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Conselho Editorial
Série Letra Capital Acadêmica
Pedro Torres
Pedro R. Jacobi
Fabiana Barbi
Leandra R. Gonçalves
Organizadores
G742
Governança e Planejamento Ambiental: adaptação e políticas públicas na Macrometrópole
Paulista / organização Pedro Torres ... [et al.]. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Letra Capital, 2019.
272 p. : il. ; 15,5x23 cm.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7785-680-0
1. São Paulo (SP) - Política e governo. 2. Planejamento regional - São Paulo (SP).
3. Política ambiental - São Paulo (SP). I. Torres, Pedro.
19-58870 CDD: 363.7098161
CDU: 502.1(815.6)
Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária CRB-7/6439
Sumário
Apresentação - Aproximando ciência e política para a tomada
de decisão em adaptação às mudanças climáticas...........................................7
Carlos A. Nobre
Introdução - Cidades, metrópoles ou metrópoles expandidas devem
se planejar para enfrentar as mudanças climáticas....................................... 11
Pedro Torres, Pedro Jacobi, Fabiana Barbi e Leandra Regina Gonçalves
Capítulo 1 - Saberes interdisciplinares para adaptação: comunidades,
academia e meio ambiente...............................................................................15
Luísa Schmidt, Carla Gomes e Pedro R. Jacobi
Capítulo 2 - Democracia e governança do clima: diálogos Norte-Sul................23
Klaus Frey e Jutta Gutberlet
Capítulo 3 - Inovações na governança climática urbana: uma breve
visão geral das tendências globais................................................................... 31
Jeroen van der Heijden
Capítulo 4 - Governança da água para adaptação e resiliência
no Antropoceno................................................................................................40
Micaela Trimble e Néstor Mazzeo
Capítulo 5 - Economia, estratégias e políticas públicas em adaptação...............46
Gustavo Velloso Breviglieri e Guarany Ipê do Sol Osório
Capítulo 6 - Gênero e adaptação aos impactos das mudanças climáticas..........53
Danielle Tega e Fabiana Barbi
Capítulo 7 - Adaptação, vulnerabilidades e saúde nas metrópoles ....................60
Christovam Barcellos
Capítulo 8 - Como impulsionar ações que alinhem adaptação
e sustentabilidade urbana nas cidades paulistas? .........................................69
Gabriela Marques Di Giulio
Capítulo 9 - Adaptação, governos locais e Redes Transnacionais de Municípios....76
Fabiana Barbi
Capítulo 10 - Ciência e política: desafios e oportunidades para gestão
do território macrometropolitano..................................................................82
Luciana Yokoyama Xavier e Leandra Regina Gonçalves
Capítulo 11 - A Macrometrópole Paulista e os desafios para o
planejamento e gestão territorial....................................................................90
Silvana Zioni, Luciana Travassos, Sandra Momm e Ana Lia Leonel
Capítulo 12 - Transportes e mobilidade urbana: desafios da adaptação
às mudanças climáticas na Macrometrópole Paulista ................................100
Silvana Zioni
Capítulo 13 - Breve levantamento de eventos climáticos extremos
na Macrometrópole Paulista.......................................................................... 114
Beatriz Milz e Ana Carolina Campos
Capítulo 14 - Apontamentos sobre urbanização, adaptação
e vulnerabilidades na MMP ..........................................................................120
Luciana Travassos, Sandra Momm e Pedro Torres
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Apresentação
1
Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP. Pesquisador aposentado do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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Introdução
1
Instituto de Energia e Ambiente (IEE). Universidade de São Paulo (USP). Projeto
Temático FAPESP 2015/03804-9.
2
Universidade Católica de Santos e NEPAM-UNICAMP.
3
Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP).
4
Mais informações sobre o Projeto LatinoAdapta e o Informe Brasil estão disponíveis no
website http://www.cambioclimaticoydecisiones.org/proyecto-latinoadapta/
11
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Capítulo 1
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Capítulo 2
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Capítulo 3
1
Victoria University of Wellington, New Zealand.
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Conclusão
Em suma, não faltam inovações na governança climática ur-
bana. As quatro tendências e exemplos aqui apresentados apenas
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Capítulo 4
Introdução
1
South American Institute for Resilience and Sustainability Studies (SARAS).
2
SARAS; CURE – Universidad de la República.
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Considerações finais
Transformações em sistemas de governança implicam importan-
tes mudanças culturais e entre outras. A educação desempenha um
papel fundamental nesse processo; em particular, o ensino superior
na América Latina precisa deixar para trás os paradigmas fragmen-
tados e reducionistas, que limitam o intercâmbio entre os domínios
disciplinares e a interação entre os sistemas de conhecimento. Além
disso, a incerteza deve ser entendida como uma propriedade intrín-
seca de qualquer sistema complexo e adaptativo e, portanto, deve ser
incorporada como tal nos processos de tomada de decisão.
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Capítulo 5
Introdução
I
ndependentemente da ambição dos esforços futuros de miti-
gação de gases de efeito estufa (GEE), alguma quantidade de
adaptação à mudança do clima (MC) é inevitável, devido às emissões
passadas. Por um lado, a capacidade adaptativa é uma característica
natural da espécie humana; por outro, a incerteza com relação aos
impactos da MC requer ajustes na maneira com que indivíduos, em-
presas e governos antecipam eventos futuros e tomam suas decisões.
Aqui, apresentamos, embora não esgotemos, conceitos e ferramen-
tas relevantes para melhor compreender, propor e priorizar alterna-
tivas para enfrentar um problema complexo como o da adaptação
à MC. É nossa expectativa que o leitor consiga, então, acessar com
propriedade outros textos e trabalhos sobre o tema.
1
Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV)
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Quadro 1
Classificação dos bens econômicos
Grau de rivalidade
Grau de Baixo Alto
excluda-
Alto Bens de clube/pedágio Bens privados
bilidade
Ex.: teatros, clubes. Ex.: alimentos, automóveis.
Baixo Bens públicos Bens comuns
Ex.: defesa nacional, Ex.: estoques pesqueiros,
previsão do tempo. regulação do clima global.
Fonte: adaptado de Ostrom (2010).
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Quadro 2
Dilemas sociais para adaptação com bens
coletivos e possíveis respostas
Bidirecional Bidirecional
Adaptação Unidirecional
(oferta) (demanda)
Aditiva Contribuição de Contribuição de Redução do uso
qualquer agente qualquer agente por qualquer
gera benefícios gera benefícios agente gera bene-
adicionais para um incrementais a fícios a todos.
terceiro. todos. Resposta: Instru-
Resposta: Instru- Resposta: Ins- mentos baseados
mentos econômicos trumentos eco- em mercados
(subsídios); provi- nômicos (subsí- (sistemas de per-
são estatal. dios); códigos de missões comercia-
construção. lizáveis).
