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Inundar a Terra e Nossa Vida com o Livro de Mórmon

Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Ezra Taft Benson, 2014


“Existe um poder [no Livro de Mórmon] que começa a fluir para nossa vida no
momento em que iniciamos um estudo sério de seu conteúdo.”

Da Vida de Ezra Taft Benson


Na conferência geral de abril de 1989, o Presidente Thomas S. Monson leu uma mensagem do
Presidente Ezra Taft Benson para as crianças da Igreja. Nessa mensagem, o Presidente Benson disse:

“Sei que estão lendo o Livro de Mórmon, pois recebi centenas de cartas suas em que vocês me dizem
que estão lendo esse livro sagrado. Choro de alegria quando alguém me diz isso. (…)

Como estou feliz por saber que vocês amam o Livro de Mórmon! Eu também o amo, e o Pai Celestial
deseja que continuem a aprender com o Livro de Mórmon todos os dias. Esse livro é uma dádiva especial
do Pai Celestial para vocês. Se seguirem o que ele ensina, aprenderão a fazer a vontade de nosso Pai
Celeste”.
Na Igreja como um todo, os santos dos últimos dias seguiram esse conselho de seu profeta. Os relatos
que se seguem são exemplos das bênçãos recebidas por aqueles que aceitaram o desafio do Presidente
Benson de “inundar a Terra e [a própria] vida com o Livro de Mórmon”.
“‘Ele só pode estar brincando!’ pensou Margo Merrill (…) quando ouviu o Presidente Ezra Taft Benson
pedir que os pais lessem o Livro de Mórmon com os filhos. ‘Meus filhos têm apenas seis, cinco e dois
anos de idade. Só vou perder meu tempo e minha paciência.’

Mas o irmão e a irmã Merrill decidiram tentar fazer a leitura do Livro de Mórmon com os filhos assim
mesmo. Quando chegaram à história de Néfi e seu arco quebrado, a pequena Melissa, de seis anos, teve
pneumonia e ficou de cama.

‘Melissa me implorou que a deixasse ir à escola, embora estivesse enferma’, [disse] Margo. ‘Ela disse
que, se não fosse, sua amiguinha Pamela — que pertencia a outra denominação religiosa — não ficaria
sabendo o que aconteceu a Néfi. Soluçando, Melissa me abraçou com força. Enxuguei suas lágrimas e
sugeri que ela telefonasse para Pamela e lhe contasse o que aconteceu a Néfi.

‘Ao ouvir Melissa contar com tantos detalhes o incidente do arco quebrado de Néfi, lembrei-me do que
havia pensado antes, sobre perder meu tempo e minha paciência com a leitura do Livro de Mórmon para
meus filhos pequenos. Como eu havia subestimado a capacidade deles de aprender as lições do Livro de
Mórmon!’’
Howard J. McOmber II refletiu muito sobre a exortação do Presidente Benson de inundar a Terra com o
Livro de Mórmon. Ele se perguntava: “De que maneira eu, uma pessoa só, poderia contribuir
significativamente para essa inundação?”

“Então, certa noite”, disse ele, “enquanto ponderava sobre esse problema, percebi que poderia dar a cada
morador da minha rua a oportunidade de receber um exemplar do Livro de Mórmon.

Só havia um problema: eles me conheciam. Eles conheciam meu cão, que latia a toda hora — inclusive
de madrugada. Eles conheciam meu jardim, que não era exatamente o mais bonito da vizinhança. E
também conheciam minha ineficácia como bom vizinho; provavelmente rejeitariam minha oferta.

Decidi exercer fé e prosseguir com minha intenção. Eu lhes ofereceria o livro, mesmo que eles o
atirassem longe ou o deixassem acumulando pó na estante durante anos. Mesmo sendo uma visão
pessimista, estava quase totalmente convencido de que meu esforço não daria nenhum resultado.

Foi então que me ocorreu que eu conhecia meus vizinhos tão bem quanto eles me conheciam. Uns
tinham contado piadas de gosto questionável na mais recente reunião de desenvolvimento da
comunidade, e outros tinham bebido bastante no último churrasco do bairro. Alguns aparentavam não ter
muito propósito na vida. Pensei no que poderia ter acontecido comigo se eu não fosse membro da Igreja
ou se nunca tivesse ouvido falar no Livro de Mórmon. Obviamente, esse livro poderia ajudar aqueles que
o tentassem ler.

