloaca em região anal e genital, diferenciação
gonadal e osteogênese.

#Oitava semana

 Diferenciação regional dos MMII e desaparecimento da cauda.


 Aspecto humano.

→DESENVOLVIMENTO FETAL

 O embrião já pode ser chamado de feto, já que se tornou um ser humano reconhecível
e já possui todos os principais sistemas formado. O desenvolvimento agora está mais
relacionado ao crescimento do corpo que ocorre rapidamente

#Nona até a décima segunda semana

 Regressão da hérnia umbilical.


 Diferenciação da genitália externa.
 Transferência dos excretas do feto para a mãe via placenta.
 Formação da urina.
 Secreção de insulina pelo pâncreas.
 Impressões digitais.

#Décima terceira até a décima sexta semana

 Movimentos detectáveis por ultrassom, mas não pela mãe.


 Diminuição do tamanho da cabeça e harmonização da face.

#Décima sétima até a vigésima semana

 Formação da genitália interna.


 Descida dos testículos para a bolsa escrotal.
 Desenvolvimento final dos MMII e MMSS.
 Percepção dos movimentos fetais pela mãe.
 Mielinização do SN.
 Início da formação dos sulcos e giros do telencéfalo.

#Vigésima primeira até a vigésima quinta semana

 Produção de surfactante e desenvolvimento dos alvéolos para hematose.


 Aumento de peso, pouca gordura.
OBS.: o bebê já pode nascer e sobreviver (sem recursos de uma uti neonatal) a partir da 26ª a
29ª semana, devido a produção de surfactante que mantém os alvéolos abertos.

#Vigésima sexta até a vigésima nona semana

 Maior desenvolvimento do sistema respiratório.


 Maturação dos centros nervosos da respiração e temperatura.
 Presença de gordura subcutânea (mais ou menos 3,5% do peso corporal).

#Trigésima até trigésima quarta semana

 Aumento da quantidade de gordura (mais ou menos 8% do peso corporal).


 MMSS e MMII roliços e com dobras.
 Posicionamento dos rins no nível lombar.

#Trigésima quinta até trigésima oitava semana

 Circunferência abdominal maior que a cefálica.


 Aumento da quantidade de gordura (mais ou menos 16% do peso corporal).
 Amadurecimento do sistema nervoso.

→PARTO

1ª fase: dilatação (ação da prostaglandina):

 Amolecimento e dilatação do colo uterino.


 Ruptura do saco amino coriônico.

2ª fase: expulsão (ação da ocitocina):

 Dilatação total do colo uterino.


 Expulsão do feto.

3ª fase: placentária (ação da ocitocina):

 Expulsão da secundina (placenta).

4ª fase: recuperação

 Final da involução uterina (dura de 4 a 5 semanas).

→ANEXOS EMBRIONÁRIOS

#Placenta

 Parte fetal: deriva do saco coriônico (córion viloso).


 Parte materna: deriva do endométrio (decídua basal).
 Decídua: camada funcional (gravídica) do endométrio que se destaca do útero após o
parto. Se divide em decídua basal (abaixo do concepto e forma a parte materna da
placenta), decídua capsular (parte superficial da decídua que cobre o concepto) e
decídua parietal (todo o resto da decídua). O aumento da progesterona leva ao
aumento das células deciduais. Funções: controla o crescimento desordenado do
sinciciotrofoblasto e auxilia na nutrição.

Desenvolvimento da placenta:
 3ª semana: anatomia pronta para trocas fisiológicas.
 4ª semana: rede vascular completa;
 8ª semana: vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriônico, o saco coriônico
cresce comprimindo toda a decídua capsular formando o córion liso (avascular) e as
vilosidades associadas a decídua basal se proliferam formando o córion viloso
(componente fetal da placenta).
 20ª semana: placenta bem desenvolvida, começa a produzir progesterona. A decídua
capsular se funde com a parietal e depois se degenera.
 Espaço interviloso: origina-se das lacunas do sincício e é onde circula o sangue
materno.
 Membrana amniocoriônica: decíduas + âmnio + córion liso.
 Circulação placentária fetal: sangue rico em oxigênio (veia umbilical) → embrião →
sangue pobre em oxigênio (artérias umbilicais) → mãe.
 Normalmente o sangue materno não se mistura ao sangue fetal.

Anormalidades da placenta:

 Placenta acreta: placenta que encosta no miométrio.


 Placenta percreta: placenta que penetra no miométrio.
 Placenta prévia: placenta que se posiciona na abertura da vagina.

#Cordão umbilical

 3 vasos: duas artérias e uma veia.


 Se for muito longo causa hipóxia.
 Se for muito curto causa separação previa da placenta da parede do útero.

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