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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição Agosto/2008

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Marilene Rocha

Copidesque:

Adriana Santos

Revisão:

Ana Paula Costa

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra
Jesus, o nosso
modelo

Da semelhança de Caim, o ódio, à


semelhança de Jesus, o perdão!

Introdução
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus
para boas obras, as quais Deus de antemão preparou
para que andássemos nelas.” (Efésios 2.10).
Amados, esse versículo nos mostra o quão im-
portantes somos para Deus e nos ensina como de-
vemos andar. Na carta aos Efésios, o apóstolo Paulo

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detalha o “caminho” ou a vida de boas obras. O que
o Senhor mais anseia é nos conduzir da morte es-
piritual do pecado para o perdão dos pecados em
Cristo. Precisamos entender que a salvação é pela fé
e não por obras. Se pudéssemos alcançar a salvação
por obras, por esforço próprio a glória seria nossa e
não de Deus. No entanto, o Senhor deseja que fa-
çamos o bem, pois as boas obras são resultado da
salvação recebida e não uma tentativa de merecer
ou comprar a vida eterna. Boa obra é o resultado
das nossas ações restauradas, as quais Deus, de an-
temão, preparou para que andássemos nelas. Isso
precisa ficar registrado em nosso coração.
Somos feitura dele, ou seja, somos um poema.
Quando fez o homem, Deus o fez perfeito. Não ha-
via absolutamente nada imperfeito. O corpo, a alma
e o espírito do homem eram perfeitos. Normalmen-
te, o autor, o poeta, coloca o coração quando vai fa-
zer uma poesia. E o Autor da vida colocou o coração
dele ao criar o homem. Nós somos como poemas,
pois somos feitura de Deus. E cada um de nós é um
poema especial. Deus tem um sonho e o sonho dele
é que eu e você, como poemas, possamos ser “lidos”
pelas pessoas e que elas possam perceber uma rara
beleza, uma realidade diferente – a própria vida do
Senhor em nosso coração. Aleluia!
Havia uma perfeição absoluta na criação de
Deus. Deus colocou o primeiro homem no Jardim

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do Éden (Gn 2.4-8). E na viração do dia, o próprio Deus
passeava, andava com o homem. Deus tinha comu-
nhão, relacionamento, intimidade com a criatura. Era
um jardim cheio de flores, perfumado e belíssimo (leia
o capítulo 2 de Gênesis). Tudo feito pelas mãos do
Senhor. Havia uma harmonia perfeita. O homem era
pleno. Não vivia em conflito, não sofria de stress, não
experimentava a depressão, não tinha doenças. O ho-
mem não sentia dor. Não sabia o que eram lágrimas.
Não sentia ausência. Era completo!
Mas houve o momento em que o homem se re-
belou contra Deus (Gn 3). E o pecado tomou conta
do coração da criatura. Quero que entendam que
não foi o fato de comer do fruto da árvore que esta-
va no meio do jardim (Gn 3.6). Também não tem ha-
ver com a relação sexual, pois Deus havia ordenado
ao homem para crescer e multiplicar (Gn 1.28). E só
havia uma maneira, ou melhor, só há uma manei-
ra de crescer e de multiplicar: por meio da relação
sexual. O pecado do homem foi a desobediência, a
rebelião contra Deus. O homem levantou a bandei-
ra da independência.
Ao comer do fruto proibido, o homem experi-
mentou a morte espiritual. Ele não morreu fisica-
mente. Ele morreu espiritualmente. Foi quebrada a
linha da vida que mantinha o homem a Deus. Por
isso o sonho de Deus é trazer o homem novamente
para o Jardim.

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Amada ovelha, é sobre isso que vamos falar nes-
se livro, mas antes de lê-lo por completo, faça esta
oração:
“Pai, esta é a tua Palavra. Venha vivificá-la aos nos-
sos corações para que possamos sair da semelhança
de Caim, para vivermos à semelhança de Jesus aqui
na Terra. Senhor, que a tua Palavra nos console, nos
edifique, traga libertação e vida. Que a tua Palavra
traga esperança e cura, em nome de Jesus, amém!”

