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CAPÍTULO 1

DO ESPAÇO

O evo causativo do espaço se arrola em diversos modos de


presença e exortação; se elicia, ademais, pelas suas complexidades
e propensões imprevisíveis, em "trajos imperceptíveis" ao olhar
sublunar, em cuja porfia está localizada a raiz mística de toda a
operação cósmica. Mediante as nossas faculdades
extrassensoriais, podemos notar, sem sombra de dúvida, a
abstração fluída e fortemente potencializa da coisa-em-si, i.e., o
númeno pelo qual é auto-evidente o Alento Universal, em que
incessantemente se designam as influências objetivas ou
subjetivas da Alma Eternal. O sentido no qual as dimensões se
asseguram (i.e., em cognação completa) e são empreendidas
afínicas da conformação auto-existente é, por geral suposição, mui
assertória e expedita no que concerne à natureza de sua
desembocadura tanto nos sublevados limiares do espírito quanto
da matéria. O espírito se distingue em esporeadas partes de
condução do "Isto" cosmosófico, viz., o agente conjuntivo dos
predicados tanto da realidade mundana quanto da
extramundana; por conseguinte, dever-se-á salientar que, sob a
sagácia do catecismo ocultista, não temos nem um vazio
integralmente irrestrito ou, mesmo, uma plenitude
indubitavelmente condicionada; se a Alma Eternal não se repelir a
nenhuma destas propriedades, consequentemente, tê-las-á, como
de fato fá-lo.

Delegam-se funções deveras concordes, na alacridade maior da


"vestidura cósmica", indiferenciada do númeno assiduamente
aplicativo na apoteose cósmica, na qual são, por apodítica
demonstração, eriçadas as propriedades essenciais e apogéticas
do co-eterno e sempre coetâneo espaço, em apósitas condições
relativas ao conúbio perficiente entre matéria e espírito,
apossuindo-se o Alento Universal da consumação propositada do
Mahat, ou a consciência ímpar e insuperável dos Adi Budas. As
sutis raízes ou as fontes invisíveis dos Upadhis, ou veículos
numenais e fenomenais de manifestação, não se apremam diante
de nenhuma baliza física e corpórea, porquanto são eles mesmos
as condições infinitas da Unidade em geral; portanto, ter-se-á
acurada a percepção de que as radiações da processão do Purna,
i.e., a estrutura cósmica integralmente estipulada, são a cabo
desdobradas no Mulaprakriti, do qual o Akasha deverá desfrutar
de seus divinais e substanciais aprestos mentais, psíquicos e
espirituais, a fim de comandar com sólido estribo tanto Rupa
quanto Arupa.

No "Maharaj" de Dnyashewar, realça-se que o célebre código


oculto védico, Rta, presume e justifica a libertação (Mukti) do ser,
na mais alta representação dos Pramanas, viz., o Abhâsvâra; tal
asserção, ao decurso da obra, é ontológica e epistemologicamente
ratificada. O Rta não só depende do oculto abstrato para se
liquidar nas "acéquias do Fohat cósmico", mas também do
concreto, i.e., relativo ao valor, à arbitrariedade numéria e à
projetividade matemática. É evidenciado em um dos axiomas
apotegmáticos do "Siddhanta Siromani", escrito por Bhâskara II,
que Kala (i.e., o tempo infindo e não-periódico) é, pois, o Eka, ou
Saka de todas as suputações e hipóteses sistemáticas a respeito
das unidades numéricas e suas edificação e importância no orto
cósmico, residindo-se, pois, no substrato das medas e hordas
espirituais invariavelmente sotopostas no Chayyapatha, viz., o
Firmamento. Os 311.040.000.000.000 anos de Brahma, isto é, o
Mahakalpa, é a amostra mais fida e autêntica do Kala, sendo a
fundamentação matemática do universo – ou seja – de suas
medidas, de seus graus, de sua quantidade, de suas proporções e
de seu esmo.

O tempo é apenas uma ilusão criada por uma sequência de


estados de nossa consciência, à medida que passamos para a
duração eterna, e não existe quando não há consciência na qual a
ilusão possa ser produzida. O presente é apenas uma linha
matemática que divide a parte da duração eterna que chamamos
de futuro, que está noutra que chamamos de passado. Não há
nada na Terra com duração real, pois nada permanece inalterado,
ou o mesmo por um bilionésimo de segundo; e a sensação que
temos da atualidade da divisão de tempo conhecida como o
presente decorre desse olhar momentâneo ou obscurecimento da
sequência de sugestões, as coisas que nos dão nossos sentidos à
medida que passam pelo círculo dos ideais que chamamos de
futuro, o período de memórias que chamamos de passado. Da
mesma forma, experimentamos uma sensação de duração no caso
de uma faísca elétrica instantânea devido a uma impressão
ardente e contínua na retina. O homem ou coisa real não consiste
apenas no que aparece a qualquer momento, mas na soma de
todas as suas várias e distintas condições, desde a aparência física
até o perecimento integral da Terra. Sobremais, Srs. Greene e
Woods no-lo demonstravam de forma clara e direta, assegurando
o caráter relativo e meramente teórico da substância temporal.
Portanto, sob via da importância providencial do que se delibera
como unidade de decorrência eventos, são as "somas"
supracitadas que existem desde a eternidade "no futuro" e, até
certo ponto, passam pelo material para existir no "passado" para a
eternidade. Ninguém poderia dizer que a telha metálica caiu do
mar e deixou de existir quando a água entrou, e que a própria
barra consistia apenas daquela interseção que coincidia a
qualquer momento com o plano matemático que se divide e, ao
mesmo tempo, une a atmosfera e o oceano. Sr. Helwich, na sua
"Chronologia Universalis", afirma que a própria história da
humanidade, do modo cíclico e inclinado ao eterno retorno no
qual transcorreu, comprova peremptoriamente as idiossincrasias
vãs e enganosas do tempo. No entanto, mesmo para pessoas e
coisas que, já tendo existido, têm um futuro no passado;
instantaneamente, para os nossos sentidos, uma interseção, como
é, do seu eu comum, à medida que passam o tempo e o espaço
(assim como a matéria) no caminho de uma eternidade para
outra; e ambos constituem a "duração" em que tudo por si só
existe, nossos sentidos, mas foram capazes de reconhecê-lo
justamente neste ínterim.

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