Sicro 2018 Pato

Seminário de Consolidação do
Sistema de Custos Referenciais de Obras

(SICRO)
Brasília, 25 e 26 de setembro de 2018

Agenda
1. Plano Anual de Trabalho e Orçamento - PATO
2. Abrangência Metodológica no SICRO
2.1. Administração Local
2.2. Canteiros de Obras
3. Misturas Usinadas Comerciais
4. Atividades por Tempo de Permanência
Coordenação-Geral de Custos de GOVERNO

Infraestrutura de Transportes - CGCIT FEDERAL
Plano Anual de Trabalho e Orçamento

A conservação rodoviária é definida como o conjunto de operações
rotineiras, periódicas e de emergência realizadas com o objetivo de
preservar as características técnicas e físico-operacionais do sistema
rodoviário e das instalações fixas, dentro de padrões de serviço.
A estrutura dos serviços de conservação rodoviária deve estar direcionada
para os aspectos físicos do sistema, ou seja, aqueles relacionados às
condições da pista, em termos de pavimentação, de drenagem, dos
dispositivos de segurança, da sinalização, das obras de arte especiais, etc.,
além da faixa de domínio, dos prédios e das áreas operacionais, bem como
dos veículos e dos equipamentos utilizados.

Consoante conceito, observa-se que as tarefas de conservação constituem
atividades diversificadas, as quais, em razão de sua natureza e finalidade
específica, podem ser classificadas em 3 grupos básicos:
 Conservação Corretiva Rotineira - conjunto de operações
destinadas a reparar ou sanar um defeito e restabelecer o
funcionamento dos componentes da rodovia;
 Conservação Preventiva Periódica - conjunto de operações
realizadas periodicamente com o objetivo de evitar surgimento ou
agravamento de defeitos;
 Conservação de Emergência - conjunto de operações necessárias
para reparar, reconstruir ou restaurar trechos ou estrutura da rodovia
que tenham sido seccionados, obstruídos ou danificados por um
evento extraordinário ou catastrófico.

Conservação Corretiva Rotineira

Conservação Preventiva Periódica

Conservação de Emergência

Aos grupos de atividades de conservação mencionados, podem ser
incorporados outros 2 com finalidades afins, quando executados em vultos
relativamente reduzidos, a saber:
 Restauração - conjunto de operações destinadas a restabelecer o
perfeito funcionamento de um bem determinado ou avariado,
recompondo integralmente suas características técnicas originais;
 Melhoramentos - conjunto de operações que acrescentam à rodovia
existente características novas, ou modificam as existentes.

Em virtude da restrição de recursos orçamentários para aplicação em
empreendimentos de infraestrutura de transportes, constitui prática
atualmente adotada a incorporação de serviços de natureza de restauração
rodoviária nos orçamentos do PATO, fato este que conflita com as diretrizes
e premissas estabelecidas no Manual de Conservação Rodoviária.
Ações nesse sentido conduzem à concepção de objetos sob perspectivas
diferentes, uma vez que os planos de trabalho se caracterizam como
atividades estimadas, divergindo significativamente dos conceitos aplicados
em obras de restauração rodoviária cujos projetos são embasados em
instrumentos técnico-normativos mais criteriosos e objetivos.

Outro aspecto a ser ressaltado diz respeito à modelagem de custo no
âmbito do SICRO para os serviços de conservação rodoviária.
Face às suas características inerentes, no que tange à quantidade e
periodicidade das intervenções, são adotados equipamentos de menor
porte para o desenvolvimento das atividades, fato que implica em uma
produtividade reduzida quando comparada ao modelo de restauração. Ao
passo em que se utiliza insumos associados exclusivamente a atividades
de conservação rodoviária para execução de serviços de restauração,
incorre-se consequentemente na oneração indevida da obra.
É imprescindível que os responsáveis pelos planos de trabalho estejam
atentos às características de cada atividade que constará de seu
orçamento referencial. Os elementos aplicados em sua concepção devem
ser bem definidos, procedendo-se os ajustes nos modelos de custos,
sempre respaldados pelos dispositivos técnico-normativos.