O derramar de sangue
Na Terra só existem duas religiões: a do plano de
Deus e a do plano dos homens. Deus estabeleceu
um princípio religioso. A palavra “religião”, etimo-
logicamente, significa “religar”. Deus estabeleceu o
princípio de que a única maneira pela qual o homem
poderia se religar com Ele era por meio do sangue.
A Bíblia diz que sem derramamento de sangue, não
há remissão de pecados. Sangue não é algo agra-
dável de se ver. Existem pessoas que quando vêem
sangue, desmaiam. Sangue nos remete a idéia de
morte, de destruição. Mas Deus estabeleceu uma
maneira, um único modo de o homem poder se
aproximar dele: por meio do sangue.
No Jardim do Éden, logo após o homem ter se
rebelado contra Deus, a primeira coisa que a cria-
tura percebeu foi a sua nudez (Gn 3.7, 10). O casal
estava vestido com a glória de Deus, mas ao pecar

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ficaram desvestidos, destituídos da glória de Deus
(Romanos 3.23). Ao pecar, o homem logo percebeu
que estava nu e se escondeu entre as árvores do Jar-
dim do Éden (Gn 3.8). A voz do Senhor Deus ecoou
no Jardim dizendo: “Onde estás?” Não que Deus não
soubesse onde Adão estava escondido junto com
sua esposa, mas Deus estava dizendo: “Adão, como
estás? Adão, como estás?”
Ao se depararem com a nudez física, Adão e Eva
cozeram aventais com folhas de figueira e cobri-
ram os seus corpos. Creio que eles devem ter dito:
“Bem, agora estamos cobertos. A glória de Deus se foi,
porém, conquistamos a nossa cobertura. Somos in-
dependentes!” Mas A única coisa que pode cobrir o
pecado do homem é o sangue. No Novo Testamen-
to há muitas histórias de derramamento de sangue,
porém depois da cruz de Jesus, não houve mais a
necessidade de derramamento de sangue, porque
Jesus foi o sacrifício final.
Quando você ora, em nome de Jesus, você pro-
clama o poder do sangue de Jesus. Você declara a
obra que Jesus Cristo fez, porque é o sangue de Je-
sus que nos dá o direito de nos aproximar diante do
trono de Deus e de termos comunhão com Ele.

Um pouco sobre a história de Caim


Adão e Eva foram expulsos do Éden. Tiveram
o primeiro filho, chamado Caim. Ele foi a primeira

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pessoa a herdar a natureza pecaminosa de Adão e
Eva. Caim trouxe o germe, o vírus do pecado inseri-
do em seu ser. Neste livro, aprenderemos um pouco
sobre as duas semelhanças, a de Caim e a de Jesus.
“Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta
concebeu e deu a luz a Caim; então, disse: Adquiri um
varão com auxílio do Senhor. Depois, deu a luz à Abel,
seu irmão. Abel foi pastor de ovelha, e Caim, lavrador.
Aconteceu que no fim de uns tempos, trouxe Caim do
fruto da terra. Uma oferta ao Senhor. Abel, por sua
vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordu-
ra deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta,
ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.
Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o
semblante. Então, lhe disse o Senhor: Por que andas
irado? E porque descaiu o teu semblante? Se procede-
res bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, pro-
cederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo
será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Disse Caim
a Abel, seu irmão: Vamos ao campo! Estando eles no
campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel,
seu irmão, e o matou. Disse o Senhor a Caim: Onde
está Abel, seu irmão? Ele respondeu: Não sei! Acaso
sou eu tutor de meu irmão? E disse Deus: O que fizeste?
A voz do sangue do teu irmão clama da terra a mim.
És agora pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se
abriu para receber o sangue do teu irmão. Quando la-
vrares o solo, não te dará ele a tua força. Serás fugitivo

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e errante pela terra. E disse Caim ao Senhor: É tama-
nho o meu castigo que já não posso suportá-lo. Eis
que hoje me lanças da face da terra e da tua presença
hei de esconder-me. Serei fugitivo e errante pela terra.
Quem comigo me encontrar, me matará. O Senhor,
porém lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim
será vingado sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em
Caim, para que não o ferisse de morte quem quer que
o encontrasse. Retirou-se Caim da presença do Senhor
e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. E coa-
bitou Caim com sua mulher, ela concebeu, e deu à luz
a Enoque. Caim edificou uma cidade e ele a chamou
Enoque, o nome do seu filho.” (Gênesis 4.1-17).
Meus irmãos, Caim se tornou um personagem
bíblico de muita importância para todos aqueles
que querem conhecer a vontade de Deus. Ele foi
a primeira pessoa a receber como herança a carga
genética pecaminosa. Conforme as Escrituras, es-
pecialmente no Antigo Testamento, Deus estabele-
ceu que o sacrifício seria por meio do sangue. Mas
Caim resolveu fazer do jeito dele. Ele era lavrador,
e acredito que tenha buscado agradar a Deus com
abobrinha, cenoura, tomate, melão. Enfim, tentou
agradar a Deus com legumes e frutas. Podemos di-
zer que Caim teve iniciativa própria. Ele tinha since-
ridade no coração. Acontece que a única maneira
de agradar a Deus é pelo caminho que o próprio
Deus determina.