2
Vide FGVces e ANA (2018) para aplicação prática de ACB para múltiplos cenários
climáticos na bacia hidrográfica dos rios Piancó-Piranhas-Açu (RN e PB).
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Considerações finais
Os conceitos apresentados também são aplicáveis ao caso
brasileiro. Esperamos que o leitor, quando confrontado por um
problema relacionado à adaptação à MC, busque conferir suas
ideias com as classificações e ferramentas aqui introduzidas, iden-
tificando as maneiras mais adequadas para a provisão de um bem
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Capítulo 6
Introdução
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3
Como explica Tathiana Haddad Guarnieri, a Agenda 21 foi uma plataforma de
ação preparada para ser entregue na Rio-92, que ocorreria no ano seguinte: “Não
apenas no processo preparatório como também durante a própria Rio-92, a parti-
cipação ativa do movimento de mulheres, particularmente por meio de ONGs, foi
decisiva para que se incluíssem algumas das propostas feministas nos documentos
oficiais da Conferência. No Fórum Global de ONGs, reunido no Aterro do Flamengo
concomitantemente ao evento oficial do Riocentro, o ‘Planeta Fêmea’ se constituiu
em espaço de articulação e elaboração de propostas de mulheres de todo o mundo.
Desde então, ficou clara a importância da atuação das mulheres para a gestão pla-
netária, consolidando-se, com isso, a participação feminina nos temas ditos globais”
(GUARNIERI, 2010, p. 15).
4
Os diferentes nomes pelos quais o evento é conhecido estão ligados às disputas
sobre o tratamento da questão ambiental, que não eram exclusivas dos governos,
mas também repercutiam nos movimentos da sociedade civil. Assim, o evento era
promovido como Eco-92 para os movimentos ecológicos; Cúpula da Terra para os
ambientalistas não radicais; Rio-92 para os brasileiros em geral (ALVES, 2001, p. 64).
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Conclusões e desafios
As desigualdades de gênero observadas na vulnerabilidade e
na capacidade adaptativa refletem estruturas sociais mais amplas.
Intervenções climáticas que ignoram essas questões reforçam as
dimensões assimétricas de gênero da vulnerabilidade. A adoção
de tal perspectiva é uma ferramenta necessária para a avaliação da
capacidade adaptativa e para o desenvolvimento de intervenções
que busquem facilitar a adaptação aos impactos das mudanças cli-
máticas. Outro ponto a ser considerado é a necessária mudança
no foco da política: a capacitação mais proativa em lugar de um
gerenciamento apenas reativo de desastres contribui para a redu-
ção de desigualdades.
A participação desproporcional das mulheres nos proces-
sos de tomada de decisões e nos mercados de trabalho agrava
essas desigualdades e, muitas vezes, dificulta suas contribuições
nos debates sobre planejamento, formulação e implementação
de políticas climáticas (UNFCCC, 2018b). A baixa representati-
vidade de mulheres na política, problema presente na maioria
dos países, prejudica a existência de uma pluralidade de vozes
nesse processo. Com isso, as recorrentes desvantagens socioe-
conômicas das mulheres continuam a ser ignoradas e perma-
necem como um desafio crítico aos esforços de adaptação, uma
vez que o enfrentamento às mudanças climáticas envolve deci-
sões políticas de governos.
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Capítulo 7
Adaptação, vulnerabilidades e
saúde nas metrópoles1
Christovam Barcellos2
Introdução
A
história da humanidade também pode ser resumida
como uma luta permanente contra a variabilidade. Con-
tra as intempéries foram criados os abrigos; contra a insegurança
alimentar inventaram a agricultura; contra as invasões, as mura-
lhas; contra as epidemias, as vacinas e o saneamento. Mais recente-
mente, os aparelhos de ar-condicionado, que dependem de um sis-
tema de geração e de distribuição de energia elétrica, bem como as
redes de abastecimento de água foram incorporados como bens e
serviços que buscam garantir conforto e segurança aos moradores
de cidades. Esses itens, cada vez mais presentes nas residências,
podem ser considerados como estratégias de adaptação à variabili-
dade e mudanças climáticas.
Esses sistemas técnicos se caracterizam por sua complexidade e
em algumas situações também por sua vulnerabilidade. Os sistemas
de abastecimento de água, por exemplo, têm como componentes
a captação de água em mananciais (superficiais ou subterrâneos),
o tratamento, e distribuição de água por meio de redes, e as ins-
talações domésticas de reservação e canalização interna. Qualquer
perturbação em um desses componentes compromete a integridade
desses sistemas, por vezes levando ao seu colapso. E esses sistemas
dependem de uma série interconectada de objetos técnicos, interde-
pendentes e hierárquicos, que se complementam e interagem.
1
O autor agradece à Rede Clima, CNPq e Ministério de Saúde pelo apoio técnico e
financeiro ao projeto Observatório de Clima e Saúde.
2
Fundação Oswaldo Cruz.
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Regularidades e excepcionalidades
De fato, a maior parte dos relatórios sobre situações de vulne-
rabilidade climática nas cidades é baseada em indicadores como a
cobertura de sistemas de saneamento, indicadores socioeconômi-
cos e demográficos (VALVERDE, 2017). No Brasil, é no mínimo
contraditório que se observe um aumento da cobertura dos servi-
ços de abastecimento de água, que alcança 97,2 % da população
urbana (segundo dados da PNAD de 2016), e que ao mesmo tempo
sejam tão frequentes as Doenças Relacionadas ao Saneamento Am-
biental Inadequado (DRSAI). Uma possível explicação para essa
aparente contradição é a própria complexificação dos problemas
de saneamento, decorrente da diversidade de situações em que se
observa a relação saúde e saneamento. Os modelos que levam em
consideração somente a cobertura desses serviços não respondem
hoje às novas necessidades existentes no setor de saneamento. Ou-
tros indicadores devem ser considerados para analisar a situação
do saneamento e habitação dentro do quadro de complexidade
existente hoje nas cidades em situações de excepcionalidade.
