Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
VOLUME 04
MÃO DE OBRA
2017
VOLUME 04
MÃO DE OBRA
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
A. VERSÃO ATUAL
EQUIPE TÉCNICA:
A. VERSÃO ATUAL
B. PRIMEIRAS VERSÕES
SUPERVISÃO DO DNIT:
Eng.º Silvio Mourão (Brasília)
Eng.º Luciano Gerk (Rio de Janeiro)
12v. em 74.
ii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
MANUAL DE CUSTOS DE
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
VOLUME 04
MÃO DE OBRA
BRASÍLIA
2017
iii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Setor de Autarquias Norte, Bloco A, Edifício Núcleo dos Transportes, Edifício Sede do
DNIT, Mezanino, Sala M.4.10
Brasília - DF
CEP: 70.040-902
Tel.: (061) 3315-8351
Fax: (061) 3315-4721
E-mail: cgcit@dnit.gov.br
Revisão:
Fundação Getulio Vargas - FGV
Contratos 327/2012-00 e 462/2015 (DNIT)
Aprovado pela Diretoria Colegiada em 25/04/2017
Processo Administrativo nº 50600.096538/2013-43
Direitos autorais exclusivos do DNIT, sendo permitida reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte (DNIT), mantido o texto original e não acrescentado nenhum tipo de propaganda comercial.
iv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
APRESENTAÇÃO
Volume 03 - Equipamentos
Volume 05 - Materiais
v
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
vi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
RESUMO
O Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes apresenta as metodologias, as premissas e as
memórias adotadas para o cálculo dos custos de referência dos serviços necessários à execução de
obras de infraestrutura de transportes e suas estruturas auxiliares.
vii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
ABSTRACT
The Transport Infrastructure Costs Manual presents the methodologies, assumptions and calculation
sheets adopted for defining the required service referential costs to implement transport infrastructure
ventures and its auxiliary facilities.
ix
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
LISTA DE FIGURAS
xi
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
LISTA DE TABELAS
xiii
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
xiv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3
2. SALÁRIOS ................................................................................................... 7
3. ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS ............................................... 21
3.1. Encargos Sociais para Trabalhadores Horistas .................................... 24
Grupo A ...................................................................................................... 24
Grupo B ...................................................................................................... 25
Grupo C ...................................................................................................... 33
Grupo D ...................................................................................................... 37
Resultados Finais ....................................................................................... 38
3.2. Encargos Sociais para Trabalhadores Mensalistas .............................. 39
Grupo A ...................................................................................................... 39
Grupo B ...................................................................................................... 39
Grupo C ...................................................................................................... 44
Grupo D ...................................................................................................... 47
Resultados Finais ....................................................................................... 48
3.3. Desoneração da Mão de Obra ................................................................. 49
4. ENCARGOS COMPLEMENTARES .......................................................... 53
4.1. Alimentação de Pessoal........................................................................... 53
4.2. Transporte de Pessoal ............................................................................. 55
4.3. Ferramentas Manuais ............................................................................... 57
4.4. Equipamentos de Proteção Individual - EPI ........................................... 59
4.5. Exames Médicos Ocupacionais .............................................................. 63
5. ENCARGOS ADICIONAIS ......................................................................... 67
5.1. Cesta Básica ............................................................................................. 69
5.2. Seguro de Vida e Auxílio Funeral ............................................................ 71
5.3. Assistência Médica/Odontológica .......................................................... 72
6. TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS .............................................. 75
