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30 de Junho de 2020.

TADEL – Pib Comodoro.

Uma espiritualidade contagiante


1Timóteo 3.1-7
Para pensar.
Boa noite a todos, graça e paz aos irmãos! A palavra que vou compartilhar com os irmãos hoje tem o
seguinte tema: “Uma espiritualidade contagiante”.
Há alguns dias atrás assisti um noticiário na televisão que abordou a questão do bem estar das pessoas
neste tempo de pandemia. E o programa mostrava o que as pessoas estavam fazendo para manter a sua saúde
física, mental e emocional.
Entre as muitas atividades apresentadas na reportagem, uma que me chamou a atenção foi o fato de uma
grande parte das pessoas, neste tempo de pandemia está recorrendo à espiritualidade em busca de um
1
bem estar: emocional, mental e físico.
As pessoas neste tempo que estamos vivendo, de incertezas, instabilidade, fragilidade estão
recorrendo à espiritualidade em busca de conforto, consolo, ânimo esperança e segurança.
Mas, a grande questão que surgiu em meu coração, e confesso que perturbou o meu espírito foi que tipo
de espiritualidade as pessoas tem buscado encontrar conforto, consolo, ânimo, esperança e segurança nestes
dias?
Qual é o tipo de espiritualidade que as pessoas têm encontrado nestes últimos dias? É a espiritualidade
que conduz a uma vida piedosa e sincera diante de Deus?
 É uma espiritualidade que tem como base uma experiência de novo nascimento em Cristo Jesus?
 É uma espiritualidade que tem levado as pessoas a uma transformação interior, e a andar em
novidade de vida diante de Deus e das pessoas a sua volta?
 É uma espiritualidade que tem inspirado as pessoas a se voltarem para Deus arrependidas dos
seus pecados?
 É uma espiritualidade que contagia as pessoas a um relacionamento íntimo com Deus e com o
Espírito Santo?
 É uma espiritualidade que tem afetado a qualidade dos relacionamentos pessoais em todas as
suas esferas: família, trabalho, comunidade, igreja?
Pois, a Bíblia nos adverte de uma espiritualidade que se disseminaria nos últimos dias, espiritualidade
essa que Paulo cita no texto que lemos nesta noite – Uma espiritualidade de aparência, apenas de exterior, sem
vida, incapaz de gerar transformação na vida daqueles que a professam, daqueles que a buscam e praticam.
Paulo escreve a sua segunda carta a seu filho na fé Timóteo como um ato de despedida. A sua situação
era de prisioneiro em Roma, e perto da morte da morte certa (2Tm.4.6). Se em sua primeira carta a Timóteo o
seu objetivo era instrui-lo como pastorear a igreja do Deus vivo e se manter fiel à sã doutrina. Já nesta segunda
carta seu objetivo principal era encorajar, motivar o seu filho na fé a manter o fogo do Espírito Santo ardendo
em seu coração e não se esmorecer diante das lutas da vida e do ministério (2Tm.1.6-7).
E entre todas as recomendações que Paulo dá a Timóteo de como manter a chama do Espírito Santo
ardendo em seu coração, uma que nos chama a atenção se encontra aqui no texto que lemos nesta noite – o
cuidado com a Espiritualidade de aparência.
Paulo diz que nos últimos dias, entre os vários desvios da fé verdadeira, a espiritualidade de aparência
seria uma tendência na vida das pessoas.
É incrível a atualidade dos comportamentos que Paulo cita para descrever a decadência moral e
espiritual dos últimos dias, que antecedem a volta de Jesus. Parece que estamos lendo, ou assistindo o noticiário
do dia:
“Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos,
presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família,
irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados,
soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o
seu poder. Afaste-se também destes”. v.1-5 NVI

