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Olá, seja muito bem-vindo!

Neste e-Book, vou te mostrar um conteúdo inédito que vai te ajudar a


aprender DE VERDADE uma parte importante do bandolim, seja de 8
ou 10 cordas, e que serve tanto pra quem está começando quando pra
quem já toca e quer aperfeiçoar sua técnica, fraseado e dominar o
braço do bandolim!
Para se ensinar música é preciso muito mais do que simplesmente
saber tocar o instrumento. Grandes músicos, virtuosos e talentosos,
não sabem ensinar, apesar de saber tocar muito bem. Ensinar exige
técnica, conhecimento pedagógico, experiência e conhecimento para
criar maneiras de comunicar os conteúdos ao aluno de forma que ele
realmente vá entender. Criar mecanismos didáticos que
proporcionem ao aluno uma maneira de transformar o que é
estudado, em música! E não apenas de fazer o aluno ficar copiando e
repetindo receitas que não dão entendimento lógico, ou deixam o
aluno eternamente dependente do professor. É preciso observar o
aluno e buscar entendimento sobre quais são suas maiores
habilidades e dificuldades para, dentro desta percepção, montar um
plano de estudo adequado e eficiente que permita ao aluno, no seu
ritmo, evoluir musicalmente e melhorar tecnicamente rumo ao
domínio do bandolim! Dessa forma, não só o aluno aprende mais,
como coloca em prática em forma de música, o que está estudando,
obtendo mais confiança no tocar o instrumento e mais prazer com a
atividade musical seja ela profissional ou amadorística. O importante
é que ambos consigam mexer com as emoções: o professor com as do
aluno, para depois o aluno conseguir emocionar a sua audiência, a sua
plateia, quando estiver tocando seu bandolim!
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Eu, Rafael Ferrari, não vou te dar o peixe. Irei te ensinar a pescar
quantos peixes quiser! Sem decoreba, sem falsas promessas, sem
receitas mirabolantes ou a ilusão de que tenho na mão uma forma de
te fazer um milagre!! Se você busca por esse tipo de estudo, superficial
e que não leva a lugar nenhum, pode fechar este material e nunca mais
precisa entrar nos meus canais na internet nem buscar por nenhum
tipo de conteúdo sobre aprendizado musical pois irá se frustrar
SEMPRE pois eles não existem! Eu não estou preocupado com a
quantidade de pessoas que me seguem. Estou preocupado em
mostrar pras pessoas que realmente querem se tornar bons músicos,
bons bandolinistas, o conteúdo que fará delas músicos independentes
e criativos. O músico que você sempre quis ser, mas não conseguiu ou
por não encontrar conteúdo ou por ter lidado com professores que
não se interessam pela evolução do aluno! Afinal, um aluno que
aprende deixa de ser aluno.

Lembre-se: Impedir o ganho de conhecimento de alguém é a forma


mais poderosa de manipular esse alguém, da forma como quiser!

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Rafael Ferrari
BIOGRAFIA
Neste conteúdo EXCLUSIVO, eu esmiucei as escalas MAIOR NATURAL
e MENOR NATURAL, escrevendo na partitura o máximo da extensão
de cada escala no bandolim.
Também escrevi os arpejos maiores e menores.

Qual o objetivo deste estudo? Veja os 10 benefícios matadores que


este material vai te dar:

1) Conhecer todo o braço do bandolim;


2) Saber a digitação correta para solos e improvisos futuros;
3) Tocar em qualquer tom, não somente nos mais fáceis;
4) Usar toda a extensão do braço do bandolim, não apenas as notas nas primeiras
casas;
5) Estudar o movimento de palheta;
6) Enxergar os saltos de corda para poder cobrir uma extensão maior no braço do
bandolim – DIGITAÇÃO INTELIGENTE;
7) Obter FLUÊNCIA no fraseado, aprendendo a mecânica certa;
8) Ser um músico que toca em qualquer tom com a mesma facilidade;
9) Aumento gradual da velocidade na execução, com um som limpo e bonito;
10) Aprimoramento da leitura musical/leitura de partitura.

Além disso, através do conteúdo deste e-Book, quero te dar a oportunidade de organizar
melhor o teu estudo para conviver com a música e adquirir intimidade com ela, pois isso
irá te permitir, a médio e longo prazo, uma fluência e um domínio do bandolim, que de
outra maneira é quase impossível adquirir.

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ESTUDANDO AS ESCALAS

Bueno! Como vamos fazer pra estudar otimizando o tempo e


obtendo um resultado mais duradouro? Lembre-se: o resultado só
vem com o tempo, a médio e longo prazo. Todo músico impaciente
e desleixado, acaba sendo apenas duas coisas: um músico ruim ou
um músico frustrado que muitas vezes abandona a música por
achar que não tem “talento”!
Pra ti evoluir e se tornar o músico que sempre desejou ser, tenha
paciência e dedicação.
Antes de começarmos, porém, quero te dizer uma frase que uso
todos os dias no meu trabalho, na minha vida pessoal e em tudo que
faço:
“Antes feito do que perfeito. ”

Guarde esta frase que eu darei sentido a ela um pouco mais a frente.