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A Bíblia diz que os caminhos do Senhor não sãos
como os nossos caminhos e que os pensamentos
do Senhor não são como os nossos pensamentos
(Isaías 55.8). Não podemos modificar aquilo que
Deus estabeleceu. Mas Caim tomou o caminho da
iniciativa própria. Ele iniciou outro plano, o da total
independência. Foi pela direção contrária.
Diferente de Caim, Jesus escolheu se subme-
ter ao Pai. Ele nunca agiu por conta própria. Tudo
que Jesus Cristo fez foi exatamente ouvir a voz do
Pai Celestial, conforme está registrado no Livro
da Vida.
“Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade
vos digo que o filho nada pode fazer de si mesmo, se-
não somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo
que este fizer, o filho também semelhantemente o faz.
Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que
ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a
minha própria vontade, e sim daquele que me enviou.
Mas eu tenho maior testemunho do que João; porque
as obras que o Pai me confiou para que eu as realizas-
se, essas que eu faço testemunham a meu respeito, de
que o Pai me enviou.” (João 5.19, 30, 36).
Observemos que Jesus fazia tudo em submissão
ao Pai. “Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque
não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.
Muitas coisas tenho para dizer a vosso respeito e vos
julgar; porém aquele que me enviou é verdadeiro, de

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modo que as coisas que dele tenho ouvido, essas digo
ao mundo.” (João 8.16, 26).
“Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, po-
rém, fazeis o que vistes em vosso pai.” (João 8.38).
Jesus falava não por iniciativa própria, mas por-
que Ele ouvia a voz de Deus. “Porque eu não tenho
falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou,
esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar. E
sei que o seu mandamento é vida eterna. As coisas,
pois, que eu falo, como Pai mo tem dito, assim falo.”
(João 12. 38, 49-50).
“Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em
mim? As palavras que eu vos digo não as digo por
mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz
as suas obras.” (João 14.10).
“Já não vos chamo servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos cha-
mado amigos, porque tudo quanto ouvi do meu
Pai vos tenho dado a conhecer. Tudo isto, porém,
vos farão por causa do meu nome, porquanto não
conhecem aquele que me enviou, Se eu não viera,
nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas
agora não tem desculpa do seu pecado. Quem me
odeia, odeia também ao meu Pai. Se eu não tivesse
feito entre eles tais obras, mas nenhum outro fez,
pecado não teriam, mas agora, não somente têm
eles visto, mas também odiado, tanto a mim como
a meu Pai.” (João 15.15, 21-24).

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“Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que
me confiaste a fazer.” (João 17.4).
Amados, eu poderia citar inúmeros versos da Pa-
lavra de Deus que mostram exatamente isto: Jesus
nunca agiu por iniciativa própria, ou seja, Ele fazia
somente o que o Pai lhe havia determinado.
O nosso velho homem, o Caim na nossa vida, in-
clui sempre o anseio de tomar iniciativas. Caim dis-
se: “Por quê? Por que sangue? Por que não legumes?
Por que não verduras? Por que não o fruto da terra?”
Ele questionou os caminhos do Senhor. Caim não
sabia que o sangue derramado representava o san-
gue do Filho de Deus, Jesus Cristo. Sangue que seria
derramado na cruz, em nosso lugar.
Queridos, existe uma transição que precisa
acontecer em todos nós: da semelhança de Caim
para a semelhança de Cristo Jesus. A palavra “cris-
tão” não significa aquele que é da religião de Cristo,
mas aquele que é “parecido com Cristo”. As nossas
iniciativas devem ser as de cumprir a Palavra do Se-
nhor, assim como Jesus nos ensinou. Ele deve ser o
nosso modelo.

Alguns princípios estabelecidos por


Deus
Deus estabeleceu que os dízimos a Ele perten-
cem. Não podemos retê-los. Deus estabeleceu um
princípio – o de trazer bênção em nossa vida. Ele