Um dos maiores desafios, nesse sentido, tem sido a interrup-
ção desses serviços em casos de colapso dos sistemas e a ocorrência
de eventos climáticos extremos. Nessas situações, sobressaem as
medidas alternativas e improvisadas de suprimento de necessida-
des básicas da população, como a água, energia e alimentos. O que
fazer durante uma onda e calor se a rede de distribuição de ener-
gia é interrompida? Como obter alimento em situações em que o
comércio é suspenso devido a uma enchente?
Os indicadores hoje utilizados para se medir o grau de vulne-
rabilidade de grupos populacionais e territórios têm sido construí-
dos com base em condições de normalidade, coletados por meio de
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Comentários finais
As grandes cidades brasileiras têm alcançado níveis de cober-
tura de sistemas de saneamento básico (entendidos como ações
de abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo
e drenagem urbana) satisfatórios. No entanto, esse progresso tem
se verificado mais pelo esforço individual de investimento nas ha-
bitações que pelo investimento público de ampliação desses siste-
mas. As restrições de oferta de água para os domicílios, que não
conseguem mais suprir as demandas crescentes; a contaminação
e comprometimento de mananciais de água; e a insuficiência de
programas de tratamento de esgotos e lixo comprometem a segu-
rança dos sistemas de saneamento, que são responsabilidades do
Estado. Situações de vulnerabilização desses sistemas tendem a se
agravar com as mudanças climáticas e ambientais em curso.
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Capítulo 8
Introdução
1
Os resultados apresentados neste capítulo integram projetos financiados pelo
CNPq (Proc. 446032/2015-8), Fapesp (Proc. 13/17665-5, 14/50313-8 e 17/50423-6)
e U-M/Brazil partnership.
2
Faculdade de Saúde Pública/Universidade de São Paulo.
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Capítulo 9
Introdução
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C a p í t u l o 10
Introdução
1
Instituto Oceanográfico da Universidade de Sâo Paulo (IOUSP). FAPESP
2017/21797-5 (LYX). FAPESP 2018/00462-8 (LRG).
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Figura 1
Possíveis contribuições da ciência em vários estágios
do processo de tomada de decisão (traduzido e adaptado
de VOGEL et al., 2007).
2
Neste capítulo adotamos a definição de Reed et al. 2014 para “troca de conhecimento”,
que compreende o processo pelo qual o conhecimento é produzido, compartilhado com
e entre os interessados em utilizá-lo, traduzido e/ou transformado conforme é compar-
tilhado, e também o contexto social no qual as pessoas adquirem novo conhecimento.
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Tabela 1
Possíveis papéis que os cientistas/pesquisadores podem desempenhar
em processos de tomada de decisão sobre questões ambientais3.
Papel Descrição
Provedores Provêm informação científica sob demanda. Quando envolvidos
de informa- em processos participativos de tomada de decisão atuam como
ção/conhe- consultores que respondem a questões específicas sobre as quais
ci-mento desenvolvem as pesquisas (envolvimento limitado).
Conse- Em adição a prover informação, fazem recomendações aos toma-
lheiros na dores de decisão quanto à decisão a ser tomada, sob demanda, sem
tomada de se envolver, ou envolvendo-se de forma limitada, com o processo
decisão participativo de tomada de decisão.
Intermedia- Facilitam o diálogo entre diferentes atores/grupos/instituições.
dores do co- Participam do processo participativo de tomada de decisão, mas
nhecimento não necessariamente como um stakeholder, atuando com um tradu-
(knowledge tor de informação ou uma ponte entre diferentes atores/grupos/
brokers) instituições.
Tradutores Atuam como tradutores da informação científica, contextualizan-
de informa- do e interpretando a informação e os dados para não cientistas.
ção Podem participar do processo participativo de tomada de decisão,
mas não necessariamente como um stakeholder.
Mobilizado- Identificam e divulgam problemas ambientais, chamando a aten-
res ção para a necessidade de serem discutidos.
Facilitado- Facilitam e mediam processos participativos, estando diretamente en-
res volvidos no processo como um ator isento e não como um stakeholder.
Coproduto- Participam do processo participativo de tomada de decisão como
res de co- um stakeholder, defendendo interesses específicos, compartilhan-
nhecimento do conhecimento/informação, percepções e entendimentos com
igual valor ao dos demais participantes e atuam na produção de
novo e coletivo conhecimento.
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princípio;
m conceber uma estratégia para troca de informação e
comunicação;
m basear a estratégia em um processo adaptativo que pos-
diferentes stakeholders.
l Princípio 3: construa relações de confiança de longa du-
ração, com base em diálogo de via dupla entre pesquisa-
dores e outros stakeholders e promova a co-construção de
novo conhecimento sobre gestão ambiental:
m engajar-se em diálogos de via dupla como um igual com
usuários da pesquisa;
m trabalhar com intermediadores;
usuários da pesquisa;
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gestão.
l Princípio 5: monitore e avalie o processo de troca de co-
nhecimento/informação, de forma a melhorá-lo e garan-
tir que o processo possa perdurar além do tempo de finan-
ciamento do projeto:
m refletir periodicamente com a equipe de pesquisa e
Considerações finais
O reconhecimento da necessidade de um novo relaciona-
mento entre ciência e política reforça a necessidade da promoção
de diferentes papéis dos cientistas em diferentes momentos dos
processos de tomada de decisão. Para exercitar esses papéis é
preciso criar e fortalecer arranjos institucionais dentro de um
sistema de governança ambiental que considere o papel da ciên-
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Agradecimentos
Esta pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto Temático “Gover-
nança Ambiental da Macrometrópole Paulista” da FAPESP (Número
2015/03804-9), e com as bolsas de pós-doutorado (LRG: 2018/00462-8;
LYX: 2017/21797-5).
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C a p í t u l o 11
A Macrometrópole Paulista
e os desafios para o planejamento
e gestão territorial
Silvana Zioni1, Luciana Travassos1,
Sandra Momm1 e Ana Lia Leonel1
Introdução
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Figura 1
Os diversos territórios da MMP.
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Capítu lo 12
A
s primeiras décadas deste século testemunharam inova-
ções importantes no setor de transporte no Brasil. Cidades
e regiões passaram a contar com sistemas operacionais e de gestão
de maior eficiência técnica, a implementar melhorias tecnológicas e
de organização setorial, ao mesmo tempo em que se ampliava a abor-
dagem da questão do transporte de pessoas e bens, introduzindo no
seu planejamento o conceito de mobilidade urbana, ou seja a conside-
ração de que as condições de deslocamento das pessoas ou dos bens
e mercadorias não dependem exclusivamente dos sistemas e modos
de transportes, mas de condições ambientais e socioterritoriais (GO-
MIDE, GALINDO, 2013).