O estudo consiste em tocar UMA escala por dia. Sim! Apenas uma!!
Mas por que só uma? “- Assim eu não vou conseguir evoluir!!”
Calma! Lembra da frase “Antes feito do que perfeito”? É isso! Tu vais
seguir o seguinte raciocínio:
1) Vai tocar num dia, dentro do tempo disponível, a escala de Dó
maior. Vai observar a digitação pra obedecer e os saltos de
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posição, e vai tocar algumas voltas subindo e descendo. O mesmo
serve para o arpejo de Dó maior.
2) Vai usar um tempo que seja suficiente pra ti não cansar ou
estressar a concentração. Saiba que o cérebro humano só
consegue se concentrar com atenção plena, durante os primeiros
50 primeiros minutos. Se estiver estudando e não estiver
conseguindo se concentrar, PARE! Continue mais tarde ou no dia
seguinte...
3) Não tem problema se não ficar perfeito na primeira ou segunda
vez em que tocar uma escala. Lembra: “Antes feito do que
perfeito. ”? Então saiba que o grande segredo é: conviver com a
música!
Responda pra si mesmo caso seja casado: tu pediste tua mulher
em casamento logo no primeiro encontro? Não né!? E por quê?
Porque vocês precisavam ter convívio, criar intimidade, pra
depois saber se se casariam, não é mesmo?
Se tu não é casado, pensa num amigo: tu conhece uma pessoa
hoje e já convida pra ir na tua casa, compartilhar tua intimidade e
da tua família? Eu, particularmente, não! Só amigos de longa data
frequentam minha casa. Por quê? Porque com eles tenho
intimidade e já convivi o suficiente pra dar essa liberdade a eles.
Na música é a mesma coisa. Temos que criar intimidade com a
música e pra isso precisamos de convivência diária com ela,
mesmo que poucos minutos. O segredo, a magia que todos
buscam é uma só e vou te dizer aqui: tem que ter regularidade
em que tocar todos os dias, mesmo que sejam apenas 5 minutos.
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4) Tu vai observar a digitação e sempre que repetir a escala, vai se
esforçar para digitar IGUAL está escrito. Lembre-se: estamos
estudando a “DIGITAÇÃO INTELIGENTE PARA FLUÊNCIA EM
QUALQUER TOM”, portanto tudo que está sugerido aqui é um
caminho já pensado e pavimentado pra ti apenas trilhar.
5) Seja paciente! Pense que pra tocar todas as escalas maiores, são
necessários 15 dias de estudo, tocando uma escala por dia. “- Ah,
mas eu consigo tocar 5 por dia! ” O importante não é a quantidade,
mas sim a regularidade. Não adiante tu tocar cindo por dia, em 3
dias tocar todas as escalas, achar que tá bom e passar o resto da
vida sem praticar. É o tiro no pé! Depois não adianta dizer que eu
não avisei... e ficar frustrado por não conseguir tocar uma
Desvairada, um Voo da mosca, um Modulando, um Deixa o breque
pra mim, ou não conseguir improvisar por falta de fluência e aquela
sensação de que a cabeça pensa, mas o dedo não vai! Lembre-se:
música não é decoreba, é prática pra se adquirir intimidade,
segurança e domínio do instrumento.
6) Tente sempre fazer BEM, o que tu sabes fazer e não o que não
sabes. Se só tem intimidade com Dó, Sol e Ré, vá tocando músicas
nesses tons pra ir se familiarizando com o que foi estudando, na
prática.

Tu queres tocar bem e com fluência? Ou vai continuar cometendo


os mesmos erros de sempre, os erros que a maioria comete!?

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Toque UMA escala por dia.
Se não conseguir obter uma fluência, não esquenta! No outro dia, passe para a
escala seguinte.
Não pule nenhum dia!
Não faça a mesma escala por dois dias consecutivos!
Tenha paciência e se dedique.

Em 15 dias você terá tocado uma vez cada escala maior, por
exemplo. E assim, terá experimentado o bandolim em todos os
tons, não só nos mais fáceis! A ideia é que quando tu retornar para
o Dó Maior, no 16º dia, tu vais perceber que ficou mais fácil e está
mais claro o desenho mecânico, a sonoridade, o movimento da
palheta, etc... e que você conseguirá uma fluência melhor na
segunda passada por todas as escalas. E por quê? Porque você já
conhece melhor o braço e experimentou tocar em regiões que
antes tinha preguiça ou não sabia como! Isso vai aumentar
gradativamente tua capacidade técnica, o que faz com que a cada
volta pro começo, as mesmas escalas que já tocou antes, sejam
mais fáceis de tocar e com que tu consigas tirar um som mais bonito
do bandolim a medida que evolui o estudo.
As dificuldades das escalas com mais acidentes e digitações
variadas, saltos e palhetadas novas, vai te dar mais segurança e
firmeza pra tocar na segunda passada, e esse é o nosso objetivo: o
mínimo de esforço para o máximo de resultado!

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Sendo assim cumprimos os objetivos técnicos dos 10 itens citado lá
em cima, não gastamos tempo desnecessário no estudo porque
para estudar uma escala por dia, você vai gastar entre 5 e 30
minutos no máximo e isso não tira o sono nem faz ninguém deixar
de conviver com amigos, família ou no trabalho! E ainda tem a
vantagem de que, evoluindo com calma e com uma regularidade,
você VAI subir seu nível técnico/musical e ainda com a grande
vantagem que, conforme evolui e naturalmente melhora
musicalmente, isso não vai mais embora de você. Diferente dos
métodos por aí, que só fazem você decorar besteiras sem sentido
musical algum!

Eu te desafio a seguir o estudo conforme eu oriento aqui, a


participar do nosso Grupo no Facebook, pra tirar suas dúvidas, e a
compartilhar seus resultados em 1 mês de estudo. Se tu não evoluir
e não sentir a diferença, eu abandono a profissão de músico e
professor para sempre! Mas lembre-se: atingir os resultados é um
objetivo para ti mesmo! Tu não tens que provar nada pra mim nem
pra ninguém. Quem vai colher os frutos da dedicação e do empenho
é tu mesmo – graças à minha didática e ao meu conteúdo, mas eu
não faço milagres! – com dedicação e paciência.
Se fizer tudo isso, então tu vais se sentir muito feliz e realizado, com
os frutos do teu trabalho e empenho e a música vai te recompensar
quando estiver empunhando o bandolim e conseguir se expressar
ao máximo e emocionar as pessoas que o ouvem.

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Mais uma vez: se tu buscas resultados milagrosos e fáceis, sem
esforço ou dedicação, tu estás apto a continuar tendo as mesmas
dificuldades de sempre, sem evoluir, sem ser o músico que sempre
desejou ser.
Agora, se tu queres mudar e queres aprender DE VERDADE,
acompanhe o meu trabalho nas redes sociais, curta, compartilhe,
comente, dê críticas, sugestões, faça perguntas, coloque lá suas
dúvidas, traga os amigos para os nossos canais e vamos continuar
evoluindo musicalmente juntos e com alegria!

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Canal do Youtube

Blog Tocando Bandolim

Comecemos o estudo!!