6.1. Trabalho Extraordinário ........................................................................... 75
6.2. Trabalho Noturno ..................................................................................... 76
6.3. Trabalho Insalubre ................................................................................... 76
6.4. Trabalho Perigoso .................................................................................... 77
6.5. Categorias Profissionais com Adicionais de Insalubridade e
Periculosidade .......................................................................................... 78
6.6. Não Cumulatividade dos Adicionais de Insalubridade e Periculosidade
................................................................................................................... 79
xv
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
1. INTRODUÇÃO
1
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
1. INTRODUÇÃO
3
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
2. SALÁRIOS
5
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
2. SALÁRIOS
7
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
715505 Carpinteiro
9812 Engenheiro
8
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
213405 Geólogo
9836 Geólogo
213410 Geólogo de engenharia
Imediato da marinha mercante - Capitão de
cabotagem (imediato), Capitão de longo curso
215125 9908 Imediato
(imediato), Primeiro oficial de náutica (imediato),
Segundo oficial de náutica (imediato)
622010 Jardineiro 9815 Jardineiro
9
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
10
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
11
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
715210 Pedreiro
9821 Pedreiro
715230 Pedreiro de edificações
715210 Pedreiro
9952 Pedreiro - mensalista
715230 Pedreiro de edificações
12
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
724305 Brasador
13
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Tabela 02 - Critérios de formação de salários de categorias sem equivalência direta com a CBO
Código
Categoria Profissional Critério de Formação de Salário
SICRO
14
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Tabela 02 - Critérios de formação de salários de categorias sem equivalência direta com a CBO
(2/2)
Código
Categoria Profissional Critério de Formação de Salário
SICRO
Os valores abaixo do salário mínimo nacional foram desprezados para não influenciar
o resultado final, visto que salários nominais abaixo deste limite decorrem de
lançamentos equivocados.
Para as categorias com salário definido de forma horária (horistas), dividiu-se o salário
médio por duzentos e vinte (número de horas legais trabalhadas no mês), obtendo-se
o valor do salário médio/hora.
15
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
16
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Os reajustes dos acordos e convenções coletivas de trabalho são aplicados para cada
unidade da federação, observando as condições e os critérios de aplicabilidade, de
acordo com o disposto em cada uma delas.
17
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
A metodologia de cálculo dos salários médios, explanada no presente item, pode ser
sintetizada na Figura 01.
Figura 01 - Síntese da metodologia para definição dos salários médios do SICRO
18
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
19
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Para alguns códigos do SICRO, onde não foram encontrados correspondentes diretos
na CBO, adotaram-se os parâmetros e encargos sociais calculados para categorias
semelhantes, conforme apresentado na Tabela 04.
Tabela 04 - Equivalência de categorias CBO - IBRE
Código
Categoria Profissional Encargos Sociais Adotados
SICRO
21
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
AC 124.608 2.386
AL 491.992 19.514
AP 116.351 1.906
AM 674.720 12.394
BA 2.633.757 65.757
CE 1.583.399 42.493
DF 1.009.577 31.709
ES 1.116.149 40.295
GO 1.702.468 57.900
MA 701.409 16.368
MT 946.906 31.365
MS 718.933 32.223
MG 5.974.341 263.627
PA 1.181.912 24.509
PB 607.741 21.201
PR 3.474.021 129.050
PE 1.805.965 48.393
PI 406.018 14.534
RJ 4.751.119 178.272
RN 632.877 23.549
RS 3.359.495 160.441
RO 395.672 10.582
RR 89.436 1.943
SC 2.492.061 127.914
SP 16.031.349 564.051
SE 419.029 13.537
TO 279.156 7.272
22
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Taxa
UF
de Fecundidade
AC 2,95
AL 2,22
AP 2,48
AM 2,59
BA 2,05
CE 1,99
DF 1,75
ES 1,80
GO 1,87
MA 2,56
MT 2,08
MS 2,04
MG 1,79
PA 2,50
PB 1,95
PR 1,86
PE 1,92
PI 1,99
RJ 1,68
RN 1,98
RS 1,76
RO 2,16
RR 2,41
SC 1,71
SP 1,66
SE 1,95
TO 2,41
23
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
O levantamento dos dados para o cálculo dos encargos sociais foi realizado
obedecendo-se os mesmos critérios estabelecidos no cálculo dos salários (12 meses
e horas semanais iguais a 44).
Grupo A;
Grupo B;
Grupo C;
Grupo D.