Administração Local

Estrutura Básica Referencial
 Parcela Fixa
 Gerência Técnica
 Gerência Administrativa - Auxiliar
 Parcela Vinculada
 Equipe de Conservação Rodoviária
 Manutenção do Canteiro de Obras e Acampamentos

Parcela Fixa
A parcela fixa da administração local é constituída pela mão de obra
responsável pelo gerenciamento direto da obra, dos canteiros e dos
acampamentos, além dos veículos, equipamentos e despesas diversas
associadas a estas atividades.
Item Descrição dos Itens Unidade Quantidades
1. Mão de Obra
1.1. Engenheiro Supervisor und 0,25
1.2. Auxiliar administrativo und 1,0
1.3. Faxineiro und 1,0
2. Veículos
2.1. Veículo leve - 53 kW und (h) 2,0 (11,0/44,0)
2.2. Micro ônibus coletivo und (h) 1,0 (44,0)

Parcela Vinculada
A parcela vinculada da mão de obra da administração local é formada por
equipes dedicadas exclusivamente a atividades específicas no âmbito da
obra, as quais podem estar associadas à execução dos serviços em campo
ou ao Setor de Medicina e Segurança do Trabalho.
As obras de conservação rodoviária se enquadram no grau de risco 3 da
NR 4, sendo necessário apenas um técnico em segurança do trabalho em
empreendimentos a partir de 100 funcionários.
Item Descrição dos Itens Unidade Quantidades
Equipe de Conservação Rodoviária

1. Mão de Obra
1.1. Encarregado de conservação und 1,0
1.2. Apontador und 2,0
2. Veículos
2.1. Veículo leve - 53 kW und (h) 1,0 (44,0)

Parcela Vinculada
Para extensões de projetos superiores a 200 km de faixa, deve ser
aplicado um coeficiente de proporcionalidade sobre a equipe de
acompanhamento das frentes de serviço de conservação rodoviária,
conforme equação apresentada abaixo:
kmP - kmR
CP = 1 +
kmR
onde:
CP representa o coeficiente de proporcionalidade (adimensional);
kmP representa a extensão de faixa prevista em projeto (km);
kmR representa a extensão de referência (200 km).

Manutenção do Canteiro de Obras
No caso específico da conservação rodoviária, as reduzidas áreas do
canteiro referencial proposto, particularmente em função da utilização de
contêineres, restringem a aplicação de qualquer coeficiente de
proporcionalidade. Nestas situações, deve-se adotar 50% da equipe
mínima de mão de obra e equipamentos prevista para as áreas de canteiro
de obras de construção e restauração rodoviária de pequeno porte.

Canteiro de Obras

Canteiro de Obras
Canteiro Tipo - Conservação Rodoviária

Canteiro de Obras

Canteiro de Obras
Em virtude do canteiro tipo proposto ter sido dimensionado para atender a
um lote de 200 quilômetros de faixa, deve-se atentar, na elaboração de um
projeto em particular, para a necessidade de aplicação de um coeficiente
de proporcionalidade no custo das instalações referenciais, conforme
equação abaixo descrita:
kmP - kmR
CP = 1 +
kmR
onde:
CP representa o coeficiente de proporcionalidade (adimensional);
kmP representa a extensão de faixa prevista em projeto (km);
kmR representa a extensão de referência (200 km).

Canteiro de Obras
Custos de Instalação de Canteiros (Contêineres)
CCC representa o custo total do canteiro de obras exclusivamente em

contêiner; k2 representa o fator de mobiliário; k3 representa o fator de ajuste
da distância do canteiro aos centros fornecedores; QCi representa a
quantidade de contêineres propostas no canteiro; CCi representa o custo
dos contêineres; AT representa a área total do terreno; FEAT representa o
fator de equivalência de áreas totais; CMCC representa o custo médio da
construção civil por metro quadrado; CP representa o coeficiente de
proporcionalidade (adimensional).

