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Continuação do material para resolução das questões.

Título: O Surrealismo e o Experimentalismo poético

Magritte, O filho do homem, 1957

No início do século XX, como vimos na Unidade 1, as várias transformações tecnológicas


ocorridas na Europa, tais como o surgimento do automóvel, do avião, do cinema, entre
outros, alteraram profundamente a percepção do homem sobre a realidade. Na arte
surgem manifestações muito diversas conhecidas como Vanguardas. Palavra originária do
francês avant-garde, adquiriu o significado daquilo que está à frente. Os vanguardistas
com certeza desejavam estar à frente do seu tempo, aproveitando os novos ares que se
instalavam na sociedade. É o que vimos, por exemplo, com Fernando Pessoa, que buscava,
com seus colegas, trazer os ares da modernidade até Portugal.

Mas voltando às vanguardas, elas aconteceram na Itália – Futurismo (1909), na Alemanha


– Expressionismo (1910), na França – Dadaísmo (1916), Cubismo (1917). O Surrealismo
foi o último a aparecer e foi lançado também na França em 1924 por André Breton através
do “Manifesto Surrealista”. A proposta era a libertação das artes do domínio da razão e da
lógica. Foram muito influenciados pelas teorias de Freud sobre o inconsciente, buscavam
inspiração nos sonhos, valorizavam a fantasia e o inconsciente.
Dali, A Persistência da Memória, 1913

O grupo de surrealistas pensou que seria possível pintar na tela as visões fantásticas dos
sonhos. Será que um relógio pode derreter e transformar-se numa forma estranha,
pingando?

Na literatura, surge o método surrealista da “escrita automática”, ou seja, o artista deveria


deixar que a escrita fosse se libertando cada vez mais do consciente. Quanto mais livre ela
fosse, mais originária do inconsciente e portanto mais verdadeira. Para atingir as camadas
do subconsciente e o inconsciente, na "escrita automática", o artista deixa-se levar pelo
seu impulso e registra tudo o que a inspiração lhe dita, sem se preocupar com a lógica.

Em Portugal, o movimento surrealista chega tardiamente, com quase 20


anos de atraso. Ainda assim, o grupo se organizou de maneira
consistente, estruturando-se em um verdadeiro grupo de vanguarda, numa
época em que era difícil tal tipo de organização, pois Salazar estava no
poder. O movimento teve curta duração, contudo, com início em 1942 e
extinção por volta de 1952, quando Alexandre O’Neill deixa o grupo e
este vai se enfraquecendo. A primeira manifestação artística data de
1942, com a publicação de Apenas uma narrativa, de Antônio Pedro.

Os principais integrantes do grupo eram Mário Cesariny de Vasconcelos, Antônio Pedro,


José Augusto França e Alexandre O´Neill. Na primeira exposição em 1949, as obras foram
consideradas completamente “subjetivas” e desprovidas de compromisso com a realidade
sócio-política vigente. Isso bastou para que o grupo ganhasse a antipatia dos neo-realistas.
Internamente, o grupo também não era muito coeso e as dissidências ente o engajamento
e o não engajamento levaram à ruptura entre seus membros.

Quanto ao estilo, cada autor tinha uma maneira bastante pessoal de explorar os recursos
da escrita automática, da metáfora dinâmica, entre outros. Vale lembrar que muitos desses
recursos já haviam sido utilizados pela primeira geração Modernista. Fato é que, apesar da
curta duração, os surrealistas portugueses influenciaram a poesia da segunda metade do
século XX.
Mário Cesariny parece ter sido um dos mais autênticos surrealistas, com sua escrita ácida e
sua alegria de escrever. Sabia também empregar os recursos métricos e retóricos clássicos
de maneira virtuosa.

Alexandre O’Neill tanto se lançou no surrealismo quanto se emplogou pelo neo-realismo,


portanto é difícil vincular sua escrita a uma determinada estética. Sua poesia é marcada
pelo sarcasmo e pelo rigor formal.

