Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4º SEMESTRE DE DIREITO
DIREITO PENAL
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
RIO VERDE MT – MS
2010
NOELIA F. PEREIRA DA SILVA (noelia-pg@hotmail.com) RA: 1901383539
RAPHAELA GOMES NOGUEIRA (phaela_ytsat@hotmail.com) RA: 1901423658
DIREITO PENAL
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
RIO VERDE MT – MS
2010
Os crimes são classificados de diversas maneiras, ora porque se atenta à gravidade do
fato, ora à forma de execução, ora ao resultado, etc.
A gravidade do fato é classificada por dois sistemas: o tricotômico, que classifica as
infrações penais em crimes, delitos e contravenções; e o dicotômico (adotado por nossa
legislação), o qual classifica as infrações em crimes e contravenções, encarando crime e delito
como sinônimos.
A distinção entre crime e contravenção reside na espécie de sanção cominada à infração
penal: o art. 1º da LICP reza que ao crime é cominada pena de reclusão ou de detenção e de
multa; à contravenção é cominada pena de prisão simples, e/ou multa ou apenas esta.1
Crime Comum (do latim delicta communia:"delitos comuns") é aquele que pode ser
praticado por qualquer pessoa, penalmente responsável, que lesa bem jurídico do cidadão, da
família ou da sociedade. Ex: roubo, furto.
Crime próprio, que é aquele que só pode ser cometido por uma determinada categoria
de pessoas, pois pressupõe uma particular condição ou qualidade pessoal do agente.
O peculato, por exemplo, só pode ser praticado por funcionário público. Da mesma forma, no
crime de omissão de notificação de doença, o sujeito ativo deve ser médico.2
Crime de mão própria ou de atuação pessoal é todo aquele que só pode ser
praticado pelo autor direto da infração. Em princípio não admite co-autoria ou mesmo a co-
participação através da instigação ou orientação.3 É crime comum, ou seja, não exige uma
qualidade especial do agente. O crime de mão própria só pode ser cometido pelo sujeito em
pessoa, ou seja, pelo autor direto da ação. Ninguém os comete por intermédio de outrem.
Somente poder ser praticado pelo próprio agente, mas admite a participação (art. 29 do
Código Penal). Exemplo: o crime de falso testemunho, falsidade ideológica. Os crimes de
mão própria não se confundem com crimes próprios.4
Crime de Perigo é um crime cuja prática se basta com a conduta do agente, sem que
seja necessária a verificação de um resultado espaço-temporalmente distanciado da ação, ou
seja, sem que seja necessária a efetiva lesão do bem jurídico tutelado. Distingue-se, assim,
dos crime de dano, no qual é necessária a efetiva lesão de um bem jurídico. Importante
problematizar ainda a existência dos crimes de perigo abstrato e concreto. Ambos continuam
não exigindo: a efetiva lesão do bem juridicamente protegido pelo tipo para se consumarem;
nem o dolo de dano, ou seja, a intenção dirigida finalisticamente para lesionar. Contudo, nos
crimes de perigo abstrato a prática do comportamento (comissivo ou omissivo) tipificado já é
1
http://www.carula.hpg.ig.com.br/penal5.html
2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_comum
3
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1186
4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_de_m%C3%A3o_pr%C3%B3pria
5
http://buenoecostanze.adv.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8255&Itemid=27
suficiente para que haja a consumação, o que desrespeita flagrantemente o princípio da
lesividade e os postulados garantistas. Os crimes de perigo concreto, por seu turno, exigem a
verificação ex post da efetiva situação de perigo a que foi submetida o bem, sem a qual não há
crime. Exemplos de crime de perigo são dirigir embriagado e o abandono.6
Crime material é aquele em que a lei descreve uma ação e um resultado, e exige a
ocorrência deste para que o delito se consume. Pode ser citar como exemplo o crime de
estelionato, em que a lei descreve uma ação, qual seja, "empregar fraude para induzir ou
