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9 Tensiones A Lo Largo de La Linea PDF
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I H dl
Resumo – Este trabalho aplica os conceitos de
eletromagnetismo para se observar o comportamento da tensão A indutância das linhas de transmissão em corrente
ao longo de uma linha de transmissão. As análises foram feitas alternada depende do comprimento da linha. Para se calcular
utilizando dados reais de uma linha de 500 kV de comprimento a indutância, deve-se seguir os passos:
de 400 km. Pela Lei de Ampère, acha-se o campo magnético (H)
Com o campo magnético, determina-se a densidade de
Palavras-chave – Efeito Ferranti, Parâmetros da linha de campo magnético (B)
transmissão, modelo de linha longa, tensão
Conseqüentemente, calcula-se o enlace de fluxo
magnético (
I. INTRODUÇÃO
E, finalmente, tem-se o valor da indutância:
E STE trabalho tem como objetivo aplicar os conceitos de
eletromagnetismo para se calcular os parâmetros de
linha de transmissão real e analisar o comportamento da
D
L 2 10 7 ln P
R
onde Dp é a distância do condutor a um ponto P
tensão ao longo desta. R é o raio do condutor
Um dos grandes interesses relacionados ao tema
compensação reativa e controle de tensão é o estudo da Esta equação representa o valor da indutância de forma
variação da tensão ao longo das Linhas de Transmissão dos simplificada. Considerando o solo como ideal e aplicando o
SEP, para diferentes pontos de operação, notadamente com a método das imagens (figura 1), tem-se a seguinte equação:
variação da carga.
Dentre os efeitos que requerem investigação há o Efeito D23
D12
Ferranti, que se caracteriza pela elevação da tensão ao final
da linha em condições de carga leve. D13
A abordagem desta questão, na literatura, é sempre muito H1
simplificada e apresenta a análise sobre um circuito
monofásico, cujos parâmetros não possuem relação com H12 H13
aqueles de uma linha real. É importante realizar uma análise
preliminar do comportamento da tensão ao longo da linha,
em função da variação da corrente da carga, considerando
condições reais.
Fig. 1 – Representação do método das imagens para três condutores
II. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
H1 H12 H13
A. Indutâncias de Linhas de Transmissão ln ln ln
R1 D12 D13 i
1
~ H H H
Fisicamente, as linhas de transmissão nada mais são que 7
L i 0, 2 10 ln 21 ln 2 ln 23 i2
conjuntos de condutores que transportam energia elétrica dos D R2 D23
H21 H 32
H i3
geradores às cargas. Um dos parâmetros mais importantes na ln 31 ln ln 3
definição da capacidade de transmissão de uma linha de D31 D32 R3
transmissão é a impedância da linha que, por sua vez,
L11 L12 L13 i1
depende basicamente da indutância. Sabe-se que uma
0, 2 10 7 L21 L22 L23 i2
corrente elétrica produz um campo magnético (H) e um fluxo
magnético () a ele associado. A intensidade do fluxo varia L31 L32 L33 i3
diretamente com a magnitude da corrente; depende também
de sua distribuição espacial e do meio no qual o condutor 1
está inserido. A relação entre fluxo e corrente é dada pela Lei
LS L p Lm L11 L22 L33 L12 L13 L23
3
de Ampère:
Com a equação anterior calcula-se LS, denominada
indutância de serviço. Esta indutância é utilizada para se ter
F. S. Chaves, CPDEE / UFMG, e-mail: chaves@cpdee.ufmg.br
2
d
D D x 10
5 Linha com perdas
d 5.5
H HN
4.5
Tensao (V)
4
3 fases (A,B,C) com 4 condutores cada Para uma linha sem perdas, pode-se notar pela figura 4
d = 0,457 m que em carga leve a tensão aumentou cerca de 5% no final
D = 13,7 m da linha (400 km), já em carga pesada a tensão diminuiu
H = 23 m cerca de 19%.
r = 0,01519 m (raio) Para uma linha com perdas, pode-se notar pela figura 5
que em carga leve a tensão aumentou cerca de 1,7% no final
R = 0.0701 km (resistência do condutor) da linha (400 km), já em carga pesada a tensão diminuiu
V = 500 kV cerca de 33%.
P = 1770 MW Se for feita uma compensação reativa de forma que a
f = 60 Hz tensão na carga fique próxima a 1 pu, o comportamento da
l = 400 km (comprimento da linha) tensão ao longo da linha será como mostrado na figura 6.
5 Linha sem perdas
x 10
5.1
LS = 0.7240 mH / km
Tensao (V)
CS = 8.9346 nF / km 4.95
Carga Pesada
Carga Media
SIL
4.9 Carga Leve
Aplicando estes valores no modelo de linha longa, obteve- Sem Carga
5
Considerando uma linha sem perdas (figura 6) com
compensação reativa, pode-se notar que em carga leve a
Tensao (V)
4.8
tensão no final da linha é praticamente igual a tensão no
4.6 início da linha, já em carga pesada a tensão diminuiu cerca
de 3%, bem menor do que os outros resultados (sem
4.4
Carga Pesada compensação reativa).
Carga Media
4.2 SIL
Carga Leve
Para carga leve, deve-se alocar reatores para abaixar a
4
Sem Carga
tensão e, para carga pesada, deve-se alocar capacitores para
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Distancia (km) elevar a tensão.
Fig. 4 – Linha sem perdas
V. CONCLUSÃO
VI. REFERÊNCIAS
[1] A. Monticelli, A. Garcia, “Introdução a Sistemas de Energia Elétrica”,
Editora da UNICAMP. São Paulo, 251p, 1999.
[2] J. D. Glover,; M. Sarma, “Power System Analysis and Design”, PWS-
KENT Publishing Company. Boston, 1993.
[3] J. D. Kraus, K. R. Carver, “Eletromagnetismo”, Editora Guanabara Dois
S. A. Segunda Edição, Rio de Janeiro, 780p, 1978.
[4] J. R. Valadares, “Proposta de Políticas, Critérios e Procedimentos para
Compensação Reativa e Controle de Tensão em Sistemas Elétricos de
Potência”, CPDEE / UFMG. Belo Horizonte, 212p, 2001 (Dissertação,
Mestrado em Engenharia Elétrica).
[5] O. E. Elgerd, “Introdução à Teoria de Sistemas de Energia Elétrica”,
McGraw-Hill do Brasil. São Paulo, 604p, 1978.
[6] T. J. E. Miller, “Reactive Power Control in Electric Systems”, John Wiley
& Sons. New York, 381p, 1982.
[7] W. D. Stevenson, “Elementos de Análise de Sistemas de Potência”,
McGraw-Hill. Brasil, 347p, 1986.