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deseja nos ver prósperos. Deseja ver as bênçãos
fluindo sobre as nossas vidas. O Senhor não precisa
do nosso dinheiro, Ele é o criador de todas as coisas.
Se possuímos algumas coisas, possuímos porque
Ele nos deu. Somos apenas mordomos, adminis-
tradores do que Ele nos confiou. Deus quer a nossa
obediência.
Existem pessoas que dizem assim: “Eu vou dar o
meu dízimo para uma pessoa; Eu vou dar o meu dí-
zimo para aquela igreja que está começando agora;
Ah! Vou dar o meu dízimo para a ação social; Darei o
meu dízimo para aquela pessoa que quebrou a per-
na”. Porém, isso é iniciativa própria. Dentro do cora-
ção, a motivação pode estar até correta, mas Deus
não estabeleceu este princípio. Deus estabeleceu o
seguinte: “Trazei todos os meus dízimos à Casa do Te-
souro, para que haja mantimento na minha casa [...]”
(Malaquias 3.10).
E o mantimento não se refere somente ao arroz
e feijão, mas também ao mantimento espiritual.
Muitas vezes, dirigimos a nossa vida à nossa ma-
neira, porém, todas as vezes que agimos por conta
própria, o resultado é um só: o fracasso.
E foi exatamente o que aconteceu com Caim.
Quando ele ofertou ao Senhor do fruto da terra,
Deus não se agradou da sua oferta. Talvez alguém
possa pensar que o fruto da terra estivesse estraga-
do, podre e, por isso mesmo, Deus não se agradara

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dele, ao contrário, era o melhor da terra. Mas então
por que Deus não se agradou? Porque não era o
que Ele havia estabelecido.
E qual foi a conseqüência após Caim ter feito
algo fora do princípio estabelecido por Deus? A Bí-
blia diz: “Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu
rebanho, e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de
Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua
oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira
Caim, e descaiu-lhe o semblante.” (Gn 4.4-5). Perce-
bemos que Caim irou-se, pois Deus não se agradou
da sua oferta. Ele achou que iria passar desperce-
bido por Deus. Aprenda uma coisa. Deus tudo vê e
nada, absolutamente nada, passa sem que Ele per-
ceba. Caim irou-se porque foi confrontado por Deus
quando este não se agradou da sua oferta. Caim
queria agir à sua maneira. Mas foi pego no seu erro.
A Bíblia diz que um abismo chama outro abis-
mo (Salmo 42.7). Podemos ver isso se cumprindo na
vida de Caim. Ele não se arrependeu, ao contrário,
deixou que a ira tomasse conta da sua vida. Armou
uma emboscada para seu irmão, o chamando para
ir ao campo, e lá o matou (Gênesis 4.8). Esse foi o
primeiro homicídio relatado na Bíblia.
Perceba que tudo começou lá trás, com uma
atitude errada, fora da vontade de Deus. Todas as
vezes que agimos por iniciativa própria estamos fa-
dados ao fracasso.

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Dessa passagem bíblica, podemos tirar uma ou-
tra lição. Ao matar seu irmão, Caim deixou de de-
monstrar afeto, consideração e amor à sua família.
Devemos amar e cuidar da nossa família. Devemos
amar a nossa igreja e os nossos irmãos na fé. Rela-
cionarmos uns com os outros e demonstrar o amor
do Senhor por meio da nossa vida. Para muitos, fa-
mília é uma instituição falida, mas nós sabemos que
a família é um sonho do coração de Deus.
Quero abrir um parêntese e falar um pouco so-
bre a nossa família na fé. Deus brotou um sonho
em nossos corações: o de alcançar 10% da cidade
de Belo Horizonte para Jesus. Não buscamos por
números, buscamos por vidas. Desejamos ser uma
muralha em volta daqueles que são frágeis na fé.
Desejamos cobri-los com nossas orações. Dese-
jamos trazer conforto aos necessitados. Trazer o
nosso abraço, o nosso afeto; trazer o pão. Levá-los a
receber do Pai a Vida Eterna em Cristo.
A Seleção Brasileira de Futebol, pentacampeã
do mundo, tinha uma característica interessante. O
treinador, o técnico Luiz Felipe Scolari trouxe uma
ênfase que nenhum treinador havia trazido. Ele es-
tabeleceu a chamada “Família Scollari”. Ele disse aos
jogadores: “Vocês são irmãos e eu quero ser como um
pai para vocês”.
E quando um grupo vive como família, ninguém
o detém. A Seleção Brasileira chegou para partici-

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par da Copa do Mundo de 2002 totalmente desa-
creditada. As pesquisas apontavam para resulta-
dos desfavoráveis. Muitos comentaristas e críticos
esportivos chegaram a declarar na época que o
Brasil seria desclassificado logo na primeira fase da
competição. Que nada! O Brasil voltou com a taça
de campeão na mão. Por quê? Porque havia um vín-
culo familiar.
Assim devemos ser e agir – como família. Pois a
igreja não é apenas um local para ir e vir. A igreja é
um lugar de comunhão, de unidade, de família.

