98 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
C. Você tem a tendência de ser escravo do perfeccionismo, do
ativismo, do negativismo e crítica ou de agradar os outros?
Como a graça o libera disso?
24. O anjo apareceu a Maria dizendo que ela, mesmo sendo virgem,
teria um filho e Ele seria o Filho de Deus. Indicou que nada era
impossível para Deus. Ao que Maria respondeu:
"Eu sou a serva (escravo - ERA) do Senhor, e estou pronta afazer
tudo quantofor necessário. Que aconteça tudo o que o Senhor me
disse" (Lc 1.38 - BV).
A. O que parece ser impossível em sua vida?
B. Escreva a resposta de Maria em suas próprias palavras, segundo
o que você sente em seu coração.
25. Encerrando, o terceiro passo diz: "Decidimos entregar nossa
vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma que O
concebíamos. Escolha uma resposta.
1. Não estou pronto a fazer isso.
2. Concordo com bastante reservas.
3. Concordo com algumas reservas.
4. Concordo plenamente.
5. Concordo plenamente e estou pronto para o Quarto Passo.
99
Quarto Passo
Fizemos minuciosa e destemida
auto-avaliação moral de nós mesmos.
Examinemos seriamente o que temos feito
e voltemos para o Deus Eterno.
(Lamentações 3.40 - BLH)
Havendo entregado nossas vidas para Deus (Terceiro Passo), agora
precisamos entender mais claramente o que estamos dando para Ele.
No Quarto Passo, identificamos melhor as áreas problemáticas de
nossas vidas, como essas se expressam e por que elas nos atingem com
uma força exagerada. Os Passos Quatro a Sete são uma aventura de
autodescobrimento. Nesse período, prepararemos um inventário
pessoal, compartilhando-o com nosso grupo de apoio e convidando a
Deus para nos tirar esses defeitos.
Este passo não é fácil. Requer que olhemos cuidadosamente
para nós mesmos, e isso é algo que não gostamos muito de fazer.
Muitos não têm costume ou habilidade para fazê-lo. Não gostamos
de olhar para nós mesmos por vários motivos: 1) muitos não gostam
de si mesmos; 2) outros têm medo de encarar certas características as
quais têm evitado por muito tempo; e 3) requer um esforço emocional
especial escrever o que estamos vendo e sentindo. Muitos até sentirão
um grande cansaço, dor de cabeça, inabilidade de concentrar-se ou
outros sintomas que militam para não cumprirmos os exercícios de
auto-avaliação. Honestamente, este passo requer mais esforço do
que qualquer outro. Mas não desanime. Você terá frutos muito
especiais!
Este passo, dependendo de seu grupo, poderá estender-se por seis
ou sete semanas. Depois da primeira semana introdutória, vem uma
semana de reflexão sobre mecanismos psicológicos de defesa, seguido
por outra semana de reflexão bíblica e, então, três semanas de auto-
avaliação.
Uma das razões pela qual este passo é desafiador é que todos
nós montamos defesas para não ter que encarar diretamente
100 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
nossos defeitos ou nossas dores e feridas. Quando éramos crianças e
adolescentes, essas defesas nos permitiram sobreviver; mas como
adultos, nos tornam disfuncionais. Você encontrará uma lista de
algumas dessas defesas ao final do estudo desta semana.
Uma delas, a negação, passou a agir como chave para nossa
sobrevivência. Aprendemos bem cedo, na infância, a negar sentimen-
tos, e isso atrofiou nosso crescimento emocional, mantendo-nos num
mundo de faz-de-conta. Quantas vezes fantasiamos situações, cientes
de que os sonhos eram melhores do que a realidade. A negação nos
protegia de sentimentos e nos ajudava a sufocar a dor do ambiente
familiar. Vergonha e culpa faziam-nos calar, em vez de procurarmos
ser honestos e encarar a luta contra o medo da opinião de outras
pessoas. Esse retraimento nos impediu de crescer e de nos tornarmos
adultos maduros-e emocionalmente saudáveis. A medida que essa
autodescoberta vai se revelando, nós vamos reconhecendo o papel da
negação em nossas vidas. Essa descoberta é a base para a aceitação da
verdade em nossa história pessoal.
O Serenity New Testament indica seis componentes na auto-
avaliação, ou inventário, de nossas vidas. A primeira é
simplesmente contar nossas histórias. Se o grupo não tem feito isso
ainda, durante as próximas quatro a seis semanas seria bom se pudesse
marcar vários encontros extras para as pessoas contarem suas histórias.
É possível que somente uma pessoa conte sua história num encontro,
terminando com um tempo de oração por ela.
O segundo componente é descobrir a raiz de nossos vícios,
comportamentos compulsivos ou comportamentos dependentes.
Geralmente, isso requer um exame de nossa infância. Quais
necessidades não foram preenchidas? Quais experiências ou mensa-
gens negativas absorvemos de nossa família nessa época? O Serenity
New Testament destaca seis tipos de disfunção na família de origem
que podem gerar vícios, co-dependência ou disfunção quando nos
tornamos adultos:
1. Abuso ativo: A dor ou frustração do pai ou mãe é ventilada ou
projetada no filho. Toda forma de abuso físico, verbal ou sexual entra
aqui.
2. Abuso passivo: Isso acontece quando elementos chaves de amor
fundamental estão faltando para a criança. Comento mais sobre isso
Quarto Passo 101
no começo do capítulo oito do livro Introdução à Cura Interior. Uma
criança precisa de afirmação verbal, afeição física e investimento
pessoal de tempo e atenção. A ausência dos pais, física ou
emocionalmente, leva ao abuso passivo.
3. Incesto emocional: Isso acontece quando os pais usam os filhos
para preencherem suas necessidades. Em famílias em que um dos pais
ou ambos são emocional, física ou financeiramente deficientes, a
criança começa a assumir o papel de mãe ou pai para eles (ou para as
outras crianças), cuidando, protegendo, procurando ganhar a vida
desde cedo, perdendo assim a experiência de ser uma criança normal.
4. Problemas hereditários: Quando os pais têm feridas, mágoas,
amarguras, defeitos e limitações que negaram e não resolveram, eles
tendem a estender esses problemas a seus filhos. Por exemplo, um pai
que está frustrado e infeliz no trabalho pode forçar seus filhos a serem
compulsivos, perfeccionistas e viciados no trabalho para compensar
suas próprias limitações.
5. Mensagens negativas: Existem mensagens, verbais e não verbais,
que destroem os sentimentos de valor e se tornam parte da
personalidade da criança. Alguns exemplos de tais mensagens são:
"Você nunca chegará a nada", "Você nunca faz nada certo", "Você não
entende quão infeliz me tem feito?". Também o pai que trabalha
excessivamente e não tem tempo para a criança, transmite uma
mensagem não verbal negativa a ela.
6. Emoções reprimidas: Em famílias disfuncionais, os membros
negam seus sentimentos, desejos e necessidades. Mas esses
sentimentos surgem mais tarde, muitas vezes de forma que machuca
outras pessoas. Por exemplo, uma esposa que é forçada a assumir um
papel passivo, não tendo espaço para expressar seus sentimentos, mais
tarde pode tornar-se agressiva em outras áreas de sua vida: gastando
demais, abusando das crianças, sendo agressiva com o marido ou se
divorciando emocional ou legalmente.
Nós não estamos procurando culpar a geração anterior quando
examinamos o que nos machucou ou o que nos faltou quando crianças.
Estamos fazendo um esforço genuíno para entender as raízes mais pro-
fundas por trás de nossos comportamentos compulsivos como adultos.
100 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
nossos defeitos ou nossas dores e feridas. Quando éramos crianças e
adolescentes, essas defesas nos permitiram sobreviver; mas como
adultos, nos tornam disfuncionais. Você encontrará uma lista de
algumas dessas defesas ao final do estudo desta semana.
Uma delas, a negação, passou a agir como chave para nossa
sobrevivência. Aprendemos bem cedo, na infância, a negar sentimen-
tos, e isso atrofiou nosso crescimento emocional, mantendo-nos num
mundo de faz-de-conta. Quantas vezes fantasiamos situações, cientes
de que os sonhos eram melhores do que a realidade. A negação nos
protegia de sentimentos e nos ajudava a sufocar a dor do ambiente
familiar. Vergonha e culpa faziam-nos calar, em vez de procurarmos
ser honestos e encarar a luta contra o medo da opinião de outras
