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Serão beneficiados com o “Bolsa Verde”, os proprietários e posseiros rurais que recuperam,
preservam e conservam áreas verdes necessárias à proteção das formações ciliares, à recarga
de aqüíferos e à proteção da biodiversidade e ecossistemas especialmente sensíveis.
O incentivo será pago de forma gradativa aos proprietários e posseiros que necessitem da
regularização das áreas de Reserva Legal e APP; aos que conservem ou preservem áreas no
limite estabelecido pela legislação; e àqueles que conservem ou preservem áreas acima do
limite estabelecido pela legislação em termos da regularização da Reserva Legal e da proteção
das Áreas de Preservação Permanente.
Para os demais casos, o subsídio será dado integralmente em auxílio financeiro a pessoas
físicas, de acordo com as gradações previstas no decreto. Os pagamentos feitos em auxílio
financeiro a pessoas físicas terão duração de cinco anos consecutivos, desde que o
proprietário ou posseiro rural mantenha a área objeto do benefício protegida e conservada,
conforme critérios previamente estabelecidos pelo Comitê Executivo do Bolsa Verde e
constatados pelo órgão competente.
A concessão do benefício poderá ser suspensa no caso da não observância das ações de
proteção e conservação previstas, e os proprietários serão obrigados ao ressarcimento das
parcelas já recebidas, mediante acordo ou via judicial.
O Comitê Executivo do Bolsa Verde será composto por representantes de instituições públicas:
IEF, IGAM, EMATER, SEARA e ITER; e de entidades de classe: Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Minas Gerais - FAEMG e Federação dos Trabalhadores na Agricultura
do Estado de Minas Gerais - FETAEMG.
O Comitê Executivo do Bolsa Verde estabelecerá os critérios para a aplicação do benefício aos
proprietários de áreas urbanas que se enquadram nos objetivos de preservação pré-
estabelecidos, as formas de cálculo e de pagamento diferenciados, bem como a majoração do
valor do benefícios para os proprietários que apresentarem o balanço ambiental adequado.
Dentre outras atribuições previstas pelo decreto, o Comitê também definirá o regulamento para
as formas de cadastramento de todas as demandas, formato das propostas, acompanhamento,
monitoria e avaliação no prazo de sessenta dias após a aprovação do Decreto.