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GUIA DAS MÃOS

*A digitação é indicada para os destros: mão direita = palhteta e mão esquerda = digitação.
**Se tu for canhoto e já toca, inverta essa lógica.
***Se tu for canhoto e está aqui começando absolutamente do zer: comece como se fosse destro. Não
entrarei em detalhes, mas posso dizer que será muito melhor pra ti a longo prazo e não terá nenhuma
dificuldade a mais por isso.

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Vamos à mão direita!!

A mão direita, a que segura a palheta, é fundamental para


começarmos com o “pé direito”!
Essa ficou boa (foi sem querer...) 

1) Vamos tocar a palhetada SEMPRE* para baixo. Sim! Não existe


aquela de que “só se pode tocar com palhetada alternada”! A
priori, a palheta deve ser tocada somente para baixo. Iremos ver
os casos de quando e porque devemos alterná-la. Até que se faça
necessário, tocaremos a palhetada de todas as notas, apenas
para baixo.
A explicação é simples: o movimento da palhetada pra cima e pra
baixo geram diferentes sonoridades, são executados por nós com
diferentes cargas de força no ataque à corda e também com
diferença de precisão do movimento. Sempre a palhetada pra cima
será mais difícil, com som levemente mais fraco e com timbre
diferente da palhetada para baixo. Pense em caminhar pra frente e
caminhar de costas. Não é mais difícil caminhar de costas e mais
intuitivo e fácil caminhar pra frente? 
Outro exemplo é a acentuação do fraseado. Perceba que é muito
mais fácil acentuar os tempos, as notas fortes da melodia,

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palhetando para baixo! Tente inverter a acentuação de uma música
ou inverter os movimentos da palhetada de uma música que tu já
toques! Duvido tu conseguir sem muito esforço e concentração...
Por essas coisas e pelo fato de que os movimentos são mais precisos
palhetando pra baixo, o som sai mais homogêneo, mais “redondo”
como dizemos na gíria musical. As notas soam mais parecidas umas
com as outras ao longo da música, o que te fará tirar um som mais
consistente do bandolim.
Sendo assim, utilizaremos a palhetada sempre para baixo até que a
música, pela velocidade, desenho melódico ou número de notas em
um compasso, nos exija que usemos a palhetada alternada.

2) Atente à forma correta de segurar a palheta. Se não tivermos


uma boa palhetada e soubermos a maneira correta de segurar a
palheta, não conseguiremos tirar um bom som e, na maioria das
vezes, tocar o fraseado de forma fluida e musical.
Tu sabias que 90% dos problemas relacionados a não se conseguir
tocar um trecho mais difícil de uma música podem estar
relacionados com a má escolha dos movimentos da mão direita e
não com qualquer problema de digitação? Pois é! Sendo assim,
devemos atendar pra algumas coisas importantes:

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A primeira é como pegar/segurar a palheta. Como pôde observar, a
pontinha da palheta é o que fica de fora, entre o polegar e o
indicador. Somente o mínimo necessário pra tocar as cordas. Não
precisamos segurar a palheta segurando muito atrás e deixando
sobrar palheta na outra ponta pois a pegada não fica firme e não se
consegue variar a pressão sobre a corda, criando a variação
dinâmica. A palheta fica mais solta e certamente vai cair da mão! :/
Não é preciso pressionar muito entre os dedos polegar e indicador!
Por incrível que pareça, quanto menos pressão fizermos pra segurá-
la, mais firme ela fica.
Podem existir variações de pessoas que seguram a palheta com o
dedo anelar e o polegar ou ainda, que deixam os demais dedos
abertos, mais fechados, etc...
Como bandolinista e como professor, indico a forma mostrada na
página anterior. É a maneira que pude atestar ser a mais eficaz com
quase mil alunos ao longo de 15 anos de aulas e estudos.

3) Palheta angulada vs palheta reta

Um detalhe muito importante que observei durante minha vida


musical e bandolinistica é que tocar com a palheta reta na corda,
como muitos fazem inclusive, é totalmente ineficaz! Observem as
fotos na página seguinte:

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Se tu tocas com a palheta da maneira como mostrado na página
anterior. Pare agora e vamos repensar sua técnica!
Não devemos tocar com a palheta atacando a corda como
mostrado, de maneira RETA, simplesmente por que a área de atrito
da palheta com a corda é muito grande e quando fazemos os
movimentos de ida e vinda, a palheta trava muito mais na corda em
função disso. Além do mais, o som fica como que mais “estalado”,
mais estridente e ouvimos muito o som da própria palheta, do atrito
da palheta na corda.

Se tu fores pensar com calma, perceberá que o bandolim é um


instrumento de notas com ataque muito grande e sustain, duração
de som, muito curto. Ou seja, as músicas que soam bem no
bandolim, são aquelas como muitas notas tocadas rapidamente
uma atrás da outra. Quando queremos prolongar uma nota no
bandolim, o que fazemos? Tocamos o trêmulo! Ou seja, tocamos a
mesma nota repetidas vezes, com palhetadas rápidas e alternadas.
Agora imagine essas palhetadas tendo a palheta como principal
fator “brecador/freador” do movimento!
Pense se pudéssemos tocar de uma forma que a palheta ao invés
de travar o movimento, deslizasse na corda, facilitando o mesmo
movimento. Não seria muito melhor!?
Pois é! Dá pra fazer...
Observe as duas maneiras a partir da próxima página:

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Esta forma que apelidei de “estilo Luperce” é o jeito como ele
segurava a palheta e como outros bandolinistas pernambucanos
como Marco Cesar Brito, Rafael Marques, Beto do Bandolim e
outros como Joel Nascimento e Rodrigo Lessa utilizam em sua
técnica.
Geralmente o antebraço fica todo solto, sem apoio algum, e
percebemos movimentos amplos da mão direita, quase sempre
com o punho mais “firme”, deixando amplitude do movimento da
palheta mexer todo o antebraço.