Veja abaixo alguns exemplos dos poetas surrealistas.

Todos por Um (Mário Cesariny de Vasconcelos)

A manhã está tão triste


que os poetas românticos de Lisboa
morreram todos com certeza

Santos
Mártires
e Heróis

Que mau tempo estará a fazer no Porto?


Manhã triste, pela certa.

Oxalá que os poetas românticos do Porto


sejam compreensivos a pontos de deixarem
uma nesgazinha de cemitério florido
que é para os poetas românticos de Lisboa não terem de
recorrer à vala comum

O Ciclista (Alexandre O’Neill)

O homem que pedala, que ped'alma


com o passado a tiracolo,
ao ar vivaz abre as narinas:
tem o por vir na pedaleira

O experimentalismo poético

A poesia experimental é uma característica essencial da segunda metade do século XX. Os


poetas queriam experimentar ou construir objetos poéticos, melhor dizendo, trata-se de
uma estética que explora a distribuição gráfica e visual das palavras. Apresenta ainda forte
ligação com outros meios de expressão artística, como o cinema, por exemplo, de onde
vem o caráter de valorização da imagem. Foi um movimento bastante influenciado pelo
Concretismo brasileiro.

Nos anos 50, o lançamento de pequenas revistas se generalizou e serviu de base para a
organização dos poetas em grupos. O da Távola Redonda (50-54), que abrigava David
Mourão-Ferreira e Manuel Couto Viana, com preocupações ligadas ao existencialismo
francês. Os Cadernos de Poesia (51-53), que reuniram Ruy Cinatti, Jorge de Sena e José
Augusto França, poetas caracterizados por um ecletismo deliberado. Vale lembrar que o
surrealismo deixou marcas visíveis na poesia de Jorge de Sena, que foi um dos mais
atentos críticos do movimento. Contudo, não se pode classificar sua poesia como tal, pois
ele dialogou com todas as formas tradicionais da poesia portuguesa como rondós,
vilancetes e sonetos, enquanto assimilava ao mesmo tempo as formas mais modernas de
expressão. Foi também crítico, ensaísta, ficcionista e escreveu para o teatro.

Foi em torno da revista Árvore (51-53) que alguns poetas se aproximaram do grupo neo-
realista. Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira, Antônio Ramos Rosa, Egito Gonçalves
oscilavam entre a vontade de participar da realidade social e a busca incessante de novos
recursos formais.

Essas publicações tentavam vencer as dificuldades do mercado editorial e coincidem com


uma crise da poesia portuguesa e também da linguagem, que não parecia mais ser o único
meio possível da expressão poética. Assim, os poetas desse período, buscaram um
caminho formal e temático individual, aproveitando ora os temas do neo-realismo e os
recursos estilísticos do surrealismo. Destacamos Sophia de Mello Breyner Andresen, que cria
um mundo à parte de uma extraordinária beleza lírica. Muitas vezes dialoga com a tradição e com a história de
Portugal. Vejamos a seguir um dos seus poemas, onde aparecem as figuras recorrentes em seu trabalho do céu e do
mar:

Bebido o luar, ébrios de horizontes,


Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,


Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,


Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.

Eugênio de Andrade também se mantém à parte do neo-realismo e escreve uma poesia


que tende para o hermético, apesar de demonstrar uma ânsia por uma expressão límpida.

Obedecem-me agora muito menos,


as palavras. A propósito
de nada resmungam, não fazem
caso do que lhes digo,
não respeitam a minha idade.
Provavelmente fartaram-se da rédea,
não me perdoam
a mão rigorosa, a indiferença
pelo fogo-de-artifício.
Eu gosto delas, nunca tive outra
paixão, e elas durante muitos anos
também gostaram de mim: dançavam
à minha roda quando as encontrava.
Com elas fazia o lume,
sustentava os meus dias, mas agora
estão ariscas, escapam-se por
as mãos, arreganham os dentes
se tento retê-las. Ou será que
já só procuro as mais encabritadas?