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Paulo cita um monte de comportamentos pecaminosos intrínsecos, ou seja, essenciais, inerentes,
inseparáveis, próprios das pessoas dos nossos dias:
 Egoísmo: “Os homens serão egoístas...” – é o "amor exclusivo à pessoa e aos interesses próprios".
São pessoas amigos de si mesmas, que buscam os seus próprios interesses. A filosofia de nosso tempo é:
“eu faço o que me agrada e ninguém tem nada a ver com isso”. São pessoas que não ajudam as outras, a
menos que isso lhe traga algum benefício.
 Avareza: “Os homens serão... avarentos...” - "apego sórdido ao dinheiro para o acumular" e ainda
é a "falta de generosidade". É a paixão, a idolatria do dinheiro. É quando a pessoa faz do dinheiro um
deus para ela. Sempre estão querendo mais e, têm dificuldade de se satisfazer.
 Presunção: “Os homens serão... presunçosos...” - Trata-se da pessoa que busca a glória 2
pessoal, que destaca a si mesma sempre. A ideia é de empavonar, promover a si mesmo.
Acreditam saber mais do que todos e não conseguem aprender coisas novas. Os presunçosos são
pessoas que demonstram excessiva confiança ou orgulho exagerado em si mesmos.
 Arrogância: “Os homens serão... arrogantes...” - a ideia é de pessoas altivas, que se sentem e se
comportam como se fossem superiores aos outros. são pessoas que se consideraram melhor que as
outras. Pessoas arrogantes presumem que aquilo que conseguiram alcançar na vida lhes torna mais
importantes que os outros. Pensam que são melhores do que as outras pessoas e têm dificuldades de
lidar com superiores.
 Blasfêmia: “Os homens serão... arrogantes...” - a atitude de alguém que diz palavras ofensivas
para as pessoas, para Deus ou para coisas dignas de respeito. A blasfêmia está relacionada a palavras
que causam danos morais as pessoas e uma linguagem desrespeitosa contra Deus. Os blasfemos são
aquelas pessoas que enchem a sua boca de violência, crueldade, insultos ou são rudes no falar. Que
mentem, são dissimulados, caluniadores e difamadores.
 Desobediência aos pais: “Os homens serão... desobedientes aos pais...” – São aqueles que
não reconhecem, aceitam e se submetem ao autoridade dos pais em sua vida.
 Ingratidão: “Os homens serão... ingratos...” – a ingratidão é o ato hostil, ou mesmo a indiferença
em relação a quem nos ajuda. O ingrato não reconhece os benefícios que recebe do próximo ou de Deus.
Esquece facilmente daquilo que recebeu. Por mais que recebam ajuda não agradecem e, nem enxergam
que precisam agradecer, como se ajudá-los fosse obrigação de todos.
 Impiedade: “Os homens serão... ímpios...” – a ideia é de pecadores que, sabendo do erro, o
cometem mesmo assim. São aquelas pessoas que não se importam com a santidade ou em se
santificarem a Deus. São pessoas que vivem suas vidas despreocupadamente em seus delitos e pecados
diariamente.
 Sem amor familiar: “Os homens serão... sem amor a família/afeição natural...” – É a
indiferença e o individualismo. O sentido de uma pessoa insensível e desumana. São pessoas com
sentimento de piedade quase inexistente, sem amor pelas pessoas e, têm dificuldade de se comover com
o sofrimento alheio.

 Inclinação ao conflito: “Os homens serão... irreconciliáveis/implacáveis...” – a ideia é


retribuir na “mesma moeda” aquilo que os outros fazem de mal. São pessoas que não se reconciliam.
Elas guardam mágoas e esperam pacientemente o dia da vingança.
 Calúnia: “Os homens serão... caluniadores...” - significa acusação falsa que fere a honra ou a
reputação de alguém; é uma invenção ou mentira sobre a vida de uma pessoa. Essas pessoas mentem

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acusando os outros e, normalmente, se aproveitam disso para tirar algum proveito. Os caluniadores são
encrenqueiros buscando sempre uma confusão, bate-boca ou complicações.

 Falta de domínio próprio: “Os homens serão... sem domínio próprio...” a ideia é de alguém
sem limites, sem controle de si. São pessoas intemperantes sem freios para os seus impulsos. São
pessoas que não possuem moderação ou não se contém.
 Crueldade: “Os homens serão... cruéis...” - o sentido é de selvagem, sem misericórdia. A ideia é
de uma pessoa incontrolável, selvagem e feroz. Que naturalmente machuca as pessoas à sua volta sem
se preocupar. Os cruéis são pessoas que ferem as outras com palavras e atitudes, que se sentem
bem em ver ou causar dor e sofrimento ao próximo. São pessoas que praticam o mau, sem se 3
sentirem culpados.
 Oposição ao bem: “Os homens serão... inimigos do bem...” – a ideia é de gente que faz
oposição ativa contra o bem. O sentido é de boicotar, repelir, afasta o que é de bom da vida do outro. E
também de perseguir quem faz o bem. São pessoas que não se alegram com aqueles que estão cheio de
Deus ou que fazem o bem.
 Traição: “Os homens serão... traidores...” - A traição é abandonar o outro quando mais precisa de
nós, ou mesmo agir com falsidade, enganar, ser infiel. Os traidores são pessoas perigosas, pois
aparentemente transmitem certa segurança, mas quando menos se espera são infiéis e descumprem
tratos e pactos. São pessoas que não se preocupam em manter sua palavra, relacionamentos e
compromissos.
 Precipitação: “Os homens serão... precipitados...” - o sentido é de ser afoito, ou seja,
imprudente, sem equilíbrio, sem bom senso, impulsivo, inconsequente em suas ações. São pessoas que
impõem suas vontades, doa em quem doer. São pessoas que não consideram antes de fazer alguma coisa
ou de tomar alguma posição. Faltos de sabedoria e de domínio próprio e que também não se importam
se o que fazem ocasionará alguma situação para as outras pessoas.

