Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DISTÂNCIA
Equipe de Elaboração
Instituto Mineiro de Formação Continuada
Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves
Professor-autor
M.ª Thaís de Sousa e Souza
Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Carmópolis de Minas – MG
CEP: 35.534-000
secretaria1@institutozayn.com.br
Olá!
Organização do conteúdo:
Prof.ª M.ª Thaís de Sousa e Souza
EMENTA
Fundamentos teóricos e metodológicos da Educação a distância; Ambientes
virtuais de aprendizagem; Histórico da Educação a Distância; Avaliação em
ambientes virtuais de aprendizagem apoiados pela Internet.
OBJETIVOS
Compreender o conceito de EAD como modalidade de ensino, suas
especificidades, definições e evolução ao longo do tempo.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
- Introdução: Noções Básicas para a Educação a Distância
1. Da Educação a Distância à Educação Virtual
2. Historicidade da EAD no mundo e no Brasil
3. Recursos Tecnológicos Utilizados na EAD
4. A Sala de Aula Virtual Moodle
5. Formação dos formadores em EAD
6. Comunidades Virtuais
- Leitura Complementar
- Referências
cenário educacional, tanto pelos seus benefícios e vantagens quanto pelos números
do mercado EAD que comprovam essa tendência de crescimento.
A educação a distância tem um funcionamento muito simples e eficiente para
todos s envolvidos.
Se você possui uma instituição de ensino ou uma empresa e tem como
objetivo criar cursos online, o ideal é fazê-lo sempre a partir de uma plataforma de
educação a distância que englobe tudo o que você precisa para ensinar online.
Nesse sentido, com uma plataforma online para educação a distância você
pode criar e gerenciar cursos online, com um ambiente virtual de aprendizagem
bastante simples de se usar, e também uma página de vendas de cursos para gerar
boas matrículas para sua instituição.
Já no caso de alunos de cursos na modalidade de educação a distância, a
mesma funciona sempre de maneira muito inovadora, interativa e bastante dinâmica.
O ideal é que o ambiente virtual de aprendizagem seja personalizado de
acordo com os interesses do aluno e o que eles espera em termos de conteúdo e
disposição das informações, se valendo de todos os recursos que a tecnologia pode
oferecer neste caso.
Como cada curso depende muito de acordo com o aluno potencial, ele pode
ter acesso a diferentes tipos de recursos: materiais complementares, biblioteca
virtual de aprendizagem, comunicação entre alunos, professores e tutores através
de chat, fóruns e grupos de estudo, entre outros diversos.
Resumidamente, em um processo de educação a distância, o aluno tem todos
os insumos necessários para adquirir novos conhecimentos e habilidades de forma
extremamente prática, dinâmica e eficiente, sendo considerado, atualmente, um
modelo de ensino extremamente proveitoso e, em muitos casos, até melhor e mais
eficaz do que o ensino presencial tradicional.
A educação a distância proporciona uma série de benefícios e vantagens.
Confira abaixo algumas das principais vantagens da educação a distância:
Economia de gastos;
Flexibilidade;
Interatividade;
Dinamismo;
Estímulo ao relacionamento entre aluno-aluno e aluno-tutor;
Acessibilidade (Fácil acesso via Internet);
ou melhor, no caso da educação a distância virtual, a sala de aula não sofre uma
simples mudança, pois ela deixa de existir: o que existe na educação a distância
virtual é a possibilidade da sala de aula e não ela em si. Isso tem relações diretas
com os aspectos psicológicos do educador e do educando.
Acreditamos que essas implicações pedagógicas de aspectos – a linguagem
e a mediação tecnológica sobre a natureza da aula em si – geram influências diretas
também sobre as competências requeridas do educador e, por conseguinte, sobre a
formação desse profissional. Sendo o ensino-aprendizagem da educação a distância
de uma natureza diferenciada em relação ao presencial, outras competências
passam a compor o rol de saberes docentes. Sem essas novas competências, a
aula, ou melhor, o processo de ensino e aprendizagem não seria efetivo.
