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EXTENSÃO EMConceitos
SEDE DE EXTRADIÇÃO
jurídicos
TEORIA DA
RETROCESSÃO AGNIÇÃO DELITOS
MUTILADOS
MUTAÇÃO
TREDESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL
PRINCÍPIO DA
DOLO NEGATIVO
JUSTEZA
PERICULUM IN
MORA INVERSO
VOLUME II
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CULPA CONSCIENTE, COM REPRESENTAÇÃO OU EX LASCIVIA
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A culpa consciente, ou culpa com representação, culpa ex lascivia, surge
quando o sujeito é capaz de prever o resultado, mas, acredita em sua não-
produção. O agente acredita e confia, ainda que levianamente, que sua ação
conduzirá tão-somente ao resultado que pretende o que só não ocorre por
erro no cálculo ou erro na execução.
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CULPA INCONSCIENTE OU EX IGNORANTIA
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Na culpa inconsciente, também denominada culpa ex ignorantia, o
resultado, embora previsível, não é previsto pelo agente. É o caso da
negligência, imperícia e imprudência, em que não houve a previsão do
resultado por descuido, desatenção ou desinteresse do agente.
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DOLO EVENTUAL
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Haverá dolo eventual sempre que o agente, embora não querendo
diretamente a realização do tipo, o aceita como possível ou mesmo como
provável, assumindo o risco da produção do resultado. Não se requer,
entretanto, que "a previsão da causalidade ou da forma em que se produza o
resultado seja detalhada" é necessário somente que o resultado seja possível
ou provável.
(ZAFFARONI & PIERANGELI, 1997, p.487)
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POSTULADO DA RESERVA CONSTITUCIONAL DE JURISDIÇÃO
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Segundo o Min. Celso de Mello no julgamento do MS 23452/RJ, "o
postulado de reserva constitucional de jurisdição importa em submeter, à
esfera única de decisão dos magistrados, a prática de determinados atos
cuja realização, por efeito de explícita determinação constante do próprio
texto da Carta Política, somente pode emanar do juiz, e não de terceiros,
inclusive daqueles a quem haja eventualmente atribuído o exercício de
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais".
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FACULTATIVIDADE DE REUNIÃO DE AÇÕES PENAIS CONEXAS
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O artigo 80, do CPP, prevê: será facultativa a separação dos processos
quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou
de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para
não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz
reputar conveniente a separação. Tal artigo, somente, é aplicado em relação
às ações penais submetidas ao mesmo juízo competente.
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OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO DIREITO FINANCEIRO
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Segundo o art. 29, III, c/c §1º desse mesmo artigo, todos da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LC 101/00), operação de crédito é todo
compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito,
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o
uso de derivativos financeiros, bem como a assunção, o reconhecimento ou
a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do
cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.
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LEI PENAL COMPLETA E LEI PENAL INCOMPLETA
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Estaremos diante de uma lei penal completa quando a mesma não depender
de nenhum complemento normativo ou valorativo. Exemplo: a lei penal
prevista no art. 121, do CP ("matar alguém"). Por não necessitar de
qualquer complemento normativo, nem valorativo, a doutrina a chama de
uma lei penal completa.
Por outro lado, lei penal incompleta é um gênero, em Direito Penal, que
compreende várias espécies, quais sejam:
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MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL
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Significado de Mutação (mu.ta.ção) (Lat. Mutatio). s.f. 1. Ato ou efeito de
mudar. 2. Mudança, alteração, transformação, física ou moral. 3.
Inconstância, volubilidade. 4. Biol. Modificação espontânea na estrutura
dos genes que determina o surgimento de novas características em um
organismo, que serão transmitidas aos seus descendentes.
