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No sistema nervoso simpático não tem somente a noradrenalina como o hormônio liberado no
órgão efetor (coração, olho, fígado, etc). Podem liberar acetilcolina (glândulas sudoríparas) e
dopamina (musculo liso no rim).
A medula da adrenal, além de secretar adrenalina (80%) e noradrenalina (20%) secreta também
dopamina, beta-endorfina (atividade protetora e analgésica - indivíduo não sente dor em
situações de estresse – malhação, brigas - quando é liberada juntamente com os outros hormônios.
Indivíduos ficam “dependentes” de umas substâncias endógenas).
Noradrenalina adrenérgica é armazenada em vesículas, para que seja protegido das enzimas MAO e
a COMT. É sintetizada pelo transporte ativo de tirosina, que sofre ação da enzima tirosina-
hidroxilase formando DOPA. A dopa-descarboxilase transforma-a em dopamina e esta é captada
para o interior da vesícula por um transferidor chamado DAT, acumulando a dopamina dentro da
vesícula, onde ela encontra uma terceira enzima chamada dopamina-beta-hidroxilase, que
transforma dopamina em noradrenalina, a qual é armazenada.
Dependendo da presença ou não da enzima dopamina-beta-hidroxilase, tem-se neurônios que
liberam dopamina e outros que liberam noradrenalina.
A noradrenalina liberada pode seguir vários caminhos: (1) ligar ao seu receptor específico – alfa e
beta; ou (2) ser recaptada e metabolizada pela enzima COMT e MAO
A ligação do agonista do receptor alfa1 (proteína Gq) leva a ativação da fosfolipase C. Mobiliza o
DAG e o IP3, este é importante para a mobilização do cálcio armazenado no retículo. O cálcio
liberado fica na forma livre no citosol e ativa a proteína cinase dependente de cálcio, que vai
fosforilar a cadeia leve da miosina, formando o complexo actina-miosina levando o aumento da
contração do musculo.
Os agonistas beta estimulam proteínas excitatórias que ativam a adenilil-ciclase levando ao aumento
da concentração de AMPc. Este atua na proteína cinase A (PKA), que tem 4 subunidades (R2C2),
se ligando em suas subunidades regulatórias (R2) e permite que as subunidades efetoras ajam (C2)
que fosforila várias enzimas, as quais levam a efeitos biológicos finais → aumento da forca de
contração no coração e broncodilatação no pulmão (diminuição da hidrólise de fosfatidil inositol
(PI) → que leva a diminuição da concentração de cálcio eficaz livre no citosol, ativando a
bomba de potássio e diminuindo a fosforização da cadeia leve da miosina).
O receptor beta sempre se acopla a proteína G excitatória (Gs), embora receptores beta2 também
possam se ligar a proteína Gi. Em algumas situações, como no caso do coração, o receptor beta2
pode atuar no remodelamento cardíaco (insuficiência cardíaca). Esse remodelamento pode trazer
consequências graves, pois ele aumenta o gasto energético, que deveria ser acompanhado por uma
neoformação de feixes nervosos, o que não ocorre, predispondo para o aparecimento de arritmias de
foco ectópico na região remodelada, sendo a maior causa de morte súbita.
Os agonistas adrenérgicos beta2 tem uma ação não só metabotrópica, ligada a proteína G, como
também uma ação inotrópica interessante. isso ocorre devido a saída de potássio da célula por
meio de canais de potássio, levando a hiperpolarização. Isso afasta a célula do limiar de
excitabilidade do potencial de repouso, o que torna a célula menos excitável. Ao mesmo tempo
ocorre a diminuição da corrente de cálcio. Este é o mecanismo proposto no remodelamento
cardíaco.
RECEPTOR ALFA 1
1) alfa 1 a
Distribuição: coração, fígado, musculo liso, vasos sanguíneos, pulmões, ducto deferente, próstata,
cerebelo, córtex cerebral e hipocampo.
Efeitos dominantes do subtipo:
principal receptor a causar contração dos músculos lisos
promove o crescimento e a estruturação do coração
vasoconstrição das grandes arteríolas de resistência no musculo esquelético
2) alfa 1 b
Distribuição: rins, baço, pulmões, vasos sanguíneos, córtex cerebral e tronco cerebral.
Efeitos dominantes do subtipo:
é o subtipo mais abundante no coração
promove o crescimento e a estruturação do coração
3) alfa 1 d
RECEPTOR ALFA 2
1) alfa 2 a
2) alfa 2 b
Distribuição: fígado, rins, vasos sanguíneos, vasos coronários e do SNC, diencéfalo, pâncreas e
plaquetas.
Efeitos dominantes do subtipo:
principal receptor com papel de mediar a vasoconstricao.
3) alfa 2 c
Isopropilatenol: ativa preferencialmente receptor beta 1 e beta 2 → não existe agonista especifico,
somente há preferência maior por um receptor do que pelo outro.