Canteiro de Obras
Memorando Circular nº 491/2018/DIREX/DNIT SEDE
“Somente com o conhecimento das condições locais e da consequente
definição quanto à localização do canteiro de obras no segmento de
conservação rodoviária em questão tornar-se-á possível estabelecer quais
são as instalações efetivamente necessárias em cada plano de trabalho
para formação dos custos de referência dos canteiros de obras de
conservação rodoviária ou de obras de arte especiais.
Importante destacar que as premissas de formação de custos em função
da previsão de contêineres não impedem que durante a elaboração de um
determinado orçamento para contratação de serviços de conservação do
PATO ou do PROARTE sejam utilizadas outras formas, tais como o
eventual dimensionamento de áreas e pesquisa local de preços para
locação de terrenos e edificações construídas, conforme procedimentos
adotados em unidades locais e superintendências regionais.”

Misturas Usinadas Comerciais

Misturas Usinadas Comerciais
No âmbito de empreendimentos de conservação rodoviária, tanto a
quantidade, quanto a periodicidade na aplicação de misturas usinadas na
execução dos serviços, pode inviabilizar a instalação de usinas e centrais
industriais para produção desses insumos na obra.
Os custos associados à implantação de instalações industriais envolvem a
mobilização e desmobilização de equipamentos, preparação da área e
montagem e desmontagem e posterior recomposição da área após uso.
Nesse sentido, a aquisição comercial de misturas usinadas pode tornar-se
economicamente mais viável do que sua produção direta na obra.
Para consolidação deste conceito, torna-se imprescindível que o técnico
responsável pela elaboração do PATO proceda estudo de viabilidade para
adoção do método de obtenção de misturas usinadas mais adequado e
vantajoso para Administração Pública.

Atividades por Tempo de Permanência

Em consonância à determinação do Tribunal de Contas da União, a usual
prática da previsão de mão de obra e equipamentos remunerados por
tempo de permanência nos orçamentos de referência para contratação de
serviços de conservação rodoviária foi suprimida.
Acórdão nº 1522/2015-TCU-Plenário
“9.4. determinar ao DNIT, com base no art. 250, inciso II, do RI/TCU,
que, por meio da Coordenação-Geral de Custos de Infraestrutura,
elabore metodologia de mensuração de serviços de conservação
rodoviária atualmente não contemplados no SICRO, tais como
remoção de cargas derramadas na pista, remoção de invasões da faixa
de domínio, entre outros, eliminando a possibilidade de remunerar a
empresa com base na quantidade de horas trabalhadas, em
observância ao art. 11 da Instrução Normativa 2/2008 do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.”

A Coordenação-Geral de Custos corrobora com o entendimento do Tribunal
de Contas da União, uma vez que a remuneração com base apenas em
hora trabalhada pode incorporar ineficiências na execução das atividades,
ao passo que não possui critério objetivo de medição dos serviços.
Nesse sentido foram desenvolvidas composições de custos específicas
para atividades que consistiam na remoção de materiais diversos, animais,
lixo e veículos na pista, bem como de invasões na faixa de domínio.
Em que pese a elaboração das supracitadas composições de custos, tais
atividades não contemplam em sua integralidade o universo dos serviços
desenvolvidos no âmbito das obras de conservação rodoviária.
Cada empreendimento possui características particulares que impedem a
concepção de uma modelagem de custo mais genérica, razão pelo qual os
novos serviços devem ser encaminhados para análise e aprovação da
Coordenação-Geral de Custos e posterior inclusão no SICRO.

Obrigado!
Eng.º Rodrigo Ferreira Mendonça

MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho
Analistas em Infraestrutura de Transportes
cgcit@dnit.gov.br


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2. Abrangência Metodológica no SICRO

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1.1. Engenheiro Supervisor und 0,25

1.2. Auxiliar administrativo und 1,0

1.3. Faxineiro und 1,0

2.1. Veículo leve - 53 kW und (h) 2,0 (11,0/44,0)

2.2. Micro ônibus coletivo und (h) 1,0 (44,0)

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Equipe de Conservação Rodoviária

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CCC representa o custo total do canteiro de obras exclusivamente em

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