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INFIDELIDADE PARTIDÁRIA
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A infidelidade partidária, segundo as lições de Joel Cândido, é o ato
indisciplinar mais sério, que se manifesta de dois modos:
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SUBVENÇÃO NO DIREITO FINANCEIRO
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Segundo os ensinamentos do professor Regis Fernandes de Oliveira,
somente é possível falar em subvenção quando se tratar de auxílio
oferecido a entes públicos ou privados, como forma de suplementação de
recursos, nos campos especiais da assistência social, médica e educacional
ou para cobrir insuficiência de caixa de entidades estatais.
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CONFISSÃO QUALIFICADA E CONFISSÃO COMPLEXA
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Dentre as diversas classificações das defesas, ressaltamos a defesa direta de
mérito, na qual o réu não deduz fatos novos, e apesar de ser rara pode
ocorrer em duas hipóteses:
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OGMO, NO DIREITO DO TRABALHO
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OGMO - Órgão Gestor de Mão de Obra. São entidades sem fins lucrativos
que atuam na regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor portuário.
A elas atribui-se caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante.
A definição pode ser extraída da Lei 8.212/91 que, em seu artigo 12, VI
trata do trabalhador avulso como aquele que "presta, a diversas empresas,
sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos
no regulamento".
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JUSTO TÍTULO
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Justo título é aquele que seria hábil para transmitir o domínio e a posse se
não contivesse nenhum vício impeditivo dessa transmissão. Exemplo: uma
escritura de compra e venda, devidamente registrada, é um título hábil para
a transmissão de um imóvel. No entanto, se o vendedor não era o
verdadeiro dono ou se era um menor não assistido por seu representante
legal, a aquisição não se aperfeiçoa, podendo ser anulada. Porém, a posse
do adquirente presume ser de boa-fé, pois tem justo título.
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REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
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A repercussão geral é requisito de admissibilidade do recurso
extraordinário, atuando de acordo com os anseios da sociedade de
descongestionar o STF e acelerar a prestação jurisdicional e, não menos
importante, atendendo as vontades dos membros do nosso Tribunal de
cúpula. Corroboramos o entendimento do professor Arruda Alvim quando,
o insigne processualista, afirma que a expressão repercussão geral significa
praticamente a colocação de um filtro ou de um divisor de águas em
relação ao cabimento do recurso extraordinário.
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KOMPETENZ KOMPETENZ
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É o instituto pelo qual todo juiz tem competência para analisar sua própria
competência, de forma que nenhum juiz é totalmente incompetente, pois ao
verificar sua incompetência - absoluta - tem competência para reconhecê-
la.
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ATO JURÍDICO TRANSPARENTE
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Trata-se de denominação dada por Pontes de Miranda à sentença
homologatória. Segundo o autor, é "transparente" porque nada acrescenta
ao ato homologado, limitando-se a atestar a conformidade formal desde ato
com os ditames do Direito. Dessa forma, como mera certificação formal,
sem qualquer avaliação do conteúdo do ato jurídico homologado, é certo
que essa sentença propriamente não julga nada.
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PREÇO QUASE PRIVADO
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A receita pública, enquanto importância que ingressa nos cofres públicos,
pode ser dividida em receita originária e receita derivada.
"O valor cobrado por uma instituição financeira mantida pelo governo
(banco constituído como sociedade de economia mista) para a manutenção
de uma conta corrente é um exemplo de preço quase privado".
(Disponível em http://www.distritofederal.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=1759)
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PERÍODO SUSPEITO - E TERMO LEGAL
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Assunto abordado dentro do Direito Comercial com o advento da Lei nº
11.101/05, a Lei de Falências. Alguns autores, como Carvalho Mendonça,
afirmam que o período suspeito é sinônimo de termo legal da falência.
Porém, outros preferem afirmar que é suspeito todo o lapso, diferente do
termo legal, em quem o estado falimentar já se pronunciava.
