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MMAT 6 - Tratamentos Térmicos-4 PDF
MMAT 6 - Tratamentos Térmicos-4 PDF
E JUNTAS SOLDADAS
Tratamentos Térmicos
Operações de aquecimento e resfriamento controlados, que visam afetar as
características dos aços e ligas especiais, são denominadas tratamentos
térmicos.
Os principais objetivos dos tratamentos térmicos são os seguintes:
- Remoção de tensões (oriundas de esfriamento desigual, trabalho mecânico
ou outra causa);
- Aumento ou diminuição da dureza;
- Aumento da resistência mecânica;
- Melhora da ductibilidade;
- Melhora na usinabilidade;
- Melhora da resistência ao desgaste;
- Melhora das propriedades de corte;
- Melhora da resistência a corrosão;
- Melhora da resistência ao calor;
- Modificação das propriedades elétricas e magnéticas;
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Tratamentos Térmicos
RECOZIMENTO
Tipos de recozimento:
- Recozimento pleno;
- Recozimento isotérmico
- Recozimento subcrítico;
- Esferoidização ou recozimento intercrítico.
RECOZIMENTO
TEMPERATURE
Austenite
TA Ciclos de recozimento recomendados para aços carbono
Ac3 Temperatura de *Ciclo de Faixa de
Ferrite α + Austenite Ac1 Aço Austenitização resfriamento de dureza
ABNT (oC) - até (0C) (Brinell)
Ac3
Ac1 1060 790 – 845 790 – 650 158 – 217
A.+F.
A.+F.+P. 1070 790 – 845 790 – 650 167 – 229
Austenite
1080 790 – 845 790 - 650 167 – 229
Ferrite +
A. + Bainite pearlite 1090 790 - 830 790 - 650 167 - 229
Martensite
log(t)
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RECOZIMENTO
TEMPERATURE
Recozimento isotérmico: consiste no
aquecimento do aço nas mesmas Austenite
condições do recozimento total, seguido de
um resfriamento rápido até uma Ac3
determinada temperatura, sendo que no Ferrite α e Austenite
diagrama de transformação isotérmico e
Ac1
mantido constante até produzir a
transformação completa. Obtém os Ferrite α
mesmos constituintes do recozimento
pleno.
A estrutura final é mais uniforme que no TA
TEMPERATURE
caso do recozimento pleno Ac3
Ac1
TB
A.+F.
A.+F.+P. Ferrite
Austenite e perlite
A. + Martensite
A. + Bainite
Martensite
log(t)
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RECOZIMENTO
Recozimento subcrítico (alívio de tensões) – o aquecimento se dá a uma
temperatura abaixo da linha A1 – utilizado para recuperar a ductilidade do aço
trabalhado a frio (encruado) – recuperação das fases encruadas.
Normalmente, o aquecimento do aço carbono fica na faixa de 595 a 6750C,
seguido do resfriamento ao ar.
As principais transformações que ocorrem neste tratamento são a recuperação e
a recristalização das fases encruadas.
São também aplicados quando se deseja reduzir tensões residuais em estruturas
ou componentes após soldagem, dobramento, resfriamento brusco (têmpera),
etrc.
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Alívio de Tensões
T
Tmax
RECOZIMENTO
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RECOZIMENTO
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RECOZIMENTO
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NORMALIZAÇÃO
Normalização – consiste na austenitização completa do aço, seguida de
resfriamento ao ar parado ou agitado.
É indicado para homogeneização da estrutura após o forjamento e antes da
têmpera ou revenimento. Aços ligados que temperam (endurecem) ao ar não
são normalizados.
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Normalização e Recozimento
Aço oC Aço oC
NORMALIZAÇÃO
Aço
1015
1020
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Têmpera
Têmpera - Consiste no aquecimento de um do aço até a completa
austenitização seguido de resfriamento rápido para causar a formação de uma
estrutura martensitica. O objetivo, sob o ponto de vista de propriedades
mecânicas, é o aumento do limite de resistência à tração e de sua dureza.
O meio de resfriamento
depende do teor de carbono
presente no aço, da forma e
dimensões da peça submetida à
têmpera. Pode ser líquido ou
gasoso.