Como destacamos anteriormente, são incipientes as poucas oportunidades de
formação de educadores para essa modalidade de ensino. Queremos agora reforçar
o que já mencionamos indiretamente: por haver demanda de educadores para a
educação a distância, mesmo sem haver oferta de cursos para formação específica
para essa atividade, os educadores estão buscando desenvolver as competências
necessárias à educação a distância pelo método da tentativa e erro/acerto, ou seja,
pela “formação em serviço” ou “aprender fazendo”. Acreditamos que se trata de uma
estratégia paliativa e inadequada, a julgar pela importância e atenção que as
atividades educacionais merecem. A essência da formação em serviço pressupõe
um momento de reflexão do trabalhador sobre sua prática a partir das teorias
científicas da área, quando ele buscar novos significados para suas ações. Portanto,
formação em serviço pressupõe uma formação acadêmica anterior ou paralela à
prática cotidiana. Do contrário, estaríamos desmerecendo todo o conhecimento
científico acumulado ao longo da história. Por não pressupor uma formação
acadêmica, parece-nos equivocado concordar com a formação do “aprender
fazendo” da forma como vem acontecendo na educação a distância brasileira.
Na verdade, é preciso destacar que a formação de educadores em educação
a distância aparece como fator de extrema importância no que tange à qualidade do
ensino e, portanto, não deveria ser tomada como idêntica à formação do educador
da educação presencial.
Por fim, vale questionar se nossos educadores da educação a distância,
estando na condição de “aprendizes”, estão aptos a entender e enriquecer a
proposta pedagógica de algum projeto de curso em que atuam. Como afirma Lévy
A partir dos anos 30, as pol ticas p blicas viram na Educação a Distância uma
forma de atingir uma grande massa de analfabetos sem permitir que houvesse
grandes reflex es sobre quest es sociais.
Com o estabelecimento do Estado ovo, em 1937, a educação passou a ter o
papel de “adestrar” o profissional para o exerc cio de trabalhos essenciais
modernização administrativa. Dentro deste contexto de formação profissional,
surgem o Instituto ádio- écnico onitor em 1939, e o Instituto Universal rasileiro,
em 1941, como aponta Nunes (1992).
Foram várias experiências radiof nicas até a implantação da televisão no
Brasil, nos anos 50, que possibilitou o desenvolvimento de ideias relacionadas ao
uso deste novo meio de comunicação na educação. Dessa maneira, nos anos 60,
surgem as televis es educativas. á na década de 70, a Educação a Distância
começa a ser usada na capacitação de professores através da Associação rasileira
de eleducação (A )eo EC, através dos Seminários rasileiros de Tecnologia
Educacional.
Ainda no contexto do rádio, é criado em 1973 o rojeto inerva, que
disponibilizou cursos para pessoas com baixo poder aquisitivo. Na mesma época
surge o rojeto Sistema Avançado de Comunicaç es Interdisciplinares (SACI) que,
dentro de uma perspectiva de uso de satélites, chegou a atender 16.000 alunos
entre os anos de 1973 e 1974.
Em 1978 é criado o elecurso 2 grau, através de uma parceria da Fundação
adre Anchieta e Fundação oberto arinho. Seu foco era a preparação de alunos
para exames supletivos de 2º grau.
á em 1979 temos a criação da Fundação Centro rasileiro de elevisão
Educativa (FC E), utilizando programas de televisão no projeto ovimento
rasileiro de Alfabetização ( O AL). este mesmo ano, a Coordenação de
Aperfeiçoamento do essoal de Ensino Superior (CA ES) faz experimentos de
formação de professores do interior do pa s através da implementação da ós-
Graduação Experimental a Distância.
á em 1984, em São aulo, é criado o rojeto Ipê, com o objetivo de
aperfeiçoar professores para o agistério de 1 e 2 graus. a década de 90 temos,
em 1995, a reformulação do elecurso 2 Grau, que passa a se chamar elecurso
2000, incluindo nesse o curso técnico de mecânica.
Nessa mesma década, surge o projeto “Um Salto para o Futuro” que
objetivava o aperfeiçoamento de professores das séries iniciais. Em 1995, também é
criada a Secretaria de Educação a Distância (SEED EC) que desenvolveu e
implantou, em 2000, um curso a distância vinculado ao rojeto Escola, também
objetivando a formação de professores.
Ainda nos anos 90, podemos citar a criação do Canal Futura, uma iniciativa
de empresas privadas para a criação de um canal com programas exclusivamente
educativos.
ara arros (2003), assim como as exigências educacionais sofreram
grandes alteraç es advindas das mudanças nas relaç es de trabalho com a
evolução Francesa e a evolução Industrial, hoje vivenciamos a revolução das
tecnologias, mais especificamente das tecnologias da informação, que mais uma vez
afeta as relaç es de trabalho, e isso certamente se reflete na educação.