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DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA
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ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO
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O arquivamento implícito é fenômeno processual penal que ocorre quando
o titular da ação penal deixa de incluir na denúncia algum dos acusados. Há
divergência na doutrina sobre o assunto. Uma parte, minoritária, afirma
que, tendo ocorrido pedido tácito de arquivamento, ele se consuma quando
o juiz não se pronuncia com relação aos fatos omitidos na peça de
acusação. Ocasião na qual incide a Súmula 524 do STF, que afirma:
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ARQUIVAMENTO INDIRETO
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O arquivamento indireto ocorre quando o MP se manifesta afirmando que o
juiz é incompetente para conhecer da matéria e requer a remessa do
inquérito ao juízo que, segundo seu entendimento, é o competente para o
julgamento.
(CUNHA, Rogério Sanches. Processo Penal Prático. Gustavo Müler Lorenzato; Maurício Lins Ferraz; Ronaldo
Batista Pinto. Salvador: JusPODIVIM, 2007. p.27)
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DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA
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O instituto está previsto no artigo 4º do Decreto-lei 3.365/41, segundo o
qual "a desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao
desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem
extraordinariamente, em conseqüência da realização do serviço. Em
qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverá compreendê-las,
mencionando-se quais as indispensáveis à construção da obra e as que se
destinam à revenda".
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RETROCESSÃO
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TREDESTINAÇÃO
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A tredestinação ocorre quando há a destinação de um bem expropriado a
finalidade diversa da que se planejou inicialmente. Divide-se em lícita e
ilícita.
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DELITOS MUTILADOS - DELITOS DE RESULTADO CORTADO
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São espécies de delitos de intenção (também denominados delitos de
transcendência interna). Têm, em geral, a estrutura típica de atos de
preparação ou tentados punidos como delitos consumados. Neles, é punida
a mera periculosidade da conduta, sendo desnecessária a ocorrência do
resultado efetivo, já que se consumam em momento anterior à lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico protegido.
(PRADO, Luiz Régis. Curso de direito penal brasileiro, vol.1: parte geral, arts. 1º a 120/ Luiz Régis Prado. - 7 ed. ver.
atual. ampl. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. p.374).
Os delitos mutilados de dois atos (ou vários atos) são aqueles nos quais o
autor quer alcançar, após ter realizado o tipo, o resultado que fica fora dele
e que depende de um ato próprio, seu. Pode ser ilustrado com o exemplo do
crime de moeda falsa do artigo 289 do CP.
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NORMAS REPETIDAS
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Normas repetidas são normas trazidas da Constituição federal pelo
constituinte estadual. Subdividem-se em obrigatórias e facultativas.
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ANATOCISMO
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O anatocismo, de acordo com o dicionário, se revela como a capitalização
dos juros de uma quantia emprestada. Em outras palavras, nada mais é que
a incidência de juros sobre os juros acrescidos ao saldo devedor em razão
de não terem sido pagos.
Nessa linha de raciocínio, os juros obtidos por meio desta prática, são
somados ao capital e será a base para o cálculo da nova contabilização de
juros.
A Lei 1.521/51 que trata dos crimes contra a economia popular, em seu
artigo 4º dispõe que "constitui crime da mesma natureza a usura pecuniária
ou real, assim se considerando:
a) cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre dívidas em
dinheiro superiores à taxa permitida por lei; cobrar ágio superior à taxa
oficial de câmbio, sobre quantia permutada por moeda estrangeira; ou,
ainda, emprestar sob penhor que seja privativo de instituição oficial de
crédito;
b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da premente
necessidade, inexperiência ou leviandade de outra parte, lucro patrimonial
que exceda o quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou
prometida".
Partindo desta premissa, o STF editou a súmula de n.º 121 "- é vedada a
capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada".
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ERRO DE PROIBIÇÃO INVERTIDO
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Inicialmente, falemos sobre erro de proibição.
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NEPOTISMO CRUZADO
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A Resolução n° 07 do CNJ houve a disciplina do exercício de cargos,
empregos e funções por parentes, cônjuges e companheiros de magistrados
e de servidores investidos em cargo de direção e assessoramento, no âmbito
do Poder Judiciário.