manter alguém em erro", e um resultado, qual seja, "obter vantagem ilícita em prejuízo
alheio" (art. 171 do Código Penal). Assim, o estelionato só se consuma com a obtenção da
vantagem ilícita visada pelo agente.7
Crimes de mera conduta são crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por
si só, configura o crime, independentemente de qualquer alteração do mundo exterior (embora
isso seja questionável, porque, na invasão de domicílio, típico crime formal, a presença do
agente altera o mundo exterior e poderia ser considerada um resultado). A figura muito se
assemelha à dos crimes formais. A diferença seria que nos crimes formais há resultado, que,
no entanto, nem precisa ocorrer para configurar o crime. Seguindo orientação de Grispigni,
Damásio distingue do crime formal o crime de mera conduta, no qual o legislador descreve
somente o comportamento do agente, sem se preocupar com o resultado (desobediência,
invasão de domicílio). Os crimes formais distinguem-se dos de mera conduta - afirma
Damásio - porque "estes são sem resultado; aqueles possuem resultado, mas o legislador
antecipa a consumação à sua produção". Crimes de mera conduta: não produz resultado algum
(exemplos: invasão de domicílio, desobediência).9
Crime comissivo é o que exige segundo o tipo penal objetivo (descrição abstrata de
um comportamento), em princípio, uma atividade positiva do agente .10 É o praticado por meio
de ação, por exemplo, homicídio (matar), na rixa (art. 137) será o “participar”; no furto (art.
155) o “subtrair”; na violação de correspondência (art. 151) o “devassar” etc. Os crimes
comissivos se subdividem em comissivos propriamente ditos e comissivos por omissão.
6
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_de_perigo
7
http://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/847/Crime-material
8
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_formal
9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crimes_de_mera_conduta
10
http://www.carula.hpg.ig.com.br/penal5.html
agir, por exemplo, art. 135 do CP (deixar de prestar assistência).11 Os crimes omissivos
subdividem-se nas seguintes categorias12:
Crime omissivo próprio – não existe o dever jurídico de agir, e omitente não responde
pelo resultado, mas apenas por sua conduta omissiva (arts. 135 e 269 do CP). Dentro dessa
modalidade de delito omissivo tem-se o crime de conduta mista, em que o tipo legal descreve
uma fase inicial ativa e uma fase final omissiva, por exemplo, apropriação de coisa achada
(art. 169, parágrafo único, II). Trata-se de crime omissivo próprio porque só se consuma no
momento em que o agente deixa de restituir a coisa. A fase inicial da ação, isto é, de
apossamento da coisa, não é sequer ato executório do crime.13
Crime omissivo impróprio – (ou comissivos por omissão, ou comissivos-omissivos), a
omissão consiste na transgressão do dever jurídico de impedir o resultado, praticando-se o
crime que, abstratamente, é comissivo. A omissão é forma ou meio de se alcançar um
resultado (no crime doloso). Nos crimes omissivos impróprios a lei descreve uma conduta de
fazer, mas o agente se nega a cumprir o dever de agir. Exemplos são o da mãe que deixa de
amamentar ou cuidar do filho causando-lhe a morte; do médico ou da enfermeira que não
ministra o medicamento necessário ao paciente, que vem a morrer; do administrador que
deixa perecer animal ou deteriorar-se a colheita.14
Crime permanente é o que causa uma situação danosa ou perigosa que se prolonga
no tempo. O momento consumativo se protai no tempo. Exemplos: sequestro ou cárcere
privado (art. 148), plágio ou redução a condição análoga à de escravo (art. 149) etc. Nesse
crime, a situação ilícita criada pelo agente se prolonga no tempo. Assim, no sequestro,
enquanto a vítima não recupera sua liberdade de locomoção, o crime está em fase de
consumação. O crime permanente se caracteriza pela circunstância de a consumação poder
cessar por vontade do agente. A situação antijurídica perdura até quando queria o sujeito.
