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Resumão: Teoria Psicanalítica

Teoria Psicanalítica – NP2

-A Psicanálise oferece um panorama geral do funcionamento psíquico. 

-O quanto antes relatar, menos se perde.

-Sintomas: tosse nervosa e afonia (não falar) 》paciente Dora.

-Perversão: na criança, as punções são parciais (uma zona erógena ou outra), tem
satisfação parcial. No adulto, a sexualidade é integrada. Satisfação parcial que tende a
evoluir para integrada

-Instrumento que auxilia no alcance do objetivo (técnica).

-Sintoma é uma forma substitutiva da realização do desejo (também é sexualidade).

-Histéricas cuidavam de pessoas doentes: isso pode mobilizar emoções (fantasias


infantis inconscientes). É mais fácil de lidar com a morte quando a relação foi boa, se
não, mobiliza o que não foi elaborado (maior parte dos casos).

-As figuras internalizadas são transferidas para outras relações. Acontece o tempo
inteiro, mesmo que não prestemos atenção. No setting terapêutico, utilizamos como
instrumento. 

-Freud descobriu quando percebeu que as pacientes se apaixonavam por ele (amor
projetado a partir de relações paternas).

-Não há como evitar a transferência. 

-Transferência é um sinal claro de resistência. 

-Apaixonar-se pode ser uma forma de resistência para não entrar em contato com o
que é importante. 

-Pode ser uma transferência positiva ou negativa: positiva tem a ver com amor e a
negativa com ódio.

-A histeria não é curada pelo método, mas pela relação que se estabelece.

-A transferência pode ser consciente (verbalizada) ou por atuação (ato / inconsciente).

-Atua o que não consegue simbolizar (atuação com o que não pode ser verbalizado).

-Sempre existe a possibilidade de mudança.


-O que está no inconsciente, já passou pelo consciente e pode retornar, pois é
atemporal.

-Se o sentimento é elaborado na terapia, altera também na relação de origem.

-Precisamos do outro para legitimar a emoção.

-A Psicanálise não trabalha exatamente com o que é inato, mas não desconsidera.

-Existem coisas que são disposição e outras que são acaso (sorte).

-Mecanismo de defesa – formação reativa: questão amorosa que encobre o ódio, que
não pode ser mostrado (mostra o extremo oposto).

-Regressão: pessoa é adulta, mas volta a ser criança dependendo da situação.

-Transferência como resistência: mais como negativa ou erótica.

-Ambivalência: conter bem e mal (gostar e desgostar).

Narcisismo 

-Agressividade não é necessariamente ruim (depende da intensidade em que


acontece).

-Mito de Narciso: se apaixonou pela própria imagem, sem saber que era ele
(investimento em si próprio, sem perceber que não olha para o outro - inconsciente).

-1910: escolha de objeto dos homossexuais, que tomam a si mesmos como objeto de
desejo.

-No início, o prazer é auto erótico (criança com o próprio corpo).

-Narcisismo primário: não investe nos outros objetos; não tem contato definido com a
realidade; criança toma a si mesma como centro do mundo; só vê a realidade a partir
dela.

-Importância de manter com a família (os processos acontecem com esse contato).

-Narcisismo secundário: estabelece fundamentos de autoestima e coexiste com amor


ao objeto; parte da energia psíquica para fora e parte para dentro (equilíbrio); temos
disponibilidade de investir energia para fora ou para dentro, quando necessário. 

-Histérica tem o eu integrado. O esquizofrênico não tem.

-Delírio de grandeza, psicose: narcisismo patológico.

-O delírio de grandeza vem do narcisismo primário. 


-Esquizofrenia: não tem relacionamento com a realidade externa; investe energia
psíquica a si mesmo; não amadurece; volta ao narcisismo primário, agora patológico. 

-Trabalho voluntário: muito investimento no outro e quase nenhum em si mesmo.

-Na doença orgânica, tira investimento externo e reverte para interno.

-O hipocondríaco foca no órgão que o faz sofrer.

-Escolha por apoio: coloca em outras relações o primeiro objeto de amor (mãe).

-Escolha narcísica: o que queria ser; parecido comigo; que enfatize minhas
qualidades. Não são tão bem definidas (geralmente homossexual, mas pode ser
heterossexual).

-A escolha por apoio é mais frequente no homem. A mulher tem uma necessidade de
amor mais narcísico (quer ser amada).

-A adoção dá certo quando existe uma extensão narcísica. A escolha por apoio é mais
fácil que a narcísica (complexa/vivência), mas esta tem que existir.

-Extensão narcísica deve diminuir durante a vida (independência).

-O bebê é o foco quando é o representante do narcisismo do pai.

-É patológico quando o filho tem que ser o que o pai não foi (sufocante).

-Ego ideal: adulto projeta como seu ideal pode substituir o narcisismo. Temos um ideal
internalizado (filho lindo) e isso passa à vida adulta, causando uma constante
necessidade de alcançar este ideal.

-O bebê não estabelece relações de objeto desde o nascimento. Só com a


diferenciação entre interno e externo / fantasia e realidade.

-Perdemos liberdade por que agimos em relação a conteúdos reprimidos. 