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DIREITOS DE PROMOÇÃO
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Tal classificação está relacionada aos direitos sociais os quais são, segundo
alguns autores, a segunda dimensão dos direitos fundamentais. Tais direitos
exigem, para sua efetivação, conduta positiva do Estado, ou seja prestação
ou promoção estatal. Assim sendo, são direitos prestacionais ou direitos de
promoção, ou seja, de concretização dos direitos sociais. Note-se que se
dividem em originários e derivados.
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ESFERA DO NÃO-DECIDÍVEL
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A teoria do garantismo penal, antes de mais nada, se propõe a estabelecer
critérios de racionalidade e civilidade à intervenção penal, deslegitimando
qualquer modelo de controle social maniqueísta que coloca a 'defesa social'
acima dos direitos e garantias individuais. Percebido dessa forma, o modelo
garantista permite a criação de um instrumental prático-teórico idôneo à
tutela dos direitos contra a irracionalidade dos poderes, sejam públicos ou
privados. Os direitos fundamentais adquirem, pois, status de
intangibilidade, estabelecendo o que Elias Diaz e Ferrajoli denominam de
esfera do não-decidível, núcleo sobre o qual sequer a totalidade pode
decidir. Em realidade, conforma uma esfera do inegociável, cujo sacrifício
não pode ser legitimado sequer sob a justificativa da manutenção do 'bem
comum'. Os direitos fundamentais - direitos humanos constitucionalizados -
adquirem, portanto, a função de estabelecer o objeto e os limites do direito
penal nas sociedades democráticas.
(CARVALHO, Salo de; CARVALHO, Amilton Bueno de. Aplicação da pena e garantismo. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2001, p. 15)
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TEORIA DA AGNIÇÃO
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A teoria da agnição nos remete ao momento em que se considera a
formação do contrato entre ausentes.
retratação do oblato. Com isso, a força da expedição cai por terra para
consagrar a subteoria da recepção, tendo em vista a enorme "amplitude da
ressalva".
(GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume IV: contratos, tomo 1: teoria geral / Pablo Stolze
Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 4ª ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2008).
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DELITOS MUTILADOS - DELITOS DE RESULTADO CORTADO
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São espécies de delitos de intenção (também denominados delitos de
transcendência interna). Têm, em geral, a estrutura típica de atos de
preparação ou tentados punidos como delitos consumados. Neles, é punida
a mera periculosidade da conduta, sendo desnecessária a ocorrência do
resultado efetivo, já que se consumam em momento anterior à lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico protegido.
(PRADO, Luiz Régis. Curso de direito penal brasileiro, vol.1: parte geral, arts. 1º a 120/ Luiz Régis Prado. - 7 ed. ver.
atual. ampl. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. p.374).
Os delitos mutilados de dois atos (ou vários atos) são aqueles nos quais o
autor quer alcançar, após ter realizado o tipo, o resultado que fica fora dele
e que depende de um ato próprio, seu. Pode ser ilustrado com o exemplo do
crime de moeda falsa do artigo 289 do CP.
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PRESENTANTE - E REPRESENTANTE
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A palavra presentar deriva do latim praesentare e quer significar apresentar.
O presentante não age em nome de outra pessoa, é ele próprio quem pratica
o ato.
Essa situação ocorre comumente com a pessoa jurídica que, por ser uma
entidade imaginária, pertencente ao mundo das idéias, se corporifica por
meio de seus órgãos que a presentam. Exemplificando: o presidente de uma
empresa, enquanto dono, a presenta em qualquer ocasião, isto é, o
presidente é a empresa.
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REFORMATIO INDIRETA
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Partiremos do conceito do princípio da reformatio in pejus. A pena do réu
não pode ser agravada quando apenas ele houver apelado da sentença.
Pena, aqui, significa qualquer gravame, entendimento este majoritário da
doutrina. Em contrapartida, se a parte contrária houver interposto recurso,
fica a instância superior autorizada a aumentar o gravame por haver pedido
nesse sentido.