Uma vantagem é o ângulo da palheta que sendo “enviesado” e não


reto, faz com que ela ataque a corda como se fosse uma faca,
deslizando pela corda no sentido do seu corte, do seu desenho
triangular.
Se repararmos bem, os violonistas geralmente lixam suas unhas de
maneira a deixa-las “chanfradas”, ou seja, com um ângulo “X” que
faça com que a unha deslize na corda ao invés de travar o
movimento. A palheta já vem chanfrada, portanto apenas
precisamos segura-la de um jeito que possamos aproveitar esse
fato pra fazê-la deslizar pela corda.
Eu particularmente não utilizo essa maneira de segurar a palheta e
vou comentar mais à frente!

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Como puderam observar, o ângulo dessa maneira de segurar a
palheta é o oposto do “estilo Luperce”. Chamei esta forma de
“estilo Jacob” por acreditar que ele a segurava desta maneira,
baseado nos relatos do próprio Jacob em seu depoimento ao
Museu da Imagem e do Som em 1967 e também observando a mão
direita do bandolinista carioca Déo Rian, que como tu deves saber,
é o discípulo que teve a maior proximidade com Jacob,
frequentando sua casa e o vendo tocar, estudar, ensaiar de perto
por vários anos.
Neste “estilo Jacob” de segurar a palheta, o punho fica sobre o
cavalete e o antebraço geralmente apoiado na junção do tampo do
a lateral do bandolim, na parte de cima. Aquela região onde hoje em
dia, em alguns bandolins, tem uma peça chamada de “arm rest”, ou
um “descanso de braço” que é uma ponte de madeira colocada
naquela região para que o braço não pressione o tampo diminuindo
sua vibração.

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Geralmente, o bandolinista que toca com essa palhetada deixa o
movimento do punho pra palheta, e não movimenta tanto o
antebraço. E também faz muitos movimentos com o polegar
inflexionando sobre a corda, utilizando diferentes angulações da
palheta para buscar diferentes sonoridades.
É uma forma de palhetar que dá mais segurança nos movimentos
uma vez que o braço não está totalmente solto.
Eu particularmente utilizo e recomendo esta forma de palhetar o
bandolim, por tudo que já mencionei, porém, sendo o bandolim e o
choro no Brasil, linguagens que sempre foram passadas adiante de
forma oral, muitos músicos adaptaram-se ao SEU jeito de tocar.
Sem muita reflexão ou estudo técnico de base, mas sim, pegando o
instrumento e tirando o som que tinham vontade. E isso sempre
deu muito certo para cada um individualmente. Porém, pensando
como professor, preciso testar, aplicar e perceber os resultados do
que funciona na maioria dos casos e acredito que depois de 15 anos,
o “estilo Jacob” de palhetar é o que deveria ser seguido e talvez até
seja intuitivamente, o mais utilizado no Brasil hoje.
Adeptos desse estilo são o Déo Rian, como já citado, Hamilton de
Holanda, Pedro Amorim, Marcílio Lopes, Izaias Bueno, Armandinho
Macêdo e outros...
Armandinho e Izaias com uma característica de utilizarem o dedo
mínimo apoiado sobre o tampo em muitos momentos. Eu,
particularmente, não recomendo essa prática!

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Pra finalizar essa parte, quero te dizer que mais importante do que
a técnica que eu estou indicando aqui como mais produtiva, ou mais
assertiva, ou mesmo a que é mais utilizada, o que realmente
importa em todos os casos é tu pegares o bandolim, experimentar
o que é proposto pelo professor e perceber de qual maneira TU
consegue melhores resultados: sonoros, timbre, dinâmica, controle
dos movimentos, velocidade, assertividade dos arpejos, etc...
A gente estuda e observa, as vezes até cria, uma forma que entende
por ser a que permite melhores resultados com o menor esforço e
por isso eu indico o “estilo Jacob” de palhetar, porém, sempre
incentivo muito os meus alunos a experimentar. A experimentação
é parte da vida do ser humano. Por quê no estudo da música seria
diferente!?
Portanto experimente as formas apresentadas aqui, ouça
gravações e busque extrair a mesma sonoridade pra ver de que
forma mais se aproxima, observe os bandolinistas em atividade
tocando e como trabalham sua palhetada. O Youtube está aí pra
isso! Aliás, tenho um canal lá e podes visitar >>>NESTE LINK<<<.

Mãos à obra!

Não precisa parar tudo que vem fazendo pra estudar somente a
mão direita. Porém, indico que a partir de hoje, passe a dedicar um
tempo fixo e diário só pra ela. Toque trechos de músicas que já

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domina, num andamento lento, observando se está conseguindo
fazer os movimentos como planejou fazer.
Cuidado, pois geralmente o que acontece é que a gente começa
com o novo movimento e dois compassos depois, sem perceber, já
está tocando conforme nosso costume antigo!! Observe cada
movimento pra poder ter certeza que está percebendo as
diferenças entre as diferentes maneiras de tocar. Não tenha pressa!
Lembre-se que o resultado sempre vem à longo prazo... Por isso
tem que dedicar odo dia, nem que seja 10 minutos! Costumo dizer
que o tempo que tiver, faça valer apena. Antes pouco tempo bem
aproveitado do que horas e horas sem produtividade!

Não quero aqui mudar simplesmente, o teu jeito de tocar o


bandolim. Nem faze-lo tocar parecido com a maneira como eu toco.
O que eu quero é te apresentar reflexões, opções, técnicas
estudadas e postas em prática com estudos de caso – 942 se tu te
lembras bem do número de alunos que já tive – pra tu olhes pro
bandolim e enxergue diferentes possibilidades e possa estuda-las
pra definir qual é a que melhor se encaixar pra sua técnica evoluir.
O que me interessa de verdade é que eu consiga te ajudar a evoluir
musical e tecnicamente. Isso é que me gratifica!

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E lembre-se:

“Para se tornar um bom músico é necessário


um pouco de talento e inspiração,
muito estudo e perseverança, humildade
para reconhecer as suas deficiências
e muito esforço para vencê-las.”