pessoas. Esse retraimento nos impediu de crescer e de nos tornarmos
adultos maduros-e emocionalmente saudáveis. A medida que essa
autodescoberta vai se revelando, nós vamos reconhecendo o papel da
negação em nossas vidas. Essa descoberta é a base para a aceitação da
verdade em nossa história pessoal.
O Serenity New Testament indica seis componentes na auto-
avaliação, ou inventário, de nossas vidas. A primeira é
simplesmente contar nossas histórias. Se o grupo não tem feito isso
ainda, durante as próximas quatro a seis semanas seria bom se pudesse
marcar vários encontros extras para as pessoas contarem suas histórias.
É possível que somente uma pessoa conte sua história num encontro,
terminando com um tempo de oração por ela.
O segundo componente é descobrir a raiz de nossos vícios,
comportamentos compulsivos ou comportamentos dependentes.
Geralmente, isso requer um exame de nossa infância. Quais
necessidades não foram preenchidas? Quais experiências ou mensa-
gens negativas absorvemos de nossa família nessa época? O Serenity
New Testament destaca seis tipos de disfunção na família de origem
que podem gerar vícios, co-dependência ou disfunção quando nos
tornamos adultos:
1. Abuso ativo: A dor ou frustração do pai ou mãe é ventilada ou
projetada no filho. Toda forma de abuso físico, verbal ou sexual entra
aqui.
2. Abuso passivo: Isso acontece quando elementos chaves de amor
fundamental estão faltando para a criança. Comento mais sobre isso
Quarto Passo 101
no começo do capítulo oito do livro Introdução à Cura Interior. Uma
criança precisa de afirmação verbal, afeição física e investimento
pessoal de tempo e atenção. A ausência dos pais, física ou
emocionalmente, leva ao abuso passivo.
3. Incesto emocional: Isso acontece quando os pais usam os filhos
para preencherem suas necessidades. Em famílias em que um dos pais
ou ambos são emocional, física ou financeiramente deficientes, a
criança começa a assumir o papel de mãe ou pai para eles (ou para as
outras crianças), cuidando, protegendo, procurando ganhar a vida
desde cedo, perdendo assim a experiência de ser uma criança normal.
4. Problemas hereditários: Quando os pais têm feridas, mágoas,
amarguras, defeitos e limitações que negaram e não resolveram, eles
tendem a estender esses problemas a seus filhos. Por exemplo, um pai
que está frustrado e infeliz no trabalho pode forçar seus filhos a serem
compulsivos, perfeccionistas e viciados no trabalho para compensar
suas próprias limitações.
5. Mensagens negativas: Existem mensagens, verbais e não verbais,
que destroem os sentimentos de valor e se tornam parte da
personalidade da criança. Alguns exemplos de tais mensagens são:
"Você nunca chegará a nada", "Você nunca faz nada certo", "Você não
entende quão infeliz me tem feito?". Também o pai que trabalha
excessivamente e não tem tempo para a criança, transmite uma
mensagem não verbal negativa a ela.
6. Emoções reprimidas: Em famílias disfuncionais, os membros
negam seus sentimentos, desejos e necessidades. Mas esses
sentimentos surgem mais tarde, muitas vezes de forma que machuca
outras pessoas. Por exemplo, uma esposa que é forçada a assumir um
papel passivo, não tendo espaço para expressar seus sentimentos, mais
tarde pode tornar-se agressiva em outras áreas de sua vida: gastando
demais, abusando das crianças, sendo agressiva com o marido ou se
divorciando emocional ou legalmente.
Nós não estamos procurando culpar a geração anterior quando
examinamos o que nos machucou ou o que nos faltou quando crianças.
Estamos fazendo um esforço genuíno para entender as raízes mais pro-
fundas por trás de nossos comportamentos compulsivos como adultos.
102 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
A terceira parte de um bom inventário ou auto-avaliação inclui
confrontar e avaliar a força de nossos comportamentos
dependentes. Muitas vezes, a nossa dependência principal leva a
outras atitudes negativas ou disfuncionais. Uma lista desses vícios ou
comportamentos dependentes, adaptada do Serenity New Testament
(págs. 13-14), segue abaixo. Sugiro que você coloque um visto na
frente dos itens com os quais se identifica de alguma forma ou o nome
do membro de sua família que tem dificuldade nessa área.
1. Viciado em álcool ou drogas
2. Viciado no trabalho ou em obter sucesso
3. Vícios financeiros como: gastar demais, jogos de azar, ou ficar
dominado por ganhar ou acumular dinheiro
4. Vícios de controlar outras pessoas, especialmente em relação a
relacionamentos familiares, negócios e até sexuais.
5. Vícios relacionados à comida
6. Vícios sexuais
7. Necessidade de agradar outras pessoas (dependência da
aprovação: não conseguir dizer "não")
8. Necessidade de resgatar outras pessoas (escondendo suas
necessidades atrás da constante ajuda a outros)
9. Co-dependência: apoiando, protegendo e dependendo de outras
pessoas doentias que machucam você ou aos outros
10. Doença física (hipocondria)
11. Exercício e condicionamento físico excessivo
12. Preocupação excessiva com a aparência exterior
13. Dedicação excessiva aos estudos
14. Religiosidade ou legalismo religioso (preocupação com a for-
ma, regras e regulamentos da religião, ao invés de benefíciar-se
da mensagem espiritual)
15. Perfeccionismo
16. Limpeza excessiva, medo de contaminação, sujeira e outros
sintomas obsessivo-compulsivos
17. Excesso de organização e estruturação (necessidade de que tudo
sempre esteja no lugar certo)
18. Materialismo.
Lembrando do ciclo de dependência (pág. 39), todos os vícios
acima são formas pelas quais procuramos diminuir a dor que
sentimos. E essa dor surge da falta de amor fundamental, de não
sermos aceitos, compreendidos, respeitados e apoiados. Para
sermos restaurados e curados, precisamos de duas coisas:
Quarto Passo 103
A. Uma experiência profunda de receber esse amor fundamental, que
encha o vazio que temos em nosso coração. A ministração de cura
interior responde em grande parte a isso.
B. Uma experiência contínua e repetida de ter uma família que
expresse amor, aceitação, apoio e compreensão. O grupo de apoio
pretende ser esta família, ajudando a pessoa a aprender novas
formas de se relacionar, comunicar, pensar, agir e sentir.
A quarta parte de um bom inventário ou auto-avaliação inclui
avaliar a história de nossos relacionamentos com pessoas
importantes em nossas vidas: pais, professores, mentores e amigos.
Precisamos alistar todas as áreas nas quais elas têm nos ferido ou em
que nós as temos ferido. Esse é um passo fundamental para nos liberar
de ressentimento.
Se não formos curados de nossos ressentimentos e de nossas
atitudes compulsivas e dependentes, acabaremos afetando a outros,
especialmente nossos filhos. Essas atitudes são transmitidas de uma
geração para outra e continuarão sendo transmitidas se nós não
quebrarmos essa herança destrutiva. Precisamos encontrar cura para a
fome de amor que nosso coração tem.
Em quinto lugar, precisamos responder a nossos sentimentos de
culpa. A maioria dos vícios, comportamentos compulsivos e
dependentes estão baseados na vergonha. Para superar essa base,
precisamos distinguir entre dois tipos de culpa (descritos mais deta-
lhadamente no capítulo 12 de meu livro Introdução à Cura Interior):
1. Culpa falsa ou vergonha. Essa é a culpa não merecida que temos
assumido pelas pessoas ou situações sobre as quais não temos
controle. Filhos adultos de famílias disfuncionais, muitas vezes,
carregam muita culpa falsa pelos problemas de seus pais.
2. Culpa verdadeira. Por causa dos nossos problemas e do pecado,
provavelmente, temos machucado muitas pessoas e de muitas for-
mas. Precisamos assumir essa culpa, nos arrepender e pedir perdão
a Deus e às pessoas envolvidas, para, então, estarmos livres dela.
Em sexto lugar, precisamos "procurar o bem". Um inventário
completo deve incluir o positivo quanto a nós e nosso passado, e não
somente o negativo. Muitos de nossos pontos fracos ou negativos
estão ligados a pontos fortes e positivos. Por exemplo, às vezes sou
bastante insensível a outras pessoas, especialmente a minha esposa. O
104 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio Quarto Passo 105