O crime permanente apresenta duas fases: a de realização do fato descrito pela lei, de natureza
comissiva; e a de manutenção do estado danoso ou perigoso, de caráter omissivo. E se
subdivide em crime necessariamente permanente e crime eventualmente permanente.15
11
MIRABETE, Julio Fabbrini. FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal, parte geral. ed. 24. rev. e atual.
São Paulo: atlas, 2006. p. 119.
12
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, parte geral. vol.1.ed. 29. rev. e atual. São Paulo: saraiva, 2008. p. 190.
13
CAPEZ, Fernando. Direito Penal, parte geral. vol. 1. São Paulo: saraiva, 2010. p. 287-288.
14
MIRABETE, Julio Fabbrini. FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal, parte geral. ed. 24. rev. e atual.
São Paulo: atlas, 2006. p. 119-120.
15
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, parte geral. vol.1.ed. 29. rev. e atual. São Paulo: saraiva, 2008. p. 191-
192.
16
CAPEZ, Fernando. Direito Penal, parte geral. vol. 1. São Paulo: saraiva, 2010. p. 288.
Crime a prazo ocorre nas hipóteses em que a qualificadora depende de um
determinado lapso de tempo (129, § 1° CP: mais de 30 dias).17
Crime acessório é aquele que para ser configurado depende da prática de outro delito
que com ele se filie. O crime acessório pressupõe a prática de outro crime que lhe dá conteúdo
e justificativa. Ex.: receptação e favorecimento. Assim, no furto e posterior receptação, o
primeiro é principal, o segundo, acessório (ou de fusão).18 19
Crime qualificado é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que
agrava sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de um novo tipo
penal, mas apenas uma forma mais grave de ilícito. Chama-se homicídio qualificado, por
exemplo, aquele praticado “mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo
torpe” (art. 121, § 2º, I); denomina-se furto qualificado o praticado “com destruição ou
rompimento de obstáculo à subtração da coisa” (art. 155, § 4º, I).
Crime privilegiado existe quando ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que o
torna menos grave, diminuindo, em consequência, suas sanções. São crimes privilegiados, por
exemplo, o homicídio praticado por relevante valor moral (eutanásia, por exemplo), previsto
no art. 121, § 1º, o furto de pequeno valor praticado por agente primário (art. 155, § 2º).20
Crime complexo é aquele que atinge vários bens jurídicos penalmente tutelados
(direitos ou interesses individuais ou sociais de extrema relevância, por isso penalmente
protegido, já que o Direito Penal é a "ultima ratio"), é a fusão de vários crimes contidos num
mesmo tipo penal. Latrocínio (roubo + homicídio), extorsão mediante sequestro (extorsão +
sequestro), extorsão mediante sequestro qualificado pelo resultado morte (extorsão +
sequestro + homicídio) são exemplos notórios de crimes complexos.21 O crime complexo
apresenta-se sob duas formas: crime complexo em sentido lato (um crime, em todas ou
algumas das hipóteses contempladas na norma incriminadora, contém em si outro delito
menos grave, necessariamente. O legislador acrescenta à definição de um crime fatos que, por
si mesmos, não constituem delito.) e crime complexo em sentido estrito (é formado da reunião
de dois ou mais tipos penais. O legislador apanha a definição legal d crimes e as reúne,
formando uma terceira unidade delituosa – subsidiariedade implícita).22
Crime progressivo é aquele que ocorre quando o agente, para praticar crime de maior
ofensa a um bem jurídico, ou seja, para alcançar um resultado mais gravoso, pratica uma
ofensa de menor intensidade, que é o crime meio para se chegar ao crime fim, progredindo do
mais brando ao mais grave.
17
http://www.google.com.br/search?aq=f&sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=crime+a+prazo
18
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, parte geral. vol.1.ed. 29. rev. e atual. São Paulo: saraiva, 2008. p. 194.