Tais inovações foram promovidas especialmente a partir da
iniciativa do governo federal ao criar uma Secretaria Nacional
de Transporte e Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades,
e instituir novas bases político-programáticas para o setor, mes-
mo antes de ser aprovada a Política Nacional de Mobilidade Ur-
bana (PNMU), pela Lei nº 12.578, em 2012. A orientação política
da mobilidade urbana, que passou a pautar planos, programas e
projetos, replicados nos municípios e metrópoles brasileiras, tinha
diretrizes compatíveis com os compromissos que o país já vinha
firmando sobre o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável,
e que foram confirmados na Política Nacional sobre Mudança do
Clima (PNMC), Lei nº 12.187/2009.
1
Universidade Federal do ABC (UFABC),.
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2
A distribuição modal da matriz de transportes regionais de cargas indica a predo-
minância do modo rodoviário, respondendo por cerca de 52% da carga total trans-
portada, seguida pelo modo ferroviário (30%), navegação de cabotagem (8%), hi-
droviário (5%) e dutoviário (5%) (PNLT, 2012). Nas cidades, a matriz se divide entre
os modos sobre pneus – transporte individual (31%) e coletivo (28%) e o transporte
ativo (41%) – deslocamentos a pé e por bicicleta, havendo parcela inferior a 4% dos
sistemas sobre trilhos, incluídos entre os sistemas coletivos, presentes apenas em
algumas capitais (ANTP, 2014).
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4
O 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Ro-
doviários foi realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2011 e o 1º Inventário
Nacional de Emissões Atmosféricas do Transporte Ferroviário de Cargas, em 2013,
pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
5
Compromisso inicial assumido era de reduzir 1,168 bilhões tCO2eq até 2020.
CO2eq (dióxido de carbono equivalente) é uma métrica de conversão aplicada aos
gases de efeito estufa (Ministério dos Transportes & Ministério das
Cidades, 2013, p. 13).
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Elaborado pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (SEMOB )do Ministé-
rio das Cidades, com o apoio técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), e do Instituto de Políticas
de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).
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7
Ver Programa Estadual de Mudanças Climáticas, www.ambiente.sp.gov.br/pemc/.
8
Para tanto, o ESP apoiou-se na sólida experiência da Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (CETESB) no controle da poluição veicular, em estudos sobre
Ligações Ferroviárias Regionais desenvolvidos pela Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM), chegando até a explorar o potencial de mitigação de emis-
sões e adaptação por meio da redução de deslocamentos favorecidos por atividades
remotas (Decreto 62.648 / 2017).
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Considerações finais
O consenso a respeito da vulnerabilidade dos sistemas de
transportes de carga e de pessoas e das precárias condições de
mobilidade urbana no Brasil parece ser tão absoluto que dispensa
a sua afirmação por alguns instrumentos políticos. Na busca pe-
las influências e articulações virtuosas entre os documentos que
objetivavam promover a redução dessa vulnerabilidade frente à
mudança do clima (PNMC e PSTM) e os instrumentos que mais
avançaram nas políticas de transportes e da mobilidade urbana
neste século, percebemos algumas lagunas.
Apesar disso, cabe destacar que foram muitos e rápidos os
avanços que permitiram incorporar a questão ambiental no setor
dos transportes, num ambiente de colaboração e participação de
diversos segmentos sociais e de articulação entre os entes federati-
vos bastante harmônico. Porém, que implicava adaptações no pró-
prio setor de transportes, onde os debates sobre as perspectivas de
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C apít u lo 13
Introdução
1
Doutoranda do Programa de Ciência Ambiental (PROCAM), no Instituto de Ener-
gia e Ambiente (IEE), da Universidade de São Paulo (USP). Bolsista FAPESP, Proces-
so 2018/23771-6.
2
Jornalista científica FAPESP, Processo 2018/09713-3, vinculada ao Projeto Temá-
tico 2015/03804-9. Instituto de Energia e Ambiente (IEE), da Universidade de São
Paulo (USP).
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Figura 2
Linha do tempo de eventos extremos ocorridos na MMP
nos últimos anos.
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Conclusão
Apesar de não constituir um levantamento exaustivo, é pos-
sível observar através da linha do tempo que tanto a quantidade
como a intensidade de eventos extremos têm aumentado nos últi-
mos anos. Em um cenário de intensificação das mudanças climá-
ticas, os instrumentos de planejamento territorial se mostram de
extrema importância para a mitigação de suas consequências. O
planejamento urbano já possui regras quanto à ocupação humana
em localidades com declividade acentuada e risco de alagamento,
assim como margens de cursos d’água. No entanto, as políticas
públicas (como as de acesso à moradia, por exemplo) ainda são
insuficientes para evitar as situações de risco nas quais se encontra
a parcela mais vulnerável da população.
É importante relembrar que apesar de as mudanças climá-
ticas atingirem principalmente a população em situação de vul-
nerabilidade, elas impactam as cidades como um todo, causando
danos materiais e perdas econômicas, causando especial prejuízo
às infraestruturas coletivas (estradas, aeroportos, portos).
Não apenas as zonas urbanas sofrem com os impactos das al-
terações climáticas, como as zonas rurais também são afetadas. A
irregularidade nos regimes de chuva, por exemplo, impacta a pro-
dução agrícola, podendo trazer perdas de safra – que afetam tanto
a renda dos agricultores, quanto o fornecimento de alimentos às
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C a p í t u l o 14
A
s ações de adaptação às mudanças climáticas, nas cida-
des de países em desenvolvimento, devem estar relacio-
nadas às vulnerabilidades resultantes da produção extremamente
desigual do espaço. Nessas cidades, em termos de investimento
do Estado e da qualidade da infraestrutura, a desigualdade se
configura na expressiva colocalização da população mais pobre e
das áreas com maior suscetibilidade à inundação, movimentos de
massa, bem como piores condições de atendimento de equipamen-
tos sociais, redes de infraestrutura, ou seja, mais desprovidas de
proteção institucional, como é o caso da atuação da Defesa Civil.
O artigo faz uma breve discussão conceitual sobre adaptação e vul-
nerabilidade relacionadas às cidades e aos processos de urbaniza-
ção, para, em seguida, apresentar algumas questões concernentes
a esse tema na Macrometrópole Paulista.