lado positivo dessa característica é que não sou excessivamente sen-

sível quando outras pessoas discordam de mim. Eu aceito as críticas
REFLEXÃO PESSOAL
que percebo que podem me ajudar e não me preocupo muito com o
resto. Não fico abalado por críticas ou resistência de outras pessoas. 1. Escreva aqui uma oração com base no Quarto Passo.

A elaboração de uma auto-análise, ou inventário pessoal,

requer que busquemos a direção de Deus. Depois de renovar e
aprofundar nosso relacionamento com Ele no Segundo e no Terceiro
Passo, começamos a pedir Sua ajuda. Vamos passar a examinar de
perto nossas histórias pessoais e tentar assumir o que for necessário.
Saber que Deus está conosco vai tornar a tarefa mais fácil. Com a
ajuda de Deus, podemos rever corajosamente todas as nossas forças e
fraquezas. À medida que esclarecemos esses pontos, vamos sentindo a
necessidade de mudar.

O Quarto Passo nos dá a oportunidade de reconhecer que

certos comportamentos adquiridos na infância são impróprios
para a vida adulta. Culpar os outros pelos infortúnios, negar nossa
própria responsabilidade nas condutas prejudiciais e resistir à verdade, 2. Relendo o Quarto Passo, anote a palavra ou frase que mais chama
são padrões de comportamento que devemos rejeitar. Esses sua atenção e explique por quê.
comportamentos adquiridos se desenvolvem no começo da vida e se
tornam distorções de caráter. Encará-los pode ser difícil. Lembranças
dolorosas podem voltar, e vamos nos lembrar de coisas que
pensávamos estar esquecidas. A vontade de sermos honestos em
relação a essas descobertas nos dará clareza de mente, que é vital para
uma recuperação completa.

