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Manifestos Modernistas

Oswaldo Andrade
Serafim Ponte grande
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Roteiro

1.Modernismo
2.Manifestos
3.Linha do tempo-
Oswaldo Andrade
4.Obra: Serafim Ponte
Grande
5.Análises Literárias
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MODERNISMO

O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que


repercutiu fortemente sobre a cena artística e a
sociedade brasileira na primeira metade do século XX
sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas
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Semana de Arte Moderna

A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira


renovação de linguagem, na busca de experimentação, na
liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal,
pois a arte passou então da vanguarda para o modernismo.
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Modernismo

Primeira Fase do Modernismo (1922-1930)

Segunda Fase do Modernismo (1930-1945)

Terceira Fase do Modernismo (1945-1980)


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Manifestos Modernistas
Movimentos literários que rompiam com as tradições literárias vindas do
parnasianismo e simbolismo, buscando uma nova indentidade literária, o
modernismo .

• Os principais manifestos modernistas foram


publicados nas revistas porta-vozes.
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Pau-Brasil
Um movimento artístico lançado no Brasil em 1924 por Oswald de
Andrade e Tarsila do Amaral que apresentava uma posição primitivista,
buscando uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil e
que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às
viagens que Oswald fazia à Europa.
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Verde-amarelismo

Este movimento surgiu como resposta ao


“nacionalismo afrancesado” do Pau-Brasil, em 1926,
apresentado, principalmente, por Oswald de Andrade,
liderado por Plínio Salgado

✖ Em 24 de fevereiro de 1927, Oswald escreveu um


artigo intitulado Antologia.
✖ Grupo dos verde-amarelos, tinha ideias de um
"retorno ao passado” Nesse manifesto, defendia as
fronteiras nacionais contra as influências culturais
estrangeiras
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Algumas obras do Movimento


•Cassiano Ricardo- Prala Pracá
•Plínio Salgado - Literatura e Política
•Menotti Del Picchia- Flama e Argila
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Anta

✖ Parte do movimento Verde-Amarelismo, representa


a proposta do nacionalismo primitivo elegendo
como símbolo nacional a “anta”, além de vangloriar
a língua indígena “tupi”.
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Antropofagia

publicado entre os meses de maio de 1928 e


fevereiro de 1929, sob direção de Antônio de
Alcântara Machado, surgiu como nova etapa do
nacionalismo “Pau-Brasil” e resposta ao “Verde-
Amarelismo”.
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Oswaldo Andrade

Se destaca na Primeira fase ( 1922- 1930) do


Modernismo, com as princiapis obras sendo: Pau-Brasil;
Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade;
Os Condenados; Memórias Sentimentais de João Miramar;
Serafim Ponte Grande; O Rei da Vela; Um Homem sem
Profissão.
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Oswaldo Andrade
Serafim Ponte Grande
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Linha do tempo

Filho de família rica,


em 1912, viaja para
Oswald de Andrade Europa. A estada em
nasceu em São Paulo, Paris, além das ideias Tem participação Em 1929, separa-se de
no dia 11 de janeiro futuristas, deu-lhe ativa na Semana de Tarsila e rompe com seu
de 1890. Formou-se uma companheira, Arte Moderna de amigo Mário de Andrade.
em Direito e ingressou Kamiá, mãe de seu 1922
na carreira primeiro filho nascido
jornalística. em 1914.
1917 1926
1911
1912 1922 1929
1890
Em 1926, casa-se com
Em 1911 iniciou sua Em 1917 Tarsila do Amaral, que
vida literária no jornal volta para faz as ilustrações de
semanal “O Pirralho”, São Paulo seu primeiro livro de
que fundou e dirigiu poemas, “Pau-Brasil”.
junto com Alcântara
Machado e Juó
Bananère.
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Linha do tempo

Em 1930, casa-se com


a escritora e militante
comunista Patrícia Em 1933 pública o em 1944, com Maria
Galvão (a Pagu), com romance Serafim Antonieta d’Aikmin,
quem teve seu Ponte Grande com quem teve duas
segundo filho filhas.