Assim, conversei com todos os moradores da minha rua e ofereci a eles um exemplar do Livro de Mórmon
— e todos eles me agradeceram! Deu tão certo que fui para a rua seguinte, concluí a distribuição e,
depois, fiz o mesmo na rua além daquela. Ao terminar, tinha visitado 104 casas e entregado 40 livros!

Ficou mais fácil oferecer exemplares do Livro de Mórmon aos meus conhecidos.

Por fim, entreguei exemplares do Livro de Mórmon aos 75 funcionários da empresa onde eu trabalhava.
Vinte e três concordaram em receber a visita dos missionários. Sete deles foram batizados, e quatro
dentre os filhos de meus colegas também se filiaram à Igreja. Certo homem participou de duas aulas com
os missionários, mas depois perdeu interesse pela Igreja. Sete meses mais tarde, depois de ter ido
trabalhar em outra companhia, ele me telefonou para dizer que estivera lendo o Livro de Mórmon e sentira
o toque manso e delicado do Espírito, tal como eu lhe havia descrito. Ele também, depois de concluir as
palestras missionárias, foi batizado.

Adoro o Livro de Mórmon! Penso nele como o cartão de visita do Senhor, e fiquei maravilhado com a
facilidade de iniciar uma inundação espiritual com ele numa escala pessoal. Quando fazemos a obra do
Senhor, Ele nos ajuda”.
Outro membro falou da transformação ocorrida no próprio testemunho depois de seguir o conselho do
Presidente Benson de ler o Livro de Mórmon: “Quando o Presidente Benson nos desafiou a ler o Livro de
Mórmon, eu tinha 15 anos de idade. Até então, era um leitor fiel das escrituras, principalmente do Novo
Testamento. Mas depois do incentivo do Presidente Benson, comecei a estudar o Livro de Mórmon todos
os dias. Foi um momento decisivo em minha vida. O Novo Testamento tinha-me ensinado a respeito do
ministério terreno de Jesus Cristo, e serei eternamente grato por isso. Mas eu necessitava do
aprofundamento que adveio com o estudo do Livro de Mórmon. Embora a Bíblia tenha-me ajudado a
saber o que Jesus fez pelo povo na Terra Santa, o Livro de Mórmon abriu meu entendimento para o que
Ele fez especificamente por mim. Graças ao estudo do Livro de Mórmon, recebi um testemunho da infinita
Expiação do meu Salvador. E mais tarde, ao me defrontar com as crises que testaram minha fé, foi no
Livro de Mórmon que encontrei consolo e forças. Hoje, não se passa um dia sequer sem que eu leia o
Livro de Mórmon”.

Milhões já se aproximaram de Cristo graças às verdades contidas no livro que Morôni


entregou a Joseph Smith.

Ensinamentos de Ezra Taft Benson


O Livro de Mórmon foi escrito para nós.

O Livro de Mórmon (…) foi escrito para os nossos dias. Os nefitas nunca tiveram acesso a esse livro,
tampouco os lamanitas da antiguidade. Ele foi redigido para nós. Mórmon escreveu perto do fim da
civilização nefita. Sob a inspiração de Deus, que vê todas as coisas desde o princípio, ele resumiu
séculos de registros e escolheu as histórias, os discursos e os acontecimentos que nos seriam mais úteis.

Cada um dos grandes autores do Livro de Mórmon testificou que escreveu para as gerações futuras. (…)
Se eles viram nossa época e escolheram coisas que seriam de maior valor para nós, isso não deve nos
motivar em nossa maneira de estudar o Livro de Mórmon? Devemos indagar-nos constantemente: “Por
que o Senhor inspirou Mórmon (ou Morôni, ou Alma) a incluir isto em seu registro? Que lição posso
aprender com isto que me ajudará a viver nesta época?”