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EXCESSO INTENSIVO - EXCESSO EXTENSIVO
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Um dos requisitos para que esteja configurada a legítima defesa é a
moderação na repulsa da ação violenta. Moderação não quer dizer cálculo
matemático para a utilização da legítima defesa, até mesmo porque o
estado emocional de quem se defende de injusta agressão é permeado de
instabilidade, o que pode influenciar na reação.
(SERVIDONI, André Renato. Excesso na legítima defesa e no estado de necessidade. Disponível em
http://www.revistajuridicaunicoc.com.br/midia/arquivos/ArquivoID_53.pdf.)
Excesso intensivo é aquele que se verifica a partir dos meios utilizados para
repelir a agressão, ou ao grau de utilização deles. Já o excesso extensivo se
configura quando a defesa se prolonga no tempo além do que dura a
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CLÁUSULA REVISIONISTA
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Trata-se da conhecida cláusula rebus sic stantibus, que vem significar
"estando as coisas assim" ou "enquanto as coisas estão assim". Tal cláusula
garante que, "alteradas as circunstâncias [desde que imprevisíveis, e em
contrato de execução futura] em que se contratou, de modo a tornar a
prestação de uma das partes injustamente onerosa, há de ser revisto o
contrato, quando não dissolvido".
(RODIÈRE apud FIÚZA, César. Aplicação da cláusula rebus sic stantibus aos contratos aleatórios. Disponível em
http://www.senado.gov.br/web/cegraf/ril/Pdf/pdf_144/r144-01.PDF)
É fato que não se pode permitir que quem assumiu determinado risco
venha, depois, justamente com base nesse risco, chamar para si a revisão do
contrato. Porém, se as conseqüências do risco forem além do razoável,
tendo como princípios a equidade e a boa-fé, conclui-se que deve ser
aplicada a cláusula revisional, rebus sic stantibus.
(FIÚZA, César. Aplicação da cláusula rebus sic stantibus aos contratos aleatórios. Disponível em
http://www.senado.gov.br/web/cegraf/ril/Pdf/pdf_144/r144-01.PDF)
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GOVERNANÇA CORPORATIVA
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O tema é alvo de vários estudos, tanto no âmbito nacional como
internacional, sendo reconhecido como um dos principais fatores para o
acesso das empresas ao mercado de capitais.
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PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA DA AÇÃO PENAL
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Trata-se de comando que se relaciona diretamente com a existência de
questão prejudicial em sede de ação penal. Para analisá-lo, uma pergunta se
impõe: diante da presença de questão desta natureza, o que ocorrerá com a
ação penal? Ela deverá ser suspensa, ou, o magistrado poderá dar-lhe
normal prosseguimento?
penal não pode prosseguir, ficando suspensa até decisão a ser proferida na
esfera cível ("Art. 92 CPP: se a decisão sobre a existência da infração
depender da solução de controvérsia, que o juiz repute séria e fundada,
sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até
que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em
julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras
provas de natureza urgente").
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PLENÁRIO VIRTUAL - EM QUE MEDIDA SE RELACIONA COM A
REPERCUSSÃO GERAL
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A Repercussão Geral é requisito de admissibilidade do recurso
extraordinário e foi instituída pela Emenda Constitucional nº45 de 2006,
sendo disciplinada pela lei 11.418/2006. Trata-se de filtro recursal para
admitir as questões constitucionais que devem ser recebidas pela Corte em
recurso extraordinário. Seu limite está na observância de relevância social,
econômica, política ou jurídica da matéria a ser apreciada. Espera-se, com
ela, reduzir o número de recursos, conferindo ao STF mais disponibilidade
para exame de questões graves, de repercussão nacional.
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PRINCÍPIO DA RESERVA DO IMPOSSÍVEL
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O princípio da reserva do impossível se caracteriza pela impossibilidade de
se anular situação de fato decorrente de decisão política de caráter
institucional sem que ocorra violação ao princípio federativo.
(...)