Para Bulkeley (2013, p. 144) adaptação é um “conceito en-
ganosamente simples” (PELLING, 2011 apud BULKELEY, 2013)
e que adquire definições especiais dentro do léxico de termos
usados para descrever e analisar o fenômeno das mudanças cli-
máticas. No quinto relatório do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC), adaptação é definida como um
1
Universidade Federal do ABC (UFABC). Coordenadoras do Grupo 2 “Territoria-
lidades, espacialidades e inovação na governança ambiental” no Projeto Temático
FAPESP “Governança Ambiental da Macrometrópole Paulista face à variabilidade
climática”, Processo 2015/03804-9.
2
Instituto de Energia e Ambiente (IEE), Universidade de São Paulo (USP), bolsista
FAPESP, Processo 2018/06685-9.
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Figura 1
Aglomerado subnormal sobre mancha urbana na
Macrometrópole Paulista.
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Agradecimento
Apoio da Fapesp, processo 2018/12245-1.
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Capítu lo 15
Introdução
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Considerações finais
Sem dúvida alguma, o sistema urbano contemporâneo alcan-
çou um nível de complexidade incompatível com as exigências de
acordos globais a respeito das questões climáticas. Entretanto, em
escalas macrometropolitanas é praticamente impossível não afir-
mar que as cidades devem e irão se transformar. Muito provavel-
mente as cidades do período modernista serão reconstruídas para
que possam ser capazes de responder às emergentes questões do
século XXI e superar as crises impostas pelas estruturas criadas
no século XX.
Basicamente, isso sugere que o modo para identificar as rela-
ções entre configurações espaciais, paisagens e morfologias urba-
nas, assim como infraestruturas disponíveis, que operam em múl-
tiplas escalas, deve ser repensado a partir de fluxos de matérias e
pessoas.
Obviamente, quando refletimos sobre a vulnerabilidade em
macrometrópoles, não existem sistemas independentes e, nesse
sentido, parece existir uma espécie de percurso que restringe ou
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Agradecimentos
Este trabalho contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo, da FAPESP - 2015 / 24099-1 - Jovem Pesquisador.
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C a p í t u l o 16
Apresentação
1
Professora doutora em Gestão Ambiental EACH, USP e dos Programas de Pós-
Graduação em Ciência Ambiental e em Mudança Social e Participação Política, da
Universidade de São Paulo.
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Considerações finais
Pode-se dizer que o processo comunicativo foi produtivo, com
a elaboração de uma agenda de medidas para conter as ameaças
percebidas e com prazos para atuação. No entanto, não se pode
ignorar que é difícil lidar com as dinâmicas próprias de pequenas
cidades, nas quais se percebem os interesses políticos, os jogos de
poder, a vontade de agradar os responsáveis pela aplicação das
oficinas, e que pode, não necessariamente, incorrer em ações no
sentido de fazer valer o agendado.
Não foram poucos os entraves, como a falta de comprometi-
mento dos gestores em considerar o assunto com a devida seriedade,
posto que ainda permaneçam entendimentos de que as mudanças
climáticas não se relacionam com o local. Isso se expressou na rari-
dade da permanência dos prefeitos nas oficinas; na difícil assiduida-
de dos secretários e vereadores, que intercalavam dias de presença
e de ausência; no entendimento de que a responsabilidade para o
cumprimento da agenda local deve ficar restrita à Secretaria de Cul-
tura, já que veem os imóveis associados ao patrimônio cultural, e
de que nada cabe ao proprietário em relação à situação das edifi-
cações, ou aos usos da terra, em particular aquelas que favorecem
aos deslizamentos. Outros problemas percebidos se assemelham aos
indicados por Martins e Ferreira (2010) entre os quais a tendência a
não priorizar ações por olhar custos em curto prazo, como a da ur-
gência na drenagem urbana, que exige grande investimento inicial,
associada ainda à ideia de que como os mandatos são curtos, há que
priorizar obras de grande visibilidade e apelo popular.
Pôde ser percebido que, ainda que tenha havido a identifica-
ção das responsabilidades do governo local, prevaleceu o enten-
dimento de que as ações de maior envergadura cabem aos órgãos
de proteção do patrimônio, considerados ausentes e inflexíveis em
suas determinações sobre o que pode ou não se fazer com imóveis
tombados como patrimônio. De fato, isso se passa, pois a respon-
sabilidade do CONDEPHAAT está posta em relação aos imóveis
(mais de 90) no centro histórico em Bananal, mas se restringe a
quatro imóveis em Areias, um em São José do Barreiro, um em
Queluz, nenhum em Arapeí e Silveiras. A ênfase ao órgão de pro-
teção do patrimônio indica a desresponsabilização do governo lo-
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C a p í t u l o 17
Introdução
A
radicalidade dos eventos extremos e os cenários de risco
de desastre na Macrometrópole Paulista (MMP) colocam
a urgência de estratégias de adaptação às Mudanças Climáticas.
Para tanto, faz-se necessária uma revisão profunda da estrutura e
gestão urbana com foco na governança e na visão sistêmica sobre
os fluxos e nexos territoriais da macrometrópole, ao mesmo tempo
que exige um olhar pormenorizado da vulnerabilidade municipal
e os impactos das intervenções humanas em cada bacia hidrográfi-
ca, tanto pelo excesso de água (inundações e deslizamentos), quan-
to pela crise hídrica, e aumento e legitimidade da participação
social na tomada de decisão.
No atual quadro urbano brasileiro, é inquestionável a necessi-
dade de implementar políticas públicas orientadas para tornar as
cidades social e ambientalmente sustentáveis, como uma forma de
se contrapor ao quadro de deterioração crescente das condições
de vida. Os números de perdas humanas no verão de 2011 trouxe-
ram à tona o custo social das tragédias relacionadas com catástro-
fes naturais. A forma desordenada como as cidades cresceram nos
últimos 50 anos tem sido a principal causa das tragédias.
Dessa forma, para se abordar risco, desastre a adaptação na
MMP, faz-se necessário entender o processo histórico de (des)orga-
nização socioespacial e dinâmica da MMP, cujos recursos naturais,
1
Universidade Federal do ABC (UFABC).
2
Instituto de Energia e Ambiente (IEE) e Instituto de Estudos Avançados (IEA),
Universidade de São Paulo (USP). Pesquisador Responsável do Projeto Temático
FAPESP 2015/03804-9.
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C a p í t u l o 18
Introdução
1
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP). FAPESP
2017/21797-5(LYX). FAPESP 2018/00462-8 (LRG).
2
Mestranda do Programa de Ciência Ambiental (PROCAM), Instituto de Energia e
Ambiente (IEE), Universidade de São Paulo (USP). FAPESP 2018/13238-9.