Bohumil Med

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GUIA DA TABLATURA

A TABLATURA ou TAB, é a representação da escala do bandolim, ou


seja, das cordas do bandolim tal e qual tu enxergas quando está com o
instrumento nas mãos. Pra quem não sabe ler a partitura, serve pra
saber em que casa deve tocar cada nota. Vou te explicar como funciona:
A primeira coisa é saber reconhecer o braço do bandolim, quando está
escrito no papel.
Veja:

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Note que o bandolim tem a marcação na 10ª casa, não na 9ª casa como
o cavaquinho e o violão. Porém, encontro muito bandolim com a
marcação errada, fruto de uma construção sem conhecimento da
escala do instrumento. Eu atento este detalhe pois essa marcação vai
te ajudar a enxergar as posições de acordo com a afinação do bandolim.
Se ela estiver marcada na 9ª casa tu vai visualizar as notas erradas, fora
do padrão da escala de cada corda. Exemplo: as notas na 10ª casa do
bandolim são (do agudo pro grave, respectivamente): D, G, C, F, Bb.
Se marcadas na 9ª casa, ficariam: C#, F#, B, E, A
Isso tem mais a ver com onde e como posicionar os dedos na digitação
das escalas, usando as marcações como um guia para o posicionamento
dos dedos. Vamos ver isso logo em seguida, na digitação da Escala
Cromática!

Quando temos a música ou, no nosso caso, as escalas, já escritas na


pauta musical, com o acréscimo da TAB (tablatura) a leitura se dá da
seguinte maneira:

 Tablatura = cordas do instrumento + número da casa aonde você


deve tocar na corda aonde o número estiver escrito.

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 Digitação = dedo da mão esquerda com o qual você deve tocar na
nota (pauta) ou casa (TAB) correspondente, visando a digitação
correta.
 As cordas na TAB são lidas como nos bracinhos dos acordes:
debaixo para cima na folha/tela, 5ª para a 1ª corda, ou seja, do grave
pro agudo.

GUIA DA PARTITURA

Aqui quero explicar os sinais e como você vai ler os exercícios das
escalas na prática.

1) Se tu não sabes ler a partitura, apenas atente para a TAB (que indica
a casa onde deve tocar) e veja na partitura as notas escritas na pauta
para que possa ir se habituando com a leitura e os sinais utilizados
para anotar os sons. Lembre-se que a partitura é uma linguagem
musical universal, portanto, mais cedo ou mais tarde é importante tu
aprimorar a leitura pra poder ampliar as tuas possibilidades de
repertório. Aprender a ler partituras também ajuda e muito, a
aprimorar a percepção rítmica, uma vez que tu conseguirás
imediatamente ao ouvir uma melodia ou uma convenção rítmica,
traduzir na sua mente, o sinal da notação rítmica. “Enxergando” com
clareza os ritmos, tu vais conseguir tocá-los com muito mais precisão
e manemolência!

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2) Os números escritos abaixo de cada nota, se referem ao DEDO com
o qual tu vais digitar no instrumento.
Então, como iremos observar a digitação dos dedos da mão esquerda
está em VERMELHO e a casa em que deve tocar, em AMARELO.

3) Os números que aparecem eventualmente, acima de algumas notas,


dentro de um CÍRCULO, são para indicar a CORDA em que aquela
nota deve ser tocada. E por que isso? Porque muitas vezes
precisaremos fazer um salto de posição, usando a corda solta para ir
mais adiante no agudo. Ou, quando estivermos voltando pro grave
na descendente. Nesses casos, tocaremos uma nota que
normalmente teríamos em outra corda numa região mais grave do
braço, numa posição mais aguda da corda mais grave. É
importantíssimo que tu observes estes números acima da partitura,
para poder fazer os saltos de posição de maneira mais fácil. Este é o
ponto principal da “Digitação Inteligente” proposta neste trabalho.

Ex:

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Nota Ré na 3ª corda solta – subindo
Nota Ré na 7ª casa da 4ª corda – descendo
Nota Lá na 2ª corda solta – subindo
Nota Lá na 7ª casa da 3ª corda – descendo
Nota Mi na 1ª corda solta – subindo
Nota Mi na 7ª casa da 2ª corda – descendo

CORDAS SOLTAS NO BANDOLIM

Precisamos saber aonde anotam-se as cordas no bandolim, tanto na


pauta quanto na TAB.
8 cordas

10 cordas

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Vamos às escalas!!

A primeira escala que vamos estudar de fato, é a ESCALA


CROMÁTICA.
Mas por que a Escala Cromática vem primeiro? Porque ela é que te
dará o posicionamento correto dos dedos pra “Digitação
Inteligente” no braço do bandolim.

Cromatismo é o movimento por intervalo de semitom, ou seja, o


menor intervalo entre dois sons, entre duas notas, na música
ocidental, não permitindo nenhuma nota entre a de partida e a de
chegada. Na prática compreende o salto de uma casa pra cima (pro
agudo) ou pra baixo (pro grave) no braço do bandolim.
É importante observar, pra quem está começando, que quando
temos uma corda qualquer solta, a nota que está 1 semitom acima
será o dedo preso na 1ª casa daquela corda.
Falo isso porque muito aluno iniciante não conta a corda solta como
sendo uma nota musical. Geralmente pensam que as notas se
encontram apenas sobre as casas que apertamos com os dedos da
mão esquerda. Só que não! As cordas soltas soam notas musicais
também... 
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Como puderam ver, nomeamos todas as notas existentes na música
ocidental: 7 notas naturais e 10 com acidentes musicais sendo que
destas 10, na verdade só existem 5 sons. Cada um destes 5 sons,
podem ser chamados por 2 nomes diferentes, por exemplo, o C#
(dó sustenido) pode também se chamar Db (ré bemol). O contexto
musical é que irá definir como ele chamará.
Não nos interessa agora aprofundar na teoria musical, mas pra ti
não ficar perdido caso não entenda disso, observe os nomes das
notas quando está subindo do grave pro agudo, e quando está
descendo do agudo pro grave. Vais ver que algumas delas que estão
sobre a mesma casa, chama-se por notas diferentes dependendo
do movimento.
Um exemplo mais prático é tocar a nota Dó (C) na 2ª corda, 3ª casa.
Suba 1 semitom (1 casa) e terá a nota Dó sustenido (C#) na 4ª casa
da 2ª corda.
Suba mais 1 semitom e terá a nota Ré (D), na 5ª casa da 2ª corda.