Grupo A
24
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Parcela da
Item Legislação Aplicada Fator (%)
Contribuição
Grupo B
25
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
26
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Domingos 52,25
Concluída a definição das horas trabalhadas por ano, apresentaremos a seguir, como
exemplo, a memória de cálculo dos encargos sociais do Grupo B para os serventes
no estado do Rio de Janeiro.
PRE
(( ) × DA ) − F
MA MA
B1 = × ( ) × JDT × 100 = 17,50%
DS PRE
(( ) )
27
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
onde:
B2 - Feriados
PRE PRE-1 MA
( ) × NFA × ( ) × ( ) × JDT
MA PRE PRE
B2 = ( ) × 100 = 4,81%
HT1
onde:
B3 - Férias
1+ 1⁄3 HT
Se PRE ≥ 12 → B3 = × × 100
12 HT1
Se PRE < 12 → B3 = 0
onde:
28
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
O tempo médio de emprego é dividido por 12 (doze), referente aos meses do ano, e
seu valor inteiro é considerado no cálculo das férias gozadas. A parcela referente aos
meses incompletos para o período de um ano é utilizada para o cálculo das férias
indenizadas.
B4 - Auxílio Enfermidade
É comum a ausência no trabalho por períodos inferiores aos 15 dias e, portanto, estes
afastamentos não são incluídos nas estatísticas da Previdência Social. Para
considerar também essas ocorrências, acrescentam-se 2 (dois) dias de ausência por
motivo de doença ao ano.
NAD 178.272
PO = × 100 = × 100 = 3,75%
NCE 4.751.119
onde:
((DAE + 2) × JDT)
B4 = × 100 = 0,94%
HT1
onde:
29
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
onde:
B6 - Licença Paternidade
TFE 1,68
PTF = × 100 = × 100 = 4,94%
(49-15) (34)
onde:
onde:
30
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
onde:
NDL × JDT
B6 = × 100 = 0,08%
HT2
onde:
B7 - 13º Salário
1 HT
B7 = × × 100 = 9,17%
12 HT1
onde:
B8 - Faltas Justificadas
31
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
DAJ × JDT
B8 = × 100 = 0,74%
HT1
onde:
Para apurar o percentual referente à parcela de remuneração das férias sobre licença
maternidade é calculado, primeiramente, o percentual da taxa de fecundidade do
IBGE (PTF), utilizando os valores de cada unidade da federação, conforme
metodologia apresentada a seguir.
DLM 30 + 10
B9 = (PTF × PNM × PNMF) × × × JDT = 0,01%
365,25 HT3
onde:
32
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
B3 Férias 0,00%
Grupo C
33
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
1
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,1
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,2
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,3
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
onde:
1
C1 = × 0,7559 × 100 × 0,9 = 6,17%
10,03
34
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
RJT DSJ
C2 = × × 100 × 0,1 = 0,19%
JDT PRE
onde:
C3 - Férias Indenizadas
PRE PRE
NMIF = − INTEIRO ( ) = 0,9
12 12
onde:
O percentual referente à parcela de Depósito por Rescisão Sem Justa Causa é obtido
por meio da seguinte expressão:
35
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
onde:
FGTS representa a taxa do depósito no valor de 50% (40% FGTS e 10% referente à
Lei Complementar nº 110 de 29/06/2001);
EGB representa os encargos sociais do Grupo B = 33,74%;
DSJ representa a fração de funcionários dispensados sem justa causa = 75,59%.
