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O recomeço da História de Lavras.

Wagner Gonçalves

Pesquisador – Turismólogo

Será que um dia vamos saber a nossa verdadeira história?

Muitos se perguntam quando nossa linda cidade de Lavras foi realmente


fundada, mais não existem argumentos que comprovem a exatidão das
informações contidas em livros e periódicos no momento, por mais que
muitos queiram contar esta história não existe uma prova concreta desta
informação até agora.

Fomos atrás desta informação e ainda não conseguimos concluir esta


grande façanha, mais está mais perto que do que esperamos. Sobre as
diversas versões de história para a nossa cidade ainda continuo acreditando
nas informações encontradas em livros e documentários, nossa cidade
iniciou em 1720 e teve seu período de desenvolvimento até 1729.
Recentemente em uma busca incansável, tive o inicio das possíveis pistas
de onde encontrar os documentos que vão encerrar a nossa história, pois
contra registros e documentos não existem argumentos. Embora exista
apenas um documento datado de século XVIII a famosa carta de
SESMARIA, não acredito que antes de receber esta nobre missão os
bandeirante já não haviam passado por aqui, até porque para reivindicar
algo, temos também que conhecer o que queremos. Em busca de dados e
registro o mais antigo encontrado foi um livro do século XIX, escrito por
um pesquisador que descreve desta forma nossa cidade:

“Lavras-de-Funil. Pequena Villa da província de Minas Geraes,


15 legoas ao nordeste da cidade de Campanha, e 40 ao oeste sudoeste
da d’Ouro - Preto, êm 21 grãos 17 minutos de latitude.
Teve principio em 1720, época em que se descobrirão em suas
adjacências alguns vieiros d’ouro abundantes que forão lavrados pelos
Paulistas, tios quaes se aggregárão muitos dos moradores da província,
os quaes, applicando-se especialmente ao amanho e cultivo das serras,
vendião por alto preço aos mineiros os viveres de que necessitavão.
Posto que não alcançasse defmitivamente este titulo senão no
anno de 1813, por uma resolução regia de 19 de Julho, que a annexou
ao districto da villa de São-Joãod’ElRei.
Foi esta freguezia a final creada villa por lei de 13 d’0utubro de
1831., que lhe assignalou por districto o termo de sua freguezia.
Avalia-se a população d’este districto em 12,000 habitantes.”

Livro Império do Brazil – 1845

Outros pesquisadores e historiadores, também descrevem a data de 1720,


como Professor Firmino Costa, e tantos outros. O que sabemos que nossa
história existe e está guardada em algum lugar no Brasil e em Portugal, o
que precisamos é descobrir o local para procurar.

Outros Fatos importantes:


A visita de D.Pedro II à Lavras.
De acordo com os registros, a primeira proposta de visita seria para D.
Pedro II, foi encaminhada pelos vereadores Antônio Simões de Souza e Dr.
Manoel João da Costa, o dia seria 15 de agosto de 1830, às 10 horas da
manhã e a noite seria feita uma brilhante alvorada. As festividades
durariam três dias, e todos moradores deveriam colocar luzes nas fachadas
das casas e uma celebração exclusiva para a corte. Dessa forma foram
encaminhados convites às Câmaras e ao Império.

1º Padre de Lavras e também ordenado na cidade.


Aleixo Antônio da Mota, falecido em 11 de dezembro de 1828.

Padre que marcou a história da cidade.


Vigário José Bento Ferreira – Em 1º de novembro de 1857, tomou posse
na Igreja Matriz de Sant’Ana como pároco, reformou totalmente a igreja
hoje do Rosário e criou vários departamentos na igreja, o que foram
responsáveis na ampliação da igreja do Rosário, ele era Natural de Três
Pontas, cidade do Padre Victor. Falecido em 16 de setembro de 1893,
enterrado no cemitério velho, considerado uma pessoa de muita
importância na comunidade lavrense.

Calçamento em Lavras e pavimentação.


Até o ano de 1835, não havia nenhuma rua calçada na cidade de Lavras, a
primeira receber o calçamento foi em outubro de 1835.

Em julho de 1836, realizou o segundo calçamento de rua, na rua direita.

Inauguração da Energia Elétrica.


Em julho de 1909, foi inaugurada a luz elétrica na cidade de Lavras, usina
geradora do Funil, e com a capacidade de 500 cavalos.

Joaquim José da Natividade


Joaquim José da Natividade, não se sabe o certo o local de seu
nascimento, encontramos apenas a data se seu falecimento a de 7 de
setembro de 1841, foi pintor e realizou pinturas em diversas igrejas do Sul
de Minas entre o período de 1785 e 1824, possuía um estilo é comparável
ao pintor ilusionista sacro Manuel da Costa Ataíde.(Mestre Ataíde).
Natividade deixou seu registro no forro da capela da Igreja do Rosário em
Lavras dentre tantas obras raras.
Em Carrancas, São João Del Rei, Liberdade, São Thomé das Letras.

Igreja Nossa Senhora da Conceição – Carrancas

Santuário Bom Jesus do Livramento – Liberdade MG


Igreja Matriz de São Thomé das Letras

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