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II
É nesse contexto que Alvaro Moreyra escreve Adão, Eva e Outros Membros
da Família, em 1925. Trata-se de uma peça em quatro atos, construída com
linguagem, personagens e problemas que de fato não tinham ainda aparecido na
dramaturgia brasileira. As personagens são desindividualizados: "Um", "Outro",
"Mulher", os principais, dividem a cena com "Redator que Acumula", "Secretário",
"Jovem Poeta" e vários outros. Àntinaturalista, a peça sugere que as personagens são
máscaras ou marionetes - num típico processo de despersonalização expressionista -,
já que no desfecho resignam-se a "morrer": "Cortaram os nossos fios. Tivemos
princípio, meio, fim. Contamos uma história. Fim..."
FARIA, João Roberto. O teatro na estante. Cotia: Ateliê Editorial, 1998. P. 107-112.