ADI 3316/MT e ADI 3489/SC, rel. Min. Eros Grau, 18.5.2006. (ADI-3316)
(ADI-3489)
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INELEGIBILIDADE REFLEXA
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Trata-se de instituto a ser analisado no contexto dos chamados "direitos
políticos negativos", que se revelam como vedações constitucionais em
relação ao direito de participar do processo político e de órgãos
governamentais.
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SUJEITO PREJUDICADO, EM DIREITO PENAL
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O tema deve ser abordado no contexto da sujeição passiva no Direito Penal.
Conforme salientado em outra oportunidade. Sujeito passivo é aquele
previsto no tipo legal como quem pode sofrer a lesão ou perigo de lesão ao
bem jurídico. Trata-se do titular do bem jurídico protegido pela norma
penal.
(disponível em: http://www.wiki-iuspedia.com.br/article.php?story=20080415115428420)
Esse conceito não se confunde com o de vítima e, tampouco, com o de
sujeito prejudicado. Vítima é que sofre concretamente a ofensa. Do que se
vê, a conceituação como sujeito passivo tem por base a análise abstrata do
tipo penal, ao passo que o reconhecimento como vítima se relaciona
precipuamente, com uma análise concreta do caso.
Sujeito prejudicado é toda pessoa que sofre com os efeitos do crime, como,
por exemplo, a família da vítima, que deixa de contar com a presença de
um ente querido.
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SÍNDROME DA INEFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
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O tema se relaciona diretamente com as classificações atribuídas às normas
constitucionais.
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CRIME VAGO - CRIME OCO - CRIME COM SUJEITO PASSIVO EM MASSA
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Estamos diante de conceitos totalmente distintos. Crime vago e crime com
sujeito passivo em massa são classificações do delito, cujo fundamento é o
sujeito passivo.
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CRIME EM CURTO-CIRCUITO
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A matéria está inserida no estudo da tipicidade, mais precisamente, na
análise da conduta, como elemento da tipicidade formal.
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EXTENSÃO EM SEDE DE EXTRADIÇÃO
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Art. 91. Não será efetivada a entrega sem que o Estado requerente assuma o
compromisso:
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FRAUDE À LEI - RELACÃO COM A FRAUDE PAULIANA
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O ministro Moreira Alves afirma, sobre a fraude à lei ensina que nela,
"observa-se a letra da lei, mas para se alcançar um fim contrário ao espírito
da lei. Emprego a palavra lei no sentido amplo, para traduzir norma
jurídica, pois, embora sejam raros os exemplos, é possível inclusive ocorrer
fraude ao costume.Quando o ato vai contra as palavras e o espírito da lei, é
ele contra legem, contrário à lei, em que há a violação direta da lei. Já
quando o ato preserva a letra da lei, mas ofende o espírito dela, o ato é de
fraude à lei". Exemplo levantado pelo Ministro é o do funcionário público,
que "não pode comprar em leilão bem público, então um amigo dele
compra em leilão não para ficar com ele, mas com a finalidade posterior de
revender esse bem para aquele funcionário público. Conseqüentemente, as
palavras da lei foram observadas: ele não comprou em leilão, e sim, de
terceiro, mas o espírito da lei foi violado. Assim, temos aqui um complexo
de negócios jurídicos que em si mesmos são válidos, mas pela sua reunião
passa a ser em fraude à lei. Observam os verba legis, mas ferem a mens
legis ou a sententia legis".
(MOREIRA ALVES apud FRANCO, Marcus Vinícius Lima. Disponível em
http://www.escola.agu.gov.br/revista/Ano_VII_outubro_2007/FraudeaLei_MarcusVinicius.pdf.)