E há numerosos exemplos de como essa pergunta pode ser respondida. Encontramos, por exemplo, no
Livro de Mórmon um modelo para nos prepararmos para a Segunda Vinda. Grande parte do livro aborda
as poucas décadas que antecedem a vinda de Cristo à América. Um estudo criterioso desse período nos
permite determinar por que algumas pessoas foram destruídas nos terríveis juízos que precederam Sua
vinda e o que levou outras a permanecerem no templo, na terra de Abundância, e tocarem as feridas das
mãos e dos pés Dele.
No Livro de Mórmon, aprendemos como os discípulos de Cristo vivem em época de guerra. No Livro de
Mórmon, vemos os males advindos das combinações secretas descritos com um realismo explícito e
assustador. No Livro de Mórmon, achamos lições para lidarmos com a perseguição e a apostasia.
Aprendemos muito sobre como fazer a obra missionária. E, mais do que qualquer outra coisa, vemos no
Livro de Mórmon os perigos do materialismo e de colocarmos o coração nas coisas do mundo. Alguém
poderia duvidar de que esse livro foi escrito para nós e de que nele achamos grande poder, consolo e
proteção?
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Ao estudarmos diariamente o Livro de Mórmon, o poder desse livro fluirá para nossa vida.

O Livro de Mórmon nos ensina não apenas a verdade, embora ele verdadeiramente o faça. O Livro de
Mórmon não apenas presta testemunho de Cristo, embora ele realmente o faça também. Há algo mais.
Existe um poder no livro que começa a fluir para nossa vida no momento em que iniciamos um estudo
sério de seu conteúdo. Vocês descobrirão maior poder para resistir à tentação. Encontrarão mais poder
para evitar as dissimulações. Encontrarão poder para permanecer no caminho reto e estreito. As
escrituras são chamadas de “palavras de vida” (D&C 84:85), e em nenhum outro lugar isso é mais
verdadeiro do que no Livro de Mórmon. Ao começarem a ter fome e sede dessas palavras, descobrirão
vida cada vez mais abundante.
Os homens podem enganar uns aos outros, mas Deus não engana os homens. Por isso, o Livro de
Mórmon apresenta o melhor meio para determinar sua veracidade, isto é, ler e, depois, perguntar a Deus
se ele é verdadeiro (ver Morôni 10:4).
Esta é, pois, a suprema garantia para o coração honesto — saber, por revelação pessoal de Deus, que o
Livro de Mórmon é verdadeiro. Milhões de pessoas o colocaram à prova e já sabem; e muitos milhões
ainda saberão.

Ora, o espírito, tanto quanto o corpo, precisa de nutrição constante. A refeição feita ontem não supre a
necessidade de hoje. Da mesma forma, uma leitura inconstante do “mais correto de todos os livros da
Terra”, como Joseph Smith o chamou, não basta (History of the Church, vol. 4, p. 461).
Assim como nem todas as verdades têm igual valor, o mesmo se dá com as escrituras. O que haveria de
melhor para nutrir o espírito do que banquetear-se frequentemente com o livro que, segundo o Profeta
Joseph Smith, levaria um homem a “aproximar-se mais de Deus seguindo seus preceitos do que os de
qualquer outro livro”? (History of the Church, vol. 4, p. 461.)8
Nossa reação a esse livro terá consequências eternas? Sim, seja para nossa bênção, seja para nossa
condenação.

Todo santo dos últimos dias deveria fazer do estudo desse livro um projeto para toda a vida. Caso
contrário, estará colocando sua alma em risco e negligenciando aquilo que poderia dar unidade espiritual
e intelectual à sua vida inteira. Há uma diferença entre o converso que está edificado sobre a rocha de
Cristo por meio do Livro de Mórmon e que se agarra à barra de ferro, e aquele que não [está].9
Existe um número crescente de pessoas que foram convencidas, por meio do Livro de Mórmon, de que
Jesus é o Cristo. Agora precisamos de um número crescente daqueles que usarão o Livro de Mórmon
para comprometer-se com Cristo. Precisamos estar convencidos e comprometidos.

(…) Amados irmãos e irmãs, que leiamos o Livro de Mórmon e estejamos convictos de que Jesus é o
Cristo. Que leiamos repetida e continuamente o Livro de Mórmon para podermos mais plenamente vir a
Cristo, comprometer-nos com Ele, centrar-nos Nele e ser consumidos Nele.