É de grande valor e necessário colocar nossos pensamentos no

papel, ao estudarmos o Quarto Passo. O processo de escrever 3. Como introdução ao Quarto Passo, faça uma lista de todas as
focaliza nossos pensamentos vagos e permite concentração no que está pessoas que o machucaram (ou ainda o machucam) de forma
realmente acontecendo. Isso em geral traz à superfície sentimentos significativa.
reprimidos e nos dá uma compreensão mais profunda de nós mesmos e 1. 6.
de nosso comportamento. Uma análise sem medo dará visão de nossa 2. 7.
força e fraqueza. Em vez de julgamento, precisamos de aceitação 3. 8.
sobre o que descobrimos, cientes de que essa descoberta é só mais um 4. 9.
passo em direção a uma vida saudável. Para que os exercícios do 5. 10.
Quarto Passo dêem resultado, é preciso que sejamos honestos e
íntegros. Com a ajuda de Deus, e com muita coragem, receberemos
benefícios surpreendentes. 4. Voltando à lista acima, faça um visto na frente dos nomes de
pessoas que lhe trazem (ou trouxeram) dor que ainda não está
Antes de entrar na reflexão pessoal, leia de novo as dicas no
resolvida.
começo da página 84 e pare para orar, como sempre deve fazer.
106 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
5. Comente sobre os pontos sobressalentes da leitura do Quarto Passo.
Conclua com um bom período de oração. (Se tiver tempo, pode
passar para a próxima seção e as perguntas 6-9).
6. Nossas defesas psicológicas têm muitas faces, ajudando-nos
facilmente a nos mascarar. Aparecem de diferentes formas e ope-
ram de várias maneiras. Vinte das formas mais conhecidas seguem
abaixo. Coloque um visto na frente de cada uma com a qual você
se identifica. Se você reconhece que um membro de sua família ou
um amigo age desse jeito, anote o nome dele, na margem.
Artifício: Mudar de assunto para evitar assuntos ameaçadores (por
exemplo: tornar-se adepto de conversas superficiais).
Ataque: Ficar com raiva e irritado quando forem feitas referências
a um problema seu, visível, evitando assim tocar no assunto (por
exemplo: quando alguém comenta um defeito seu, você responde
atacando e demonstrando algum defeito dele; ele recua ou fica na
defensiva, assim evitando que o seu defeito seja trabalhado).
Compensação: Diminuir ou vencer uma fraqueza ou limitação
chamando a atenção para uma característica ou atributo forte ou
favorável. O ativismo é um exemplo disso.
Desculpa: Oferecer desculpas, justificativas e outras explicações
por uma conduta sua ou dos outros (por exemplo: faltar a uma
reunião dizendo que estava doente, quando a razão verdadeira da
ausência foi uma bebedeira).
Egocentrismo: Ganhar reconhecimento não mediante realizações
socialmente aprovadas, mas chamando atenção para si de alguma
outra maneira. Isso pode incluir uma pessoa que age como palhaço,
cómico ou bobo, tanto quanto outra que sempre fala como se fosse
uma autoridade na área.
Fantasia: Muito conhecido, esse mecanismo leva a pessoa a um
mundo imaginário, onde ela se dá bem, especialmente nas áreas em
que não se dá bem na vida real. Algumas pessoas, sem perceber, se
perdem em romances, novelas ou televisão, não vivendo uma vida
real, mas sentindo-se vivas por meio de terceiros.
Quarto Passo 107
Formação reativa: Uma emoção disfarçando-se em outra oposta.
Por exemplo: alguém que tem sentimentos negativos contra outra
pessoa pode agir com expressões de carinho e uma máscara, que
ocultam o sentimento real. Estas expressões sempre são exageradas
e fora do normal. Quem as recebe sente-se mal.
Generalização: Lidar com os problemas de maneira geral,
superficial, evitando tomar consciência pessoal ou emocional da
situação (por exemplo: ser solidário com a gripe de um amigo,
quando você sabe que a dependência química aos remédios é a
causa básica do problema).
Identificação: Agir como outros que admira ou cujo sucesso gos-
taria de ter. Pode copiar a roupa, o estilo pessoal, formas de falar
ou agir ou outras características de outra pessoa ou de um grupo.
Minimização: Estar disposto a reconhecer um problema, mas não
aceitar sua gravidade (por exemplo: admitir que há desavença num re-
lacionamento, quando, de fato, o que há é uma evidente infidelidade).
Negação: Fingir que algo não existe, quando na realidade existe
(por exemplo: desconhecer sintomas físicos que possam indicar a
presença de problemas).
Perfeccionismo: Fugir da culpa ou das críticas, tentando fazer tudo
perfeitamente. Esse mecanismo também permite à pessoa sentir-se
justificada em apontar a imperfeição nos outros. Um exemplo
óbvio disso é o legalista.
Projeção: Projetar ou atribuir suas fantasias, problemas ou emo-
ções em outra pessoa. Chama atenção para comportamentos, traços
ou motivos indesejáveis, nos outros, a fim de desviar a atenção
desses mesmos traços em si próprio. Pessoas críticas, céticas e
julgadoras, muitas vezes, estão usando essa defesa.
Racionalização: Justificar conduta, crenças e sentimentos com
argumentos que não são os verdadeiros motivos envolvidos. Por
exemplo, alguém que procura alguma coisa por muito tempo, e não
consegue, fica dizendo que na verdade essa coisa não serve.
Regressão: Voltar à conduta infantil, chorando, gritando, ficando
de mal-humor. Geralmente, a pessoa ganha o que quer porque
outros cederão para evitar que esse comportamento continue, não
sabendo como lidar com ele. (Devo esclarecer que isso é diferente
da regressão por hipnose, que nós não praticamos nem
encorajamos.)
106 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
5. Comente sobre os pontos sobressalentes da leitura do Quarto Passo.
Conclua com um bom período de oração. (Se tiver tempo, pode
passar para a próxima seção e as perguntas 6-9).
6. Nossas defesas psicológicas têm muitas faces, ajudando-nos
facilmente a nos mascarar. Aparecem de diferentes formas e ope-
ram de várias maneiras. Vinte das formas mais conhecidas seguem
abaixo. Coloque um visto na frente de cada uma com a qual você
se identifica. Se você reconhece que um membro de sua família ou
um amigo age desse jeito, anote o nome dele, na margem.
Artifício: Mudar de assunto para evitar assuntos ameaçadores (por
exemplo: tornar-se adepto de conversas superficiais).
Ataque: Ficar com raiva e irritado quando forem feitas referências
a um problema seu, visível, evitando assim tocar no assunto (por
exemplo: quando alguém comenta um defeito seu, você responde
atacando e demonstrando algum defeito dele; ele recua ou fica na
defensiva, assim evitando que o seu defeito seja trabalhado).
Compensação: Diminuir ou vencer uma fraqueza ou limitação
chamando a atenção para uma característica ou atributo forte ou
favorável. O ativismo é um exemplo disso.
Desculpa: Oferecer desculpas, justificativas e outras explicações
por uma conduta sua ou dos outros (por exemplo: faltar a uma
reunião dizendo que estava doente, quando a razão verdadeira da
ausência foi uma bebedeira).
Egocentrismo: Ganhar reconhecimento não mediante realizações
socialmente aprovadas, mas chamando atenção para si de alguma
outra maneira. Isso pode incluir uma pessoa que age como palhaço,
cómico ou bobo, tanto quanto outra que sempre fala como se fosse
uma autoridade na área.
Fantasia: Muito conhecido, esse mecanismo leva a pessoa a um
mundo imaginário, onde ela se dá bem, especialmente nas áreas em
que não se dá bem na vida real. Algumas pessoas, sem perceber, se
perdem em romances, novelas ou televisão, não vivendo uma vida
real, mas sentindo-se vivas por meio de terceiros.
Quarto Passo 107
Formação reativa: Uma emoção disfarçando-se em outra oposta.
Por exemplo: alguém que tem sentimentos negativos contra outra
pessoa pode agir com expressões de carinho e uma máscara, que
ocultam o sentimento real. Estas expressões sempre são exageradas
e fora do normal. Quem as recebe sente-se mal.
Generalização: Lidar com os problemas de maneira geral,
superficial, evitando tomar consciência pessoal ou emocional da
situação (por exemplo: ser solidário com a gripe de um amigo,
quando você sabe que a dependência química aos remédios é a
causa básica do problema).
Identificação: Agir como outros que admira ou cujo sucesso gos-
taria de ter. Pode copiar a roupa, o estilo pessoal, formas de falar
ou agir ou outras características de outra pessoa ou de um grupo.
Minimização: Estar disposto a reconhecer um problema, mas não
aceitar sua gravidade (por exemplo: admitir que há desavença num re-
lacionamento, quando, de fato, o que há é uma evidente infidelidade).
Negação: Fingir que algo não existe, quando na realidade existe
(por exemplo: desconhecer sintomas físicos que possam indicar a
presença de problemas).
Perfeccionismo: Fugir da culpa ou das críticas, tentando fazer tudo
perfeitamente. Esse mecanismo também permite à pessoa sentir-se
justificada em apontar a imperfeição nos outros. Um exemplo
óbvio disso é o legalista.
Projeção: Projetar ou atribuir suas fantasias, problemas ou emo-
ções em outra pessoa. Chama atenção para comportamentos, traços
ou motivos indesejáveis, nos outros, a fim de desviar a atenção
desses mesmos traços em si próprio. Pessoas críticas, céticas e
julgadoras, muitas vezes, estão usando essa defesa.
Racionalização: Justificar conduta, crenças e sentimentos com
argumentos que não são os verdadeiros motivos envolvidos. Por
exemplo, alguém que procura alguma coisa por muito tempo, e não
consegue, fica dizendo que na verdade essa coisa não serve.
Regressão: Voltar à conduta infantil, chorando, gritando, ficando
de mal-humor. Geralmente, a pessoa ganha o que quer porque
outros cederão para evitar que esse comportamento continue, não
sabendo como lidar com ele. (Devo esclarecer que isso é diferente
da regressão por hipnose, que nós não praticamos nem
encorajamos.)
108 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
Repressão: Manter fora do campo da consciência sentimentos e
lembranças dolorosas que a pessoa não tem condições de enfrentar.
Frequentemente, pessoas que sofreram abuso sexual ou outro
grande trauma não conseguem lembrar de certos períodos ou
pessoas de seu relacionamento no passado.
Responsabilização: Responsabilizar (culpar) alguém por causar-
lhe problema; certas condutas que não são negadas, mas pelas quais
você culpa outra pessoa (por exemplo: culpar os pais por seu
comportamento inadequado atualmente).
Sublimação: Direcionar uma emoção negativa ou frustrada em
direção positiva, como, por exemplo, apaziguando a raiva por meio
de participação nos esportes.
Substituição: Ser ferido, mas não ter coragem ou oportunidade
para enfrentar a pessoa, e então descarregar a frustração numa
pessoa inocente, mais fraca (por exemplo, alguém pode ser abusado
por seu chefe no trabalho e voltando para casa ser abusivo com o
cônjuge ou com as crianças).
Quarto Passo 109
7. Indicamos acima que lutamos com defesas, sendo a negação uma
das principais. A negação da verdade foi originada no ambiente
infantil, coisa que foi impossível de controlar. Essa reação foi um
mecanismo de defesa à confusão, instabilidade e violência dos
adultos que cuidavam de nós. A saída que encontramos foi
racionalizar o que estava acontecendo e inventar razões aceitáveis
para o comportamento inaceitável das pessoas responsáveis por
nós. Fazendo isso, enganávamos o caos em que vivíamos, e
negávamos problemas que não conseguíamos superar. Fomos
amadurecendo e esse tipo de negação continuou a nos proteger,
impedindo-nos de encarar a realidade e nos ajudando a nos
esconder atrás de ilusões e fantasias.
Cite exemplos de fatos que confirmem que você se esconde da
realidade.