Distribuição: coração, rins, adipócitos, músculo esquelético, núcleo olfatório, córtex, núcleo
cerebelares, tronco cerebral e medula espinal
Efeitos dominantes do subtipo: principal receptor na produção de efeitos inotrópicos e
cronotrópicos positivos no coração.
RECEPTOR BETA 2
Salbutamol – agonista beta2 → relaxamento do útero da grávida que está em abortamento precoce,
salvando a criança.
Distribuição: coração, pulmões, vasos sanguíneos, musculo liso brônquico e GI, rins, musculo
esquelético, bulbo olfatório, córtex piriforme, corte e hipocampo
Efeitos dominantes do subtipo:
principal receptor no relaxamento do musculo liso
hipertrofia do musculo esquelético
RECEPTOR BETA 3
Beta 3 - A lipólise acontece pela ativação de lipase, que hidrolisa triglicerídeo aumentando a
liberação de acido graxo livre e glicerol.
RECEPTORES DE DOPAMINA
1) Ação direta
Dentre essas aminas de ação direta, tem-se aminas especificas para alfa e para beta. Além disso,
existem aminas com tropismo especifico para determinado órgão (ex: ritodrina se concentra muito
pouco na musculatura do pulmão e do musculo esquelético, porém se concentra muito no musculo
liso uterino).
2) Ação indireta
Semelhantes a anfetamina:
ADRENALINA – EPINEFRINA
absorção:
lenta em tecidos subcutâneos
mais rápido após as vias intramuscular, nebulização e inalação
indicações:
asma brônquica – beta 2
broncoespasmo – beta 2
anafilaxia
parada cardíaca
com anestésicos locais – atua como vasoconstrição impedindo a absorção sistêmica do
anestésico e manter a atividade local.
O problema de ser usar a adrenalina juntamente com o anestésico (ex: lidocaína) é que
sistemicamente ela será absorvida, promovendo arritmia, aumento da PA, além da sua
contraindicação em anestesias em extremidades, pois pode levar a isquemia e necrose.
Adrenalina benéfica no choque anafilático: (1) promove broncoconstrição, (2) vasoconstrição e (3)
vasoconstrição reduzindo o edema de glote.
Infarto agudo do miocárdio com bradicardia – aumento da frequência pode se dar com um agonista
beta 1 ou um antagonista M2 (atropina). Utiliza-se a atropina para evitar a ação vasoconstritora do
agonista beta 1.
Promove a broncodilatação – ação beta 2 sob ação direta sob a musculatura lisa brônquica
→ adrenalina: hiperglicemia:
Usos terapêuticos:
broncoespasmo
glaucoma
choque anafilático
parada cardíaca
com anestésicos
efeitos adversos:
distúrbios no SNC: ansiedade, pânico, tensão, cefaleia, tremores
hemorragia: elevação acentuada da pressão arterial
arritmias cardíacas – (digital - medicamento)
edema pulmonar
NORADRENALINA
Vasoconstrição – intensa vasoconstrição na maioria dos leitos vasculares incluindo o rim (alfa1) →
aumento da resistência vascular periférica → aumento da pressão arterial sistólica e diastólica →
reflexo barorreceptor → bradicardia
ISOPROTERENOL (ISOPRENALINA)
Usos terapêuticos:
broncodilatador
estimulante cardíaco
DOPAMINA
Doses baixas →efeitos dopaminérgicos – dilatação dos leitos vasculares renais, mesentéricos,
coronários e intracerebrais.
Dose media → efeitos beta 1 (dose cardíaca) – melhora a contratilidade miocárdica, aumenta da
frequência SA e aumento da condução do impulso no coração.
Doses altas → efeitos alfa (dose pressórica) – vasoconstrição. PA e resistência vascular
aumentam. Pode aumentar a FC e a demanda de oxigênio a níveis indesejáveis.
Dose alta → aumenta a PA de um paciente chocado (vasoconstrição), mas como ela tem ação no
receptor dopaminérgico presente no rim e mesentério (D1 e D2) e cérebro promove vasodilatação
(protege os alvos que são alvos fáceis da isquemia).
Usos terapêuticos:
choque cardiogênico e séptico
insuficiência cardíaca congestiva refrataria crônica
Efeitos adversos:
superdosagem – atividade simpaticomimética excessiva→ dor anginosa, arritmias, náusea e
hipertensão (efeito de curta duração).
DOBUTAMINA
Agonista beta 1.
Substância amplamente utilizada.
Possui maior efeito inotrópico do que cronotrópico.
Também ativa receptor alfa 1.
Não atua sobre receptores dopaminérgicos.
Efeitos adversos:
aumenta a condução atrioventricular – deve ser utilizada com cautela na fibrilação atrial.
outros efeitos assemelham-se aos observados em outras catecolaminas