No caso de um meio líquido os
mais comuns são: água, água
contendo sal ou aditivos cáusticos,
óleo e soluções aquosas de
polímeros. Os meios gasosos
podem ser ar ou gases inertes
como hélio e argônio.
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Têmpera
Resultam da têmpera redução da ductilidade (baixos valores de
alongamento e estricção), da tenacidade e o aparecimento de apreciáveis
tensões internas. Esses inconvenientes são atenuados pelo revenido
Influência do teor de
carbono na dureza de
aços com estrutura
constituída
integralmente de
martensita, ferrita-perlita
e esferoidita.
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Têmpera
Como os diferentes aços apresentam curvas ITT distintas, a taxa mínima de
resfriamento necessário (denominada velocidade crítica) para evitar as
transformações perlítica e bainítica varia em uma faixa bastante larga.
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Têmpera
Aumentando-se o teor de C diminui-se a temperatura para início e fim da
formação da martensita. A dureza da martensita também aumenta
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Têmpera
Influência do
teor de carbono
na dureza da
martensita de
ligas Fe-C
revenidas em
diferentes
temperaturas.
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Revenimento
A martensita como temperada é extremamente dura e frágil – altas tesões
internas – podendo trincar – sem emprego prático.
Para atingir valores adequados de resistência mecânica e tenacidade, deve-se,
logo após a têmpera proceder o revenimento.
Consiste em aquecer
uniformemente até
uma temperatura
abaixo daquela de
austenitização,
mantendo o aço nesta
temperatura por um
tempo suficiente para
equalização de
temperatura e
obtenção das
propriedades
desejadas.
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Revenimento
Variação das
propriedades mecânicas
do aço 4340 em função
da temperatura de
revenimento
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Revenimento
Efeito da duração
do revenimeno de
um aço com
0,28%C sobre a
dureza para quatro
temperaturas
diferentes.
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Revenimento
Efeito do tempo
de revenimento
na dureza de
aços carbono
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Revenimento
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Revenimento
Revenimento
Variação da
dureza (atraso
do
amolecimento e
endurecimento
secundário) no
revenimento de
aços com
diferentes
teores de Mo.
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Revenimento
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Martêmpera
Martêmpera – Objetivo é minimizar o efeito das tensões de resfriamento na têmpera. O
resfriamento é interrompido por alguns instante a uma temperatura pouco superior ao
início de transformação martensíica, diminuindo os gradientes térmicos. Diminui perda
de peças por trinca.. Maior custo em relação a têmpera convencional
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Martêmpera
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Austêmpera
Austêmpera – transformação isotérmica para a produção de uma estrutura
bainítica. Consiste em: Austenitizar o aço; Resfriamento rápido em banho de sal,
óleo ou chumbo para a região de formação bainítica Transformação da austenita
em bainita; Resfriamento ao ar ate a temperatura ambiente.
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Austêmpera
O principal objetivo da austêmpera é obter produtos com alta ductilidade e resistência
ao impacto, sem perda expressiva de dureza. Reduzir a formação de trincas e
empeno
A escolha do aço
para austêmpera é
baseada em sua
curva ITT
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Solubilização e Envelhecimento
Solubilização e Envelhecimento
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Solubilização e Envelhecimento
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TRATAMENO TERMOQUÍMICO
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TRATAMENO TERMOQUÍMICO
Solubilidade do
elemento químico
no aço
As temperaturas
utilizadas para a
introdução de
nitrogênio são
menores que as
utilizadas para a
introdução de
carbono ou boro.
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TRATAMENO TERMOQUÍMICO
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Cementação
Cementação sólida:
As peças são acondicionadas em caixas metálicas, adiciona carvão de madeira
ou coque, catalisador constituído de uma mistura de 50 a 70% de carbonato de
bário com outros carbonatos (cálcio, potássio e sódio) e um óleo ligante.
Temperaturas – Normalmente de 815 a 955oC.
Profundidade da camada cementada – varia de 0,6 a 7mm (depende das
condições de tempo e temperatura empregada) A profundidade é feita por
medida de dureza.