Algumas características de Caim


Algumas características de Caim demonstram
a sua hostilidade contra Deus. Outras demonstram
um comportamento antiético. Então vamos conhe-
cer quais foram as características que o levaram ao
fracasso.

Competição
“Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu re-
banho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de
Abel e da sua oferta; ao passo que de Caim e da sua
oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira,
Caim e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o Se-
nhor: Por que andas irado e porque lhe descaiu o teu
semblante? Se procederes bem, não é certo que serás
aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado

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jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre
dominá-lo.” (Gênesis 4.4-7).
Ao lermos a história de Caim na Bíblia, percebe-
mos que era um homem que tinha tudo para dar
certo na vida, só que deu tudo errado na vida dele.
Tudo errado! Caim era consumido pelo desejo de
ser o primeiro. Havia nele o espírito de competição.
“Por que a mensagem que ouviste desde o princípio é
esta: Que nos amemos uns aos outros; não segundo
Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e
por que o assassinou? Porque as suas obras eram más,
e as de seu irmão, justas.” (1 João 3.11-12).
Diferente da atitude de Caim foi a de Abel. Abel
trouxe uma ovelha, o sangue foi derramado e quan-
do ela foi colocada sobre o altar, a fumaça subiu,
Deus se agradou do sacrifício de Abel! A ovelha que
Abel ofereceu ao Senhor era pequena, mas não im-
portava o tamanho e nem a quantidade, mas o ato
que ela representava. Às vezes queremos demons-
trar aos outros que servimos a Deus, queremos
estar no ministério que mais se destaca na igreja.
Queremos ser vistos por todos, mostrar o quanto
trabalhamos para o Senhor, o quanto somos inte-
ligentes e influentes, enfim, queremos levar apenas
“as ovelhas grandes e vistosas”, mas será que é isso
que o Senhor deseja de cada um de nós? Lembre-
mos que Caim levou para Deus o melhor da terra,
mas não levou o que Deus havia pedido.

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A competição existe entre os irmãos biológicos.
E assim aconteceu entre Caim e Abel. Os dois eram
irmãos. Cresceram brincando. Entraram na adoles-
cência juntos, pois tinham praticamente a mesma
idade, mas, infelizmente, a competição passou a
existir entre os dois. A Palavra não diz para compe-
tirmos uns com os outros, mas que amemos uns aos
outros. A história do mundo é a do ódio, que come-
ça justamente entre Caim e Abel. Caim não adulte-
rou e não roubou. Ele teve a iniciativa própria.
O espírito de competição é bem demonstrado
na figura de Caim. O desejo de ser o melhor para ser
aplaudido, honrado. O desejo de chegar em primei-
ro lugar para alcançar os holofotes. É sempre o “EU”
em primeiro lugar. Acontece que para Deus, vence-
dor não é aquele que chega em primeiro lugar, mas
aquele que nunca desiste.

Depressão
“Descaiu-lhe o semblante.” O semblante de Caim
descaiu porque o Senhor rejeitou a sua oferta. Eu
creio que Caim foi repleto de alegria levar a sua
oferta a Deus. Com plena confiança. Com criativi-
dade. Talvez ele tenha feito uma decoração para os
legumes. E ele esperava aplausos. Esperava que Ar-
canjos, Querubins e Serafins tocassem a trombeta,
mas não houve absolutamente nada! Ele recebeu
apenas a rejeição. Ele ouviu apenas a vaias e isso

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dói. Caim estava ferido. A rejeição sempre fere. Por
isso, o semblante dele descaiu.
Quantas vezes, dentro de um casamento, exis-
tem competições. Competição entre o marido e a
mulher. E um deles sempre vive deprimido.
Certa vez, encontrei um casal que vivia como
“cão e gato”, sempre brigando. A esposa ganhava
um salário maior que o do marido e esse era o mo-
tivo das constantes brigas. A mulher emprestava o
dinheiro para o marido e depois cobrava, dizendo
que ele não a pagava.
Quando existe a competição entre o marido e
a mulher, um dos dois experimentará a depressão.
Um dos dois ficará ferido, magoado. Ou seja, no ca-
samento, os dois passam a ser um só. E esse “ser um
só” não é somente no corpo. Deve ser na carteira
também. Se olharem a minha conta ou o meu talão
de cheques verão o nome da minha querida esposa
Renata. É uma conta conjunta. Entre nós não existe
isto: eu tenho o meu dinheiro e a Renata tem o dela.
O dinheiro é nosso.
Caim fracassou por ser um competidor. E por
causa do fracasso, da rejeição, do sentimento de
inferioridade, a depressão tomou conta dele. E Sa-
tanás, que estava e sempre estará à espera desta fe-
rida na alma, começou a ministrar na vida de Caim
a ponto de acontecer a tragédia: um irmão matar o
outro.