Transferência: Se relacionar com alguém da forma que se

relacionou quando criança com uma pessoa chave em sua vida, que 8. O coração é a coisa mais mentirosa e traiçoeira (enganador - ERA)
deixava muito a desejar (pai, mãe etc). Pode ser transferência que existe no mundo; o coração do homem é''terrivelmente cheio de
positiva (projetando que alguém vai cumprir tudo que faltou no maldade. Não há ninguém capaz de saber até que ponto é mau e
passado) ou negativa (atribuindo motivações, sentimentos, atitudes pecador o coração humano! (Jr 17.9 - BV).
e comportamentos a alguém com base no relacionamento ruim do
passado e não com base na realidade atual). Pastores e líderes de Seu coração é capaz de negar a condição de sua própria vida?
igrejas facilmente se tornam objetos de transferência. Transfe- Como?
rência positiva se torna negativa quando a pessoa idealizada não
consegue preencher todas as expectativas. Uma pessoa em
transferência pode tornar-se altamente destrutiva, trazendo divisão a
uma igreja ou forçando o pastor a sair.

Cada defesa é construída para não sentirmos dor. Mas cada

uma delas tem um custo alto, como se houvesse um imposto
diário para mantê-la. O custo é a energia emocional que é sugada
para manter a defesa. Quanto maior for o número ou o tamanho das 9. No encontro, terminem orando juntos, com base no que foi
defesas, menor energia emocional teremos para tratar dos estresses compartilhado. (Se tiver tempo, pode passar para o começo da
normais da vida. A pessoa, então, vive estressada pelas próxima seção).
circunstâncias que lhe afetam mais profundamente do que a outros
membros da sua família ou colegas no trabalho.
110 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio Quarto Passo JJJ

10. Todas as vezes que você começar a trabalhar neste livro, pare o ore C. De que forma, o seu exterior é diferente do seu interior?
antes de começar, pedindo a direção do Espírito e a habilidade de
ser honesto com Deus e consigo mesmo.

11. Se você encontrar frases abaixo que poderiam ser aplicadas a você,
sublinhe-as.
23 "Ai de vocês, professores da Lei e fariseus (líderes
religiosos), hipócritas (fingidos - BV)! Pois dão a Deus a décima
parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas
deixam de obedecer aos ensinamentos mais importantes da Lei,
como a Justiça, a bondade e a obediência a Deus (a fidelidade -
NVI). Vocês deviam fazer estas coisas, sem desprezar aquelas.
24 Guias cegos! Coam um mosquito, mas engolem um camelo! Fazer uma auto-análise é parecido com a limpeza de um guarda-
25 "Ai de vocês, professores da Lei e fariseus, hipócritas roupa. Faz-se uma vistoria para ver o que se tem, examina-se o que
(fingidos'- BV)! Pois lavam o copo e o prato por fora, mas por se quer guardar e descarta-se o que não é útil. Essa operação não
dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela precisa ser feita uma vez só, mas várias vezes em diferentes
violência (exploração de outros - BV) e pela ganância (cobiça - momentos de nossas vidas.
BV). Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro, e então a
26

parte de fora ficará limpa também!
27 "Ai de vocês, professores da Lei e fariseus, hipócritas! Pois
são como túmulos caiados de branco, que por fora parecem
bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de
podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro
28
estão cheios de mentiras epecados" (Jesus, citado em Mt 23.23-27
- BLH).
A. O que levou os fariseus a terem dificuldade de serem honestos
consigo mesmos?
Da mesma forma que roupas desencadeiam lembranças do passado,
essa auto-análise pode provocar lembranças boas e ruins. Não
esqueça que o passado é só uma história passada. O objetivo dessa
auto-análise não é permanecermos no passado. Essa reflexão é
apenas um instrumento para nos ajudar a entender nosso padrão
atual de comportamento. Nossa maior preocupação agora é com o
futuro. Fazendo um inventário de nosso "guarda-roupa", nossa
vida, vamos diminuir os medos relacionados a nossa habilidade de
encarar o futuro.

