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Disciplina: Sistematização da Assistência de Enfermagem ao Paciente Portador de Afecções

Cardiovasculares.
Identificação da tarefa: Tarefa 3. Envio de arquivo.
Pontuação: 20 pontos.
Tarefa 3

Leia o caso a seguir:

J.C.G., 66 anos, divorciado, católico, deu entrada, acompanhado pela filha, em um pronto socorro
de um hospital especializado em cardiologia no qual você é o enfermeiro plantonista. Você fará a
classificação de risco desse paciente. O Sr. J.C.G. apresenta diminuição do volume urinário
acompanhado de ganho de peso, com história de falta de ar aos pequenos esforços, com quadro
de desconforto epigástrico, tosse seca associada com dificuldade para respirar (dispneia
progressiva). Refere que desde dezembro/2019 faz caminhadas ao ar livre diariamente. Também
refere que na última semana do mês de maio/2020 sua esposa precisou ser internada na UTI
devido a uma gripe forte e colocaram um tubo para ela respirar devido a gravidade do vírus que
causou a infecção. Tabagista há 40 anos, HAS em tratamento há 5 anos, diabético tipo 2 em
tratamento há 2 anos. IAM há 3 anos, doença arterial coronariana – com indicação cirúrgica –
Revascularização Miocárdica. Ao exame físico: Abdome globoso, distendido, com fígado palpável
a 5 cm do rebordo costal direito (RCD) e edema importante de membros inferiores (MMII).
Perfusão periférica prejudicada. Ausculta pulmonar: ruídos adventícios, roncos e estertores em
bases pulmonares, ausculta cardíaca: bulhas arrítmicas (taquicárdicas), normofonéticas, sopro
sistólico em foco mitral e aórtico. Sem dor. Sinais vitais: PA 100x60mmHg, P: 115bpm, FR:
26rpm, T: 36,9ºC.
Após ler o caso acima, responda as seguintes questões:
a) Com base no histórico e nas informações colhidas, o que pode estar acontecendo com o Sr.
J.C.G.?
b) Quais os cuidados imediatos que o enfermeiro deve tomar nessa situação?
c) Realize o levantamento de problemas e cite-os.
d) Realize 7 diagnósticos de enfermagem.
e) Descreva as intervenções de enfermagem.
f) Justifique as intervenções realizadas.
g) Como deve ser realizado o manejo com os familiares desse paciente?

ATENÇÃO: Mantenha a estrutura do arquivo original, ou seja, envie as perguntas e respostas.


Você perderá pontos se enviar apenas as respostas. Não é necessário trocar o nome do arquivo
e inserir o seu nome.
RESPOSTAS:
a) Os sintomas correspondem a insuficiência cardíaca.
b) Manter o paciente em semi-fowler na cadeira ou cama, não elevar as pernas, restringir os líquidos,
monitorizar a saturação de oxigênio para verificar necessidade de suplementação de oxigênio,
administrar diuréticos e monitorar a resposta na produção de urina e avaliar a necessidade de um
cateter urinário permanente para controlar a eliminação do excesso de fluido.
c) História da doença atual (queixas): oligúria, ganho de peso, dispneia aos pequenos esforços,
desconforto epigástrico, tosse seca, edema em MMII, perfusão periférica prejudicada e bulhas
arrítmicas.
História patológica regressa: tabagista de longa data, hipertenso, diabético tipo II, história de IAM
prévio há 3 anos e DAC com indicação de revascularização miocárdica.
Agravante emocional: esposa doente.
d) 1.Padrão respiratorio ineficaz relacionado a fadiga, evidenciado por dispneia e taquicardia.
2.Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada a conhecimento insuficiente sobre o processo da
doença evidenciado por edema.
3.Risco de queda relacionado a mobilidade prejudicada.
4.Débito cardíaco diminuído relacionado a alteração na contratilidade, evidenciado por tosse,
dispneia e taquicardia.
5.Volume de líquidos excessivo relacionado a mecanismo de regulação comprometido, evidenciado
por oligúria, edema e dispneia.
6.Intolerância a atividade relacionado a desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio,
evidenciado por dispneia ao esforço.
7.Risco de integridade da pele prejudicada relacionado a alteração no volume de líquidos.
e) • Avaliar a temperatura da pele do paciente e pulsos periféricos;
• Monitorar saturação de oxigênio e gasometria arterial;
• Ajudar o paciente a assumir uma posição elevada de Fowler;
• Fornecer assistência com atividade de autocuidado conforme indicado. Períodos de atividade
interpessoais com períodos de repouso;
• Implementar um programa de reabilitação cardíaca graduada;
• Monitorar a saída de urina, observando quantidade e cor, bem como a hora do dia em que ocorre
a diurese;
• Monitorar e calcular o saldo de entrada e saída de 24 horas;
• Fornecer refeições pequenas, frequentes e facilmente digeríveis;
• Fornecer cuidados frequentes com a pele: minimizar contato com umidade e secreções;
• Evitar a via intramuscular para a medicação;
• Medir o volume corrente e capacidade vital;
• Monitorar as veias distendidas do pescoço e ascite;
• Avaliar a resposta emocional.
f) Após as intervenções de enfermagem, o paciente deve poder participar de atividades que reduzem
a carga de trabalho do coração, praticar atividades de autocuidado, apresentará volume de líquido
estabilizado com ingestão e saídas balanceadas, sons respiratórios claros/audíveis, manutenção da
integridade da pele e demonstrará comportamento para melhorar a circulação.
Após 2-3 dias de intervenções de enfermagem, o paciente poderá exibir estabilidade
hemodinâmica, alcançará aumento mensurável na tolerância à atividade, verbalizará a
compreensão das restrições dietéticas/hídricas individuais e demonstrará uma saída equilibrada de
fluido igual ao que ingere, apresentando sons limpos de respiração e diminuição do edema.
g) Deve-se acolher a família, informá-los sobre o estado de saúde do paciente, junto a equipe médica,
para acalma-los e diminuir a ansiedade. Esclarecer dúvidas e instruir sobre os cuidados necessários
para a melhora clínica do cliente.

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