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Figura 1
Recorte territorial da Macrometrópole Paulista (MMP),
com destaque para a Zona Costeira.
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Figura 2
Vulnerabilidade da costa paulista às mudanças climáticas,
considerando riscos naturais, sociais e tecnológicos, com detalhe
para a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS),
onde os maiores índices são registrados (Adaptado de NICOLODI;
PETERMANN, 2010).
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3
http://www.mma.gov.br/clima/adaptacao/plano-nacional-de-adaptacao. Acessado
em: fevereiro, 2019.
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Figura 3
Passo a passo para estabelecer estratégias de adaptação às mudanças
climáticas na ZC da MMP. Na primeira linha estão as orientações da
abordagem, na segunda linha uma explicação genérica e na terceira
linha sugestão de aplicação ao território da MMP (Adaptada de
USAID, 2009).
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Agradecimentos
Esta pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto Temático “Gover-
nança Ambiental da Macrometrópole Paulista” da FAPESP (Número
2015/03804-9), e com as bolsas de pós-doutorado (LRG: 2018/00462-8;
LYX: 2017/217975), bolsa de mestrado (MC: 2018/132389) e a bolsa de
produtividade CNPq (AT: 309697/2015-8).
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C a p í t u l o 19
O Nexo Água–Energia–Alimento
e os desafios da governança ambiental
da Macrometrópole Paulista
Vanessa Empinotti1, Leandro Giatti2 ,
Paulo A. A. Sinisgalli3 e Célio Bermann4
Introdução
1
Universidade Federal do ABC (UFABC).
2
Faculdade de Saúde Pública (FSP)/Universidade de São Paulo (USP).
3
Instituto de Energia e Ambiente (IEE)/ Escola de Artes, Ciências e Humanidades
da Universidade de São Paulo (EACH/USP).
4
Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).
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Capítulo 20
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, Departamento
de Ciências Biológicas, campus de Bauru, SP
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Agradecimentos
Pesquisas do autor sobre a influência de mudanças climáticas sobre
a biodiversidade foram financiadas pela Fundação de Amparo à Pes-
quisa do Estado de São Paulo (FAPESP: 2011/18510-0) e fazem parte
do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais
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efeitos, assim como uma relação clara dos custos envolvidos com
os objetivos atingidos, a implementação da AbE transcende tanto
temporalmente quanto espacialmente a perspectiva de benefícios
ambientais trazidos à sociedade.
Dessa forma, tomando-se isoladamente um dado aspecto de
adaptação, como o controle de eventos de enchente em grandes
metrópoles, a implementação de infraestruturas cinzas, como
canalização de corpos hídricos e construção de piscinões, têm
custos e benefícios bastante previsíveis. Comparativamente com
empreendimentos baseados em infraestrutura verde – como re-
composição de matas ciliares, conservação de zonas úmidas e
redução da impermeabilização urbana –, a infraestrutura cinza
pode mostrar, em primeira análise, vantagem quanto à eficácia
no cumprimento do objetivo específico de redução de enchentes e
eficiência no custo de implementação. Entretanto, na medida em
que são incorporados outros objetivos e escopos ecossistêmicos, a
comparação de eficácia e eficiência tende em favor das infraestru-
turas verdes.
A contribuição da AbE na manutenção de serviços ecossistê-
micos derivados da conservação e restauração do Capital Natural
pode mostrar, mesmo que a longo prazo, que o valor desses servi-
ços ultrapassa aqueles derivados da infraestrutura cinza. A conti-
nuidade e expansão dos projetos de AbE e o incentivo à participa-
ção público-privada nas discussões é essencial para o aumento da
percepção de que preservar é melhor do que mitigar, logo, manter
e ampliar infraestrutura verde torna-se mais vantajoso do que in-
vestir em infraestrutura cinza.
Nessa avaliação comparativa de efetividade, o desafio é defi-
nir e ponderar os benefícios trazidos à sociedade a partir de cada
uma das abordagens. Essa definição e ponderação pode envolver
a valoração ambiental, não necessariamente somente em termos
monetários, mas dos ganhos individuais e principalmente coleti-
vos de cada empreendimento proposto. Os serviços ecossistêmicos
que emergem das infraestruturas verdes muitas vezes comportam-
se como bens públicos ou ao menos comuns, e sua valoração envol-
ve a compreensão dos sacrifícios e benefícios trazidos à sociedade
como um todo (FARLEY, 2010).
O ferramental microeconômico de valoração econômica am-
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Capítulo 22
Agricultura, ruralidades e
adaptação na MMP
Arilson Favareto1 e Vanessa Empinotti1
Introdução
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2
A tese de doutorado de Galvão (2017) traz uma caracterização do rural no contexto
da Macrometrópole Paulista que permite visualizar, ao menos em parte, a heteroge-
neidade espacial que enseja essa dinâmica de atores e interesses aqui mencionada.
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3
O Código Florestal, revisto em 2012, completa o arcabouço de regulação dos es-
paços rurais e, em certa medida, dialoga com parte dos problemas aqui apontados
quanto aos condicionantes ambientais no uso do solo rural. Mas ele nada diz sobre
as formas de classificação do que é rural e do que é urbano ou como se dão as com-
petências sobre o planejamento, gestão e uso desses espaços. Por essa razão não será
abordado aqui. Em função das mudanças recentes, há uma vasta literatura a respeito
que pode ser consultada pelos eventuais interessados.
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Capítulo 23
Introdução
1
Escola de Comunicações e Artes (ECA). Instituto de Energia e Ambiente (IEE).
Universidade de São Paulo (USP).
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A estratégia de comunicação
Sobre o pensamento ambiental é possível traçar, de uma ma-
neira simplificada, uma linha que liga dois pontos opostos. Em uma
ponta situa-se o pensamento ecológico que assume que a natureza
tem, intrinsecamente, um valor que justifica e referenda a sua pre-
servação. É o chamado pensamento ecocêntrico. Na outra ponta
dessa mesma reta encontra-se a visão de que a natureza existe sim-
plesmente para servir à humanidade, que teria, portanto, direito de
dispor desses recursos para a satisfação de suas necessidades e dese-
jos. É o chamado pensamento egocêntrico (AMÉRIGO, GARCÍA e
CÔRTES, 2017; CÔRTES, DIAS, et al., 2016).