12. Examinemos seriamente o que temos feito e voltemos para o Deus

Eterno (Lm 3.40 - BLH).
A. De que forma o exame de sua vida pode ajudá-lo a voltar, ou se
aproximar, do Senhor?
B. No seu caso, qual é a sua dificuldade?
772 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio Quarto Passo 113

B. Faça uma lista dos comportamentos que mais prejudicam sua vida Se alguém pensar que é importante demais para se sujeitar a
atualmente. isto, está se enganando a si próprio. Na realidade é um joão-
1. _ , ninguém. Que cada um de vocês esteja seguro de estar fazendo o
4

2. _____ melhor, pois assim terá a satisfação pessoal de uma obra bem feita
3. _ . e não precisará se comparar com outra pessoa. Cada um de nós
5

4. tem de suportar alguns de seus próprios defeitos e fardos. Nenhum

5. de nós éperfeito! (Gl 6.3-5 - BV).
6. __ A. Um dos paradoxos da recuperação é que uma auto-estima baixa,
7. muitas vezes, resulta em um sentido exagerado de autopre-
8. ocupação e auto-importância. Todos temos uma tendência ou de
9. _ nos avaliarmos de forma dura e negativa ou de forma branda e
10. positiva. Explique sua tendência.

13. Ó Deus, ^examina a minha vida em detalhes! Põe os meus

23

pensamentos e emoções à prova, toma conhecimento de tudo!

Descobre qualquer caminho errado e mau e orienta-me para que
eu ande sempre pelo caminho da vida eterna.
(Salmo 139.23-24-BV)
Veja sua lista na pergunta doze acima e coloque a letra "P" na
frente das áreas que mais parecem ter suas raízes no pecado e a
letra "F" nas que mais parecem emoções não controladas por haver
feridas internas. Depois, anote aqui comentários ou perguntas que B. Quais as consequências desta tendência?
vêm a sua mente com base neste exercício.

C. Quais resistências ou temores você está sentindo em relação a

fazer o inventário pessoal de sua vida?

14. Sejam honestos na avaliação de si mesmos (Rm 12.3a - BV).

". . . ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do
que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado,
de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu"
(Rm 12.3 -NVI).
114 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio Quarto Passo 775

15. Façam a verificação em vocês mesmos. Vocês são realmente B. Quais atitudes ou habilidades positivas têm surgido por meio de
cristãos? Passam pela prova? Sentem cada vez mais a presença e suas lutas? (Por exemplo: o estudante compulsivo, que sempre
o poder de Cristo dentro de vocês? Ou estão apenas fingindo-se tem que tirar notas altas, pode possuir boas habilidades para um
cristãos, quando não são absolutamente nada? (2 Co 13.5 - BV). tipo de serviço.)
A. Você é realmente cristão?
1) Sim, tenho plena confiança disso, ainda que tenha problemas.
2) Não sei, gostaria que alguém me explicasse mais sobre isso.
3) Houve uma época em que tinha tal confiança, mas agora
estou inseguro.
4) Não, sei que não sou cristão e gostaria que alguém me
explicasse como poderia tornar-me um.
5) Não, sei que não sou cristão, mas estou satisfeito com isso.

16. Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a graça que ele me deu C. Faça uma lista de suas habilidades, talentos, dons e qualidades.
não ficou sem resultado. Ao contrário, tenho trabalhado muito 1.
mais do que todos os outros apóstolos. No entanto, não fui eu 2.
quem fez isso, e sim a graça de Deus que trabalhou comigo. 3.
(1 Co 15.10-BLH) 4.
5.
Nos estudos que fazemos neste livro, geralmente focalizamos 6.
nossos problemas. Mas, graças a Deus, nossa vida não é só 7.
problemas! Para fechar o estudo desta semana, vamos responder a 8..
cinco perguntas que nos ajudam a lembrar a herança positiva e 9.
abençoada que Deus tem depositado em nós. 10.

A. Qual é a herança positiva que você tem recebido de seus anos

como criança e adolescente? D. Quais são as coisas positivas que você tem se permitido
desfrutar? (Por exemplo: da música e do louvor, da habilidade
de descansar, da alegria de ter saúde, de entregar-se aos
membros do grupo de apoio e ter confiança neles, de sentir
alegria, ter confiança etc.)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
116 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio Quarto Passo 117