 Soberba: “Os homens serão... soberbos...” – Significa encher-se de orgulho ou vaidade. Refere-se
necessidade de se inflar, dominar o ambiente e subir cada vez mais alto, ou seja, se aparecer, ter o
destaque, chamar a atenção para si.
 Hedonismo: “Os homens serão... mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus...” – a
ideia aqui é uma satisfação fora dos limites de Deus e os princípios do seu reino. É fazer do prazer um
deus. Se entregar ao prazer de maneira inconsequente e nociva.
E por fim descreve um dos piores – Uma espiritualidade de aparência, ou seja, sem vida,
sem poder de transformação: “... tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder...”. v.5 NVI
Essa relação não deve nos levar a apontar o dedo para outras pessoas, mas, antes disso, a fazer um
autoexame para verificar se tais características também influenciam a nossa vida:
 Em que ponto nós estamos?
 O quanto eu já estou afastado de Deus e dominado pelos comportamentos, atitudes e ações acima
enumerados?
A palavra expressão “tendo aparência de piedade” carrega o sentido de ‘esboço, silhueta’ e se aplica
muito bem aos que vivem de aparência, aos que por fora têm uma carcaça religiosa, mas por dentro são
destituídos de comunhão com Deus, da vida do Espírito Santo.

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A expressão “negando o seu o poder” refere-se à ausência da ação e presença do Espírito Santo. Pois,
a palavra "poder" traduzida aqui é a palavra grega "Dunamis” e refere-se ao poder transformador do
evangelho, do Espírito Santo dentro da vida de cada crente.
O que Paulo está dizendo é que essas pessoas embora se intitulassem piedosas, as suas atitudes, os seus
comportamentos demonstram uma ausência da vida de Deus em suas vidas. A sua espiritualidade era vazia, só
de aparência.
Quando o poder, quando a ação transformadora do Espírito Santo não existe o que restará é apenas a
casca de uma vida piedosa de aparência. Paulo diz em outras palavras são pessoas que se apresentam piedosas,
mas não tomam a atitude que a piedade exige, ou seja, parecem, mas não são.
Para Paulo essas pessoas nunca experimentaram o poder de Deus em suas vidas. O que elas têm
é forma sem vida, é religião e não espiritualidade. 4

 Isso nos deixa uma pergunta: qual é o tipo de espiritualidade que estamos vivendo?
É uma espiritualidade contagiante, ou seja, viva, permeada pela vida e o poder do Espirito Santo em
nossa vida. Poder esse que nos convence do pecado, da justiça e do juízo, e produz transformação de vida.
Poder esse que agiu poderosamente na vida dos apóstolos e que foi descrito no livro de Atos dos Apóstolos,
como também em vários avivamentos durante a história.
Ou é uma espiritualidade vazia, desprovida do poder e da vida do Espírito Santo de Deus. Uma
espiritualidade apenas de discurso, de aparência.
A espiritualidade descrita nas Escrituras Sagradas é uma espiritualidade que produz
Transformação interior. Novo nascimento em Cristo,
mudança contínua de vida na presença do Senhor:
“Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra
de Deus, viva e permanente”. 1Pd.1.23 NVI
“Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que os primeiros
frutos de tudo o que ele criou”. Tg.1.8 NVI
Tanto a expressão “vocês foram regenerados...”, em primeira Pedro, quanto a expressão “ele nos
gerou pela palavra da verdade”, em Tiago apontam para uma transformação interior, algo que acontece de
dentro para fora, produzido apenas pelo Espírito Santo.
Essa transformação operada pelo Espírito Santo muda as nossas afeições, as nossas paixões, as nossas
inclinações, os nossos desejos, atitudes, comportamento, vontades.