C5 - Indenização Adicional
DAP × JDT 1
C5 = × × DSJ ×100 = 0,70%
HT1 12
onde:
36
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Grupo D
onde:
onde:
37
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Resultados Finais
Grupo D 13,32%
Total 106,20%
38
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Grupo A
Grupo B
39
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
B1 - Férias
1 + 1⁄3 HT
Se PRE ≥ 12 → B1 = × × 100 = 12,23%
12 HT1
Se PRE < 12 → B1 = 0
onde:
B2 - Auxílio Enfermidade
NAD 178.272
PO = × 100 = × 100 = 3,75%
NCE 4.751.119
onde:
onde
40
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
((DAE + 2) × JDT)
B2 = × 100 = 0,94%
HT1
onde:
A parcela de encargo social referente ao auxílio acidente de trabalho é obtida por meio
da seguinte expressão:
onde:
B4 - Licença Paternidade
TFE 1,68
PTF = × 100 = × 100 = 4,94%
(49-15) (34)
onde:
41
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
onde:
NDL × JDT
B4 = × 100 = 0,08%
HT2
onde:
B5 - 13º Salário
1 HT
B5 = × × 100 = 9,17%
12 HT1
onde:
B6 - Faltas Justificadas
DAJ × JDT
B6 = × 100 = 0,74%
HT1
onde:
42
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
DLM 30 + 10
B7 = (PTF × PNM × PNMF) × × × JDT = 0,01%
365,25 HT3
onde:
B1 Férias 12,23%
43
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Grupo C
1
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,1
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,2
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
1,3
C1 = × DSJ × 100 × 0,9
PRE
onde:
1,1
C1 = × 0,8308 × 100 × 0,9 = 3,98%
20,69
44
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
RJT DSJ
C2 = × × 100 × 0,1 = 0,11%
JDT PRE
onde:
C3 - Férias Indenizadas
PRE PRE
NMIF = − INTEIRO ( ) = 0,7242
12 12
onde:
45
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
O percentual referente à parcela de Depósito por Rescisão Sem Justa Causa é obtido
por meio da seguinte expressão:
onde:
FGTS representa a taxa do depósito no valor de 50% (40% FGTS e 10% referente à
Lei Complementar nº 110 de 29/06/2001);
EGB representa os encargos sociais do Grupo B = 23,66%;
DSJ representa a fração de funcionários dispensados sem justa causa = 83,08%.
C5 - Indenização Adicional
DAP × JDT 1
C5 = × × DSJ ×100 = 0,77%
HT1 12
onde:
46
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Grupo D
onde:
onde:
47
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Resultados Finais
A2 FGTS 8,00%
A4 SESI 1,50%
A5 SENAI/SEBRAE 1,60%
A6 INCRA 0,20%
A8 Seconci 1,00%
Subtotal do Grupo A 37,80%
B1 Auxílio-Enfermidade 0,95%
D Reincidências (%)
48
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
A desoneração da mão de obra no setor de infraestrutura foi instituída pelo inciso VII
do art. 7º da Lei nº 12.546/11, regulamentada pela Lei 12.844/13 e contemplou as
seguintes atividades descritas nos grupos da Classificação Nacional de Atividade
Econômica - CNAE 2.0:
49
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
4. ENCARGOS COMPLEMENTARES
51
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
4. ENCARGOS COMPLEMENTARES
Além dos Encargos Sociais estabelecidos pela CLT e pela Constituição Federal,
existem ainda os aqui denominados Encargos Complementares, que são suportados
pelo empregador em função da natureza do trabalho e de acordos e convenções
coletivas que regulamentam a atividade das categorias da construção civil e pesada.
Para o caso das obras do DNIT, considerou-se por se constituir na situação mais
comum, que as refeições serão preparadas em refeitório próprio no canteiro de obras,
sendo fornecidas cinco refeições diárias aos trabalhadores, a saber: café da manhã,
almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
Já para o lanche e o desjejum, deverão ser oferecidas refeições contendo 300 a 400
calorias, podendo-se acrescentar 400 calorias (20%) em relação ao VET diário de
2.000 calorias. Estas refeições devem corresponder a 15-20% do VET diário. Ainda,
de acordo com a referida portaria, o percentual proteico-calórico das refeições deverá
permanecer entre 6 a 10%.
Para o caso das obras do DNIT e devido ao tipo de atividade que os trabalhadores
exercem, definiu-se que o melhor valor para suprir as necessidades de VET diário
consiste no seu limite máximo obrigatório, isto é, 3.200 calorias, conforme distribuição
por refeições apresentada na Tabela 20.
