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MANTOAN, Maria Teresa Égler. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

Capítulo 1 – “Inclusão escolar – O que é”, pp. .

1. Crise de paradigmas. (pp. xxxxxx)


1.1. Quando lidamos com o novo, lidamos a partir de paradigmas.
1.1.1. “Paradigma”: modelos; conjunto de normas, crenças e princípios partilhados que norteiam nosso comportamento.
1.1.1.1. Thomas Kuhn, A estrutura das revoluções científicas.
1.1.1.2. Edgar Morin, O paradigma perdido: a natureza humana.
1.2. Fazemos assim até que esse paradigma entre em crise.
1.2.1. “Crise” de um paradigma: crise de concepção de mundo.
1.2.2. Costumam ser períodos difíceis: pilares caem por terra, sem que todos os novos se sustentem ainda.
1.2.2.1. Incerteza, insegurança, por um lado, e liberdade e ousadia, por outro.
1.3. E é isto o que vivemos em educação hoje.
1.3.1. A escola se construiu sobre o formalismo da racionalidade, e agora vê uma ruptura na sua base.
1.3.1.1. Está cada vez mais desvelada a heterogeneidade cultural, social, étnica, religiosa, de gênero.
1.3.2. O conhecimento (matéria-prima da educação) passa por uma reinterpretação.
1.3.2.1. Redes complexas de relações estão rompendo as fronteiras das disciplinas e estabelecendo novos marcos.
1.3.3. A escola não pode continuar ignorando essas transformações, nem marginalizar as diferenças de seus alunos.
1.3.3.1. Boaventura Santos: não há um único modelo epistemológico vs. o senso comum
1.3.3.2. A inclusão implica uma mudança do paradigma atual em educação.
1.4. Por muitos anos, viveu-se uma realidade de exclusão escolar.
1.4.1. Quase sempre, ela estava alicerçada na “ignorância” do aluno diante da cientificidade do saber escolar.
1.4.2. Antes, era a exclusão física das camadas populares.
1.4.3. Agora, o ensino foi massificado, mas não a relação com os diferentes lugares epistemológicos.
1.5. Por isso, é preciso repensar toda a trajetória escolar e seu modo de compreensão.
1.5.1. Superar a hiperespecialização dos conteúdos: o conhecimento se produz por recomposição e integração.
1.5.2. Superar o velho modelo organizacional, que classifica e divide os alunos entre normais e deficientes.
1.5.3. Rever os planos para que se atinja a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que celebra a diferença.
1.6. O problema é que isso é um impasse: como reformar as instituições que formam as mentes?
1.6.1. Como reformar as mentes sem uma prévia reforma das instituições?
2. Integração ou inclusão? (pp. xxxxx)
2.1. Infinitas polêmicas afetam o tema, entre professores, entidades de assistência, profissionais da saúde, pais etc.
2.1.1. Os professores, em especial, sentem-se incompetentes para lidar com as diferenças em sala de aula.
2.2. Por isso, vamos ter precisão conceitual: “integração” e “inclusão”.
2.2.1. “Integração”: é a inserção dos alunos com deficiência nas escolas regulares.
2.2.1.1. É ambíguo, pois pode significar a integração ao sistema de ensino (em classe especial, em escolas especiais).
2.2.1.1.1. Ou seja: é uma inserção parcial, pois há serviços educacionais segregados.
2.2.1.1.2. A escola não muda como um todo: justaposição entre o ensino especial e o ensino regular.
2.2.2. “Inclusão”: é a inserção radical, complete e sistemática dos alunos com deficiência nas escolas regulares.
2.2.2.1. Escolas inclusivas estão estruturadas segundo as necessidades de todos os alunos.
2.2.2.2. Por isso é uma mudança de perspectiva educacional: a inclusão atinge a todos os alunos.

“Na perspectiva inclusiva, suprime-se a subdivisão dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e de
ensino regular. As escolas atendem às diferenças sem discriminar, sem trabalhar à parte com alguns alunos, sem
estabelecer regras específicas para se planejar, para aprender, para avaliar (currículos, atividades, avaliação da
aprendizagem para alunos com deficiência e com necessidades educacionais especiais)”. (p. xxxxx)

2.2.2.2. Marsha Forest: educação inclusiva é caleidoscópio – todos os pedaços importam.


2.3. Partindo dessa distinção, já temos bastante coisa para retomar, revisar e ampliar...
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