Deparamo-nos com o adversário todos os dias. Os desafios do nosso tempo não têm rival no passado, e
esses desafios serão cada vez maiores tanto espiritual como materialmente. Precisamos aproximar-nos
de Cristo; precisamos diariamente tomar sobre nós o Seu nome, recordá-Lo sempre e guardar os
mandamentos que Ele nos deu.10
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Precisamos inundar a Terra e nossa vida com o Livro de Mórmon.

Precisamos ter nosso próprio testemunho do Livro de Mórmon por meio do Espírito Santo. Nosso
testemunho, aliado ao Livro de Mórmon, deve ser compartilhado com outras pessoas, para que elas
também possam saber de sua veracidade por meio do Espírito Santo.
Já imaginaram o que aconteceria com um número sempre crescente de exemplares do Livro de Mórmon
nas mãos de um número sempre crescente de missionários que sabem como usá-lo e que são nascidos
de Deus? Quando isso acontecer, haverá a abundante colheita de almas que o Senhor prometeu.

“Tenho a visão da Terra sendo inundada com o Livro de Mórmon.”


Tenho a seguinte convicção: Quanto mais ensinarmos e pregarmos com base no Livro de Mórmon, mais
agradaremos ao Senhor e maior será o nosso poder de convencimento. Ao fazer isso, aumentaremos
muito o número de conversos, tanto dentro da Igreja quanto entre aqueles a quem pregamos. (…) Nossa
comissão, pois, é ensinar os princípios do evangelho que se encontram na Bíblia e no Livro de Mórmon.
“E estes serão seus ensinamentos, conforme forem dirigidos pelo Espírito” (D&C 42:13).
O Livro de Mórmon é o instrumento escolhido por Deus para “[varrer] a Terra, como um dilúvio, a fim de
reunir [Seus] eleitos” (Moisés 7:62). Esse sagrado livro de escrituras precisa tornar-se mais importante em
nossa pregação, em nosso ensino e em nosso trabalho missionário.
(…) Nesta era de meios de comunicação eletrônicos e de distribuição maciça da palavra impressa, Deus
nos responsabilizará se não propagarmos o Livro de Mórmon de maneira monumental.

Nós temos o Livro de Mórmon, temos os membros, temos os missionários e temos os recursos; o mundo
tem a necessidade. A hora é agora!

Meus amados irmãos e irmãs, mal podemos imaginar o poder do Livro de Mórmon ou o papel divino que
ele tem a desempenhar ou a extensão que ele precisa alcançar. (…)

Lanço a todos nós o desafio de considerar fervorosamente os passos que precisamos dar pessoalmente
para trazer esse novo testamento de Cristo mais plenamente a nossa vida e a um mundo que precisa
dele tão desesperadamente.

Tenho a visão de lares advertidos, aulas estimulantes e púlpitos inflamados pelo espírito das mensagens
do Livro de Mórmon.

Tenho a visão de mestres familiares e professoras visitantes, bispados e presidências de ramo, líderes de
estaca e de missão aconselhando nosso povo com base no livro mais correto da Terra — O Livro de
Mórmon.

Tenho a visão de artistas transformando em filmes, em peças de teatro, em obras literárias, em músicas e
em pinturas os grandes temas e personagens do Livro de Mórmon.

Tenho a visão de milhares de missionários entrando no campo missionário com centenas de passagens
memorizadas do Livro de Mórmon, a fim de saciarem a carência de um mundo espiritualmente faminto.

Tenho a visão da Igreja inteira aproximando-se mais de Deus ao seguir os preceitos do Livro de Mórmon.

Na verdade, tenho a visão da Terra sendo inundada com o Livro de Mórmon.


Elogio vocês, santos fiéis, que se esforçam para inundar a Terra e a própria vida com o Livro de Mórmon.
Não só precisamos continuar, de maneira monumental, a propagação do Livro de Mórmon, mas também
precisamos levar corajosamente para nossa vida e o mundo inteiro mais de suas mensagens
maravilhosas.

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