Podemos destacar ainda o grupo ligado á revista Poesia 61, que compreendeu autores
como Fiama Hasse Pais Brandão, Gastão Cruz e Maria Teresa Horta. Além disso, é
importante ressaltar a contribuição dos poetas pertencentes à antologia Poesia
experimental que sofreram particular influência do concretismo brasileiro. São eles: Ana
Haterly, Ernesto Manuel de Melo e Castro e Herberto Helder, considerado hoje um dos
maiores poetas contemporâneos.

Aprofundando conhecimentos

Recomendo a leitura do belo artigo de Antônio Ferreira, intitulado “Eugênio de Andrade:


figuras de melancolia, disponível em:
http://www2.dlc.ua.pt/classicos/eug.andrade%202.pdf

E ainda sobre Herberto Helder: http://www.secrel.com.br/JPOESIA/hh.html

Título: A literatura de autoria feminina e o romance português


contemporâneo.
No final dos anos da ditadura salazarista e depois do 25 de abril de 1974, registrou-se um
número crescente de escritores e escritoras entre poetas e prosadores em Portugal.
Correspondendo aos movimentos de libertação social ocorridos na Europa e no resto do
mundo a partir da década de 60, ocorre um interessante fenômeno nas terras lusitanas
que os críticos costumam chamar de literatura de autoria feminina. Alguns nomes de
escritoras já foram citados anteriormente, como Sofia de Melo Breyner, Ana Haterly, Fiama
Hasse Pais Brandão, entre outras, mas muitas outras ainda podem ser citadas.

Vamos nos ater a duas grandes prosadoras: Agustina Bessa Luís e Maria Velho da Costa.

Agustina Bessa Luís construiu uma numerosa obra em prosa contando com mais de 50
publicações entre romance, conto, crítica e outros. Com um senso de observação muito
perspicaz, ela aborda detalhadamente a decadência econômica e social da burguesia rural
da região de Entre Douro e Minho. Aparentemente, isso poderia aproximá-la da corrente
neo-realista, mas sua escrita é tão pessoal que não se pode enquadrá-la em uma
classificação.

Tido como seu romance paradigmático, A Sibila, mescla os tempos do passado e do futuro
através da memória das personagens. Uma referência para o livro é, aliás: romance de
personagens. Estes, pertencem a um espaço agrícola regional e ajudam a construir a
história através de suas reflexões e experiências. O enredo retrata a saga da família
Teixeira e de sua casa, a casa da Vessada, norte de Portugal, que, apesar de decadente,
vai sendo reerguida graças à força das mulheres, das “sibilas” Quina e Germa (Germana),
sua sobrinha. É a partir das recordações desta última, que se inicia a narração das
vivências das antigas gerações, com o enfoque em Quina, a responsável pela casa, nos
últimos anos. Outras mulheres são ainda relevantes para a compreensão da história da
família, como Maria da Encarnação e Estina, avó e tia de Germana, respectivamente.

Simbolicamente, a sibila é a mulher que possui um discurso sábio e profundo, alguém que
tem uma capacidade de prever o futuro e consegue favores divinos mediante preces. No
caso do romance, trata-se de um discurso feminino que possui o poder de desconstruir a
organização da sociedade nos moldes tradicionais. A Sibila serve para discutir a opressão
que havia nas relações entre homens e mulheres desde o final do século XIX até o início do
século XX, contribuindo assim para uma reavaliação dos papéis desempenhados pelas
mulheres na sociedade patriarcal. Através da narração dos acontecimentos ligados á casa
da Vessada, percebe-se que são as mulheres as responsáveis pela recuperação e
manutenção do patrimônio material e cultural da família.

Também as transformações da sociedade portuguesa são evidenciadas na narrativa que


mostra o deslocamento do eixo produtivo do campo para a cidade, consequência da
modernização do país.