Tabela 20 - Distribuição de calorias por refeição
Desjejum 400
Almoço 800
Lanche 400
Janta 800
Ceia 800
Total 3.200
53
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Para o cálculo do custo da alimentação, tomou-se por base cardápio elaborado por
nutricionista para a região sudeste para o período de 15 dias. Esse cardápio está
ajustado para VET diário de 3200 calorias, em conformidade com as instruções do
PAT - Programa de Alimentação do Trabalhador.
Com relação aos coeficientes obtidos a partir dos valores regionais da cesta básica
do DIEESE (Tabela 22), definiu-se que sua atualização será realizada em período não
superior a 12 meses.
54
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
A maioria das obras do DNIT encontra-se deslocada dos grandes centros urbanos,
razão pelo qual se admitiu, para cálculo dos custos relacionados ao transporte, que
os trabalhadores passam a semana inteira alojados no canteiro da obra, sem
deslocamentos diários entre sua residência e o local do trabalho. Entretanto, nos finais
de semana, considerou-se o transporte para a cidade mais próxima para arejamento,
sem pernoite.
a) Premissas de Cálculo:
b) Custo de Manutenção:
55
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
c) Custo de Depreciação:
d) Custo de Combustível:
56
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Em obras urbanas, onde não se mostre viável o alojamento direto dos funcionários no
canteiro de obras, o orçamentista deve prever o custo com fornecimento de vale
transporte, a ser pesquisado no próprio local da obra.
As ferramentas manuais são aquelas que exigem somente o esforço humano para a
sua utilização, sendo diferenciadas em função da natureza dos serviços e das
categorias profissionais que as utilizam.
A definição dos custos horários por categoria profissional foi realizada em função da
frequência média de utilização diária, da vida útil e do custo unitário de cada
ferramenta, conforme exemplo apresentado na Tabela 23, referente ao servente no
Estado do Rio de Janeiro.
Tabela 23 - Custo horário com ferramentas manuais para servente no Rio de Janeiro
57
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Para fins de demonstração, a Tabela 24 apresenta o resumo dos custos horários com
ferramentas manuais calculados para diferentes categorias profissionais, tomando-se
como referência o Estado do Rio de Janeiro, no mês-base de Julho/2014.
A partir da análise das ferramentas manuais utilizadas por estas categorias e seus
respectivos pesos na formação destes custos, definiu-se a enxada, a tesoura para
cortar vergalhão de 900mm e o metro de madeira duplo como líderes, conforme
ponderações apresentadas na Tabela 25.
58
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Tabela 25 - Critérios para definição dos custos horários com ferramentas manuais
9801 - Ajudante 18 3%
Tesoura para cortar
5,74 % 25 %
vergalhão 900 mm
9805 - Armador 10 10%
9801 - Ajudante 18 5%
9805 - Armador 10 5%
Metro de madeira
3,84% 17%
duplo
9808 - Carpinteiro 14 5%
9821 - Pedreiro 9 5%
A definição dos custos horários por categoria profissional foi realizada em função da
frequência média de utilização diária, da vida útil e do custo unitário dos equipamentos
de proteção individual, conforme exemplo apresentado na Tabela 26, referente ao
servente no Estado do Rio de Janeiro, no mês-base de Julho/2014.
59
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Total 0,24270
60
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Para fins de demonstração, a Tabela 27 apresenta o resumo dos custos horários com
equipamento de proteção individual calculados para diferentes categorias, tomando-
se como referência o Estado do Rio de Janeiro, no mês-base de Julho/2014.
Perfurador de tubulão a ar
9835 0,24270
comprimido com insalubridade
De forma similar ao tratamento dado para definição dos custos com ferramentas
manuais, buscou-se identificar quais seriam os equipamentos de proteção individual
considerados “líderes” na formação dos custos.
