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PARTE AUTORA:
RÉU: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
OBJETO: AÇÃO RESCISÓRIA DO ACÓRDÃO PROFERIDO PELA (...) TURMA DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA (...) REGIÃO.
Relator:
Apelação Cível Nº (especificar).
I – DOS FATOS
Durante a sua vida laboral urbana, a parte autora celebrou os seguintes contratos
de trabalho anotados na sua Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, cuja cópia
integral segue inclusa.
PERÍODO
LOCAL DE TRABALHO FUNÇÃO ENTRADA SAÍDA
(descrever)
(descrever)
1. OBJETO DA RESCISÓRIA
A presente ação tem como objeto rescindir a sentença, prolatada pelo Juiz Federal
da Vara (especificar) da Subseção Judiciária de (cidade), Seção Judiciária do Estado de
(especificar) no processo (autos nº...), mantida pelo acórdão da Egrégia ___ Turma do Tribunal
Regional Federal da ___ Região, na apelação (nº ...), já transitado em julgado, conforme
certidão de fls. ou evento (especificar) dos autos da referida ação ordinária (anexo), em que
foram litigantes as partes preambularmente qualificadas.
2. TEMPESTIVIDADE DA AÇÃO
O art. 975 do novo do Código de Processo Civil - CPC estabelece que “ O direito à
rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida no processo.”
O v. Acórdão rescindendo, proferido pela Egrégia ___ Turma do Tribunal Regional
Federal da ___ Região teve trânsito em julgado no dia (data), de conformidade com a certidão
contida às fls. ou evento (especificar) daqueles autos de cópia anexa. A propositura da presente
Ação Rescisória é, portanto, tempestiva, eis que ainda não fluiu o biênio decadencial.
A presente ação rescisória vai amparada legalmente no art. 966, inciso VII do novo
CPC, admitindo-se a sua propositura quando: “obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em
julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só,de
lhe assegurar pronunciamento favorável”.
PPP;
Descrever os documentos (tabela elucidativa no material).
Laudo técnico;
Descrever os documentos (tabela elucidativa no material).
Assim, deve ser rescindido o referido acórdão pelas razões de direito acima
aduzidas.
O tempo de serviço especial é disciplinado pela lei vigente à época em que exercido,
passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. Desse modo,
uma vez prestado o serviço, o segurado adquire o direito à sua contagem pela legislação então
vigente, não podendo ser prejudicado pela lei nova. Nesse sentido, aliás, é a orientação
adotada pela Terceira Seção do Egrégio Superior Tribunal de Justiça (AGRESP 493.458/RS, Rel.
Min. Gilson Dipp, 5ª Turma, DJU 23/06/2003, e REsp 491.338/RS, Rel. Min. Hamilton
Carvalhido, 6ª Turma, DJU 23/06/2003), a qual passou a ter previsão legislativa expressa com a
edição do Decreto n.º 4.827/03, que inseriu o § 1º no art. 70 do Decreto n.º 3.048/99.
Art. 57 - A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao
segurado que tiver trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
a atividade profissional, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física.
(...)
§ 3º - O tempo de serviço exercido alternadamente em atividade comum e em atividade
profissional sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde
ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão, segundo critérios de equivalência
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, para efeito de qualquer
benefício.
§ 4º - O período em que o trabalhador integrante de categoria profissional enquadrada neste
artigo permanecer licenciado do emprego para exercer cargo de administração ou de
representação sindical, será contado para aposentadoria especial.
Essa interpretação das sucessivas normas que regulam o tempo de serviço especial
está em conformidade com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (EDcl no REsp
415.298/SC, 5ª Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 06/04/2009; AgRg no Ag
1053682/SP, 6ª Turma, Rel. Min. Og Fernandes, DJe 08/09/2009; REsp 956.110/SP, 5ª Turma,
Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJ 22/10/2007; AgRg no REsp 746.102/SP, 6ª Turma, Rel.
Min. Og Fernandes, DJe 07/12/2009).
5. RUÍDO
Em resumo, é admitida como especial a atividade em que o segurado ficou
exposto a ruídos superiores a 80 decibéis até 05/03/1997 e, a partir de então, acima de 85
decibéis, desde que aferidos esses níveis de pressão sonora por meio de parecer técnico trazido
aos autos, ou simplesmente referido no formulário padrão emitido pela empresa, sem
impugnação do INSS1.
Elaboração desse tópico com base em caso real para melhor elucidar o modelo da petição
a) Atividades exercidas pela parte autora sob condições especiais nas funções de
“gerente de rações” e “chefe do departamento de nutrição”:
O funcionário efetuava a formulação dos premixes e rações que continham micro minerais, macro
minerais, aditivos e antibióticos e acompanhamento da elaboração destes produtos. Efetuava a
Supen/lsao da Fabrica de rações, além de ser O responsável técnico pelas fábricas de rações do
grupo.
1
TNU: Súmula 32. O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído é considerado especial, para fins de
conversão em comum, nos seguintes níveis: superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto n. 53.831/64 e, a contar
de 5 de março de 1997, superior a 85 decibéis, por força da edição do Decreto n. 4.882, de 18 de novembro de
2003, quando a Administração Pública reconheceu e declarou a nocividade à saúde de tal índice de ruído.
b) Atividades exercidas pela parte autora sob condições especiais nas funções de "chefe do
departamento de nutrição" e "técnico em nutrição animal":
O funcionário efetuava a formulação dos premixes e rações que continham micro minerais, macro
minerais, aditivos e antibióticos. Efetuava também visitas técnicas (orientação, necropsia e
veriñcação da qualidade da alimentação fornecida) junto as granjas da empresa e de integrados
do grupo Perdigão (aves e suínos)
Assim, pode ser aplicado o critério da presunção legal por sujeição a agentes
nocivos previstos nos decretos regulamentares para a caracterização do labor exercido pela
parte autora sob condições especiais.
III – DO PEDIDO
8. A concessão do benefício JUSTIÇA GRATUITA, por não ter a parte autora como
arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento;
9. Requer-se, com base no art. 22, § 4º da Lei n.º 8.906/94, que, ao final da
presente demanda, caso sejam encontradas diferenças em favor da parte autora, quando da
expedição da RPV ou do precatório, os valores referentes aos honorários contratuais (contrato
de honorário em anexo) sejam expedidos em nome do presente procurador, assim como os
eventuais honorários de sucumbência;
Pede deferimento.
Data....