-Psicanálise trabalha a liberdade nas pessoas. 

-Freud foi criticado por julgarem que o analista está sempre certo (o que não faz
sentido para o indivíduo é conteúdo reprimido). Escreveu um texto, onde afirma que
apenas ajuda a pessoa a entrar em contato com a própria verdade. 

-Objetivo da Psicanálise: abandonar as repressões (sintoma é resultado de


repressões).

-Temos um repertório e nos relacionamos com o terapeuta a partir dele (transferência,


recurso emocional para lidar com a realidade, falar livremente).
-O analista deve ter a atenção flutuante: não procurar conscientemente a lógica
(causa-efeito), pois pode se perder no objetivo (mesmo que nem tudo seja subjetivo).
Dentro da sessão ocorre uma comunicação inconsciente (o tempo todo), e é
necessário estabelecer um contato com o outro para recebê-la.

-A rivalidade fraterna é natural. 

-Terapia é um processo de construção (preenche lacunas).

-Envolve a ideia de recordação. 

-O psicótico vive no inconsciente, não tem ideia de continuidade (linha do tempo).

-Trabalho de construção e reconstrução (analogia com o arqueólogo, que lida com


fragmentos que dão indícios temporais. O psicólogo tem as condições mais favoráveis
por ter o objeto como um todo - nada se perde no inconsciente).

-O efeito terapêutico pode se dar por que o indivíduo se recorda ou por que faz
sentido.

-Psicanálise quer trazer à luz o que está oculto.

-Tratar com a pessoa de forma verbal o que ela vivencia inconscientemente.

-Hipótese necessita de análise para não ser uma projeção do terapeuta sobre o
paciente (ver se faz sentido para a pessoa) – formas indiretas.

-Com o tempo, percebe-se uma evolução subjetiva e na postura da pessoa.

-Grupo unido precisa de um ponto de ligação (papa, general).

-Precisa da ilusão de que todos são iguais (mantém a coesão do grupo).

-O padre é um pai substituto (pede para amar ao outro como a si mesmo).

-Na família, também existe a ilusão (mãe ama todos os filhos da mesma forma).

-Tudo é investimento libidinal (sexualidade é a base da vida).

-No exército, também há investimento libidinal com os demais integrantes e


comandantes.

-Principal fenômeno da Psicologia em grupo: perda da liberdade da personalidade


individual. Liberdade limitada em função dos tipos de laços que ali existem.

-Situação de pânico não tem a ver com o perigo real (já enfrentou vários), mas sim
com os laços libidinais (laço não é tão forte, passa insegurança). Pode ser melhor se
existirem laços libidinais.
-Síndrome do pânico: rompe momentaneamente os laços libidinais.

-Se um grupo se desintegra, surge o pânico. Se não ouvem o líder, se só olham para
si mesmos. Acontece em situações triviais.

-Igreja é disciplinar.

-Filho de Deus, desde que corresponda ao esperado.

-Quem faz diferente é considerado ruim, pois está fora dos laços libidinais (“ovelha
negra”).

-Terapeuta legitima a ansiedade primitiva que ali existe.

-Todos os elementos que estão no paciente, estão no terapeuta (configuradas de


maneira diferente).

-Identidade: elementos de identificação desde o nascimento (primitivo).

-Processo de identificação: gostaria de ser (menino com o pai) / gostaria de ter


(relação com a mãe) – relação de objeto.

-Sintoma da tosse pode ter a ver com um processo de identificação: toma o lugar da
mãe por ter o mesmo sintoma.

-Identificação apareceu no lugar da escolha de objeto. A escolha de objeto regrediu


para ID.

-A identificação renova o ego.

-Se perde um objeto, temos que elaborar o luto. A melancolia impede: prende o objeto
morto no ego. Impossibilidade de elaborar de forma saudável.

-Um amigo associou a ideia de sensação de infinito / sentimento oceânico /


eternidade. 

-É vinculado e indiferenciado da realidade externa.

-Freud tenta ligar com a questão genética (genes).

-O ego é delimitado fisicamente no sentido objetivo, mas isso não é dado de forma
subjetiva. 

-Sentimento de indiferenciação, de estar um com o outro, sustenta a religião. 

-A preocupação com o outro só acontece quando há um eu integrado / separado /


estabelecido.

-As fronteiras do ego não são permanentes.


-O ego tende a isolar toda forma de desprazer / delimita para deixar o prazer dentro e
o desprazer fora.

-O prazer pode estar no objeto externo. 

-Originalmente, o ego inclui tudo. Depois se separa da realidade externa. 

-Só na mente é possível manter as etapas anteriores lado a lado / momentos de


integração e não-integração. 

-Existe um desamparo inicial, e por conta dele cremos em algo maior que cuida de
nós.

-Desamparo sustentado pelo medo superior do destino.

-Pai dá a segurança para a criança.

-Exigência quase impossível: “amai ao próximo como a ti mesmo” e “ama os teus


inimigos”. Pede para entrar em contato com o lado bom dentro de si, criando a
consciência de que o mal pode existir.

-Freud: agressividade inata e destrutiva.

-A sexualidade funda a identidade / personalidade / formação de família (triângulo)

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