61
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Ajudante 18 100%
Servente 49 100%
Calçado para proteção
de impactos e quedas Pedreiro 9 100% 35,3% 36,7%
de objetos
Carpinteiro 14 100%
Armador 10 100%
Ajudante 18 100%
Servente 49 100%
Carpinteiro 14 100%
Armador 10 100%
Ajudante 18 100%
Servente 49 100%
Carpinteiro 14 100%
Armador 10 100%
Ajudante 18 2%
Servente 49 2%
Dispositivo trava-
quedas para proteção Pedreiro 9 30% 4,6% 4,8%
contra quedas
Carpinteiro 14 30%
Armador 10 30%
Ajudante 18 40%
Servente 49 40%
Luva para proteção das
mãos - abrasão e Pedreiro 9 50% 3,4% 3,5%
escoriação
Carpinteiro 14 50%
Armador 10 50%
62
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Exame admissional;
Exame periódico;
Exame de retorno ao trabalho;
Exame de mudança de função;
Exame demissional.
Os exames periódicos devem ocorrer a cada dois anos para os trabalhadores entre
18 anos e 45 anos de idade e, em menor período para os trabalhadores expostos a
condições hiperbáricas, conforme preconizado na NR-15. Em respeito às convenções
coletivas de trabalho do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, adotou-se um
período de 6 meses para estas condições.
1 consulta na admissão;
1 consulta na demissão;
1 consulta periódica a cada 24 meses de permanência (taxa de rotatividade
média obtida nos dados do CAGED.
Os encargos referentes aos exames médicos ocupacionais podem ser estimados por
meio do levantamento dos custos de consultas na Associação Médica Brasileira -
AMB. Estes valores devem ser rateados de acordo com a quantidade e o tempo de
permanência no emprego de cada categoria profissional, conforme metodologia
apresentada a seguir:
CE = CC × CON
onde:
63
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
CE
CM =
TP
onde:
CM
CH =
HTM
onde:
64
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
5. ENCARGOS ADICIONAIS
65
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
5. ENCARGOS ADICIONAIS
67
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Tabela 29 - Síntese dos encargos adicionais e incidência nas convenções coletivas (2/2)
68
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Dessa forma, optou-se por adotar os seguintes benefícios como encargos adicionais
para composição do custo horário da mão de obra, nas unidades da federação cujas
convenções coletivas de trabalho as obriguem:
Cesta básica;
Seguro de vida;
Auxílio funeral;
Assistência médica e odontológica.
69
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Armador h 7,20 - - -
Carpinteiro h 7,27 - - -
Pedreiro h 7,28 - - -
70
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Tais valores mostram-se compatíveis à média das coberturas de seguro previstas nas
convenções coletivas das 27 unidades da federação.
Dessa forma, tomando-se por base o valor referencial indicado pelo SINDUSCON-SP
para a contratação de seguro de vida em grupo e auxílio funeral, apurou-se que o
custo com este encargo adicional pode onerar o salário médio/hora das categorias
profissionais nas seguintes proporções, conforme apresentado na Tabela 33.
71
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
(1)
Salário/Hora: Rio de Janeiro - Maio de 2014.
(2)A Convenção Coletiva de Trabalho dos Trabalhadores do Espírito Santo prevê
obrigatoriedade, com participação da empresa em R$ 47,50 por Plano Médico e R$ 9,00
por Plano Odontológico.
72
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
73
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
Trabalho extraordinário;
Trabalho noturno;
Trabalho insalubre;
Trabalho perigoso.
Segundo o artigo 7º da Constituição Federal, inciso XVI, são direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social,
“remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento
à do serviço normal”.
75
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
A hora reduzida calculada pela proporção de 60 minutos sobre a hora de 52,5 minutos
equivale a um fator de 1,1428. Dessa forma, considerando-se ainda o adicional de
20%, obtém-se um acréscimo total da hora noturna em 37,14% que deve ser aplicado
sobre o salário horário básico do trabalhador.
76
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
77
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
9852 Blaster h
9860 Mergulhador h
78
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
No Capítulo V, Seção XIII da Consolidação das Leis Trabalhistas, que trata das
atividades insalubres ou perigosas, consta do § 2º, do Art. 193, específico sobre
atividades ou operações perigosas, que “o empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22 de
dezembro de 1977)”.
79
.
Manual de Custos de Infraestrutura de Transportes
Volume 04 - Mão de Obra
81