Duas tendências educacionais se firmaram no rasil, no contexto da
Educação a Distância, segundo arros (2003, p. 52): “[…] a universalização das
oportunidades e a preparação para o universo do trabalho”.
Autores como unes (1992) observam que, em todo o seu processo histórico,
a Educação a Distância sofreu todo um processo de transformação, principalmente
no que diz respeito ao preconceito sofrido por essa modalidade. Aos poucos, a
Educação a Distância está perdendo o estigma de ensino de baixa qualidade,
emergencial e ineficiente na formação do cidadão.
orém, como toda modalidade de ensino, não se constitui na solução para
todos os problemas. Atualmente vivencia-se novos desafios, principalmente no que
diz respeito ao impacto nas novas tecnologias na Educação a Distância.
Moodle é um sistema modular baseado em plugins, que são como peças que
você une para construir o que quiser. Existem plugins para diferentes tipos de
conteúdo e plugins para todos os tipos de atividades de colaboração, que é onde o
Moodle realmente brilha. Como exemplo, no plugin Oficina é possível gerar um
processo de avaliação por completo.
Dessa forma, se obtém a classificação de centenas de estudantes de maneira
precisa, corrigindo as tarefas uns dos outros. Isso é bom porque economiza tempo.
Também existe inúmeros outros plugins que podem ser adicionados para construir
alguns ambientes de ensino bastante surpreendentes. Essa plataforma de
hospedagem é altamente escalável e oferece uma boa relação custo-benefício.
desses meios e dos estudantes (BELLONI, 2001). O professor está preparado para
isso? Teve formação para sua atuação?
Novas tendências tecnológicas vão surgindo e, ao mesmo tempo, sendo
determinadas pela sociedade, pois “a tecnologia não é separada da sociedade e da
cultura, mas sim produto de uma sociedade e de uma cultura” (LÉ Y, 1999, p. 25).
Ou seja, é preciso que o professor seja/esteja preparado pedagogicamente para
atuar nesse contexto; não é suficiente saber o conteúdo a ser ensinado.
No entanto, essa preparação pedagógica requer muito investimento, seja por
parte da instituição, em oferecer a formação, seja por parte do professor, em romper
com a ideia de que saber o conteúdo é suficiente para ensinar. Assim, acreditamos
ser imprescindível um programa de formação continuada para esses professores,
visando gerar novos conhecimentos que os ajudem a atuar nessa modalidade de
ensino.
Segundo Mill (2012), não há um curso de formação inicial de professores para
atuarem na EaD, e há uma carência de profissionais qualificados, o que acarreta em
problemas no desenvolvimento de saberes no cotidiano do trabalho; ou seja, os
docentes aprendem a ser professores na EaD sendo professores, no “aprender
fazendo”, o que o autor denomina de “metaformação”.
Cabe destacar também a intensa divisão de trabalho docente na EaD, em que
cada parcela é atribuída a um sujeito de modo interdependente: por exemplo, tem
aquele que escreve o roteiro, o que faz tratamento didático pedagógico, o que faz
correção, o que valida o material, o que diagrama o material, entre outros. Assim, a
EaD é composta por uma equipe de trabalhadores que se articula e que trabalha de
forma colaborativa, o que ill (2012) denominou de “polidocência”, ou seja, em que
há o compartilhamento de fazeres.
Abreu-Tardelli (2006) e Mill (2012) afirmam que essa expansão do local de
trabalho docente provoca uma discussão em relação ao espaço físico e ao horário
de trabalho do professor; ou seja, antes, suas funções eram exercidas em espaço e
tempo limitados; na EaD, isso é diferente. De acordo com os autores, essa
expansão das funções antes exercidas pelo professor deixa de ter espaço e tempo
definidos, perdendo as condições oferecidas pela instituição para a realização de
seu trabalho e rompendo com a distinção entre a jornada de trabalho do docente e
seu tempo livre, o que ocasiona alterações em seu contexto social e,
consequentemente, em sua identidade.