Como a história é contada a partir da memória das personagens, o uso dos tempos
pretéritos auxilia na dominação da temporalidade. é muito forte o elo entre as personagens
femininas e a casa, o campo e a natureza, o que contribui tanto para a formação de uma
identidade feminina quanto para a revisão de uma identidade portuguesa calcada na
sociedade patriarcal. A identidade feminina ali formada realiza um movimento em direção
ao interior do país, o inverso do cânone masculino de busca da identidade no mar e nas
viagens, isto é, além das fronteiras.

Maria Teresa Horta

A escritora fez parte do grupo Poesia 61 e


colaborou em múltiplos jornais e revistas.
Exerceu principalmente uma militância
empenhada nos movimentos de
emancipação da mulher. Seu livro de
estréia, Espelho Inicial (1960)mostra uma
poesia que explora as possibilidades
metafóricas e sintáticas da linguagem,
demonstrando total liberdade no corpo e na
sensualidade. Na ficção, em 1971, publicou
junto a Maria Velho da Costa e Maria Isabel
Barreno, as célebres Novas Cartas
Portuguesas. Por conta desta obra, sofreu
um processo judicial pela sua “transgressão
dos códigos morais” vigentes.
Veja abaixo um de seus poemas:

Minha senhora de mim

Comigo me desavim
minha senhora
de mim

sem ser dor ou ser cansaço


nem o corpo que disfarço

Comigo me desavim
minha senhora
de mim
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços

Comigo me desavim
minha senhora
de mim

recusando o que é desfeito


no interior do meu peito
É nessa senda da experimentação da linguagem e da releitura da história que encontramos
autores como José Saramago. Você já sabe, ele é o único autor de língua portuguesa
premiado pelo Nobel de literatura e transformou-se em uma espécie de unanimidade e
fenômeno de vendagem. Interessa-nos aqui abordar uma de suas obras mais
significativas: Memorial do convento (1982). Vamos ler a obra? Acesse http://www.clube-
de-leituras.net/index.php?s=autores&id=17 e faça o download do livro. Há também outros
romances de Saramago como o Evangelho sobre Jesus Cristo, Jangada de Pedra e o
recente Ensaio sobre a cegueira, que aliás, acaba de virar filme.

Para prosseguir com o estudo da obra de Saramago, você pode ler agora um breve resumo
desta obra intrigante que é Memorial do Convento:
http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_1332.html

Vamos levantar alguns pontos sobre Memorial do Convento constantes também em outras
obras do autor para que você conheça um pouco mais sobre o seu trabalho. Como
dissemos há pouco, Saramago trabalha em Memorial e em outras obras com o que alguns
autores chamam de metaficção historiográfica, termo utilizado pela teórica Linda
Hutcheon.

Ligando-se, por um lado, à tradição do romance histórico português, através da reconstrução realista de
ambientes e acontecimentos históricos, descritos ou evocados com grande poder imagético e riqueza de
detalhes, o texto de Saramago subverte e ultrapassa os limites do gênero pelas características inovadoras que
o constituem. A estrutura da narrativa - estatuto do narrador, focalização, construção e função das
personagens, papel do leitor - é sublinhada pelas reflexões sobre o processo criativo/ narrativo, conduzindo de
um lado à metatextualidade e de outro à uma reinterpretação da História. (Flory, 1997, p.109)

São ainda características da obra de Saramago a ironia e o sarcasmo com que ele
reinterpreta a história, realizando, deste modo, a crítica às instituições sociais vigentes.
Sua crítica atinge em um primeiro nível a realeza corrupta e hipócrita de D. João V, em
Portugal, no século XVIII e a Igreja com sua Santa Inquisição, ou seja, o autor analisa
como o poder pode ser mal utilizado na manutenção do interesse de poucos privilegiados e
do status quo, conduzindo ao sofrimento de milhares de pessoas, estas sempre as
desfavorecidas. Podemos ainda e imediatamente fazer uma relação do clima opressivo
vivido no período em questão com a situação vivida por Portugal na época de Salazar,
assim, temos uma metáfora que retoma o passado para falar veladamente do presente.