A espiritualidade descrita nas Escrituras Sagradas


Produz uma ruptura com o nosso passado:
“Pois antigamente nós mesmos não tínhamos juízo e éramos rebeldes e maus. Éramos escravos
das paixões e dos prazeres de todo tipo e passávamos a nossa vida no meio da malícia e da inveja. Os outros
tinham ódio de nós, e nós tínhamos ódio deles. Porém, quando Deus, o nosso Salvador, mostrou a sua
bondade e o seu amor por todos, ele nos salvou porque teve compaixão de nós, e não porque nós tivéssemos
feito alguma coisa boa. Ele nos salvou por meio do Espírito Santo, que nos lavou, fazendo com que
nascêssemos de novo e dando-nos uma nova vida. Deus derramou com generosidade o seu Espírito Santo
sobre nós, por meio de Jesus Cristo, o nosso Salvador. E fez isso para que, pela sua graça, nós sejamos aceitos
por Deus e recebamos a vida eterna que esperamos”. Tt.3.3-7 NTLH

“No passado vocês já gastaram bastante tempo fazendo o que os pagãos gostam de fazer.
Naquele tempo vocês viviam na imoralidade, nos desejos carnais, nas bebedeiras, nas orgias, na embriaguez

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e na nojenta adoração de ídolos. E agora os pagãos ficam admirados quando vocês não se juntam com eles
nessa vida louca e imoral e por isso os insultam”. 1Pd.4.3-4 NTLH

“Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza,
paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os
que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam viver nelas. Mas
agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no
falar. Não mintam uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se
revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador. Nessa nova
vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas
Cristo é tudo e está em todos”. Cl.3.5-11 NVI
5
Todos esses textos apontam para uma mesma realidade, uma ruptura com o nosso passado uma
vez que verdadeiramente viemos a Cristo. Você não pode continuar como está e seguir com Cristo.
Você pode até vir como está, mas uma vez que experimentou a graça salvadora ela te capacita a romper com o
seu passado e viver em novidade de vida.
A graça não é apenas uma cobertura contra o pecado em nossa vida. A graça de Deus também é um
poder que nos capacita a viver em novidade de vida e livre do domínio do pecado. A Bíblia nos ensina sobre
isso claramente:
“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à
impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente,
enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus
Cristo. Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo
particularmente seu, dedicado à prática de boas obras”. Tt.2.11-14 NVI

“Por isso, recebendo nós um Reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo
agradável, com reverência e temor. Porque o nosso Deus é fogo consumidor”. Hb.12.28 NAA
A graça de Deus não é uma mera cobertura. Sim, ela nos cobre, mas vai, além disso: ela nos capacita e
nos dá poder para viver uma nova vida de obediência ao Senhor. A graça é definida nestes versículos não como
apenas uma cobertura, mas como uma força que nos permite servir a Deus de modo agradável.

A espiritualidade descrita nas Escrituras Sagradas:


Afeta a nossa conduta, a nossa vida prática:
“Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua língua, mas engana o seu coração, a sua religião é vã. A
religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e
guardar-se isento da corrupção do mundo”. Tg.1.26-27 NVI

“João dizia, pois, às multidões que saíam para ser batizadas por ele: Raça de víboras, quem vos ensina a fugir
da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer em vós mesmos:
Temos por pai a Abrão; porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abrão. Também
já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e
lançada no fogo”. Lc.3.7-9 NVI

“Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma
árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom
fruto é cortada e lançada no fogo”. Mt.7.15-19 NVI

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“Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho
obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Tg.2.17-18 NVI
Esse ensino de Tiago não contradiz a doutrina da salvação pela graça, na verdade a esclarece. Pois, uma
pessoa que realmente experimentou a salvação em Cristo, vai demonstrar a veracidade dessa experiência
através da sua conduta, da prática da sua vida diária.
Jesus não está olhando apenas para as nossas intenções, nossos desejos ou nosso conhecimento do que é
certo. Ele está olhando para as nossas obras, ou seja, a nossa conduta. Será que estamos permitindo que a graça
de Deus produza em nós uma vida santa?
A nossa espiritualidade precisa ser traduzida em um novo estilo de vida, em uma nova conduta diante
das pessoas:
“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e 6
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Mt.5.16 NVI

“Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos
carnais que guerreiam contra a alma. Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que
eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no
dia da sua intervenção.”. 1Pd.2.11-12 NVI

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por
obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos
boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos”. Ef.2.8-10 NVI
Uma espiritualidade que não produz uma transformação em nossa conduta, não é espiritualidade, mas
sim apenas religiosidade.
Deus está interessado na essência e não na aparência (Is.58.1-13; Mt.6.1-18). Os frutos demonstram a
realidade.

