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Weber
Simmel
Sociologia – nas formas sociais. Estudo das formas pura. Fluxos da experiência vivida que
ganham forma e persistem para além do seu conteúdo íntimo original. Formas sociais não são
estanques, mas estão em permanente processo de construção. Em qualquer relaçõ social –
tensão entre elementos convergentes e dissociativos; relações de conflito em cooperação com
forças unificadoras. Sociação é a forma – realizada de incontáveis maneiras diferentes – pela
qual os indivíduos se agrupam em unidades que satisfazem seus interesses. Esses interesse,
quer sejam sensoriais ou ideais, temporários ou duradouros, conscientes ou não, causasis ou
teleológicos; forma a base das sociedades humanas.
1. Blumer
Society as Symbolic Interaction
O termo “interação simbólica” se refere ao caráter peculiar e distinto da interação tal qual
esta ocorre entre seres humanos. A peculiaridade consiste no fato de que seres humanos
interpretam ou “definem” as ações recíprocas do outro relacional, ao invés de meramente
reagir às ações reciprocamente direcionadas. A “resposta” deles não é feita diretamente
sobre as ações uns dos outro, mas, em vez disso, é baseada no sentido que eles atribuem a
tais ações. Assim, a interação humana é mediada pelo uso de símbolos, pela interpretação,
ou pelo exercício assertivo do sentido de ações reciprocamente direcionadas. Esta
mediação é equivalente a inserir um processo de interpretação entre o estímulo e a
resposta no caso do comportamento humano.
De acordo com o meu julgamento, apenas G. H. Mead buscou refletir sobre o que o ato de
interpretar implica para o entendimento do ser humano, da ação e da associação
humanas. O essencial em sua análise é de tal forma penetrante e profundo e tão
importante para o entendimento da vida humana em grupo que eu desejo criticamente
abordá-lo, ainda que brevemente
O momento central na análise de Mead consiste na assertiva de que o ser humano tem um
self. Esta ideia não pode ser posta de lado como algo esotérico ou tratada superficialmente
como algo óbvio e que, portanto, não merece atenção. Ao declarar que o ser humano
possuiu um self, Mead tinha em mente, principalmente, a noção de que o ser humano
pode ser o objeto de suas próprias ações. Ele pode agir em direção a si mesmo, assim
como pode agir em direção a outros. Cada um de nós está familiarizado com ações deste
tipo, em que os seres humanos se irritam e se enraivecem consigo próprios, repreendem-
se a si ou se orgulham de si mesmos, argumentam consigo, buscam superar suas noções e
limites de coragem, contam a si mesmos que deveriam “fazer isto” ou não “fazer aquilo”,
estabelecem metas para si mesmos, assumem compromissos consigo e planejam suas
trajetórias a curto e longo prazo
Mead considera esta habilidade do ser humano para agir em direção a si mesmo como o
mecanismo central com o qual o ser humano encara e lida com o mundo
A vida consciente do ser humano, desde o momento em que ele acorda até o adormecer,
constitui um fluxo contínuo de auto-indicações – percepções das coisas com as quais ele
lida e leva em consideração. Uma imagem do ser humano nos é dada, então, como um
organismo que confronta seu mundo com um mecanismo de produção de auto-indicações.
Este é o mecanismo envolvido na interpretação das ações dos outros. Interpretar as ações
dos outros é indicar a si mesmo que a ação tem este ou aquele significado ou caráter. De
acordo com Mead, o significado da produção de auto-indicações é de fundamental
importância.
Mead reconhece que a formação da ação pelo indivíduo mediante o processo de auto-
indicação sempre ocorre em um contexto social
Elas pressupõem o seguinte: que a sociedade humana é formada por indivíduos que
possuem selves (isto é, que produzem indicações para si mesmo); que a ação individual é
uma construção e não um reflexo, sendo formado pelo indivíduo mediante a percepção e
interpretação de características das situações em que ele age; que a ação grupal ou
coletiva consiste no alinhamento de ações individuais, produzidas pelos indivíduos que
interpretam ou levam em consideração ações reciprocamente dirigidas.
A sociedade humana deve ser vista como consistindo de pessoas em interação, e a vida da
sociedade deve ser vista como consistindo de suas ações.
2. Blumer
3. Bourdieu
4. Bourdieu
Goffman
Conceito de frame. Situações concretas do cotidiano regras que guiam a interação face a face.
Tratar apenas do que é secundário.
Goffman procurou estabelecer um novo campo de investigação constitutivo da vida social que,
em seu entendimento, havia sido negligenciado na sociologia: a ordem interacional. Vários
temas – teatro como metáfora – papéis sociais desempenhados pelas pessoas. A imagem que
tem de si mesmas e querem transmitir. Caráter de verossimilhança a esses papeis. Interação
são construídas atrave´s da produção do consenso operacional. Evitando que o conflito –
sempre latente – se manifeste. Permitindo o fluxo de representação.
Domínio das interações face a face – autonomia desse campo. Não pode ser explicado por
temos macrossociológicos, nem psicológicos. I982 – discurso que leria ao assumir a presidência
da Associação Americana de Sociologia. Domínio do face a face como um domínio
analiticamente viável. Ordem da interação – método mais conveniente é a microanálise.
Simmel – procura pelas formas similares em contextos distintos; Goffman – o domínio no qual
acontece a interação é fundamental; está em jogo o lugar da situação; articulação da forma da
itneraçao com uma situação específica.
Em sua perspectiva esse campo possui estruturas, processos e regularidades específicos que,
do ponto de vista analítico, não poderiam ser reduzidos a situações macrossociais. A ordem
interacional constituía para ele uma perspectiva heurística voltada para capturar e analisar a
interação que dois ou mais atores desenvolvem entre si nos diversos espaços sociais existentes
na vida cotidiana, ou seja, no ambiente de trabalho, no interior das diversas instituições, num
hospital, num restaurante, num elevador etc. A ordem interacional possuía uma substância
real e concreta, uma vez que situa-se empiricamente entre a invisível vida mental dos
indivíduos e os padrões abstratos da estrutura social. A vida social para Goffman possui uma
rotina cotidiana na qual os indivíduos se encontram constantemente expostos uns diante dos
outros, propiciando a partir dos encontros de copresença situações de amizade, cortesia,
animosidade, conflito, atração, repulsão, formação de impressão sobre os outros e constante
controle do próprio comportamento nas situações interacionais. ao privilegiar a ordem
interacional como o eixo integrador de seus trabalhos, Goffman não centrou seu foco
investigativo no indivíduo isolado, mas dirigiu sua atenção para o complexo universo das
interações sociais, tanto assim que, longe de apoiar-se no terreno da psicologia social, suas
análises ancoravam-se no campo da sociologia. Salienta também que as análises de Goffman
conferiam grau relativo de liberdade ao indivíduo, mesmo tendo em mente que o self em larga
medida era constituído nos processos sociais. Dessa forma, a despeito das várias fases de sua
obra – trabalhos pré-dramatúrgicos, investigações metafóricas, análise estratégica, teoria dos
jogos, análise da linguagem, análise da estrutura das experiências individuais etc. –, o estudo
da ordem interacional perpas-
Becker