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Amados, os sentimentos sempre crescerão den-
tro de nós. Nada começa em grande proporção,
pelo contrário, os sentimentos brotam aos poucos.
Por isso, não pensem que Caim matou Abel num
estalar de dedos. Ele começou a matar o seu irmão
dentro do coração. Como o marido começa a ma-
tar a esposa dentro do coração e vice-versa. Os pais
matam os filhos dentro do coração. O irmão mata o
outro dentro do coração.
Jesus nunca esteve deprimido. Foi homem de
dores, mas nunca houve depressão na vida de dele.
A Bíblia diz que Jesus experimentou todo o sofri-
mento por causa da alegria que lhe estava proposta.
Havia uma alegria indescritível em Jesus. A alegria
do Senhor que é a nossa força! (Neemias 8.10).
E a alegria é bem diferente do sorriso. Pode-
mos encontrar uma pessoa sorridente, mas isso
não significa que ela esteja alegre. Alegria sai
pelos poros. Alegria é um estilo de vida. Ela in-
depende das circunstâncias. A alegria enche o
nosso coração. Sustenta a nossa vida. Por isso é
que o Senhor perguntou a Caim: “Por que descaiu
o teu semblante?”
A pessoa que experimenta a mudança – do es-
tilo de vida de Caim para o estilo de vida de Jesus
– pode ficar triste, pode chorar, mas existe uma coi-
sa que domina o coração dela que é exatamente a
paz!

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A ira
“Irou-se sobremaneira Caim.” A palavra “irar”, na
tradução literal, significa “queimar”. A pessoa irada
sente um fogo ardendo dentro dela, o rosto fica ver-
melho. Ela se queima internamente. E Caim estava
exatamente assim. “Irou-se sobremaneira Caim.” Ele
ficou com muita raiva. A ira é uma obra da carne.
Muitas pessoas acham que a ira é uma virtude. Nós
vimos que a ira pode ser um sentimento aceitável,
mas se ela passar do limite torna-se algo venenoso.
“Irai-vos, e não pequeis [...]” (Salmo 4.4a).
Quando Jesus foi para a cruz do calvário, Ele sofreu
todo o tipo de humilhação. Foi esbofeteado, cuspido,
recebeu uma coroa de espinhos sobre a cabeça. Uma
multidão zombava dele. E qual foi a sua atitude? Ele
disse: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”
(Lucas 23.34). Jesus também nos ensinou a orar assim:
“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos
perdoado aos nossos devedores.” (Mateus 6.12).
“Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que
era chegada a sua hora de passar deste mundo para
o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim.” (João 13.1). Amou-os até o fim!
A despeito de todas as coisas Jesus foi e é amor. E
é esse ensinamento que devemos aplicar em nos-
sa vida. Devemos obedecer aos mandamentos do
Senhor. Jesus poderia ter se vingado, mas não, Ele
escolheu obedecer e perdoar.

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Teimosia
Outra característica de Caim era a obstinação. A
teimosia. O Senhor disse para Caim: “Se procederes
bem, não é certo que serás aceito? Se todavia, proce-
deres mal, eis que o pecado jaz à porta, o seu desejo
será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.”
“Se procederes bem, não é certo que serás aceito?”
Tudo o que o Senhor falava a Caim era: “Caim, eu es-
tou dando para você uma nova chance. Eu dei a você
o livre arbítrio. Se você escolher seguir o caminho do
bem, se você reconhecer o seu erro e arrepender-se, eu
lhe perdoarei!”
Deus ofereceu a ele uma nova oportunidade, mas
ele foi teimoso. Foi duro. Permaneceu no erro. E quan-
tas pessoas têm agido como Caim! Muitos dizem:
“Não volto atrás na minha decisão, não desfaço o que
digo”. Queridos, muitas vezes temos que desfazer o
que dizemos sim. Precisamos reconhecer as falas ditas
em momentos impróprios ou as decisões erradas, to-
madas no calor da ira. Quão maravilhoso é Deus, que
sempre nos dá a oportunidade de consertarmos algo
errado em nossa vida. Infelizmente, Caim não pensava
desta maneira e perdeu uma grande oportunidade de
receber o perdão de Deus.