Enfatizamos, porém, que a fraude a lei não deve ser confundida com a
simulação. Nesta, leciona Marcus Vinícius, há a "falta de correspondência
Fonte dos temas: www.jusbrasil.com.br 35 | P á g i n a
Área Jurídica
Conceitos jurídicos
entre o negócio que as partes realmente estão praticando e aquele que elas
formalizam. As partes querem, por exemplo, realizar uma compra e venda,
mas formalizam (simulam) uma doação. (...) O negócio jurídico simulado é
aquele que cria uma aparência desejada pelas partes. É uma aparência que
se cria, com a finalidade de apenas criá-la, sem se querer ocultar algo que
realmente se deseja (simulação absoluta), ou então se cria essa aparência
para ocultar o que realmente se deseja (simulação relativa)".
(FRANCO, Marcus Vinícius Lima. Disponível em
http://www.escola.agu.gov.br/revista/Ano_VII_outubro_2007/FraudeaLei_MarcusVinicius.pdf)
Já na fraude comum, o ato, de per si, não apresenta vícios. Porém, estes
estão na finalidade do ato. Francisco Pinheiro afirma que a "finalidade
precípua do ato é adquirir vantagens, em detrimento de interesses de
terceiros, mediante a prática de um ato aparentemente lícito". Complementa
sua afirmação ensinando que "a ilegalidade não está no ato em si,
formalmente considerado, mas, sim, na finalidade colimada com o ato".
(PINHEIRO, Frederico Garcia. Disponível em http://jus2.uol.com.br/Doutrina/texto.asp?id=8162)
Quanto à fraude comum, observada à luz dos ditames civis, e por algumas
doutrinas denominada fraude contra credores lato sensu, cabe, ainda, fazer
algumas distinções.
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operalidade e realizabilidade
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São princípios norteadores do novo Código Civil (2002), preocupado em
dar um sentido mais operacional que conceitual ao Direito.
(TOMASZEWSKI, Wesley. A crise do positivismo diante de uma sociedade globalizada e digitalizada.
http://www.conpedi.org/manaus/arquivos/anais/manaus/a_crise_posit_wesley_tomaszewski.pdf)
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PERICULUM IN MORA INVERSO
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O periculum in mora é expressão latina que quer significar perigo da
demora (na prestação da tutela jurisdicional). Noutro falar, é "locução
latina que designa uma situação de fato, caracterizada pela iminência de um
dano, em face da demora de uma providência que o impeça".
(Disponível em http://www.dji.com.br/latim/periculum_in_mora.htm.
"O texto do dispositivo legal em questão prevê que a tutela antecipada, que
poderá ser total ou parcial em relação ao pedido formulado na inicial,
dependerá dos seguintes requisitos:
a) requerimento da parte;
b) produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial;
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MARKETING VIRAL
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O marketing viral ou publicidade viral pode ser compreendido como
técnica de marketing que tem como objetivo principal explorar redes
sociais pré-existentes, de forma a aumentar o conhecimento de marca.
Vários casos foram registrados nos Estados Unidos nos últimos anos. Lá,
grande parte destas "vítimas" ingressaram com ações indenizatórias contra
as respectivas empresas, por se sentirem enganadas em tais situações.
Segundo nosso ver, não seria possível falar em publicidade abusiva, vez
que não há regra geral, cunho discriminatório na técnica de marketing em
estudo. Talvez pudéssemos falar em publicidade enganosa, em razão da
omissão de uma importante informação, qual seja o fato de se tratar de
publicidade. O risco de adotar esse entendimento é ampliar o conceito de
publicidade enganosa.
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REGRESSÃO CAUTELAR
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Ao lado da progressão de regimes está a regressão. O artigo 33, § 2º do CP
traz, como regra geral, o cumprimento da pena de forma progressiva, de
acordo com o mérito do condenado.
De outro lado, está a regressão de regimes, instituto regulado pela LEP (Lei
de Execução Penal), em seu artigo 118, in verbis:
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CONSTITUIÇÃO CESARISTA
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A constituição se classifica, dentre vários elementos que a caracterizam,
quanto a sua origem ou processo de positivação. Neste caso, a constituição
será promulgada, criada através de um órgão constituinte composto de
representantes do povo, eleitos para o fim de elaborá-la, ou outorgada, isto
é, originada através de ato de força, imposta.
