Você está na página 1de 2

Eric Voegelin

 Cientista político austríaco, naturalizado nos Estado Unidos.


 Dedicou sua carreira a decifrar o aspecto patológico dos genocídios promovidos por Adolf
Hitler e a explicar como uma sociedade pode chegar a tais níveis de crueldade.
 Seu objetivo era imunizar os estudantes contra as forças intelectuais que possibilitaram a
subida de Hitler ao poder.
 Somente professando a verdade e resistindo à corrupção poderá a Alemanha tornar-se
uma nação verdadeiramente democrática.
 Não abrira o debate sobre a culpa coletiva dos alemães, mas sobre a responsabilidade dos
indivíduos que sabiam o que estava acontecendo e não fizeram nada.
 Odiava as ideologias sedentas de sangue, como o nacional-socialismo.
 “Eu tenho aversão ao morticínio de seres humanos por diversão. A diversão consiste em
conquistar uma pseudo-identidade com a afirmação do próprio poder, preferencialmente
matando alguém, e essa pseudo-identidade passa a substituir o ego humano
desorientado”.
 Os diversos “ismos” são posições que surgem a partir do século XVIII e representam a
“stasis” (desordem), em sentido aristotélico de pensamento.
 Passou a maior parte da vida alertando sobre o perigo dos “ismos” (nazismo, marxismo,
fascismo, positivismo) e da ideia de que o único conhecimento autêntico é aquele
baseado em evidências científicas.
 Preocupava-se sobretudo com os movimentos de massa que alimentavam os fanáticos a
acreditarem que a violência é justificável em nome da utopia.
 Continua sendo uma referência e inspiração para os conservadores.
 A estupidez descrita como uma “imanentização da escatologia”: a tentativa de criar o céu
na terra por meio da ação revolucionária.
 Demonstrou que a utopia é a promessa de todos os movimentos ideológicos, a exemplo
do comunismo. É a tentativa de reproduzir o céu na terra, como um substituto do conceito
cristão de salvação na eternidade: “agarre-se à utopia, mesmo que isso implique o
derramamento de sangue”.
 Explica a relação básica entre homem e religião, e como isso afeta a política.
 O Direito e as instituições são fundados no pensamento, na ação e no sentimento
humanos.
 Exortava os alunos a fazerem uma autocrítica a combaterem o mal a todo custo.
 Sua obsessão com a verdade.
 “Catástrofes políticas como o comunismo e o nacional-socialismo somente ocorrem
devido às condições espirituais das gerações anteriores”.
 Um dos maiores filósofos da consciência, cujas descobertas ajudam a política
contemporânea a entender melhor o terrorismo.
 Relaciona política e religião.
 Aborda o que acontece quando movimentos políticos transformam-se virtualmente em
religiões, mostrando que tais fanáticos estão dispostos a um sacrifício em nome da glória
da causa.
 Alerta sobre o poder ilimitado do ser humano para a autodestruição.
 Quando uma sociedade se proclama defensora dos direitos da humanidade e se arroga
no direito de purificá-la, já não se trata de uma ordem social, mas de uma desordem
profunda.
 A existência humana necessitava sobreviver ao “clima de opinião”, que levanta as cortinas
de ferro da alma. Essa cortina de ferro da alma impede as pessoas de questionarem os
erros de seus governantes.
 Considera Platão um filósofo e cientista, pois tentava alcançar o senso da realidade por
meio de evidências empíricas.
 Não se opunha à ciência. Ao contrário, definia-se como um cientista.
 Seu maior êxito é que sua obra “A Nova Ciência da Política” é mais do que uma análise dos
processos sociais. Trata-se de uma nova forma de ver o homem. Uma análise da herança
filosófica grega e cristã e sua influência sobre pensadores e líderes ao longo dos séculos.
 Embora não fosse um cristão praticante, Voegelin era um homem de fé. Fez estudos
criteriosos sobre a Bíblia.
 Questiona o verdadeiro uso da palavra “religião”: “Tenho sérias dúvidas sobre o uso da
palavra ‘religião’. Durante a maior parte da humanidade, ninguém soube que tinha
religião. Na Bíblia, por exemplo, essa palavra jamais aparece.”
 Escreveu a “História das Ideias Políticas” (30 volumes, 4.000 páginas).
 Ele partiu da concepção de ideias políticas como uma teoria abstrata que tem aplicação
nesta ou naquela sociedade para tentar perceber a experiência existencial por trás dos
símbolos dominantes em uma sociedade.
 Para tanto, ele rastreou os símbolos usados desde a Antiguidade.
 Recorrendo ao Mito da Caverna de Platão, Voegelin afirma que, como os governos se
assentam sobre símbolos compartilhados pela experiência coletiva, se há uma
interpretação deferente da realidade que sai do controle, então as instituições ameaçam
desabar.

Você também pode gostar