1- Complete a localização dos fenômenos estetoacústicos.
Quando se faz a ausculta
do coração e se encontram outros sons que não sejam as bulhas, cumpre localizá-los exatamente na revolução cardíaca, tomando por base a 1ª e a 2ª bulhas. Para isso, dividem-se a sístole e a diástole nas seguintes partes: Protossístole = ______________________ Mesossístole = ______________________ Telessístole = _______________________ Protodiástole = ______________________ Mesodiástole = ______________________ Telediástole = _______________________
2- Causas de sopro Cardíaco, marque a alternativa correta.
a) Aumento da velocidade da corrente sanguínea b) Diminuição da viscosidade sanguínea c) Passagem de sangue através de uma zona estreitada. d) Passagem do sangue para uma zona dilatada. e) Todas as alternativas estão corretas.
3-Marque a questão incorreta sobre técnicas de aferições da Pressão Arterial:
a) Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. b) Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente. c) Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menos 80% do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da circunferência do braço do paciente. d) Certificar-se de que a pessoa: não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 15 minutos antes da medida e) Manter o braço do paciente na altura do coração.
4- Correlacione a coluna 1 com a coluna 2:
1) Pulso célere ou em martelo d'água, 2) Pulso anacrótico, 3) Pulso dicrótico, 4) Pulso alternante, 5) Pulso paradoxal A) Estenose aórtica B) Insuficiência ventricular esquerda C) Anemias Graves D) Pericardite constritiva E) Febre tifoide a) 1-B/2-E/3-D/4-A/5-A b) 1-C/2-A/3-E/4-B/5-D c) 1-A/2-C/3-D/4-E/5-B d) 1-C/2-A/3-B/4-E/5-D e) 1-A/2-D/3-C/4-B/5-E
Marque V para verdadeiro e F para falso.
( ) Os níveis de pressão no lado direito do coração são mais baixos que no lado esquerdo. A explicação de tal diferença está no fato de a resistência pulmonar ser inferior à resistência do sistema arterial periférico. ( ) A valva tricuspide se fecha antes da mitral, isto porque, no lado esquerdo, as ramificações do sistema His-Purkinje são mais abundantes, o que propicia a chegada mais precoce do estímulo elétrico à musculatura. Assim, a sístole do ventrículo esquerdo se inicia ligeiramente antes da do ventrículo direito. ( ) Apesar de o ventrículo direito iniciar sua contração mais tarde que o esquerdo, seu esvaziamento começa antes. Isso ocorre porque a pressão ventricular direita ultrapassa a pressão intrapulmonar mais rapidamente do que o faz o ventrículo esquerdo com relação à pressão intra-aórtica. ( ) Durante a asculta o foco acessório pulmonar se localiza apenas no 3º espaço intercostal ( ) A 2ª bulha será formada por 2 componentes normalmente audíveis aórtico e pulmonar, ocorrendo primeiro o componente pulmonar. ( ) A inspiração aumenta a negatividade da pressão torácica e acentua a pressão abdominal, determinando maior fluxo de sangue ao ventrículo direito. Tal fato retarda a sístole do ventrículo direito, separando os componentes aórtico e pulmonar da 2ª bulha gerando desdobramento fisiológico. A expiração aumenta a pressão positiva pulmonar, promovendo maior chegada de sangue ao ventrículo esquerdo, retardando sua sístole. Agora, os 2 componentes tendem a se aproximar mais. ( ) Quando falamos de posição do paciente e do examinador. O médico e o paciente devem posicionar-se comodamente no momento da ausculta, que será efetuada com o paciente nas posições deitada, sentada e em decúbito lateral esquerdo. ( ) A posição de decúbito lateral esquerdo o paciente se posiciona deitado em decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda na cabeça (desse modo, evita-se que o braço fique acolado ao tórax, impedindo livre acesso ao precardio). O médico continua de pé do lado direito. Está posição é mais adequada para auscultar os fenômenos da área mitral. Assim, algumas vezes, a 3ª bulha é mais audível em decúbito lateral esquerdo. Fato corriqueiro, também, é a melhor audibilidade do sopro diastólico da estenose mitral nesta posição. ( ) Há hipofonese das bulhas quando suspeitamos solicitamos que o paciente assuma a posição deitado, e realize uma extenção da coluna vertebral. Assim postado, obtém-se maior aproximação do coração à parede torácica, tomando as bulhas e os outros sons mais audíveis. ( ) O principal elemento na formação da 1ª bulha cardíaca é o fechamento das valvas mitral e tricúspide, o componente mitral (M) antecedendo