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PRINCÍPIO DO FAVOR REI
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No Direito Penal o instituto do "favor rei" (em favor do acusado) quer
significar que, na dúvida, decide-se em favor dele:
Fernando da Costa Tourinho Filho, citado por Mirabete, explica que pelo
princípio do favor rei (ou favor inocentiae, ou favor libertatis), num
conflito entre o jus puniendi do Estado e o jus libertatis do acusado, deve a
balança inclinar-se a favor deste último.
(TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. São Paulo: Javoli, 1980, v. 1, p. 69)
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NULIDADE VIRTUAL
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Primeiramente, cabe-nos partir de uma premissa: as invalidades, sejam elas
nulidades absolutas ou relativas, em geral, pressupõem texto de lei. Aqui
estão compreendidas as nulidades textuais, clássicas do ordenamento
jurídico brasileiro.
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REDUÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
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Trata-se de forma de aproveitamento do ato ou negócio jurídico, onde o
juiz deve extirpar, sempre que possível, a cláusula inválida, mantendo as
demais.
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COISA JULGADA PROGRESSIVA
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Discussão capitaneada pelo mestre Barbosa Moreira que, seguido por
Humberto Theodoro Júnior defende a existência da coisa julgada
progressiva. De forma simples, trata-se da coisa julgada que se forma ao
longo do processo, em razão de existência de recursos parciais.
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PRINCÍPIO DA JUSTEZA
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Inicialmente, trabalharemos com o significado da palavra Justeza. Na
língua portuguesa, é a qualidade do que é justo, exato, preciso, certo
(www.workpedia.com.br). Na física, significa a propriedade de uma
balança analítica que permanece equilibrada quando são colocados pesos
iguais em seus pratos.
(http://www.fcfrp.usp.br).
(CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 4ª ed. Coimbra: Almedina,
2000).
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REVOGAÇÃO POR NORMAÇÃO GERAL
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Revogar significa retirar a validade de uma norma, por meio de uma outra
norma. Partindo desta premissa, vê-se que a norma revogada deixa de
integrar a ordem jurídica, perdendo, assim, sua vigência.
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TEORIA DA VERIFICAÇÃO IN STATU ASSERTIONIS
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A palavra latina assertionis significa afirmação, alegação, argumentação.
Nesse sentido, a expressão in sutatus assertionis, quer dizer à luz da
afirmação. A Teoria da Verificação in status assertionis pode também ser
denominada Teoria da Prospettazione (prospecção) ou, ainda, Teoria da
Asserção, tratada no Direito Processual Civil.
Essa doutrina defende que a análise dessas condições pode ser realizada a
qualquer tempo, podendo, inclusive, serem preenchidas em momento
superveniente ao da propositura da ação. Ademais, há uma grande
dificuldade em diferenciar as condições da ação de seu próprio mérito, até
mesmo possibilitando a necessidade de produção de prova para sua análise
(DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Bahia: jusPodivm, 2008, Vol.1, 9ª ed., p.172).
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DOLO NEGATIVO
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A palavra dolo significa ação praticada com a intenção de violar direito
alheio.
(Dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa. Melhoramentos: São
Paulo, 1994, p. 345).
Fonte dos temas: www.jusbrasil.com.br 50 | P á g i n a
Área Jurídica
Conceitos jurídicos
(...)
Em Direito Penal, por sua vez, dolo é um elemento subjetivo dos tipos,
caracterizado pela vontade livre e conciente de praticar uma conduta
descrita em uma norma penal incriminadora. Uma ação dolosa, por si só,
não pressupõe a existência de um crime, pois faz-se necessária a constação
de que a conduta era ilícita (não estar amparada em nenhuma excludente de
ilicitude/anti-juridicidade), e o agente culpável (inexistir qualquer eximente
de culpabilidade).
Segundo a redação do Código Penal (artigo 18, inciso I), é dolosa uma ação
quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
(Wikipédia. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Dolo.)