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Agora faça o movimento contrário: desça 1 semitom do Ré (D) na 5ª
casa da 2ª corda e terá o Ré bemol (Db) na 4ª casa da 2ª corda.
Desça mais 1 semitom e terá novamente o Dó (C) na 3ª casa da 2ª
corda.
Agora repare que a nota sobre a 4ª casa da 2ª corda, ora se chamou
C#, ora se chamou Db. A isso damos o nome de Sons Enarmônicos:
notas com mesmo som, mas com nomes diferentes!

Bom, como eu disse, a escala cromática vai te ajudar a posicionar os


dedos corretamente sobre a escala do bandolim, pois como muitas
vezes o aluno não sabe, a digitação é bem diferente da que é
empregada no cavaquinho e no violão, por exemplo!

Subida com os dedos 1 e 2 pegando duas casas cada.


Dedo 1 = casas 1 e 2
Dedo 2 = casas 3 e 4

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Descida com os dedos 4 e 1 tocando 2 notas cada.
Dedo 4 = casas 6 e 5
Dedo 1 = casas 2 e 1

E por que eu faço uma digitação na subida e outra na descida? Por


vários motivos que ao longo do tempo eu pude observar em nos
meus estudos e com os alunos.
1) É mais fácil andar pra frente do que pra trás, isso já admitimos lá
em cima! Portando, o movimento de duas notas com mesmo
dedo, quando colocado consecutivamente, na descendente,
deixa a digitação “truncada” e a chance de que “tropiquemos”
um dedo sobre o outro é muito maior. Sendo assim,
experimentei separar o movimento do dedo 2 para o dedo 4 na
descendente, e deu muito certo porque dá um espaçamento
entre esses dois movimentos e não “acavala” os dedos uns por
cima dos outros por estarem separados.
2) O dedo mínimo – o famoso dedo 4 – como devem saber, se não
sabem, vos digo, é o dedo mais debiloide da mão esquerda. É o
que tem menos força, menor precisão nos movimentos, é o mais
devagar pra tudo e a independência dele pro dedo 3 também não
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é das melhores. Portanto, quando vamos usá-lo, intuitivamente
o fazemos empregando mais força nos movimentos.
Observando isso eu passei a utilizar essa força maior que a mão
como um todo precisa fazer pra usar o dedo 4, para impulsionar
já o segundo movimento quando o cromatismo for
descendente. É uma questão de engenharia e física avançadas.
Mentira! 
Mas faz todo sentido uma vez que essa força a mais seria
totalmente desperdiçada e teríamos problemas logo ali atrás
por tropicar um dedo no outro ao fazer os movimentos duplos
seguidos um do outro.
3) Também por que tendo um espaço entre o primeiro movimento
duplo – dedo 4 nas casas 6 e 5 – e o segundo movimento duplo –
dedo 1 nas casas 2 e 1 – temos mais espaço pra pensar e observar
a colocação dos dedos, o que nos dá uma margem maior de
acerto!

Qual deve ser o teu estudo sobre a escala cromática? Como eu


disse, ela vai definir o posicionamento correto da mão esquerda
sobre a escala do bandolim. Sendo assim, observe corretamente a
subida e a descida, quais os dedos repetem em cada ocasião e
estude para adquirir fluência primeiro na escala cromática. Tente
não passar adiante antes de ter uma ótima digitação da escala
cromática.

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Tu podes pegar o metrônomo e colocá-lo na velocidade de 60bpm
e então tocar uma nota por tempo no metrônomo. Ou seja, em
cada clique do metrônomo tu toca uma nota. Se achar muito
rápido, pode baixar pra 50bpm. O importante não é velocidade, é
domínio do braço tirando um som limpo e bonito. A velocidade vem
naturalmente com o tempo. Se tu não se preocupar com ela agora,
e se atentar à sonoridade e a digitação precisa, vai ver que quando
tiver mais técnica pra tocar mais rápido, o fará tirando um som
bonito do bandolim. Do contrário, se quiser colocar a carroça na
frente dos bois agora, e ficar tocando tudo rápido e sujo, vai tocar
assim pra sempre! Vai por mim... Tem muita gente tocando sujo por
que não tem paci6encia pra primeiro entender e aprimorar os
movimentos pra depois subir a velocidade! Não queremos isso, não
é mesmo!?

Bueno, pratique todos os dias, até como forma de aquecimento.


Podem ser 2 minutos, 5 minutos, podem ser “X” idas e vindas que
você defina como seu tempo de estudo fixo e diário!

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Sobre as escalas maiores e menores, tu vais seguir a seguinte rotina
de estudos:

1) Vai tocar UMA ESCALA POR DIA


2) Vai tocar TODOS OS DIAS
3) Vai tocar DEVAGAR buscando um som limpo
4) Vai observar os DEDOS e CORDAS corretos que estão indicados
5) Vai mudar SEMPRE pra outra escala no dia seguinte
6) Vai recomeçar da primeira escala no 16º dia e assim por diante...
7) Vai ter uma mentalidade vencedora e ser dedicado
8) Vai tentar ser melhor do que foi antes, a cada recomeço no Dó
maior
9) Vai tocar as escalas como PARTE do estudo e não como o estudo
todo. Pode continuar tocando repertório, aprendendo músicas e
experimentando outras coisas, porém, FAÇA TODOS OS DIAS.

---
Lembre-se que o objetivo deste trabalho é te ajudar a conhecer melhor
o braço, a escala do bandolim, adquirir fluência, enxergar as
possibilidades e ficar mais tranquilo na hora de tocar o repertório,
compor, improvisar, etc...

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Tudo que está escrito aqui foi estudado por mim durante esses 16 anos
de carreira e aplicado com os alunos nestes 15 anos como professor.
Este conteúdo é fruto do trabalho pessoal e dos estudos de caso com
os alunos vendo o que funcionou e o que não funcionou com a maioria
deles ao longo do tempo.
De maneira alguma pretendo criar aqui qualquer ideia de “tratado” ou
“lei”. Vejo tese livro como uma ferramenta que serve pra determinadas
tarefas. Talvez pra tarefas diferentes, necessite abrir sua caixa de
ferramentas e buscar outra, ou então buscar essas ferramentas com
quem tem pra oferece-las a você!
Eu acredito na concepção do compositor austríaco Arnold Schöenberg,
que disse no seu famoso “Harmonia (1910) que cada conteúdo
aprendido em música é como uma ferramenta que serve pra uma tarefa
específica e que não há problemas em abandonar ou mudar pra uma
ferramenta diferente quando a primeira já não se fizer mais útil.
Portanto, proponho aqui um caminho. Não, O caminho!
Estudem, experimentem, inventem, testem, reflitam e descubram... O
processo é que importa, não o fim, por que em música o fim
simplesmente não existe.

