Em um belo dia de sol, você e seu sócio são procurados em seu escritório por um
cliente que informa desejar ajuizar uma reclamatória trabalhista, após narrar os seguintes acontecimentos:
“Em maio de 2012, recebi convite do Diretor de Recursos Humanos da
EMPRESA (Empresa Mineira de Resíduos Sólidos S/A) – sociedade de economia mista do Estado de Minas Gerais –, para deixar a iniciativa privada e assumir cargo de consultor ambiental, proposta prontamente aceita por mim.
À época em que recebi o convite, foi celebrado contrato de experiência, de
90 dias, ao final dos quais fui avaliado pelos superiores hierárquicos. Tendo obtido avaliação positiva, foi proferido parecer favorável à minha contratação em definitivo, o que ocorreu, segundo me disseram, pela simples continuação das minhas atividades. Achei estranho, pois imaginava que outro contrato deveria ser celebrado, mas não dei maior importância a isso naquele momento.
Desde o convite a mim feito, trabalho com tratamento do lixo que é
recolhido na capital. No início, contudo, atuava na função específica para a qual fui convidado: como dito, consultor ambiental. Mas logo que o Diretor de Recursos Humanos foi substituído, fui redirecionado para uma atividade que mais se aproxima de técnico ou analista ambiental, lidando diretamente com os resíduos sólidos. E durante todo o tempo em que trabalhei nessa função, o fiz juntamente com outros dois colegas, que sempre cumpriram o mesmo trabalho que eu, mas recebiam salários bem maiores – um ganhava 50% a mais, e o outro o dobro.
Em 2019, fui suplente da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes da empresa, atuando como representante dos empregados, tendo nosso mandato terminado em 29 de março deste ano de 2020.
Mas há três meses acabou ocorrendo o pior. Ao chegar para trabalhar, no
dia 8 de abril, fui barrado na portaria. O segurança veio até mim e me entregou um papel, no qual estava escrito que eu havia sido demitido e que a partir daquela data não precisava mais comparecer à empresa. Perplexo, fui embora. Só que nunca mais recebi qualquer contato de quem quer que seja, nem fui chamado para fazer meu acerto rescisório. As únicas coisas que me foram pagas foram os dias trabalhados em julho.
Diante de tudo o que aconteceu, venho procurá-los para reivindicar em
juízo aquilo que tenho direito a receber. Até porque me dediquei muito pela empresa, vesti a camisa de lá, mas vi que meu esforço não foi recompensado.” Observações:
a) Os dados não fornecidos (qualificações, endereços, CTPS, PIS,
CNPJ etc.) podem ser acrescentados pelo aluno, devendo utilizar dados ficcionais. Não deve usar números pessoais (use, por exemplo, “99999999”). Não utilize seu próprio endereço. Invente endereços fictícios.
b) Ao elaborar a petição inicial caberá ao aluno analisar os fatos
narrados e verificar que direitos devem ser postulados em prol da parte reclamante. Os pedidos deverão constar de elenco da petição inicial. Os pedidos deverão ser calculados e conter a indicação dos valores na petição inicial. O rito processual deverá ser adequado ao valor da causa, de acordo com os cálculos a serem elaborados.
c) Verifique todas as informações do manual do estudante de prática e
escreva o material complementarmente no Google Docs sem copiar e colar do Word e sem apagar após o peticionamento. Importante: os arquivos devem ser produzidos na pasta do escritório dedicada a disciplina e lá devem permanecer após o final do semestre.