Malícia versus ódio


A malícia leva ao ódio. Mas o que é malícia? Ma-
lícia é desejar o mal para o próximo. Ninguém odeia

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de uma hora para a outra. Antes do ódio vem a ma-
lícia. É o desejo de que algo de mal aconteça com o
outro. A pessoa diz: “Ah, tomara que ele perca o em-
prego! Que o casamento dela acabe; Que o carro que
ele comprou seja roubado; Que a casa onde ela mora
pegue fogo”.
Caim alimentou a malícia contra seu irmão no
coração. E isso é algo muito sério. Se a malícia não
for removida, ela vai se tornar ódio. E o ódio se
transforma em assassinato. Não pense que assassi-
nar é apenas tomar uma faca e cravá-la no coração
do outro. Esta é uma forma de assassinato. O que
fez Caim? Deixou que a malícia se transformasse em
ódio e o ódio o levou a matar o seu irmão.
“Não segundo Caim que era do maligno e assas-
sinou o seu irmão. E por que o assassinou? Porque as
suas obras eram más e as do seu irmão, justas. Irmãos,
não vos maravilheis se o mundo vos odeia. Nós sabe-
mos que já passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos. Aquele que não ama, permanece
na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é assassi-
no. Ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida
eterna permanente em si, nisto conhecemos o amor,
que Cristo deu a sua vida por nós e devemos dar a nos-
sa vida pelos irmãos.” (João 3.12, 14, 15).
Quantas vezes nós ouvimos falar do marido
que matou a esposa ou vice-versa. Mas saiba que
quando isso acontece, não foi de uma vez, mas aos

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poucos com a infidelidade, com o descaso, com a
ausência, com a impaciência, com as críticas e tan-
tas outras coisas que destroem o casamento. Pais
matando os filhos e filhos matando os pais com a
rejeição, com o abandono, com palavras que ferem
a alma, com a falta de amor. Tudo de maneira sutil,
lenta, mas diabólica.

Engano
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coi-
sas, e desesperadamente corrupto; quem o conhece-
rá?” (Jeremias 17.9). No Antigo Testamento, o “cora-
ção” representa mais do que o lugar das emoções,
ele representa o alicerce do caráter, que inclui a
mente e a vontade.
Entristeço-me com algumas igrejas que não pre-
gam o Evangelho. Pregam a “teoria da prosperidade”.
Pregam que não há sofrimento na vida do cristão.
Não há dor, não há desemprego, não há enfermida-
des. Isso é engano. Muitas pessoas estão enganadas
e vão para as igrejas para conquistarem algo.
Amada ovelha, com certeza Jesus pode dar uma
casa, um namorado, uma esposa e tantas outras
coisas, pois Ele é Deus e pode todas as coisas. No
entanto, em primeiro lugar, Ele quer tratar a nossa
vida. Ele quer mudar o nosso caráter. Não acredite
que viveremos no mundo sem tribulações e pro-
vações. Não! A Palavra do Deus Vivo nos revela que

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no mundo teremos aflições, mas devemos ter bom
ânimo, porque ao final de tudo venceremos (João
16.33). Não se engane e não se deixe enganar. A Bí-
blia deve ser o seu manual de sobrevivência. Procu-
re na Palavra a confirmação de tudo que você ouvir.
Somente nela contém o verdadeiro ensinamento.
“O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre domi-
ná-lo.” O Senhor, conhecendo o coração de Caim, o
adverte a não ceder à tentação, ao desejo, ao enga-
no. Mas ele ouviu a “voz do coração” e essa voz o en-
ganou e o levou a praticar um crime bárbaro e cruel.
Por isso não devemos dar ouvidos à voz do coração,
mas à voz do grande Eu Sou! Enganar-se é praticar o
erro crendo estar agindo de maneira correta.

Autocomiseração
Caim começou a ser consumido pela autocomi-
seração. Ao invés de arrepender-se por ter pecado
contra Deus e contra o homem, ele passa a temer a
solidão, mas não o Deus que o criou.
“Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua
presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante
pela terra, quem comigo se encontrar me matará.”
(Gênesis 4.14).
Ironicamente, depois de assassinar seu irmão,
Caim teme a vingança por parte de Deus e de sua
família. O bandido se tornou o mocinho da história.
A autodefesa invade o coração de Caim.

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Tantas pessoas se fazem de coitadas! Cometem
um erro e procuram a todo custo justifica-lo. “Mas se
eu não tivesse feito aquilo, acabariam comigo, pois eu
estava sozinho, não tinha ninguém. Quem me defen-
deria? Sou um pobre coitado, abandonado por todos”.
Não precisamos atrair a atenção das pessoas dessa
forma. Temos um Deus que peleja por nós. Que supre
as nossas necessidades dia a dia; que nos livra do vale
da sombra da morte; que levanta intercessores a nos-
so favor. Enfim, ninguém precisa se autocompadecer,
porque “os olhos do Senhor estão em todo lugar, con-
templando os maus e os bons.” (Salmo 15.3).