Considera-se “camada cementada efetiva” a região com dureza maior que 50RC.
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Cementação sólida
Efeito do tempo de
cementação na
profundidade da camada
cementada (a) e na
distribuição do carbono (b)
para o aço 3115,
cementado a 925oC com
carvão de madeira, coque
e carbonato de sódio.
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Cementação sólida
Vantagens:
- Pode utilizar uma grande variedade de fornos, pois produz sua própria atmosfera
cementante;
- É ideal para peças que precisam de resfriamento lento após a cementação, como
as que serão usinadas antes do tratamento de têmpera.
Desvantagens:
-Não é indicada para camadas que devem ser controladas dentro de uma tolerância
estreita;
- Não permite controle do potencial de carbono na superfície da peça;
- É mais lenta que os outros processos de cementação, pois é preciso aquecer e
resfriar a peça junto com a caixa que a contém.
OBS.: Por requerer mão-de-obra intensiva, é pouco utilizada atualmente, tendo sido
substituído por processos que permitem uma maior automatização, como a
cementação a gás.
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Cementação gasosa
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Cementação gasosa
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Cementação gasosa
Vantagens:
- Processo mais limpo que por via sólida;
- Melhor controle do teor de C e da espessura;
- Processo rápido e para produção contínua;
- Possibilita a têmpera direta, evitando o resfriamento;
Desvantagens:
- Custo alto dos equipamentos – comparado com a cementação sólida;
- Requer pessoal habilitado
Equipamento para
cementação gasosa e
têmpera posterior com
produção contínua.
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Cementação líquida
Vantagens:
-Obtenção de apreciável
profundidade de penetração em
tempo relativamente mais curto,
que na cementação a gás, pois
a peça entra em contato direto
com a massa líquida;
- Possibilidade de operação
contínua, pela colocação ou
retirada das peças, enquanto
outras ainda estão em
tratamento.
Desvantagens:
- Produz resíduos tóxicos de
cianeto;
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Cementação a vácuo
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Cementação iônica ou a plasma
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Nitretação
É o processo de introdução de nitrogênio no aço, pelo aquecimento dele entre 500 e
570oC, para formar uma camada dura de nitretos. Nesta faixa de temperatura o aço
encontra-se na condição ferrítica.
Temperaturas menores que a cementação – implica em menor distorção da peça e
tem menor tendência a causar trincas.
Após a nitretação não é necessária têmpera para produzir o endurecimento na
camada nitretada.
Razões para utilizar a nitretação;
- Obter altíssima dureza superficial (em torno de 70 RC) e alta resistência ao
desgaste;
- Melhorar a resistência à fadiga e à corrosão (exceto para aços inoxidáveis);
- Obter superfície resistente ao amolecimento por aquecimento até temperaturas
próximas à nitretada.
Técnicas de nitretação: Gás, Líquida e Iônica.
Para alcançar os resultados desejados é conveniente que as peças sejam resfriada
rapidamente após a nitretação, a fim de que o nitrogênio seja mantido em solução
sólida na peça.
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Nitretação a Gás
Gradiente de nitrogênio no
aço 1015 em função do
tempo de nitretação líquida
a 565oC.
Equipamento – igual ao da
cementação líquida.
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Nitretação Iônica
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Cianetação
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Cianetação
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Carbonitretação
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Nitrocarbonetação
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Boretação
Consiste em se aquecer o aço 700 e 1000oC por 1 a 12 horas em contato com um
agente boretante, objetivando a formação de boretos de ferro (Fe2B e FeB) na
superfície do aço.
Desvantagens:
Elevada dureza dificulta o ajuste da peça
– só por lapidação com diamante;
Resistência a fadiag – inferior à obtidas
na peça cementada ou nitretada.
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Referências
Costa e Silva, Andre Luiz & Mei, Paulo Roberto, Aços e ligas
especiais, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2006.
ASM Metals handbook. 8. ed. Metals Park, 1974.
Chiaverini, Vicente, Aços e Ferros Fundidos - ABM, 1982.
Krauss, G. Steels: heat treatment and processing principles,
ASM, 1997.
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