1931 1936 1954


1930 1944
1933
Milita nos meios
operários e, em 1931 Em 1936 casa-se com Oswald faleceu em
ingressa no Partido a poetisa Julieta São Paulo, no dia 22
Comunista Bárbara de outubro de 1954.
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Obra: Serafim Ponte Grande

• um romance de alta
inventividade.
• Publicado em
1933

• A narrativa não tem


capítulos, mas 203 • Apesar de ser considerado
fragmentos. Em linhas continuação de Memórias
gerais, pode-se dizer que é Sentimentais de João
um livro de memórias Miramar, a presente obra
dividido em 11 partes
representa um dos pontos
agrupadas em três máximos da prosa dos anos
heróicos do modernismo
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Resumo da Obra

Serafim é funcionário público do tipo nada exemplar. Ele trabalha no órgão


federal responsável pelo saneamento, a que se refere como "escarradeira".
Casado, com filhos.[ No primeiro momento do livro, narra a infância e
adolescência e sua união com Lalá (mulher que foi obrigado a se casar), o pano
de fundo da história é a Revolução de 1924, vista com muita ironia.
A cidade está conflagrada, a ordem ameaçada. Nesse ambiente, propício a
toda sorte de transgressões, é que Serafim rouba o dinheiro que os
revolucionários haviam deixado com um dos seus filhos, Pombinho, mata o
chefe e foge para a Europa em um transatlântico.
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Características da Obra
✖ Narrativa inovadora e caótica
Apaixona-se por Branca Clara, provavelmente uma espanhola, pelo
tipo de sotaque recriado, mas não é correspondido. Luta para conquistar
a chique Dona Solanja, que acha paixão um sentimento vulgar. No
entanto, quando ela está prestes a sucumbir diante do herói, fica
enraivecida quando este deixa de lhe dar atenção ao ver à sua frente
Dorotéia. A grande dama, despeitada, toma a arma de Serafim e mata
Dorotéia a suposta rival.
Viaja para o Oriente. Grécia, Egito, Palestina. É lá que se encanta com
Caridad-Claridad e Pafuncheta, figuras que mais brincam do que
concretizam algo com o protagonista. Depois de muito negaceio,
consegue conquistar Caridad.
No final, acaba voltando para o Brasil, mergulhando na alienação.
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Características da Obra
✖ Senxualização constante
Serafim Ponte Grande defende os mesmos
conceitos do escritor paulistano: obediência aos
impulsos carnais, por mais inconvenientes que
possam parecer para a sociedade, numa postura
que combate todo tipo de repressão judaico-
cristã.
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Características da Obra
✖ Ele apresenta várias modalidades de linguagem:
A cotidiana, a caipira, a linguagem dos bacharéis, a de
composições infantis, a dos diários íntimos. Inclui ainda
os clichês, as frases feitas, piadas, palavrões, etc:
“A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e
neológica. A contribuição milionária de todos os erros.
Como falamos. Como somos” (ANDRADE, 1990, p. 42).
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Considerações finais

Na Obra Serafim Ponte grande é possível perceber a produção e a


essência de sua linguagem através da construção das propostas dos
manifestos da Poesia Pau-brasil e Antropófago sobre a formação de
uma identidade nacional regida dentro do espírito da modernidade, o
qual, segundo Paz (1984, p. 18), “é uma tradiçao polêmica e que
desaloja a tradição imperante, porém desaloja-a para, no instante
após, ceder lugar a uma outra tradição, que, por sua vez, é outra
manisfestação momentânea da atualidade”, o que restabelece o
vínculo com a história, ao mesmo tempo, criticando-a sob uma
linguagem auto-reflexiva, anti-discursiva, anti-retórica e construindo
como gênese de prospectivas gerações da arte literária no Brasil.

Fonte: RevLet – Revista Virtual de Letras, v. 03, nº 01, jan./jul, 2011 adaptado.
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Análises
Literárias
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Pronominal

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

OSWALD DE ANDRADE, O. Obras completas,


Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1972
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Brasil

O Zé Pereira chegou de caravela


E perguntou pro guarani de mata virgem
-Sois cristão?
-Não, Sou bravo, sou forte sou filho da morte
Tetetê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá de longe a onça resmungava Uu! Ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
-Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o carnaval
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Ocaso

No anfiteatro de montanhas
Os profetas do Aleijadinho
Monumentalizam a paisagem
As cúpulas brancas dos Passos
E os cocares revirados das palmeiras
São degraus da arte de meu país
Onde ninguém mais subiu
Bíblia de pedra-sabão
Banhada no ouro das minas
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Meus oito anos


Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais

Eu tinha doces visões


Da cocaína da infância
Nos banhos de astro-rei
Do quintal de minha ânsia
A cidade progredia
Em roda de minha casa
Que os anos não trazem mais
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais"
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Referências

https://educacao.uol.com.br/dis
ciplinas/portugues/serafim-
ponte-grande-livro-e-
manifestacao-da-rebeldia-de-
oswald-de-andrade.htm

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