No meio dessa linha encontra-se o pensamento utilitário,
em que a preservação da natureza se justifica pela necessidade de
preservar recursos para o futuro, evitando sua depleção. Esses re-
cursos devem ser entendidos de uma maneira mais ampla e não
relacionados somente aos processos produtivos. Pode-se entender
que uma área deve ser preservada, pois ela é utilizada para fins de
lazer. O plantio de árvores em uma cidade pode ser incentivado,
de acordo com esse pensamento, pois elas fornecem serviços am-
bientais.
Por situar-se no meio caminho entre o pensamento ecocêntri-
co e o pensamento egocêntrico, a visão utilitária é a predominan-
te e mais facilmente aceita. Diante da dificuldade de pautar temas
ambientais nas redações, uma possível estratégia é amarrar essas
questões às repercussões econômicas. Embora isso nem sempre
seja possível, em alguns casos pode ser bastante útil. A perspectiva
é iniciar a abordagem de um problema ambiental pelas suas con-
sequências, em geral, econômicas.
Por exemplo, as alterações climáticas causam grande preocu-
pação entre os pesquisadores, assim como a necessidade de pre-
servação dos recursos hídricos, dos mananciais e do entorno dos
grandes reservatórios. Para aqueles que têm uma visão mais eco-
cêntrica, essa preocupação carece de justificativas. Mas, diante de
uma visão mais utilitária ou mesmo egocêntrica, as repercussões
econômicas ganham relevância.
Falar sobre as consequências, especialmente aquelas mais
afeitas ao dia a dia das pessoas, ou em aspectos econômicos que
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C a p ít u lo 24
Bases conceituais
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Reflexões finais
Uma revisão do atual PNA mostra como barreiras à integração
com adaptação em cidades, entre outras coisas: que o planejamento
em adaptação é escasso ou de curto prazo, na maioria dos níveis de
governo; que há uma insuficiência de ações estruturantes governa-
mentais para implementação da agenda de adaptação nos municí-
pios; que há pouca integração das políticas de clima, especialmente
de adaptação, com instrumentos de planejamento, nos diferentes ní-
veis e setores; e que a agenda de adaptação não é considerada priori-
dade dos gestores no governo federal, estadual ou municipal.
As vulnerabilidades decorrem da fragilidade dos assentamentos
humanos em relação à fenômenos climáticos perigosos e está ligada a
circunstâncias tais como localização, área de influência e capacidade
de resistência – todos intrinsecamente ligados a diferentes condições
ambientais, sociais, econômicas e políticas. Mudanças exacerbadas no
ciclo hidrológico pelo aquecimento global tende a acentuar os riscos
de perigos existentes, tais como inundações, deslizamentos de terra,
ondas de calor e limitações de fornecimento de água potável.
A maioria das atividades humanas atualmente estão concentra-
das nas cidades, e consequentemente os centros urbanos têm um
papel fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas. Os
governos locais enfrentam muitos desafios em seus esforços para
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Agradecimentos
Este estudo faz parte do projeto INCT-Mudanças Climáticas Fase 2
(CNPq 465501/2014-1, FAPESP 2014/50848-9 e CAPES 16/2014).
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Capítulo 25
1
Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Figura 1
Ciclo de Adaptação à Mudança do Clima.
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Capítulo 26
Introdução
A
inda que conseguíssemos limitar o aumento da tempera-
tura global, as mudanças climáticas estão aqui para ficar.
Comunidades já estão vivenciando secas e enchentes cada vez mais
extremas e frequentes, além de outros eventos climáticos. E estes
efeitos apenas serão intensificados. [...] Alguns argumentam que a
economia não poderá sustentar a adaptação. Mas, como as últimas
evidências têm demonstrado, atrasar ações apenas significa maio-
res custos depois. Se nós, realmente queremos construir um futu-
ro sustentável, próspero, e equitativo, não podemos nos dar o luxo
de esperar2 (STEINER, 2015).
Em 2019, o Fórum Mundial Econômico coloca em sua pau-
ta a preocupação com a falência dos acordos mundiais por parte
dos governos nacionais em torno do Acordo de Paris, e coloca as
mudanças climáticas, somadas ao aumento dos eventos extremos,
como uma das maiores preocupações mundiais (WORLD ECO-
NOMIC FORUM, 2019).
A vulnerabilidade das cidades às mudanças climáticas depende
de fatores como padrões de urbanização, desenvolvimento econômi-
1
Doutora em Governança da Água/PROCAM (USP). Assessora Internacional da Secre-
taria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA).
2
Livre tradução do trecho “Even if we limit the rise in global temperatures, cli-
mate change is here to stay. Communities are already facing more extreme and
frequent droughts, floods, and other weather events. These consequences will only
intensify. [...]Some argue that the global economy cannot afford adaptation. But,
as the latest evidence shows, delaying action will mean higher costs later. If we truly
want to build a sustainable, prosperous, and equitable future, we cannot afford to
wait.” (STEINER, 2015).
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Instrumentos
Dentre os instrumentos relativos à adaptação, um dos mais
importantes é o Plano Participativo de Adaptação aos Efeitos das
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muito importantes, sendo que este último tem atualização anual, sen-
do o Instituto Geológico, o IPT e a Defesa Civil os responsáveis;
Em termos de incentivos econômicos, também previstos
na PEMC, o pagamento por serviços ambientais aos proprietá-
rios rurais conservacionistas, bem como incentivos econômicos,
como conversão de multas em serviços ambientais de restaura-
ção, também fazem parte do Programa Nascentes (SÃO PAULO
(Estado), 2019).
Sobre os fundos previstos na PEMC, há dois, especifica-
mente, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) e o
Fundo Estadual de Controle e Prevenção da Poluição (FECOP),
onde a aplicação dos recursos passou a contemplar as mudan-
ças climáticas, especialmente na definição das áreas de maior
vulnerabilidade e as ações de prevenção, mitigação e adaptação.
Além desses, os Planos Setoriais, especialmente de Recursos Hí-
dricos, Saneamento e Agropecuária, foram inicialmente elabo-
rados no período de 2011 a 2013, com atualizações a cada qua-
tro anos, onde percebe-se a inclusão da dimensão climática dos
impactos sobre seus ativos, progressivamente, e a inserção, em
seus orçamentos, de recursos para adaptação aos impactos.
Considerações finais
Observa-se que vários instrumentos e iniciativas têm sido rea-
lizados, ainda que não consolidados em um Plano de Adaptação.
A paralização das atividades do Comitê Gestor e do CEMC
trouxe como consequência a falta da discussão e articulação
necessárias para garantir a presença transversal das mudanças
climáticas nas políticas setoriais do estado e, consequentemente,
nos discursos de governo, trazendo para a sociedade paulista
um olhar um pouco confuso, uma vez que por meio da PEMC
reconhece a importância das mudanças climáticas, mas ainda
coloca o clima como uma questão menor quando comparado a
outras agendas.