19
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_acess%C3%B3rio
20
MIRABETE, Julio Fabbrini. FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal, parte geral. ed. 24. rev. e atual.
São Paulo: atlas, 2006. p. 120-121.
21
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_complexo
22
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, parte geral. vol.1.ed. 29. rev. e atual. São Paulo: saraiva, 2008. p. 195.
Exemplos: para o agente praticar o crime de homicídio, pratica-se, necessariamente, o delito
de lesão corporal; homicídio qualificado pela tortura, para se chegar ao homicídio qualificado
pela tortura é preciso passar pelo delito de tortura etc.23
Progressão criminosa - é aquela realizada mediante dois atos, dois movimentos, ou
seja, quando o agente inicia um comportamento que configura um crime menos grave, porém,
ainda dentro do mesmo inter criminis, resolve praticar uma infração mais grave, que
pressupõe a primeira. A diferença básica entre crime progressivo e progressão criminosa se
relaciona diretamente com a questão de dolo. No crime progressivo o agente, desde o início,
tem a intenção de praticar um crime mais grave, mas, para concretizá-lo, passa pelo menos
grave. Na progressão criminosa o agente inicialmente queria o resultado menos grave, mas,
no "meio do caminho" muda de idéia e passa a querer o resultado mais grave.24
Delito putativo, imaginário ou erroneamente suposto – o agente pensa que cometeu
um crime, mas, na verdade, realizou um irrelevante penal. Pode ser: delito putativo por erro
de tipo, que é o crime impossível pela impropriedade absoluta do objeto, como no caso da
mulher que ingere substância abortiva, pensando estar grávida; delito putativo por erro de
proibição, quando o agente pensa estar cometendo algo injusto, mas pratica uma conduta
perfeitamente normal, como é o caso do boxeador que, após nocautear seu oponente, pensa ter
cometido algo ilícito; e delito putativo por obra do agente provocador, conhecido também
como delito de ensaio, delito de experiência ou delito de flagrante preparado, no qual não
existe crime por parte do agente induzido, ante a ausência de espontaneidade.25
Crime unissubsistente é o que se realiza com apenas um ato, ou seja, a conduta é uma
e indivisível, com na injúria ou ameaça orais (arts. 140 e 147), o uso do documento falso (art.
304) etc. Tais crimes não permitem o fracionamento da conduta, e é inadmissível a tentativa
deles.
Crime exaurido: É aquele crime que após a consumação é que atinge suas últimas
conseqüências. Não caracterizando novo delito e sim mero desdobramento de uma conduta já
consumado. Ex.. O inocente é condenado em face do falso testemunho. Art.203 do CP 31.
Crime subsidiário: É aquele, cujo tipo penal tem aplicação subsidiária, a norma
principal exclui a aplicação da secundária. A subsidiária pode ser explícita ou implícita.
Existe a primeira quando a lei, após descrever um crime, diz que só tem aplicação se o fato
não configura delito mais grave. Ex.. Art.132 do CP. Há a subsidiariedade implícita quando a
aplicação de uma norma não resulta de comparação abstrata com outra, mais do juízo de valor
sobre o fato concreto em face dela. Ex.. Normas que definem os crimes de perigo individual.
São subsidiaria perante as que descrevem os crimes contra a vida 32.
Crimes vagos: São aqueles em que o sujeito passivo é uma coletividade destituída de
personalidade jurídica, como a família, amigos, grupos, platéia e etc. Ex. Perturbação de
cerimônia funerária. Art.209 do CP 33.
Crime de mera suspeita. Manzini foi quem pela primeira vez falou em crimes de
mera suspeita, em o autor do crime é punido pela mera suspeita despertada. Em nosso
ordenamento jurídico, só há uma forma que assemelha a esse crime que é a contravenção
penal prevista no art.25 LCP34.
