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escola-deve-usar-a-tecnologia-na-alfabetizacao

Publicado em NOVA ESCOLA 24 de Agosto | 2018

Por dentro da Base Nacional

BNCC: como a escola deve


usar a tecnologia na
alfabetização?
Especialistas falam sobre o uso da tecnologia do processo da
alfabetização proposto pela Base Nacional Comum Curricular
Naiara Albuquerque

A alfabetização vem se tornando, cada vez mais, um processo que tem o apoio da
tecnologia em sala de aula. Aos poucos, o papel e o lápis vão divindo o espaço
com os computadores, lousas eletrônicas e muitos outros materiais multimídia.

Guia da Base: leia, baixe em PDF e imprima os conteúdos


O que a BNCC propõe para a alfabetização
Quais textos usar durante a alfabetização inicial?
Alfabetização e consciência fonológica: como trabalhá-las?

Mas como esse a tecnologia deve ser usada durante os primeiros anos de
alfabetização? Qual o papel da escola nisso? "Existe uma diferença clara entre ler
e escrever no meio digital e impresso", explica Mazé Nobrega, consultora em
metodologia de Língua Portuguesa. A educadora, junto a Sônia Madi, especialista
em alfabetização, leitura e escritura responderam esses questionamentos em
torno do uso da tecnologia na Alfabetização durante Aulão de NOVA ESCOLA
transmitido pelo Facebook.

Assista ao Aulão na íntegra:


Vídeo: https://www.facebook.com/plugins/video.php?
href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fnovaescola%2Fvideos%2F2079207275445397%2F

Não adianta fugir. Para Mazé, as mudanças propostas pela Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) trazem um momento importante para as escolas e professores
refletirem sobre o uso dessas tecnologias dentro da sala de aula durante o
processo de alfabetização. "Cada tecnologia surge como uma desconfiança, mas
estão aqui para ficar", reforça a especialista.

LEIA MAIS:
Como as tecnologias contribuem para o processo de alfabetização

O papel da escola

A tecnologia media a realidade que vivemos. Para as crianças, o primeiro contato


e a familiarização com a os dispositivos tecnológicos pode acontecer em casa,
mas pode ser também na escola. A BNCC, que expõe algumas diretrizes a serem
seguidas pelas escolas, enfatiza o uso da tecnologia em sala de aula por ser
considerado uma ferramenta parte do cotidiano. Essas mudanças provocadas
pela tecnologia também afetam outros campos, como os gêneros textuais que
deverão ser abordados nas escolas.

Conheça seis gêneros digitais sugeridos pela BNCC

Além dos clássicos, que já estavam presentes nos Parâmetros Nacionais


Curriculares (PCNs) — como é o caso do conto, da notícia e da tirinha, novos
gêneros também foram incorporados. Vídeos, pinturas, áudios e desenhos, por
exemplo, são considerados textos multissemióticos e multimidiáticos, e fazem
parte do conteúdo que deve ser lecionado durante a alfabetização.

É também papel da escola refletir sobre algumas práticas conhecidas, mas que
podem ser exaustivas para as crianças, como as atividades de repetição textual,
que podem ganhar novos ares com a tecnologia: "Hoje, ainda é possível ver as
crianças passando textos a limpo. No ambiente digital essa atividade é muito mais
confortável", diz Sônia. A especialista também explica que com o uso dessas
ferramentas tecnológicas as crianças podem aprender de outras formas,
colaborando com os colegas no mesmo texto no computador, por exemplo.

É muito comum notar a facilidade com que crianças aprendem a mexer em


celulares e dispositivos eletrônicos. No entanto, é recomendável ponderar o uso
desse tipo de tecnologia, como explica Mazé Nobrega. "As crianças são nativas no
uso da tecnologia para algumas coisas. Não para usar o Word e fazer um Power
Point, por exemplo", diz. É por isso que, segundo as especialistas, refletir e pensar
sobre o uso dessas práticas no ambiente escolar é imprescindível. "Qual o papel
da escola? é para ensinar ou promover situações de uso?", questiona Sônia Madi.

Além do plano ideal, pode ser comum que as escolas não tenham ferramentas
tecnológicas disponíveis para o uso do aluno. Mas é importante que os
professores e agentes se unam para pedi-las, explica Mazé Nobrega. "Se eu não
tenho esses dispositivos móveis é necessário criar demanda e reclamar. Afinal,
está na Base e temos que cumprir", alerta.

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