Destaque aos instrumentos de Planejamento Ambiental,
Urbanísticos e Zoneamentos Ecológicos e Econômicos, onde há
verdadeiras possibilidades de trabalho concatenado com a escala
local, onde devem se desenvolver as ações de adaptação. Devem
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Agradecimentos
A autora agradece aos colegas Maria Fernanda Pelizzon Garcia(*) e Mar-
ta Emerich(*), Oswaldo Lucon(**), Paul Dale(***) e Elaine Aparecida
Rodrigues(****) pela gentil colaboração.
(*) CETESB, (**) Assessoria de Mudanças Climáticas da SIMA, (***)
Fundação Florestal, (****) Instituto Florestal.
Referências
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______. Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente (SMA). Coor-
denadoria de Planejamento Ambiental. Relatório de Qualidade Ambiental 2017. 1.
ed. São Paulo: SMA, 2018.
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Capítulo 27
Introdução
1
Instituto de Estudos Avançados (IEA)/USP.
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Etapa 4: Comunicação.
O processo participativo e democrático invariavelmente es-
barra em questões como falta de tempo, espaço, verba etc. Em
muitos casos, a participação simplesmente não ocorre porque nun-
ca foi considerada como parte de um processo educativo, fato que
contribui para a perpetuação da falta de cultura relacionada ao
cuidado e à corresponsabilização.
Um caminho que gradualmente colabora com o envolvi-
mento de diferentes atores, a fim de garantir da melhor forma
possível um processo de ensino-aprendizagem social, é estabe-
lecer canais de comunicação com a comunidade, divulgando
regularmente os resultados atingidos em cada etapa da criação,
e como eles podem colaborar com o processo adaptativo e me-
lhoria das condições de vida frente aos impactos das mudanças
climáticas.
Essa etapa de comunicação, apesar de essencial, não é nor-
malmente considerada nos modelos que trabalham com aprendi-
zagem baseada em problemas ou design thinking. Cartaz, blog, vlog,
jornal comunitário, mural de fotos, rádio comunitária são apenas
algumas das muitas estratégias de comunicação ligadas ao pro-
cesso educacional e de adaptação. Para explorar as questões de
educomunicação, sugiro o sítio http://www.futura.org.br/caleidos-
copio/educomunicacao-fluencia-de-comunicacao-na-escola/.
Além disso, recomenda-se o sítio do Centro Nacional de Moni-
toramento e Alertas de Desastres Naturais, que realiza diferentes
projetos que visam “contribuir para a geração de uma cultura da
percepção de riscos de desastres, no amplo contexto da educação
ambiental e da construção de sociedades sustentáveis e resilientes”.
Visite http://educacao.cemaden.gov.br/
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Capítulo 28
Introdução
1
Instituto de Energia e Ambiente (IEE). Universidade de São Paulo (USP).
2
Universidade Federal do ABC (UFABC).
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4
Disponível em http://adaptaclima.mma.gov.br. Acessado em: janeiro 2019.
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5
Índice de Vulnerabilidade Social (IVS, IPEA), Índice Paulista de Vulnerabilidade
Social (IPVS), Índice de Vulnerabilidade Socioecológica (IVSE), Índice de Bem Estar
Urbano (IBEU), entre outros.
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Figura 1
Mapas do IVDNS (composto pelos Subíndices: Exposição,
Sensibilidade e Capacidade Adaptativa), para o período de 2011-2041,
com recorte na Macrometrópole Paulista (MMP).
Fonte: MMA, 2017; Emplasa, 2018. Adaptado por Ana Lia Leonel, 2018.
Recomendações
Com a tendência de maior frequência dos fenomenos liga-
dos à variabilidade climática, sejam eles mais períodos de chuvas
ou mais períodos de secas, enchentes, deslizamentos de encostas
ou escassez hídrica, para citar alguns exemplos concretos que já
atingem a Macrometrópole Paulista, os municípios que integram
a região precisarão repensar a forma que vem sendo planejadas
as cidades. Nesse sentido, planos de adaptação deverão ser instru-
mentos que busquem maior resiliência em face de possíveis desas-
tres e alterações do território.
No Sudeste do país (com exceção do norte de MG), a gestão
do uso da água somada à forte degradação ambiental é um desafio
a ser enfretado, pois em diversos municípios já é possivel verificar
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Referências
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Glossário
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MC – Mudanças Climáticas
MDL – Mecanismos de Desenvolvimento Limpo
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MMP – Macrometrópole Paulista
MRF – Mary Robinson Foundation
NEPAM – Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais
NRM – Nível Relativo do Mar
ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
OEA – Organização dos Estados Americanos
OLNPP – One Less Nuclear Power Plant (Uma Usina Nuclear a Menos)
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
PACS – Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul
PAM – Plano de Ação da Macrometrópole Paulista
PBMC – Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas
PDDT – Plano Diretor de Desenvolvimento dos Transportes
PDE – Plano Diretor Estratégico
PDUI – Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado
PEMC – Política Estadual de Mudanças Climáticas
PGPP – Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas
PGT – Núcleo de Política e Gestão Tecnológica
PGT – Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão de Ter-
ritório
PITU – Plano Integrado de Transporte Urbano
PlanMob – Plano Municipal de Mobilidade Urbana
PLANSAN – Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico
Plansan – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
PMMA – Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlân-
tica
PMMCS – Plano Municipal de Mudança do Clima de Santos
PMVA – Programa Município Verde-Azul
PNA – Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PNGATI – Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras
Indígenas
PNLT – Plano Nacional de Logística e Transporte
PNMC – Política Nacional sobre a Mudança do Clima
PNMU – Política Nacional de Mobilidade Urbana
PNPDEC – Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
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Organizadores
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Sobre os autores:
Alberto Medici - Possui graduação em Ciências Sociais pelo Centro Uni-
versitário Fundação Santo André, mestrado em Sociologia na FFL-
CH/USP e doutorado em Sociologia FFLCH/USP. Tem experiên-
cia na área de Ciências Sociais, com ênfase em Sociologia, atuando
a partir de 2010 principalmente nos seguintes temas: sustentabili-
dade e políticas públicas, sociedade e meio ambiente, restauração
de áreas degradadas e interesse público. É colaborador do Proje-
to Temático FAPESP “Governança Ambiental na Macrometrópole
Paulista face à variabilidade climática”.
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