Qualquer dúvida, entre no nosso Grupo FECHADO no Facebook, pra


trocar ideias, e tirar dúvidas com a comunidade.

Bom estudo!!!

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40

bandolim 8 e 10 com sustenidos

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3

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C 2


4 1


5

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    
0 1 3 5 7 8 7 5 3
T 0 2 3 5 8 7 5 3 2
A 0 2 3 5 7 5 3 2
B 0 2 4 5 7 5 4 2
0 2 4 5 7 5 4 2 0
0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 0

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1

       
2 3

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G
 
1 1 2 4

      
 
G 0 10 12 14 15 14 12 10 0
0 2 3 5 9 10 12 14 15 15 14 12 10 9 5 3 2
0 2 4 5 7 5 4 2
0 2 4 5 7 5 4 2 0

0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 0 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 0

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 D
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1


3 4 5

      
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    
0 2 3 5 7 9 10 9 7 5
0 2 4 5 10 9 7 5 4
0 2 4 5 9 7 5 4 2
0 2 4 6 7 6 4 2
2 4 6 7 6 4 2

1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 1 2 3 4 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1
2

41

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1


1

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A 2


3 4

 
1 3

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 
0 9 10 12 14 16 17 16 14 12 0
0 2 4 5 9 11 12 14 17 16 14 12 11 5 4 2
0 2 4 6 16 7 6 4 2
2 4 6 7 6 4 2

1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 1 2 3 4 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 0 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1

           2   
     
E
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3


4 5

    
    
0 7 9 11 12 11 9 7 0
0 2 4 6 9 11 12 12 11 9 6 4 2
1 2 4 6 7 6 4 2 1
1 2 4 6 6 4 2 1
4 6 6 4

2 3 1 1 2 3 1 1 2 3 0 1 2 3 0 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 0 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 1 4 2

          2   
   
B
       
     

0 2 4 6 7 6 4 2
1 2 4 6 7 6 4 2 1
1 2 4 6 6 4 2 1
4 6 6 4 3 1 1 3 4
6 4 3 1 3 4 6
2 3 1 1 2 3 1 1 2 3 0 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 2 3 4 1 2 3
3

42

F          2 

          
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4

    
3 5

     
    
1 2 4 6 7 9 11 13 14 13 11 9
1 2 4 6 14 13 11 9 8
1 3 4 6 13 11 9 8 6
1 3 4 6 11 10 8 6 4 3
6 8 6

4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 3 1 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 4 3 2 1 1 3 2

C     
              
2 3


5

     
4

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      

1 2 4 6 8 9 8 6 4
1 3 4 6 9 8 6 4 3
1 3 4 6 8 6 4 3 1
1 3 5 6 6 5 3 1
1 3 5 6 6 5 3 1

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 3 4 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1
4

43
com bemóis

         2 
     
   
F
 
3 4

 
5

     
    
0 8 10 12 13 12 10 8 0
0 1 3 5 8 10 12 13 13 12 10 8 5 3 1 0
0 2 3 5 5 3 2
0 2 3 5 7 5 3 2
5 7 5

3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 4 3 2 1 4 3

         4  
3

B
  
    
1


2

  
3


2

  
  
 

8 10 11 13 15 17 18 17 15 13
0 8 10 12 13 18 17 15 13 12 0
0 1 3 5 8 10 12 13 17 15 13 1210 5 3 1 0
3 5 15 5 3 2 0 0 2 3
5 3 2 0 2 3 5
2 3 01 2 3 01 2 3 412 3 4 1 2 3 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 214 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 1 2 3 0 1 2

E         2
    
     
3 4

     
    

1 3 4 6 8 10 11 10 8 6
1 3 5 6 11 10 8 6 5
0 1 3 5 6 10 8 6 5 3
0 1 3 5 8 7 5 3 1 0
3 5 5 3

2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 4 3 2 1 0 3 2
5

44

     2
A
         3
           
   
4

 
4

   
5 5

      
  

1 3 4 6 8 9 11 13 15 16 15 13 11
1 3 4 6 16 15 13 1110
1 3 5 6 1513 1110 8
1 3 5 6 13 1210 8 6 0 0 1
12 10 8 5 3 1 0 1 3 5
1 2 3 41 2 34 1 2 34 12 3 1 2 3 1 2 3 4 3 2 1 4 32 1 1 4 3 2 21 4 4 321 4 3 2 0 3 2 1 0 1 2 3 0 1

D
         2 
        
3 4

   
5

      
     
1 2 4 6 8 9 8 6 4
1 3 4 6 9 8 6 4 3
1 3 4 6 8 6 4 3 1
1 3 5 6 6 5 3 1
1 3 5 6 6 5 3 1

     2
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 3 4 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1

G       
     
   
4


3

  
5

     
   
1 2 4 6 7 9 11 13 14 13 11 9
1 2 4 6 14 13 11 9 8
1 3 4 6 13 11 9 8 6
1 3 4 6 11 10 8 6 4
6 10 8 6

4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 3 1 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 1 4 3 2 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2
6

45

      2
C         3 1 2
  
1

     
2

       
1

   
 
0 9 11 12141618191816 14 0
1 2 4 6 9 11 13 14 1918161413 6 4 2 1
1 2 4 6 1816 6 4 2 1
4 6 6 4 3 1 1 3 4
6 4 3 1 3 4 6
2 311 23 11 2 301 2 3 4 1 2 31 2 34 3 2 1 4 3 2 11 43 0 3 2114 3 2 14 32 1 43 2 1 2 3 4 1 2 3

         2 
       3
 
C
     
2 1

   
1

 
1

       
    