Também não se pode negar o riquíssimo trabalho com a linguagem que faz o renomado
escritor em sua prosa de ficção. Alem da desconstrução da sintaxe tradicional, o autor
lança mão da intertextualidade, isto é, de vários tipos de textos e discursos em seu próprio
texto: o ditado popular, a bíblia, a história oficial, a próprio literatura, etc.

São por essas e outras tantas razões que Saramago ocupa um privilegiado lugar no campo
das Letras.
Aprofundando conhecimentos

Para compreender um pouco mais sobre o estilo do autor e sobre a obra aqui analisada,
visite a página a seguir e leia esta interessante análise:
http://lithis.net/p.php?id=74

Vamos agora ler um trecho do romance para fazer uma pequena atividade. Observe que em alguns momentos nesta
web-aula a ortografia portuguesa foi mantida.

"Grita o povinho furiosos impropérios aos condenados, guincham as mulheres debruçadas dos peitoris,
alanzoam os frades, a procissão é uma serpente enorme que não cabe direita no Rossio e por isso se vai
curvando e recurvando como se determinasse chegar a toda a parte ou oferecer o espectáculo edificante a
toda a cidade, aquele que ali vai é Simeão de Oliveira e Sousa, sem mester nem benefício, mas que do Santo
Ofício declarava ser qualificador, e sendo secular dizia missa, confessava e pregava, e ao mesmo, tempo que
isto fazia proclamava ser herege e judeu, raro se viu confusão assim, (...) por toda a vida, e esta sou eu,
Sebastiana Maria de Jesus, um quarto de cristã-nova, que tenho visões e revelações, mas disseram-me no
tribunal que era fingimento, que ouço vozes do céu, mas explicaram-me que era demoníaco, que sei que posso
ser santa como os santos o são, ou ainda melhor, pois não alcanço diferença entre mim e eles, mas
repreenderam-me de que isso é presunção insuportável e orgulho monstruoso, desafio a Deus, aqui vou
blasfema, herética, temerária, amordaçada para que não me ouçam as temeridades, as heresias e as
blasfémias, condenada a ser açoitada em público e a oito anos de degredo no reino de Angola (...)”

Após essas leituras, você consegue identificar o personagem e fazer uma breve análise do
conteúdo de seu discurso e da maneira como o autor realiza sua crítica através da ironia?
Que tal enviar sua análise para que possamos discutir no fórum?

Bibliografia

ABDALA JUNIOR, Benjamin; PASCHOALIN, Maria Aparecida. História social da literatura


portuguesa. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994.

BEZERRA, Antônio. “Neo-realismo: a inversão do vetor cultural metrópole-colônia”, 2000.


Disponível em:
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/zips/bezerra06.rtf. Acesso em 29 jan.2009.

FLORY, Suely Fadul Villibor. O leitor e o labirinto. São Paulo: Ed. Arte&Ciência, 1997.

MOISÉS, Massaud. Presença da literatura portuguesa: modernismo. 4. ed. São Paulo:


Difel, 1983.

PETROV, Petar. “Escritas neo-realistas: Carlos de Oliveira e Graciliano Ramos”, 2007.


Disponível em: http://iberystyka-uw.home.pl/pdf/Dialogos-Lusofonia/Coloquio_ISIiI-
UW_21_PETROV-Petar_Escritas-neo-realistas.pdf . Acesso em 30 jan. 2009.

REDOL, Alves. Gaibéus. Lisboa: Publicações Europa América, 1976.

SARAMAGO, José. Memorial do Convento. Lisboa: Editores Reunidos Lda., 1994.

ROANI, Gerson Luiz. “Sob o vermelho dos cravos de abril: literatura e revolução no
Portugal contemporâneo”. Revista Letras, Curitiba, n. 64, p. 15-32. set./dez. 2004. Editora
UFPR. Disponível em:
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras/article/view/2966/2394. Acesso em 30 jan.
2009.

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