E. Quais mudanças e passos positivos de recuperação estão sendo NORMAS IMPORTANTES PARA AUTO-ANÁLISE
implementados em sua vida desde o começo do grupo de apoio?
As áreas abaixo dão ênfase aos sentimentos e comportamentos
mais comuns, observados em filhos adultos de famílias disfuncionais,
pessoas criadas em lares onde a relação com o álcool ou outros hábitos
prejudiciais prevaleceram. Muitas das ideias desta seção foram
adaptadas do livro The Twelve Steps-A SpiritualJourney.
Você deve fazer a auto-análise basicamente nas áreas nas quais
você sente mais dificuldade. Para descobrir isso, dê uma nota de 0 a
10 a si mesmo nas áreas abaixo. Zero indica que você está ruim e dez
indica plena saúde. A página indicada em cada item é onde você
encontrará o começo das perguntas de análise e auto-avaliação para
essa área.
16. Escreva uma oração expressando sua gratidão pela parte aben-
1. Isolamento, solidão (pág. 119).
çoada de sua formação, 2. Ira, raiva, frustração, espírito crítico (pág. 121).
3. Medo (pág. 122).
4. Amargura, ressentimento, rancor reprimido (pág. 124).
5. Busca de aprovação, inabilidade de dizer não (pág. 126).
6. Super-responsável (pág. 128).
7. Controlador ou dominador (pág. 129).
8. Medo de abandono (pág. 131).
9. Carência de afeição física (pág. 132).
10. Depressão (pág. 134).
11. Estresse (pág. 135).
12. Culpa falsa ou verdadeira (pág. 137).
13. Dificuldade com, ou medo de, pessoas em posição de
17. No encontro, terminem orando juntos, com base no que foi
autoridade (pág. 138).
compartilhado. 14. Frieza de sentimentos, dificuldade em expressar seus
sentimentos (pág. 140).
15. Baixa auto-estima, inferioridade ou superioridade (pág. 141).
16. Perfeccionismo (pág. 143).
17. Ativismo (pág. 144).
18. Sexualidade reprimida (pág. 146).
19. Vício sexual: pornografia, masturbação viciada, pensamentos
impuros, relações sexuais fora do casamento etc. (pág. 148).
20. Outro (especifique) - pág. 149:
Gastaremos três semanas neste exercício, por isso escolha uma ou,
no máximo, duas áreas que mais o preocupam, para trabalhar as
respectivas páginas, em preparação para o encontro desta semana.
Nas semanas seguintes, faça sua auto-análise em uma das áreas que
118 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
ainda não fez, mas que também o preocupa. As páginas indicadas
anteriormente indicam as perguntas para as respectivas áreas. As
perguntas se dividem em duas partes: auto-análise e passos iniciais de
recuperação. Normalmente, você deve abordar só uma área por
semana, aprofundando bastante esta área, preenchendo várias páginas.
No restante desta seção, não há espaço depois de cada pergunta
para escrever respostas; para isso, utilize as oito páginas em branco no
final do capítulo. Você deve anotar a área na qual está trabalhando e
então o número da pergunta e sua resposta nessas páginas.
Terminando sua auto-análise e estudo bíblico em uma área, repita o
mesmo processo com outra área. Se precisar de mais espaço, use as
páginas no final do livro ou outro caderno. A cada semana, durante
três semanas, dois componentes do grupo devem compartilhar sobre a
área que mais os preocupa. Os demais devem acrescentar seus
comentários e perguntas, ajudando a aprofundar o estudo bíblico, se
houver tempo, e orando de forma muito especial pela pessoa que
compartilhou. Deve-se dedicar no mínimo 45 minutos a uma hora
para cada pessoa.
Ainda que seja interessante ler sobre cada área, apenas responda
às perguntas sobre as áreas que são problemáticas para você. Ao
escrever, use acontecimentos recentes e palavras e ações da forma
mais precisa possível. Não se apresse. É melhor fazer pouco e
bem, do que fazer muito superficialmente. Evite generalidades.
Seja objetivo em responder à primeira pergunta sobre qualquer das
áreas que se auto-analisar e depois fique à vontade para expressar seus
sentimentos. Por meio disso, você se prepara para o Quinto Passo.
Você será o primeiro a ser beneficiado por sua honestidade e inteireza
nesse trabalho. Nesse exercício, você pode começar a sentir mais
claramente sua necessidade de cura interior.
Quando falar de uma situação específica, inclua quem, quando,
onde e o que aconteceu. Anote da melhor maneira possível o nome
de todas as pessoas envolvidas na situação (quem); anote a data do
acontecimento (quando); fale onde aconteceu (local); e finalmente
descreva a sua impressão e reação no caso.
Abaixo, segue um exemplo das perguntas sobre a primeira área
no inventário: o isolamento. Em itálico, encontra-se o tipo de
respostas que gostaríamos que você desse. As respostas nessa
ilustração são breves; você deve ser mais detalhado. Leia essa
ilustração mesmo que essa área não seja problemática, só para
entender melhor como responder em qualquer área.
Quarto Passo 119
1. ISOLAMENTO, SOLIDÃO
Muitas vezes, achamos mais seguro nos afastar de ambientes não
confortáveis para nós. Com o isolamento, evitamos que os outros nos
vejam como realmente somos. Afirmamos no íntimo que não valemos
nada, e por isso não merecemos amor, atenção ou aceitação das
pessoas. Como não queremos ser castigados por não expressar nossos
sentimentos, preferimos nos esconder, eliminando assim a necessidade
de encarar resultados incertos.
Quando nos isolamos, é possível que estejamos:
• nos sentindo derrotados • temendo a rejeição
• nos achando diferentes • adiando problemas
• deixando o medo tomar conta • vivendo na solidão
1. Dê exemplos que ilustram que você está se isolando. Por exemplo:
A. "Recusei um convite para uma festa no sábado passado porque
tive medo de não conseguir participar bem da festa. "
B. "Eu fiquei envergonhado no serviço quando meu supervisor me
perguntou porque não participei ativamente da reunião de
negócios."
2. Olhando para o passado, identifique e explique as causas básicas
desse isolamento, possivelmente identificado outras raízes, como o
medo, ressentimento, ira, culpa etc. Por exemplo:
A. "Em duas ocasiões eu fiz uma bobagem numa festa e todo
mundo riu de mim. Agora fico com medo de que aconteça o
mesmo de novo. Isso afeta qualquer possibilidade de me
divertir. Faço força para não aparecer, pois tenho medo de
não me comportar adequadamente. "
B. "Várias vezes no colégio eu fiquei com vergonha quando a
professora me ridicularizou. Tenho medo de que me critiquem
ou contem piadas em minhas costas se eu me expressar
livremente. Então, me isolo e fico calado. "
3. Quais os resultados negativos de seu isolamento? Pode impactar: a
auto-estima, objetivos de vida, a segurança, relações pessoais e
sexuais etc. Por exemplo:
A. "Não sinto que estou dentro do círculo de amizades de meus
colegas, mesmo quando estamos juntos. Não me sinto à von-
tade para conversas leves como as que eles têm a toda hora,
mas também não sei como falar sobre coisas sérias e
profundas. Fico quieto. Fico na minha. "
120 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
B. "Meu chefe e meus companheiros de trabalho não me
conhecem, e por isso, não valorizam minhas ideias. Acho que
meu emprego está em perigo ".
Recuperação de ser Solitário
A medida que nos sentimos melhor, passamos a nos permitir correr
riscos e nos expor a situações novas, buscando amigos e relaciona-
mentos criativos, seguros e encorajadores. Aprendemos a nos divertir
em grupo. A partir daí, torna-se mais fácil para nós expressar