o tricúspide (T), pelas razões analisadas ao se estudar o ciclo cardíaco. ( ) A 1 ª bulha cardíaca (B1) coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. É de timbre mais grave e seu tempo de duração é um pouco maior que o da 2a bulha. Para representá-la, usamos a expressão onomatopaica "TA". ( ) Em metade das pessoas normais, percebem-se separadamente os componentes mitral e tricúspide, fenômeno não relacionado com a respiração e sem significado patológico. ( ) A 2ª bulha (B2) é constituída de 4 grupos de vibrações; mas somente são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas mitral e tricúspide. ( ) Sobre a 2ª Bulha ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial, enquanto o ruído originado na pulmonar é auscultado em uma área limitada, correspondente ao foco pulmonar e à borda esternal esquerda. Por isso, no foco aórtico e na ponta do coração, a 2ª bulha é sempre única, pelo simples fato de se auscultar nestes focos somente o componente aórtico. Em condições normais, o componente aórtico precede o pulmonar. ( ) Durante a expiração, ambas as valvas se fecham sincronicamente, dando origem a um ruído único. Na inspiração, principalmente porque a sístole do ventrículo direito se prolonga ligeiramente em função do maior fluxo sanguíneo a este lado do coração, o componente pulmonar sofre um retardo que é suficiente para perceber, nitidamente, os 2 componentes. A este fato, se chama desdobramento fisiológico da 2ª bulha Cardíaca. ( ) A 2ª bulha vem depois do pequeno silêncio, seu timbre é mais agudo, soa de maneira mais seca, de tal modo que a designamos pela expressão “TUM”. ( ) Quando a bulha está desdobrada, seu ruído corresponde à expressão "TLA': O grau de desdobramento varia de indivíduo para indivíduo e é observado em quase todas as crianças. ( ) A 4ª bulha é um ruído protodiastólico de baixa frequência que se origina das vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. ( ) Ausculta da 3ª bulha cardíaca normal com mais frequência nas crianças e nos adultos jovens. É mais audível na área mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo; o receptor mais apropriado é o de campânula, isto porque esta bulha é um ruído de baixa frequência. Pode ser imitada pronunciando-se de modo rápido a expressão "TU". ( ) A 4ª bulha é um ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e pode ser ouvida mais raramente em condições normais nas crianças e nos adultos jovens. ( ) A gênese da 4ª bulha não está completamente esclarecida. Atualmente, admite-se que esta bulha seja originada pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea existente no interior do ventrículo, no final da diástole. ( ) Extrassístoles, como o nome indica, são sístoles extras. Resultam de estímulos nascidos em focos ectópicos, por mecanismos variados. São prematuras, vale dizer, ocorrem em um momento anterior ao da sístole normal, habitualmente sendo seguidas de uma pausa, chamada pausa compensadora. ( ) Extrassístoles odem apresentar-se isoladas ou agrupadas. Quando agrupadas, constituem o bigeminismo, ocorrendo, então, uma extrassístole após cada sístole normal; o trigeminismo (uma extrassístole após 2 sístoles normais), em pares ou pareadas (quando ocorrem 2 a 2 entre sístoles normais); ou em salva (conjunto de 3 sístoles sucessivas). ( ) A adição de uma 3ª bulha as 2 bulhas normais transforma o ritmo binário em ritmo tríplice ou ritmo de 3 tempos .Os ritmos tríplices dividem-se em protodiastólicos e pré- sistólicos. ( ) Ritmo de galope. A denominação ritmo de galope, criada por Bouillaud há quase um século, aplicável ao ritmo tríplice por 3ª bulha fisiológica, originou-se de suas características sonoras. ( ) O ritmo de galope é dividido em atrial, ventricular e de soma. ( ) O ritmo de galope atrial pode ocorrer com ou sem descompensação cardíaca; por isso, seu significado clínico é diferente do ritmo de galope ventricular, sempre indicativo de sofrimento miocárdico. ( ) O ritmo de galope de soma aparece quando há elevação da frequência cardíaca, havendo, nestes casos, a fusão de 3ª e 4ª bulhas por encurtamento do período diastólico ventricular. Seu reconhecimento é difícil e, às vezes, só se dá após a diminuição da frequência cardíaca e a evidência de 3ª e 4ª bulhas nítidas, além das 2 bulhas principais, formando um ritmo de 4 tempos. ( ) Os sopros sistólicos são classificados em: sopro sistólico de ejeção e sopro sistólico de regurgitação. ( ) Os sopros sistólicos de ejeção