O medo
Caim foi dominado pelo medo. Teve medo de
ser assassinado, medo da presença do Senhor. No
mundo, o oposto do medo é a coragem. Mas para
o crente em Jesus, o oposto do medo é a fé. Depo-
sitar fé em Deus remove o medo de viver. No Salmo
31, verso 13, Davi expressou: “[...] terror por todos os
lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a
vida.” Mas Davi não se deixou intimidar pelo medo,
e naquele momento de desespero reconheceu: “Tu
és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias.”
(v. 14-15). Infelizmente, Caim não pôde dizer o mes-
mo. Ele não tinha fé. Ele não acreditava no poder do
Deus majestoso. Caim sentiu medo porque se tor-
nou independente daquele que o criou.

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Edificar uma cidade
Caim edificou uma cidade (Gn 4.17). Para quê?
Para que o seu nome fosse lembrado. Existem cidades
que os homens construíram para perpetuar o nome,
mas não é isso que a Palavra nos ensina: “Portanto, se
fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as
coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de
Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui
da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta
juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a
nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis ma-
nifestados com ele, em glória.” (Cl 3.1-4).
Jesus, o nosso maior exemplo, não construiu
uma cidade. Em João, capítulo 14, verso primeiro,
Ele disse assim: “Não se turve o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim. Na casa do meu Pai
há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria
dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e
vos preparar lugar, voltarei, vos receberei para mim
mesmo, para que, onde estou, estejais vós também. E
vos sabeis o caminho para onde vou. Disse-lhe Tomé:
Senhor, não sabemos para onde vai; como saber o
caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e
a verdade, e a vida; ninguém vem ao pai se não por
mim.” Saiba, amada ovelha, que Ele preparou uma
cidade, mas esta cidade não é aqui. “Pois a nossa
pátria está nos céus, de onde também aguardamos o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20).

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Jesus é o nosso modelo
Amados, o maior exemplo a ser seguido é o de
Jesus Cristo. Ele nos deixou ensinamentos divinos.
Quanto mais próximos a Ele estivermos, tanto mais
compreenderemos o quanto nos falta e o quanto
precisamos desesperadamente da sua infinita sabe-
doria para guiar a nossa vida. Jesus é o único mo-
delo a ser imitado. Sejamos imitadores de Deus, de
Cristo (Efésios 5.1). Jesus é o modelo de perfeição,
de humildade, de amor, de bondade, de perdão, de
servo etc., etc., etc. Jesus é o caminho que devemos
seguir.
A nossa fé não é uma religião. Nossa fé não
é um sistema de doutrinas. Nossa fé é a vida do
Senhor em nossa vida. Talvez estejamos tomando
a iniciativa própria, cosendo aventais de folhas de
figueira e nos escondendo, pensando que “nin-
guém está nos vendo”, mas Deus tudo vê. Deus
só não vê como nos chama para restaurar o erro
em nossa vida. Deus nos oferece o perdão quan-
do nos arrependemos. Ele sempre nos oferece
uma nova chance, mas Caim foi obstinado e disse
“não” para Deus.
Precisamos entender que nunca tropeçamos
nas pedras grandes, só nas pedrinhas. Ninguém
mata um irmão da noite para o dia. A coisa levou
muito tempo. Fermentou no coração de Caim e um
dia explodiu.

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Podemos até viver bem, mas nunca viveremos a
vida em plenitude, enquanto existir em nós traços
de Caim. Traços que precisam ser removidos, que
precisam ser realmente subjugados.
Dentro do coração do homem existe sempre um
grito por Deus. Não existe um povo, ou uma civili-
zação que não tivesse um sentimento religioso. Ou
seja, o homem é essencialmente religioso. Ele an-
seia Deus. Ele deseja a reconciliação com Deus. Ele
busca isto. E saibam que o próprio Deus é o mais
interessado em que isso aconteça.
Tudo na vida é uma escolha. Ou vamos viver na
estrutura de Caim ou vamos viver a realidade da
vida do Senhor em nossa vida. O coração de Jesus
foi submisso ao Pai. A Palavra diz que é melhor obe-
decer do que sacrificar. Escolha sair da semelhan-
ça de Caim, da iniciativa própria, da competição. E
corra para os braços do Senhor. Queira depender
totalmente dele.

Deus abençoe,

Pr. Márcio Valadão

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