   
0 7 8 10 12 1315 1719 20 1917 15 0
0 2 3 5 8 1012 20 19 17 15 14 5 3 2 0
0 2 3 5 191715 5 3 2 0
0 2 4 5 5 4 2 0
0 2 4 5 5 4 2 0

0 1 2 3 0 12 3 0 1 2 3012 3 01 2 3 1 1 2 3 4 1 2 34 3 2 1 4 3 2 11 3 2 1 0 3 210 32 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0
com sustenidos 46
bandolim 8 e 10

         
       
 
Am
        
   
0 7 8 10 12 13 15 17 15 13 12 0
T 0 2 3 5 8 10 12 17 15 14 12 10 5 3 2 0
A 0 2 3 5 15 5 3 2 0
B 2 4 5 5 4 2
1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 3 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1

      
        
Em
      
7

     
      

7
0 7 8 10 12 10 8 7 0
0 2 3 5 9 10 12 12 10 9 5 3 2 0
0 2 4 5 5 4 2 0
0 2 4 5 5 4 2 0
4 6 6 4

      2
2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2

 
          3 1
  
1

 
Bm

2


1

 
13

    
  
13
0 9 10 12 14 15 17 19 17 15 14 0
0 2 4 5 9 1012 14 19 17 16 14 12 5 4 2 0
0 2 4 5 17 16 5 4 2 0
4 6 6 4 2 0 0 2 4
6 4 2 1 2 4 6
2 3 01 2 3 01 2 30 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 3 2 0 3 210 3 2 1 0 3 2 1 0 4 2 1 1 1 2 3 0 1 2
2

47

 F m
          2   1 2
   
1

     
3

   
20 1 2

 
4

      
   
20
0 9 10 12 14 12 10 9 0
0 2 4 5 9 11 12 14 14 12 11 9 5 4 2 0
0 2 4 6 6 4 2 0
1 2 4 6 6 4 2 1
6 6
4 1 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 1 4
C m      2 1 2
        
1

 
3

    
1


26 2 4


5

      
    
26

0 4 5 7 9 7 5 4 0
0 2 4 6 9 9 6 4 2 0
1 2 4 6 6 4 2 1
1 2 4 6 6 4 2 1
1 3 4 6 6 4 3 1
1 2 3 4 1 1 2 3 1 1 2 3 0 1 2 3 0 4 1 2 3 4 3 2 1 4 0 3 2 1 0 3 2 1 1 4 3 2 1 4 3 2 1

G m          2 

         
1

   
3

  
1

  
32 2 1 2


4

    
 
32
0 9 11 12 14 16 14 12 11 0
1 2 4 6 9 11 13 14 16 14 13 11 9 6 4 2 1
1 2 4 6 6 4 2 1
1 3 4 6 6 4 3 1
1 2 3 4 1 1 2 3 1 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 0 3 2 1 1 4 3 2 1 4 3 2 1
3

48

D m        2
            
   
38 3 4

      
   
   
38
1 2 4 6 7 9 11 9 7 6
1 2 4 6 11 9 8 6 4
1 3 4 6 9 8 6 4 3
1 3 4 6 8 6 4 3 1
3 5 6 6 5 3
2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2 2 1 4 3 2

A m          2 
                 
    
3

   
44 1 4 5

    
  
44
1 2 4 6 8 9 11 13 14 16 18 16 14 13
1 3 4 6 18 16 15 13 11
1 3 4 6 16 15 13 11 10
3 5 6 15 13 11 10 8
13 12 10
2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 2 1 4 4 3 2 1 3 3 2 2 1 4 3 2
4

49
com bemóis

         2 
     
Dm 1

  
50 3 4 1 2


5

        
  
    
50
0 5 6 8 10 8 6 5
0 1 3 5 8 10 10 8 7 5 3
0 2 3 5 8 7 5 3 2
0 2 3 5 7 5 3 2
2 4 5 7 5 4 2

1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 0 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1

        2
           
1

 
Gm
 
4

  
56 2 3 2

 
3 5

    
 
56
8 10 11 13 15 13 11 10
0 8 10 12 13 15 13 12 10 8
0 1 3 5 8 10 12 13 13 12 10 8 7
0 2 3 5 12 10 8 7 5
10 9 7
0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2 2 1 4 3 2

    
    
Cm
   
62

      
     
   
62
1 3 4 6 8 6 4 3
1 3 5 6 8 6 5 3 1
0 1 3 5 6 6 5 3 1 0
0 1 3 5 5 3 1 0
0 2 3 5 5 3 2 0
0 1 2 3 0 1 2 3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 3 2 1 0 3 2 1 0 3 2 1 0
5

50

        2
          
  
Fm
   
68 3 4

 
5

     
   
68
1 3 4 6 8 9 11 13 11 9 8
1 3 4 6 13 11 10 8 6
1 3 5 6 11 10 8 6 5
0 1 3 5 6 10 8 6 5 3
5 8 7 5
3 0 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2 2 1 4 3 2

B m
     

        
74

  
    

74
1 2 4 6 4 2 1
1 3 4 6 6 4 3 1
1 3 4 6 6 4 3 1
3 5 6 6 5 3 1 1 3
6 5 3 1 0 1 3 5 6
2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 4 3 2 1 0 1 2 3 4 1 2

E m         2
        
        
80 3 4 5

     
   
80
1 2 4 6 7 9 11 9 7 6
1 2 4 6 11 9 8 6 4
1 3 4 6 9 8 6 4 3
1 3 4 6 8 6 4 3 1
3 5 6 6 5 3
2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 1 2 1 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 4 4 3 2 1 4 3 2 2 1 4 3 2
6

51

      2
A m        1 2

1

   3
2

   
1 4

   


86 5

    
 
86
0 9 11 12 14 16 14 12 11 0
1 2 4 6 9 11 13 14 16 14 13 11 9 6 4 2 1
1 2 4 6 6 4 2 1
1 3 4 6 6 4 3 1 1
6 4 3 1 3 4 6
1 2 3 4 11 2 3 1 12 3 0 1 2 3 4 1 2 2 3 4 3 2 1 4 3 3 2 1 0 3 2 11 4 32 1 4 3 2 1 4 3 2 1 2 3 4 1
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