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MATEUS 13

“Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem”
(v.16).

Os cenários dos mais belos discursos de Cristo estavam na natureza. Num monte verdejante ou
“ à beira-mar ” (v.1), estava Ele ensinando e curando aqueles aos quais viera salvar. A mesma voz
que falou e tudo se fez (Jo 1:1-3), ganhava uma entonação vibrante e compreensível até por
quem passasse de longe. E diante de uma multidão sedenta por atenção, Jesus iniciou uma nova
“temporada” de sermões, através do uso de parábolas.

A parábola inaugural apresenta quatro tipos de ouvintes da Palavra de Deus, representados pelos
seguintes tipos de solo:

1. “ à beira do caminho ” (v.4): São aqueles que até ouvem a Palavra de Deus, mas logo vem o
inimigo e “ arrebata o que lhes foi semeado no coração ” (v.19);

2. “solo rochoso” (v.5): É todo aquele que ouve e recebe a Palavra “ com alegria ” (v.20), mas não
criando raízes, isto é, não fortalecendo a fé, “ chegando a angústia ou a perseguição por causa
da Palavra, logo se escandaliza ” (v.21);

3. “entre os espinhos” (v.7): Estes ouvem a Palavra de Deus, mas são facilmente sufocados pelos
“ cuidados do mundo e a fascinação das riquezas ”, tornando-se infrutíferos (v.22);

4. “ em boa terra” (v.8): Todo aquele que ouve a Palavra de Deus “ e a compreende ” (v.23),
dando bons frutos.

Certamente, Jesus apreciava usar ilustrações da natureza e de coisas que eram familiares às
“ grandes multidões ” (v.2) que O ouviam, sendo boa parte compostas de agricultores e de
pescadores. Havia ali os quatro tipos de ouvintes. E também havia o joio e o trigo (v.36-43), os
peixes bons e os peixes ruins (v.47-50). Pois “ Aquele que lavou os pés de Judas, anseia lavar todo
coração da mancha do pecado ” (DTN, p. 465). De uma forma didática, Cristo os ensinava, mas a
explicação dos “ mistérios do reino dos céus” (v.11) só era dada aos discípulos por uma boa razão:
nem todos os corações ali estavam realmente dispostos a compreender as verdades do Céu. Com
os corações endurecidos (v.15), esperavam que Jesus manifestasse mais milagres que pudessem
satisfazê-los, mas não estavam dispostos a colocar o reino dos céus em primeiro lugar (v.44). Não
queriam ir em busca da “ pérola de grande valor” (v.46), mas esperavam encontrar coisa melhor
aqui.

No tempo determinado, Jesus veio a este mundo a fim de salvá-lo. No tempo determinado, Ele
cumpriu o Seu ministério e pagou o preço de nosso resgate morrendo numa cruz. “ No tempo da
colheita” (v.30), Ele ordenará que os Seus anjos separem o joio do trigo, selando os filhos do reino
e guardando-os no Seu celeiro, obra esta que já começou:

“ Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-
á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos
por palavra e ação” (TS, v.2, p. 547 e 548).

De igual forma, no tempo determinado, Jesus voltará para por fim ao pecado. Prontos ou não,
quer acreditem ou não, “ todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo
sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória ” (Mt 24:30). Quer você estar apercebido (Mt
25:10) para este grande Dia? Não basta apenas se maravilhar com as verdades divinas (v.54), mas
é preciso crer para que elas se tornem reais em nossa vida. Então, faremos parte do grupo de
justos que “ resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai” (v.43).

Por favor, permita que o Espírito Santo fale ao seu coração hoje, todos os dias, até aquele grande
Dia. “ Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (v.43).

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