sentimentos, pois conseguimos desenvolver uma auto-estima mais
forte, reconhecendo que as pessoas nos aceitarão pelo que somos.
Essa auto-aceitação permite que experimentemos o precioso dom de
viver de forma mais serena e confortável.
À medida que não nos isolamos, começamos a:
• expressar livremente nossas emoções • nos aceitar
• cultivar relacionamentos encorajadores • finalizar projetos
• ter coragem para novas aventuras • viver com os outros
4. Faça uma lista de exemplos específicos de seu comportamento que
mostram que você está se isolando com menos frequência que
antes. Por exemplo:
A. "Hoje fui almoçar com minhas amigas. Eu me senti à vontade e
pude conversar bastante. Consegui compartilhar alguns
problemas pessoais sobre meu desejo de ter mais amizades
íntimas. Não me senti ameaçada, porque pude ver que elas
escutavam com seriedade e respeitaram minha confidência. "
B. "Na reunião de diretoria de segunda-feira passada, mostrei
preocupação em relação aos riscos de determinados negócios.
Em vez de ser criticado, todos me agradeceram por ter dado
minha opinião sobre o assunto. "
5. Quais suas esperanças quanto às situações em que você tem se
isolado? Por exemplo:
A. "Quero ter relacionamentos novos e saudáveis para melhorar
minha confiança. Eles vão me ajudar a me sentir mais
confortável em reuniões sociais. Espero tornar-me mais flexí-
vel para aprender a ser espontâneo e para me divertir mais. "
B. "Quero ser mais confiante e participante nas reuniões de
negócios. Creio que isso vai me dar oportunidade de usar todo
o meu potencial."
6. Para refletir: 1 Reis 19; Ec 4.9-12; Hb 10.24, 25.
Quarto Passo 121
O exemplo acima ilustra o tipo de respostas que você pode dar
nesses exercícios, entendendo que sua resposta deve ser mais
comprida. Preencha pelo menos uma página (pág. 151) com as
primeiras três perguntas e pelo menos mais uma página (págs. 152
em diante) com os últimos três itens, incluindo um estudo bíblico
dos textos.
Agora 1) volte para a página 117, onde você identificou as áreas
que mais o preocupam, 2) vá à página indicada para a área que mais o
preocupa e 3) responda na página 151. Se for trabalhar na área de
isolamento, volte a ler as perguntas acima e coloque suas próprias
respostas, na página 151 em diante.
2. IRA, RAIVA, FRUSTRAÇÃO, IMPACIÊNCIA,
ESPÍRITO CRÍTICO
A ira geralmente é uma das principais fontes de problemas na vida
de filhos adultos de famílias disfuncionais. Reprimimos com
frequência esse sentimento, porque admiti-lo nos deixa
desconfortáveis. Nos lares caóticos de onde viemos, o tumulto era tão
grande que nós negávamos essa ira ou a expressávamos de modo
impróprio. Achávamos mais seguro nos proteger e simplesmente
esperar que a raiva passasse. Não tínhamos consciência de que o ódio
reprimido poderia levar a sérios problemas de depressão e
ressentimento. A ira causa complicações físicas que levam a doenças
relacionadas com o estresse. Negá-la ou não expressá-la de forma
apropriada causa problemas de relacionamento, porque não vamos ser
verdadeiros em relação aos nossos sentimentos e vamos precisar fingir
o tempo todo.
Quando reprimimos a raiva, a dor ou o ódio, sentimos:
• ressentimento • depressão
• auto-piedade • tristeza
• ciúme • estresse
• ansiedade • desconforto físico
7. Faça uma lista de situações em que você fica irado (usando as
páginas em branco ao final do capítulo).
8. Identifique e explique as raízes de sua ira. De onde surge sua ira?
9. Comente os resultados negativos de sua ira.
122 Aprofundando a Cura Interior Através de Grupos de Apoio
Recuperação do Poder da Ira, Raiva,
Impaciência e Espírito Crítico
Aprender a expressar ira é um passo grande em nossa recuperação.
Libera muitas emoções escondidas e permite que a cura aconteça.
Geralmente, isso é um dos primeiros passos numa ministração de cura
interior. Expressar nossa ira livremente permite às outras pessoas
conhecerem nossos limites e nos ajuda a ser honestos conosco
mesmos. Quando aprendemos a expressar nossa ira mais apropriada-
mente, somos mais capazes de lidar bem com nossa própria
hostilidade, como também com a ira de outras pessoas. Nossos
relacionamentos começam a melhorar à medida que nos expressarmos
melhor. Os problemas de relacionamento e de estresse diminuem e até
vamos nos sentir fisicamente melhor.
Quando nos recuperamos da raiva reprimida, começamos a:
• colocar limites para nós mesmos • expressar nossa ira
• identificar sentimentos feridos • desfrutar de paz interior
• diminuir o estresse e a ansiedade • fazer pedidos razoáveis
10. Dê exemplos específicos que indicam que você está expressando
ira de uma forma saudável.
11. O que você espera conseguir quando identificar e liberar sua ira?
12. Escreva o que Deus está lhe falando quanto à ira, com base em
Ef4.26, 27 e Tg 1.19-21. Se quiser aprofundar o tema, leia o
capítulo sete de meu livro Introdução à Cura Interior, preenchendo
a auto-avaliação no começo do capítulo. Se já preencheu no
passado, seria interessante preenchê-lo novamente para ver se suas
notas mudaram.
Não comece a trabalhar outra área até terminar esta.
3. O MEDO
O medo é a causa básica de muitas doenças espirituais. Esse
sentimento forte surge facilmente quando começamos a nos analisar.
Quando o medo está presente, a necessidade de negar, ignorar e evitar
a realidade aumenta. A perspectiva irrealista torna-se grandemente
exagerada e intensifica nossas reações emocionais. Uma grande
quantidade de doenças físicas e mentais são frequentemente resultado
direto desse estado doentio. O medo pode nos causar grandes dores.
Quarto Passo 123
Ele nos ataca fisicamente e nos leva a sentimentos que vão da
apreensão ao pânico. Podemos nos tornar nervosos, sentir náusea,
ficar desorientados ou ter um ataque de pânico. Aprender a lidar com
o medo de forma sadia é necessário para o processo de recuperação.
Quando somos dominados pelo medo, sentimos:
• o desejo de fugir ou nos isolar • falta de confiança
• dificuldade quanto à intimidade • tristeza
• dificuldade com novas aventuras • ansiedade
• necessidade de controlar as pessoas • frustração no amor
ou coisas ao nosso redor
13. Faça uma lista de seus maiores medos (usando as páginas em
branco ao final deste capítulo para responder todas as perguntas
aqui).
14. Para cada item que você alistou acima, responda as questões
abaixo ao descrever seus sentimentos. Por exemplo, se você
anotou quatro itens na pergunta anterior, você terá quatro jogos de
respostas com base nas perguntas abaixo.
A. O que é quem você teme (pessoas, consequências e
instituições)?
B. Por que você é medroso (ou seja, o que aconteceu para gerar
esse medo)?
C. De que forma esse medo* o afetou (por exemplo: piorou minha
auto-estima, dificultou meus relacionamentos, diminuiu meus
objetivos, levou à procrastinação, ativou minha necessidade de
controlar as pessoas, surgiu um medo de abandono etc.)?
Exemplo simples e resumido:
A. Eu tenho medo de meu marido.
B. Porque eu sinto que nunca serei capaz de agradá-lo.
C. Isso afeta minha auto-estima e sexualidade e reaviva meu medo
de ser abandonada.
Então, para cada área em sua lista no primeiro item acima,
acrescente essa informação (sendo mais detalhado do que no exemplo
acima):
A. Eu temo:
B. Porque
C. Isso afeta
15. Quais os resultados negativos de seu medo?