29
http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20091021154320737
30
CAPEZ, Fernando. Direito Penal, parte geral. vol. 1. São Paulo: saraiva, 2010. p.250.
31
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal, parte geral. vol.1.ed. 29. rev. e atual. São Paulo: saraiva, 2008. p.203.
32
Idem p. 204
33
Idem p. 205.
34
Idem p. 206.
Crime de ação múltipla ou conteúdo variado: É o crime que contém várias
modalidades de conduta, em vários verbos onde qualquer um deles caracteriza a prática de um
crime. Ex: Art.33, caput, da Lei n.11.343/2006.
Crime de forma livre. São os crimes que podem ser cometidos por meio de qualquer
comportamento que cause determinado resultado. Ex.. homicídio, cuja descrição típica não
cuida de qualquer conduta específica. Desde que o comportamento seja a causa do resultado
morte o fato se ajusta ao preceito primário na norma incriminadora.
Crime de forma vinculada: São aqueles que a lei descreve a atividade de modo
particularizado. Ex: Art.284 do CP. Nesse caso o legislador após definir de maneira genérica a
conduta específica a atividade.35
Crime habitual: É o crime que é composto pela reiteração de atos que revelam um
estilo de vida do agente. Ex: Rufianismo. Art.230 do CP, Exercício ilegal da medicina. Neste,
as ações que o compõem por si mesmas, constituem crimes. Ex. Furto com nexo de
continuidade, as várias condutas tomadas isoladamente constituem furtos. No crime habitual
ao contrário, as ações que o integram consideradas em separados, não são delitos.
Crime funcional: São aqueles que só podem ser praticados por pessoas que exercem
funções públicas. São também denominadas delicta in offcio isto é delicta próprio dos que
participam da atividade estatal. Ex: Art.312 do CP.
Crime plurilocal: É aquele que dentro de um mesmo país, tem conduta realizada num
local e a produção do resultado em outro. Ex.. uma vítima que é ferida em Jundiaí logo morra
em São Paulo.
Delito de intenção: É aquele em que o agente quer e persegue em resultado que não
necessita ser alcançado de fato para a consumação do crime. Ex. É o caso da extorsão
mediante seqüestro, que é um crime formal.
Delito mutilado de dois atos: É quando o agente visa uma finalidade separada do
delito, mas que só pode ser alcançado com a consumação do resultado deste. A diferença para
35
Idem p.205- 210.
36
http://www.carula.hpg.ig.com.br/penal5.html
o delito de intenção é que naquele a finalidade é essencial para a consumação do crime,
enquanto que no delito mutilado o fim não faz parte da estrutura típica do ato ilícito praticado.
Por exemplo: o sujeito comete uma falsidade, para com o objeto falsificado conseguir uma
vantagem posterior. Diferencia-se do delito de intenção, porque neste a finalidade especial
(intenção) é essencial para a consumação do crime, ao passo que no delito mutilado o fim
visado não integra a estrutura típica 37..
Crime militar: É todo o crime definido no Código Penal Militar. É classificado como
próprio quando só existe na esfera militar (como dormir em serviço) e impróprio quando
existe tanto militarmente quanto civilmente (como o homicídio).
Crime remetido: ocorre quando a sua definição se reporta a outros delitos, que
passam a intrigá-lo, por exemplo, art. 304 do CP: “Fazer uso de qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302”.
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
37
http://www.unerj.br/ead/2006/direito/materiais
38
http://pt.wikipedia.org.
39
http://www.malufadv.com.br/noticias/CLASSIFICACAO%20DOS%20CRIMES.htm
40
http://pt.wikipedia.org/wiki.
Existem, ainda, outras classificações das infrações penais, quais sejam: crimes
continuados, crimes de ação pública e de ação privada, crimes dolosos, culposos,
preterdolosos ou preterintencionais, putativos, impossíveis, provocados, falhos,
multitudinários etc.41
41
http://www.carula.hpg.ig.com.br/penal5.html