A espiritualidade que as Escrituras Sagradas descrevem


Produz esperança em relação à eternidade e não medo:
“Toda a honra dada a Deus, o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo; porque é a sua misericórdia
ilimitada que nos deu o privilégio de nascer de novo, de maneira que agora nós já somos membros da própria
família de Deus. E agora vivemos na esperança da vida eterna, porque Cristo levantou-Se novamente
dentre os mortos. “E Deus reservou para os seus filhos o dom inestimável da vida eterna; este dom está
guardado no céu para vocês, puro e imaculado, sem perigo de sofrer alteração ou de estragar-se. E Deus,
em seu grandioso poder, garantirá que vocês cheguem até lá em segurança para recebê-lo, porque vocês
estão confiando nele. Este dom lhes pertencerá naquele último dia vindouro, para que todos o vejam.
Portanto, alegrem-se verdadeiramente! Há uma felicidade maravilhosa no futuro, embora durante algum
tempo a caminhada aqui na terra seja tão dura. Estas provações apenas põem à prova a fé que vocês têm,
para verificar se ela é forte e pura ou não. Ela está sendo experimentada como o fogo prova o ouro e o
purifica - e a fé que vocês têm é muito mais preciosa para Deus do que o simples ouro; portanto, se essa fé
permanecer firme depois de ter estado no caminho das provações ardentes, isto redundará em muito louvor,
glória e honra para vocês no dia da sua volta”. 1Pd.1.4-6 Bv

“Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste
mundo. “Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos
também serão ressuscitados. Porque, assim como por meio de um homem veio a morte, assim também por
meio de um homem veio a ressurreição. Assim como, por estarem unidos com Adão, todos morrem, assim
também, por estarem unidos com Cristo, todos ressuscitarão”. 1Co.15.19-22 NTLH

Pib Comodoro/MT
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TADEL – Pib Comodoro.
“Porque nós sabemos que quando morrermos e deixarmos este corpo teremos um maravilhoso
corpo novo no céu, um lar que será nosso para todo o sempre, feito para nós pelo próprio Deus, e não
por mãos humanas. Como vamos ficando cada vez mais cansados deste corpo atual! Eis por que esperamos
com ansiedade o dia quando teremos um corpo celestial, que vestiremos com roupas novas. Porque nós não
seremos apenas espíritos sem corpo. Este nosso corpo terreno nos faz gemer e suspirar, porém não
gostaríamos de pensar em morrer e depois não possuir corpo algum. Desejamos revestir-nos do nosso novo
corpo, de maneira tal que este corpo mortal seja absorvido pela vida. Isso é o que Deus preparou para nós e,
como garantia, ele nos deu o seu Espírito Santo. Agora estamos confiantes e compreendemos que cada
instante que gastamos neste corpo terreno é tempo gasto longe do nosso lar eterno, com o Senhor. Sabemos
que essas coisas são verdadeiras pelo que cremos, e não pelo que vemos. E não estamos com medo,
e sim bem animados para deixar de viver neste corpo, porque assim habitaremos com o Senhor. 7
Assim, o nosso alvo é agradá-lo sempre em tudo quanto fazemos, quer estejamos aqui neste corpo ou
fora deste corpo. Porque todos nós teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo para sermos
julgados. Cada um de nós receberá o que merecer pelas coisas boas ou más que tiver feito neste corpo
terreno.”. 2Co.5.1-10 Bv

Hora da decisão.
A grande estratégia do Diabo e nos enganar com uma espiritualidade que não tem nada a ver com Deus.
A espiritualidade que tem a sua origem em Deus produz transformação em nosso interior; produz ruptura com o
nosso passado; afeta a nossa conduta; Gera esperança em relação à eternidade e não medo.
A espiritualidade que a Bíblia descreve tem a ver com o interior e não apenas com rituais e cerimoniais:
“Hipócritas! Bem profetizou Isaías acerca de vocês, dizendo: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o
seu coração está longe de mim”. Mt.15.7-8 NVI
Jesus diz que a nossa justiça precisa exercer a dos fariseus (Mt.5.20). Os fariseus eram apenas pessoas
religiosas, agarrados ao cerimonialismo sem vida. Uma prática sem realidade. Não é isso que Deus espera de
mim e de você meu amado.
Cuide para que você não seja tragado (a) por essa aparência de piedade, que nega o poder de Deus
(Mt.7.21-23).
Vida de aparência tem solução: arrependimento, compromisso e santidade: “Portanto, fortaleçam as
mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se
desvie, mas antes seja curado.

Pib Comodoro/MT

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