6. Comunidades Virtuais
A tecnologia hoje está presente no nosso dia-a-dia, já tão real que na maioria
das vezes nem notamos sua presença, esse crescimento vem alterando a nossa
cultura de forma significativa e re-configurando nossos hábitos e a nossa estrutura
social. A comunicação mediada por computador traz atualmente um novo conceito
de comunidade um dos primeiros a definir comunidades virtuais foi Howard
Rheingold em The Virtual Community, de 1998, definindo como comunidades
virtuais como "agregações sociais que emergem na Internet quando uma quantidade
significativa de pessoas promove discussões públicas num período de tempo
suficiente, com emoções suficientes, para formar teias de relações pessoais no
ciberespaço" gerando a possibilidade de sentir-se parte de um contexto no
ciberespaço, aproximando pessoas e criando uma nova forma de construção de
conhecimento.
A reflexão sobre redes e sua natureza na sociedade humana é, deveras,
bastante ampla, encontrando ressonância em todos os campos das ciências. Nesse
sentido, é importante referenciar o que pensa CAPRA (1996) sobre esse assunto.
Para o autor, a rede é um elemento intrínseco do ser humano, sendo parte da
constituição do homem desde seu nascimento até sua morte. A essa idéia se soma
a questão virtual que, paulatinamente, vem integrando a humanidade numa nova
rede de relações que passa também a ser da nossa constituição e natureza. As
comunidades virtuais são, nesse caso, um dos elementos desse fenômeno com
explicações que transcendem o entendimento no campo da educação.
O uso de ferramentas como o blog para aumentar a atração pela aula é
extremamente interessante, mas também muito complexa principalmente porque
não existem receitas prontas de como fazer funcionar de forma eficaz. É um
exercício de erros e acertos, mas que não deve ser deixado de lado. O blog é um
ambiente aberto, não foi desenvolvido para um uso educacional, mas se afirmamos
que a educação deve preparar o aluno para a vida, e oferecer situações que o aluno
seja capaz de resolver problemas e fazer escolhas os blogs podem ser um meio de
se trabalhar os valores, esse contato com uma comunidade virtual que nos
apresenta diversas escolhas, que além do conteúdo a ser desenvolvido podemos
aproveitar a tecnologia para aproximar pessoas, que a máquina pode ser utilizada
pra expressar sentimentos. Atrás do computador tem uma pessoa com emoções,
medos, angústias, sonhos e conhecimentos a compartilhar.
Com o objetivo de preparar o aluno para o mundo, nas diversas formas que
ele se apresenta, formando um cidadão capaz de fazer escolhas que contribuam
para o crescimento social e diria até virtual, o blog é um dos meios de provocar no
aluno um censo crítico, capaz de refletir sobre suas ações, a partir do momento que
é levado a fazer escolhas e tornar pública sua opinião como nos diz Nóvoa, "a
experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência
que pode provocar a produção do saber e a formação".
É importante salientar que as comunidades virtuais de aprendizagem tem sua
significação tanto na Educação a Distância (EAD) quanto na Educação Presencial.
Na Educação a Distância, elas podem cada vez mais aproximar as pessoas pelas
conexões on-line e permitir que professores e alunos falem entre si. Na Educação
Presencial, abre-se um leque de possibilidades para além da sala de aula, em um
espaço virtual que permite a extensão do que foi proposto no espaço físico.
As comunidades virtuais fazem com que o tempo e o espaço deixem der ser
barreiras pra a comunicação alterando o cotidiano, pertencer a uma comunidade
requer o sentimento de ligação, de participação. Considerando essa realidade virtual
professor e aluno vem utilizando essa forma de socialização pra enriquecer seus
conhecimentos, essa será a tendência de formação docente, mudando os estilos
convencionais de comunicação.
Pensar em aprendizagem mediada pelas tecnologias requer um olhar diante
de todas as possibilidades que, agregadas a elas possam contribuir,
significantemente, com o processo de construção do conhecimento. Não se pode,
porém, supor que as comunidades virtuais sejam agregações redentoras que
venham trazer soluções para os problemas do mundo contemporâneo e da
educação. Diante de todas as possibilidades e impossibilidades, acreditamos que o
Leitura Complementar
Lucineia Alves
Disponível em:
<http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf>
Acesso em: 25/06/2018.
Referências
BARROS, D. M. V. . Bauru-SP:
EUDSC, 2003.
MILL, D. Docência virtual: uma visão crítica. Campinas, SP: Papirus, 2012.
<http://revista.uemg.br/index.php/educacaoemfoco/article/download/1238/1324>
Acesso em: 28/06/2018.