são causados por estenose da valva mitral ou tricúspide e se originam durante o período de ejeção atrial, particularidade tão importante que deu origem à sua designação. ( ) O Sopro regurgitação, Este tipo de sopro é audível desde o início da sístole; por isso aparece com a 1 ª bulha, recobrindo-a e mascarando-a. Ocupa todo o período sistólico com intensidade mais ou menos igual e termina imediatamente antes da 2ª bulha ou pode recobri-la. Esses sopros são causados pela regurgitação de sangue dos ventrículos para os átrios, quando há insuficiência mitral ou tricúspide, ou de um ventrículo para o outro, quando existe uma comunicação entre eles. ( ) Os sopros diastólicos, como o nome indica, aparecem durante a diástole, sendo de insuficiência ou estenose. ( ) Localiza-se um sopro na área em que é mais audível e, como pontos de referência, empregam-se as áreas de ausculta e as demais regiões, descritas anteriormente. Cumpre salientar, entretanto, que a localização de um sopro, em função das áreas de ausculta, não tem valor absoluto, pois o fato de localizar-se um sopro na área mitral não significa, obrigatoriamente, que ele esteja sendo formado na valva mitral. Neste aspecto, a direção em que se irradia muito contribui para se conhecer o local de origem do sopro. ( ) Depois de estabelecer o local de maior intensidade do sopro, desloca-se o receptor do estetoscópio em várias direções para determinar sua irradiação. Dois fatores influenciam na irradiação de um sopro; o mais importante é a sua intensidade, vale dizer, quanto mais intenso, maior a área em que será audível. Alguns sopros de elevada intensidade propagam-se por todo o tórax ou para o pescoço. Outro fator é a direção da corrente sanguínea. Aliás, este fator pode condicionar uma irradiação tão característica que passa a ter excepcional interesse semiológico. Exemplos: o sopro da estenose aórtica se irradia para os vasos do pescoço porque o sangue que flui pela valva aórtica se dirige àquela direção, enquanto o da insuficiência mitral se propaga predominantemente para a axila porque o átrio esquerdo situa-se acima e atrás do ventrículo esquerdo. ( ) A manobra de Rivero-Carvallo é executada da seguinte maneira: com o paciente em decúbito dorsal, coloca-se o receptor do estetoscópio na área tricúspide, pondo-se especial atenção na intensidade do sopro. Em seguida, solicita-se ao paciente que faça uma inspiração profunda, durante a qual o examinador procura detectar as modificações na intensidade do sopro. Se não houver alteração ou se o sopro diminuir de intensidade, diz-se que a manobra de Rivero-Carvallo é negativa. Neste caso, o sopro audível naquela área é apenas propagação de um sopro originado na valva mitral. Se, ao contrário, o sopro aumenta de intensidade, pode-se concluir que sua origem é no aparelho valvar tricúspide. ( ) A primeira noção que se deve fixar é que esta denominação não caracteriza um tipo especial de sopro. Significa, sim, uma conclusão diagnóstica. Quer dizer, quando se rotula um sopro de "inocente" é porque o paciente já foi adequadamente examinado, inclusive com a realização dos exames complementares indicados para o caso, tornando possível concluir que há um sopro, mas ele não traduz alteração estrutural do coração. Os sopros inocentes têm as seguintes características semiológicas: são sistólicos, de baixa intensidade ( + a ++ ), suaves, sem irradiação, mais audíveis na área pulmonar e região mesocardíaca, com nítidas variações pelas mudanças de posição do paciente. Além disso, não são acompanhados de alterações das bulhas cardíacas e de frêmito e não há evidências de dilatação e/ ou hipertrofia das cavidades cardíacas. São mais frequentes em crianças e seu encontro exige uma completa investigação clínica para descartar, primeiramente, a existência de febre ou anemia, principais condições responsáveis por estes sopros. ( ) O atrito pericárdico é um ruído provocado pelo roçar de folhetos pericárdicos que perderam suas características normais. ( ) O atrito pericárdico segue o ciclo cardíaco, podendo ser ouvido na sístole quanto na diástole. ( ) Manobra de Osler. Esta manobra baseia-se na palpação da artéria radial após insuflação do manguito acima da pressão sistólica. Diz-se que a manobra de Osler é positiva quando a artéria permanece palpável, mas sem pulsações. Esta manobra é frequentemente positiva em idosos. ( ) A frequência que encontramos nos pulsos, consideramos dentro da normalidade entre 60 á 100.